Fanfic Finalizada

Prólogo - SOS

E3 e Cali Bitches - online

29 de Julho, 22:50

W. Stromberg: Meninas eu só queria passar pra dizer que vocês três são lindas e que vou sentir falta de encarar os cabelos cor de crayon que vocês têm...
B: Vai dormir, Wes.
H: Cor de crayon! Essa é nova... Você andou bebendo de novo?
TrueChadwick: Não sob a minha supervisão.
TrueChadwick: Não querendo me intrometer, mas o seu cabelo parece com o crayon número sete hahaha
H: Cala a boca, Drew. Wes, você andou bebendo ou não?
Rose: Você ainda pergunta? É óbvio que ele tomou pelo menos quatro.
W. Stromberg: Shhhh! Fala baixo, ! Os outros não podem saber disso.
Keaton S: Wes...
Keaton S: Só me passa o endereço que eu vou te buscar.
TrueChadwick: John Tyler Drive, Kappa Kappa Tau.
Rose: Que merda vocês estão fazendo em Malibu?
B: E numa irmandade? Wes, mensagem privada agora.
W. Stromberg: Ihh ferrou. Tchau gente, foi bom falar com vocês. Vejo todos no próximo verão!
H: A gente já tinha se despedido, Wes, mas boa sorte de qualquer jeito.
Rose: Drew, você também, pode ir checando as mensagens que eu tô mandando. Nem adianta me ignorar.
TrueChadwick: Ok,ok ☹ falou gente, beijo na bunda.
H: Boa sorte pra você também loiro.

Hoje, 24 de Agosto, 10:05

TrueChadwick: SOS.
W. Stromberg: Cali Bitches, nós precisamos de vocês.
TrueChadwick: Tipo, agora.
Rose: Aconteceu alguma coisa?
B: Por favor não nos chame disso em voz alta.
B: Qual é o problema dessa vez?
Keaton S: Nós acabamos de sair de uma reunião com a gravadora e, bom, precisamos escrever nosso álbum de estreia nessa semana.
W. Stromberg: Ué achei que esse fosse o nome do grupo de vocês.
H: E é, mas falando desse jeito não fica tão legal assim...
H: Enfim, ainda não vi o problema nisso. Uma semana não é o suficiente? Vocês não escreveram um pouco durante o verão?
W. Stromberg: É…, bom, na verdade...
B: Tenho certeza que eles estão nos convocando para fazer todo o trabalho porque acabaram enrolando demais e agora estão sem tempo, não é isso Emblem3?
Keaton S: Nós queremos sim a ajuda de vocês, mas só para escrever algumas músicas. Temos que escrever quatorze faixas para fechar o álbum e, como diz o ditado, duas cabeças pensam melhor que uma.
TrueChadwick: Além disso, nós também sentimos que aquela despedida veio cedo demais. Nós ainda temos uma semana juntos antes das aulas começarem.
TrueChadwick: Então por que não passar os últimos dias juntos, só nós seis, em uma casa por sete dias?
Rose: Tudo bem. Não vejo problema nisso, além do mais nós precisamos acertar algumas coisas.
B: Hoje ou amanhã?
W. Stromberg: Agora.



Capítulo 1 - Traga de volta as memórias de verão

24 de Agosto, Verão - Dia 1
10h45: Venice Beach/Casa dos Stromberg

Correndo pelas ruas movimentadas de Venice Beach, não parava de olhar para o relógio. Ela sabia que seria a primeira a chegar já que morava mais perto da casa dos Stromberg, mas mesmo assim ela queria se certificar de que não estava perdendo o tempo dos garotos quando eles mais precisavam. Ela sabia que os três foram irresponsáveis em deixar tudo para depois, porém, não podia se esquecer que parte da culpa também era sua.
Prendendo o cabelo ruivo enquanto esperava o farol de pedestre abrir, respirou fundo e afastou a dor que crescia em seu peito. Em exatamente sete dias, ela finalmente iria para UCLA, mas por mais que fosse seu sonho estudar lá, ficar distante de e acabava com sua animação pela volta às aulas. Santa Bárbara, Santa Mônica e Los Angeles, todas no mesmo estado, mas cada uma em sua cidade.
Voltando a correr em direção ao condomínio de Keaton e Wes, sorriu ao lembrar do dia em que os seis apostaram uma corrida de ovos na colher em direção ao portão da casa. Definitivamente uma das melhores memórias daquele verão.

Flashback On

Terceira Semana de Verão
15h30: Lado de fora da casa dos Stromberg

- Não vai embora ainda, . – , olhando fixamente para a gema amarela no chão, segurou o pulso da loira. – Vamos esperar só mais um pouco...
Revirando os olhos cética, voltou ao seu lugar ao lado de Wes, e se apoiou no corpo do namorado. Os outros cinco não tiravam os olhos do ovo quebrado no chão, na esperança de que algo fenomenal acontecesse. Estava quente como o inferno lá fora, mas não quente o suficiente para fritar um ovo. nem sabia se isso era possível na verdade, mas eles pareciam tão crentes de que algo aconteceria que ela não podia estragar a felicidade dos cinco.
Se aproximando da experiência, Keaton se abaixou tentando enxergar alguma coisa, mas só viu uma bolha mínima se formar na clara ainda crua. Gravando o processo com o celular, Wes se abaixou também para dar um zoom no ovo, e olhou sorridente para o lado.
- , acho que você está dando sorte para esse ovo.
Erguendo a sobrancelha, a loira sorriu lisonjeada e se arrumou no chão, tentando ficar mais confortável.
- Tudo bem então, vamos esperar. Vocês também se abaixem, - olhou para , e Drew que continuavam de pé. – se alguma coisa acontecer quero que todo mundo veja. Já que fui eu que deixei ele cair da colher, por que não botar fé de que isso vai funcionar, certo?
- Certo. – Drew cutucou o líquido transparente. – Alguma hora vai fritar.

