Capítulo Único
O gosto de limonada dependia de quem realmente a preparava. Variava que as vezes ela poderia ser doce demais ou azeda demais e o mesmo funcionava para pessoas, no ponto de vista de pelo menos, sim.
Com aquele sorriso de lado, a energia alegre, o cabelo meio bagunçado, ainda um pouco molhado da ducha após o treino da manhã e a jaqueta da universidade que caia muito bem nele, seria bom comentar que, ele conseguia os dois por onde quer que ele fosse. Por isso a cena dele e dos amigos que também faziam parte do time de basquete da universidade, entrando pelo hall principal chamava a atenção de todos. Afinal, ele era bonito e isso ninguém podia negar, nem mesmo que passava no exato mesmo momento indo na direção oposta.
Perdendo o olhar interessado que a seguia por de trás até perdê-la de vista.
, uma estudante normal que havia acabado de transferir de universidade e passava despercebido por quase todos, mesmo estando a quase dois meses naquele lugar, se enfiava na biblioteca na maioria das ocasiões e era difícil tirá-la de lá se não fosse pela questão de ter que ir às aulas ou ir para o dormitório no final do dia. Era assim de onde veio, era assim em sua universidade passada e continuava sendo assim hoje em dia, pelo simples fato de poder dormir em paz.
Exatamente isso que você leu, dormir em paz.
A incessante era uma autora anônima de webtoons e supreendentemente famosa, então, se dedicava a essa vida dupla que nem ela esperava ter quando mudou de país. Por esse fato, as vezes andava pelos corredores da universidade parecendo um zumbie quando não estava com seus amigos, costumava passar horas e horas em capítulos novos e sendo a perfeccionista que é, nunca deixava um erro que fosse passar despercebido, fazendo com que a maior parte dos seus dias fossem os mesmos, indo direto em direção a parte isolada da biblioteca, onde haviam puffs extremamente aconchegantes e que poderia dormir sem ser incomodada, graças a sua mais nova amiga bibliotecária qual ela bajulou por um mês para que deixasse com que ela descansasse ali.
A vida universitária já era animada por si só mas havia uma grande diferença entre a vida de que era vivida ao máximo e a vida de que vivia em linha reta sem muita animação se não fosse por seus amigos que insistiam em fazer com que ela tivesse uma vida e não só dormisse ou desenhasse.
Se a conhecesse antes e a analisasse em suas categorias egocêntricas, ela seria um ponto de interrogação infinito, afinal, ela podia ser tão doce quanto azeda e vice versa, ela apenas não sabia como aproveitar a sua vida em si, vivendo sempre estressada de um lado para o outro e com um sono desregulado e que não eram por motivos fisicamente prazerosos.
O primeiro interesse br>
A primeira ponta de interesse entre esses dois citados a cima, aconteceu muito antes da história de ambos. tinha apenas uma semana na universidade e havia acabado de conseguir uma vaga nos dormitórios disponíbilizados pela universidade em um dia de calor intenso da cidade.
— Seu quarto é o número 222 e você precisa passar na portaria para dar algumas informações além de deixar o nome do respostavel pela chave extra assim que se instalar — a orientadora disse sorrindo com sua prancheta em mãos — sem pressa.
apenas assentiu pegando a chave da mãos da mesma que virou no mesmo minuto saindo do lugar sem sequer se despedir, deixando a garota se perguntar como levaria tudo aquilo para cima sozinha.
— Cadê você? — disse atendendo a ligação que recebeu minutos depois de tanto olhar para o nada, com a maior preguiça do mundo de fazer tudo aquilo sozinha — , era para você estar aqui na hora que eu chegasse para me ajudar com as coisas, que tipo de melhor amigo de infância você é?
Do outro lado da linha, Kim , o melhor amigo fofoqueiro — que odiava ser chamado de fofoqueiro já que dizia ser apenas informado — e que também supostamente ocuparia o cargo de afitrião ajudante com sua mudança.
Coisa que sabia ser difícil de acontecer, mesmo ainda tendo esperanças.
— Não , mint choco de uma sorveteria que tem fila para entrar não é mais importante que a sua melhor amiga que recebeu uma promessa de ajuda com a mudança — reclamou — tá um calor dos infernos, ninguém me avisou que esse país estava com o clima parecido com o do inferno, pelo amor de Deus.
tinham uma liberdade de fala insuportávelmente engraçada e aberta com os amigos, principalmente os mais próximos que incluía que conheceu na Austrália assim que mudou com sua família, reencontrando o mesmo em suas viagens de ferias, Ryujin que conheceu anos atrás na sua primeira visita ao país para passar as férias com a família Kim. Ou seja, de seu melhor amigo de infância, Kim , quem nunca havia abandonado de verdade.
— É bom cada um dos três trazer no mínimo dois potes de limão com chocolate de boas vindas — ela disse revirando os olhos com e Ryujin rindo no fundo enquanto tentava fazer com que eles parassem, já que, estavam passando vergonha em público.
A chamada foi encerrada com seu melhor amigos desesperado com o número deles sendo chamados ao fundo, fazendo bufar, sabendo que teria que carregar todas as malas sozinha.
Por isso, de longe, na quadra aberta próxima a área dos dormitórios onde se encontrava . Que havia se parado para beber um pouco de água e descansar, enquanto observava curioso com o suor escorrendo em seu rosto, já que estava treinando com alguns amigos do time.
— Vamos comer alguma coisa? É por minha conta hoje, chamei para nos encontrar mas ele disse alguma coisa sobre uma amiga que estava se mudando e precisava ajudar — um dos amigos, chamado disse se aproximando dele — ?
estava literalmente com o total de zero atenção em ou no que ele falava. A única coisa que conseguia prestar atenção era na garota que com muito esforço subia suas coisas de pouco em pouco pela entrada do prédio.
— O que você está vendo? — disse indo atrás dele, olhando na mesma direção que o amigo, vendo a gatora de longe, fazendo um coque em seus fios de cabelo e se abanando pelo calor enquanto decidia qual coisa levaria a seguir — a novata do departamento de artes? Lee sendo o primeiro a se interessar por uma garota é novidade para mim.
— Eu não estou interessado em ninguém, — disse sem tirar os olhos dela ate que desaparesse pela porta do predio.
— Não foi isso que seus olhos disseram antes del asumir pela porta — comentou rindo — já que eu sei que você é covarde com iniciativas não vou insistir, você vem comer ou não?
— imbecil — disse jogando a toalha pequena que estava em seus ombros no amigo fazendo com que ele desse risada.
Ele, e o resto dos amigos que estavam junto deles recolheram suas coisas e foram em direção a saída, subindo a larga rua dos dormitórios e passando perto de onde a garota se preparava para subir com mais caixas.
— Noona! — ouviu a voz do mais novo deles chamando a garota que imediatamente olhou reconhecendo a voz abrindo um sorriso quando o viu.
sentiu inveja do motivo não ser ele, por alguma razão.
— Podem ir indo na frente, eu encontro vocês lá — o mais novo e também mais inocente de todos disse deixando quem estava ali para trás, correndo em direção a garota e pegando as caixas de suas mãos.
sorriu brilhantemente fazendo com que ele deixasse as coisas no chão, o abraçando forte em seguida. Ela não tinha visto ele ainda desde que havia chegado por isso, não resistiu abraçando o mais novo de forma terna.
Todos olharam confusos vendo a cena de longe e já sabiam qual seria o assunto do jantar deles.
— Noona você deveri ter me avisado que mudaria hoje, eu poderia ter te ajudado — disse pegando as coisas do chão mais uma vez.
— Eu pedi para o te avisar que hoje nós faríamos uma noite de filmes depois da
mudança mas — ela respirou fundo limpando o suor de sua testa — acho que ele não te avisou e ainda preferiu ficar na fila de uma sorveteria famosa junto de e Ryujin ao invés de me ajudar — bufou irritada.
— Nos discutimos e tem uma semana que ele não fala comigo — comentou rindo.
— Eu deveria imaginar, ele sempre arruma confusão com você — ela disse pegando outras coisas para levar enquanto levava as coisas. — Ele ficou irritado de eu ter decidido entrar no time de basquete como aula extra curricular ao invés do clube de fotografia — respondeu rindo. — Kim sendo Kim — disse revirando os olhos e rindo — ele ficou una fera quando eu disse que entraria no clube de cerâmica e não no de fotografia com ele, fica tranquilo que daqui mais uma semana ele volta a falar com você como se nada tivesse acontecido.
Os dois continuaram conversando enquanto carregavam as coisas até o segundo andar onde ficava o apartamento dela, acomodando em um lugar qualquer.
— Noona, eu preciso ir, tinha combinado com alguns membros do time de jantar com eles — o mais novo disse sem graça olhando para seu celular com avisando que eles já tinham chegado no local e perguntando o que ele queria pedir — mas término de te ajudar com essas últimas caixas e malas, janto e volto para a noite de filmes, pode ser?
