Capítulo 01
Finalmente recebeu sua tão esperada alta da reabilitação, não aguentava mais aquele inferno, estava limpo há dois anos e não pretendia voltar para lá nunca mais, sua vida desmoronou depois que o vício em drogas saiu do controle, ele perdeu o emprego e a mulher que amava. Estava comprometido a frequentar as reuniões, seu padrinho era um cara muito legal e disse que estaria disponível a qualquer momento que ele precisasse, podia ligar a qualquer hora.
Mas isso não ficaria assim, ele precisava se organizar, reencontrar , dizer que a amava e pedir perdão por tudo que a fizera passar.
Não tivera notícias dela após os 2 primeiros meses, o pai dele dissera que pediu que ela se afastasse para que ele focasse no próprio tratamento e ficasse bem, mas, na verdade, ela procurara os pais dele e disse que não podia mais lidar com aquilo, que iria se afastar. O pai mentiu para que ele não surtasse e estragasse tudo de novo, fugindo da reabilitação ou coisa parecida.
Depois de umas duas semanas procurando, conseguiu falar com os pais dela, que o recriminaram logo de cara e pediram para ficar longe da filha. Ele ficou magoado e irritado, mas entendia o lado deles, porém, ele precisava falar com ela, precisava vê-la. Não tinha certeza se ela estava no mesmo emprego, mas resolveu ficar lá na entrada do prédio por quase um dia inteiro, esperando encontrar com ela quando saísse para almoçar ou ir embora, só ai se tocou que ela poderia usar a garagem, ele nunca iria encontrá-la esperando ali. Foi até o prédio onde eles moravam juntos e o porteiro disse que ela tinha se mudado.
Estava ficando meio desesperado já, queria muito falar com ela. No dia seguinte, voltou ao prédio que ela trabalhava e decidiu se anunciar e entrar, chegou na recepção da empresa e perguntou por ela, a recepcionista fez uma chamada e fez sinal para a sala onde ele deveria entrar. Ficou nervoso de imediato, imaginou que ela não atenderia ou que sairia só para jogar algo nele e mandar ele embora, entrou em parafuso por uns segundos e depois seguiu lentamente para a porta indicada.
- ? – Ele abriu um pouco a porta e deu duas batidas para que ela erguesse os olhos do computador.
- Ah, ... – meio em choque, ela tirou o lindo anel de brilhantes e deixou em uma gaveta que estava aberta, não queria ter essa conversa com ele. – Você saiu. – Ela se levantou e deu um abraço desajeitado nele.
- Duas semanas já. Eu senti tanto a sua falta – ele enterrou o rosto nos cabelos dela, como sentira falta do cheiro dela, daquele cabelo, dela toda. – Eu estava te procurando, você trocou de celular, eu presumo... A alternativa que encontrei foi vir aqui, já que seus pais me mandaram para o inferno ontem.
- Você falou com eles? – ela se desvencilhou dos braços dele e se afastou, indicando uma cadeira para ele e se sentando na outra. – O que faz aqui, na verdade?
- Eu queria te ver, falar com você, te pedir perdão...
- Olha, já passou, já faz muito tempo...
- Não, me deixa falar... – ele começou um longo discurso de como esse tempo fez bem pra ele, que ele estava melhor por causa dela e mais um monte de coisas.
- Desculpa, não posso, não consigo, - ela se levantou devagar e ficou de costas para ele – seu pai não te disse o que eu falei para ele? Eu escrevi uma carta para você quando parei de ir lá...
- O quê? Ele não me disse nada, que carta?
- Eu falei pra ele que não aguentava mais, eu precisava da minha vida de volta, desculpa mesmo, eu não podia mais continuar com aquilo... Agora, por favor, sai daqui e não volta, eu já te ouvi, mas tenho uma reunião daqui a pouco e preciso me concentrar. – Ela segurou a porta aberta, ele ficou tão desnorteado com o que ela disse que nem conseguiu responder, apenas saiu pela porta. “Então ela disse que não queria mais ficar comigo e meu pai mentiu pra mim? Isso não está certo...” Ele saiu do prédio e foi logo para a casa dos pais, onde estava ficando. Como uma das condições da alta, precisava de uma satisfação do pai sobre aquela mentira e queria saber da carta.
It's not like you to say sorry
I was waiting on a different story
This time I'm mistaken
Mas isso não ficaria assim, ele precisava se organizar, reencontrar , dizer que a amava e pedir perdão por tudo que a fizera passar.
