FFOBS - 02. Lost in your ligth, por América Ó'nix

Capítulo único

Os passos que havia ensaiado estavam completamente decorados. Praticamente, se ela quisesse, poderia dançá-los de trás para frente, sem nenhum problema. Se havia uma coisa que todos poderiam sentir inveja dela era sua total determinação e perseverança no que queria fazer. Ainda jovem, já havia participado de vários campeonatos de dança, mas, agora, ela havia chegado a um nível que, pode-se dizer, seu sonho estava sendo realizado.
Toda a sua família tinha algo relacionado à dança. Seu pai e sua mãe eram nomes famosos da dança no país de onde veio, seu irmão havia ingressado numa carreira de dança pelo país, e lá estava ela, juntamente com seu primo, pronta para que pudesse fazer história, mais uma vez.
— Eu sei que nós já sabemos a coreografia, principalmente, você, mas será que podemos repassar amanhã pela manhã? Eu só quero ter certeza, mesmo! — disse Bernardo, enquanto ajeitava a gravata de seu terno.
— Se você quiser, passaremos, até quantas vezes você quiser. — null caminhou até o homem e apertou suas bochechas. — Se você não fosse igual a um irmão para mim, eu até que te beijava, agora, sabia? Capaz de você arranjar uma namoradinha nova por aqui... Arrasar corações, como você sempre faz quando viajamos. — Cutucou seu ombro, devagar, rindo da cara que ele havia feito.
— Ainda bem que você me considera como um irmão. Sou eu quem não gostaria de beijar essa boca aí! — Brincou, apontando para ela, e revirou os olhos. — Eu, não. Você tá se descrevendo, porque sempre tenho que aturar comentários sobre você... Meus amigos me pedindo seu telefone e tudo mais... Eu só... Fico de olho nas meninas, e elas correm de mim.
— Uhum... Tô sabendo. — A garota riu, indo, agora, à frente do espelho e ajeitando o vestido o qual havia colocado para o jantar. Segurou uma pequena bolsa e olhou novamente para o garoto. — Vamos?! — Indicou com a cabeça para a porta, vendo-o concordar, e saiu, descendo a escada, em direção ao grande salão.

Havia mais pessoas naquele lugar do que ela imaginava. Em cada mesa, havia uma bandeira do país de origem de cada competidor e o nome dos dois. Para que null e Bernardo pudessem achar a mesa dos dois, tiveram um pouquinho de problema, já que eram os únicos brasileiros em meio a tantos nomes estrangeiros. Com certo custo, conseguiram achar os nomes deles escritos em uma mesa, mas estranharam, já que não sabiam se haviam outros brasileiros na competição.
Boa sorte para eles!