— Pode deixar que essas eu consigo levar, você já me ajudou muito — disse sorrindo — então, não se preocupe, vá se divertir que eu termino — ela respondeu, bagunçando o cabelo dele — e te espero aqui mais tarde então, tudo bem? Vou comprar algumas coisas para comermos, você quer algo em específico?
balançou a cabeça negativamente e assentiu.
— Vou comprar de tudo, então — Ela disse fazendo ele rir.
— Quer algo do restaurante? — ele perguntou antes de ir.
— Não estou com fome — respondeu dando de ombros.
— Se eu ver algo que você gosta no cardápio, trago para você — ele respondeu dando um beijo na bochecha da mais velha — te vejo mais tarde.
— Vá com cuidado! — ela respondeu acenando.
— Ah! — ele disse antes de se afastar por completo — parece que você já tem um admirador.
olhou confusa para o mais novo.
— Tem uma sacola com uma pequena nota na caixa amarela, eu vi assim que saímos — ele disse rindo — te vejo mais tarde.
era a melhor aquisição de sua amizade com , os dois se conheceram assim que se mudou de país pela primeira vez e quando voltou para passar férias conheceu que foi com eles a famosa viagem a casa de campo dos Kim, se tornando inseparáveis de imediato.
Mesmo com uma diferença de idade um pouco distante entre ela, e , eles a conheciam como ninguém.
“Certo, quem foi que deixou uma sacola cheia de picolés dentro de uma das minhas coisas enquanto eu e levávamos outras para o apartamento? E com uma nota ainda? Qual de vocês foi?”
Um silêncio reinava antes dela dizer isso, se arrependendo em seguida com as inúmeras mensagens que começou a receber.
ria dela achando que tinha sido um deles, questionava porque estava andando com um traidor, vulgo, — que continuava rindo da situação e de a esse ponto — e Ryu eram praticamente a mesma pessoa, o que indicava que ambos borbadeavam o grupo de perguntas sobre o bilhete e quem poderia ter sido.
“No bilhete só está escrito algo como: “Esta muito quente, descanse e refresque-se um pouco, espero que isso ajude, bem-vinda ao campus :)” com mais uns cinco sorvetes diferentes dentro da sacola”
no final das contas descobriu que não havia sido nenhum de seus amigos pregando uma peça nela o que a deixou mais confusa ainda, já que, além de , , Ryu e , ela não conhecia ninguém ou havia conversado com ninguém.
Mas, estava satisfeito com o que havia feito, mesmo se achando covarde com iniciativas, ele não se importava se ela não soubesse que havia partido dele quando comentou sobre o acontecido com os amigos, explicando sua relação com que despertou o interesse de todos pela proximidade deles. Por isso quando parou em uma loja de conveniência próxima ao restaurante que iriam comer, comprou sorvetes de vários sabores diferentes e escreveu uma pequena nota, não se importando de colocar seu nome, mas sendo sincero, em partes, não havia colocado nome porque havia esquecido, estava nervoso, porque afinal, o que disse era verdade, ele nunca havia precisado fazer nada para uma garota, era sempre o contrário.
Encontro e desencontro br>
não era de entrar na biblioteca ou de estudar e ainda sim, tirava notas melhores que 90% de sua turma e ninguém entendia como. Uma das garotas que ele costumava sair quando estava entediado — não porque ele queria, mas sim porque ela grudava nele — o viu de longe, o chamando e tudo que ele conseguiu pensar foi que entre ela no final do corredor e a biblioteca a algumas portas a sua frente, definitivamente ele preferiria a biblioteca. Entrando na mesma, fingindo que não via a garota acenar como doida no final do corredor, não fazia ideia para onde iria dentro daquele lugar enorme.
Então, decidiu mandar mensagem a seus amigos para que eles fossem resgata-lo.
Tendo a confirmação de , Hoon, e Gyu de que dali dez minutos quando suas aulas terminassem, eles iriam buscá-lo para irem almoçar, então, que ele deveria achar algo para fazer naquele meio tempo.
E de fato, ele encontrou.
— Vamos Jinie, não seja assim — através de uma das prateleiras que olhava, pode ver a garota que estava mudando para os dormitórios pela segunda vez no campus e por coincidência.
Ela implorava algo para a bibliotecária do período da tarde, que conhecia por ser de sua turma de economia 501 e sentar algumas fileiras de distância quase sempre.
— — a bibliotecária bufou — certo, se você vier antes das três eu consigo liberar para você mas, isso fica entre a gente.
— Vou te contar um segredo meu para podermos estar quites — Ele escutou dizer, rindo com a careta que ela fez.
Viu com atenção ela pegar seu celular e mostrar algo para a bibliotecaria enquanto sussurrava, Jinie que arregalou os olhos no mesmo instante abriu a boca em um formato de “O” demonstrando seu choque com o que havia contado, deixando com uma curiosidade nunca existente dentro de si.
— E por isso eu preciso de um cantinho para dormir por aqui antes das duas últimas aulas, se eu voltar para os dormitórios não vou querer voltar — finalmente escutou a voz dela soar alto mais uma vez.
— Eu quero algo em troca — Jinie disse de repente.
— Meu segredo não é o suficiente para você? Que tipo de amizade é essa que estamos criando? — dramatizou fazendo ela rir.
— Uma onde eu quero me beneficiar — Jinie disse ainda rindo — eu quero ler as atualizações antes que ela saiam.
— Só isso? — perguntou confusa — achei que você iria pedir 20% do lucro ou algo assim.
— Se você quiser eu mudo minha proposta — Jinie respondeu com os dentes fechados.
— Não, não — riu — eu trago o rascunho assim que enviar para a equipe de revisão crítica.
— Combinado! — Jinie disse sorrindo — agora me deixa trabalhar e vai almoçar, disse que se te ver por aqui antes do almoço, ele vai te bater com bolinhos de arroz.
— Se forem bolinhos de arroz feitos pelo , ele não quer me bater — riu — ele quer me matar.
— Ouvi dizer que aquela criança cozinha coisas que ninguém consegue mesmo — Jinie comentou indignada — Quem em sã consciência esquenta morangos no microondas antes de comer?
deu uma risada alta recebendo um tapa de Jinie, afinal, ainda estavam em uma biblioteca.
— É uma pergunta que eu não tenho resposta a anos, desde que eu conheci ele pelo quando éramos crianças, eu nunca entendi esse comportamento — ela respondeu segurando a risada — mas não julgo, eu gosto de coisas estranhas também, então, não julgo — Jinie concordou — enfim, vou almoçar, vou apenas procurar por um livro e vou para o refeitório, você sai que horas hoje? Se quiser eu te espero para irmos para os dormitórios.
— Não precisa — ela disse — hoje é meu dia de fechamento por aqui, vou até mais tarde repondo tudo e fazendo checagem.
— Certo — disse — se estiver muito escuro e precisar que eu venha enfrentar uns doidos quando você sair é só dizer ou me ligar, meu spray de pimenta funciona bem e meu taekwondo de quatro dias também.
— Taekwondo de quatro dias? — Jinie perguntou rindo.
— Um amigo meu e do que está estudando fora no momento, desistiu de me ensinar depois que eu chutei ele sem querer — fez uma expressão triste.
— Chutou ele aonde exatamente? — Jinie perguntou preocupada pelo amigo, porque para ele desistir, deve ter doído horrores.
— Melhor não comentar — ela riu sem graça.
— Não me admira ele ter desistido — Jinie disse rindo.
— Ei! Eu era boa, tá bom? — a mais nova respondeu rindo — te vejo mais tarde no dormitório.
— Se eu precisar do seu Taekwondo de quatro dias eu te ligo — Jinie respondeu rindo para a amiga que foi em direção a uma das prateleiras, mandando um Joia com o dedão de longe para a bibliotecaria, indo proxima para onde estava.
Não era como se ele pudesse evitar ouvir a conversa delas, elas estavam falando de forma consideravelmente baixa e ainda sim ele estava perto o suficiente para escutar. Aquilo o deixou incômodo e ao mesmo tempo não. Porque no final, apenas conseguiu ficar mais curioso sobre .
— Oh! — disse supresa, tirando de seus pensamentos, o assustando ao ver de quem se tratava a sua frente — esse livro é um dos meus favoritos!
Ela disse para o livro que trazia em mãos para disfarçar que realmente estava fazendo algo naquele lugar e não apenas ouvindo a conversa de uma garota desconhecida para ele até então.
— Se você nunca leu, deveria dar uma chance a ele — sorriu para o livro e não para e por segunda vez, ele sentiu inveja.
A situação já estava ficando ridícula para ele a esse ponto.
Ela passou por ele, pegando um outro livro na mesma estante que ele estava próximo e saiu sem dizer nada. Aquela foi a mínima mas a mais significativa interação que ele havia tido com uma garota em toda sua vida.
— Prontinho! Se você não entregar até quinta-feira da semana que vem eu renovo para você automaticamente — Jinie disse a que assentia agradecendo enquanto colocava o livro em sua mochila, pronta para deixar a biblioteca.
— ? — ela ouviu ser chamada, olhando da sua mochila para ver quem a chamava.
