03. Baby Don't Stop

Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

A forma como ele segurava a câmera e focava seu ângulo nas modelos era com certeza algo superespecial, qualquer um que visse aquela cena saberia disso. sempre transmitia uma aparência de poucos amigos no trabalho, mantendo a expressão séria e o foco unicamente em fotografar as modelos que em sua característica eram as mais belas que se poderia imaginar, mas isso nunca importou muito para ele.
A sessão de fotos daquele dia estava quase no fim, o tema era “As mulheres dominando a cidade”. havia adorado aquele tema, sempre gostava quando davam algo para ele explorar à vontade, como, literalmente, uma tela em branco em que ele pudesse espirrar todas as tintas possíveis e formar sua obra, que nesse caso era a fotografia. Os tons neutros daquele dia realmente estavam lhe deixando satisfeito, porque parecia que algo se destacava ali.
O click do botão na parte superior do equipamento foi escutado mais três vezes.
— Acabou.
Ele disse, por fim, fazendo um gesto de cabeça discreto para a última modelo e seguindo para o canto da sala, sua bolsa com tudo que ele carregava sempre o esperava ali. já havia começado a guardar tudo, queria chegar em casa, tomar o banho e dormir para o dia seguinte de trabalho.
— Oi, oi, , né?
Aquele homem de terno sempre estava presente na maioria dos seus ensaios, ofícios de ser dono de uma das maiores agências do país.
— Isso! Eu mesmo.
O cumprimento de mãos foi muito mais rápido do que o homem de negócios estava acostumado.
— Parece que a sessão de hoje rendeu, hein. Eu gostaria de saber se você poderia voltar amanhã?
Mesmo sendo um fotógrafo renomado, ele nunca havia sido convidado dois dias seguidos para campanhas diferentes. Cruzou os braços por cima da camiseta verde escuro que vestia, com os quatro botões abertos, e se prestou a ouvir mais detalhes sobre.
— Amanhã vai vir uma moça, uma jovem nova na agência. Ela, apesar de ter potencial, nunca fotografou na vida e eu acho que um bom profissional ajudaria.
— Mas qual seria a ocasião?
— Apenas fotos de apresentação. Não queremos nada muito elaborado, para manter a imagem dela do jeito que é.
— Ok, posso trazer alguém para ajudar?
— Achei que trabalhasse sozinho.
— E trabalho, quis dizer para fazer as outras coisas que envolvem um ensaio.
— Fica tranquilo, ela já vai chegar pronta. Na verdade, preferimos assim. A gente queria que fosse um ensaio diferente, por ser o primeiro. Queríamos que fosse só ela e você.
nunca tinha feito algo daquele estilo, mas talvez fosse interessante somente ele e ela, o artista sozinho com a obra.
— Está bem! Amanhã então.
Eles concordaram, ele terminou de guardar as coisas e seguiu para pegar sua moto no estacionamento, colocou o capacete e se preparou para ir para o apartamento.
Morava um pouco afastado do centro da cidade, não gostava totalmente daquela agitação. Seu apartamento era no estilo studio e ele adorava o design do local. As roupas eram espalhadas pelo seu mundo privativo todos os dias, chegando ao banheiro um homem completamente nu. Ele gostava sempre de tomar banho com a água mais para gelada, achava que isso o relaxava mais do dia de trabalho. Ele terminou seu banho em menos de dez minutos e foi para a cozinha vestindo apenas uma toalha e recolhendo a roupa que havia jogado ali minutos atrás, colocando-as no cesto de roupa suja.
Preparou a coisa mais rápido que conseguiu pensar, lamen, colocou uma cueca, uns shorts e foi deitar sem camisa mesmo, preferia dormir assim.
Não demorou muito para pegar no sono, melhor assim, já que tinha que trabalhar no dia seguinte.

-6:30 da manhã-
Foi a hora que o som do despertador tomou conta do apartamento. Ele bateu com uma certa força para o desligar, definitivamente tinha se acostumado a tirar fotos em dias espaçados.
Levantou, fez tudo o que tinha para fazer, pegou a bolsa com o equipamento que havia deixado ao lado da porta de entrada no dia anterior e seguiu para mais um dia de trabalho, pelo menos aquele ia ser somente com mais uma pessoa, além dele.

já estava com a quase tudo pronto, quando ouviu o “toc toc” na porta, gritando um “entra”. A imagem da mulher com o vestido vermelho seguiu para dentro do local. olhava para ela como se tudo em volta não lhe chamasse mais a atenção.
— Olá, você deve ser quem vai me fotografar. Eu sou , prazer.
A mão com alguns anéis se encontrava estendida agora, ele a pegou de bom grado.
— Eu sou , quer dizer , prazer.
Depois do clima que havia ficado no mínimo estranho, para ele, pelo menos, a conversa foi tentada a ser levada para o lado profissional, de novo, para ele, pelo menos. Ele focou totalmente a sua atenção no que sabia e estava ali para fazer. Ela estava sorrindo, tentando puxar os mais diversos assuntos. Quando a sessão começou, não pôde evitar olhar os detalhes do rosto dela, como tudo se encaixasse. O vestido vermelho não era nenhum daqueles de festa, pelo contrário, era aqueles que as meninas usavam no verão, mas nela tinha um toque especial.
Quando o primeiro flash foi direcionado a ela, ele entendeu completamente o pedido do dono, do chefe dela, a garota ainda estaria pegando o jeito da coisa, se acostumando, se apresentando para a cama, se deixando levar, e ele, de certa forma, ficou mais encantado ainda. Ela não era tímida, pelo contrário, deveria saber pelo menos sete fatos sobre ela pela conversa puxada enquanto as fotos não começavam, mas ali era diferente, modelar parecia ser íntimo para ela, como fotografar era para ele. Os cabelos dela caíam direto em seu rosto.
Ele nunca havia deixado aquilo muito intimista, mas ele soube que podia se aproximar. A garota, que tinha o ar jovial, se enrubesceu ao notar que ele tinha abaixado a câmera e a olhava profundamente, como se a profundidade daquele olhar pudesse cortar o ar que passava no estúdio. Ele se aproximou lentamente, ainda com as câmeras em mãos, e quando já está próximo o suficiente, mexeu os dedos da mão esquerda, como se pedisse permissão, o que ela pareceu ter entendido, já que no segundo seguinte ela balançou a cabeça em formato de sim e ele com toda delicadeza que lhe cabia ao momento deixou sua mão deslizar na bochecha da mulher à sua frente, colocando em seguida as mechas que atrapalhavam a visualização do seu rosto inteiro por parte dele. Ele queria acreditar que estava tentando apenas deixar a foto melhor, mas a verdade era que ele estava tentando não se concentrar no cheiro delicioso de cereja que saía da boca dela.
— Me desculpa.
— Pelo que exatamente?
— Por ter tocado em você.
— Eu permiti.
Então ele não tinha delirado. Mesmo assim começou a abaixar a mão e ela a segurou no ar, puxando-a de volta para seu rosto.
— O que foi?
— Somos apenas nós agora, amor, não pare.


FIM



Nota da autora: Oii, eu nem sei explicar como me senti escrevendo essa história desse grupo que eu gosto tanto. Não poderia ser com ninguém menos que meu utt e eu já queria escrever algo com ele faz algum tempo, mas só agora consegui colocar essas coisas em prática. Espero que tenha agradado vocês. 😊

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