Finalizada

Let's Love

Parando para pensar, nunca havia parado para pensar em quanta saudade ele sentia de uma pessoa que sequer tinha notícia a anos. Folheando o anuário que caiu de sua estante por acidente ele teve todo aquele baque de memórias vindo contra si, não esperava que dentro do seu coração o sentimento de cada momento, ainda estivesse tão vivido, afinal, foram os momentos que ele mais se sentiu feliz a muito tempo atrás.

Sorriu em cada foto que viu, de seus amigos, admiradores e principalmente dela, a quem seu coração ainda prestigiava com amor. As fotos que os coordenadores que cuidavam do anuário pediram para ser colocados brilhavam mostrando como o amor de ensino médio era extremamente extravagante.

Eram muitos sorrisos, abraços, gestos capturados em fotos, mas, ainda assim, não eram o suficiente para mostrar o amor que ambos tinham um pelo outro de forma completa.

Mesmo que fosse um amor inocente, era real. sentia como se sempre estivesse em seu coração, não importa o caminho que tomassem sendo esses juntos ou por si só. Eram independentes, ele sempre soube que se ela tivesse que fazer escolhas, faria e com o apoio dele conquistaria o melhor para si. Foi isso o que aconteceu.

Flashback on

S.S High School, Turma formanda de 2016
3º Ensino Médio



, eu preciso te contar uma coisa — a voz dela disse um tom mais baixo que o normal.

sabia que a garota falaria algo que mudaria o mood de ambos pelo motivo de que sua expressão era séria e seu tom de voz preocupante. Ela respirou fundo e voltou a mexer o canudo que tinha em seu milkshake já mais líquido pelo ato repetitivo.

— Você está bem? O que foi? — ele perguntou preocupado, a garota era sempre alegre e animada com os mínimos detalhes e querendo ou não, aquele era o dia em que haviam se formado e comemorado com seus amigos mais cedo.

— Eu... — ela fez uma pausa subindo o olhar para o dele — Eu passei na SNU — ela disse deixando o assunto morrer ali, sem coragem para prosseguir.
— Mas essas são ótimas notícias, meu amor — ele abriu um sorriso largo mas logo voltou a expressão preocupada anterior — Achei que você estaria mais animada, você sempre quis estudar lá e bom, como eu apliquei mais cedo que você — ele soltou uma risadinha — Você sabe que eu estarei por lá também, você está com medo? É isso?
— Não — ela murmurou preocupando mais — Na verdade... — ela respirou fundo — Eu recebi uma outra carta de aceitação, uma que eu não sabia que seria aceita, foi tudo uma brincadeira com a minha mãe de início mas aí eu abri o meu e-mail e lá estava eles dizendo que eu havia sido aceita em Berklee, desculpa , eu não deveria estar…
— Porque você está se desculpando? — ele se levantou rapidamente se sentando na cadeira ao lado, de frente para ela — Essas são ótimas notícias, amor — ele disse com carinho a abraçando profundamente com seus sentimentos.

sabia que aquilo os mudaria, ele sabia o que implicaria a escolha dela de estar em Berklee, mas ele nunca ficaria bravo ou mal por uma escolha dela, ele a suportaria no que fosse necessário.

— Você é minha “Ice breaker” lembra? — ele disse se separando por um instante da chorosa namorada que fungava em sua camisa, molhando ela com suas lágrimas — Você deveria me dizer essas novidades com animação e não chorando com tristeza, aliás, você deveria ter me chamado para ver esse e-mail incrível. Você é um gênio, eu sempre soube do seu potencial.



Ela fungou outra vez, voltando a abraçá-lo com mais força.

— Está tudo bem, meu amor! — ele disse alisando o cabelo dela com delicadeza — Você tomou a sua situação e mamãe me ensinou que pássaros exuberantes, assim como você, um dia precisam voar — sorriu terno — Você tem o meu total apoio, eu sempre te disse que você merece o mundo.

Essa última parte ele sussurrou em seu ouvido com delicadeza.