— Aussie boy! — ela abriu um sorriso ao ver que se tratava de — achei que você estivesse na aula.
— Acabei de sair — ele respondeu dando um beijo na bochecha dela — nos viemos buscar um amigo perdido por aqui.
— E eu estou pronta para ir almoçar ou serei ameaçada com os bolinhos de arroz do outra vez — ela respondeu rindo.
— sabe como colocar medo em alguém — disse rindo.
— E o da as armas sem muito esforço — ela completou rindo.
— , Hoon — disse chamando os amigos que estavam mais atrás — essa é Liz, a amiga de quem eu falei antes.
— Ah, a que você apanhou na Austrália? — Hoon perguntou rindo.
Liz soltou uma gargalhada, recebendo um olhar de repreensão de Jinie.
— Você contou? — ela falou — qual é Aussie boy, assim eu fico parecendo a vilã da história.
— Eu não contei assim — deu um soco leve no braço de que riu.
— Eu me lembro de ter sido bem assim, — Hoon se pronunciou pela primeira vez — você ainda chegou a comentar que queria dar uns beijos nela depois que ela te xingou por uma hora seguida — Hoon abaixou mais o tom de voz, colocando a mão para cobrir a boca se virando para Liz como se fosse contar um segredo para ela — Ele tem uma atração por degradação inexplicável.
segurava a risada, porque se gargalhasse mais uma vez Jinie a expulsaria permanentemente dali. Apenas de lembrar da história de como ela e haviam se conhecido na Austrália fazia com que ela desse risada.
Nas férias de verão com sua família pescando de um lado e Liz com a sua fingindo que pescavam do outro, resumindo toda a história, Liz estava investida em achar um novo hobby aos catorze anos e havia decidido correr pelas manhãs enquanto resolvia mostrar a seus pais que conseguia pescar sozinho mas ao invés de jogar a isca no lago, deixou com que minhocas em seu anzol voassem para trás, no mesmo instante que passava.
Sim, fez com que as minhocas voassem em que furiosamente minutos depois, lhe deu um soco jamais esquecido, aprofundando a amizade dos dois que começou ali naquele mesmo dia.
— Ei! — reclamou ficando emburrado com a brincadeira entre Liz e seus amigos.
— Deixando o fetiche do Aussie Boy de lado, é um prazer conhecer vocês — ela disse sorrindo — desde que se mudou para cá sempre falava de vocês e eu já não aguentava mais.
Continuaram conversando por alguns minutos até ver uma mensagem de Ryujin em seu celular dizendo que sua aula já havia terminado, enquanto isso, esperava na fila que havia formado para poder levar o livro que ela havia recomendado e ao mesmo tempo os observava de longe, vendo lançar olhares engraçados para ele.
Ele estava determinado, se apresentaria através de naquele dia, seria a desculpa perfeita para se aproximar dela.
Mas, para o azar dele, uma força maior não deixou com que isso acontecesse.
— Como faço para levar esse livro? — disse se aproximando da bibliotecária que conversava antes, quando chegou sua vez.
— Você trouxe seu ID de estudante? Ou sabe seu número de estudante? — ele balançou a cabeça tirando de sua carteira, olhando e vendo a garota rindo junto dos amigos, tentando se apressar o mais rápido possível para se juntar deles.
— — ele ouviu ser chamado voltando a atenção para a bibliotecária — você precisa trazê-lo até quinta que vem ou ao menos passar para renovar ou levará um aviso.
— Certo — ele respondeu entendendo o recado.
— Isso é tudo — ela disse finalizando a reserva dele.
— Obrigado — ele respondeu sorrindo, pronto para sair dali.
— Ela vem aqui todos os dias e principalmente às terças-feiras já que as aulas dela terminam mais cedo — Jinie disse sem tirar seus olhos do computador a frente — mesa quinze é onde ela passa a maior parte do tempo além da sala de descanso.
abriu um sorriso quando ouviu aquelas palavras da boca de Jinie, de fato, ela era tão observadora como diziam.
— Você é um anjo — ele respondeu sorrindo.
— Você não é muito discreto — ela respondeu pela primeira vez erguendo o olhar para ele — só não estrague tudo sendo babaca, não faça com que eu me arrependa.
Ele lançou uma piscada para ela que revirou os olhos em seguida.
— Próximo! — ela disse, deixando ele ir embora.
se apressou guardando o livro em sua mochila e enquanto ia em direção dos amigos mesmo sem olhar pelo caminho.
— ! — Ouviu chamar.
Ele olhou imediatamente para o grupo de amigos que apenas se encontravam em três agora, ficando confuso no mesmo momento, afinal, ela estava ali a um segundo atrás.
— Se tivesse chegado um segundo antes teria conhecido a mais nova integrante e já líder do clube “tire sarro do ” — Hoon comentou rindo.
— Engraçadinho — respondeu rindo.
— Na próxima ele apresenta, certeza que eles vão se dar bem — disse de forma sarcástica.
Apresentação Oficial br>
— Eu não vou se Jinie não for — sentou emburrada no sofá com seu celular em mãos, escrevendo coisas para a atualização de seu Webtoon.
— Eu vou — Jinie disse descendo as escadas.
— O que? — Ela tirou o olhar do celular no mesmo momento olhando para trás, vendo a colega de quarto arrumada para a festa.
— Se eu tivesse falado antes você iria arranjar outra desculpa para não ir — ela disse dando de ombros — então vai se trocar.
— Desde quando você gosta de gente bêbada e suada junto em uma casa? — perguntou curiosa.
— Desde que eu sou parte do conselho de segurança das irmandades — ela respondeu entrando na cozinha para pegar algo.
— Isso existe? — perguntou chocada.
— Não — Jinie respondeu rindo.
— Ela só gosta de beber como todo mundo nesse dormitório, incluindo você — Ryu disse.
— Eu acho que vou apenas ir para o dormitório do passar a noite — disse se levantando.
— Ele e estão fazendo um projeto importante para a nota final — comentou olhando para o celular.
— Eu posso ajudar — disse dando de ombros.
— Ele disse que não quer sua ajuda e que você tem meia hora para se trocar e ir a festa ou em dez minutos ele aparece aqui com bolinhos de arroz e morangos esquentados no microondas providenciados pelo chefe — leu parte da mensagem que tinha mandado.
— Credo que agressividade — ela disse se levantando.
— Ameaças com bolinhos de arroz do sempre funciona — Jinie disse rindo.
— Infalível — Ryu e disseram juntos enquanto riam de que os olhava de forma mortal.
não costumava desgostar de festas, mas andava cansada e sem ânimo para as mesmas e por isso recentemente, desde que havia chegado havia recusado até esse momento. Por isso que quando colocou seu vestido justo e preto que Ryu havia dado de aniversário no ano passado, junto de sua jaqueta de couro, sendo obrigada a ir à festa, pensou que talvez, apenas talvez lhe faria bem.
E não estava errada, não pelo ambiente ou as pessoas, mas, porque a vista da sacada da grande casa em que a festa acontecia lhe deixava admirar as luzes da cidade e possivelmente observar as pessoas e parte de suas histórias.
A mentalidade de escritora nunca a deixaria em paz mesmo que estivesse no momento e lugar mais inusitado. Tudo era um plot e ela usaria bem mais tarde.
— Apreciando a vista? — a voz não conhecida disse de trás de si, a assustando — desculpa — pediu, segurando o riso.
— Que susto — ela disse rindo.
— Gosto de vim aqui quando a casa está muito barulhenta — ele comentou se encostando no barrado do lado dela.
— Então você é um dos donos — ela afirmou e ele riu.
— Certo — ele se virou da vista a sua frente para olhá-la de lado — não fomos apresentados ainda.
Ele estendeu a mão para ela, que sorriu simpática.
— — ele se apresentou.
— O cara popular na universidade — ela comentou rindo — prazer — ela sorriu apertando a mão dele de volta — .
— Eu sei — ele respondeu sorrindo — falou muito sobre você.
— Eu ia dizer o mesmo sobre você — ela disse rindo — Na verdade, e Hoon falaram muito de você, mas parece que nossos horários nunca batem.
— Eu já te vi pelo campus e já nos topamos algumas vezes, mas foi antes de eu saber que você era a famosa amiga do que havia se mudado recentemente para cá — ele comentou.
se encostou na parede de frente para a garota com um sorriso charmoso nos lábios e ela fez o mesmo, tomando um gole da bebida que trazia em seu copo. Pela primeira vez a atenção de estava presa em algo que não fosse de puro interesse para sua história.
— Eu não me lembro de ter topado com você em lugar algum — ela disse sendo sincera — mas não é como se eu tivesse a melhor atenção do mundo então deve ser falha minha.
— Você me recomendou um livro quando eu estava me escondendo de alguém na biblioteca — ele disse rindo — e bom, eu acabei levando ele para casa.
