FFOBS - 02. Off To The Races por Clementine Swierczynski

Fanfic Finalizada: 20/05/2018

Capítulo único


off to the races
Fig. an expression characterizing the activity or excitement that is just beginning; [we are] leaving for something interesting or exciting.


Desmond apenas a observava a mulher em silêncio encostado na porta do quarto sem ser notado. Delilah estava tão compenetrada ao passar com esmero a maquiagem na pele que ao menos o ouviu chegar.
Ela havia o provocado a tarde toda na pequena reunião na piscina que tiveram, desfilando com seu pequeno biquíni branco revelador e esfregando as longas unhas vermelhas contra a própria pele, ciente que o homem estava mascando a própria língua tentando encontrar o mais ínfimo autocontrole para não a jogar contra a mesa de bebidas e fode-la na frente de todos os convidados. Agora ela lhe parecia tão inocente enrolada em um robe de seda bordô e os longos cabelos loiros presos com vários bobs largos no topo da cabeça.
Se ele apenas não soubesse melhor...
Haviam se conhecido três anos antes, Delilah era a irmã mais nova de um de seus clientes que, metido com negócios ilegais, havia sido preso e estava aguardando julgamento.
Ela nunca lhe parecera uma garota de gostos comuns. Gostava de falar abertamente sobre sua vida, os lugares em que tinha andado e o quanto já havia aprontado. Desmond não ligava para seu passado indecoroso em Las Vegas ou para o fato de que ela não conseguia guardar uma mísera moeda no bolso, na verdade ele até gostava do jeito que ela parecia levar a vida como uma pedra rolando morro abaixo sem destino ou piedade por quem estivesse em seu caminho. Ela era, no sentido bíblico do nome, a sua ruína e ele adorava isso.
No auge de seus cinquenta e seis anos era Delilah quem o fazia se sentir como um jovenzinho. A diferença de idade lhe parecia mais uma piada, aqueles trinta e quatro anos que os separavam não significavam nada.
Desmond Rosenblatt amava Delilah Gilbert do fundo de seu coração recheado de cocaína e nada poderia separá-los.

Sentiu o leve formigar quente em sua nuca lhe contar que estava sendo observada. Os olhos cinza desviaram de sua própria imagem encontrando o homem que a devorava parado na porta.
O encontro de suas coxas umedeceu no mesmo instante, era uma reação tão natural de seu corpo quanto fechar os olhos ao espirrar, ela não podia se forçar a não ficar excitada quando Des deslizava seus olhos azuis elétricos e famintos por seu corpo.
Quando lhe perguntaram pela primeira vez o que ela havia visto em um homem que tinha idade para ser seu pai ela não soube o que responder primeiro. Algo no tom de voz das pessoas a julgava por não sentir que aquilo deveria ser errado, mas como poderia ser errado se quando ele esfregava sua mão experiente contra o fundo de sua calcinha ela sentia-se encontrando outra galáxia?
Era a forma como ele a olhava naquele tom distinto de azul, um olhar limítrofe a maldade que a fazia errar o passo se estivesse muito distraída. Os cabelos negros com alguns fios de cabelo branco salpicados aqui e acolá contavam que ele tinha histórias que ela queria saber. E o corpo forte e esculpido que ela adorava contornar com a boca, o braço tatuado que a segurava tão firme. Não havia um pedaço nele que ela não venerasse, até mesmo as linhas de expressão em sua testa e ao redor dos olhos lhe pareciam a coisa mais linda do mundo.
Desmond era perfeito para ela, ainda mais quando tinha as mãos ao redor de seu pescoço a segurando firme contra a cama enquanto a fodia até perder os sentidos.