Flashback Off

10h51: Casa dos Stromberg

Naquele dia, o ovo demorou duas horas para poder ser considerado como frito e, assim que ficou pronto, Drew jogou uma aposta de que quem comesse o experimento poderia comer o que quisesse depois sob suas custas. Como se fosse a coisa mais normal do mundo, Wes se deitou no chão e colocou a língua para fora, tocando no ovo.
Abrindo a porta da casa, entrou com pressa e largou as coisas no chão. Drew e Keaton estavam sentados na sala quando a ruiva apareceu; espantado, Keaton se levantou e correu para abraçar a namorada.
- Como eu senti sua falta, . – ele sussurrou, beijando a testa da garota. – Como foi o jantar da sua família?
- Entediante. Todos os meus parentes queriam saber quem você era, é claro que eu disse que meu namorado era uma super estrela de Hollywood, mas ninguém acreditou. Só a minha prima de cinco anos, mas ela acha que você é o Brad Pitt.
- Que lindo isso. – Drew interrompeu se juntando ao abraço. – Fico feliz que você voltou para a ensolarada Califórnia, baixinha. Ohio definitivamente não te merecia.
- Mas foi só por duas semanas. Não posso acreditar que você sentiu mais falta dela do que de mim. – a voz de fez o coração de Drew parar.
e apareceram juntas na porta, uma carregando uma mala cheia e outra uma caixa de violão e um saco de supermercado. Wes, percebendo o tumulto dentro da casa, apareceu na porta da varanda e encarou os cinco com um sorriso enorme.
- . – o loiro bagunçou o cabelo e olhou para a morena envergonhado. – Quanto tempo não te vejo...
- Tentei te ligar nos dias em que fui visitar Santa Bárbara, mas parece que seu celular só caía na caixa postal...
- É. Eu também estava meio ocupado esses dias. , como vai? Já visitou Santa Mônica?
Arregalando os olhos, percebeu que ele ainda não estava pronto para conversar, então ela apenas se virou e foi conversar com Wes, que prestava atenção em . Se Drew queria esquivar da conversa então ela não iria forçar nada, pensou.
- Vou bem sim, - a loira riu nervosa com os olhares pesados que mandava. – fui conhecer o campus na semana passada, já tô de olho em algumas irmandades, mas nada demais como a Kappa Kappa Tau de Malibu. – e ergueu a sobrancelha para Drew, aproveitando para olhar para Wes, que deu de ombro em resposta.
- Águas passadas, águas passadas. – o loiro riu.
- Mas, enfim, - Keaton, segurando a mão de , interrompeu a pequena guerra de indiretas dos amigos e falou – vamos para o que interessa. Temos sete dias para escrever quatorze faixas. Sunset Blvd já está produzida e se a gente não conseguir fazer isso – gesticulou, rodando as mãos em círculos. – a gravadora vai produzir só um EP com diferentes versões da música.
- Max, nosso produtor, até fez uma piadinha de que o EP seria lançado com quatro faixas: Sunset Blvd, Sunset Blvd Remix, Sunset Blvd acústico e Sunset Blvd em outra língua. – Drew riu balançando a cabeça. – Não podemos deixar ele fazer isso e ter o gostinho de vitória. Nós precisamos desse álbum, nós precisamos da ajuda de vocês.
sentiu o coração apertar quando o menino disse isso. Ela tinha se distanciado do sentimento que tinha por Drew quando foi visitar sua futura faculdade, mas agora que tinha voltado, parecia que a despedida nunca chegava. , saindo do lado do loiro e se aproximando das duas amigas, passou os braços pelos ombros das duas e sorriu para os garotos. Na última vez que eles se viram, as coisas não acabaram do mesmo jeito e ela queria corrigir isso mais do que tudo. também sentia que o adeus que eles deram naquela penúltima semana de verão tinha feito as coisas ficarem estranhas. Wes e estavam mais unidos e Drew e mais distantes. Era como se as situações tivessem se invertido.
Pegando as coisas do chão, Keaton levou as mochilas para a sala e se sentou ao lado dos dois amigos, Wes brincava com uma bola de baseball quando falou.
- Se nós formos ajudar vocês, vamos impor uma condição. – e olhou para e com um sorriso cúmplice. – cinquenta por cento dos lucros vão para nós e vocês tem que prometer que não vão se distanciar durante esses cinco anos que vamos ficar separados.
Drew revidou o olhar de e puxou os dois amigos para perto. Sussurrando com Wes e Keaton, eles consideraram a proposta e se sentaram no sofá, como se fossem empresários. As meninas, ansiosas pela resposta, se aproximaram um pouquinho dos amigos e esperaram Drew falar.
- Quinze por cento e prometemos que todos os verões, até o final de nossas vidas, vamos tentar passar juntos com vocês. Feito? – e estendeu a mão para a morena que estava na ponta.
e olharam para com sorrisos satisfeitos e incentivaram ela a estender a mão também com apenas um olhar. Relutante, a morena balançou a mão de Drew, selando o acordo e logo olhou para os outros dois meninos, tentando não sentir nada em relação ao loiro sentado à sua frente.
- Vamos então? Se vocês repararam não temos muito tempo, e eu ainda preciso fazer as minhas malas no final de semana.
- Tudo bem, por mais que quiséssemos que vocês ficassem mais tempo, só podemos mantê-las reféns por sete dias. – Keaton piscou e se levantou, direcionando o grupo para dentro da casa, onde o estúdio dos Stromberg estava pronto para começar o trabalho.
- Reféns? Nós é que vamos mandar nessa casa durante os próximos dias, então podem ir se preparando que vocês é quem vão fazer o trabalho pesado. – deu dois tapinhas nas costas de Wes e entrou no estúdio sorrindo.
e entraram logo depois dos quatro, maravilhadas com o conteúdo daquele quarto. Fazia algum tempo que os irmãos estavam reformando o estúdio, colocando uma coisa a mais ali e outra aqui, mas dessa vez, percebeu que tinha algo mais especial do que só alguns instrumentos jogados no chão e um computador na mesa.
Organizados por famílias, os instrumentos se penduravam em três armários de madeira rotulados com “cordas”, “sopro” e “percussão”. As caixas de som deitadas cuidadosamente na mesa de madeira decoravam o lugar como se fossem feitas para isso. Entre elas estava a tela de computador nova e em baixo um painel de som comprido e brilhante, repleto de botões que nem elas sabiam para que serviam.
Logo atrás da mesa, estava a tão desejada cabine de som. Wes e Keaton sempre quiseram colocar essa parte na casa e agora que tinham dinheiro para isso deixavam-na completamente perfeita e arrumada, como se fosse um lugar sagrado. Separado por um vidro à prova de som, a cabine tinha microfones, banquinhos, algumas luzes amarelas, violões, baixos, ukuleles e um tapete indiano enorme pendurado na parede que Drew tinha trazido para dar um toque final ao lugar. Aquele era um verdadeiro retiro para os três garotos, com um toque pessoal de cada um.
- Ficou perfeito. – disse maravilhada, sem conseguir tirar os olhos do tapete. – Até que vocês tem estilo...
- Nossa, vindo de uma estudante de arquitetura, isso é demais. – Wes, feliz da vida, colocou a mão no peito.
- Só acho que as paredes bordôs ficaram meio escuras... – criticou enquanto se sentava nas almofadas coloridas espalhadas pelo chão. – E isso daqui, não são feitas para pessoas do Ocidente Drew. – riu apontando para onde estava sentada.
- , essa é a nossa Batcaverna espiritual, as almofadas combinavam com o tapete, que pelo visto nossa futura arquiteta aprovou, então por favor apenas aproveite e relaxe.
- Além disso, elas só custaram dois dólares, e depois do que nós gastamos aqui, nada soava melhor do que isso. – Keaton pegou alguns cadernos e jogou para as três.
- Tudo bem, só estava colocando minhas opiniões para fora, só isso... – a loira se rendeu e abriu o caderno.
- As canetas? – , se sentando ao lado de , olhou para Wes, de pé ao seu lado.
- Aqui, - jogou algumas para a ruiva. – quando eu estava lá fora esperando vocês chegarem, tive uma ideia brilhante para conseguir escrever essas músicas. Vamos usar as coisas que nós tivemos no verão. Festas, brincadeiras, dramas, tudo aquilo que um adolescente vai passar na vida.
- Tipo um álbum “diário”? – pegou um ukulele do armário e se sentou ao lado das amigas.
- Isso! – Drew, respondendo no lugar de Wes, se sentou ao lado de que o olhou confusa. – É genial, além de nós podermos guardar essas memórias para sempre, as outras pessoas também vão poder viver nossas histórias. É simplesmente genial, Wes.
- Tudo bem então. – deu de ombros. – Sobre o que vamos escrever primeiro?
Drew, Wes e Keaton se entreolharam por alguns segundos e como se conversassem por telepatia, disseram ao mesmo tempo, cada um olhando para uma das garotas.
- A primeira festa de verão.



Capítulo 2 - A primeira festa de verão

Flashback On

21 de Junho, Primeiro dia de Verão – Parte Um
20h21: Venice Beach

Com pelo menos umas trinta pessoas reunidas, várias garrafas de bebida e muita música, a festa da fogueira não poderia estar indo melhor. Sentados de frente ao mar, Wes, Keaton e Drew assistiam algumas garotas entrando na água, que eventualmente davam alguns acenos para que eles fossem até lá e aproveitassem a noite com elas.
- Será que a gente deveria ir pra lá? – Keaton perguntou inocentemente, apesar de saber que se fossem nada de inocente aconteceria.
- Se você quer ter uma chance com a hoje, é melhor não... – Wes respondeu, mas sem tirar os olhos da loira que mergulhava na água.
Drew, virando mais um gole de seu RedBull, se levantou e tirou a camisa. Quando Wes e Keaton se viraram para ele impressionados, Drew apenas deu de ombros e abaixou as calças, ficando só de cueca.
- Vocês tem o resto do verão para ficarem com elas. – e apontou para as amigas, de volta na fogueira. – Agora, com essas aí – apontou para as meninas na água, que olhavam para ele sedentas. – não vou nem lembrar os nomes amanhã de manhã.
E se virou para Wes e Keaton, esperando que eles se decidissem. Wes bebeu o resto de cerveja que tinha no copo e balançou o corpo, tomando sua decisão. Ele já estava alterado quando começou a tirar as roupas e assim que foi olhar para do outro lado da praia, mal conseguiu focar sua visão na menina.
- Que se foda. – soltou, ficando ao lado de Drew. – Você vem? – e olhou para o irmão.
Aquilo ia contra um milhão de ideias que Keaton tinha feito para si, mas como ele queria se divertir naquele verão tanto quanto seu irmão e seu melhor amigo, decidiu ir, mas foi tirando só a camiseta. Quando os três chegaram na água, molhando os pés conforme as ondas tocavam a areia, as garotas que esperavam por eles levantaram seus corpos, mostrando os peitos descobertos por cima da água.
Os três, boquiabertos, se entreolharam rindo e entraram na água.

Sentadas ao redor da fogueira, , e participavam de um Verdade ou Desafio, onde todos os participantes já tinham bebido mais do que deveriam, inclusive elas mesmas. Girando a garrafa de vidro, esperou ansiosamente que não fosse a vez dela. e já tinham feito dois desafios e as duas já estavam acabadas. Por estarem em uma roda grande, os desafios propostos eram tão ruins quanto as perguntas feitas, por isso queria ser poupada da garrafa.
Quando a garrafa foi perdendo sua velocidade, os quinze que estavam lá fixaram o olhar no objeto. Com a ponta virada para , todos riram, felizes por finalmente poderem fazer algo com ela. A menina fechou os olhos e tomou o finalzinho da bebida de . Se fosse para ela fazer alguma coisa estúpida, que pelo menos estivesse bêbada.
- Verdade ou desafio? – um menino risonho perguntou, segurando seu próprio copo de cerveja.
- Desafio. – respondeu chateada. e olharam para a mais nova com pena, seria melhor se ela tivesse escolhido verdade.
- Tira a camisa e qualquer coisa que tiver em baixo. – ele ordenou com um sorriso malandro. – Você vai correr pela praia do jeito que veio para o mundo...
Engolindo em seco, olhou para os outros na roda, suplicando para que eles dessem outro desafio, mas ninguém se manifestou. jogou sua garrafa de cerveja para , que deu mais um gole longo e demorado. Jogando a garrafa vazia no chão, ela tirou a camisa se nem olhar para as pessoas que estavam ao redor da fogueira e tentou enrolar mais um pouco.
- Você sabe que eu não vim para o mundo só sem camisa e sutiã, certo?
- Se quiser pode tirar os shorts também. – outro garoto riu, fazendo os amigos rirem também. – Você quem sabe.
- Ah, que se foda. – e tirou o sutiã, fazendo os garotos da roda se calarem.
As meninas, por respeito, desviaram o olhar e começou a correr pela praia. Ela foi até a parte onde o mar batia, já que tinham poucas pessoas por lá e parou, olhando para trás para se certificar que estava longe daqueles babacas.
Se cobrindo com os braços, a ruiva se sentou na areia, esperando dar o tempo e olhou para o mar. A lua estava alta, iluminando parte da praia e algumas cabecinhas no meio da água. Estreitando o olhar, ela viu que haviam três garotos e quatro garotas.
- Keaton? – pensou alto, se levantando e se aproximando da água.
De longe, podia ver que Keaton era o único que não estava grudado nas garotas. Conversando com duas delas, ele se virou de repente para onde estava e estreitou os olhos. Os cabelos vermelhos não enganavam, ele sabia que era ela.
Correndo para longe, se virou de costas para o amigo e voltou para a fogueira, relutante.
- Tempo? – perguntou assim que chegou no grupo. Os seios cobertos pelos braços.
- Já deu, linda. – o mesmo garoto falou, dando uma piscada para .
pegou as roupas de e ajudou a amiga a se cobrir. Olhando para duas pessoas se beijando, o grupo da fogueira já não prestava mais atenção em sua semi-nudez. Aliviada, se sentou ao lado de e passou a mão pelo rosto, rezando para que Keaton não a tivesse visto naquela hora.