— Ah, você era o amigo que foi buscar quando conheci e Hoon — ela disse rindo — ele me contou sobre a garota que fica te perseguindo por aí.
ficou sem graça sem saber o porquê, mas, o olhar que ela lançava para ele definitivamente queimava sua alma de alguma forma, não podia ser normal como ele se sentia toda vez que via ela. Era como se mesmo em uma noite fria, se ele a visse, o local se tornava mais quente que o dia mais quente do ano.
— É por isso que está aqui? — ela perguntou se virando de frente para a sacada, olhando as pessoas que estavam no quintal da casa bebendo e dançando.
— Na realidade, não — ele se juntou a ela olhando as pessoas abaixo — odeio quando a casa está cheia assim, estava indo para o meu quarto ver uma coisa e vi você aqui, achei uma boa oportunidade para me apresentar.
— Você mora aqui também? — ela perguntou curiosa.
Ele assentiu.
— No total somos em cinco, , , Hoon, eu e outro membro do time que está em uma viagem de família nesse fim de semana — ele comentou.
Um silêncio se instalou por um momento enquanto ela observava as pessoas e ele a observava.
— E você, porque está escondida aqui? — ele perguntou quebrando o silêncio — onde estão seus amigos?
— Ryu está com seus amigos da outra universidade, estava com alguma garota que me olhou incomodamente feio quando ele me ofereceu a jaqueta de frio que ele tava usando porque eu deixei a minha com Ryu — ela revirou os olhos — e Jinie sumiu na multidão mas eu sei onde achá-la se precisar, é só seguir o rastro dos coquetéis que ela faz.
— E você decidiu ficar aqui sozinha? — ele perguntou e ela assentiu.
— Eu estava explorando — disse rindo — e não queria fazer com que meus amigos ficassem sempre querendo cuidar de mim ou se preocupando se eu estaria me divertindo ou não.
— Se você quiser eu posso ser sua companhia essa noite — ele disse sorrindo e prendeu a respiração por alguns segundos.
— Pois eu não reclamaria — ela respondeu dando seu último gole da bebida que ainda tinha em mãos.
— Você quer descer um pouco? — ele perguntou — se estiver muito chato lá em baixo podemos subir outra vez, passar um tempo aqui ou não sei — ele coçou a nuca nervoso — no meu quarto? Eu tenho uma saída para o telhado que tenho certeza que você vai gostar da vista.
Ela achou fofo ver que ele estava nervoso por chamar uma garota a seu quarto, afinal, não era essa fama que ela havia escutado por aí.
— Tudo bem — ela respondeu fazendo ele sorrir.
— Mas primeiro — ele disse segurando levemente o pulso da garota, levando ela com ele para a porta de seu quarto — vamos achar algo para você ficar aquecida.
— Não precisa — ela disse dando um Paco atrás.
— Eu insisto! — quase implorou, não queria vê-la com frio — por favor? Vou me sentir culpado se ver que você estava com frio depois.
Ela apenas assentiu, derrotada pela expressão que ele trazia.
— Pode ser minha jaqueta do time? — ele perguntou abrindo a porta do quarto extremamente arrumado.
— Parece que você já pretendia trazer alguém aqui — ela riu vendo a organização do lugar — pode ser sim.
— Nunca se sabe quando uma garota como você pode acabar entrando aqui, não é? — ele sorriu piscando para ela. — Prevejo suas fãs que provavelmente estão lá embaixo te procurando me olhando como se eu tivesse cometido algum crime — ela disse assim que vestiu a jaqueta — pelo menos ela tem bom gosto, imagina as que gostam do ?
— Você realmente é a líder do clube “tire sarro do ” — ele respondeu rindo.
— Com crachá oficial e tudo — ela responder rindo — qual o nome do seu perfume? acho extremamente desnecessário a pessoa ser bonita, organizada e ainda cheirosa.
não estava guardando muito as palavras porque querendo ou não, não tinha nada a perder e além disso, poderia ser que, um pouco só um pouco do álcool que havia tomado até ali estava fazendo efeito, deixando com que ela falasse um pouquinho demais.
— Acho que você está bêbada — ele disse sorrindo.
— Desde quando falar a verdade é coisa de bebado? — ela perguntou e ele olhou com a sobrancelha arqueada — ok sempre, mas, ainda sim, eu só tomei um copo de um coquetel da Jinie então é impossível eu estar bebada.
— Então você deveria parar — ele falou fechando a porta do guarda-roupa.
— Se você não gosta de elogios, então, eu paro — ela falou se calando em seguida — vou descendo para buscar uma bebida.
segurou seu pulso de forma leve, impedindo com que ela saísse.
— O contrário — ele disse olhando para ela.
— Huh? — ela perguntou confusa e ele deu mais um passo adiante ficando de frente para ela, fazendo carinho em seu pulso com o dedão.
— Eu gosto demais dos elogios vindos de você — ele disse olhando para sua própria mãos ao redor do pulso dela — para ser sincero, tem mais ou menos dois meses que eu esperava por um momento como esse, desde que eu te vi na mudança para o seu dormitório.
— Então por que me mandou parar? — ela perguntou confusa.
— Porque eu se eu escutar mais alguma coisa do tipo vindo de você, eu provavelmente não vou querer deixar você sair desse quarto — ele disse baixo, próximo ao ouvido dela.
— Eu pedi para sair? — ela respondeu da mesma forma.
— Não me provoca — ele disse quase em súplica.
— E qual seria a graça disso? — ela disse rindo fraco.
Sua mãos subiram aos ombros dele, com seus dedos alcançando sua nuca e se entrelaçando entre seus fios de cabelo. nunca havia agido assim, mas era mais forte que ela, não era como se pudesse controlar, tudo que ela queria naquele momento era beijá-lo e foi isso que fez.
O beijou fervorosamente, como se já tivessem feito aquilo antes e fossem completamente íntimos. As mãos dele corriam por sua cintura e suas coxas, onda a cada vez que fazia isso subia um pouco do vestido que usava. Ainda a beijando, foi dando passos para trás com a infeção de alcançar a porta e fechá-la, e assim o fez, a encostando na porta com cuidado.
— Eu realmente esperei por isso — ele disse entre os beijos e ela apenas arfou.
Suas mãos foram até sua coxas dando impulso para que ela subisse suas pernas em sua cintura e ele trancou a porta.
— Você tem certeza? — ele parou de beijar o pescoço dela por um momento para perguntar se estava tudo bem ele continuar.
Ela assentiu sorrindo fraco, enquanto respirava descompassadamente.
Com ela agarrada em sua cintura, as mãos dele alisavam e apertavam suas coxas enquanto ele andava em direção a cama se sentando com ela em seu colo.
— Acho que não precisamos mais disso — ele disse sorrindo e puxando a jaqueta dos ombros dela.
— E muito menos disso — ela disse puxando a camisa dele para cima, jogando ela em qualquer canto do quarto.
A sessão de beijos continuavam, principalmente no pescoço, já que ele gostava dos sons que ela fazia quando ele beijava certo ponto.
As mãos dele que repousavam em suas coxas, subiram seu vestido até sua cintura, sentindo mais da pele dela. Elas caminharam por toda a extensão de suas pernas. Subiu seus toques até o final das pernas começo da cintura. Começou a fazer carinhos conforme os beijos ficavam mais intensos. adorou perceber que ele pulsava no meio das suas pernas, sinal de que ele estava tão afim quanto ela. Começou a rebolar lentamente e recebeu uma mordiscada nos lábios em sinal de aprovação.
A mão dele logo escorregou para a intimidade dela por cima da calcinha e a sensação do pano em contato com o seu prazer, só deixava mais inebriada com aquele momento, era deles e ele, mesmo que não se conhecessem direito, sabia exatamente onde tocar para deixar-la extremamente excitada.
Não demorou muito para que ele precisasse sentir aquela mulher mais que só com os dedos. Era inebriante ver e ouvir a forma com que ela se contorcida em seu colo e recebia o prazer que ele queria dar a ela, parte dele.
— , se você continuar assim eu… — mal conseguia continuar seu raciocínio.
— Vamos nós divertir então, já que tecnicamente estamos em uma festa. — Ele disse em um tom sensual, também inebriado pelo momento.
se levantou do colo dele esperando que ele tirasse as peças, aproveitou e pegou uma camisinha na gaveta da cabeceira da cama e assim que já bestava despido, voltou até onde estava e com ele já protegido, voltou a rebolar no colo dele, até que ele voltou a posição inicial e se encaixou ali, sem rodeios começando a movimentação para cima e para baixo. Os dois com metade de suas vestes, proporcionando e recebendo prazer a noite perdurou com eles naquela posição até que seus corpos receberam o nível de adrenalina pela casa estar cheia e prazer pelo que faziam e depois que atingiram seus ápices aí mesmo que não queriam mais sair daquele quarto.
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e eram a mais a nova sensação da universidade, desde que ficaram juntos naquela festa não se desgrudaram mais e todos comentavam sobre o cara mais popular do lugar namorando a novata, estranha, que só dormia e vivia com seu tablete na mão, dando vida aos seus pensamentos. O casal não podia se importar menos, estavam felizes e efa isso que realmente importava.