— É estranho ninguém ter avisado que outros brasileiros estavam competindo também. — Bernardo sussurrou, enquanto observava o resto das pessoas no local.
— Para mim, tanto faz, Bê! A única pessoa com quem preciso conversar é com você, então... — Levantou os ombros, pegando uma taça com uma bebida que estavam servindo.
— Às vezes, não sei o porquê agradeço por você ser assim tão... Competitiva... Fria... Sei lá! — Balançou a mão no ar, ignorando-a, e começou a mexer em seu celular. — Venha cá! Vamos tirar uma foto juntos.
null, assim que ouviu a palavra foto, já se desgrudou de sua taça e se posicionou ao lado do primo, fazendo várias caras e bocas. Os dois, juntos, conseguiam tirar mais fotos que uma adolescente com seu primeiro celular. Eram fotos fazendo bico, um beijando a bochecha do outro, caretas, poses sorrindo, e outras, sérias, vídeos para que pudessem guardar de recordação e, até mesmo, colocar na história do Instagram. Com certo custo, depois de observarem todas as fotos com clareza e chegarem a um consenso de uma que ficaria boa para postarem, ao desviar o olhar do celular, parecia que tudo ao redor de null havia ficado em câmera lenta. O motivo? null null.
A história dos dois, na verdade, era um pouco complicada. Era uma história de amor de infância, que, infelizmente, não deu muito certo. null e null se conheceram na escola e, desde então, nunca se desgrudaram. Compartilhavam os mesmos gostos e a mesma paixão: a dança. No Ensino Médio, já namorados, ambos receberam propostas de estudo em outros países e tentaram continuar com seu namoro à distância, mas não conseguiram.
Esta era a primeira vez que eles se encontravam, depois de tanto tempo separados.
— Eu... Preciso ir ao banheiro. — null levantou-se rapidamente, andando na direção contrária do homem, quando percebeu que ele estava vindo à sua mesa.
No banheiro, a mulher, agora, olhava para si no reflexo do espelho e respirava fundo, passando a mão pelo cabelo, de forma nervosa.
— Ok... Você consegue lidar com isso. É só o garoto por quem você sempre foi apaixonada! Não é nada de mais! — falou a si, na esperança de estar sozinha no banheiro. Seu coração batia tão rápido que parecia que, a qualquer momento, saltaria de seu próprio peito. Respirou fundo uma, duas, três, quatro... Talvez, até cinco vezes, antes de se recompor e voltar ao seu lugar.
E lá estava ele, radiante, com um sorriso mais lindo que qualquer coisa no mundo, mas, assim que ele a viu, pareceu que a mesma coisa que acontecera há poucos minutos com ela estava a ponto de acontecer com ele.
— Há quando tempo eu não te vejo?! — null parou ao lado de sua mesa e estendeu a mão ao homem, que, um pouco atônito, segurou de volta.
Aquele toque era como se pequenas cargas de energia fossem descarregadas em ambos.
— Eu... É bom te ver! — Sorriu novamente o homem, concordando com a cabeça. — É... Boa sorte... Sabe, amanhã!
— Boa sorte a você também! — A mulher sorriu, soltando a mão dele, mas desejando que não tivesse que fazer aquilo. — Bom, eu... Vou me sentar. Até mais! — Acenou para null, antes de voltar à sua mesa e querer colocar sua cabeça dentro de um buraco, com o tanto de pergunta que Bernardo fez sobre quem era aquela tal pessoa, até se ligar.

...


— Tá vendo só?! Você sempre me deixa orgulhosa! — null sorriu, mostrando todos os dentes, assim que terminaram de ensaiar. — Quero que saiba que, independentemente do resultado de hoje, você é o melhor parceiro do mundo, e eu estou muito feliz de ter chegado até aqui com você. — Segurou as mãos de Bernardo e o abraçou. — Sinto muito orgulho de você, de verdade!
— Se você continuar desse jeito, eu vou chorar! — O homem fez um pequeno drama e riu, pegando a mulher no colo e a girando no ar. — Você é a melhor pessoa do mundo e nós vamos detonar, hoje! Pode ter certeza! — Ele a colocou no chão e beijou sua bochecha de forma demorada, sorrindo com aquilo.
Do outro lado do salão, que era dividido com vários outros competidores, null tentava ao máximo disfarçar os olhares que mantinha sobre null e Bernardo, mas não conseguia. Sua parceira, Helena, insistia em ficar chamando sua atenção, já que era notável sua falta de concentração.
My love, se você continuar assim, eu vou pedir para trocarmos de parceiros! — comentou a garota, rindo da cara que ele fazia ao ver os dois juntos.
— Não, não. Tá tudo certo. É que... — null suspirou e abaixou os ombros. — Eu sinto falta dela, mas não sei como dizer.
— Que bonitinho! — Helena apertou as bochechas de null, que revirou os olhos, como uma criança birrenta. — Você deveria falar com ela. Agora, não, mas depois do campeonato. Precisamos estar focados, entendido? Eu até te ajudarei, sabe? Aquele cara ali é um gato! — sussurrou, apontando discretamente para Bernardo.
— Você fica com ele, então! Ó! Tudo resolvido! — Sorriu, todo debochado, mas, em seguida, começou a rir de verdade. — Eu me sinto como um adolescente de novo, combinando quem vai ficar com quem ou quem vai chegar em quem. — O homem passou a mão pelo cabelo e suspirou, prestando atenção no homem que estava dando as instruções, dizendo que a competição iria começar.
O nervosismo era notável em alguns participantes, mas em Bernardo e null, não. Talvez, até pudesse ser a primeira vez de alguns ali. Os dois tinham uma leveza de dar inveja aos participantes, ou, até mesmo, à plateia, que os prestigiava. O primeiro estilo de dança a ser dançado era o foxtrot. Com as roupas e maquiagens já preparadas, cada casal tomava seu lugar no salão e começava sua coreografia. Em meio a todos os casais, notava-se a diversidade de coreografias — passos que, em certos momentos, alguns erravam, outros acertavam, e os jurados faziam questão de anotar cada erro e cada acerto em seus cadernos.
null não deixava de desgrudar os olhos de null, e ele fazia o mesmo. Mesmo distantes, com a cabeça focada no campeonato, os dois não deixavam de se olhar. Não deixavam de se encarar e, por incrível que pareça, era aquilo que fazia com que os dois não se perdessem. Era incrível a conexão que os dois tinham ainda! Mesmo com tantos anos separados, parecia que a chama que unia os dois nunca havia se apagado.
Agora, com um tempo dado para que pudessem trocar de roupa e descansar, o próximo ritmo a ser dançado seria o tango argentino, totalmente diferente do tema anterior. Este, agora, transbordava uma sensualidade que null não precisava de muito esforço para conseguir tal feito.