Um sorriso sacana espalhou-se por seu rosto ao perceber que ele ainda não havia percebido que ela o notara. Ergueu o quadril levemente, fazendo com que o robe que já era curto subisse ainda mais revelando que ele era a única coisa que a mantinha de estar nua. Seus olhos estavam presos no espelho medindo a reação do homem que levantou o olhar de sua bunda desnuda para os olhos travessos e ela não pode evitar trançar as pernas ao vê-lo menear a cabeça para os lados como se dissesse no mais pleno silêncio ‘você não tem jeito mesmo’.
“Vai ficar só olhando?” Pirraceou entortando o quadril para o lado fazendo o tecido se apertar mais contra sua carne, marcando o contorno macio de suas curvas.
Desmond aceitou o convite sem precisar de mais incentivos. Cinco passos largos e ele tinha sua ereção colada contra a bunda da mulher e as mãos grandes apertando sua cintura. Delilah fez menção de virar, contudo Des segurou suas mãos e as forçou contra a madeira da penteadeira que a mulher usava indicando o lugar que deveria ficar.
“Você foi uma garotinha muito levada hoje, Delilah.” Murmurou em um tom grave contra a pele do pescoço da loira desencadeando uma onda de arrepios que fizeram suas coxas, outra vez, deslizar uma contra a outra. Des percebeu o leve movimento e sorriu maldoso com os lábios ainda colados em sua pele, soltou uma das mãos dela para enfiá-la entre as pernas da mulher, afastando uma perna da outra a privando de qualquer mínimo alívio. “Sem trapacear, princesa. Somente garotas boazinhas tem o privilégio de gozar. Não é o seu caso.”
“Mas daddy, o que eu fiz?” Replicou com um biquinho em sua boca cor de rosa e um falso tom inocente.
O mais velho dedilhou calmamente a curva da bunda da mulher até o meio de suas costas, a boca devorando a pele sensível de seu pescoço. A loira soltou um suspiro quando a outra mão dele deixou a sua para desatar o nó do robe revelando seu corpo nu por baixo do tecido. Os dedos ágeis correram por sua barriga lisa até o topo de sua virilha, fazendo o nó dentro de seu ventre apertar e fazer seu corpo formigar por antecipação.
“Você me provocou, estrelinha. Andando com seu biquíni enfiado nessa bunda que me pertence, rebolando na frente dos meus convidados… Eu já te avisei para não me provocar, não avisei?” sua voz não passava de um sussurro enquanto lambia a pele exposta de sua nuca fazendo os joelhos da mulher vacilar. “Você lembra o que acontece com garotas desobedientes, Delilah?”
A falta de resposta a fez ganhar um beliscão no mamilo que fez seu gemido ressoar por todo o quarto. Tombou a cabeça para trás deixando-a cair contra o ombro do homem que aproveitou a posição para mordiscar seu maxilar.
“E então, Delilah?” Insistiu mais uma vez vendo-a sorrir infantilmente para seu reflexo no espelho.
“Elas são punidas.” Murmurou em um tom profundo.
Des sorriu satisfeito pela resposta e a agarrou pelos cabelos sem se importar de derrubar alguns dos bobs de sua cabeça e forçou o rosto da mulher contra o tampo da penteadeira, antes afastando de qualquer jeito as maquiagens que ali tinham.
“Exatamente, estrelinha. Elas são punidas. E é exatamente isso que vai acontecer com você agora.”
“Mas daddy…”
Não teve tempo de protestar, o primeiro tapa veio desavisado, forte e ardido contra sua nádega direita, a fazendo pular no lugar. Suas mãos correram pela penteadeira, quase se forçando a ficar ereta novamente, mas o moreno a segurou firme para baixo com a mão no meio de suas costas.
“Mãos no balcão, senão vou ter que te punir por isso também.”
Delilah gemeu em resposta e o som de outro tapa cortou o silêncio. Seguido de mais outro e mais outro, juntando-se a mais uma dezena de palmadas que ficaram marcadas em vermelho vivo na bunda redonda e perfeita da mulher. Sua pele ardia pela surra e seu clitóris inchado dolorido implorava por um pouco de atenção, pulsando firme na carne entre suas pernas.
Des puxou seus cabelos novamente, levantando-a para encarar o espelho. O sorriso satisfeito de um espelhava o do outro. Ele fechou uma mão em concha em seu seio, apertando-o gentilmente antes de afastar a mão para descê-la em um tapa que fez a mulher apertar os olhos com prazer.
“Empine para mim, princesa.” grunhiu.
Obedeceu-o imediatamente, sabendo que o faria logo sem que ele pedisse. Desmond dedilhou todo o caminho de sua boceta encharcada e desesperada, provando-a primeiramente com um dedo para logo assalta-la com outro, o polegar resvalando levemente contra seu clitóris como se o desprezasse de propósito - e com certeza o fazia - fazendo-a soluçar com os pequenos choques que lhe causava.
“Pegue o pincel, Delilah. Quero que termine de se maquiar.” Sussurrou contra seu pescoço, os olhos ainda presos no seu pelo espelho.
Um sorriso devasso se fez presente no rosto da loira, que mesmo com as mãos tremendo tomou o primeiro pincel que viu, tentando raciocinar para que ele servia. Contudo pensar lhe parecia impossível, uma vez que Desmond a penetrava mais rápido com os dedos, encontrando um ritmo que o entretinha - e que desestabilizou completamente suas pernas.
Apertou firme o pincel em sua mão procurando com os olhos a sombra que usaria. Esfregou a ponta fofa contra o pigmento e concentrou-se em esfumar a maquiagem em sua pálpebra móvel.
A próxima coisa que ouviu foi o som de suas próprias unhas arranhando fundo a madeira da penteadeira e um grunhido vindo do fundo de seu peito. Desmond havia pressionado o polegar firme e forte sobre seu clitóris.
“A maquiagem, estrelinha.”
Moveu o pincel de qualquer jeito no olho sem se preocupar se estava correto ou ao menos bonito. Pegou mais do pó colorido e aplicou na outra pálpebra enquanto ouvia atentamente o som do zíper do mais velho descer. As mãos quentes a deixaram brevemente e Delilah soltou um suspiro pesado.