Não tivera notícias dela após os 2 primeiros meses, o pai dele dissera que pediu que ela se afastasse para que ele focasse no próprio tratamento e ficasse bem, mas, na verdade, ela procurara os pais dele e disse que não podia mais lidar com aquilo, que iria se afastar. O pai mentiu para que ele não surtasse e estragasse tudo de novo, fugindo da reabilitação ou coisa parecida.
Depois de umas duas semanas procurando, conseguiu falar com os pais dela, que o recriminaram logo de cara e pediram para ficar longe da filha. Ele ficou magoado e irritado, mas entendia o lado deles, porém, ele precisava falar com ela, precisava vê-la. Não tinha certeza se ela estava no mesmo emprego, mas resolveu ficar lá na entrada do prédio por quase um dia inteiro, esperando encontrar com ela quando saísse para almoçar ou ir embora, só ai se tocou que ela poderia usar a garagem, ele nunca iria encontrá-la esperando ali. Foi até o prédio onde eles moravam juntos e o porteiro disse que ela tinha se mudado.
Estava ficando meio desesperado já, queria muito falar com ela. No dia seguinte, voltou ao prédio que ela trabalhava e decidiu se anunciar e entrar, chegou na recepção da empresa e perguntou por ela, a recepcionista fez uma chamada e fez sinal para a sala onde ele deveria entrar. Ficou nervoso de imediato, imaginou que ela não atenderia ou que sairia só para jogar algo nele e mandar ele embora, entrou em parafuso por uns segundos e depois seguiu lentamente para a porta indicada.
- ? – Ele abriu um pouco a porta e deu duas batidas para que ela erguesse os olhos do computador.
- Ah, ... – meio em choque, ela tirou o lindo anel de brilhantes e deixou em uma gaveta que estava aberta, não queria ter essa conversa com ele. – Você saiu. – Ela se levantou e deu um abraço desajeitado nele.
- Duas semanas já. Eu senti tanto a sua falta – ele enterrou o rosto nos cabelos dela, como sentira falta do cheiro dela, daquele cabelo, dela toda. – Eu estava te procurando, você trocou de celular, eu presumo... A alternativa que encontrei foi vir aqui, já que seus pais me mandaram para o inferno ontem.
- Você falou com eles? – ela se desvencilhou dos braços dele e se afastou, indicando uma cadeira para ele e se sentando na outra. – O que faz aqui, na verdade?
- Eu queria te ver, falar com você, te pedir perdão...
- Olha, já passou, já faz muito tempo...
- Não, me deixa falar... – ele começou um longo discurso de como esse tempo fez bem pra ele, que ele estava melhor por causa dela e mais um monte de coisas.
- Desculpa, não posso, não consigo, - ela se levantou devagar e ficou de costas para ele – seu pai não te disse o que eu falei para ele? Eu escrevi uma carta para você quando parei de ir lá...
- O quê? Ele não me disse nada, que carta?
- Eu falei pra ele que não aguentava mais, eu precisava da minha vida de volta, desculpa mesmo, eu não podia mais continuar com aquilo... Agora, por favor, sai daqui e não volta, eu já te ouvi, mas tenho uma reunião daqui a pouco e preciso me concentrar. – Ela segurou a porta aberta, ele ficou tão desnorteado com o que ela disse que nem conseguiu responder, apenas saiu pela porta. “Então ela disse que não queria mais ficar comigo e meu pai mentiu pra mim? Isso não está certo...” Ele saiu do prédio e foi logo para a casa dos pais, onde estava ficando. Como uma das condições da alta, precisava de uma satisfação do pai sobre aquela mentira e queria saber da carta.
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Capítulo 02
ficara trancado no quarto uns dias, até que seu pai perdeu a paciência e foi brigar com o filho para que ele fosse à reunião daquela tarde, era outra condição da alta, ele não podia faltar ou poderia voltar para a reabilitação. Meio contra a vontade, ele acabou indo, foi uma semana de merda, ele estava cansado e não falou com quase ninguém, seu padrinho o chamou de canto.
- O que está havendo? Você estava tão bem semana passada...
- A não quer saber de mim, ela já não queria enquanto eu ainda estava lá... Meu pai mentiu para mim, ela escreveu uma carta horrível que meu pai não queria me mostrar, quando ele chegou do trabalho e me viu revirando o escritório dele atrás da carta, ele resolveu me entregar, ela falou de todas as coisas ruins que eu fiz ela passar... – ele fungou, os olhos ficando vermelhos na tentativa de segurar o choro.
