Capítulo I
“Yo solo le escribo canciones secretos que nadie sabe porque ella me da las razones y aleluya”
Con esa mirada y sonrisa haciendo que nadie la ve su pelo en el mar con la brisa y aleluya
Eu observava meu caderno de composições, enquanto mordia o lápis, e, mais a frente, ela, a musa inspiradora dessa canção, também conhecida como .
- Ainda escrevendo músicas pra ela que você nunca vai ter coragem de mostrar né? – , meu parceiro de banda, dizia, se sentando ao meu lado.
- Pelo menos eu uso toda essa situação de merda ao meu favor, fazendo músicas que farão sucesso.
- E você não acha que seria mais fácil contar pra ela sobre seus sentimentos? O que pode ser tão ruim? Já ouviu aquele ditado? “O não você já tem.” – Ele dizia e dava de ombros.
- O problema é confirmar esse não, mané. Já pensou? Ela me rejeita, não vou nem ter coragem de voltar aqui pra cantar. Fora que ela namora aquele idiota do Diego e, pelo jeito, não pretende terminar com ele tão cedo.
- Talvez se ela soubesse que algo melhor a aguarda, ela poderia sair desse relacionamento tão ruim. – Ele me empurrava com seu ombro.
- Esquece, dude, não vai acontecer. Vou continuar escrevendo minhas músicas e sonhando com ela.
- Não tá mais aqui quem falou. – se levantou. – O mesmo horário de sempre hoje?
- Sim, às 20:15 no pátio de alimentação. Hoje eles estão bem cheios. Vamos torcer pra ter um empresário famoso pra nos ver e nos dar uma chance.
- Sim, vamos sim, . – Ele deu as costas e saiu.
Observei por mais um tempo. Ela estava sentada próximo ao mar, com o olhar distante, e eu sentava mais próximo a orla. Mais uma vez comecei a fantasiar, primeiro com o sucesso de minhas músicas, ganhando prêmios, fazendo shows pra plateias lotas, garotas gritando e se atirando na gente, e ela, , finalmente acordando e percebendo que eu sou homem de sua vida. Ao pensar isso, um sorriso bobo brotou nos meus lábios.
Con esa mirada y sonrisa haciendo que nadie la ve su pelo en el mar con la brisa y aleluya
Eu observava meu caderno de composições, enquanto mordia o lápis, e, mais a frente, ela, a musa inspiradora dessa canção, também conhecida como .
- Ainda escrevendo músicas pra ela que você nunca vai ter coragem de mostrar né? – , meu parceiro de banda, dizia, se sentando ao meu lado.
- Pelo menos eu uso toda essa situação de merda ao meu favor, fazendo músicas que farão sucesso.
- E você não acha que seria mais fácil contar pra ela sobre seus sentimentos? O que pode ser tão ruim? Já ouviu aquele ditado? “O não você já tem.” – Ele dizia e dava de ombros.
- O problema é confirmar esse não, mané. Já pensou? Ela me rejeita, não vou nem ter coragem de voltar aqui pra cantar. Fora que ela namora aquele idiota do Diego e, pelo jeito, não pretende terminar com ele tão cedo.
- Talvez se ela soubesse que algo melhor a aguarda, ela poderia sair desse relacionamento tão ruim. – Ele me empurrava com seu ombro.
- Esquece, dude, não vai acontecer. Vou continuar escrevendo minhas músicas e sonhando com ela.
- Não tá mais aqui quem falou. – se levantou. – O mesmo horário de sempre hoje?
- Sim, às 20:15 no pátio de alimentação. Hoje eles estão bem cheios. Vamos torcer pra ter um empresário famoso pra nos ver e nos dar uma chance.
- Sim, vamos sim, . – Ele deu as costas e saiu.
Observei por mais um tempo. Ela estava sentada próximo ao mar, com o olhar distante, e eu sentava mais próximo a orla. Mais uma vez comecei a fantasiar, primeiro com o sucesso de minhas músicas, ganhando prêmios, fazendo shows pra plateias lotas, garotas gritando e se atirando na gente, e ela, , finalmente acordando e percebendo que eu sou homem de sua vida. Ao pensar isso, um sorriso bobo brotou nos meus lábios.