— Você não sabe o quanto eu vou sentir a sua falta — ela diz deixando um soluço baixo escapar.
— Pode ter certeza que eu vou sentir bem mais — ele riu baixinho — Muito, muito mesmo, amor. Você ilumina meus dias, “Ice breaker”.
— Eu amo você — ela disse baixinho e ele ficou abalado com as palavras.

não era vocal com seu amor, sua linguagem sempre havia sido mais em gestos, a forma que ela sorria tinha um significado, a força que ela abraçava, a forma que ela beijava e principalmente a forma que ela agia. Essa era sua linguagem do amor, qualidade de tempo e gestos, até mesmo um pouco mais de toque físico. Ela nunca sentiu a necessidade de expressar com palavras aquilo que podia demonstrar, às vezes palavras poderiam invalidar o real sentimento e até mesmo fazer perder o verdadeiro valor. Por isso, entre eles, era sempre quem falava o tempo todo o quanto a amava, sua linguagem do amor era mais vocal dívida entre palavras de afirmação em toques físicos ao contrário de e ainda sim, ele entendia e sentia o amor dela, mesmo de longe.

— Eu... — ele respirou fundo quase se arrependendo de soltá-la e quase implorando para que ela ficasse — Eu amo você, “Ice breaker”.

Flashback off


“Ice breaker”, apelido dado por ele mesmo desde o primeiro dia em que se conheceram no primeiro dia de aula. sorriu vendo uma das fotos daquele mesmo acontecimento no anuário, quando os coordenadores disseram que colocariam algumas fotos da trajetória de todas as turmas formandas até a formatura, ele não pensou que teria a foto do primeiro dia em que ele havia conhecido , ele sorriu lembrando que ela havia sido excepcional, socializando com todos mesmo morrendo de medo de conhecer tantas novas pessoas na iniciação.

Abaixo da foto, onde se encontrava sentado com seu queixo apoiado em sua mão e sorria sem mostrar os dentes, está escrito "Ice breaker" com um coração flechado, mostrando que todos sabiam como ele a chamava. era extremamente boa com assuntos aleatórios e fazia com que as pessoas se sentissem confortáveis no mesmo instante.

Ele riu se lembrando do primeiro assunto que tiveram sobre “como os girassóis seguiam a luz do sol e como a mitologia contava a história do amor de Clitia, uma ninfa apaixonada por Hélio, deus do Sol. O que na verdade depois de ser trocada enfraqueceu, tendo seu auge apenas quando o sol estava nos céus, não desviando seu olhar até que ele saísse de lá e a fizesse voltar a olhar para seus próprios pés. Tal assunto que ele sequer sabia de onde havia saído, mas que a fez parecer ainda mais interessante do que quando a viu entrar pela porta.

Ele se arrependia todos os dias por nunca ter tentado ir atrás dela de alguma maneira, diversas vezes ele esteve nos mesmos lugares que ela esteve, sempre esperando encontrá-la coincidentemente mas, nunca a encontrou e pelo mesmo motivo, nunca havia ido atrás dela.

Ele pensava que se fosse para ser, de alguma forma aconteceria mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou outra.

Flashback On


— Está tudo bem, “Ice Breaker” — ele disse sorrindo calma e amorosamente — Não é como se não existisse meios de comunicação.
— Me promete que se algo acontecer com a gente, nunca iremos odiar um ao outro ou ter algum tipo de ressentimento ou mágoa, o que quer que aconteça, pensaremos um no outro com carinho — ela disse acariciando o rosto dele com cuidado, memorizando cada detalhe.
— Eu prometo — ele disse mostrando o dedo mindinho.
— Promessa de mindinho não pode ser quebrada — ela disse juntando os dois dedinhos.
— E não será — ele disse dando um beijinho leve na junção de ambos os dedos.

Flashback Off


Aquela acabou sendo a última conversa em pessoa mas não a última de todas, eles ainda tentaram por meses, ele ligava pelas manhãs antes de ir para a faculdade e ela ligava ou mandava mensagem nas noites antes de dormir, tentavam compartilhar sobre seus dias, novidades, contar de seus novos ciclos de amigos, mas ainda assim, a vida e diferença de horários acabou sobrecarregando ambos, fazendo com que aquele vínculo fosse levado a um afastamento e guiado a uma conversa séria por chamada de vídeo em uma quinta-feira de março chuvosa da onde ela estava, para uma sexta-feira ensolarada de onde que ele estava, que levaria mais tarde naquele dia a um rompimento amigável.

Que nenhum desejava.

Todas as vezes que andava pelas ruas de sua cidade natal, ele lembrava dela. A sorveteria na esquina da escola em que estudavam que ficava bem próxima ao centro, o café de cachorros que ficava em frente à praça que normalmente se sentavam para passar tempo depois da escola, até mesmo as cerejeiras que florescem no caminho da escola, cada detalhe ou estação do ano foi marcado por ela de alguma forma e já faziam cinco anos que ele, seu corpo e principalmente sua mente não conseguiam esquecê-la, mesmo desejando constantemente seguir adiante.

