Capítulo Único
Quando fui parar no hospital devido às minhas dores no peito, batimentos cardíacos irregulares, falta de ar, cansaço e tontura, pensei que estava tendo mais um ataque de pânico. O trabalho estava me exigindo muito e o estresse era grande também. Talvez não fosse bem um ataque de pânico ou nenhuma crise de ansiedade, mas um pico de estresse. Mas quando os paramédicos passaram pela emergência correndo com a maca em direção à ala de cardiologia, meu maior medo de muitos anos tomou conta do meu eu quase inconscientemente: reencontrá-la.
E eu vou lhes contar o porquê. Todo mundo sabe que o primeiro amor é algo que nos marca, e que geralmente não é para sempre. Acontece que eu nunca esqueci do meu.
Namoramos durante o ensino médio e quando nos formamos, resolvemos nos separar, sabe, faculdades, vidas corridas, bolsas de estudos nos Estados Unidos. O sonho dela sempre foi ser cardiologista, seu avô era o melhor da cidade e o fato de ser uma das herdeiras do grande conglomerado de hospitais do país ajudou a realizar aquele sonho. Eu segui meu caminho para os números e me tornei um engenheiro de sistemas, e trabalhava para uma grande marca de tecnologia. Estávamos bem, seguimos nossos caminhos, beijamos outras bocas, tocamos outros corpos e tivemos outras pessoas. Talvez ela tenha outra pessoa de fato. Nunca mais tivemos contato e eu nunca superei aquele amor. Eu a amava como nunca amei nada antes na vida, nem meus números, pelos quais eu era fascinado, nem a noiva que eu tive alguns anos atrás, que me largou e fugiu com o primo. É estranho reviver alguma coisa somente com a possibilidade de vê-la.
E antes de desmaiar completamente, eu a vi. Continuava a mesma, linda como sempre. Mesmo usando aquela máscara azul, deu para ver como era radiante, continuava com aquela mesma energia.
— Ele acordou! — Escutei uma voz conhecida, mas que demorei a me familiarizar porque ainda estava meio grogue.
— A senhora pode me dar um minuto? — Outra voz que eu sabia que conhecia entrou por meus ouvidos, mesmo com a visão meio embaçada.
Ela me examinou, anotou alguma coisa na ficha e falou alguma coisa com a enfermeira que estava com ela, alguma coisa que eu não entendi, e voltou até perto de mim.
— Oi, você consegue me ouvir? — Ela perguntou com um sorriso nos olhos e eu só afirmei com a cabeça. — Perfeito! Você consegue me dizer seu nome completo? — Seu tom era gentil e eu sabia que era por causa da profissão, mas também porque ela era daquele jeito.
— . — Respondi com precisão, a dificuldade em respirar foi grande, mas eu consegui pronunciar com um sorriso nos lábios.
— E você se lembra de mim? — Ela desviou o olhar do prontuário e me olhou nos olhos.
— Eu nunca esqueci de você, . — As palavras saíram da minha boca sem que eu nem percebesse, estava claro que eu ia cometer alguma gafe como aquela na frente dela. — Quero dizer, claro que sim, doutora . — Tentei disfarçar, mas a risadinha que ela soltou me fez perceber que não tinha colado.
— Dá para acreditar que eu me tornei médica? — Seu tom foi mais descontraído e eu amei, era como se fossemos os mesmo jovens de anos atrás, como se a vida não tivesse acontecido.
— Lógico que dá, você sempre foi muito inteligente e esforçada! — As palavras continuavam saindo da minha garganta com vida própria, mas não era mentira, então tudo bem!
— Você continua um galanteador. — Riu mais uma vez. — Agora vamos falar sério, . Você teve alguma infecção viral ou bacteriana nos últimos tempos? Faz quanto tempo que não faz um exame de rotina? Tem se alimentado bem e se exercitado? — Tinha mudado de tom para um mais profissional, mas eu só conseguia pensar em como ela me chamou de antes.
— , bom, eu não tenho tempo para fazer exercícios e nem me alimentar direito. — Abri um sorriso amarelo ao constatar aquilo.
— Ele não faz um check up faz tempo, doutora, eu vivo falando que esse emprego vai consumir ele, mas ele não me escuta, ele é teimoso demais! — A voz era da minha mãe, mas ela não estava no meu campo de visão.
— Você se lembra de ter tido alguma infecção forte? — perguntou, anotando coisas no prontuário.
— Eu tive uma virose um dia desses...
— Mas não foi no médico, doutora, se tratou em casa e se automedicando. Eu disse que não era normal vomitar daquele jeito, mas ele não me deixa cuidar. — Minha mãe já tinha idade, talvez não tivesse reconhecido ela. Na época em namoramos, mamãe trabalhava muito para sustentar a mim e às minhas irmãs, então talvez fosse certo que ela não sabia de quem se tratava ali, mesmo que por muitas vezes ela tenha sido o ombro no qual eu chorei por saudades de .
— O diagnóstico ainda é prematuro. Os exames mais completos e detalhados que eu pedi ainda não estão prontos, mas não tenho boas notícias. — O olhar dela era de apreensão, porém ainda confortável.
— Pelo amor de Deus, doutora, o que é? — O desespero na voz de minha mãe, pariu meu coração, que doeu profundamente, mas não de forma figurativa, e sim física mesmo. — É ansiedade, doutora? Ele já teve casos, estava se tratando, mas como não moramos mais juntos, eu não sei se ele anda acompanhando. — Ela tentou descobrir sozinha, não dando espaço para que respondesse.
— Se trata de um problema no coração... — Deu uma pausa. — Tudo bem para você se falarmos disso com a sua mãe aqui? — Direcionou a pergunta a mim. Por minha mãe ter certa idade, às vezes os pacientes não queriam ter aquela conversa naquele momento.
