02. Shine A Light

Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Tell me are you feeling strong
Me diga se você se sente forte
Strong enoughtolovesomeone
Forte o suficiente para amar alguém
And make it through the hardest storm
E atravessar a mais forte tempestade
And bad weather
E o mau tempo


Assim que escutou a porta de seu aposento se abrir, desviou a atenção dos seus olhos em seu rosto refletido no espelho e a depositou totalmente no intruso. Lady Waldorf estava ali, com seus trajes propícios ao seu trabalho. Cobria quase nada de seu belo corpo e a cabeça toda enfeitada com penas, fazia parecer ainda mais deslumbrante.
— Por que se arruma tanto se nem aparecer aos nossos clientes você vai? – Madison perguntou.
— A casa está cheia? – ignorou a pergunta da amiga e voltou a se arrumar. Tudo o que faltavam-lhe eram as joias.
— Cheia como nunca!
— Céus, minhas pernas estão moles como gelatina. – Lilian reclamou, levantando-se.
Estava deslumbrante, na falta de melhor palavra. Sua cintura, tão fina quanto era possível, marcada pelo corset branco. As meias sete oitavos marcavam as belas pernas e o cabelo, levemente ondulado, lhe dava um ar angelical.
— Me ajude com o vestido, por favor. – Lilly pediu, já colocando a peça. Ele era magnífico. Prata, com brilho em todas as partes, era em estilo sereia – muito diferente dos armados que as mulheres da época usavam.
— Está linda, amada. – Maddie sorriu, os olhos brilhavam de felicidade. – É sua primeira noite de muitas. – prometeu.
Lilian assentiu, sorrindo.
— Vamos? – estendeu o braço para a amiga, que assentiu, entrelaçando o seu ao dela.
Em passos lentos, caminharam até o corredor que levava ao palco.
Tristan, o velho dono do cabaré, abaixava as cortinas para a principal atração da noite.
— Oh, querida. Já está mais do que na hora. – acenou para que ela fosse ao centro do palco, onde seu microfone já estava preparado.
Secou as mãos no vestido e seguiu lentamente até o microfone.
Mordeu o lábio vermelho e começou a cantar Summertime Blues, de Brian Setzer.

Well i'm a gonna raise a fuss
I'm a gonna raise a holler...


estava na primeira fileira de mesas quando a música começou. Sentiu o pescoço se arrepiar e deixou o copo de whisky na mesa, admirado.
Uma luz se acendeu atrás daquele anjo e ele pôde ver sua silhueta. Bonita era pouco para explicar o que ele via. Sua boca estava escancarada e ele só descobriu isso tarde demais, quando seu amigo já tinha avisado aos outros sobre sua expressão patética.
— Está apaixonado! – Ryan decretou, rindo alto.
— Cale a boca, imbecil. Quero escutar a música. – ralhou, sem tirar os olhos da cortina vermelha. O que ele não daria para vê-la.
Tão veloz como a música começou, ela terminou. E pela luz, ele viu ela sair do palco, depois de fazer uma reverência ao público.
Pelos gritos, ele sabia que não era o único deslumbrado com a atração da noite. Tinha que descobrir quem era essa garota.
— O nome dela é Lilian. – Brian, um outro amigo, lhe disse.
— De que adianta saber o nome artístico? Quero vê-la. Para isso preciso do nome real.
— E não é que nosso garoto está caído? – Robb gargalhou, arrancando um risinho de .
— Não se esqueça de que é um homem comprometido agora. Essa mulher pode ser qualquer pessoa, inclusive uma dessas prostitutas que vemos todos os dias nesse lugar.
assentiu, sabendo que teria que desistir de procurar essa senhorita. Se fosse uma prostituta, nunca poderia se relacionar com ela. Droga, mesmo se não fosse. Se qualquer pessoa no círculo de amigos dos pais descobrisse que ela trabalhava em um cabaré, ele não teria mais o mesmo sobrenome.
— Está na minha hora, rapazes. – avisou, colocando o chapéu e o paletó mais uma vez.
— Não vai experimentar uma puta? Soube que chegaram novas desde a semana passada.
— Terei que cortejar Lady amanhã. Meus pais e eu vamos para um almoço na casa da minha futura noiva, não posso sonhar em me atrasar.
— Logo estará proibido de visitar esse lugar, amigo. Está certo de que não prefere esperar? Atraiu alguns olhares desde que chegou. – Ryan avisou, indicando três prostitutas que ficavam ali no bar, apenas esperando mais um cliente.
O único olhar que lhe prenderia ali seria o de Lilian, se ele pudesse ao menos vê-la. Sabia que tinha uma noiva, e isso doía em sua alma. Mas daria um jeito de se comunicar com ela, e sabia muito bem como.
— Estou. Boa noite, rapazes. Vejo vocês alguma hora. – acenou a cabeça, se retirando do estabelecimento.

