Capítulo Único
Your magnetic demeanor, that's something can't be found
I thought I was dreaming 'til my love came around...
– Eu não sei porque pensei que a sua ideia poderia ser boa. - comentou enquanto terminava de passar seu batom matte vermelho, deixando seus lábios bem marcados do jeito que gostava de usar para sair à noite.
– Porque, no fundo, você sabe que é uma ótima ideia. - piscou na direção da amiga antes de terminar de checar a roupa que havia escolhdio para usar naquela noite no espelho. – Você e o precisam se encontrar, conversar e se resolver.
– Não há o que resolver. Caso você não se lembre, ele terminou comigo, .
– Terminou, mas, se eu me lembro bem, ele te beijou na frente do público e em rede nacional, logo depois de ganhar o campeonato. - a loira rebateu como se fosse óbvio e viu a amiga suspirar.
– me pediu para não seguir em frente com isso, amiga. Eu não posso decepcionar o meu irmão. - a morena se sentou na beirada da cama, cruzando as pernas e encarando a amiga com um semblante triste.
Após o beijo que e protagonizaram, as coisas não ficaram nada bem para o casal. Uma parte de havia ficado feliz com a atitude do piloto, mas a outra – e ela gostava de chamar esta parte de racional, a lembrava que não havia sido muito legal e era o oposto do que ela queria. Ela tinha se tornado o centro das atenções.
, obviamente, não havia ficado nada contente com a cena. Nos bastidores, antes de ir para o pódio, os pilotos quase chegaram às vias de fato e, se não fossem por engenheiros das equipes, os dois teriam subido para receber seus trofeus com os rostos inchados de socos.
Desde então, tinha optado por não falar mais com . O alemão até tinha tentado algumas vezes, insistiu em ligar e mandar mensagens, mas acabou desistindo depois de uma semana de tentativas frustradas. Ela tinha seguido o pedido de e se afastou de , mas sentia uma falta absurda de todos os momentos que tivera com o alemão.
Entretanto, não apoiava a ideia de ver a amiga afastada do piloto de Ferrari. Aproveitando o início da temporada, a loira tinha tido a ideia de chamar a amiga para reviver o que havia acontecido entre eles há dois anos na Austrália. Era a melhor maneira que ela tinha de ajudar a amiga e de parar de ouvi-la reclamando por não estar mais junta do piloto.
– Se seu irmão se decepcionar por você estar com alguém que você ama, o problema é dele. - deu os ombros. – Faça o que é melhor para você, viva a sua vida e seja feliz.
optou por ouvir as palavras da amiga em silêncio e se virou para o balcão da boate, pedindo um Sex On The Beach enquanto a loira pedia um Gin. As duas aguardaram os drinks ficarem prontos e seguiram para o canto do local que tinha algumas mesas altas e que davam uma visão mais aberta de todas as pessoas que chegavam.
– Eu não sei... - ela suspirou, tomando um longo gole de sua bebida e a amiga rolou os olhos.
– , por favor, pense em você primeiro lugar. - a morena pensou em responder, mas como em um chamado, seus olhos foram em direção à escada que dava na pista de dança a tempo de ver descendo acompanhados de dois homens que ela desconhecia. seguiu seu olhar e sorriu satisfeita ao ver o piloto chegando no local, voltando a encarar a amiga. – Sua chance, amiga.
A mais nova observou a amiga erguer a taça em sinal de brinde e se levantar da mesa onde ambas estavam sentadas, seguindo em direção à pista. Ela rolou os olhos, soltando um breve suspiro e deixou seu olhar procurar por .
O alemão tinha sido convencido pelos amigos e companheiros de escuderia a sair naquela noite, mas não estava muito feliz de estar ali. A boate era o local onde ele tinha visto pela primeira vez e onde toda a história deles teve início. Saber que ele havia, de alguma forma, arruinado tudo era terrível para ele. Porém, ao mesmo tempo, ele precisava esquecer um pouco dos problemas do treino livre e de sua vida pessoal.