- Meu jovem, infelizmente essas coisas que passamos não são fáceis para nós e principalmente para quem convive com a gente, você vai entender que é uma luta diária, acho que deve se focar em outra coisa e deixar a moça em paz se foi isso que ela pediu.
- Mas eu não posso, eu não consigo ficar sem ela... Eu preciso dela.
- Lembra de tudo o que leva a um vício, essa obsessão não vai te fazer bem.
Ele olhou feio para o padrinho e saiu da reunião, chorou um pouco lá fora, não conseguia pensar na sua vida sem a , ele tinha que fazer alguma coisa a respeito. Não ficaria parado enquanto não conseguisse a mulher que amava de volta.
ficou literalmente obcecado, começou a procurar nas redes sociais, a acompanhar as coisas das amigas dela para ver fotos dela, onde ela ia, o que estava fazendo. O pai percebeu que ele começou a se comportar estranhamente e não saía mais daquele computador, começou a ficar preocupado e tentou sondar o filho a respeito do que estava fazendo. apenas mandou-o deixá-lo em paz, ele estava indo nas reuniões e, quando achava que ia surtar, ligava para o padrinho, afinal, esse era o acordo, não era?
Logo ele descobriu uma cafeteria que ela ia às vezes com as amigas e começou a aparecer por lá para ver se a encontrava, a viu algumas vezes, mas não falou nada. Um dia encontrou duas amigas dela saindo de lá e foi falar com elas, precisava da ajuda delas para falar com a de novo.
- , desencana, ela está feliz com outro, segue a sua vida, vai procurar outra coisa pra fazer. – Madeline perdeu a paciência depois de muita lenga-lenga e acabou deixando escapar que a amiga estava com outra pessoa, puxou Lisa e logo foram embora.
- Como assim ela está com outro? – ele sussurrou quase inaudível, vendo as meninas se afastarem.
Resolveu contratar um detetive para segui-la, precisava saber mais, quem era o cara, quanto tempo estavam juntos, etc... Enrolou o pai dizendo que precisava do dinheiro para ajudar um de seus amigos que estava encrencado, mas com a desconfiança sobre as drogas pairando, ele resolveu seguir o filho, viu ele com um homem em uma lanchonete meio estranha e o viu entregar o envelope com dinheiro ao rapaz, junto com alguns papéis. Não sabia direito o que era, mas pelo menos não estava comprando drogas, saiu de lá quando viu que a conversa terminou e se preparava para sair, foi embora antes que o filho o visse.
Em menos de uma semana o detetive ligou para e o chamou para encontrá-lo, tinha descoberto tudo que ele pedira sobre a moça, como ela não era uma fugitiva nem estava se escondendo, foi bem fácil. Entregou as informações ao cliente e disse que se quisesse mais alguma coisa, era só ligar para ele, viu um playboy cheio da grana obcecado com a ex e viu uma boa chance de ganhar dinheiro fácil. Nunca o pagaram tão bem por um serviço tão fácil.
se trancou no quarto e começou a ler as coisas que o detetive entregara, Fazia pouco mais de um ano que estava com esse tal de e aparentemente ficaram noivos, ele viu uma foto da moça com o belo anel e sentiu seu coração congelar mais um pouco, eles estavam planejando a festa de noivado, já estava com a data e o local em mãos graças ao detetive, só precisava pensar no que fazer, precisava recuperar seu amor, não podia aceitar que ela planejasse se casar com outro, só precisava decidir qual seria a melhor maneira.
- O que está havendo? Você estava tão bem semana passada...
- A não quer saber de mim, ela já não queria enquanto eu ainda estava lá... Meu pai mentiu para mim, ela escreveu uma carta horrível que meu pai não queria me mostrar, quando ele chegou do trabalho e me viu revirando o escritório dele atrás da carta, ele resolveu me entregar, ela falou de todas as coisas ruins que eu fiz ela passar... – ele fungou, os olhos ficando vermelhos na tentativa de segurar o choro.
- Meu jovem, infelizmente essas coisas que passamos não são fáceis para nós e principalmente para quem convive com a gente, você vai entender que é uma luta diária, acho que deve se focar em outra coisa e deixar a moça em paz se foi isso que ela pediu.
- Mas eu não posso, eu não consigo ficar sem ela... Eu preciso dela.
- Lembra de tudo o que leva a um vício, essa obsessão não vai te fazer bem.