Seus romances não funcionavam, suas aventuras menos ainda.

Ele queria uma família, ele queria sua “Ice Breaker”, mas na última vez que ouviu falar sobre ela na reunião de ex alunos da escola, existia alguém em sua vida.

Flashback on


— Ouvi dizer que está namorando um famoso arquiteto espanhol — uma colega antiga, a qual sequer lembrava o nome comentou tomando um gole do seu café.

Ele pode sentir os olhares hostis direcionados a ela assim como pode sentir os olhares cuidadosos sobre ele, não o incomodava mas, ele temia que os outros pensassem que de alguma forma o rompimento havia sido culpa dela.

Ele nunca desejaria que pensassem mal dela, ela nunca mereceu nada parecido.

— Ela está indo bem em sua carreira — uma das amigas dela na época disse chamando a atenção para si — Isso é ótimo, não é? Eu estou feliz por ela.

Todos concordaram.

— Ela merece o melhor — a voz dele se destacou entre todos, ele sorriu para seu copo.

Aquele ato mostrou a todos o quanto ele ainda se importava com ela e como o amor deles realmente seria algo marcante.

Flashback off


Andando pelas ruas próximas ao shopping na volta para casa, no entardecer de uma sexta-feira que foi ensolarada de março, ele decidiu que naquele dia compraria flores novas para colocar no vaso que a mãe havia dado de presente na última vez que se mudou de apartamento.

— Boa noite, — ele disse sorrindo calorosamente para o gatinho branco que ficava na porta de entrada do estabelecimento.

Conhecia bem aquela região já que sempre esteve por ali, então quando a floricultura abriu ele pôde conhecer o dono que havia acabado de voltar do exterior para abrir aquela floricultura em nome de sua chefe — que dizia amar aquela região da cidade de forma extremamente sentimental — assim como acompanhou o processo de adoção de , quando chegou a loja era apenas um filhotinho que havia acabado de perder a mãe então, todos os dias vinha pedir por afeto quando passava em frente ao lugar.

O gato miou animado por vê-lo, trançando entre suas pernas.

— Você parece estar mais animado que o normal hoje, será que o senhor Kim te deu alguns petiscos a mais hoje? — ele disse acariciando o animal que se deitou para receber o carinho melhor.

— Ele eu não sei, mas eu com certeza dei — a voz que vinha da mulher de costas, onde apenas era possível ver seus cabelos castanhos e compridos junto dos laços do avental atado a sua roupa branca e azul, era meramente reconhecível, mas ele achou que poderia estar um pouco cansado demais e imaginando coisas.
— Nova no trabalho? — ele perguntou se levantando de perto do bicho, indo em direção a alguns baldes de água com flores e arranjos.
— De certo modo, sim — ela soltou uma leve risada enquanto o som da música ao fundo se fundia com o som da tesoura que ela utilizava para limpar algumas rosas.
— Kim teve que resolver algumas coisas — ela continuou dizendo, ainda não tinha olhado diretamente a ele, apenas para seus tênis brancos e amarelos um pouco chamativos — Ele estará viajando em breve para inaugurar e manter as rédeas da franquia nova no Japão — ela disse tranquila — Se precisar falar diretamente com ele você pode voltar novamente amanhã, será o último dia dele por aqui. Depois disso eu assumo por um tempo, até encontrar alguém indicado para tomar conta — ela disse colocando a rosa que estava em mãos de lado, no balcão junto da tesoura — Agora se você precisar de uma flor em especial, fique à vontade para olhar ao redor ou pode me…

A voz dela parou de repente.

O olhar dele, que estava dividido entre analisar os cravos no canto direito da loja e as azuis miosótis próximas. De repente, girou ao redor da sala preocupada com a repentina pausa da mulher a encontrando ainda virada para o balcão, mas com sua respiração um pouco mais ofegante que o normal.

— Cravos brancos são associados ao amor puro, talento, boa sorte, inocência — ela pareceu desengasgar aquelas palavras — Acho que seria perfeito para um amor recente.

Ele sorriu e riu anasalado em seguida.