24 de Agosto, Verão – Dia 1
16H56: Estúdio dos Stromberg

- Isso é totalmente constrangedor. Naquela época eu e Keaton éramos só amigos e ele me viu... Wes, isso vai ficar marcado para sempre! – , lendo a letra de Wes, jogou o papel longe envergonhada. – Por favor não faz isso comigo.
Keaton e , curiosos pela vergonha da menina, pegaram a folha e leram o que ele tinha escrito.
- Mas , você não é a única que ficou, sei lá... Sem roupa naquela praia. Não tem como as pessoas pensarem imediatamente que essa frase é sobre você.
- No tops, just rockin’ bikini bottoms. leu em voz alta e encarou Wes, do mesmo jeito que Keaton fazia. – Apesar de ser boa, não vai ser muito legal da sua parte deixar as coisas assim... Não se a não deixar.
A ruiva se virou rapidamente para o amigo e balançou a cabeça, negando o pedido.
- Não, não e não.
- Por favor! – pediu com uma carinha de cachorrinho perdido. – Vai ser o nosso pequeno segredo de álbum... Vai, !
- Me chamar pelo apelido não vai te ajudar, Wes. – se virou, voltando a se concentrar na edição das gravações. – Mas eu prometo que vou pensar.
- Oba! – saltitou e foi até o microfone. – Vamos gravar enquanto isso, se no final você não aceitar, a gente joga ela fora. OK?
Suspirando pesado, apenas assentiu e se virou para a tela.
- Tudo bem. Pode ir.
Colocando os fones de volta na cabeça, Wes começou a cantar.
- And when we are all looking back.
We’ll think of this night, so let’s make it last.

- Cuz we’re teenage kings,
pretending we’re famous.
And we won’t leave ‘til someone gets shameless.

- It’s a five-day fight ‘til the Saturday night.
When the guys get hype and the girls get low.
revirou os olhos.
- Isso foi pra mim também? – perguntou, fingindo estar brava.
- Não... – Wes respondeu nervoso. – Talvez...
- Ai, Wesley. – a mais nova balançou a cabeça, mas apenas aceitou.
Wes piscando para , sorriu sem graça e voltou a gravar o som.
- Teenage kings, pretending we’re famous, yeah.



Capítulo 3 - Rolê da meia noite

26 de Agosto, Verão – Dia 3
14h00: Estúdio dos Stromberg

- ! ! – gritou, aparecendo na porta do estúdio com a mão cheia de fotos. – Olhem o que eu encontrei!
Se levantando do chão e deixando o ukulele de Drew ao lado, se aproximou da amiga e pegou o punhado de fotos da sua mão. Cheias de memórias, as fotos tiradas na noite da festa mostravam as três se divertindo nas ruas da Califórnia.
- Meu deus, olha essa daqui! – a morena levantou a foto das três, andando de penny board no meio da noite. – Eu estava tão bêbada que nem me lembro disso.
riu e pegou outra foto, onde elas estavam no In-n-Out, comendo batatas fritas. , curiosa para ver do que elas estavam rindo, tirou o fone da cabeça e o colocou na mesa.
- Como não, )? – a loira olhou por cima do ombro da amiga, vendo si mesma em cima de sua penny board rosa. – A moça do caixa tirou essa foto bem na hora que você foi perder o equilíbrio e cair de cara no chão... Aqui a foto. – e pegou a outra, onde ela e riam de caída no chão, ao lado da penny board azul.
- Poxa, - olhou para a foto na mão de . – verdade, eu tinha caído... E meu milk-shake!
Elas riram juntas, lembrando da noite maluca que tiveram e guardaram as fotos.
- Sabe o que a gente deveria fazer? – olhou ao redor para se certificar que os meninos não estavam por perto e antes de continuar fechou a porta do estúdio. – Uma música. – falou, acabando com o suspense.
- Uau que surpresa eletrizante, ).- a loira falou sarcástica, mas deu de ombros. – Por mim tudo bem. ?
- Claro, nem precisa perguntar! – ela riu, pegando o caderno. – Tema?
e pararam para pensar um pouco. Por mais que quisessem escrever uma coisa melosa sobre amor ou amizade, decidiram que não iriam seguir esse padrão clichê.
- LA. – as duas responderam juntas, prontas para começarem a escrever.

Flashback On

Primeiro dia de Verão – Parte Dois
03h07: Algum lugar de Los Angeles

Correndo pelas ruas vazias de Los Angeles, sorria ao sentir o vento bater em seus cabelos. Elas estavam a mais ou menos uns cinquenta quilômetros por hora, em cima de suas penny boards recém compradas, quando passaram pela placa de Hollywood no alto da montanha.
- A quanto tempo estamos andando? – perguntou, parando sua penny board roxa na esquina do quarteirão.
- Há uma eternidade. – respondeu ainda meio alterada.
riu da amiga e olhou o relógio do celular.
- Há uma hora, mais ou menos. - e se aproximou de com a polaroid recém-comprada na mesma loja das penny boards.- Cara, a gente chegou até aqui de penny board... Precisamos tirar uma foto.
- Mas não tem ninguém aqui pra tirar nossa foto. – suspirou, colocando a penny board azul de baixo do braço.
- É pra isso que serve uma selfie, . – respondeu como se fosse óbvio e puxou a amiga para a foto. – Diga xis!
As três sorriram, fizeram caretas, fingiram estar em uma sessão de fotos e tiraram uma foto só da placa. Apesar de e estarem mais sóbrias que , as três ainda estavam alteradas, por isso, quando voltaram a andar pelas ruas de Los Angeles e encontraram um In-n-Out, pararam para comer o sanduíches gordurosos e as batatinhas salgadas como se fosse a ceia de natal.
Saindo de lá com milk-shakes nas mãos, puxou a moça do caixa para tirar uma foto delas e se colocou em cima de sua penny board. fez o mesmo com a sua e fez uma careta para a foto. A mulher sorriu, achando graça das três, e tirou a foto e abaixou a câmera. Bem na hora que ela fez isso, começou a perder seu equilíbrio e seu milk-shake de morango começou a vazar.
- Tira foto disso, rápido! – gritou, esperando pela queda de .
A mulher rapidamente colocou o câmera na direção das três e capturou o momento da queda. rindo descontroladamente, se encolhia com os braços na barriga e chorava de rir da sujeira que fez. Caída no chão, bem ao lado da mancha rosa, se contorcia de dor, mas ria ao mesmo tempo.
- Meninas e bebidas. – a mulher falou, balançando a cabeça e entregando a polaroid para . – Da próxima vez controle as cervejas da sua amiga.
- Pode deixar . – , em meio a risos, agradeceu e levantou do chão. – Tá na hora de ir, ).
- Mas o meu milk-shake... – ela se abaixou para pegar a penny board e olhou para a poça rosa. – Que droga...
, secando as lágrimas, esperou as duas se aproximarem para continuar a andar. Naquela noite, as três foram para todas as praias possíveis da cidade. Acompanhadas por muitas risadas, cantadas fajutas de garotos nas ruas e horas de penny board, elas voltaram só voltaram para Venice quando o sol nasceu.
- Bom dia! – gritaram juntas, acordando os cachorros da vizinhança, assim que os primeiros raios laranjas pintaram o céu. Elas correram com as penny boards, rindo da barulheira que causaram e foram em direção à praia.

Caminhando com as penny boards de baixo dos braços, elas foram até a fogueira apagada e encontraram os amigos dormindo feitos bebês. Fazendo um sinal de silêncio, seguiu até Wes e se abaixou, ficando ao seu lado. e jogaram as coisas na areia, cansadas da maratona e se deitaram nas toalhas, fechando os olhos.
- Como eu amo LA. – sussurrou, antes de cair no sono, ao lado de Drew.

15h05: Sala dos Stromberg

- Atenção! Chamando todos os habitantes dessa casa, por favor compareçam a sala nesse exato instante! – gritou, batendo palmas de pé no sofá.
Saindo do quarto de Wes, os três garotos meio sonolentos entraram na sala confusos. Passando a mão nos olhos, Keaton encarou a cena curioso. Logo atrás dele vinham Drew e Wes, ainda vestindo suas roupas apressadamente. , jogando o ukulele para , olhou para os três, parados na entrada do corredor e riu do estado deles.
- Cara, são três da tarde. Vocês estão acabados porquê...? – e se sentou na poltrona, apoiando o violão na perna.
segurando o caderno de músicas, passou pelos três, dando um “bom dia” baixinho, e se sentou ao lado de no sofá.
- Depois do jantar de ontem nós ficamos jogando Call of Duty até mais ou menos o sol raiar. – Wes respondeu, culpado.
- Bom, enquanto os pombinhos estavam dormindo nós acabamos de terminar metade do trabalho do dia! – soltou feliz, levantando o caderno cheio de anotações.
Keaton sorriu para a namorada e se apoiou na parede. Drew, que ainda lutava para manter os olhos abertos, mandou um positivo com a mão e Wes apenas assentiu cruzando os braços.
- Vamos ouvir então.
Prontas para começarem, dedilhou as primeiras notas, sendo seguida por , que entrou tocando o fundo grave da música. esperando para cantar, começou a bater no tampo da mesa de acordo com o ritmo das duas.
- I la-la-la-la love LA.
Cuz the West Coast is the best coast baby.
When the sun goes down we’ll be getting so high,
We be chillin’ on the beach in the summertime.
- cantou.
- I l la-la-la-la love LA.
- Big up to California! – as três soltaram juntas, se divertindo com a música.