Agora, todos em seus respectivos lugares novamente, com a música rolando, cada casal voltava a colocar em prática os passos que ensaiaram tanto. null e Bernardo exalavam uma química inexplicável. De fora, quem não os conhecesse tão bem poderia dizer que ambos tinham um romance secreto, mas o coração de null era de outra pessoa, e essa pessoa estava ali, junto com ela.
Palmas e mais palmas eram possíveis de se ouvir. Pode-se dizer que estava sendo um verdadeiro espetáculo. Vários dançarinos mostrando todo o seu potencial. Mostrando o motivo de estarem ali. null e Helena eram bastante elogiados bela bancada de juízes, assim como null e Bernardo. Ambos dançavam com uma naturalidade, mas, ainda assim, uma malícia nos movimentos, no olhar, no jeito de se locomoverem. Uma paixão pelo que faziam que não fosse falsa. Muito pelo contrário, exalavam aquilo de uma maneira completamente natural.

Agora, a última dança — a dança que definiria quem sairia vencedor naquele dia —, a salsa. Desta vez, com passos mais sexys, mais elaborados e que exigiam mais coordenação e gingado que as outras.
null não desgrudava seus olhos de null, em alguns momentos, e null fazia o mesmo. Cada passo, cada rebolado, cada jogada de cabelo e cada sorriso tinham a direção de null. Era como se os dois estivessem sensualizando para o outro de uma forma indeterminada, mas, do mesmo jeito que os dois se encaravam, Bernardo e Helena também mantinham o olhar um no outro, em alguns momentos. Alguma coisa estava acontecendo ali. Talvez, algo até engraçado!
Palmas e mais palmas haviam tomado o lugar novamente. Agora, com todos os dançarinos prontos para receberem as notas e saber em qual posição ficaram, a tensão e a ansiedade só cresciam cada vez mais. Segurando a mão de seu primo, null fechou seus olhos e respirou fundo, apenas focando em esperar ouvir seu nome. Mas algo estava estranho. Ao chegar ao primeiro lugar, os jurados disseram que havia um pequeno empate, já que dois dançarinos haviam tirado a mesma nota: null null e sua parceira Helena González e null e Bernardo null.
Ao ouvir aquilo, o coração de null bateu ainda mais rápido do que já estava, por conta da ansiedade.
“Meu Deus!”, pensou ela.
— Por critério de desempate, temos um jurado a mais. — O apresentador mostrou a mulher que estava sentada em meio à plateia. — Dê-nos um minutinho.
A cada minuto que se passava, tanto null quanto null não paravam de se encarar. Estavam rindo um para o outro. Nervoso? Talvez. Compreensão? Ambos gostavam de competir, mas, de fato, não esperavam aquilo logo assim.
— Agora, já temos o resultado do campeonato. Com um pouco de custo, é raro acontecer isto: duas pessoas empatarem, mas, agora, já sabemos que os vencedores são... — O apresentador fez um suspense e respirou fundo, apontando para os vencedores. — null e Bernardos null!
null pulou nos braços de Bernardo, assim que ouviu o resultado, extremamente animada por aquilo! Era o que ela mais queria! O que ambos estavam esperando! Os dois treinaram bastante para chegar ali e receberem aquele prêmio, agora, era muito satisfatório. null, por sua vez, não parecia triste por ter ficado em segundo lugar. Estava mais que feliz em poder ver null feliz daquele jeito. Aquele sorriso e aquela felicidade que ele sentia falta de ver. Helena o cutucou com o cotovelo e o puxou para o lado, cochichando uma ideia que acabara de ter e que seria ótima para os dois.