— Meu amor pode até ser puro, mas acho que de inocente o meu amor não tem nada — ele se moveu dos brancos para os vermelhos — O que os vermelhos significam?
— Respeito, amor e paixão. É oferecido como demonstração de admiração — ela não acrescentou mais nada.
— Você recomenda alguma cor? — ele perguntou curioso, com um pouco mais de vergonha de pedir para que ela lhe explicasse o que cada uma significava.
— Se você quiser realmente dizer algo implicitamente — ela respirou fundo — Eu não sei como sua vida anda ou para quem seriam essas flores, mas te direi o significado dos cravos que restaram — suas mãos tremiam um pouco, ela não sabia explicar como se sentia nervosa — Os cor de rosa remetem a felicidade e gratidão. E quando é oferecido a alguém, significa que você sempre lembra dessa pessoa — ela engoliu em seco, seria o que ela lhe daria, mesmo sabendo que a flor dele fosse outra, seus sentimentos desesperadamente queriam que ele soubesse que ela se lembrava — Já os Cravos roxos significam solidão, inconstância, ausência de capricho — era triste, ela pensou — Cravos amarelos apesar de significarem rejeição e desdém, quando integrados em um arranjo de muitas cores vivas, significa alegria e vivacidade.
— Talvez eu devesse levar um buquê de cravos — ele riu pegando o exuberante cravo roxo em mãos — E qual o significado daquela?

apontou para a pequena flor de cor azul/roxa que observava antes, ela olhou de lado por um instante sem que ele notasse e viu que ele falava de miosótis.

— Miosótis — ela disse baixinho — Mais popularmente conhecida como “não-me-esqueças” remete a recordação, fidelidade e amor verdadeiro, talvez desesperado e sincero, mas verdadeiro.
— Eu acho que elas seriam perfeitas — ele sorriu pegando o pequeno arranjo em mãos — Vou levá-las.
— Algum motivo especial? — ela se xingou internamente por realmente se deixar levar e perguntar — Digo, para saber se é necessário fazer um arranjo bonito e especial.

Até esse momento ele não havia visto seu rosto e achou bem curioso depois de perceber que nenhuma vez de querer ela olhou para ele. Com isso em mente, se aproximou com o pequeno arranjo em mãos, pronto para levá-lo.

— Não — ele respondeu — É apenas um arranjo para o vaso que ganhei quando me mudei do apartamento passando para essa área novamente.
— Ah — ela respondeu mais aliviada do que gostaria de se sentir.
— Eu costumava morar e estudar por aqui quando estava no ensino médio — ele soltou uma risada anasalada — Sempre gostei de como o sol pegava nessa direção do bairro no final da tarde — olhando para o lado de fora, através da grande janela que separava o local da parte de fora, ele via as nuvens de cores rosadas com um fundo azulado, ele desejou ter sua máquina para poder tirar uma foto naquele momento, mas ele não a tinha por perto, então, resolveu apenas tirar o celular do bolso para fazê-lo — Alguém sempre me dizia que provavelmente em outros planetas que nós não conhecemos as nuvens são realmente daquela cor, e o céu dependeria de cada galáxia e planeta e que por isso às vezes o sol refletia diferentes tons de cores pelo céu.

riu anasalado, se lembrava muito bem das coisas que imaginava e dizia a ele sem pensar duas vezes. As inúmeras teorias de que almas entrelaçadas desde antes do nascimento existiam, de que pessoas vinham de estrelas sendo mandadas em suas primeiras vidas na terra entre outras coisas, ela se lembrava de tudo, cada conversa que haviam tido, cada abraço que haviam dado e claro, cada briga que tiveram e terminavam compartilhando o fone de ouvido escolhendo uma música que os fizesse pedir desculpa um ao outro, já que foi exatamente assim que confessaram um ao outro no passado. Ela, de fato, nunca havia esquecido de nenhum detalhe.

— Ela parece alguém interessante — ela comentou baixinho, soltando um pequeno sorriso, era bom saber que ele ainda se lembrava dela de certa forma.
— Ela é — ele falou baixo próximo ao balcão fazendo com que ela congelasse — Você sempre será,”Ice breaker”.
O coração da mesma pareceu querer pular pela boca, suas mãos começaram a suar e aquela mesma sensação que ela teve quando ela o viu pela primeira vez no ensino médio estava lá. Ela sabia que não tinha sumido, apenas se escondido já que eles não estavam perto um do outro por anos, mas, ainda assim, ela não esperava que estivesse na mesma intensidade. Ela se lembra dos anos em que esteve distante e em como noite após noite teve ele aparecendo em seus sonhos como se implorasse para que ela voltasse, ela se lembra de como esperou por aquele momento e de como o imaginou de inúmeras formas. Com o tempo foi deixando de lado — uma vez que você sai de onde veio, acaba desacostumando com tudo ao seu redor, sua vida se torna outra completamente diferente — até surgir uma inesperada proposta. E de repente, era como se o mundo, Deus, universo ou a entidade que permitisse que as coisas mudassem simplesmente decidisse de que aquele era o momento certo.