Ele olhou feio para o padrinho e saiu da reunião, chorou um pouco lá fora, não conseguia pensar na sua vida sem a , ele tinha que fazer alguma coisa a respeito. Não ficaria parado enquanto não conseguisse a mulher que amava de volta.
ficou literalmente obcecado, começou a procurar nas redes sociais, a acompanhar as coisas das amigas dela para ver fotos dela, onde ela ia, o que estava fazendo. O pai percebeu que ele começou a se comportar estranhamente e não saía mais daquele computador, começou a ficar preocupado e tentou sondar o filho a respeito do que estava fazendo. apenas mandou-o deixá-lo em paz, ele estava indo nas reuniões e, quando achava que ia surtar, ligava para o padrinho, afinal, esse era o acordo, não era?
Logo ele descobriu uma cafeteria que ela ia às vezes com as amigas e começou a aparecer por lá para ver se a encontrava, a viu algumas vezes, mas não falou nada. Um dia encontrou duas amigas dela saindo de lá e foi falar com elas, precisava da ajuda delas para falar com a de novo.
- , desencana, ela está feliz com outro, segue a sua vida, vai procurar outra coisa pra fazer. – Madeline perdeu a paciência depois de muita lenga-lenga e acabou deixando escapar que a amiga estava com outra pessoa, puxou Lisa e logo foram embora.
- Como assim ela está com outro? – ele sussurrou quase inaudível, vendo as meninas se afastarem.
Resolveu contratar um detetive para segui-la, precisava saber mais, quem era o cara, quanto tempo estavam juntos, etc... Enrolou o pai dizendo que precisava do dinheiro para ajudar um de seus amigos que estava encrencado, mas com a desconfiança sobre as drogas pairando, ele resolveu seguir o filho, viu ele com um homem em uma lanchonete meio estranha e o viu entregar o envelope com dinheiro ao rapaz, junto com alguns papéis. Não sabia direito o que era, mas pelo menos não estava comprando drogas, saiu de lá quando viu que a conversa terminou e se preparava para sair, foi embora antes que o filho o visse.
Em menos de uma semana o detetive ligou para e o chamou para encontrá-lo, tinha descoberto tudo que ele pedira sobre a moça, como ela não era uma fugitiva nem estava se escondendo, foi bem fácil. Entregou as informações ao cliente e disse que se quisesse mais alguma coisa, era só ligar para ele, viu um playboy cheio da grana obcecado com a ex e viu uma boa chance de ganhar dinheiro fácil. Nunca o pagaram tão bem por um serviço tão fácil.
se trancou no quarto e começou a ler as coisas que o detetive entregara, Fazia pouco mais de um ano que estava com esse tal de e aparentemente ficaram noivos, ele viu uma foto da moça com o belo anel e sentiu seu coração congelar mais um pouco, eles estavam planejando a festa de noivado, já estava com a data e o local em mãos graças ao detetive, só precisava pensar no que fazer, precisava recuperar seu amor, não podia aceitar que ela planejasse se casar com outro, só precisava decidir qual seria a melhor maneira.
Capítulo 03
A tal festa seria no próximo sábado, ele decidiu que só iria até lá e seria o mais sincero possível, não tinha tempo para grandes planos, só queria falar que a amava e a queria de volta.
No dia, ele simplesmente vestiu uma camisa branca com uma calça social, para não destoar e não parecer totalmente um penetra. Saiu antes que os pais pudessem perguntar onde ele estava indo, o que obrigou o pai mandar um dos vigias da casa para seguir o filho.
Chegando no restaurante, ele viu que tinha alguém na porta recolhendo os convites, se aproximou sem hesitar muito e se apresentou como amigo da noiva, mas esquecera o convite em casa, prevendo algo assim, disse que ninguém entraria sem convite, a não ser que ela ou autorizasse pessoalmente, uma das recepcionistas foi procurá-la e informar sobre o tal amigo que esqueceu o convite, ele não informou o nome para que elas consultassem a lista, mas já sabia quem era, pensou doze vezes antes de ir lá fora, mas resolveu ir falar com ele para evitar qualquer escândalo desnecessário.
Ele ficou lá, repetindo tudo que pensou e ensaiou mentalmente umas mil vezes, sobre como estava arrependido, que sabia que ela também o amava, sobre como doía saber o quanto a fez sofrer...
- Você precisa me perdoar, é nosso destino ficar juntos, eu sei que você me ama como eu te amo, eu preciso que você entenda que eu mudei, eu estou melhor por sua causa...