Wes mexia a cabeça conforme as batidas e Drew ouvia, agora de olhos abertos, totalmente acordado. Keaton, gostando da letra, sorriu ao perceber que elas eram tão boas em compor quanto eles.
- Wake up, the sun’s about to bump
so we turn the record up, like oh-oh-oh.
continuou, cantando sua parte.
- No stress, the cowboys of the West
and the women are the best you know.
deu uma piscada para Drew, se divertindo com a música e esquecendo de todo o drama que tinha entre os dois.
- Six-fours hopped up off the floor,
pinstripe on the doors, like oh-oh-oh.
continuou.
- So let’s ride the Mulholland drive,
cause we run the night you know.

Drew, feliz pela trégua de , entrou no clima da música e fez um verso simples tentando colocar um pouco dos meninos na letra.
- Stars blindin’ on Hollywood & Vine.
Sunglasses at night and you know we so fly.
Not lying some day we’re Kobe Bryant
Like Blake when we’re flying, like birds in the sky.

As meninas sorriram, aceitando de bom grado o novo verso e Drew prosseguiu.
- All in, I’m Kanye, you’re Kim,
paparazzi moving in like oh-oh-oh.
Outrageous, Young, wild and famous.
And 3 hours to Vegas, yo!

- I l la-la-la-la love La. cantou.
- Breakes pumped, we hit the 101
but the traffic ain’t nothing, like oh-oh-oh.
Come play where it never rains
In-n-Out for days like oh-oh-oh!
– as três cantaram, sorrindo pela piada interna.
- That’s Cali, OC to the valley.
Let me hear you shout it like oh-oh-oh!

Keaton e Wes cantaram juntos, animados.
- Aye! Long Beach, Newport. começou a nomear as praias da Califórnia, algumas das quais elas foram na noite da festa.
- Huntington Beach! – Wes adicionou.
- Venice Beach. cantou.
- Santa Monica. – Keaton entrou na brincadeira.
- Malibu, Hollywood! – Drew soltou feliz.
- LA, Westside! – finalmente, completou, fechando a letra.
- Big up to California! – os seis cantaram juntos, assim que o som dos instrumentos pararam.
Finalizando as batidas na mesa, se levantou e virou para os garotos, sorridente com os futuros comentários positivos. e , encostando os instrumentos na parede, se juntaram a .
- E aí? O que acharam? – fingiu estar preocupada e os meninos tentaram esconder os sorrisos, ficando sérios para responder a pergunta.
Drew, passando a mão pelo queixo, bufou levemente e desviou o olhar da namorada para o chão. Keaton fez o mesmo, mas olhou para o teto e Wes apenas entrelaçou os dedos das mãos e deu um sorriso de lado.
- Vamos ter que considerar essa faixa. Mas antes, precisamos discutir sobre os direitos da música. – falou do mesmo jeito que Max faria. – Vocês estão dispostas a ceder essa música, mesmo sem receber quaisquer bens lucrativos?
As três franziram o cenho, se entreolhando e deu de ombros.
- Contanto que os nossos nomes fiquem marcados como “compositores” no álbum, tudo certo.
- Então fechou! – Drew e Keaton gritaram, tirando os rostos sérios e pulando em cima das garotas.
Wes rindo dos dois, acabou fazendo o mesmo e se jogou no montinho, derrubando todos os cinco.
- Porra, Wes! – resmungou, esmagada no fundo.
- Desculpa, desculpa, já tô saindo. – Wes falou rápido, se levantando de cima de Keaton. – Agora vamos lá pra cozinha que eu tenho que comer!
- Opa, fome de café e almoço é comigo mesmo. – Drew saiu do montinho e seguiu Wes para a cozinha.
Ajudando as três a se levantarem, Keaton desamassou a camiseta e falou, antes de sair para a cozinha:
- Eles podem não agradecer vocês diretamente, mas eu vou, obrigado mesmo pela música e pela ajuda de vocês. Nós estaríamos perdidos sem vocês.
As três, fazendo um “own” em uníssono e abraçaram Keaton mais uma vez, gratas por suas palavras. , saindo do abraço, segurou na mão do menino e disse:
- Agora que estamos todos felizes, vamos comer, porque o dia é curto e nós ainda temos que terminar outra música!
E assim que terminou de falar, o som de panelas caindo no chão inundou a casa. e se entreolharam, e a primeira correu para ver o que estava acontecendo. , como sempre fazia, revirou os olhos e seguiu a loira até a cozinha. Logo atrás, e Keaton saíram da sala, prontos para encontrarem a bagunça que de Wes e Drew tinham feito na cozinha.



Capítulo 4 - Tédio = Festa + Guerra

29 de Agosto, Verão - Dia 6
06h20: Quarto de Keaton

Com os primeiros raios de sol entrando no quarto, Keaton acordou ao lado de que olhava preocupada para o relógio. Tocando seu braço fazendo-a se virar, suspirou e se encostou no namorado.
- Você tá acordada a essa hora porquê? – Keaton perguntou, afagando seu cabelo.
- Preocupação me faz perder o sono. – respondeu cansada. – Acha que vai dar tempo de terminar o álbum?
Keaton queria ser honesto com , mas mesmo sendo o cara mais positivo do mundo, era difícil saber se eles conseguiriam. Estavam no quinto dia e as faixas estavam indo de acordo com o programa, mas conforme os dias avançavam, as inspirações das memórias de verão acabaram. Nem mesmo Wes e Drew tinham vontade de continuar a escrever.
- Talvez, - respondeu igualmente cansado. – talvez a culpa seja minha. Wes e Drew já escreveram seis músicas e vocês outra. Eu só fiz uma até agora...
- Não é culpa sua. – emendou, tentando fazer Keaton se sentir melhor – Além do mais, a gente ainda tem tempo. – saiu do toque de Keaton e se levantou para pegar o caderno e lápis em cima da mesa. - Sabe de uma coisa? Eu estava pensando em aproveitar essa falta de sono para tentar fazer a nossa nona faixa. Quer tentar?
Sem hesitar, Keaton tirou o lençol de cima do corpo e soltou a letra que soava perfeita para aquele momento.
- I wish this bed was an island.
We could stay here inside it, until the sun went down.
We’d turn these blankets to hammocks and we’d be hand-in-hand
Until the stars came out.

Feliz com o resultado, piscou para Keaton e escreveu no papel.
- We escape from the city lights.
Only glow is the moon from the high tides.
Say goodbye to the traffic on the freeway,
every single day we can play in the sea waves.

Ela cantou, acompanhando o tema.
- We can even pick new names,
we can hide from the search planes.
I’d be out surfing, you be out shirtless.
Everything’s perfect, aye.
– Keaton cantou, recebendo uma careta engraçada de .
- Viu. Acabamos de fazer a nossa nona faixa! – a ruiva sorriu para o menino.
- É, agora só precisamos de mais cinco.
- Eu gosto mais da versão otimista de você, mas tudo bem.- e levantou as mãos em rendição.
Keaton, relaxando o corpo, abriu o sorriso que tanto gostava e abriu os braços.
- BOM DIA MUNDO! EU PASSEI AQUI PARA DIZER QUE NÓS VAMOS TERMINAR ESSE ÁLBUM E QUE ELE VAI SER O MELHOR DO ANO!
- Shhhh! Keaton! – tampou a boca do garoto sem conseguir parar de rir.
Segurando a mão da namorada em cima de sua boca, ele riu quando ouviu os quatro acordando nos outros quartos, bravos com a barulheira.
- CALA A BOCA, KEATON! – o grito de soou por trás da porta, fazendo e Keaton rirem mais ainda.
- Melhor assim? – secando as lágrimas, ele sussurrou.
- Bem melhor. – sorriu, entrando de baixo da coberta junto do namorado e fechando os olhos.