Com aquele sorriso de lado, a energia alegre, o cabelo meio bagunçado, ainda um pouco molhado da ducha após o treino da manhã e a jaqueta da universidade que caia muito bem nele, seria bom comentar que, ele conseguia os dois por onde quer que ele fosse. Por isso a cena dele e dos amigos que também faziam parte do time de basquete da universidade, entrando pelo hall principal chamava a atenção de todos. Afinal, ele era bonito e isso ninguém podia negar, nem mesmo que passava no exato mesmo momento indo na direção oposta.
Perdendo o olhar interessado que a seguia por de trás até perdê-la de vista.
, uma estudante normal que havia acabado de transferir de universidade e passava despercebido por quase todos, mesmo estando a quase dois meses naquele lugar, se enfiava na biblioteca na maioria das ocasiões e era difícil tirá-la de lá se não fosse pela questão de ter que ir às aulas ou ir para o dormitório no final do dia. Era assim de onde veio, era assim em sua universidade passada e continuava sendo assim hoje em dia, pelo simples fato de poder dormir em paz.
Exatamente isso que você leu, dormir em paz.
A incessante era uma autora anônima de webtoons e supreendentemente famosa, então, se dedicava a essa vida dupla que nem ela esperava ter quando mudou de país. Por esse fato, as vezes andava pelos corredores da universidade parecendo um zumbie quando não estava com seus amigos, costumava passar horas e horas em capítulos novos e sendo a perfeccionista que é, nunca deixava um erro que fosse passar despercebido, fazendo com que a maior parte dos seus dias fossem os mesmos, indo direto em direção a parte isolada da biblioteca, onde haviam puffs extremamente aconchegantes e que poderia dormir sem ser incomodada, graças a sua mais nova amiga bibliotecária qual ela bajulou por um mês para que deixasse com que ela descansasse ali.
A vida universitária já era animada por si só mas havia uma grande diferença entre a vida de que era vivida ao máximo e a vida de que vivia em linha reta sem muita animação se não fosse por seus amigos que insistiam em fazer com que ela tivesse uma vida e não só dormisse ou desenhasse.
Se a conhecesse antes e a analisasse em suas categorias egocêntricas, ela seria um ponto de interrogação infinito, afinal, ela podia ser tão doce quanto azeda e vice versa, ela apenas não sabia como aproveitar a sua vida em si, vivendo sempre estressada de um lado para o outro e com um sono desregulado e que não eram por motivos fisicamente prazerosos.
A primeira ponta de interesse entre esses dois citados a cima, aconteceu muito antes da história de ambos. tinha apenas uma semana na universidade e havia acabado de conseguir uma vaga nos dormitórios disponíbilizados pela universidade em um dia de calor intenso da cidade.
— Seu quarto é o número 222 e você precisa passar na portaria para dar algumas informações além de deixar o nome do respostavel pela chave extra assim que se instalar — a orientadora disse sorrindo com sua prancheta em mãos — sem pressa.
apenas assentiu pegando a chave da mãos da mesma que virou no mesmo minuto saindo do lugar sem sequer se despedir, deixando a garota se perguntar como levaria tudo aquilo para cima sozinha.
— Cadê você? — disse atendendo a ligação que recebeu minutos depois de tanto olhar para o nada, com a maior preguiça do mundo de fazer tudo aquilo sozinha — , era para você estar aqui na hora que eu chegasse para me ajudar com as coisas, que tipo de melhor amigo de infância você é?
Do outro lado da linha, Kim , o melhor amigo fofoqueiro — que odiava ser chamado de fofoqueiro já que dizia ser apenas informado — e que também supostamente ocuparia o cargo de afitrião ajudante com sua mudança.
Coisa que sabia ser difícil de acontecer, mesmo ainda tendo esperanças.
— Não , mint choco de uma sorveteria que tem fila para entrar não é mais importante que a sua melhor amiga que recebeu uma promessa de ajuda com a mudança — reclamou — tá um calor dos infernos, ninguém me avisou que esse país estava com o clima parecido com o do inferno, pelo amor de Deus.
tinham uma liberdade de fala insuportávelmente engraçada e aberta com os amigos, principalmente os mais próximos que incluía que conheceu na Austrália assim que mudou com sua família, reencontrando o mesmo em suas viagens de ferias, Ryujin que conheceu anos atrás na sua primeira visita ao país para passar as férias com a família Kim. Ou seja, de seu melhor amigo de infância, Kim , quem nunca havia abandonado de verdade.
— É bom cada um dos três trazer no mínimo dois potes de limão com chocolate de boas vindas — ela disse revirando os olhos com e Ryujin rindo no fundo enquanto tentava fazer com que eles parassem, já que, estavam passando vergonha em público.
A chamada foi encerrada com seu melhor amigos desesperado com o número deles sendo chamados ao fundo, fazendo bufar, sabendo que teria que carregar todas as malas sozinha.
Por isso, de longe, na quadra aberta próxima a área dos dormitórios onde se encontrava . Que havia se parado para beber um pouco de água e descansar, enquanto observava curioso com o suor escorrendo em seu rosto, já que estava treinando com alguns amigos do time.
— Vamos comer alguma coisa? É por minha conta hoje, chamei para nos encontrar mas ele disse alguma coisa sobre uma amiga que estava se mudando e precisava ajudar — um dos amigos, chamado disse se aproximando dele — ?
estava literalmente com o total de zero atenção em ou no que ele falava. A única coisa que conseguia prestar atenção era na garota que com muito esforço subia suas coisas de pouco em pouco pela entrada do prédio.
— O que você está vendo? — disse indo atrás dele, olhando na mesma direção que o amigo, vendo a gatora de longe, fazendo um coque em seus fios de cabelo e se abanando pelo calor enquanto decidia qual coisa levaria a seguir — a novata do departamento de artes? Lee sendo o primeiro a se interessar por uma garota é novidade para mim.
— Eu não estou interessado em ninguém, — disse sem tirar os olhos dela ate que desaparesse pela porta do predio.
— Não foi isso que seus olhos disseram antes del asumir pela porta — comentou rindo — já que eu sei que você é covarde com iniciativas não vou insistir, você vem comer ou não?
— imbecil — disse jogando a toalha pequena que estava em seus ombros no amigo fazendo com que ele desse risada.
Ele, e o resto dos amigos que estavam junto deles recolheram suas coisas e foram em direção a saída, subindo a larga rua dos dormitórios e passando perto de onde a garota se preparava para subir com mais caixas.
— Noona! — ouviu a voz do mais novo deles chamando a garota que imediatamente olhou reconhecendo a voz abrindo um sorriso quando o viu.
sentiu inveja do motivo não ser ele, por alguma razão.
— Podem ir indo na frente, eu encontro vocês lá — o mais novo e também mais inocente de todos disse deixando quem estava ali para trás, correndo em direção a garota e pegando as caixas de suas mãos.
sorriu brilhantemente fazendo com que ele deixasse as coisas no chão, o abraçando forte em seguida. Ela não tinha visto ele ainda desde que havia chegado por isso, não resistiu abraçando o mais novo de forma terna.
Todos olharam confusos vendo a cena de longe e já sabiam qual seria o assunto do jantar deles.
— Noona você deveri ter me avisado que mudaria hoje, eu poderia ter te ajudado — disse pegando as coisas do chão mais uma vez.
— Eu pedi para o te avisar que hoje nós faríamos uma noite de filmes depois da
mudança mas — ela respirou fundo limpando o suor de sua testa — acho que ele não te avisou e ainda preferiu ficar na fila de uma sorveteria famosa junto de e Ryujin ao invés de me ajudar — bufou irritada.
— Nos discutimos e tem uma semana que ele não fala comigo — comentou rindo.
— Eu deveria imaginar, ele sempre arruma confusão com você — ela disse pegando outras coisas para levar enquanto levava as coisas. — Ele ficou irritado de eu ter decidido entrar no time de basquete como aula extra curricular ao invés do clube de fotografia — respondeu rindo. — Kim sendo Kim — disse revirando os olhos e rindo — ele ficou una fera quando eu disse que entraria no clube de cerâmica e não no de fotografia com ele, fica tranquilo que daqui mais uma semana ele volta a falar com você como se nada tivesse acontecido.
Os dois continuaram conversando enquanto carregavam as coisas até o segundo andar onde ficava o apartamento dela, acomodando em um lugar qualquer.
— Noona, eu preciso ir, tinha combinado com alguns membros do time de jantar com eles — o mais novo disse sem graça olhando para seu celular com avisando que eles já tinham chegado no local e perguntando o que ele queria pedir — mas término de te ajudar com essas últimas caixas e malas, janto e volto para a noite de filmes, pode ser?
— Pode deixar que essas eu consigo levar, você já me ajudou muito — disse sorrindo — então, não se preocupe, vá se divertir que eu termino — ela respondeu, bagunçando o cabelo dele — e te espero aqui mais tarde então, tudo bem? Vou comprar algumas coisas para comermos, você quer algo em específico?
balançou a cabeça negativamente e assentiu.
— Vou comprar de tudo, então — Ela disse fazendo ele rir.