- Olha, eu não sei como você descobriu sobre a festa e veio até aqui, mas precisa ir embora antes que eu chame a segurança. Eu não posso agora, não posso mesmo, tenho convidados e não vou deixá-los esperando, com licença. – Ela estava segurando o choro, ele podia ver, a conhecia tão bem. Quando ela deu as costas e passava pela porta do restaurante, ele gritou, em um último ato de desespero:
- Por favor... Você sabe que eu te amo, tenho certeza que me ama também, não pode ficar com esse cara.
It's not like you didn't know that
I said I love you, and I swear I still do
And it must have been so bad
'Cause living with me, must have damn near killed you
As recepcionistas pediram para dois seguranças irem lá para pedir que fosse embora e parar de escândalo ou chamariam a polícia. Com todos os problemas que ele já tinha, não precisava de mais esse, então resolveu voltar para casa.
- Está tudo bem amiga? – Madeline a viu entrar no banheiro e foi atrás dela.
- Como ele apareceu aqui? Como ficou sabendo do noivado? – Ela já estava quase soluçando enquanto as lágrimas rolavam e borravam um pouco sua maquiagem.
- Ai, amiga, preciso te pedir perdão, um dia eu e a Lisa encontramos com ele e acabei deixando escapar que você já estava feliz com outro, para ele sumir da sua vida.
- Ah, Mad, tudo bem, mas como ele ficou sabendo da festa? Por que veio aqui estragar essa noite? Faz tempo, mas ainda dói, sabe? Eu estava tão bem com o que nem pensei no tempo que ele já estava na reabilitação, nem lembrava que podia sair depois de dois anos... Nem quis pensar nisso, na verdade.
- ESTAVA bem não, amiga. Você ESTÁ bem com o , pare de pensar nisso, limpa esse rosto, vamos ajeitar sua maquiagem e voltar para lá.
Quando chegaram no apartamento, perguntou à noiva se ela estava bem, poque viu que ela parecia muito chateada depois de ter ido lá fora checar o convidado que chegara sem convite.
- Estou bem sim, eu acho, o tal convidado era o , fez uma cena e me chateou um pouco.
- Você não parecia só um pouco chateada, quer conversar sobre isso?
- Não, eu só preciso dormir, estou muito cansada. – Ela deu um beijo no rosto dele e foi no banheiro se arrumar pra deitar, mas percebeu imediatamente que a insônia seria sua companhia naquela noite.
Esperou o noivo deitar e foi até a sacada com uma taça de vinho, já tinha bebido um pouco na festa, mais algumas taças e talvez conseguisse dormir.
- Não estava cansada? – chegou de mansinho e deu um beijo no pescoço da noiva, perdida em pensamentos, olhando as luzes da cidade.
- Estou – ela sorriu de lado - mas tô com muita coisa na cabeça agora, resolvi tomar um vinho para ver se ajudava a dormir.
- Tem a ver com a visita inesperada na festa, né? Olha, eu sei tudo o que você passou com ele, não vou te pressionar a falar, mas saiba que eu estou aqui se você precisar.
Ela virou pra ele e sorriu, sincera. Deu um longo selinho nele e se aconchegou em seus braços.
- Eu sei, querido, obrigada. Pode ir, eu vou ficar aqui mais um pouquinho e vou deitar logo, prometo.
Ele deu um beijo na testa dela e voltou para a cama.
No dia, ele simplesmente vestiu uma camisa branca com uma calça social, para não destoar e não parecer totalmente um penetra. Saiu antes que os pais pudessem perguntar onde ele estava indo, o que obrigou o pai mandar um dos vigias da casa para seguir o filho.
Chegando no restaurante, ele viu que tinha alguém na porta recolhendo os convites, se aproximou sem hesitar muito e se apresentou como amigo da noiva, mas esquecera o convite em casa, prevendo algo assim, disse que ninguém entraria sem convite, a não ser que ela ou autorizasse pessoalmente, uma das recepcionistas foi procurá-la e informar sobre o tal amigo que esqueceu o convite, ele não informou o nome para que elas consultassem a lista, mas já sabia quem era, pensou doze vezes antes de ir lá fora, mas resolveu ir falar com ele para evitar qualquer escândalo desnecessário.
Ele ficou lá, repetindo tudo que pensou e ensaiou mentalmente umas mil vezes, sobre como estava arrependido, que sabia que ela também o amava, sobre como doía saber o quanto a fez sofrer...
- Você precisa me perdoar, é nosso destino ficar juntos, eu sei que você me ama como eu te amo, eu preciso que você entenda que eu mudei, eu estou melhor por sua causa...