23h00: Casa dos Stromberg

- Nós não vamos conseguir terminar o álbum. – Keaton choramingou desesperado.
Deitados nas cadeiras, no sofá e em qualquer canto confortável que podiam achar, os seis amigos descansavam enquanto esperavam pela inspiração chegar. Com treze faixas prontas, eles só precisavam de mais uma para fechar o álbum, mas nem mesmo com as seis cabeças juntas os amigos conseguiam juntar ideias para a última canção.
Sentado ao lado de várias folhas amassadas e rabiscadas, o mais novo jogava a bolinha de baseball para cima e para baixo, tentando espantar a culpa de terem tomado o dia inteiro para uma única música. A verdade era que ele já não estava mais afim de ficar em casa, escrevendo sem parar. Os seis estavam fazendo aquela maratona de escrita há dias, sem contar que ficavam 24 horas nos mesmos quartos e entre as mesmas paredes.
- Vamos sair. – falou, surpreendendo a todos. – Desistir e ter contato social. Eu não toco no meu celular desde o dia em que pisamos nessa casa. Preciso de ar puro, de sol e de pessoas que não comecem com o nome de vocês. Sem ofensas.
- Fiquei ofendida sim com essa última parte, mas você tem um ponto. – se levantando do ombro de Wes, soltou. – Eu cansei de ficar grudada nesse apartamento, e além do mais, o nosso estoque de comida está acabando. Seria suicídio continuar aqui.
Os outros quatro se entreolharam. Estava claro que todos ali estavam exaustos e inteiramente entediados. Talvez, se saíssem por alguns minutos a inspiração chegaria e eles estariam prontos para terminar com aquilo.
- Tudo bem. – Wes concordou se levantando. – Acho que todo mundo aqui está de acordo em sair por pelo menos uma hora.
- Bora então. – saindo do chão, Drew puxou consigo. – A gente só precisa de mais uma música mesmo, acho que dá tempo.
- Mas só por uma hora, OK. – falou preocupada, sem tirar os olhos do relógio. – Amanhã de manhã essa última faixa tem que ficar pronta, se não todo nosso trabalho foi em vão.
- A está certa. – Keaton passou o braço no ombro da menina, se levantando também. – Vamos no mercado que fica a meia hora daqui. – e pegou as chaves do carro. – pega o seu carro também, e o resto, vambora!
Andando rapidamente, os seis correram para fora daquela casa, aliviados quando viram o céu cheio de estrelas do lado de fora.
- Liberdade! – abrindo os braços, elevou o rosto para o céu fazendo os outros rirem.
- Para de enrolar, . – puxou a amiga e entrou no carro.
Seguindo as meninas, entrou no carro e ligou o rádio, se esticando do banco de trás.
Chegando no mercado, cada trio pegou um carrinho e eles se dividiram para pegar o que precisavam. Se pendurando na barra, deixou ser empurrada por Wes e Keaton se espremia na parte de dentro do carrinho. Pegando salgadinhos e doces, Wes jogava tudo em cima do irmão que o xingava a cada pacote atingido em sua cabeça.
Do outro lado do mercado, Drew e procuravam por bebidas enquanto pegava algumas frutas e comidas mais saudáveis. Olhando as frutas brilhantes, sentiu uma mão cutucar seu ombro. Pensando ser Drew ou ela simplesmente ignorou, sem tirar sua concentração das comidas expostas.
- Nossa é assim que você trata o seu amigo?
Se virando para trás assustada, abriu o maior sorriso quando viu Jack e Sam esperando atrás dela.
- Ah meu Deus! – abraçou os dois ao mesmo tempo, se esquecendo do que estivera fazendo antes. – Foi mal, eu achei que era o Drew. Nossa! Como vocês estão?
Jack sorriu para e deu de ombros, segurando a cesta de bebidas com o outro braço.
- Viemos reabastecer as bebidas da festa. – e olhou para Sam trocando um sorriso. – E você? Tá aqui com o Drew?
Esticando a cabeça, ele procurou pelo loiro, mas parou quando viu que não tinha ninguém. , ignorando os olhares dos meninos, apenas deu de ombros e assentiu.
- Os outros meninos também estão aqui. Bem, pra falar a verdade, tá todo mundo aqui. – riu sem graça.
- Ah, que bom! O grupo inteiro dos Emblems em um só lugar! – Sam sorriu simpático. – Vocês tem alguma coisa para fazer essa noite? Por favor diga que não.
- Na verdade... – respondeu inquieta, mas foi interrompida por Jack.
- Nós estamos dando uma festa de despedida e eu adoraria que você fosse. – sorriu galante.
- Isso. Todos vocês. – disse Sam, tentando disfarçar a indireta do amigo. – Nós tentamos falar com vocês, mas ninguém atendeu o telefone.
Andando ao lado dos dois em direção ao corredor de bebidas, sorriu sem graça, se lembrando da pilha de celulares jogada na cozinha. Tinha sido sua ideia inicialmente, não ter nenhum contato com as redes sociais enquanto não tivessem terminado, mas é claro que no final um ou outro acabava pegando o celular para matar a saudade. Hoje ninguém tinha feito isso, por mera consciência de que nosso prazo estava apertado demais para perder tempo no celular.
- Que coisa! – riu, fingindo estar desentendida, e se virou para Jack. – Mas você sabe que esse convite veio bem na hora certa?
Dando um abraço de lado, Jack abriu um sorriso honesto e olhou para Sam.
- Cara, passa o endereço pra ) depois? De jeito nenhum ela pode perder essa festa.
- Pode deixar, - Sam respondeu carinhosamente. – seu número continua o mesmo?
Ainda nos braços de Jack, assentiu e apontou para as duas pessoas no final do corredor.
- ! Drew! Olha quem eu encontrei!
Os dois pararam de pegar as bebidas da prateleira e se viraram para os três assim que ouviram a voz de . Estreitando os olhos, Drew caminhou em direção da namorada deixando levar o carrinho pesado sozinha.
- Jack... Sam! – Drew cumprimentou os dois. Jack, tirando o braço do ombro de , sorriu para o loiro e deu um aperto de mão e uma batida de ombro, típico cumprimento de garotos.
- Quanto tempo, Chadwick! – o menino começou a puxar assunto enquanto Sam pegava o celular e mandava o endereço para . – Como vão os outros caras?
- Vão bem, vão bem. Mas e aí, o que vocês estão fazendo aqui a essa hora?
, arrastando o carrinho, beijou a bochecha de Sam e de Jack quando os viu. Sam, tirando o olhar do celular, ficou encarando com um brilho no olhar.
- Acho que o mesmo que vocês. – apontou para o carrinho cheio de bebidas e levantou a própria cesta, um pouco mais cheia do que o carrinho de Drew. – Vocês estão tendo uma festa particular? – e olhou para confuso.
- Não! – ela respondeu rápido, fazendo uma careta para Drew e . – Era para vocês pegarem leite e suco, não whisky e vodka.
Fazendo Sam e Jack rirem e Drew e suspirarem culpados, a morena continuou.
- Mas tanto faz, porque Jack e Sam convidaram a gente pra uma festa que está rolando na casa deles.
Agora eram e Drew que a olhavam com uma careta.
- ), nós temos coisas para fazer se você não se lembra. – a amiga falou jogando o peso do corpo para o lado.
- te mata se você não voltar com a gente. – Drew falou, mas querendo dizer “eu te mato se você não voltar com a gente”. olhou em súplica para os dois, recebendo um não com a cabeça.
- Vocês podem ficar só algumas horas, - Sam tentou quebrar o gelo. – ou menos até.
Jack olhou para , entendendo que ela iria se não fosse por Drew, e sorriu.
- Qualquer coisa você tem o meu endereço. Se quiser passar lá é só chegar. – e deu mais um abraço em e outro aperto de mão em Drew. – Até mais vocês dois! Foi muito bom revê-los.
Sam, abraçando por mais tempo, sorriu para Drew e piscou para .
- A gente se vê por aí!
Assim que os dois saíram de vista, saiu andando com passos pesados, pronta para se reencontrar com o outro trio. Puxando pelo pulso, Drew segurou a namorada e falou:
- Você não vai para essa festa, vai?
- Por que eu não iria? – ela soltou chateada. logo atrás, evitou entrar na conversa. – Só falta uma música para terminar o álbum e vocês conseguem fazer isso sem mim.
- Você está se ouvindo, ? Está percebendo quão egoísta está sendo?
Tirando seu pulso das mãos de Drew, a morena saiu andando atrás de Wes, Keaton e . sabia que o namorado estava certo, mas ela já estava estressada com a falta de interesse em discutir o futuro dos dois e dos seis dias que ficou presa dentro daquela casa. Chamá-la de egoísta naquela hora definitivamente não foi a coisa certa a se fazer.
- Drew, egoísta é a última coisa que você pode me chamar. Não. Quer saber? Me chame do que quiser porque nada vai mudar o fato de que o verdadeiro egoísta aqui é você que está prestes a terminar um relacionamento porque não quer me visitar em Santa Bárbara. Eu me dispus a vir para LA todas as vezes que puder durante os próximos anos, mas você não pode fazer o mesmo por mim. Dá para pelo menos me explicar o por quê?
- Esse não é o caso, ! Não é sobre isso que estamos discutindo agora! A questão é o que é o certo de se fazer agora, não daqui a dois anos.
- Se você quer escapar desse assunto então fuja, mas saiba que eu tirei uma semana da minha vida para priorizar a sua, e eu faria isso mais um milhão de vezes se for necessário, mas se você não fizer o mesmo então qual é o sentido?
Escutando a voz de Drew e , os três amigos que estavam no corredor de comida, saíram para ver o que estava acontecendo. Vendo que parecia perdida atrás do casal, Wes se aproximou, aproveitando para escutar a discussão. Keaton e levaram o carrinho até os amigos e se olharam nervosos.
- Não tem sentido, isso é o que se chama de amor, ! Além disso, priorizar a vida do namorado não deveria ser argumento e sim uma coisa natural de se fazer. – Drew resmungou fazendo revirar os olhos, chocada com o que ele estava falando.
- Então o que você está fazendo? Porque priorizar a minha vida é que não é. – a menina finalmente soltou, sentindo o corpo ficar leve, mas o coração doer mais.
- Ei, o que tá acontecendo aqui? – Wes enlaçou a mão na de e olhou bravo para Drew, reprovando o jeito que ele estava falando com .
- Jack e Sam acabaram de encontrar a e disseram que estão dando uma festa na casa deles. Ela quer ir, mas Drew não quer deixar. – a loira falou baixinho.
- Só ele ou você também não quer ir? – o moreno olhou para a namorada.
- Querer eu quero, mas sei quais são nossas prioridades e pelo visto ela não.
Engolindo em seco, Wes olhou para os dois que ainda discutiam e esperou Keaton e chegarem. Por mais errado que fosse, Wes também gostou da ideia de ir para a tal festa. Quando os dois mais novos chegaram, ele começou, interrompendo e Drew.
- Temos dois dilemas para resolver agora. – olhando para todos os amigos, Wes uniu as mãos tentando ser diplomata. – Precisamos fazer mais uma faixa nas próximas sete horas para acabarmos com o álbum e entregarmos ao Max às oito horas. Porém, eis que surge um convite inesperado para uma festa em... Qual o endereço ?
- Beverly Hills. – falou olhando para a mensagem recebida de Sam e ignorando o olhar duro de Drew.
-... Beverly Hills, um adorável bairro de Los Angeles. – Wes continuou com um aperto no coração ao imaginar como deveria estar a festa. – Agora, como somos seis pessoas com pensamentos diferentes, precisamos chegar em um acordo. Levantem as mãos aqueles que querem ir para a festa.
e Wes levantaram as mãos, deixando os outros boquiabertos. , encarando o namorado, cruzou os braços indignada.
- Wes! Esse álbum é de vocês, se por algum acaso você se esqueceu. Essa última faixa vai ser essencial para a banda e trocar isso por uma festa é indiscutível!
- Mas é em Beverly Hills. – tentou se defender. – Sabe quantas festas são feitas lá por ano? Uma, só uma.
, concordando com Wes, parou ao lado dele.
- E nós precisamos de uma recompensa depois de tantos dias presos na casa. – ela disse, fazendo bufar.
- , não é como se a gente fosse ficar muito tempo trabalhando nessa última faixa. É só questão de terminar tudo, aí você pode sair quando quiser e para onde quiser!
- Eu concordo com a , - Drew falou, cansado dos olhares decepcionados que estava recebendo de . – só precisamos terminar essa música.
- Não. – a morena se revoltou. – Eu vou, vocês querendo ou não. Aliás, se ninguém reparou aqui, vocês nem precisam de mim para terminar isso. Todas as faixas que foram compostas nem precisaram dois seis juntos para serem feitas.
Wes olhando para a amiga concordou.
- tem razão. Eu vou com ela. – e passou o braço pelo ombro da morena.
- Wes, - Keaton falou triste pela escolha do irmão. – se você continuar com essa teimosia, por favor, só me promete que você não vai beber e que vai voltar cedo para casa. Amanhã nós precisamos de você sóbrio para a apresentação do álbum para a gravadora.
- Não se preocupa, você é o irmão mais novo por uma razão. – ele piscou para Keaton e se virou com , indo em direção à saída com ela no braço.
Os quatro assistindo os dois se afastando suspiraram juntos. Eles estavam perdidos agora. Drew, sentindo o coração disparar, correu atrás da namorada. Ele tinha falado besteiras demais para e não podia deixá-la ir chateada desse jeito.
- Eu vou com vocês. – olhando para o trio que ficou, deu de ombros, pedindo desculpas em silêncio. – Não por vontade própria, é claro.
, ainda triste com o namorado, deu de ombros e continuou a andar em direção ao carro. Wes, passando o outro braço pelo pescoço de Drew, falou animado:
- Finalmente uma coisa empolgante para se fazer nessa semana! Parece até com os velhos tempos.
Ligando o carro, riu sarcástica.
- No começo do verão o grupo não era tão careta, mas fazer o que né.