— Quer algo do restaurante? — ele perguntou antes de ir.
— Não estou com fome — respondeu dando de ombros.
— Se eu ver algo que você gosta no cardápio, trago para você — ele respondeu dando um beijo na bochecha da mais velha — te vejo mais tarde.
— Vá com cuidado! — ela respondeu acenando.
— Ah! — ele disse antes de se afastar por completo — parece que você já tem um admirador.
olhou confusa para o mais novo.
— Tem uma sacola com uma pequena nota na caixa amarela, eu vi assim que saímos — ele disse rindo — te vejo mais tarde.
era a melhor aquisição de sua amizade com , os dois se conheceram assim que se mudou de país pela primeira vez e quando voltou para passar férias conheceu que foi com eles a famosa viagem a casa de campo dos Kim, se tornando inseparáveis de imediato.
Mesmo com uma diferença de idade um pouco distante entre ela, e , eles a conheciam como ninguém.
“Certo, quem foi que deixou uma sacola cheia de picolés dentro de uma das minhas coisas enquanto eu e levávamos outras para o apartamento? E com uma nota ainda? Qual de vocês foi?”
Um silêncio reinava antes dela dizer isso, se arrependendo em seguida com as inúmeras mensagens que começou a receber.
ria dela achando que tinha sido um deles, questionava porque estava andando com um traidor, vulgo, — que continuava rindo da situação e de a esse ponto — e Ryu eram praticamente a mesma pessoa, o que indicava que ambos borbadeavam o grupo de perguntas sobre o bilhete e quem poderia ter sido.
“No bilhete só está escrito algo como: “Esta muito quente, descanse e refresque-se um pouco, espero que isso ajude, bem-vinda ao campus :)” com mais uns cinco sorvetes diferentes dentro da sacola”
no final das contas descobriu que não havia sido nenhum de seus amigos pregando uma peça nela o que a deixou mais confusa ainda, já que, além de , , Ryu e , ela não conhecia ninguém ou havia conversado com ninguém.
Mas, estava satisfeito com o que havia feito, mesmo se achando covarde com iniciativas, ele não se importava se ela não soubesse que havia partido dele quando comentou sobre o acontecido com os amigos, explicando sua relação com que despertou o interesse de todos pela proximidade deles. Por isso quando parou em uma loja de conveniência próxima ao restaurante que iriam comer, comprou sorvetes de vários sabores diferentes e escreveu uma pequena nota, não se importando de colocar seu nome, mas sendo sincero, em partes, não havia colocado nome porque havia esquecido, estava nervoso, porque afinal, o que disse era verdade, ele nunca havia precisado fazer nada para uma garota, era sempre o contrário.
não era de entrar na biblioteca ou de estudar e ainda sim, tirava notas melhores que 90% de sua turma e ninguém entendia como. Uma das garotas que ele costumava sair quando estava entediado — não porque ele queria, mas sim porque ela grudava nele — o viu de longe, o chamando e tudo que ele conseguiu pensar foi que entre ela no final do corredor e a biblioteca a algumas portas a sua frente, definitivamente ele preferiria a biblioteca. Entrando na mesma, fingindo que não via a garota acenar como doida no final do corredor, não fazia ideia para onde iria dentro daquele lugar enorme.
Então, decidiu mandar mensagem a seus amigos para que eles fossem resgata-lo.
Tendo a confirmação de , Hoon, e Gyu de que dali dez minutos quando suas aulas terminassem, eles iriam buscá-lo para irem almoçar, então, que ele deveria achar algo para fazer naquele meio tempo.
E de fato, ele encontrou.
— Vamos Jinie, não seja assim — através de uma das prateleiras que olhava, pode ver a garota que estava mudando para os dormitórios pela segunda vez no campus e por coincidência.
Ela implorava algo para a bibliotecária do período da tarde, que conhecia por ser de sua turma de economia 501 e sentar algumas fileiras de distância quase sempre.
— — a bibliotecária bufou — certo, se você vier antes das três eu consigo liberar para você mas, isso fica entre a gente.
— Vou te contar um segredo meu para podermos estar quites — Ele escutou dizer, rindo com a careta que ela fez.
Viu com atenção ela pegar seu celular e mostrar algo para a bibliotecaria enquanto sussurrava, Jinie que arregalou os olhos no mesmo instante abriu a boca em um formato de “O” demonstrando seu choque com o que havia contado, deixando com uma curiosidade nunca existente dentro de si.
— E por isso eu preciso de um cantinho para dormir por aqui antes das duas últimas aulas, se eu voltar para os dormitórios não vou querer voltar — finalmente escutou a voz dela soar alto mais uma vez.
— Eu quero algo em troca — Jinie disse de repente.
— Meu segredo não é o suficiente para você? Que tipo de amizade é essa que estamos criando? — dramatizou fazendo ela rir.
— Uma onde eu quero me beneficiar — Jinie disse ainda rindo — eu quero ler as atualizações antes que ela saiam.
— Só isso? — perguntou confusa — achei que você iria pedir 20% do lucro ou algo assim.
— Se você quiser eu mudo minha proposta — Jinie respondeu com os dentes fechados.
— Não, não — riu — eu trago o rascunho assim que enviar para a equipe de revisão crítica.
— Combinado! — Jinie disse sorrindo — agora me deixa trabalhar e vai almoçar, disse que se te ver por aqui antes do almoço, ele vai te bater com bolinhos de arroz.
— Se forem bolinhos de arroz feitos pelo , ele não quer me bater — riu — ele quer me matar.
— Ouvi dizer que aquela criança cozinha coisas que ninguém consegue mesmo — Jinie comentou indignada — Quem em sã consciência esquenta morangos no microondas antes de comer?
deu uma risada alta recebendo um tapa de Jinie, afinal, ainda estavam em uma biblioteca.
— É uma pergunta que eu não tenho resposta a anos, desde que eu conheci ele pelo quando éramos crianças, eu nunca entendi esse comportamento — ela respondeu segurando a risada — mas não julgo, eu gosto de coisas estranhas também, então, não julgo — Jinie concordou — enfim, vou almoçar, vou apenas procurar por um livro e vou para o refeitório, você sai que horas hoje? Se quiser eu te espero para irmos para os dormitórios.
— Não precisa — ela disse — hoje é meu dia de fechamento por aqui, vou até mais tarde repondo tudo e fazendo checagem.
— Certo — disse — se estiver muito escuro e precisar que eu venha enfrentar uns doidos quando você sair é só dizer ou me ligar, meu spray de pimenta funciona bem e meu taekwondo de quatro dias também.
— Taekwondo de quatro dias? — Jinie perguntou rindo.
— Um amigo meu e do que está estudando fora no momento, desistiu de me ensinar depois que eu chutei ele sem querer — fez uma expressão triste.
— Chutou ele aonde exatamente? — Jinie perguntou preocupada pelo amigo, porque para ele desistir, deve ter doído horrores.
— Melhor não comentar — ela riu sem graça.
— Não me admira ele ter desistido — Jinie disse rindo.
— Ei! Eu era boa, tá bom? — a mais nova respondeu rindo — te vejo mais tarde no dormitório.
— Se eu precisar do seu Taekwondo de quatro dias eu te ligo — Jinie respondeu rindo para a amiga que foi em direção a uma das prateleiras, mandando um Joia com o dedão de longe para a bibliotecaria, indo proxima para onde estava.
Não era como se ele pudesse evitar ouvir a conversa delas, elas estavam falando de forma consideravelmente baixa e ainda sim ele estava perto o suficiente para escutar. Aquilo o deixou incômodo e ao mesmo tempo não. Porque no final, apenas conseguiu ficar mais curioso sobre .
— Oh! — disse supresa, tirando de seus pensamentos, o assustando ao ver de quem se tratava a sua frente — esse livro é um dos meus favoritos!
Ela disse para o livro que trazia em mãos para disfarçar que realmente estava fazendo algo naquele lugar e não apenas ouvindo a conversa de uma garota desconhecida para ele até então.
— Se você nunca leu, deveria dar uma chance a ele — sorriu para o livro e não para e por segunda vez, ele sentiu inveja.
A situação já estava ficando ridícula para ele a esse ponto.
Ela passou por ele, pegando um outro livro na mesma estante que ele estava próximo e saiu sem dizer nada. Aquela foi a mínima mas a mais significativa interação que ele havia tido com uma garota em toda sua vida.
— Prontinho! Se você não entregar até quinta-feira da semana que vem eu renovo para você automaticamente — Jinie disse a que assentia agradecendo enquanto colocava o livro em sua mochila, pronta para deixar a biblioteca.
— ? — ela ouviu ser chamada, olhando da sua mochila para ver quem a chamava.
— Aussie boy! — ela abriu um sorriso ao ver que se tratava de — achei que você estivesse na aula.
— Acabei de sair — ele respondeu dando um beijo na bochecha dela — nos viemos buscar um amigo perdido por aqui.
— E eu estou pronta para ir almoçar ou serei ameaçada com os bolinhos de arroz do outra vez — ela respondeu rindo.