- Olha, eu não sei como você descobriu sobre a festa e veio até aqui, mas precisa ir embora antes que eu chame a segurança. Eu não posso agora, não posso mesmo, tenho convidados e não vou deixá-los esperando, com licença. – Ela estava segurando o choro, ele podia ver, a conhecia tão bem. Quando ela deu as costas e passava pela porta do restaurante, ele gritou, em um último ato de desespero:
- Por favor... Você sabe que eu te amo, tenho certeza que me ama também, não pode ficar com esse cara.
I said I love you, and I swear I still do
And it must have been so bad
'Cause living with me, must have damn near killed you
As recepcionistas pediram para dois seguranças irem lá para pedir que fosse embora e parar de escândalo ou chamariam a polícia. Com todos os problemas que ele já tinha, não precisava de mais esse, então resolveu voltar para casa.
- Está tudo bem amiga? – Madeline a viu entrar no banheiro e foi atrás dela.
- Como ele apareceu aqui? Como ficou sabendo do noivado? – Ela já estava quase soluçando enquanto as lágrimas rolavam e borravam um pouco sua maquiagem.
- Ai, amiga, preciso te pedir perdão, um dia eu e a Lisa encontramos com ele e acabei deixando escapar que você já estava feliz com outro, para ele sumir da sua vida.
- Ah, Mad, tudo bem, mas como ele ficou sabendo da festa? Por que veio aqui estragar essa noite? Faz tempo, mas ainda dói, sabe? Eu estava tão bem com o que nem pensei no tempo que ele já estava na reabilitação, nem lembrava que podia sair depois de dois anos... Nem quis pensar nisso, na verdade.
- ESTAVA bem não, amiga. Você ESTÁ bem com o , pare de pensar nisso, limpa esse rosto, vamos ajeitar sua maquiagem e voltar para lá.
Quando chegaram no apartamento, perguntou à noiva se ela estava bem, poque viu que ela parecia muito chateada depois de ter ido lá fora checar o convidado que chegara sem convite.
- Estou bem sim, eu acho, o tal convidado era o , fez uma cena e me chateou um pouco.
- Você não parecia só um pouco chateada, quer conversar sobre isso?
- Não, eu só preciso dormir, estou muito cansada. – Ela deu um beijo no rosto dele e foi no banheiro se arrumar pra deitar, mas percebeu imediatamente que a insônia seria sua companhia naquela noite.
Esperou o noivo deitar e foi até a sacada com uma taça de vinho, já tinha bebido um pouco na festa, mais algumas taças e talvez conseguisse dormir.
- Não estava cansada? – chegou de mansinho e deu um beijo no pescoço da noiva, perdida em pensamentos, olhando as luzes da cidade.
- Estou – ela sorriu de lado - mas tô com muita coisa na cabeça agora, resolvi tomar um vinho para ver se ajudava a dormir.
- Tem a ver com a visita inesperada na festa, né? Olha, eu sei tudo o que você passou com ele, não vou te pressionar a falar, mas saiba que eu estou aqui se você precisar.
Ela virou pra ele e sorriu, sincera. Deu um longo selinho nele e se aconchegou em seus braços.
- Eu sei, querido, obrigada. Pode ir, eu vou ficar aqui mais um pouquinho e vou deitar logo, prometo.
Ele deu um beijo na testa dela e voltou para a cama.
Capítulo 04
e foram para uma fazenda da família dele para passar um final de semana com os parentes que não conseguiram comparecer ao jantar de noivado. Ela disse ao noivo que precisava tomar um ar, os acontecimentos da última semana a deixaram esgotada, ela estava tentando clarear a mente e não estragar tudo. Foi dar uma volta e sentou na grama, na beira de uma lagoa.
Sua mente viajou em tudo o que disse na noite do jantar, mas se desviou quase que imediatamente para o que acontecera dois anos antes, ela jamais esqueceria daquilo e tudo o que ele a fez passar.
Flashback
Já eram quase quatro horas da manhã, estava surtada de preocupação e resolveu procurar , com medo de ter acontecido alguma coisa com ele. “Mas que merda, ele prometeu”, ela pensou ao volante enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ela não sabia se estava mais irritada ou preocupada, isso tudo era absolutamente frustrante.
Verificou no celular se conseguia acessar o localizador do carro dele, que o pai dele insistira em colocar por segurança e, obviamente, monitorar o filho devido ao seu “pequeno” problema com drogas, alegando que era para a própria segurança dele. Conseguiu encontrar e colocou no GPS do carro para chegar até lá, estava tão furiosa, que mal pensou em chamar alguém para ajudar, caso necessário.