Capítulo II
“Tan bonita y tan sola niña, él no te valora qué daría por un beso por tenerte a cada hora”
- Sonhando acordado de novo, ? – A voz dela me tirou dos meus devaneios.
- Ah, o de sempre, você sabe. – Eu ri, sem graça, fechando meu caderno e coçando a nuca.
- Sim, fama, mulheres, prêmios... Tá escrevendo música nova, é? – Ela dizia, tentando ver meu caderno.
- Nada. Queria, mas a inspiração não veio hoje.
- Ah, qual é?! Você escreveu algo aí, sim. Deixa eu ver, vai! Somos amigos ou não? – Ela dizia, tentando tirar o caderno de minhas mãos.
- Amigos, amigos, composições a parte, mocinha. Vai que você dá ideia pro seu namorado e ele rouba meu mais novo sucesso. – Eu dizia, brincando, mas um tanto quanto enciumado.
- Ok, mas, quando estiver pronta, eu quero ler, ouvir, tudo, pode ser?
- Claro, mas não sei quando isso vai acontecer. Enfim, tudo bem com você?
- É, sim. – Ela dizia e encarava o chão.
- O que foi? Você parecia tão distante lá na frente observando o mar, aconteceu algo?
- Ah, , muito complicado. Você não precisa ficar ouvindo esses dramas de menininha. – Ela brincava com um punhado de areia.
- Ei, somos amigos, certo? – Aquela palavra me matava, era como um balde de água fria no inverno. – Amigos servem pra essas coisas, pode me contar.
- Ok, mas não me acha uma boba. É o Diego.
- O que tem o Diego? – Aquilo me interessava.
- Ah, você sabe. Desde que ele começou a fazer sucesso com a música, ele quase nunca está aqui. Quando está, nós estamos brigando e, quando não está, parece que ele só ignora minha existência, mal fala comigo. Direto saem rumores dele saindo com outras garotas e, quando eu vou questionar, ele diz que não tem tempo pro meu drama de menininha. Mas, poxa, nós temos um relacionamento que começou antes dessa fama, ele podia, pelo menos não ignorar minha existência.
- E mesmo com tudo isso, você ainda quer ficar com ele? – Por favor, diz que não.
- Ah, quero, eu acho. Independente disso, ele é meu primeiro amor e eu acredito que isso seja uma fase, que vai passar e ele vai voltar a ser meu Diego de sempre.
- Hum, ok. Espero que dê tudo certo.
- E você, hein? Como tá o coração? – Ela perguntava, me dando leves beliscões na barriga.
- Ai, ué, batendo, né, ? Como sempre. – Eu ria e tentava segurar suas mãos.
- Não, idiota. Tô perguntando se você está apaixonado por alguém. - Ahn, não sei. Bem, talvez. – Eu cocei a nuca, queria poder gritar que sim e que era por ela.
- Huuuuuum, e quem é a sortuda? – Ela apoiou seu queixo nas mãos, mostrando que estava atenta ao que eu falava.
- Não importa, nunca vai acontecer mesmo, ela nem imagina que eu existo. Quer dizer, ela sabe quem eu sou, só não sabe dos meus sentimentos mesmo.
- E por que não?
- Ah, porque ela provavelmente não sente o mesmo, então melhor deixar como está. Prefiro ter ela por perto como amiga do que não ter ela por perto.
- Awn, eu não acho justo um sentimento tão bonito ficar guardado assim. Acho que ela ia amar saber como você sente. – Ele arrumava meu cabelo que o vento bagunçava.
- Quem sabe um dia. – Eu disse e sorri sem mostrar os dentes.
- Bom, eu vou indo, preciso ajudar meu paizinho na pousada. Te espero hoje à noite.
se levantou foi andando pra pousada. Virou pra mim no meio do caminho e me jogou um beijo, eu fingi pegar o beijo no ar e guardar no bolsinho da minha camisa, era uma brincadeira nossa de muito tempo. , era filha dos donos da pousada onde eu fazia show a noite com minha banda e, sinceramente, foi amor à primeira vista.
- Ah, o de sempre, você sabe. – Eu ri, sem graça, fechando meu caderno e coçando a nuca.
- Sim, fama, mulheres, prêmios... Tá escrevendo música nova, é? – Ela dizia, tentando ver meu caderno.