Will you pull me from the flames
Você vai me tirar das chamas
Hold me till I feel no pain
Me abraçar até eu não sentir mais dor?
And give me shelter from the rain
E me abrigar da chuva
Forever
Para sempre?

A ama de , Agatha, bateu três vezes à sua porta.
— Estou acordada, ama. – passava um batom rosa claro em seus lábios carnudos, apenas para tirar a palidez de seu rosto.
— Oh, minha menina. Está linda!
— Obrigada. – fez uma reverência brincalhona, abraçando Agatha em seguida.
— Está preparada? – colocou as mãos nos ombros da jovem, que suspirou.
— Não tenho certeza de que estou pronta. Tenho apenas dezesseis anos! Mamãe falou que ele não é velho, mas não sei se acredito nela. E mesmo assim, tudo o que me preocupa é não conseguir impressioná-lo.
— Ah, meu bem. Você impressiona todo mundo que conhece, não se preocupe com isso. E quanto a seu noivo, minha querida, ele é um pão!
— Oh, verdade? Me conte quem é!
— Não poderia fazer isso, sua mãe me fez prometer. – arregalou os olhos. – Eu sentirei sua falta.
— Casarei apenas no próximo mês, ama. Não se preocupe com isso agora. Se preocupe em me ajudar com o vestido.
Em um tecido verde e pesado, parecia mais deslumbrante ainda. O aperto que o vestido lhe fazia era um pouco maior que o que estava acostumada, mas logo conseguia respirar normalmente, sem parecer uma estátua.
— Ah, graças a Deus está pronta. Agatha, poderia me dar licença para conversar a sós com minha filha?
— Claro, Madame. Me deem licença. – a ama pediu, se retirando.
— Você está linda, minha filha. – a mãe tinha lágrimas nos olhos e sentiu seu coração apertar em seu peito.
— Não chore, mamãe.
— Nunca pensei que seria tão difícil te entregar a alguém. Eu quero que saiba que, qualquer palavra que seu noivo lhe disser e você não se sentir confortável, poderá me dizer. Noivos é o que não faltam para você, meu amor. Quero que tenha uma vida longa ao lado de alguém que a ama.
— Se algo estiver errado lhe direi, mamãe. – sorriu, emocionada. – Mas Agatha me disse que não tenho que me preocupar com o noivo. Não pode mesmo me dizer quem é?
— Quero que seja surpresa.
— Está certo.
— Vamos descer? O almoço está pronto e estou certa de que seu noivo chegará em poucos minutos.
assentiu, descendo as escadas logo atrás da mãe. O pai, Dorian, a olhava com um sorriso no rosto. Mas, antes que qualquer coisa pudesse ser dita, uma empregada avisou à família que o noivo e seus pais já haviam chegado.
— Espere que ele venha até você e só então ofereça a mão. – a mãe coordenou, parada ao lado da filha.
— Me lembro das boas maneiras, mamãe. – a filha riu, divertida.
Escutou algumas vozes e logo viu o pai no corredor, trazendo a família de seu futuro noivo.
A garganta secou no momento que o viu. era seu noivo. O homem mais bonito e gentil que vira em toda sua vida. Nunca havia trocado uma palavra com ele, mas sabia o que o povo falava. Uma de suas amigas do cabaré já havia passado uma noite inteira com o homem e só tinha elogios a ele.
Piscou os olhos azuis para o homem, que tinha um sorriso involuntário em seu rosto.
Então aquela seria sua noiva? Era uma garota deslumbrante, sentia que poderia ser um casamento feliz. Os cabelos loiros estavam presos em um belo penteado, mas ele podia ver que eram longos, como ele gostava. Ela tinha olhos grandes e azuis, e parecia tímida agora que havia o visto se aproximar.
, é um prazer. – beijou a mão que ela lhe estendeu.
— Senhor. – ela abaixou a cabeça e dobrou os joelhos, reverenciando-se minimamente.
— Me chame de . – pediu. – Quero lhe apresentar meus pais, Lady Melissa e Lord Bartholomeu.
— É um prazer. – ofereceu a mão ao pai de , que sorriu com a delicadeza de .
— A senhora deve ser a mãe de minha noiva, Karen. – beijou a mão da mais velha, que sorriu.
— Já que todos os que não se conheciam, se conhecem agora, devemos partir para o almoço. – pediu, elevando um pouco a voz para que os empregados ouvissem e se retirassem.
puxou a cadeira para se sentar, e ouviu um murmúrio baixo em agradecimento. Ela tinha uma voz delicada, havia adorado escutá-la.
Todos já estavam sentados, mas ainda estava em pé, ao lado da cadeira de .
— Visto que o Lord já me concedeu a mão de sua filha, gostaria de presenteá-la com um anel, para que possamos assim oficializar nosso noivado.
Mostrou uma joia bela e brilhante, que reluzia na mão dele. Ela sorriu, estendendo-lhe a mão e permitindo que ele deslizasse a peça em seu dedo.
— É algo lindo, . Não posso dizer o quão feliz estou me sentindo.
E era verdade. Toda a sua vida, vinha se preparando para um casamento e saber que se casaria com alguém tão respeitoso assim, enchia seu coração. Sabia que amá-lo seria fácil, e faria de tudo para que ele pudesse sentir o mesmo.

