Capítulo Único
A cidade estava iluminada pelas luzes de néon que refletiam no asfalto molhado, criando um espetáculo de cores vibrantes que dançavam sob seus olhos. O cheiro da chuva misturava-se com o aroma de café vindo de alguma cafeteria próxima, enquanto as vozes apressadas das pessoas formavam um zumbido distante. No meio daquela multidão inquieta, null sentia como se o tempo se movesse de forma diferente sempre que seus olhos encontravam os de null. Ela estava ali, tão perto e ao mesmo tempo tão longe, como um sonho do qual ele temia acordar. Era como se uma barreira invisível os separasse, uma parede construída com receios, dúvidas e cicatrizes do passado.
Ele queria romper essa distância. Queria que null soubesse que, apesar de tudo, ele sempre escolheria estar ao lado dela. Queria ser o porto seguro para suas incertezas, a mão que a seguraria firme mesmo quando tudo parecesse desmoronar. Mas ela hesitava. Nos olhos dela, ele via o medo de se perder na intensidade do que sentiam, de mergulhar em algo tão profundo que talvez nunca mais conseguisse voltar à superfície. Entre eles, havia marcas do passado, tentativas frustradas e promessas que nunca se concretizaram. Ainda assim, quando seus dedos se tocavam, mesmo que por um breve instante, tudo ao redor desaparecia. Naquele momento, eram apenas eles dois e o som do mundo ao redor, como se a cidade inteira estivesse presa no ritmo dos seus corações.
Uma batida eletrônica vibrava no fundo, ecoando nas paredes dos prédios e misturando-se aos ruídos da cidade. O ritmo pulsava dentro dele, como um reflexo dos batimentos acelerados de seu coração. Ele a observava, esperando por um sinal, um gesto, qualquer coisa que lhe dissesse que ela também queria aquilo. null desviou o olhar, mordendo o lábio como se lutasse contra um turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes. Por um momento, null temeu que ela fosse se afastar, mas então, algo mudou. A música chegou ao refrão e, junto com ela, veio um suspiro profundo de null. Quando ela ergueu os olhos novamente, havia algo diferente neles: uma centelha de coragem, uma luz tímida que ele não via há muito tempo.
null segurou sua mão com firmeza, sentindo a pele quente contra a sua.
— Sei que é difícil, sei que você tem medo. Mas eu não quero que isso nos afaste. Eu só quero estar mais perto de você, null. Eu preciso estar mais perto de você.
null fechou os olhos por um instante, como se estivesse processando as palavras dele. Quando abriu novamente, sua expressão era um misto de vulnerabilidade e desejo.
— null, eu... eu não sei se consigo. Tenho medo de nos machucar de novo. Tenho medo de tudo ruir como antes.
Ele sorriu, um sorriso pequeno, mas cheio de ternura.
— Você acha que eu não tenho medo? Eu também me pergunto se estou fazendo a coisa certa, se vamos conseguir passar por isso. Mas, acima de tudo, eu sei que não quero desistir de nós. Se houver uma chance, por menor que seja, eu quero tentar.
Ela respirou fundo, apertando a mão dele com mais força.
— E se eu não souber como lidar com isso? E se eu me perder no meio do caminho?
null passou o polegar suavemente sobre a pele dela, como um gesto de conforto.
— Então eu te trago de volta. Sempre. Você não precisa enfrentar isso sozinha, null. Eu estarei aqui, em cada passo, em cada dúvida, em cada noite difícil. Só preciso que você me deixe ficar.
Os olhos dela se encheram de brilho e, naquele instante, a distância entre eles desapareceu. Ela assentiu, devagar, permitindo-se acreditar nas palavras dele.
— Então fica, null. Fica e não solta a minha mão.
Ele sorriu, puxando-a delicadamente para mais perto.
— Nunca soltaria.