- Nada. Queria, mas a inspiração não veio hoje.
- Ah, qual é?! Você escreveu algo aí, sim. Deixa eu ver, vai! Somos amigos ou não? – Ela dizia, tentando tirar o caderno de minhas mãos.
- Amigos, amigos, composições a parte, mocinha. Vai que você dá ideia pro seu namorado e ele rouba meu mais novo sucesso. – Eu dizia, brincando, mas um tanto quanto enciumado.
- Ok, mas, quando estiver pronta, eu quero ler, ouvir, tudo, pode ser?
- Claro, mas não sei quando isso vai acontecer. Enfim, tudo bem com você?
- É, sim. – Ela dizia e encarava o chão.
- O que foi? Você parecia tão distante lá na frente observando o mar, aconteceu algo?
- Ah, , muito complicado. Você não precisa ficar ouvindo esses dramas de menininha. – Ela brincava com um punhado de areia.
- Ei, somos amigos, certo? – Aquela palavra me matava, era como um balde de água fria no inverno. – Amigos servem pra essas coisas, pode me contar.
- Ok, mas não me acha uma boba. É o Diego.
- O que tem o Diego? – Aquilo me interessava.
- Ah, você sabe. Desde que ele começou a fazer sucesso com a música, ele quase nunca está aqui. Quando está, nós estamos brigando e, quando não está, parece que ele só ignora minha existência, mal fala comigo. Direto saem rumores dele saindo com outras garotas e, quando eu vou questionar, ele diz que não tem tempo pro meu drama de menininha. Mas, poxa, nós temos um relacionamento que começou antes dessa fama, ele podia, pelo menos não ignorar minha existência.
- E mesmo com tudo isso, você ainda quer ficar com ele? – Por favor, diz que não.
- Ah, quero, eu acho. Independente disso, ele é meu primeiro amor e eu acredito que isso seja uma fase, que vai passar e ele vai voltar a ser meu Diego de sempre.
- Hum, ok. Espero que dê tudo certo.
- E você, hein? Como tá o coração? – Ela perguntava, me dando leves beliscões na barriga.
- Ai, ué, batendo, né, ? Como sempre. – Eu ria e tentava segurar suas mãos.
- Não, idiota. Tô perguntando se você está apaixonado por alguém. - Ahn, não sei. Bem, talvez. – Eu cocei a nuca, queria poder gritar que sim e que era por ela.
- Huuuuuum, e quem é a sortuda? – Ela apoiou seu queixo nas mãos, mostrando que estava atenta ao que eu falava.
- Não importa, nunca vai acontecer mesmo, ela nem imagina que eu existo. Quer dizer, ela sabe quem eu sou, só não sabe dos meus sentimentos mesmo.
- E por que não?
- Ah, porque ela provavelmente não sente o mesmo, então melhor deixar como está. Prefiro ter ela por perto como amiga do que não ter ela por perto.
- Awn, eu não acho justo um sentimento tão bonito ficar guardado assim. Acho que ela ia amar saber como você sente. – Ele arrumava meu cabelo que o vento bagunçava.
- Quem sabe um dia. – Eu disse e sorri sem mostrar os dentes.
- Bom, eu vou indo, preciso ajudar meu paizinho na pousada. Te espero hoje à noite.
se levantou foi andando pra pousada. Virou pra mim no meio do caminho e me jogou um beijo, eu fingi pegar o beijo no ar e guardar no bolsinho da minha camisa, era uma brincadeira nossa de muito tempo. , era filha dos donos da pousada onde eu fazia show a noite com minha banda e, sinceramente, foi amor à primeira vista.
Capítulo III
“No le creas todo lo que te disse las heridas sanan, pero dejan cicatrices se llevó el color dejándote los días grises déjame pintártelos de colores felices”
- Vê se assim fica bom: cuando él no te mire, solo llámame pase lo que pase, solo llámame digan lo que digan, yo a ti no te dejaré no te dejaré sol sola sola.