Wherecan I findher
Não consigo encontrá-la
She took the light and left me in the dark, eh
Ela levou a luz e me deixou no escuro, eh
She left me with a broken heart, eh
Ela me deixou com um coração partido, eh
Now I'm on my own
Agora euestousozinho
If anybody sees her (eh, eh, eh)
Se alguém a vir (eh, eh, eh)

Apesar do noivado, não conseguia deixar de ir todas as noites ao cabaré. Havia prometido à mãe nunca mais transar com nenhuma mulher que não sua noiva, mas ele assistia aos shows. Estava doido. o enlouquecia, ele estava se apaixonando perdidamente por ela. Mas Lilian atraía o mesmo sentimento, atraía encantamento, desejo. As duas eram tudo para ele, e se tivesse que escolher, não conseguiria.
Ele apenas não imaginava que elas eram a mesma pessoa.
Havia virado um cliente assíduo e isso preocupava Lilian. Ele havia começado a lhe mandar cartas, e ela respondia cada uma delas. Notou que ele estava começando a se apaixonar, e não podia permitir isso. Se cantava atrás de uma cortina, tinha um motivo. Ninguém podia descobrir sua identidade, e esse admirador apenas aumentava seus medos. Depois de entregar a mais nova carta à sua amiga, decidiu que iria parar com essa troca de cartas. Ela estava se apaixonando por ele como ele se apaixonara por ela, e isso lhe traria um mal terrível. Agradeceu por não saber o nome do admirador. Ela era tão tímida que, se fosse um conhecido, nunca poderia olhar no rosto do homem. Mas não era isso tudo o que a preocupava realmente. As meninas do cabaré haviam lhe contado algumas histórias sobre e ela estava com medo do rumo que seu relacionamento poderia levar.
Entretanto, tudo o que passava por sua mente foi interrompido por um grito e a porta de seu camarim se escancarando.
— Pa-papai? – arregalou os olhos, se levantando. – Eu posso explicar, eu juro!
— Sua puta! – caminhou até ela, dando-lhe um tapa forte em seu rosto.
— Pare com isso! – o dono do cabaré apareceu, tentando impedir o homem de bater mais na sua estrela. – Pare já com isso!
— Ela é uma puta! Como você pôde enganar a mim e a sua mãe? – arregalou os olhos, espantado com a falta de caráter da filha. – O que acha que seu noivo faria se soubesse que dá para os homens desse local?
— Ela não é prostituta! – o chefe da garota o interrompeu, chamando a atenção do homem para si.
— Eu só canto, papai, eu juro. Nunca faria algo assim.
— Não me interessa! – se irritou, esbofeteando seu rosto mais uma vez. – Você não volta mais aqui. Nunca mais vai sair daquela casa, não até o seu casamento.
Lily soluçou, sendo puxada com força pelo pai até a porta dos fundos. Olhou o cabaré uma última vez antes de ser jogada no carro e ir para casa.

Shine a light on her (eh, eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh, eh)
Shine a light on her (eh, eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh, eh)
Shine a light on her (eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh)
If anybody sees her
Se alguém a vir

acordou no susto, com o telefone de seu quarto tocando.
Sentou-se na cama e suspirou, esfregando os olhos.
— Alô?
? – o homem despertou assim que ouviu a voz de .
, está tudo bem, meu amor? – se levantou, preocupado. A voz dela estava totalmente embargada.
— Pode vir aqui?
— Estou indo, pode me dizer por que está chorando? – indagou, já preparando suas roupas.
— Estarei esperando. – avisou, antes de desligar o telefone.
Que dia terrível era aquele? Na noite anterior, tinha recebido uma carta de Lilian dizendo que nunca mais falaria com ele. E então, ela não se apresentou no cabaré e ele se perguntou se era o motivo disso. Agora ligava, com a voz toda chorosa e ele sentia seu coração despedaçar dentro de si.
Assim que terminou de se vestir, ouviu baterem em sua porta.
— Pode entrar. – colocou o terno e ajeitou as mangas.
— Filho? – a mãe entrou, cuidadosa. – Está tudo bem? Você nunca dorme até tão tarde, fiquei preocupada.
— Está, sim, senhora. – sorriu fraco, beijando a bochecha da mãe. – Vou até a casa de , tudo bem?
— Oh, meu querido. Fico tão contente em saber que gosta dessa menina.
— Ela é incrível, mamãe. Nós nos entendemos muito bem, ela parece gostar de mim.
— Claro que gosta. – riu, beijando o rosto de seu menino. – Então vá logo, meu bem.
Deixando um beijo na mão da mãe, o garoto se despediu.