– Nós precisamos checar a asa dianteira e... – se desligou do que Burton falava e deixou seu olhar rodar o local onde estavam. Não falar sobre qualquer assunto relacionado a corrida era uma regra e ele sabia que algum dos amigos iria quebrá-la, mas no momento, ele pouco se importava. Queria aproveitar a noite de folga e era só isso que ele tinha em mente.
Seu olhar parou na escada que dava acesso à entrada da boate e ele não conteve uma risada fraca. Foi ali, há dois anos, que ele viu pela primeira vez. A mulher descia a escada, tinha acabado de chegar a boate, e poucos minutos depois os dois já conversavam. se lembrava bem daquela noite e suspirou, pegando a garrafa de água que havia pedido no bar. Correu o olhar pelo local mais uma vez, mas agora se deparou com íris castanhas em sua direção. Íris que ele conhecia muito bem. Um olhar conhecido, belo e que ele adorava ter em sua direção. Dessa vez, ele teve que piscar algumas vezes para ter certeza que não era fruto de sua imaginação por tudo que aquele local significava para eles.
Disse qualquer coisa para seus colegas e nem se importou com respostas, assim como ele não se importou em ir até ela, mesmo após ser ignorado em todas as tentativas de contato com ela nos últimos meses. Ela estava ali.
Ele não demorou nem dois minutos para chegar até onde ela estava, mesmo com um número um pouco alto de pessoas no local. parecia nem se importar nos olhares negativos que recebeu por esbarrar nas pessoas pela pressa que estava e pela ânsia de estar perto dela novamente.
– Eu pensei que estava sonhando... - confessou quando se aproximou dela. riu fraco numa tentativa de disfarçar o arrepio que percorreu seu corpo naquele momento em que tinha o loiro a sua frente. – Eu não posso acreditar que você está aqui. Quais eram as chances de você aparecer? - ele suspirou, pensando na sorte que era ela estar ali. – Nós precisamos conversar.
– Podemos deixar a conversa para depois? - perguntou, dando os ombros. – Vamos aproveitar a noite, como quando nos conhecemos. Sem problemas na cabeça, sem corrida em mente. Apenas nós.
O alemão concordou com a cabeça e se deixou ser levado pela inglesa até a pista de dança. Embora não fosse muito fã de dança, aproveitou mais para assistir ao show que estava ganhando por parte dela, para tocar, apertar e segurar naquele corpo que ele sentia tanta falta.
era incrível. Era a mulher que o hipnotizava, o deixava longe de agir da maneira racional. Ela era uma espécie de droga que o deixava cada vez mais viciado, mais dependente dela e de tudo que a envolvia. Ele já não tinha dúvidas de que ela era a mulher de sua vida. Tudo que ele precisava era que ela aceitasse ser pública com ele.
Ela subia e descia, sentindo os cabelos colando em suas costas e o calor dominando seu corpo. estava atrás, dançava um pouco, mas era extremamente duro, enquanto ela fazia todos os movimentos, esfregando seu corpo no dele. Como ela havia sentido falta daquele corpo, daquele homem e de todos os sentimentos loucos que somente ele era capaz de trazer.
Aproveitando a mudança da música, ela se virou de frente para ele. As palavras trocadas entre os dois não tinham sido muitas, mas ela precisava matar uma vontade que estava com ela há meses. Tinha certeza que não ia se importar nem um pouco.
Prontamente, envolveu os braços no pescoço do piloto e uniu os lábios dos dois em um beijo profundo e repleto de saudade. Uma das mãos dele permaneceu em sua cintura, dando leves apertões enquanto ela segurava a nuca dele, não querendo escapar daquele beijo nunca mais.
– Você está em chamas. - ela riu fraco do comentário e balançou a cabeça de forma positiva. – Hotel? - concordou mais uma vez e ele segurou em sua mão, seguindo pelo mar de gente em direção à saída.