E ali, sob a luz difusa da cidade e o som distante da música, eles decidiram recomeçar. Não havia garantias, não havia certezas. Mas havia o desejo genuíno de tentar. E, por ora, isso era tudo de que precisavam.
Os minutos passaram sem que eles percebessem. O frio da noite os envolvia, mas não era suficiente para afastá-los. null deslizou o polegar sobre a palma da mão de null, como se tentasse memorizar aquele momento, guardá-lo em algum lugar seguro dentro de si.
— Você lembra da primeira vez que nos encontramos aqui? — ela perguntou, com um sorriso nostálgico.
null riu baixinho.
— Como esquecer? Você estava furiosa porque eu esbarrei em você e derrubei seu café. Nunca vi alguém tão bravo por um cappuccino perdido.
null revirou os olhos, mas a risada escapou antes que pudesse conter.
— Era um cappuccino caro, e eu precisava dele naquela manhã. Mas depois você insistiu em comprar outro para mim. E depois outro... e mais outro. Até que, de alguma forma, isso virou um hábito.
null assentiu.
— E cada café que comprávamos juntos era mais uma desculpa para nos vermos. Acho que no fundo, desde o começo, já sabíamos que algo estava acontecendo. Só demoramos para admitir.
Ela abaixou o olhar por um momento, como se absorvesse as palavras dele.
— Eu só não queria me machucar de novo. Já passei por tantas coisas antes de você... E quando finalmente me permiti sentir algo, tudo desmoronou.
null ergueu sua mão até o rosto dela, acariciando sua bochecha com delicadeza. — Eu sei. E não posso prometer que nunca vamos nos machucar de novo. Mas posso prometer que vou fazer de tudo para valer a pena. Não somos mais as mesmas pessoas que éramos antes. Crescemos, aprendemos. E agora estamos aqui. Juntos.
null respirou fundo, sentindo um calor se espalhar por seu peito.
— Então vamos dar um passo de cada vez?
null sorriu e assentiu.
— Um passo de cada vez. E eu estarei aqui, em cada um deles.
A cidade ao redor continuava seu ritmo frenético, mas para eles, naquele instante, só existia um ao outro. E talvez, apenas talvez, isso fosse o suficiente para recomeçar.
Ele queria romper essa distância. Queria que null soubesse que, apesar de tudo, ele sempre escolheria estar ao lado dela. Queria ser o porto seguro para suas incertezas, a mão que a seguraria firme mesmo quando tudo parecesse desmoronar. Mas ela hesitava. Nos olhos dela, ele via o medo de se perder na intensidade do que sentiam, de mergulhar em algo tão profundo que talvez nunca mais conseguisse voltar à superfície. Entre eles, havia marcas do passado, tentativas frustradas e promessas que nunca se concretizaram. Ainda assim, quando seus dedos se tocavam, mesmo que por um breve instante, tudo ao redor desaparecia. Naquele momento, eram apenas eles dois e o som do mundo ao redor, como se a cidade inteira estivesse presa no ritmo dos seus corações.
Uma batida eletrônica vibrava no fundo, ecoando nas paredes dos prédios e misturando-se aos ruídos da cidade. O ritmo pulsava dentro dele, como um reflexo dos batimentos acelerados de seu coração. Ele a observava, esperando por um sinal, um gesto, qualquer coisa que lhe dissesse que ela também queria aquilo. null desviou o olhar, mordendo o lábio como se lutasse contra um turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes. Por um momento, null temeu que ela fosse se afastar, mas então, algo mudou. A música chegou ao refrão e, junto com ela, veio um suspiro profundo de null. Quando ela ergueu os olhos novamente, havia algo diferente neles: uma centelha de coragem, uma luz tímida que ele não via há muito tempo.
null segurou sua mão com firmeza, sentindo a pele quente contra a sua.