Ele a invadiu sem aviso, forte e certeiro, arrancando-lhe um grito. O pincel foi ao chão ao passo que seus seios eram raspados contra o balcão. Des a pegou forte, segurando seus cabelos com força, os olhos presos nela pelo espelho analisando-a a cada investida.
Delilah estava tão perto de gozar que nem ao menos ligou de estapear o homem no braço para libertar seu cabelo. Encostou a cabeça contra seu ombro e o puxou pela nuca para um beijo atrapalhado.
Des finalmente se apiedou da garota, a tocando em círculos no lugar certo no mesmo ritmo que a penetrava fazendo-a morder seu boca quando gozou rápido e forte para logo ter a sua libertação.
Ela ainda tinha a cabeça em seu ombro, o sorriso no lugar, apesar de respirar com dificuldade.
“Estamos atrasados, aliás.” Des foi o primeiro a falar, dando-lhe um beijo na nuca antes de se afastar rindo.
“Não brinca.” A loira retrucou. “Não imagino de quem seja a culpa.”
Des já estava dentro do chuveiro gargalhando, enquanto ela recolocava os bobs na cabeça. Riu com o bom humor do homem e depois de arrumar suas coisas no lugar o seguiu para o banho.
“Não me distraia, você fica pronto em cinco minutos e eu preciso me maquiar ainda.” Avisou enfiando o indicador no nariz de Desmond que mordeu de brincadeira a ponta dele. “Dessa vez de verdade e você não vai me interromper.”
“Oh você sabe que não pode me dar um desafio desses, Lilah.”
O mais velho tentou pegá-la pela cintura, contudo tudo que recebeu foi uma esponja cheia de espuma no meio do peito.
“Fora! Você é uma tentação, homem.” Grunhiu tomando de volta sua esponja e apontado séria para o lado de fora. “Agora, Des.”
“Vai ter volta.” Sussurrou rouco a puxando para um beijo antes de sair e se enrolar em sua toalha. Em resposta ela lhe deu ombros e continuou a tomar banho.