00h12: Casa dos Stromberg

Deixando as sacolas em cima da mesa, os três se jogaram no sofá cansados. Sentindo o peso cair sobre seus ombros, jogou os sapatos para longe e massageou as têmporas.
- Agora o trabalho sobrou pra gente. – falou irritada.
se levantando para pegar a garrafa de whisky, balançou a cabeça.
- Se eles vão descansar, nós também vamos. – e abriu a garrafa, dando um gole pequeno. – Vocês estão com fome? Tô pensando em fazer um espaguete...
Keaton abrindo os olhos, riu da ideia, mas se levantou para pegar os ingredientes. dando de ombros, pegou a garrafa e tomou dois goles.
- Você tem razão. – o menino colocou a água na panela para ferver e se esticou para pegar a massa de caixinha. – Nós temos tanto direito de descansar quanto eles.
, pegando três copos, dividiu o líquido e propôs um brinde.
- Ao trio responsável que, mesmo odiando ficar mais algumas horas nessa casa, decidiu voltar e fazer o que é certo. – e ergueu o copo.
- À esse trio. – e Keaton, rindo, brindaram com a loira.

01h45: Casa dos Stromberg

Ainda sentados à mesa, com os pratos vazios, Keaton decidiu começar a escrever a música antes que ficasse muito tarde e agarrou o violão deitado ao seu lado. Sentindo o efeito da bebida e do tédio, ele começou a dedilhar alguns acordes de Teenage Kings misturados com os de XO, tentando criar uma nova melodia.
, olhando o menino, virou o resto de bebida que tinha no copo e começou, puramente na brincadeira.
- Let’s ditch the party, ignore everybody.
And we’ll make spaghetti and it’d be all heady, like.
Everything’s gonna be alright.