Queria correr para o hotel para acabar com toda a abstinência que ele estava de . Queria fazê-la lembrar o quanto ele a amava e quanto ele estava feliz por tê-la de volta em seus braços, mesmo com a incerteza se a manhã seguinte seria diferente. Ele só estava feliz por tê-la em seus braços de novo.
abriu os olhos e encontrou ainda adormecida sobre seu peito. O lençol estava sobre a cintura dos dois e os flashes da noite passada vieram a sua mente, fazendo com que ele sorrisse ao se lembrar de tudo que havia acontecido.
Esticou o braço, tateando o criado mudo e encontrou seu celular, checando a hora e manteve o sorriso em seus lábios por mais alguns instantes. Já passavam das oito horas e ela ainda estava em seus braços. Não tinha saído para nenhuma caminhada da vergonha. Ele não sabia se ela tinha feito porque queria ou se apenas tinha esquecido de colocar o despertador, tamanha ansiedade dos dois na noite anterior. Optou pela primeira opção, mas quando sentiu se movimentando sobre seu peito, ficou apreensivo por alguns segundos.
Ela demorou para se ambientar com a luz. Xingou o alemão brevemente por gostar de dormir com as cortinas abertas e se virou, olhando para cima, na esperança de encontrar o loiro ainda dormindo. a encarou com seus olhos azuis cheios de expectativas.
– Bom dia. - sorriu, sem graça por ele estar a encarando provavelmente por algum tempo. Detestava que alguém a visse dormir.
– Você está aqui. - ele respondeu como uma criança que via o Papai Noel em noite de natal e ela concordou com a cabeça.
– Eu estou aqui. - afirmou, sorrindo. – Sabe por quê?
– Por que? - perguntou, se afastando um pouco dela para poder se sentar na cama e aguardar a resposta que iria receber.
– Porque eu descobri que eu amo você. Porque eu percebi que estava sendo uma idiota em me preocupar com o que as pessoas iriam achar e a opinião do meu irmão quando eu deveria pensar em nós, na nossa felicidade. - ela suspirou. – Eu descobri que amava você quando eu fiquei longe de você, despedaçada por não atender suas ligações, mas me dando o tempo necessário para perceber que não há lugar melhor para estar do que ao seu lado. Eu estou pronta para enfrentar o mundo com você. Eu te amo, .
– E eu amo você, Elizabeth . - o piloto segurou o rosto da mulher com as duas mãos e a encarou nos olhos. – Agora que eu tenho você, eu nunca vou te deixar ir.
juntou os lábios do casal em um beijo apaixonado, cheio de amor. Os dois ficaram na cama por mais alguns longos minutos, trocando carícias, amassos e risadas até o celular dele despertar anunciando que deveria se aprontar para o treino livre.
Não demorou para o goleiro se aprontar para sair e logo depois, também estava pronta para acompanhá-lo. Ela sentia o frio na barriga por estar saindo do quarto junto com , mas tentava afastar esse sentimento.
– Então, eu poderei te apresentar como namorada? - o loiro perguntou em tom infantil e ela negou com a cabeça.
– Eu não ouvi nenhum pedido, querido. Me desculpe. - ela deu os ombros, arrancando risadas dele.
– Tudo bem, tudo bem... - ele suspirou. – Elizabeth , quer ser minha namorada? Isso significa ir a público comigo, me assistir nas corridas, torcer por mim, usar um boné ou uma camisa da Ferrari, me apresentar para sua família e seus amigos...
– Eu sei, . - ela riu, concordando com a cabeça e optou por responder selando os lábios dos dois mais uma vez.
Era a melhor forma de responder aquela pergunta que ela sempre teve medo de receber, mas que agora ela considerava a pergunta mais fácil do mundo. Eles estavam juntos e era tudo que importava. que se danasse e aprendesse a conviver com o mais novo casal da Fórmula 1. Porque ela estava perdidamente apaixonada por e faria questão de gritar isso para o mundo inteiro ouvir.
Fim
Nota da autora: Mais um ficstape para conta! Quem quiser saber mais sobre as fanfics que eu escrevo, é só participar do meu grupo no Facebook.
É sempre um prazer betar suas fanfics, Carol! ♥ Adorei essa, adorei ser de F1, e vou ter que ler a anterior agora, hehe!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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