- Sim, fica bom, mas acho que precisava de uma pegada um pouco mais agitada. Me dá aqui. – , meu outro companheiro de banda pegou a folha que tinha a letra da minha mais nova música, cantarolava e batia os pés. – Aqui, essa parte, acho que essa parte pode ser mais agitada, assim ó: No le creas todo lo que te disse las heridas sanan, pero dejan cicatrices se llevó el color dejándote los días grises déjame pintártelos de colores felices Yo sé que con él te sientes sola no te acostumbres a alguien que es infiel déjame ser el que te enamora pa’ que tú sepas lo que es ser mi mujer. - Genial. – Eu dizia, batendo palmas.
- O que uma paixão não correspondida não faz, hein? Essa letra tá muito boa, . Você podia dedicar pra ela essa noite, hã, o que acha?
- Ficou maluco? O namoradinho dela chegou ontem de viagem, eles devem estar no maior love. - Não foi o que eu fiquei sabendo por aí. – disse, como quem não queria nada.
- O que você ficou sabendo?
- Que eles estão tendo uma briga séria desde que ele chegou.
- Grande coisa, depois eles ficam bem. – Eu disse, me jogando no sofá.
- Ei, ânimo! Você acabou de fazer uma música autoral foda, vamos arrasar. – dizia, animado.
- É... Pelo menos pra isso meu sofrimento tem servido, né? Vamos ensaiar, então.
Passamos a tarde toda ensaiando minha nova música e nosso repertório. Uma vez no mês, a pousada oferecia um luau para os hóspedes e hoje era a noite do luau. Eram meus shows preferidos, adorava cantar com os pés na areia, com a baixa iluminação, tudo mais aconchegante e tranquilo.
Mais tarde, nos arrumamos e fomos pra pousada. Eu estava ansioso pra ver , saber se estava tudo bem entre ela e Diego, não que quisesse que eles tivessem mal, longe de mim, mas queria que ela estivesse melhor comigo.
Ao chegar na pousada, demos de cara com Seu Ignácio, pai de e dono da pousada. Eu o adorava por tudo que fazia por nós.
- Olha se não são meus meninos! Como estão hoje? – Ele dizia, enquanto nos aproximávamos.
- Estamos bem, Seu Ignácio, ansiosos pra hoje. Adoramos a noite de luau.
- Eu também adoro.
- E a ? Sabe onde ela está?
- Ah, meu filho, está por aí discutindo com o Diego. Eles não estão nada bem. – Ele disse essa última parte quase como um cochicho.
- Ah, que pena, espero que fique tudo bem. Nós, então, vamos pra lá nos preparar.
- Bom show, rapazes.
Estávamos arrumando os instrumentos e testando som na área reservada para show quando passou correndo e chorando.
- Vai lá, cara. A gente arruma aqui. – dizia, tomando o microfone da minha mão.
E eu corri tentando alcançá-la, mas parecia que ela nunca pararia de correr e fomos cada vez mais longe. Eu gritava seu nome, mas ela só ignorava e isso me preocupada muito. Até que, em um momento, ela tropeçou e foi ao chão, ainda bem que tinha a areia pra amortecer a queda, mas ali ficou e aumentou mais ainda a intensidade do seu choro. Quando consegui alcançá-la, me ajoelhei perto e a abracei, e ela me apertava cada vez mais e seu choro ficava mais intenso. Decidi deixá-la chorar tudo que ela tivesse pra chorar e depois tentar entender o motivo.
- Obrigada. – Ela disse em meio aos soluços, aninhando a cabeça em meu peito.
- Por nada. Quer conversar sobre o que aconteceu? – Eu disse, fazendo carinho em seus cabelos.
- É o Diego. Sempre é o Diego. Não tivemos um minuto de paz desde quando ele chegou. Só que hoje foi a gota d’água.
- E o que aconteceu hoje?
- Ele disse que estava cansado das nossas brigas, que estava cansado das minhas cobranças e que, agora que ele era famoso, ele conseguiria alguém melhor do que eu. – Ela disse e caiu no choro novamente.
E eu fiquei ali, sem reação, apenas segurando-a em meus braços e acariciando seu cabelo na esperança de acalmá-la. Conforme o tempo ia passando, o choro de ia cessando e ela respirava fundo, como se estivesse digerindo tudo que estava acontecendo.
- Vamos, você vai se atrasar pro seu show. – Ela disse, se soltando de mim.