- Que letra perfeita para esse momento, . – a ruiva falou sarcástica, enquanto se levantava para levar os pratos para a pia.
- Pode ser um grande sucesso. – Keaton riu, sem parar de tocar no violão. – Continua, é melhor do que nada.
Dando de ombros, se levantou e foi até a pia, ficando ao lado de . Pegando a esponja e o detergente, voltou a cantar.
- So, don’t fear tomorrow, let that be the motto and…
Sendo interrompida por um barulho de chaves do outro lado da porta, os três pararam confusos e encararam os outros três que entravam exaustos.
Chutando o tapete de baixo dos pés, Wes apareceu todo sujo de graxa e jogou as chaves do carro de na mesa. Minutos depois, e Drew entraram de mãos dadas, molhados e fedendo a cigarro. Os três amigos encararam os recém chegados segurando a risada.
- Nem perguntem. – entrando na cozinha para lavar as mãos, Wes bufou.
- Onde ficou o glamour de Beverly Hills? – , dando espaço para Wes, sorriu parando de segurar a risada.
- No meio da estrada. – se sentou, deixando cair algumas gotas de seu cabelo no chão. – A festa foi um saco. Desculpa por ter deixado vocês na mão.
Jogando a toalha que estava em seu ombro, sorriu para a amiga.
- Ajuda a limpar essa bagunça que a gente te perdoa. – e apontou para os pratos e panelas em cima do balcão.
Respirando fundo, a morena se levantou e foi até as outras garotas. Drew, pegando o lugar de deu de ombros.
- Isso se chama karma. No momento em que saímos no carro de as coisas começaram a dar errado.
Keaton, deixando o violão de lado, olhou curioso para Drew.
- O que exatamente aconteceu? Até parece que vocês saíram de uma apocalipse zumbi.
Secando as mãos nas calças, Wes se sentou ao lado de Drew na mesa.
- Quando nós chegamos na casa de Jack e Sam, as coisas começaram a ir montanha abaixo. Jack deu em cima de , Drew começou a brigar com o menino, as amigas babacas de Sam jogaram os drinks nos dois ali e os seguranças colocaram a gente para fora. No meio do caminho de volta pra casa o carro quebrou e, como sempre, eu é que tive que arrumar tudo sozinho.
- Também não foi assim, Wes. – se defendeu, secando o último prato. – Você se ofereceu para arrumar o carro e nós só fomos expulsos porque a irmã do Sam se atirou em você.
- E você sabe que ele odeia ver a irmã mais nova com caras mais velhos. – Drew completou, bagunçando o cabelo molhado, respingando gotas nos braços de .
parando tudo o que fazia, encarou Wes com um olhar acusativo.
- Wesley Stromberg...
- Eu sei, eu sei, eu não deveria dar corda para garotas agora que eu estou em um relacionamento. Eu sei, , mas a menina se jogou em mim, tipo, no sentido literal da palavra. O que eu podia fazer?
- Jogava ela pro outro lado Wes! – e pegando a toalha das mãos de , a loira bateu no namorado com uma chicotada.
- OK, sem violência, pessoal! – Keaton interviu, apesar de ter aprovado o golpe. – Agora que vocês voltaram, vamos focar no que é certo: o álbum.
- A gente não pode nem tomar um banho primeiro? – implorou.
- Não. – as duas meninas responderam juntas, recebendo um olhar angustiado da morena.
- Sério? – Drew fez uma careta. – A tá fedendo tanto que até os ratos se esconderam no esgoto.
Arregalando os olhos, a morena cruzou os braços enquanto os outros cinco riam.
- Não vai ser fazendo piadinhas que você vai conseguir me ter de volta. Agora, vamos logo com isso, por favor. – e se sentou do lado oposto de Drew. Cruzando os braços, ignorou o olhar doloroso do menino.
- Vocês já fizeram alguma coisa? – Wes perguntou, se afundando na cadeira.
- Além de um macarrão divino. – apontou para a panela tampada no fogão e se sentou ao lado de . – Nós estávamos no meio de um processo criativo quando vocês entraram.
- Espera. – Drew se levantou, deixando o rosto triste cair junto com sua cadeira. – Tem comida? Comestível?
- Claro, Drew. – respondendo como se fosse óbvio, franziu o cenho. – Por que não seria comestível?
- Sei lá, depois daquela festa duvido de tudo. – e abriu a panela, já um pouco mais feliz, se servindo. – Alguém mais quer?
e Wes levantaram as mãos em resposta, esperando o amigo.
- Então, - a morena retomou o que falava. – sobre o que era a música que vocês estavam escrevendo?
- Começou com uma brincadeira. - os três se entreolharam rindo, quando Keaton a respondeu.
- Mas até que ficou interessante... – completou.
- É sobre...- voltou a falar, mas parou assim que sentiu um punhado de macarrão atingir sua cabeça. – Espaguete. Porra, Drew!
E se virou para olhar o menino segurando três pratos ao mesmo tempo, com um deles virado para ela.
- Foi mal... Tentei dar uma de garçom, mas acho que não deu muito certo.
- Você acha? – fuzilou o amigo com o olhar, tirando a comida da cabeça. Com a mão cheia de espaguete e molho a bolonhesa, suspirou de leve e encarou Drew com segundas intenções.
- É, acho. – ele engoliu em seco. – Por favor não faça nada estúpido...
Enquanto ele tentava se desculpar, levantou da cadeira e tentou jogar o macarrão na cara do loiro. Drew, entendendo o que aconteceria, deixou os outros pratos na mesa, limpou seu rosto e pegou um punhado de macarrão, tentando acertar de novo. Sendo mais rápida que seu “tiro”, a loira se abaixou fazendo com que a massa se pendurasse no corpo de . Keaton protegendo seu violão, correu para dentro da casa, deixando os cinco ali enquanto Wes entrava na brincadeira, acertando que olhava para trás vendo o que Keaton fazia.
- Wes! – com um grito agudo, a ruiva pegou a comida e jogou de volta no garoto. – Agora sim é guerra!
Se levantando, os cinco começaram a jogar os fios de macarrão uns nos outros, sujando as paredes e móveis da casa. E se você está se perguntando pelo motivo daquela bagunça, a resposta é bem simples: os cinco tinham saudade das brincadeiras que faziam juntos.
Keaton, reaparecendo na sala, congelou em seu lugar quando viu o que acontecia. Os amigos, já sujos de molho, pararam e se viraram para Keaton ao mesmo tempo.
- Calma. – ele levantou as mãos, recuando para trás. – Calma.
- Estamos calmos, Keats. – sorriu, tirando outro fio de macarrão do braço. – Mas você está limpo demais em comparação a nós.
E dando um passo para frente, os cinco encurralaram Keaton na parede.
- Não, gente. – se encolheu no chão. – Por favor não...
começou a virar o prato em cima de seu cabelo.
- Desculpa, mas já foi.
Os outros, rindo sem parar, seguiram o que a loira fez e deixaram Keaton com uma camada grossa de espaguete na cabeça. Afinal, se aquela seria a última memória divertida que teriam antes de voltarem à suas vidas normais, Keaton não poderia estar de fora.
- Ai meu Deus. Acho que tem um pedaço de tomate no meu olho... Espera. – Keaton parou de limpar o rosto e com os olhos fechados, levantou o rosto para onde os amigos estavam. – É isso. Essa vai ser a nossa música!
Olhando confuso para o irmão, Wes falou:
- Tomate no olho?
- Cabelo de espaguete? – riu.
- Guerra de macarrão? – Drew cutucou , fazendo-a revirar os olhos.
Keaton estendendo os braços para alguém puxá-lo para cima, balançou a cabeça, fazendo alguns fios de macarrão cair no chão.
- Não, não. Não é nada disso. – pegou a mão de que o ajudou a se levantar, e caminhou até a pia com a ajuda de Drew.
Lavando o rosto, Keaton sentiu o coração acelerar com a súbita inspiração e se virou de volta para os amigos, secando a água com a toalha.
Spaghetti. É isso, entenderam? Essa é a nossa inspiração. – fazendo uma pausa, ele olhou para as paredes ao seu redor e depois para os amigos confusos. - Nós passamos tanto tempo dentro dessa casa, pensando no que já fizemos, no que aconteceu no verão, que nós esquecemos totalmente que o verão ainda está acontecendo. Essas memórias que fizemos nos últimos dois meses ficaram para sempre gravadas porque foram especiais; foram diferentes, divertidas. Acho que foi por isso que nós ficamos tão fixados na ideia de que quanto maior e mais escandalosa fosse a memória, melhor seria a música, o que não é verdade. Agora que todas as nossas memórias malucas foram usadas, por que não usar as que são mais simples e próximas do coração? Por que não falar sobre como nós ficamos relaxados dentro de casa nesses dias, ignorando todo mundo e tocando violão até as estrelas aparecerem no céu, comendo espaguete de nossas camisetas sujas? Por que não falar que mesmo sendo o grupo perfeito de amigos, passamos por problemas como qualquer outro grupo de adolescentes?
Respirando fundo, Keaton continuou com um sorriso sincero no rosto.
- Vocês entenderam agora o sentido da coisa? Não importa o que aconteça, seja ela grande ou pequena, contanto que nós estivermos juntos, sendo nós mesmos, nenhum momento vai ser passado em vão. Essa é a definição de Spaghetti.
Os cinco perplexos, concordaram com o mais novo.
- Isso foi lindo, - Drew fingiu secar uma lágrimas, mas deu um tapinha honesto nas costas do amigo. – vamos lá, acho que depois de todas essas palavras, escrever uma música não vai ser difícil.
, abraçando o namorado, puxou Keaton pelo braço indo até o estúdio. Os dois à frente acabaram fazendo uma trilha de macarrão pela casa, fazendo com que os outros quatro rissem, seguindo o caminho.
- Keaton tem razão. – passou o braço pelo de , que sorriu em resposta. – São momentos assim que a gente percebe como mesmo uma trilha de macarrão pode ser uma das nossas melhores memórias...
- Ou como ficar um dia sem as vinte quatro horas dentro de casa pode fazer alguém refletir sobre querer ficar mais tempo ainda... – Wes brincou, passando o braço pelo ombro de Drew, imitando as meninas.
- Fica quieto Wes, não estraga o momento. – se virou mostrando a língua para o amigo e entrou no estúdio com .
- Ela tem razão. Não estraga o momento, Wesley. – rindo, Drew deu tapinhas no rosto do amigo e entrou no estúdio.
- É, Wes, não estraga o momento. – o moreno disse em voz alta para si mesmo e entrou, balançando a cabeça.



Capítulo 5 - Não temos um EP, temos um fucking álbum

30 de Agosto, Verão - Dia 7
12h00: Columbia Records.

- I don’t need to be impressive, i don’t need to run the game.
I don’t wanna keep on chasing. Let it all just come my way.
But hey, everything’s gonna be alright.

- I don’t need no bumpin’ music, all I need is my guitar.
I don’t need no late night cruising, I don’t even got a car.
But hey, everything’s gonna be alright.

- I wanna lay low, not just cuz I’m broke.
I wanna stay home and have a kickback tonight.
Sorry, not sorry am I.

- Let’s ditch the party, ignore everybody.
And we’ll make spaghetti and it’d be all heady, like.
Everything’s gonna be alright.
So don’t fear tomorrow, let that be the motto.
And just pas the bottle and we’ll make it hollow, like.
Everything’s gonna be alright. Tonight.

Sentados um ao lado do outro em frente ao painel de som, Drew, Wes e Keaton observavam os empresários da gravadora. Max e seus dois produtores analisavam as músicas de cara amarrada, provavelmente xingando os garotos por terem que jogar suas faixas fora. Com um sorriso no rosto, o chefe da gravadora se levantou da cadeira, desligando o som.
- Meninos, - ele arrumou o terno e se apoiou no painel de frente para os três. – a qualidade das músicas está mediana, o que eu posso relevar já que foram produzidas em um estúdio amador, mas as letras e os tons estão perfeitos. – estendeu a mão para cada um deles. – Parabéns, vocês tem o álbum. – e deu uma piscadinha, aliviado por terem conseguido.
Wes, sorridente, se levantou e falou:
- Ficamos felizes que o senhor gostou... Quando nós podemos começar a gravar aqui?
- Amanhã mesmo, senhor Stromberg! – o homem sorriu de volta. – Quero esse álbum nas lojas no final do mês.
Assentindo, os três olharam para Max, que bufava inquieto, e sorriram vitoriosos.
- Pode deixar. – Drew falou, mas olhando para o relógio, resolveu perguntar. – Se os senhores nos dão licença, nós precisamos ir. Precisam de mais alguma coisa de nós?
Keaton, pegando as coisas, olhou para os superiores. As meninas já deviam estar esperando na praia como foi combinado e se elas fossem mesmo ir embora às oito e meia, os três não tinham muito tempo.
- É só isso mesmo, senhor Chadwick. Vocês estão dispensados.
Agradecendo antes de irem embora, os três correram porta a fora, entrando no carro de Wes com pressa.
- Rápido, Wes! – Keaton apressou o irmão sem tirar os olhos do relógio. – Elas precisam ir embora no final do dia...
- Eu sei, eu sei. – respondeu virando a chave na ignição.
Acelerando o carro, os três dirigiram em direção à praia. Ninguém estava preparado para o que ia acontecer em seguida, as aulas nas faculdades iriam começar, ficaria em LA, iria para Santa Bárbara, para Santa Mônica e os meninos ficariam por ali, aproveitando a vida de banda.
Aquele final de verão não podia acabar assim.