...


— Eu não acredito que ele me fez sair do nosso quarto pra jantar em outro quarto! — null revirava os olhos e bufava, ajeitando o vestido o qual estava usando. — Desta vez, eu vou dar um tapa bem dado nesse menino! — reclamava a mulher, imaginando o que faria com o primo assim que o visse, parando em frente ao número do quarto que o bilhete marcava e batendo na porta.
Assim que a mesma foi aberta, por um triz, null não caiu para trás. null estava ali. Sozinho. Será que ela havia errado o quarto ou algo desse tipo? A mulher olhou para o papel e olhou para o número da porta, procurando algum erro.
— Antes que você diga algo, é aqui, mesmo. — Sorriu de forma tímida o homem à sua frente, dando espaço para que ela entrasse.
— Você... Ele... — null franziu o cenho e negou com a cabeça, entrando no quarto. — O Bernando... Onde ele tá?
— Helena. — Ele levantou os ombros e riu. — Os dois estão comemorando no quarto dela. Nosso quarto é separado, até porque eu não conseguiria dividir quarto com ela, sabe... Muita bagunça! — Balançou a mão no ar.
— Você não pode dizer nada, porque fazia mais bagunça ainda quando era mais novo. — Ela apontou para null, dando uma risada, ao se lembrar das pilhas de roupas que ficavam pelo seu quarto.
— Olha, pra sua informação, agora, eu sou bem organizado. Só às vezes que eu tenho preguiça, mas você não precisa saber disso. — Piscou de forma divertida para a mulher e estendeu uma taça com seu vinho preferido. — Sei muito bem que você não dispensa um vinho amargo.
— Acho incrível como você não se esquece disso! — Ela sorriu, pegando a taça de sua mão e brindando com ele. — Aos campeões de hoje! Mesmo que você tenha ficado em segundo lugar, o prêmio foi nosso!
— Como eu vou esquecer, se você me fez tomar isso, e eu achei horrível de primeira? — Levantou os ombros e riu, dando um pequeno gole em sua bebida. — Que nada! Você merece todo o crédito! Você sempre foi melhor! Não vem com essa!
— Quantos campeonatos e apresentações já ganhamos juntos, mesmo? Hum... Muitos, né? Então não adianta dizer que eu sempre fui melhor. — Cutucou o ombro do homem, devagar, e riu.
— Im-pos-sí-vel me esquecer dessas inúmeras vezes que fomos parceiros. Senti sua falta, hoje, enquanto dançava. Ficava me lembrando de todas as vezes em que dançamos juntos.
— Eu também senti sua falta. — Suspirou a mulher, dando um gole na sua bebida. — A gente nunca teve a nossa dança de despedida, sabe? — ela comentou, passando a ponta do dedo indicador na borda da taça.
— Não seja por isso. — null segurou a taça dela e a colocou em cima de um móvel, junto com a dele. — Se me permite... — O homem estendeu a mão para ela, puxando-a para si e fazendo com que seus corpos ficassem colados.
Uma de suas mãos estava em sua cintura, enquanto a outra segurava sua mão de uma forma suave. Os dois se encaixavam de uma maneira perfeita. Cada passo seguia um ritmo lento, de um lado ao outro. Não precisavam de música, naquele momento. Apenas os dois, ali, vivenciando aquele momento, era o bastante para tornar aquilo especial.
null acariciava as costas da mão de null, delicadamente, enquanto a mesma o encarava com um sorriso bobo no rosto. A vontade de ambos de se beijarem era grande demais! Sentiam-se como se fossem adolescentes novamente. Entre as trocas de olhares, ambos os lábios se encontraram, sem aviso prévio. Sem nenhum impulso de nenhum dos dois. Aquele beijo suave que, ao poucos, ia se tornando quente, sensual, mas sem deixar de ter sua pegada apaixonante. A mão de null estava na nuca de null, que fazia o mesmo com ela. Com passos para lá e passos para cá, os dois caíram com tudo na grande cama que havia no centro do quarto.