Tell me can you hear my voice
Me diz se você pode ouvir minha voz
Loud and clear above the noise
Alta e clara por cima do barulho
Even if I had the choice
Mesmo se eu tivesse a escolha
I would not give up
Eu não desistiria

No imenso jardim dos , havia um banco branco no meio das flores. adorava aquele lugar. As roseiras amarelas e brancas faziam um grande caminho em volta do banco que parecia um imenso labirinto. Quando ela era pequena, adorava correr pela trilha.
— Querida? – Agatha lhe gritou da varanda.
se virou para ela, que sorria lindamente, indicando a casa.
— Ele está aqui. – bateu palminhas, arrancando um risinho desanimado da mais nova. – Ei, meu bem. O que há?
— Nada. – suspirou, virando para as rosas mais uma vez. – Mande ele vir até aqui?
— Quer que eu traga alguma coisa?
— Não precisa. – falou baixinho, secando uma pequena lágrima de seu olho.
Respirou fundo, ignorando a ardência em seu nariz.
? – escutou a voz rouca de e ficou ainda mais complicado segurar as lágrimas.
— Olá. – sorriu para ele, mas assim que viu o horror em seus olhos, quis morrer.
— Deus, . O que houve? – se assustou, sentando ao seu lado.
— Não foi nada com que deva se preocupar. – jurou, pegando as mãos dele.
— Se algo de ruim aconteceu com você, é de minha preocupação, sim. – segurou o rosto dela. Ela tinha o olho inchado e a boca com um pequeno cortezinho.
— Eu gostaria de esperar até o casamento, mas você... Você poderia me dar um beijo? – ela pediu, colocando as mãos nos pulsos dele. Sentiu suas mãos afrouxarem em seu rosto e viu os lábios dele sorrirem.
Seu polegar passou lentamente pelo seu lábio inferior, causando um pequeno tremor na garota. Enquanto ele aproximava o rosto do dela, sentiu sua respiração prender.
— Feche os olhos. – ele pediu, sussurrando.
Ela obedeceu prontamente, umedecendo os lábios com a língua. Isso só serviu de incentivo para que ele grudasse de vez a boca na dela, delicadamente. Ao tocar suas línguas, ele tentou não beijá-la muito forte. Ela tinha um machucado e, mesmo que não tivesse, ela era uma boneca. Ele nunca poderia machucá-la. E, com esse pensamento, lhe veio Lilian na cabeça.
separou o beijo, abrindo lentamente os olhos. Sua menina tinha as bochechas rosadas e a boca levemente inchada. Ainda de olhos fechados, ela tocou a boca com dois dedos, sorrindo abertamente em seguida. Quando abriu os olhos, percebeu que ainda estava a poucos milímetros dela, um sorriso bobo no rosto.
Ela suspirou, ainda sorrindo, e se jogou nos braços dele, abraçando apertado seu noivo. Mas logo seu sorriso sumiu.
— Preciso conversar com você. – ela se afastou dele, dificultando ainda mais a situação. – Não podemos mais nos casar.
Ele sentiu a garganta trancar e arregalou os olhos, incrédulo.
— Como assim?
— E-eu fiz algumas coisas e... E não acho justo com você. Não quero que se case com alguém que não é digna.
— O que fez? O que pode ter feito de tão errado assim? – ela viu os olhos dele brilharem e ela cair no choro, sendo agarrada pelos braços de . – Oh, meu amor. O que aconteceu com você?
Ela se soltou do abraço dele e se levantou, limpando as bochechas.
— Quero que vá embora. – pediu. – Não vou mais me casar com você. Talvez não me case com mais ninguém. Sinto muito se gastei o seu tempo nas últimas duas semanas. Eu sei que gastou muito dinheiro com os preparativos, mas eu vou conversar com meu pai. Eu vou pedir que ele lhe pague. Sinto muito, . – ela deixou uma lágrima cair. – Eu... Eu me apaixonei por você. Mas isso não é o suficiente.
E, dito isso, correu até sua casa, o deixando totalmente desnorteado e sem nenhuma reação. Não podia ter perdido as duas mulheres que o bambeavam as pernas. Se ele ao menos soubesse quem Lilian era, talvez esquecesse a noiva um dia...
Negou com a cabeça, incrédulo. Amava , e ela não podia fazer isso, acabar com o noivado desse jeito. Ele não ia deixar isso acontecer.