- Vamos. – Eu me levantei e a ajudei a levantar. Nós caminhamos de volta pro local do luau abraçados lado a lado.
- Vou lavar o rosto e refazer minha maquiagem e já venho, tá? – Ela disse, quando chegamos ao local.
- Ok, não demora, não podemos ficar sem nossa melhor dançarina. – Eu disse e dei uma piscadela pra ela.
- Claro que sou a melhor, sou a única. – Ela riu e saiu correndo pra dentro da pousada para se arrumar.
Começamos nosso show. Os hóspedes bem animados, dançavam, cantavam junto, pediam músicas e claro, não negaríamos esses pedidos. Enquanto nos apresentávamos, vi Diego passar com suas malas sozinho, pouco depois se juntou a nós, linda, nem parecia que teve um crise de choro daquelas, e se juntou com os hóspedes dançando. Nós trocávamos olhares e sorrisos o tempo todo e tudo que eu queria era que ela soubesse como me sinto.
Fizemos uma pausa para tomar uma água e descansar um pouco e veio até nós.
- E aí, melhor? – Eu perguntei.
- Sim, muito. Parece que tirou um peso de mim.
- Ele foi embora?
- Foi, melhor assim.
- Ei, , tudo bem? – se aproximou de nós.
- Tudo sim, . Vocês estão arrasando hoje, sabia?
- Ah, é? Sabe como podia ficar melhor? Com a música que o fez.
- Vocês terminaram a música? – Eu assenti com a cabeça. – E não me mostrou? , tô chateada agora. – Ela fez beicinho.
- Nós terminamos hoje, na verdade. Não é nada demais.
- É a mais pura declaração de amor , acho que você vai gostar. – me alfinetou.
- Ai, , canta, por favor. – Ela juntou as mãos, pedindo.
- Não sei, , acho que não to preparado ainda. – Eu cocei a nuca.
- Por quê? você não pode ficar guardando esses sentimentos, amor é a coisa mais linda do mundo, essa garota precisa saber do que você sente. Já pensou se ela também gosta de você e você nem imagina?
- Eu acho que não, ela já gosta de outro cara.
- , por favorzinho, canta sua música. Eu quero muito ouvir.
- Ok, vou pensar com carinho, pode ser?
- Pode. – Ela dava pulinhos e batia palmas de animação.
Cantamos mais algumas músicas do nosso repertório, mais algumas músicas que os hóspedes pediram e já estávamos na última canção para encerrar o luau. Ao finalizar, pegou o microfone.
- Pessoal, boa noite, espero que tenham gostado do nosso luau. Hoje nós queremos fazer algo um pouquinho diferente. Queremos cantar uma música autoral, vocês nos permitem?
- Siiiiiim. – A plateia gritou em coro e, de longe, a voz de se destacava.
- Ok, nosso amigo aqui, , quem compôs. É uma bela canção de amor, feita pensando na garota que ele gosta. Esperamos que vocês gostem, esperamos que ela goste. – Ele direcionou o olhar a e eu queria que a terra se abrisse ali. – Essa canção de chama Aleluya.
Con esa mirada y sonrisa
Haciendo que nadie la ve
Su pelo en el mar con la brisa
Y aleluya
começava a se balançar de acordo com o ritmo da melodia.
Yo solo le escribo canciones
Secretos que nadie sabe
Porque ella me da las razones
Y aleluya
ouvia atentamente, fechou os olhos e continuava se balançando de acordo com a melodia. Eu evitava olhar pra ela com medo de que ela entendesse que a música era pra ela.
No lo ves
Él no te hace bien
Y tú soñando con él
parou de dançar e passou a me encarar, prestando mais ainda atenção na letra. Eu sentia minhas mãos formigarem, minhas orelhas queimavam e meu estômago revirava.
Tan bonita y tan sola
Ese idiota te ignora
Niña yo te confieso
Todo esto y me enamora
Tan bonita y tan sola
Niña, él no te valora
Qué daría por un beso
Por tenerte a cada hora
e se juntaram a mim, cantando o refrão e eu agradeci o apoio, pois eu sentia que desmaiaria a qualquer momento. se aproximava e me encarava cada vez mais, nesse ponto eu já não conseguia mais evitar o contato visual.