— sabe como colocar medo em alguém — disse rindo.
— E o da as armas sem muito esforço — ela completou rindo.
— , Hoon — disse chamando os amigos que estavam mais atrás — essa é Liz, a amiga de quem eu falei antes.
— Ah, a que você apanhou na Austrália? — Hoon perguntou rindo.
Liz soltou uma gargalhada, recebendo um olhar de repreensão de Jinie.
— Você contou? — ela falou — qual é Aussie boy, assim eu fico parecendo a vilã da história.
— Eu não contei assim — deu um soco leve no braço de que riu.
— Eu me lembro de ter sido bem assim, — Hoon se pronunciou pela primeira vez — você ainda chegou a comentar que queria dar uns beijos nela depois que ela te xingou por uma hora seguida — Hoon abaixou mais o tom de voz, colocando a mão para cobrir a boca se virando para Liz como se fosse contar um segredo para ela — Ele tem uma atração por degradação inexplicável.
segurava a risada, porque se gargalhasse mais uma vez Jinie a expulsaria permanentemente dali. Apenas de lembrar da história de como ela e haviam se conhecido na Austrália fazia com que ela desse risada.
Nas férias de verão com sua família pescando de um lado e Liz com a sua fingindo que pescavam do outro, resumindo toda a história, Liz estava investida em achar um novo hobby aos catorze anos e havia decidido correr pelas manhãs enquanto resolvia mostrar a seus pais que conseguia pescar sozinho mas ao invés de jogar a isca no lago, deixou com que minhocas em seu anzol voassem para trás, no mesmo instante que passava.
Sim, fez com que as minhocas voassem em que furiosamente minutos depois, lhe deu um soco jamais esquecido, aprofundando a amizade dos dois que começou ali naquele mesmo dia.
— Ei! — reclamou ficando emburrado com a brincadeira entre Liz e seus amigos.
— Deixando o fetiche do Aussie Boy de lado, é um prazer conhecer vocês — ela disse sorrindo — desde que se mudou para cá sempre falava de vocês e eu já não aguentava mais.
Continuaram conversando por alguns minutos até ver uma mensagem de Ryujin em seu celular dizendo que sua aula já havia terminado, enquanto isso, esperava na fila que havia formado para poder levar o livro que ela havia recomendado e ao mesmo tempo os observava de longe, vendo lançar olhares engraçados para ele.
Ele estava determinado, se apresentaria através de naquele dia, seria a desculpa perfeita para se aproximar dela.
Mas, para o azar dele, uma força maior não deixou com que isso acontecesse.
— Como faço para levar esse livro? — disse se aproximando da bibliotecária que conversava antes, quando chegou sua vez.
— Você trouxe seu ID de estudante? Ou sabe seu número de estudante? — ele balançou a cabeça tirando de sua carteira, olhando e vendo a garota rindo junto dos amigos, tentando se apressar o mais rápido possível para se juntar deles.
— — ele ouviu ser chamado voltando a atenção para a bibliotecária — você precisa trazê-lo até quinta que vem ou ao menos passar para renovar ou levará um aviso.
— Certo — ele respondeu entendendo o recado.
— Isso é tudo — ela disse finalizando a reserva dele.
— Obrigado — ele respondeu sorrindo, pronto para sair dali.
— Ela vem aqui todos os dias e principalmente às terças-feiras já que as aulas dela terminam mais cedo — Jinie disse sem tirar seus olhos do computador a frente — mesa quinze é onde ela passa a maior parte do tempo além da sala de descanso.
abriu um sorriso quando ouviu aquelas palavras da boca de Jinie, de fato, ela era tão observadora como diziam.
— Você é um anjo — ele respondeu sorrindo.
— Você não é muito discreto — ela respondeu pela primeira vez erguendo o olhar para ele — só não estrague tudo sendo babaca, não faça com que eu me arrependa.
Ele lançou uma piscada para ela que revirou os olhos em seguida.
— Próximo! — ela disse, deixando ele ir embora.
se apressou guardando o livro em sua mochila e enquanto ia em direção dos amigos mesmo sem olhar pelo caminho.
— ! — Ouviu chamar.
Ele olhou imediatamente para o grupo de amigos que apenas se encontravam em três agora, ficando confuso no mesmo momento, afinal, ela estava ali a um segundo atrás.
— Se tivesse chegado um segundo antes teria conhecido a mais nova integrante e já líder do clube “tire sarro do ” — Hoon comentou rindo.
— Engraçadinho — respondeu rindo.
— Na próxima ele apresenta, certeza que eles vão se dar bem — disse de forma sarcástica.
— Eu não vou se Jinie não for — sentou emburrada no sofá com seu celular em mãos, escrevendo coisas para a atualização de seu Webtoon.
— Eu vou — Jinie disse descendo as escadas.
— O que? — Ela tirou o olhar do celular no mesmo momento olhando para trás, vendo a colega de quarto arrumada para a festa.
— Se eu tivesse falado antes você iria arranjar outra desculpa para não ir — ela disse dando de ombros — então vai se trocar.
— Desde quando você gosta de gente bêbada e suada junto em uma casa? — perguntou curiosa.
— Desde que eu sou parte do conselho de segurança das irmandades — ela respondeu entrando na cozinha para pegar algo.
— Isso existe? — perguntou chocada.
— Não — Jinie respondeu rindo.
— Ela só gosta de beber como todo mundo nesse dormitório, incluindo você — Ryu disse.
— Eu acho que vou apenas ir para o dormitório do passar a noite — disse se levantando.
— Ele e estão fazendo um projeto importante para a nota final — comentou olhando para o celular.
— Eu posso ajudar — disse dando de ombros.
— Ele disse que não quer sua ajuda e que você tem meia hora para se trocar e ir a festa ou em dez minutos ele aparece aqui com bolinhos de arroz e morangos esquentados no microondas providenciados pelo chefe — leu parte da mensagem que tinha mandado.
— Credo que agressividade — ela disse se levantando.
— Ameaças com bolinhos de arroz do sempre funciona — Jinie disse rindo.
— Infalível — Ryu e disseram juntos enquanto riam de que os olhava de forma mortal.
não costumava desgostar de festas, mas andava cansada e sem ânimo para as mesmas e por isso recentemente, desde que havia chegado havia recusado até esse momento. Por isso que quando colocou seu vestido justo e preto que Ryu havia dado de aniversário no ano passado, junto de sua jaqueta de couro, sendo obrigada a ir à festa, pensou que talvez, apenas talvez lhe faria bem.
E não estava errada, não pelo ambiente ou as pessoas, mas, porque a vista da sacada da grande casa em que a festa acontecia lhe deixava admirar as luzes da cidade e possivelmente observar as pessoas e parte de suas histórias.
A mentalidade de escritora nunca a deixaria em paz mesmo que estivesse no momento e lugar mais inusitado. Tudo era um plot e ela usaria bem mais tarde.
— Apreciando a vista? — a voz não conhecida disse de trás de si, a assustando — desculpa — pediu, segurando o riso.
— Que susto — ela disse rindo.
— Gosto de vim aqui quando a casa está muito barulhenta — ele comentou se encostando no barrado do lado dela.
— Então você é um dos donos — ela afirmou e ele riu.
— Certo — ele se virou da vista a sua frente para olhá-la de lado — não fomos apresentados ainda.
Ele estendeu a mão para ela, que sorriu simpática.
— — ele se apresentou.
— O cara popular na universidade — ela comentou rindo — prazer — ela sorriu apertando a mão dele de volta — .
— Eu sei — ele respondeu sorrindo — falou muito sobre você.
— Eu ia dizer o mesmo sobre você — ela disse rindo — Na verdade, e Hoon falaram muito de você, mas parece que nossos horários nunca batem.
— Eu já te vi pelo campus e já nos topamos algumas vezes, mas foi antes de eu saber que você era a famosa amiga do que havia se mudado recentemente para cá — ele comentou.
se encostou na parede de frente para a garota com um sorriso charmoso nos lábios e ela fez o mesmo, tomando um gole da bebida que trazia em seu copo. Pela primeira vez a atenção de estava presa em algo que não fosse de puro interesse para sua história.
— Eu não me lembro de ter topado com você em lugar algum — ela disse sendo sincera — mas não é como se eu tivesse a melhor atenção do mundo então deve ser falha minha.
— Você me recomendou um livro quando eu estava me escondendo de alguém na biblioteca — ele disse rindo — e bom, eu acabei levando ele para casa.
— Ah, você era o amigo que foi buscar quando conheci e Hoon — ela disse rindo — ele me contou sobre a garota que fica te perseguindo por aí.
ficou sem graça sem saber o porquê, mas, o olhar que ela lançava para ele definitivamente queimava sua alma de alguma forma, não podia ser normal como ele se sentia toda vez que via ela. Era como se mesmo em uma noite fria, se ele a visse, o local se tornava mais quente que o dia mais quente do ano.
— É por isso que está aqui? — ela perguntou se virando de frente para a sacada, olhando as pessoas que estavam no quintal da casa bebendo e dançando.