Where can I find her
Não consigo encontrá-la
She took the light and left me in the dark, eh
Ela levou a luz e me deixou no escuro, eh
She left me with a broken heart, eh
Ela me deixou com um coração partido, eh
Now I'm on my own
Agora euestousozinho
If anybody sees her (eh, eh, eh)
Se alguém a vir (eh, eh, eh)

Karen ouviu um soluço alto e se levantou da cama, assustada. Mexeu no braço do esposo, o acordando.
— O que aconteceu?
— Isso está fora de controle. – rosnou. – Não devia nunca ter levantado a mão para a nossa filha.
— A culpa é toda dela! – brigou. – Não tenho que...
— Tem, sim! Vai pedir desculpas, e vai agora. E, que Deus me ajude, ela vai voltar a cantar naquele cabaré. Ninguém soube nem saberá da identidade da nossa filha, isso lhe garanto!
Ele sabia que não ia adiantar discutir, então se levantou e, com a mulher em seu encalço, caminhou até o quarto da filha.
Deu três batidinhas antes de entrar. se assustou, sentando na cama.
— Podemos conversar? – Travis perguntou, receoso.
Ela secou as bochechas e assentiu, se ajeitando na cama para que ele pudesse se sentar ao seu lado.
— Eu sinto muito, filha. Não devia ter falado daquela forma com você. Mas trabalhar num lugar como aquilo é repugnante e...
— Travis. – Karen o repreendeu.
— Eu já o perdoei, papai. – abraçou o homem, derretendo-o inteiro. Ela era tudo para ele, o matava ter que fazer o que fez.
— Então por que chora tanto, meu anjo?
— E-eu rompi com . – sussurrou.
— Você o quê? – o pai arregalou os olhos. – Vocês estavam se dando tão bem, o que houve?
— Se alguém descobrisse sobre o cabaré, o linchariam.
está louco por você, filha. E um noivado só se rompe quando o noivo quer.
Ela engoliu em seco, fungando.
— Não quero me casar à força.
— Você não o ama? – a mãe perguntou, fazendo carinho na cabeça dela.
— Sim, amo.
— Então o que impede você de ser feliz? Seu pai descobriu apenas porque te seguiu. Ninguém sabe.
— Eu não posso fazer ele feliz, mamãe! – confessou. – Eu ouvi coisas no cabaré. Soube que ele está lá sempre. Não posso ser suficiente para um homem que está acostumado com mulheres experientes, e...
— Meu amor! Se ele te ama, nunca vai olhar outra mulher. – o pai jurou, segurando suas mãos.
— Isso não importa mais. Já rompi e espero que ele tenha aceitado. Não quero ser uma tola nas mãos dele. E se ele quebrar o meu coração?
— Já parou pra pensar que pode já ter quebrado o dele?

Shine a light on her (eh, eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh, eh)
Shine a light on her (eh, eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh, eh)
Shine a light on her (eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh)
If anybody sees her
Se alguém a vir