Cuando él no te mire, solo llámame
Pase lo que pase, solo llámame
Digan lo que digan, yo a ti no te dejaré
No te dejaré sola
Sola
Sola
E foi assim que eu me entreguei e passei a cantar de todo coração pra ela, que estava cada vez mais perto e mais atenta a letra. Ao reparar bem em seus olhos, vi que estavam marejados.
No le creas todo lo que te dice
Las heridas sanan, pero dejan cicatrices
Se llevó el color dejándote los días grises
Déjame pintártelos de colores felices
Yo sé que con él te sientes sola
No te acostumbres a alguien que es infiel
Déjame ser el que te enamora
Pa’ que tú sepas lo que es ser mi mujer
Yo sé que con él te sientes sola
No te acostumbres a alguien que es infiel
Déjame ser el que te enamora
Pa’ que tú sepas lo que es ser mi mujer
assumiu essa parte da música, enquanto e eu estávamos ali, perdidos no olhar um do outro, como se nada mais ao redor existisse, só nós dois e aquela canção.
Tan bonita y tan sola
Él ya no te valora
Vida, yo te confieso
Todo de ti me enamora
Tan bonita y tan sola
Ese idiota te ignora
Qué daría por un beso
Por tenerte a cada hora
Eu sorri enquanto cantava e ela me sorriu de volta e deixou uma lágrima cair, mas eu entendi que aquela lágrima não era de tristeza como as tantas outras que ela derramava mais cedo, essa era diferente, já que seus olhos brilhavam.
Cuando él no te mire, solo llámame
Cuando no te busque, solo llámame
Digan lo que digan, yo a ti no te dejaré
No te dejaré sola
Sola
Sola
finalmente chegou até mim e segurou minha mão enquanto eu cantava. Confesso que senti minhas pernas fraquejarem e, num ato de coragem, levei a mão dela até meu coração, para que ela percebesse o quão rápido batia.
Cuando él no te mire, solo llámame
Cuando no te busque, solo llámame
Digan lo que digan, yo a ti no te dejaré
No te dejaré sola
Sola
Sola
Ao cantar o último verso, todos aplaudiram como uma explosão e se jogou em mim e me beijou. No momento que nossos lábios se encontraram, eu não era capaz de ouvir mais nada que acontecia do lado de fora do nosso abraço. Era um beijo cheio de paixão e ternura. Ela acariciava meu rosto e eu envolvia sua cintura com as mãos e aos nos separarmos, as pessoas continuavam a bater palmas, inclusive e , mas agora não era mais pela música, era pelo nosso beijo. Eu sentia um misto de emoções que eu nem conseguia descrever.
- , que lindo, por que você nunca me disse antes? – dizia rápido, atropelando as palavras.
- Não importa mais, o que importa agora e que você nunca mais vai estar sozinha. – Ela sorriu e nos beijamos de novo.
- Aleluya! – Gritaram e juntos e nós rimos no meio do nosso beijo.
- Vê se assim fica bom: cuando él no te mire, solo llámame pase lo que pase, solo llámame digan lo que digan, yo a ti no te dejaré no te dejaré sol sola sola.
- Sim, fica bom, mas acho que precisava de uma pegada um pouco mais agitada. Me dá aqui. – , meu outro companheiro de banda pegou a folha que tinha a letra da minha mais nova música, cantarolava e batia os pés. – Aqui, essa parte, acho que essa parte pode ser mais agitada, assim ó: No le creas todo lo que te disse las heridas sanan, pero dejan cicatrices se llevó el color dejándote los días grises déjame pintártelos de colores felices Yo sé que con él te sientes sola no te acostumbres a alguien que es infiel déjame ser el que te enamora pa’ que tú sepas lo que es ser mi mujer. - Genial. – Eu dizia, batendo palmas.
- O que uma paixão não correspondida não faz, hein? Essa letra tá muito boa, . Você podia dedicar pra ela essa noite, hã, o que acha?
- Ficou maluco? O namoradinho dela chegou ontem de viagem, eles devem estar no maior love. - Não foi o que eu fiquei sabendo por aí. – disse, como quem não queria nada.
- O que você ficou sabendo?
- Que eles estão tendo uma briga séria desde que ele chegou.
- Grande coisa, depois eles ficam bem. – Eu disse, me jogando no sofá.