— Sei que é difícil, sei que você tem medo. Mas eu não quero que isso nos afaste. Eu só quero estar mais perto de você, null. Eu preciso estar mais perto de você.
null fechou os olhos por um instante, como se estivesse processando as palavras dele. Quando abriu novamente, sua expressão era um misto de vulnerabilidade e desejo.
— null, eu... eu não sei se consigo. Tenho medo de nos machucar de novo. Tenho medo de tudo ruir como antes.
Ele sorriu, um sorriso pequeno, mas cheio de ternura.
— Você acha que eu não tenho medo? Eu também me pergunto se estou fazendo a coisa certa, se vamos conseguir passar por isso. Mas, acima de tudo, eu sei que não quero desistir de nós. Se houver uma chance, por menor que seja, eu quero tentar.
Ela respirou fundo, apertando a mão dele com mais força.
— E se eu não souber como lidar com isso? E se eu me perder no meio do caminho?
null passou o polegar suavemente sobre a pele dela, como um gesto de conforto.
— Então eu te trago de volta. Sempre. Você não precisa enfrentar isso sozinha, null. Eu estarei aqui, em cada passo, em cada dúvida, em cada noite difícil. Só preciso que você me deixe ficar.
Os olhos dela se encheram de brilho e, naquele instante, a distância entre eles desapareceu. Ela assentiu, devagar, permitindo-se acreditar nas palavras dele.
— Então fica, null. Fica e não solta a minha mão.
Ele sorriu, puxando-a delicadamente para mais perto.
— Nunca soltaria.
E ali, sob a luz difusa da cidade e o som distante da música, eles decidiram recomeçar. Não havia garantias, não havia certezas. Mas havia o desejo genuíno de tentar. E, por ora, isso era tudo de que precisavam.
Os minutos passaram sem que eles percebessem. O frio da noite os envolvia, mas não era suficiente para afastá-los. null deslizou o polegar sobre a palma da mão de null, como se tentasse memorizar aquele momento, guardá-lo em algum lugar seguro dentro de si.
— Você lembra da primeira vez que nos encontramos aqui? — ela perguntou, com um sorriso nostálgico.
null riu baixinho.
— Como esquecer? Você estava furiosa porque eu esbarrei em você e derrubei seu café. Nunca vi alguém tão bravo por um cappuccino perdido.
null revirou os olhos, mas a risada escapou antes que pudesse conter.
— Era um cappuccino caro, e eu precisava dele naquela manhã. Mas depois você insistiu em comprar outro para mim. E depois outro... e mais outro. Até que, de alguma forma, isso virou um hábito.
null assentiu.
— E cada café que comprávamos juntos era mais uma desculpa para nos vermos. Acho que no fundo, desde o começo, já sabíamos que algo estava acontecendo. Só demoramos para admitir.
Ela abaixou o olhar por um momento, como se absorvesse as palavras dele.
— Eu só não queria me machucar de novo. Já passei por tantas coisas antes de você... E quando finalmente me permiti sentir algo, tudo desmoronou.
null ergueu sua mão até o rosto dela, acariciando sua bochecha com delicadeza. — Eu sei. E não posso prometer que nunca vamos nos machucar de novo. Mas posso prometer que vou fazer de tudo para valer a pena. Não somos mais as mesmas pessoas que éramos antes. Crescemos, aprendemos. E agora estamos aqui. Juntos.
null respirou fundo, sentindo um calor se espalhar por seu peito.
— Então vamos dar um passo de cada vez?
null sorriu e assentiu.
— Um passo de cada vez. E eu estarei aqui, em cada um deles.
A cidade ao redor continuava seu ritmo frenético, mas para eles, naquele instante, só existia um ao outro. E talvez, apenas talvez, isso fosse o suficiente para recomeçar.
FIM
Nota da autora:Quem é vivo sempre aparece, né?! O que a Biba não pede sorrindo que eu não faço chorando. Foi curta, mas foi de coração, espero que gostem.
Cê sabe que eu te amo,né? hahahah. Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.