queria beber. Beber tudo o que conseguisse. Mas sabia que isso não o faria ter sua menina de volta. Enviou outras três cartas, nas três últimas noites para Lilian. Não recebeu nenhuma resposta. Decidiu que ia desistir dessa mulher misteriosa. Ela havia sumido do cabaré e era uma certeza. A única coisa que lhe vinha na cabeça agora era , toda machucada e chorosa. Ela não queria romper e ele sabia disso. Desistir dela estava fora de cogitação.
Uma última vez, era o que repetiu a si mesmo. O sol batia duas da tarde e ele se viu estacionando no fundo do Cabaré. O portão estava entreaberto e ele não hesitou em entrar.
— Ah, meu bem. Estou tão feliz que se resolveu com seu pai. – ouviu uma voz exclamar, contente.
— Não acreditei quando ele permitiu que eu cantasse mais uma vez, Maddie.
Aquela voz... Ele nunca poderia se confundir.
— Chegaram mais três cartas para você, aqui.
arregalou os olhos, abrindo a porta e se deparando com e Madison, uma das prostitutas e dançarinas do cabaré.
O barulho da porta assustou as duas. Quando viu ali, abriu a boca, pronta para dizer algo.
? O que você está fazendo com as minhas cartas? – pediu, os olhos arregalados.
— Oh. – Maddie arqueou as sobrancelhas. – Eu tenho que ir.
Antes que pudesse impedir, Madison desapareceu pelas cortinas do cabaré, deixando-a sozinha com .
— O que quer dizer com suas cartas? – pediu, cautelosa.
— E-eu juro que nunca pensei em trair você. – ele se aproximou dela, sua voz parecia desesperada. – Me apaixonei por ela, mas eu te amei ainda assim. Te amei mais.
— Se apaixonou por Lilian? – seus olhos se encheram de lágrimas.
, eu nunca te machucaria! – segurou o rosto dela entre as mãos. – Me perdoe, por favor.
— Como eu pude querer romper o noivado com você? – ela sorriu, libertando as lágrimas.
franziu o cenho e ela riu, segurando o rosto dele também.
— Como pude querer romper o noivado com alguém que se apaixonou por mim duas vezes? – o sorriso dela alcançava os olhos. – Sou eu, . A Lilian.
— É você? – arregalou os olhos. – Por isso rompeu comigo! – ele riu, encantado com o destino. – Achou que eu não aprovaria sua voz?
— Achei que poderia não gostar de ter uma noiva que trabalha em um cabaré. – ela o soltou. – Se for verdade... Meu amor, eu juro que nunca mais piso aqui, juro!
— Não diga besteiras. Se vim aqui todos os dias, mesmo depois de ter jurado para a minha mãe que depois do noivado você seria a única mulher que eu tocaria, foi por você. Pela sua voz. Anjo, o que eu mais quero, agora mais do que tudo, é me casar com você. Se o destino fez eu me apaixonar por você duas vezes, deve significar alguma coisa.
— Significa tudo. – sorriu, passando o polegar pela bochecha dele. – Ainda quer se casar comigo?
— É o que eu mais quero. – ele mordeu o lábio, um sorriso se formando no canto de seus lábios. – Mas com uma condição.
— Qual? – ela trouxe o corpo para mais perto do dele.
— Você cantará para mim todas as noites. Mesmo se decidir cantar no cabaré depois de casada. Quero que cante para mim todos os dias, antes de dormirmos.
— O que você quiser. – selou os lábios deles, o surpreendendo.
Ele segurou firmemente sua cintura, com medo de que ela escapasse dele mais uma vez. suspirou na boca dele e ele sorriu, tocando suas testas.
— Eu amo você, . E vou dizer isso até o resto das nossas vidas, todos os dias.
Ela sorriu, admirada. Seu coração batia forte no peito e ela percebeu ali, olhando aqueles olhos que transbordavam amor. Ela podia, sim, fazê-lo amá-la. E, no final das contas, ela estava certa. O amar era fácil. Era como respirar.

If anybody sees her
Se alguém a vir
She took the light and left me in the dark, eh
Ela levou a luz e me deixou no escuro, eh
She left me with a broken heart, eh
Ela me deixou com um coração partido, eh
Now I'm on my own
Agora eu estou sozinho
If anybody sees her (eh, eh, eh)
Se alguém a vir (eh, eh, eh)

cobriu o rosto com as mãos, soluçando.
— Não consigo. Vou desmaiar!
— Minha querida, nada vai acontecer. – Amelia tentava acalmar a garota.
— O que é que está acontecendo? – Karen perguntou, entrando no quarto.
Já estava pronta, deslumbrante.
— Ele não vai aparecer!
— Meu bem, ele ligou duas vezes só nessa tarde, perguntando ao seu pai se você havia desistido. Ele está mais desesperado que você, amor! – segurou o rosto da filha. – Pare já de chorar e levante dessa cama para que eu amarre direito esse espartilho.
— Ele ligou? Por que não me chamaram? – se levantou, secando o rosto.
— Porque não pode falar com ele até o casamento, como manda a tradição! Amelia, tire a fita do espartilho de , por favor.
— Mas já estava quase pronto, mamãe! – a garota reclamou, batendo o pé.
— Você precisa de algo azul, querida. – mostrou a fita azul enrolada em seus dedos. — Tem algo novo, bem aqui. – indicou a cinta liga. – Algo velho e emprestado... – tirou o colar de diamantes do pescoço, o colocando na filha.
— Obrigada, mamãe. – sorriu, se olhando no espelho. – É lindo.
— É, sim. – retribuiu o sorriso, começando a colocar a fita nas tiras do espartilho. – Pronta?
assentiu, apoiando as mãos na estante de seu quarto. Aquilo doía como o inferno, mas ela sabia que tinha que estar perfeita e não fez nenhuma objeção, com medo que se atrasasse.
— É o último, meu amor. Respira fundo.
obedeceu e, no último segundo, sua mãe puxou a fita com força, fazendo o laço.
— Isso, agora só precisa se acostumar. Vamos ao vestido? – sorriu, o tirando do cabide.
Era lindo. Feito sob medida, tinha borboletas brancas em renda sob todo o tecido, mas elas se acumulavam na barra e no fim das mangas. Seus olhos se encheram de lágrimas mais uma vez, mas, agora, a mãe lhe entregou um lenço.
— Não vai se borrar! Está pronta e atrasada!
se colocou sobre os sapatos e colocou a coroa de flores no cabelo.
— Estou pronta, mamãe.
— Ai, Deus. Você vai mesmo se casar.
— E com alguém que amo. – sorriu, desacreditada.
A mãe entrelaçou o braço ao dela e deixou um beijo em seu rosto, puxando a filha para fora do quarto.
— Amélia, corra! Não queremos nos atrasar. – Karen ordenou, levando sua primogênita até a sala da casa, onde o pai a esperava.
Ele arregalou os olhos ao vê-la e sorriu imediatamente.
— Você está maravilhosa, meu amor.
sorriu, caminhando até o pai que lhe tinha o braço estendido.
— Vamos, vamos! – Karen bateu palmas, agitada. – deve estar morrendo nesse momento!