Meia hora mais tarde ela finalmente estava pronta. Vestida, maquiada e perfumada. Os cabelos loiros ajeitados para trás exibindo o pescoço adornado com uma corrente cheia de diamantes brilhantes.
Munida com a pequena bolsa que cabia somente seu celular e o batom ela seguiu pela sala atrás de Desmond, o encontrando deitado preguiçosamente em sua long chaise, um charuto Louixs pendurado nos lábios, o terno sob medida perfeito em seu corpo. Suspirou longamente pela visão do homem, chamando sua atenção.
“Eu não acho que algum dia você já esteve tão lindo quanto você está agora.” Ronronou manhosa sentando-se ao lado do homem para então encaixar-se em seus braços e deitar a cabeça em seu peito.
Des riu em resposta e abandonou o fumo no cinzeiro antes de segurá-la com as duas mãos livres. Esfregou carinhosamente suas costas e deslizou os dedos pela pele macia do braço da mulher.
“Você sabe que já temos que sair, não sabe?”
“Sei. Mas eu só quero ficar abraçada aqui com você um pouquinho.”
O homem concordou com um arfar resignado a segurando firme contra seu peito, fechou os olhos aproveitando o momento por uns segundos até Delilah levantar o queixo em sua direção e sussurrar de súbito:
“Eu te amo tanto, homem.”
“Eu te amo mais, estrelinha.”
A loira esticou-se um pouco mais e beijou brevemente os lábios de Desmond. O moreno olhou-a embasbacado antes de se levantar a levando junto com um sorriso preso nos lábios. Ofereceu o braço para caminha-la até o carro que os levaria para o evento que deveriam ter chegado há quase uma hora atrás.

Flashes pipocavam conforme eles avançavam de braços dados em direção as escadas. Os fotógrafos pedindo em voz alta para os dois posarem rapidamente para uma foto. Delilah sorriu doce para a câmera ao lado de Desmond.
Estavam na metade da escada quando aconteceu.
Uma mulher com roupas que destoavam da ocasião avançou pelo mar de fotógrafos empurrando-os do caminho, parou aos pés da escada e enfiou a mão dentro do bolso largo do casaco puído. Alguém gritou sobre todo o barulho que os cercava: arma.
Desmond virou-se para perceber que eram eles na mira da arma que a mulher apontava. Puxou Delilah para trás de si a tempo de ouvir o estouro da arma. E então tudo ao redor sumiu ao passo em que a dor aguda rasgava por seu peito, os joelhos não puderam mais mantê-lo em pé, a última coisa que escutou antes de cair foi o grito estrangulado de Delilah logo atrás de si.