- Ei, ânimo! Você acabou de fazer uma música autoral foda, vamos arrasar. – dizia, animado.
- É... Pelo menos pra isso meu sofrimento tem servido, né? Vamos ensaiar, então.
Passamos a tarde toda ensaiando minha nova música e nosso repertório. Uma vez no mês, a pousada oferecia um luau para os hóspedes e hoje era a noite do luau. Eram meus shows preferidos, adorava cantar com os pés na areia, com a baixa iluminação, tudo mais aconchegante e tranquilo.
Mais tarde, nos arrumamos e fomos pra pousada. Eu estava ansioso pra ver , saber se estava tudo bem entre ela e Diego, não que quisesse que eles tivessem mal, longe de mim, mas queria que ela estivesse melhor comigo.
Ao chegar na pousada, demos de cara com Seu Ignácio, pai de e dono da pousada. Eu o adorava por tudo que fazia por nós.
- Olha se não são meus meninos! Como estão hoje? – Ele dizia, enquanto nos aproximávamos.
- Estamos bem, Seu Ignácio, ansiosos pra hoje. Adoramos a noite de luau.
- Eu também adoro.
- E a ? Sabe onde ela está?
- Ah, meu filho, está por aí discutindo com o Diego. Eles não estão nada bem. – Ele disse essa última parte quase como um cochicho.
- Ah, que pena, espero que fique tudo bem. Nós, então, vamos pra lá nos preparar.
- Bom show, rapazes.
Estávamos arrumando os instrumentos e testando som na área reservada para show quando passou correndo e chorando.
- Vai lá, cara. A gente arruma aqui. – dizia, tomando o microfone da minha mão.
E eu corri tentando alcançá-la, mas parecia que ela nunca pararia de correr e fomos cada vez mais longe. Eu gritava seu nome, mas ela só ignorava e isso me preocupada muito. Até que, em um momento, ela tropeçou e foi ao chão, ainda bem que tinha a areia pra amortecer a queda, mas ali ficou e aumentou mais ainda a intensidade do seu choro. Quando consegui alcançá-la, me ajoelhei perto e a abracei, e ela me apertava cada vez mais e seu choro ficava mais intenso. Decidi deixá-la chorar tudo que ela tivesse pra chorar e depois tentar entender o motivo.
- Obrigada. – Ela disse em meio aos soluços, aninhando a cabeça em meu peito.
- Por nada. Quer conversar sobre o que aconteceu? – Eu disse, fazendo carinho em seus cabelos.
- É o Diego. Sempre é o Diego. Não tivemos um minuto de paz desde quando ele chegou. Só que hoje foi a gota d’água.
- E o que aconteceu hoje?
- Ele disse que estava cansado das nossas brigas, que estava cansado das minhas cobranças e que, agora que ele era famoso, ele conseguiria alguém melhor do que eu. – Ela disse e caiu no choro novamente.
E eu fiquei ali, sem reação, apenas segurando-a em meus braços e acariciando seu cabelo na esperança de acalmá-la. Conforme o tempo ia passando, o choro de ia cessando e ela respirava fundo, como se estivesse digerindo tudo que estava acontecendo.
- Vamos, você vai se atrasar pro seu show. – Ela disse, se soltando de mim.
- Vamos. – Eu me levantei e a ajudei a levantar. Nós caminhamos de volta pro local do luau abraçados lado a lado.
- Vou lavar o rosto e refazer minha maquiagem e já venho, tá? – Ela disse, quando chegamos ao local.
- Ok, não demora, não podemos ficar sem nossa melhor dançarina. – Eu disse e dei uma piscadela pra ela.
- Claro que sou a melhor, sou a única. – Ela riu e saiu correndo pra dentro da pousada para se arrumar.
Começamos nosso show. Os hóspedes bem animados, dançavam, cantavam junto, pediam músicas e claro, não negaríamos esses pedidos. Enquanto nos apresentávamos, vi Diego passar com suas malas sozinho, pouco depois se juntou a nós, linda, nem parecia que teve um crise de choro daquelas, e se juntou com os hóspedes dançando. Nós trocávamos olhares e sorrisos o tempo todo e tudo que eu queria era que ela soubesse como me sinto.