— Ela não vai vir. – murmurou, passando a mão pelo cabelo.
— Tire a mão do cabelo, moleque. – a mãe ralhou. – Ela vai vir.
— Já são quatro horas!
— Eu atrasei quase meia hora para o meu casamento, meu bem.
— É verdade, eu fiquei tão desesperado. – o pai confidenciou, rindo.
afrouxou a gravata, estava suando frio. Ela não desistiria de última hora, não é?
? – o tio do homem abriu a porta da sala em que ele se encontrava com os pais. – Ela chegou.
O coração do homem parou por um momento, mas no segundo seguinte começou a bater tão forte que ele pensou que tinha algo errado.
A mãe o apressou para tomar o seu lugar, mas parecia que tudo estava em câmera lenta.
Ele e , na primeira semana depois do noivado, já começaram a conversar sobre o casamento. Na verdade, ela falava tudo o que ele queria saber sem nem perceber, o jeito que a conversa deles fluía era como se eles se conhecessem desde o nascimento. Era lindo.
Ela sonhava em se casar em um campo, num dia ensolarado e com todos os familiares presentes. fez das tripas coração para que tudo fosse feito como ela queria. Gastou dinheiro como o inferno, mas conseguiu. Ele e a família tinham uma casa no lago, a pouquíssimos minutos da cidade, e ele contratou uma equipe para fazer tudo do jeito certo. As cadeiras douradas estavam arrumadas na direção do púlpito, o juiz de paz já tinha chegado e a família toda dos dois lados estava ali. conseguiu até fazer com que a avó adoecida de fosse, por mais que não pudesse ficar por muito tempo.
Enquanto esperava em seu lugar, ele reviveu o último mês em sua cabeça. A forma como se sentiu por Lilian, a paixão avassaladora que trouxe para sua vida. Se lembrou do dia que descobriu que elas eram a mesma pessoa e, quando nesse mesmo dia, depois do jantar, ela cantou para ele e ele soube que nunca poderia amar ninguém como amava ela.
Todos os convidados se levantaram e ele apertou os punhos de nervosismo quando a viu, toda linda e toda dele. Ela vinha com o pai, um sorriso radiante nos lábios e não deixava de olhar para ele nunca. Ela parecia um anjo, toda de branco e sorrindo daquele jeito. O sol batia em seus olhos e eles pareciam mais verdes do que o normal. Agora já não era nada em câmera lenta, porque ela estava na sua frente e ele percebeu que eles iam mesmo se casar.
— Estou confiando minha menina a você, . Não me decepcione. – o sogro lhe sussurrou, arrancando o maior dos sorrisos do noivo.
— Não vou, senhor. Eu prometo. – aceitou o braço de que estava lhe sendo oferecido e, deixando um beijo em sua mão, entrelaçou seus braços.
Ele sentiu que ela tremia durante toda a cerimônia, o que mais queria era que passasse logo o tempo para poder jurar a ela que ficariam juntos para sempre.
Durante a troca de alianças, ele precisou segurar firme a mão dela pois temia não conseguir colocar o anel com a tremedeira. Ela soltou um risinho tímido e colocou a aliança no anelar dele. Quando o juiz os declarou marido e mulher, sabia que não podia esperar muito, então segurou a cintura fina da sua esposa e a beijou. Os aplausos da família os acordaram do transe e ele segurou na mão dela para que caminhassem até a casa, onde seria o jantar de comemoração.
Quando chegaram à porta dos fundos e entraram na casa, ela finalmente suspirou, abraçando o tronco do marido.
— Nós estamos casados, . – riu, divertida.
— Estamos, sim, meu amor. Eu tenho uma surpresa para você, aqui. – tirou uma caixinha retangular do bolso, entregando a ela.
Os convidados estavam entrando na casa e cumprimentando o casal, deixando os presentes em uma pilha que parecia grande demais para .
Ela tirou o laço da caixinha e a abriu, arqueando as sobrancelhas logo depois.
— Uma chave?
— Dessa casa. Nossa casa, se você quiser. – sorriu, encaixando as mãos na cintura da menina. – Meu pai quis que fosse nosso presente de casamento, mas nós podemos vender, se você quiser...
— Vender? , é a casa mais linda que já vi na vida. E nós vamos ter pra sempre a lembrança do nosso casamento quando olharmos para o lago, você é... – ela sorria, os olhos transbordando lágrimas de felicidade.
— Eu amo você, . Vou amar para sempre.
— Também amo você, meu marido. – sussurrou, deixando um beijo casto em seus lábios antes de puxá-lo para agradecer aos pais dele pelo presente maravilhoso.