— Na realidade, não — ele se juntou a ela olhando as pessoas abaixo — odeio quando a casa está cheia assim, estava indo para o meu quarto ver uma coisa e vi você aqui, achei uma boa oportunidade para me apresentar.
— Você mora aqui também? — ela perguntou curiosa.
Ele assentiu.
— No total somos em cinco, , , Hoon, eu e outro membro do time que está em uma viagem de família nesse fim de semana — ele comentou.
Um silêncio se instalou por um momento enquanto ela observava as pessoas e ele a observava.
— E você, porque está escondida aqui? — ele perguntou quebrando o silêncio — onde estão seus amigos?
— Ryu está com seus amigos da outra universidade, estava com alguma garota que me olhou incomodamente feio quando ele me ofereceu a jaqueta de frio que ele tava usando porque eu deixei a minha com Ryu — ela revirou os olhos — e Jinie sumiu na multidão mas eu sei onde achá-la se precisar, é só seguir o rastro dos coquetéis que ela faz.
— E você decidiu ficar aqui sozinha? — ele perguntou e ela assentiu.
— Eu estava explorando — disse rindo — e não queria fazer com que meus amigos ficassem sempre querendo cuidar de mim ou se preocupando se eu estaria me divertindo ou não.
— Se você quiser eu posso ser sua companhia essa noite — ele disse sorrindo e prendeu a respiração por alguns segundos.
— Pois eu não reclamaria — ela respondeu dando seu último gole da bebida que ainda tinha em mãos.
— Você quer descer um pouco? — ele perguntou — se estiver muito chato lá em baixo podemos subir outra vez, passar um tempo aqui ou não sei — ele coçou a nuca nervoso — no meu quarto? Eu tenho uma saída para o telhado que tenho certeza que você vai gostar da vista.
Ela achou fofo ver que ele estava nervoso por chamar uma garota a seu quarto, afinal, não era essa fama que ela havia escutado por aí.
— Tudo bem — ela respondeu fazendo ele sorrir.
— Mas primeiro — ele disse segurando levemente o pulso da garota, levando ela com ele para a porta de seu quarto — vamos achar algo para você ficar aquecida.
— Não precisa — ela disse dando um Paco atrás.
— Eu insisto! — quase implorou, não queria vê-la com frio — por favor? Vou me sentir culpado se ver que você estava com frio depois.
Ela apenas assentiu, derrotada pela expressão que ele trazia.
— Pode ser minha jaqueta do time? — ele perguntou abrindo a porta do quarto extremamente arrumado.
— Parece que você já pretendia trazer alguém aqui — ela riu vendo a organização do lugar — pode ser sim.
— Nunca se sabe quando uma garota como você pode acabar entrando aqui, não é? — ele sorriu piscando para ela. — Prevejo suas fãs que provavelmente estão lá embaixo te procurando me olhando como se eu tivesse cometido algum crime — ela disse assim que vestiu a jaqueta — pelo menos ela tem bom gosto, imagina as que gostam do ?
— Você realmente é a líder do clube “tire sarro do ” — ele respondeu rindo.
— Com crachá oficial e tudo — ela responder rindo — qual o nome do seu perfume? acho extremamente desnecessário a pessoa ser bonita, organizada e ainda cheirosa.
não estava guardando muito as palavras porque querendo ou não, não tinha nada a perder e além disso, poderia ser que, um pouco só um pouco do álcool que havia tomado até ali estava fazendo efeito, deixando com que ela falasse um pouquinho demais.
— Acho que você está bêbada — ele disse sorrindo.
— Desde quando falar a verdade é coisa de bebado? — ela perguntou e ele olhou com a sobrancelha arqueada — ok sempre, mas, ainda sim, eu só tomei um copo de um coquetel da Jinie então é impossível eu estar bebada.
— Então você deveria parar — ele falou fechando a porta do guarda-roupa.
— Se você não gosta de elogios, então, eu paro — ela falou se calando em seguida — vou descendo para buscar uma bebida.
segurou seu pulso de forma leve, impedindo com que ela saísse.
— O contrário — ele disse olhando para ela.
— Huh? — ela perguntou confusa e ele deu mais um passo adiante ficando de frente para ela, fazendo carinho em seu pulso com o dedão.
— Eu gosto demais dos elogios vindos de você — ele disse olhando para sua própria mãos ao redor do pulso dela — para ser sincero, tem mais ou menos dois meses que eu esperava por um momento como esse, desde que eu te vi na mudança para o seu dormitório.
— Então por que me mandou parar? — ela perguntou confusa.
— Porque eu se eu escutar mais alguma coisa do tipo vindo de você, eu provavelmente não vou querer deixar você sair desse quarto — ele disse baixo, próximo ao ouvido dela.
— Eu pedi para sair? — ela respondeu da mesma forma.
— Não me provoca — ele disse quase em súplica.
— E qual seria a graça disso? — ela disse rindo fraco.
Sua mãos subiram aos ombros dele, com seus dedos alcançando sua nuca e se entrelaçando entre seus fios de cabelo. nunca havia agido assim, mas era mais forte que ela, não era como se pudesse controlar, tudo que ela queria naquele momento era beijá-lo e foi isso que fez.
O beijou fervorosamente, como se já tivessem feito aquilo antes e fossem completamente íntimos. As mãos dele corriam por sua cintura e suas coxas, onda a cada vez que fazia isso subia um pouco do vestido que usava. Ainda a beijando, foi dando passos para trás com a infeção de alcançar a porta e fechá-la, e assim o fez, a encostando na porta com cuidado.
— Eu realmente esperei por isso — ele disse entre os beijos e ela apenas arfou.
Suas mãos foram até sua coxas dando impulso para que ela subisse suas pernas em sua cintura e ele trancou a porta.
— Você tem certeza? — ele parou de beijar o pescoço dela por um momento para perguntar se estava tudo bem ele continuar.
Ela assentiu sorrindo fraco, enquanto respirava descompassadamente.
Com ela agarrada em sua cintura, as mãos dele alisavam e apertavam suas coxas enquanto ele andava em direção a cama se sentando com ela em seu colo.
— Acho que não precisamos mais disso — ele disse sorrindo e puxando a jaqueta dos ombros dela.
— E muito menos disso — ela disse puxando a camisa dele para cima, jogando ela em qualquer canto do quarto.
A sessão de beijos continuavam, principalmente no pescoço, já que ele gostava dos sons que ela fazia quando ele beijava certo ponto.
As mãos dele que repousavam em suas coxas, subiram seu vestido até sua cintura, sentindo mais da pele dela. Elas caminharam por toda a extensão de suas pernas. Subiu seus toques até o final das pernas começo da cintura. Começou a fazer carinhos conforme os beijos ficavam mais intensos. adorou perceber que ele pulsava no meio das suas pernas, sinal de que ele estava tão afim quanto ela. Começou a rebolar lentamente e recebeu uma mordiscada nos lábios em sinal de aprovação.
A mão dele logo escorregou para a intimidade dela por cima da calcinha e a sensação do pano em contato com o seu prazer, só deixava mais inebriada com aquele momento, era deles e ele, mesmo que não se conhecessem direito, sabia exatamente onde tocar para deixar-la extremamente excitada.
Não demorou muito para que ele precisasse sentir aquela mulher mais que só com os dedos. Era inebriante ver e ouvir a forma com que ela se contorcida em seu colo e recebia o prazer que ele queria dar a ela, parte dele.
— , se você continuar assim eu… — mal conseguia continuar seu raciocínio.
— Vamos nós divertir então, já que tecnicamente estamos em uma festa. — Ele disse em um tom sensual, também inebriado pelo momento.
se levantou do colo dele esperando que ele tirasse as peças, aproveitou e pegou uma camisinha na gaveta da cabeceira da cama e assim que já bestava despido, voltou até onde estava e com ele já protegido, voltou a rebolar no colo dele, até que ele voltou a posição inicial e se encaixou ali, sem rodeios começando a movimentação para cima e para baixo. Os dois com metade de suas vestes, proporcionando e recebendo prazer a noite perdurou com eles naquela posição até que seus corpos receberam o nível de adrenalina pela casa estar cheia e prazer pelo que faziam e depois que atingiram seus ápices aí mesmo que não queriam mais sair daquele quarto.
e eram a mais a nova sensação da universidade, desde que ficaram juntos naquela festa não se desgrudaram mais e todos comentavam sobre o cara mais popular do lugar namorando a novata, estranha, que só dormia e vivia com seu tablete na mão, dando vida aos seus pensamentos. O casal não podia se importar menos, estavam felizes e efa isso que realmente importava.
FIM
Nota da autora: olá jinie no comando dessa nota de autoea, preciso dizer a vocês que eu amo as parcerias com a Caleonis e essa é mais que especial, pq ela está se aventurando no mundo das restritas kkkkkk eu mesma amooo e espero que gostem também.
Enfim, obrigado por lerem até aqui, não esqueçam de deixar um comentário no link da caixinha!
Xoxo Caleonis & Jinie G <33
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