Em seu primeiro dia, ela o reencontrou.

— O quê? — sua voz falha fez com que ela respirasse fundo para recuperar as forças que pareciam ter sido drenadas por aquela sensação.
— Bem-vinda de volta “Ice breaker” — ele disse sorrindo e ela pode imaginar aquele sorriso mesmo ainda não o encarando.

Ela finalmente, depois de um longo suspiro, se virou de frente para ele e seu sorriso permanecia lá, sincero, um pouco mais velho desde a última vez que o havia visto, mas exatamente o mesmo. Junto com ele, seus efeitos colaterais, afinal, era como um vício, um vício de conforto, amor, sinceridade, paciência.

Ele era seu lar.
O lar esperou por seu retorno pacientemente.

— É bom estar em casa outra vez, — ela respondeu colocando um sorriso em seu rosto, entregando o pequeno buquê de não-me-esqueças para ele.


Epílogo

— Onde eu coloco essas coisas? — a voz de ecoou pelo local.
— Pode deixar essas pela sala — ela gritou passando pelo portão.
— Ei! — ele disse vendo-a entrar pela porta — Eu disse para você pegar as do banco da frente que eu pegava as do porta mala, essas estão muito pesadas para você sair carregando, me dá isso aqui.
— Eu estou grávida, , não incapacitada — ela disse revirando os olhos, entregando as caixas para ele — Elas nem estão tão pesadas assim.
— Claro que estão, olha — ele mostrou os braços, fingindo que tremiam com o peso das caixas, fazendo com que ela desse risada.
— Engraçadinho — ela disse dando um soco leve em seu braço.
— Mas é sério, não é meu garoto? — ele disse se aproximando dela, colocando a mão em sua barriga de aproximadamente cinco meses, assim que deixou as caixas no chão — Fala para a mamãe que ela não pode se cansar ou você fica agitado mais tarde e não deixa a mamãe dormir bem e a mamãe precisa dormir certo? Afinal, ela tem aquela grande reunião que nós conversamos outro dia, amanhã.
— Oh! — ela disse surpresa, rindo em seguida — Acho que ele concorda com você, o chute na costela disse tudo agora.
— Viu só, meu filho é inteligente e sequer nasceu ainda — ele se gabou — Claramente puxou a mãe — ele disse rindo — Agora é bom essa mamãe se sentar no sofá — ele a guiou até o sofá — e descansar enquanto eu termino de trazer as coisas que faltam do carro.

Ela respirou fundo irritada já que queria ajudar e ele apenas riu achando fofo vê-la daquela forma, deixando um beijo primeiro em sua barriga.

— Eu amo você, meu geniozinho — ele disse se referindo ao filho. Logo em seguida subiu, deixando um beijo na testa dela sussurrando as palavras que nunca se cansava de falar — Eu amo você “Ice Breaker” — ele sorriu — Obrigado por voltar para mim.

Ela sorriu, tendo a certeza de que voltar, tinha sido sua melhor escolha, afinal, ela voltou para o seu único lar e ele a seguiria onde quer que ela fosse dali para frente.




FIM



Nota da autora: Eu to simplesmente em prantos e nem é brincadeira, juro para vocês que escrever sobre esses dois me prendeu demais e eu sequer esperava algo assim, sério! eu espero que tenha passado isso a vocês também, espero que vocês entendam a paciência que o nosso pp teve aqui e o quão importante foi para o processo de construção deles, ele realmente entendia ela e tinha a esperança de que ela fosse ser quem ela realmente queria ser, para nunca se arrepender mais tarde. Enfim, eles possivelmente podem ter entrado em um dos meus favoritos hahah
Espero que vocês tenham gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever, obrigado por ter lido e não esqueça de deixar um comentário na caixinha, quero saber o que vocês acharam!

OLÁ! DEIXE O SEU MELHOR COMENTÁRIO BEM AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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