Quando estava a menos de um quarteirão do local indicado, a cena que encontrou quase parou seu coração. O carro dele estava batido em um poste, com os faróis ainda acesos. Sem conseguir pensar direito, ligou para a emergência enquanto corria na direção do carro.
-? – ela gritou quando viu que ele estava no carro. Estava consciente, mas estava com um pouco de sangue no rosto. Pelo menos o imbecil estava de cinto de segurança, mas estava com a perna presa na parte que amassou, não dava para ver direito o quão feio estava. – Mas que merda... Oi, desculpa, estou na linha, houve um acidente de carro, o motorista está acordado, mas a perna dele está presa.
- Ok, senhora, consegui rastrear a sua ligação, estou mandando o resgate.
- Obrigada – ela tremia quando desligou o celular. – Não acredito que você fez isso de novo, seu merda, você me prometeu, por que está se destruindo assim? Seu cretino... – ela chorava copiosamente...
- Se veio aqui para ficar gritando na minha cabeça, pode ir embora, já estou com dor o suficiente para ficar te aguentando reclamar...
- Seu filho da puta... – ela saiu chorando e foi para o próprio carro, esperou o resgate chegar e foi embora para casa, ligou para os pais dele para contar o que aconteceu e disse que não iria ao hospital, mas pediu que a mantivessem informada.
Depois de toda a confusão, ele ficou uns dias internado e precisaria ficar com gesso na perna por um tempo, com os exames de sangue ficou comprovado que ele não estava apto a dirigir, responderia um processo e corria risco de ser preso, mas a família dele tinha grana, muita grana. O pai conseguiu um advogado e deu ordens para um acordo, o que conseguiu foi se comprometer a mandá-lo para a reabilitação por no mínimo dois anos e, depois, até quando os médicos decidissem pela alta.
This is how you remind me
Of what I really am
End Flashback
Ela amou muito , não poderia negar, sabia bem disso, conhecia toda a história dela, mas o último dos quatro anos que passou com foi um verdadeiro inferno. era maravilhoso e a amava demais, ele, somente ele, merecia o amor dela.
- Querida, você está bem? – Depois de uns vinte minutos que ela estava lá, apareceu.
Ela limpou uma lágrima solitária que escorrera por seu rosto e sorriu para o único homem que merecia o seu coração, assentiu e se levantou, foi em direção a ele e deu um beijo longo e apaixonado.
Sua mente viajou em tudo o que disse na noite do jantar, mas se desviou quase que imediatamente para o que acontecera dois anos antes, ela jamais esqueceria daquilo e tudo o que ele a fez passar.
Flashback
Já eram quase quatro horas da manhã, estava surtada de preocupação e resolveu procurar , com medo de ter acontecido alguma coisa com ele. “Mas que merda, ele prometeu”, ela pensou ao volante enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ela não sabia se estava mais irritada ou preocupada, isso tudo era absolutamente frustrante.
Verificou no celular se conseguia acessar o localizador do carro dele, que o pai dele insistira em colocar por segurança e, obviamente, monitorar o filho devido ao seu “pequeno” problema com drogas, alegando que era para a própria segurança dele. Conseguiu encontrar e colocou no GPS do carro para chegar até lá, estava tão furiosa, que mal pensou em chamar alguém para ajudar, caso necessário.
Quando estava a menos de um quarteirão do local indicado, a cena que encontrou quase parou seu coração. O carro dele estava batido em um poste, com os faróis ainda acesos. Sem conseguir pensar direito, ligou para a emergência enquanto corria na direção do carro.
-? – ela gritou quando viu que ele estava no carro. Estava consciente, mas estava com um pouco de sangue no rosto. Pelo menos o imbecil estava de cinto de segurança, mas estava com a perna presa na parte que amassou, não dava para ver direito o quão feio estava. – Mas que merda... Oi, desculpa, estou na linha, houve um acidente de carro, o motorista está acordado, mas a perna dele está presa.
- Ok, senhora, consegui rastrear a sua ligação, estou mandando o resgate.
- Obrigada – ela tremia quando desligou o celular. – Não acredito que você fez isso de novo, seu merda, você me prometeu, por que está se destruindo assim? Seu cretino... – ela chorava copiosamente...
- Se veio aqui para ficar gritando na minha cabeça, pode ir embora, já estou com dor o suficiente para ficar te aguentando reclamar...