sentiu o braço de passar pelo seu ombro quando o último carro, dos pais da garota, deixou a casa deles.
Ela se virou para ele e o puxou para o quarto principal do casarão, que ficava no segundo andar. acendeu a luz do quarto, mas ela soltou sua mão para apagá-la.
— Quero que seja no escuro, . Só com a luz da lua. – ela sussurrou.
Ele assentiu antes de puxar seu rosto para um beijo. Sentia as mãos dela, geladas e receosas, desabotoando sua camiseta.
— Eu sei que já esteve com outras garotas, mas você pode me prometer que vou ser a última, ? – a garota perguntou, segurando seu rosto entre as mãos.
Pela luz da noite ele conseguia ver um brilho de lágrimas nos olhos dela e se apressou para secá-las, antes mesmo que escorressem.
, se eu pudesse escolher agora, nesse momento, eu nunca teria tomado nenhuma mulher que não fosse você, na minha vida toda.
— Diz isso de coração ou só para me deixar feliz?
— Digo isso porque é a verdade, meu amor. – jurou. – Você vai ser a primeira mulher com que farei amor, isso não é o suficiente?
— É tudo, meu amor. – ela sussurrou, se fazendo dele.

Shine a light onher (eh, eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh, eh)
Shine a light onher (eh, eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh, eh)
Shine a light on her (eh, eh)
Acenda uma luz sobre ela (eh, eh)

Ele passou a mão pelos cabelos loiros dela, a acalmando.
— Vai ficar tudo bem, meu amor. Você só precisa empurrar.
— Dói tanto, . – fechou os olhos.
Seus cabelos estavam molhados de suor e ela estava chorando há muito tempo. Estava o enlouquecendo. Faria tudo o que pudesse para que ela não sofresse como estava agora.
— Está na hora, . – Agatha avisou.
— Lembra que eu disse que ia precisar empurrar com força, minha filha? É agora. – a mãe da mulher segurou a mão livre, já que o marido da filha segurava a outra. – , se quiser sair, essa é a hora.
— Não! – rosnou. – Não vou conseguir sem ele.
— Eu não vou sair daqui, meu anjo. Mas você precisa empurrar, senão nosso bebê vai sofrer mais do que você.
respirou fundo antes de atender ao pedido dele, e foi aí que seu mundo parou. Ela escutou um gritinho esganiçado e percebeu que era naquele momento que sua vida começou a fazer sentido.
— Oh, meu Deus. – Agatha segurou o bebê no colo, os olhos mareando. – É uma menina, .
abraçou a esposa e sentiu as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Ela o fazia mais feliz a cada dia, como isso era possível?
Karen pegou a neta no colo e a entregou para a filha, já enrolada em um tecido branco.
— Oh, ela é tão linda. – sussurrou, passando o indicador pelo rosto da filha.
— E ela é nossa. – não aumentou o tom de voz, oferecendo o dedo para a filha segurar em sua mão. – E forte também. – riu, divertido.
— Eu achei que não fosse amar ninguém mais do que amo você, , mas estava enganada.
— Me sinto da mesma forma. – confidenciou.
A menina não chorava mais, seus olhinhos claros estavam arregalados na direção dos pais, não conseguia decidir para quem olhar.
— O nome dela vai ser Lilian. – sorriu, deixando que a bebê brincasse com seu dedo. – Lilian .

If anybody sees her
Se alguém a vir


FIM



Nota da autora: Eu amei escrever esse casal. A sequência de fatos aconteceu rápido, eu sei. Mas eu também sei que se fosse para detalhar tudo, eu ia ultrapassar o limite de páginas e isso ia dar merda hihihi.
Espero que tenham gostado, porque eu gostei de escrever. Não acho que ela ficou 100% como queria que ficasse, mas não acho que ficou 0% também haahahahahha.
Leiam minhas outras fics, obg.
Bj.

Outras Fanfics:
O Colecionador de Bonecas - Restritas/Em Andamento
Fruto Proibido - Restritas/Em Andamento
Regress - Restritas/Em Andamento
15. Once In A Lifetime - Ficstape #003

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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