— Eu quero isso. — null o encarou, acariciando seu rosto de forma suave. — A nossa última noite que nunca tivemos... — ela sussurrou e voltou a beijá-lo com vontade, envolvendo a cintura do homem com suas pernas e sentando-se em seu colo.
O rapaz não disse nada, apenas concordou. Não havia o que dizer, naquele momento. Apenas sentia o mesmo que ela. Queria aquilo tanto quanto a mulher há muito tempo!
null se concentrou em matar de vez a saudade que sentia da pele de null. Começou os beijos no pescoço e, à medida que descia, deixava que suas mãos tirassem as roupas do caminho. Tirou também as suas próprias e ficaram ambos nus, de corpo e alma, prontos para reviverem uma história que nunca havia sido esquecida. null encostou a ponta do nariz acima do umbigo de null e subiu, sentindo o cheiro do seu corpo e as longas unhas bem feitas dela bagunçarem seu cabelo. Quando chegou à altura dos seios, passou a beijá-los com carinho. Sua língua contornava os mamilos, que, logo em seguida, eram presos delicadamente pelos dentes de null. null ofegava baixo e arqueava a coluna, oferecendo mais seu peito ao homem, que lhe dava tanta atenção.
— Senti saudade até de ouvir seus ofegos, você acredita? — null sussurrou, e null riu, tomando a boca dele em seguida. Durante o beijo, a mão de null entrou por entre eles, buscando o centro das coxas de null. O calor que emanava dali fez com que null se arrepiasse por inteiro. As pernas de null se abriram, em convite, e os dedos de null a dedilharam como se ela fosse um instrumento. Cada toque certo produzindo um gemido melodioso. — Seu gemido é lindo — confessou null.
— Você sempre disse isso. — null lambeu sua boca e se contorceu quando null achou um ritmo gostoso em cima do seu clitóris, fazendo padrões circulares e curtos. — Quero ouvir um pouco do seu gemido também... — Lambeu os próprios lábios secos. — Matar um pouco a saudade... — Sorriu, safada. null acariciou o membro de null longamente. Um toque aéreo e provocativo. Subiu e desceu a mão por toda extensão, desta forma, umas três vezes.
— Tortura não vale, null... — Lambeu o pescoço dela e aumentou a velocidade dos dedos, que entravam e saíam de null.
Ela, por sua vez, o estimulou de maneira mais firme, aumentando a velocidade na mesma frequência que os gemidos dele aumentavam. null perdeu um pouco o ritmo, imerso no prazer que lhe era dado, e null fez questão de friccionar a glande de null em sua entrada molhada e pulsante. O calor novamente o fez arrepiar, e ele quis morrer, enfiado ali, naquele calor.
null, eu preciso, agora... — Beijou sua boca e segurou o próprio membro, deixando-o deslizar na umidade de null.
Ela assentiu com a cabeça, e ele pressionou sua carne contra a entrada de null. À medida que ela se abria para recebê-lo dentro de si, os dois ofegavam e gemiam, conectando-se novamente de uma forma que não esperavam de novo. Passaram alguns minutos imóveis, sentindo-se um no outro, lambendo e beijando os pescoços do outro, e sussurrando frases que só os amantes entendem. null começou os movimentos e eles fizeram amor até o dia amanhecer. Amaram-se em muitas posições e se provaram de muitos jeitos. Admiraram os corpos nus que tanto amavam e amaram ainda mais as pessoas que neles habitavam. Os orgasmos vieram e, com eles, uma sensação de “volta ao lar”. Aquela sensação que dá quando você deita no peito de alguém que você ama e nunca mais quer largar. Ambos, agora, estavam perdidos no outro. Perdidos pela luz e pela chama que nunca se apagou. E nunca vai se apagar.




Fim



Nota da autora: (19/02/2018) Sem nota.





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