- Seu filho da puta... – ela saiu chorando e foi para o próprio carro, esperou o resgate chegar e foi embora para casa, ligou para os pais dele para contar o que aconteceu e disse que não iria ao hospital, mas pediu que a mantivessem informada.
Depois de toda a confusão, ele ficou uns dias internado e precisaria ficar com gesso na perna por um tempo, com os exames de sangue ficou comprovado que ele não estava apto a dirigir, responderia um processo e corria risco de ser preso, mas a família dele tinha grana, muita grana. O pai conseguiu um advogado e deu ordens para um acordo, o que conseguiu foi se comprometer a mandá-lo para a reabilitação por no mínimo dois anos e, depois, até quando os médicos decidissem pela alta.
Of what I really am
End Flashback
Ela amou muito , não poderia negar, sabia bem disso, conhecia toda a história dela, mas o último dos quatro anos que passou com foi um verdadeiro inferno. era maravilhoso e a amava demais, ele, somente ele, merecia o amor dela.
- Querida, você está bem? – Depois de uns vinte minutos que ela estava lá, apareceu.
Ela limpou uma lágrima solitária que escorrera por seu rosto e sorriu para o único homem que merecia o seu coração, assentiu e se levantou, foi em direção a ele e deu um beijo longo e apaixonado.
Epílogo
Depois de um ano de noivado, e marcaram a data do casamento para dois meses depois, como não queriam uma festa muito espalhafatosa, concordaram que era tempo suficiente para planejar tudo.
acabou voltando para a reabilitação depois de um escorregão com uma saída para um bar quando percebeu que nunca teria de volta. Acabou bebendo e foi atrás de drogas, sorte que seu pai mandou alguém segui-lo por um tempo e conseguiu interceptá-lo antes de comprar, levou-o para casa e eles concordaram, depois de brigar um pouco e muita relutância, que ele precisava de mais tempo, precisava continuar limpo e muita terapia para colocar a cabeça no lugar.
And I've been wrong, I've been down
Been to the bottom of every bottle
O casamento caiu na primavera, foi uma cerimônia linda, a igreja repleta de flores em tons de rosa e creme, o salão de festas decorado com as mesmas cores e um pouco de dourado. nunca se arrependeu da decisão, ficou com o único homem que cuidara dela e a amara sem exigir nada em troca, não precisava de nenhum esforço mental para entendê-lo, respeitá-lo e, principalmente, amá-lo.
acabou voltando para a reabilitação depois de um escorregão com uma saída para um bar quando percebeu que nunca teria de volta. Acabou bebendo e foi atrás de drogas, sorte que seu pai mandou alguém segui-lo por um tempo e conseguiu interceptá-lo antes de comprar, levou-o para casa e eles concordaram, depois de brigar um pouco e muita relutância, que ele precisava de mais tempo, precisava continuar limpo e muita terapia para colocar a cabeça no lugar.
Been to the bottom of every bottle
O casamento caiu na primavera, foi uma cerimônia linda, a igreja repleta de flores em tons de rosa e creme, o salão de festas decorado com as mesmas cores e um pouco de dourado. nunca se arrependeu da decisão, ficou com o único homem que cuidara dela e a amara sem exigir nada em troca, não precisava de nenhum esforço mental para entendê-lo, respeitá-lo e, principalmente, amá-lo.
Fim!
Nota da autora: Acho que fugiu um pouquinho do que eu pretendia, mas consegui desenvolver esse plot que confesso que foi bem difícil, a música é meio complexa, a ideia do cara se arrepender e levar um fora, acho que deu para encaixar. Espero que tenham gostado, o bad boy não podia ficar com a mocinha, né? Vamos parar de enaltecer romances tóxicos rs. Obrigada a quem leu até aqui e deixe seu comentário, é sempre bom um feedback e um carinho <3
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Nota da beta: Meu Deus, o medo que eu tava dela largar o fofinho e ficar com ele era real! Hahaahah Eu morri de dó dele, mas ele tinha que entender que ela seguiu a vida, e foi super horrível ele seguir ela! Sei que não está no melhor estado da cabeça, mas, moço, isso não se fazzzzzz UHASUAHS Amei a história, Caah! 💙
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Nota da beta: Meu Deus, o medo que eu tava dela largar o fofinho e ficar com ele era real! Hahaahah Eu morri de dó dele, mas ele tinha que entender que ela seguiu a vida, e foi super horrível ele seguir ela! Sei que não está no melhor estado da cabeça, mas, moço, isso não se fazzzzzz UHASUAHS Amei a história, Caah! 💙