“Des!” a loira gritou ao ver o homem cair quase em cima de si sentindo o desespero abraçá-la ao cair em si sobre o que tinha acontecido. Desmond havia levado um tiro no peito.
Sua reação imediata foi colocar as duas mãos sobre o ferimento que sangrava sobre todo o terno. O moreno jazia inerte sobre os degraus, a pele empalidecendo e os grandes olhos azuis semiabertos a encarando.
Fez seu melhor para ignorar o tumulto ao redor, os curiosos cercando e focou no homem e em seu coração que batia fraco sob sua palma.
“Aguenta firme, daddy. A ambulância vai chegar a qualquer momento.”
“Eu amo você, estrelinha.” murmurou em um fio de voz fazendo-a irromper em lágrimas.
“Não. Não fale como se você estivesse morrendo, você não está, Des. Eu não permito que você morra, me escutou seu velho doido?! Você está proibido de morrer, Desmond.”
Uma sombra de sorriso se desenhou no rosto do moreno e ele bateu os cílios de leve para a mulher antes dos paramédicos a tirarem de cima dele e o atenderem.
Foi um policial que a amparou quando ela tropeçou pelos degraus perdida sobre o que faria. Jogou um cobertor ao redor dos ombros da mulher e a colocou dentro da viatura para irem para o hospital.
“Quem era aquela mulher?” perguntou de súbito sem encarar o homem, os olhos perdidos em lugar nenhum do outro lado do vidro.
“Deirdre McCoy.” Suspirou o policial. “Ela foi levada para a delegacia já. Sinto muito que tenham sofrido esse ataque.”
Delilah virou-se para o homem, os olhos inchados e borrados em uma tristeza dolorosa. Apertou o cobertor ao redor de si.
“Por que ela fez isso? Ela falou porque atirou em Des?”
“Não, ela não falou. Não se preocupe com ela agora, senhorita. Ela não vai sair de trás das grades tão cedo.”
A loira manteve-se em silêncio durante o resto do percurso e até dentro da sala de espera do hospital depois de ligar para os familiares e amigos avisando o que havia acontecido antes que eles soubessem por outros meios.
A mãe de Des, Elena, foi a primeira a chegar, ficando ao lado da nora o tempo todo. Os irmãos e sobrinhos de foram chegando logo depois e se amontoando na pequena sala.
Demorou uma eternidade até que o médico enfim aparecesse com noticias. A expressão de derrota em seu rosto denunciava que não era portador de boas notícias.
A loira manteve-se firme por fora enquanto o médico desenrolava o discurso mais triste de toda sua vida. Des não havia resistido, estava ligado em uma máquina apenas por tempo suficiente para que os familiares se despedissem e então tudo estaria acabado.
Desmond Rosenblatt estava morto.
Frio tomou todo o ambiente, nem mesmo a mão de Elena firme contra a sua parecia trazer qualquer conforto. Sua língua seca colada contra o céu da boca a impedia de falar qualquer coisa, apenas sentou-se paciente e alheia ao passar do tempo enquanto um por um ia ao quarto em que o amor da sua vida esperava inerte e sem vida.
Não soube explicar como chegou ao lugar quando foi sua vez. Só percebeu a si mesma dentro do quarto quando viu Des ligado a vários aparelhos deitado sem vida. Seu coração pareceu despencar dentro de si tamanha dor sentiu. Correu em sua direção e deitou ao seu lado, mesmo sabendo que ele não a tocaria de volta.
A pele ainda estava quente quando seus dedos a tocaram. Lágrimas desceram silenciosas por sua face e ela sentiu, pouco a pouco, sua mente deixar seu corpo.
Deitou a cabeça no peito dele e não ouviu nada. Nem sequer um pequeno barulhinho indicando que ele ainda estava ali. Seus dedos apertaram firme contra o lençol sobre o homem, nunca havia sentido tamanha dor.
“Eu preciso de você, Des. Por favor, não me deixe. Eu te respiro! Não me deixe, eu nunca te deixaria, Des.” Grunhiu engasgada com o choro, sentindo molhar não somente suas próprias roupas, mas o corpo inerte abaixo de si.
“Eu te amo tanto, daddy. Não os deixe vencer.”
Perdeu a noção de quanto tempo ficou ali, só saiu quando a equipe médica avisou que teriam que desligar os aparelhos. Elena a abraçou enquanto eles declaravam a hora do óbito e então tudo se tornou real demais.
Separou-se da sogra e caminhou sem rumo pelo hospital encontrando a capela no caminho. Entrou na mesma e sentou-se no primeiro banco, as mãos apertadas contra o colo, os olhos inchados presos no pequeno Jesus preso na cruz.
“Eu confio na sua decisão de tirá-lo de mim, mas eles vão lamentar ter feito isso, eles vão.”
E eles lamentaram.



Fim?



Nota da autora:Sem nota



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