Fizemos uma pausa para tomar uma água e descansar um pouco e veio até nós.
- E aí, melhor? – Eu perguntei.
- Sim, muito. Parece que tirou um peso de mim.
- Ele foi embora?
- Foi, melhor assim.
- Ei, , tudo bem? – se aproximou de nós.
- Tudo sim, . Vocês estão arrasando hoje, sabia?
- Ah, é? Sabe como podia ficar melhor? Com a música que o fez.
- Vocês terminaram a música? – Eu assenti com a cabeça. – E não me mostrou? , tô chateada agora. – Ela fez beicinho.
- Nós terminamos hoje, na verdade. Não é nada demais.
- É a mais pura declaração de amor , acho que você vai gostar. – me alfinetou.
- Ai, , canta, por favor. – Ela juntou as mãos, pedindo.
- Não sei, , acho que não to preparado ainda. – Eu cocei a nuca.
- Por quê? você não pode ficar guardando esses sentimentos, amor é a coisa mais linda do mundo, essa garota precisa saber do que você sente. Já pensou se ela também gosta de você e você nem imagina?
- Eu acho que não, ela já gosta de outro cara.
- , por favorzinho, canta sua música. Eu quero muito ouvir.
- Ok, vou pensar com carinho, pode ser?
- Pode. – Ela dava pulinhos e batia palmas de animação.
Cantamos mais algumas músicas do nosso repertório, mais algumas músicas que os hóspedes pediram e já estávamos na última canção para encerrar o luau. Ao finalizar, pegou o microfone.
- Pessoal, boa noite, espero que tenham gostado do nosso luau. Hoje nós queremos fazer algo um pouquinho diferente. Queremos cantar uma música autoral, vocês nos permitem?
- Siiiiiim. – A plateia gritou em coro e, de longe, a voz de se destacava.
- Ok, nosso amigo aqui, , quem compôs. É uma bela canção de amor, feita pensando na garota que ele gosta. Esperamos que vocês gostem, esperamos que ela goste. – Ele direcionou o olhar a e eu queria que a terra se abrisse ali. – Essa canção de chama Aleluya.
Haciendo que nadie la ve
Su pelo en el mar con la brisa
Y aleluya
Secretos que nadie sabe
Porque ella me da las razones
Y aleluya
Él no te hace bien
Y tú soñando con él
Ese idiota te ignora
Niña yo te confieso
Todo esto y me enamora
Tan bonita y tan sola
Niña, él no te valora
Qué daría por un beso
Por tenerte a cada hora
Pase lo que pase, solo llámame
Digan lo que digan, yo a ti no te dejaré
No te dejaré sola
Sola
Sola
Las heridas sanan, pero dejan cicatrices
Se llevó el color dejándote los días grises
Déjame pintártelos de colores felices
Yo sé que con él te sientes sola
No te acostumbres a alguien que es infiel
Déjame ser el que te enamora
Pa’ que tú sepas lo que es ser mi mujer
Yo sé que con él te sientes sola
No te acostumbres a alguien que es infiel
Déjame ser el que te enamora
Pa’ que tú sepas lo que es ser mi mujer
Él ya no te valora
Vida, yo te confieso
Todo de ti me enamora
Tan bonita y tan sola
Ese idiota te ignora
Qué daría por un beso
Por tenerte a cada hora
Cuando no te busque, solo llámame
Digan lo que digan, yo a ti no te dejaré
No te dejaré sola
Sola
Sola
Cuando no te busque, solo llámame
Digan lo que digan, yo a ti no te dejaré
No te dejaré sola
Sola
Sola
- , que lindo, por que você nunca me disse antes? – dizia rápido, atropelando as palavras.
- Não importa mais, o que importa agora e que você nunca mais vai estar sozinha. – Ela sorriu e nos beijamos de novo.
- Aleluya! – Gritaram e juntos e nós rimos no meio do nosso beijo.
Fim
Nota da autora: Sem nota.
Nota de Beta: Aleluya meesmo! HAHAHA Que agonia ver duas pessoas que se amam estarem separadas por medo. Adorei o final, Vivian!!
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Nota de Beta: Aleluya meesmo! HAHAHA Que agonia ver duas pessoas que se amam estarem separadas por medo. Adorei o final, Vivian!!