Capítulo 6 - A última música

30 de Agosto, Verão - Dia 7
18h05: Venice Beach

- Eu não quero ir embora. Não agora... – sussurrou sem tirar os olhos do céu.
Eram seis da tarde e o céu ainda estava claro. O sol, se pondo no fundo do oceano, fazia com que e se sentissem mal por estarem trocando as praias de Los Angeles - Venice Beach - por outras cidades. por outro lado sentia um peso ao pensar que nos próximos anos ela teria que aproveitar essa praia sozinha, sem suas duas amigas ao seu lado.
- Eu também não quero que você vá, ). – a mais nova pegou na mão da amiga e abraçou de lado. – Nem você . O que eu vou fazer aqui em LA sem vocês duas? Com quem eu vou sair andando de penny board de noite? Ou quem vai me fazer rir durante as aulas de Filosofia? Vocês sabem como eu não aguento essas aulas...
Voltando com algumas cadeiras, os três meninos chegaram sorridentes trazendo alguns violões e cobertores.
- Eu posso fazer isso, . – Keaton deitou as cadeiras na areia e ajudou a namorada a se levantar e se sentar lá. – Vou ficar em LA vinte quatro horas por dia.
Sorrindo para o mais novo, concordou e se levantou roubando a cadeira que Wes tinha montado para si. Com um olhar repreensivo, ele montou a outra cadeira e se sentou rapidamente antes que alguém a roubasse de novo.
- Keaton vai cuidar de você, não se preocupa pequena. Prometo que vamos voltar todas as vezes que pudermos, certo ?
- Certo. – a morena sorriu também, se levantando da areia e abraçando as duas amigas com um pouco de dificuldade. – Drew cadê a minha cadeira?
Vindo logo atrás, Drew carregava duas cadeiras, um violão nas costas e dois cobertores. Suando e respirando pesadamente, ele jogou as coisas no chão com força e esticou as costas como se tivesse sessenta anos.
- Ta aí.
Indignada, olhou para Drew e cruzou os braços.
- Ta aí? Você não vai nem montar para mim?
- Deixa eu descansar um pouco, mulher! Acabei de trazer dois quilos de suprimentos e esse dois babacas só trouxeram dois gramas.
Revirando os olhos, a morena pegou a cadeira, esticou na areia e chutou o cobertor para longe.
- Ei casal do ano, sem brigas hoje por favor. – , olhando para Drew que estava de pé massageando as costas, ergueu a sobrancelha. – Nós estamos em um momento de despedida, não podemos deixá-lo acabar como da última vez, por favor. Senta aqui, Drew e fica com a sua namorada pelo menos uma vez essa noite.
Drew parou por um segundo e olhou para , sentada de braços cruzados. Eles não tinham se falado direito desde a primeira despedida que fizeram, que foi o dia em que brigaram pela primeira vez. Ele sabia que a culpa de tudo aquilo era sua, mas Drew pensou que depois de escrever todas aquelas músicas de amor e perdão, deixaria pra lá, o que não aconteceu.
Ela por outro lado não entendia porquê Drew desconfiava tanto que o relacionamento dos dois não daria certo a distância. Drew e eram melhores amigos desde a infância, viviam juntos – literalmente, já que eram vizinhos – e se amavam incondicionalmente. Pelo menos pela parte dela, distância não era um problema, mesmo que eles fizessem uma turnê pelo mundo estaria lá.
Puxando a cadeira para perto da sua, pegou o violão do chão e esperou Drew se sentar para começar a falar.
- Acho que chegou a hora da DR. De novo. – cabisbaixa, a morena soltou enquanto dedilhava o violão. – Eu só vou perguntar mais uma vez porque eu cansei de receber respostas curtas de você. Por que você não acredita em mim quando eu digo que a distância não é um problema, Drew? Na última vez que nós falamos sobre isso e que eu recebi algumas frases que podem ser consideradas como uma resposta, – olhou para o namorado e gesticulou apontando para os dois. – você não aceitou as coisas que eu pedi. Você não aceitou revezar comigo nas visitas, como se você quisesse que eu resolvesse tudo sozinha. É para jogar na minha cara que a culpa é só minha de ter entrado na UCSB? Que se eu sair pelo menos uma vez de Los Angeles vou estragar tudo pelo que a gente lutou, mas se você vai sair pelo mundo tudo vai ficar do mesmo jeito?
Respirando fundo para se acalmar, desviou o olhar para o mar.
- Eu vou para Santa Bárbara, uma cidade da Califórnia a duas horas de você. Duas horas. Sei que não é muito, mas não posso ficar indo e vindo para cá sozinha. Você também tem que fazer o esforço e se isso for muito para você, então acho que não temos outra solução a não ser...
- Não termine essa frase, . – ele interrompeu, encarando a namorada. Com o rosto esquentando, ele pegou o rosto de e o virou para si. – Não se atreva a dizer que esse motivo besta vai terminar o nosso relacionamento.
Os outros quatro que assistiam a cena, tentavam disfarçar, conversando baixinho sobre como tinha sido a reunião de mais cedo. Drew, sem tirar os olhos de se aproximou mais um pouco.
- Admito que errei no dia em que disse essas coisas para você. Fiquei todos esse tempo pensando em como te recompensar, fiz músicas tentando consertar o que errei, mas só agora percebi que não são palavras que vão te fazer me perdoar e sim ações. Eu prometo que vou tentar ser mais flexível. Vou visitar você nas semanas que puder assim como você vai fazer o mesmo por mim. Nós somos melhores amigos desde os sete anos, , você acha que eu posso viver algum dia sem você? Se eu precisasse cruzar o oceano, eu o faria, mas como a gente está na Califórnia, eu ficaria horas no trânsito daqui para lá só por você. Entendeu bem?
sentindo uma onda de felicidade ao finalmente ouvir o que era certo, abraçou Drew com calma e escondeu o rosto em seu peito. Wes, vendo a cena, não conseguiu segurar a risada e soltou, estragando o clima.
- , eu também ficaria no trânsito só para chegar até você... Uau, isso realmente soa ruim em voz alta. Poxa Drew, eu pensei que você seria mais romântico do que isso.
Saindo do abraço, e Drew encararam Wes risonhos e o loiro apenas deu de ombro.
-Deu certo, não deu?
- É... Funcionou com você, ? – ele olhou para a loira que mandou um positivo como resposta. – Ótimo. Perfeito. – Wes sorriu balançando a cabeça. - Bom, vamos para o que interessa, agora que todo mundo está de boa, nós precisamos fechar essa semana com chave de ouro.
- Outra fogueira? – , dividindo cobertor com Keaton, perguntou olhando para o céu que ia de um lilás para um azul meio escuro.
- Sim e não. Keaton, chuta.
- Hmm, entrar no mar?
- Não. ?
- Por favor não me diga que você quer fazer mais uma música... Ah é uma música. – ela riu desiludida e passou o violão para Wes. – Toma.
- Não é uma música, é a música.
Pegando o violão com carinho, Wes se virou para os amigos e começou a cantar.
- I wanna lay low, not just cause I’m broke
I wanna stay home and have a kick back, tonight
Sorry not sorry am I, I, I

- Let’s ditch the party, ignore everybody.
And we’ll make spaghetti and it’d be all heady, like.
Everything’s gonna be alright.
So don’t fear tomorrow, let that be the motto.
And just pas the bottle and we’ll make it hollow, like.
Everything’s gonna be alright. Tonight.

Assistindo o sol se pôr, o seis amigos escutaram o som do violão como se fosse mais um dia de escrita na casa dos Stromberg. O relógio corria em disparada e logo eles estariam de volta na estrada, cada um seguindo seu próprio caminho. para Santa Bárbara, para Santa Mônica, para Los Angeles e Drew, Wes e Keaton para Venice.
Eles sabiam que tinham só mais alguns minutos juntos, e sentados lado a lado de frente ao pôr do sol, os seis souberam que tudo daria certo.



Epílogo - Vejo vocês no próximo verão

30 de Agosto, Verão – Dia 7
18h06: Venice Beach

- Espera! – Keaton interrompeu o momento, pegando o violão das mãos de Wes. – Eu tive uma ideia perfeita para a primeira música do nosso próximo álbum!
Recebendo reviradas de olhos e suspiros pesados dos amigos, Keaton manteve a animação estampada no rosto e continuou.
- É sério gente, nós não precisamos trabalhar nela agora. Podemos salvar para o próximo verão, mas só me escutem por um segundo.
- Tudo bem, até porque no próximo verão vamos precisar de mais quatorze músicas se quisermos fazer um álbum novo. – Drew, abraçando debaixo de uma das cobertas, concordou.
- Lá vai, - o mais novo sorriu. - quero dedicar essa música para esse momento. Para a nossa última despedida.
Tocando as cordas do violão, o coração dos seis bateu como um só, emocionando até mesmo os mais duros.
- You’ll be my Monday, my fresh start.
I’ll be your Sunday, never be apart.
We got the whole week, in it together.
We got our whole life to go on forever.

Keaton sem tirar os olhos dos amigos, sentiu o mundo parar e apreciar aquela cena com ele. Os seis amigos estavam juntos em casa pela última vez, naquela praia pela última vez. Apesar disso, todos sabiam que não importa quão distante um estará do outro, a vida sempre os trará de volta para essa cena; para esse exato momento.
- Go on forever-ever-ever.
In it together-gether-gether.
In it together, forever together.



Fim



Nota da autora (13/02/16): Aqui estamos nós de novo! Se você chegou até o final dessa história, parabéns você merece um pedaço do meu coração. Muito obrigada a todos que sorriram pelo menos uma vez durante essa fanfic e a beta que teve o trabalho de fazer essa história ser interativa do jeito que eu queria. Obrigada aos vários youtubers que me deram inspiração para escrever sobre esse paraíso chamado Califórnia, a série SummerBreak que me inspirou a fazer Spaghetti desse jeito e aos três meninos chamados Drew, Wes e Keaton (é claro!). Se vocês gostaram, por favor não deixe de comentar e ler meus outros ficstapes! Um beijo e até a próxima ♡



Outras Fanfics:
04. Why Try (My Everything)
18. America/em breve! (Night Visions)
19. Satellite/em breve! (Word of Mouth)

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