— Aham! — Respondi, sabia que mesmo que eu não quisesse, mamãe faria um show e ficaria ali.
— Muito bem, não se desesperem. As pessoa que ligou para a emergência nos descreveu as coisas que você estava sentindo, e todas são sintomas de Cardiomiopatia dilatada. Fizemos um eletrocardiograma que constatou irregularidades, mas teremos de fazer outro mais detalhado e também fizemos um ecocardiograma assim que você chegou. Precisamos dos outros exames para que eu possa informar mais sobre em qual nível está. — Seu tom era extremamente profissional.
— Cardio o quê? — Eu perguntei sem entender, não entendia muito de problemas no coração, mas não parecia muito promissor.
— Bom, as cardiomiopatias são algumas alterações nos músculos do coração. — Disse de forma clara, queria que entendêssemos bem. — No caso da cardiomiopatia dilatada, o músculo, geralmente do ventrículo esquerdo, que é o seu caso, , se dilata e se torna mais fino, dificultando o bombeamento do sangue para o restante do corpo. E isso pode acontecer por vários motivos, como por exemplo: diabetes, obesidade e hipertensão, que não são o seu caso, quer dizer, não encontramos nenhuma irregularidade pendendo para essas doenças em seu histórico hospitalar. Alcoolismo, uso de drogas, como cocaína ou anfetamina, uso crônico de medicamentos, como corticoides. Tem possibilidade de ser isso? — Olhou para mim e eu balancei a cabeça negativamente. — Perfeito! Pode ser também por doença de Chagas ou toxoplasmose, doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico. — Ela deu uma pausa e eu neguei mais uma vez. — Minhas maiores suspeitas são por infecções causadas por bactérias ou por vírus, mas teremos que fazer um exame para confirmar, já que você não tem casos na família, como sua mãe nos informou.
Ela seguia anotando coisas em sua prancheta e analisando os aparelhos ao redor, medindo os batimentos e a pressão arterial.
— Isso é grave, doutora? — Mamãe foi a primeira a quebrar o silêncio, estava realmente preocupada.
— Conforme a doença progride, outras áreas do órgão ficam comprometidas, o que acarreta uma insuficiência cardíaca. Se não diagnosticada e tratada de maneira eficiente, pode levar a um quadro terminal. Então sim, pode ser grave, mas vamos torcer e esperar os outros resultados para podermos dar início ao tratamento adequado! — Levantou os olhos dos papéis e sorriu. — Eu preciso ir agora, mas vocês esperem um pouco mais e assim que tiver com os resultados e tudo mais, eu volto aqui. Por enquanto, você ficará em observação.
E ela se foi, e minha mãe, que entende mais que eu dessas doenças, começou a chorar silenciosamente. Eu fiquei extremamente triste em vê-la daquela maneira, nunca gostei de ver minha mãe chorar, ela não queria demonstrar.
Mais tarde naquele mesmo dia soubemos do diagnóstico completo, a cardiomiopatia estava em um estágio grave e se tornado insuficiência cardíaca, ou seja, meu coração estava fraco, a falta de bombeamento de sangue para algumas áreas do órgão o comprometeram drasticamente, e alguém pode se perguntar: "como sua doença progrediu tanto e você nunca notou?". Pois é! Quando você procrastina sua saúde, vai de um jovem adulto saudável a um jovem adulto extremamente doente. Eu vinha tendo aqueles sintomas, de forma mais leve, é claro, mas nunca suspeitei que pudesse ser algum tipo de problema no coração.
— Vamos começar o tratamento com os medicamentos e o marca-passo, mas está em um estágio muito avançado. — Respirou fundo olhando para minha mãe e para mim. — Se não tivermos resultados positivos, a única outra opção será o transplante e nós sabemos que essa opção é difícil, mas a usaremos se for necessário. — Ela que cuidaria de mim, então estava tão profissional que eu só conseguia sentir orgulho.
Mamãe estava em um estado de choque, eu sabia que a preocupação era sobre o possível transplante, e que seria difícil já que meu tipo sanguíneo era raro e a fila para transplante de órgãos sempre foi grande, mas faríamos o tratamento e se tudo desse certo nem sonharíamos com aquela possibilidade.
Não vou dizer que as coisas foram fáceis. Nas primeiras semanas, eu fiquei internado depois da cirurgia para colocar o marca-passo e iniciar a bateria de remédios. Começamos com os bloqueadores para retardar a frequência cardíaca e diminuir a pressão arterial, os diuréticos também foram ministrados para o auxílio nesse quesito. A pressão arterial elevada podia danificar mais alguma artéria. Depois de um tempo, começamos também com os inibidores de ECA, para relaxar os vasos sanguíneos e na prevenção a algum dano nos rins, pelos remédios fortes que estavam sendo ministrados, sem nenhuma evolução ou melhora aparente. Tive que ficar internado por mais semanas do que o planejado e quando começamos com os antianginosos eu temi que não fosse mais sair daquele hospital, estava há mais de um mês naquela condição de novos remédios, métodos, exames e noites mal dormidas com o desconforto daquela cama de hospital. OK, era um bom hospital, boa comida balanceada, bom espaço de academia para os exercícios, uma qualidade boa em tudo, mas não era a minha casa, minha cama e essas coisas. A única coisa que me confortava em estar ali era o fato de poder ver todos os dias, e mais que isso, almoçamos juntos muitas vezes, conversávamos, estávamos nos aproximando.
Descobri que ela ficou noiva de um cara por alguns anos, mas que ele era um babaca que teve a audácia de fazê-la escolher entre ele e os estudos para medicina. Ela já estava se formando, mas ia engatar a especialização, e ele não queria nem que ela trabalhasse. Soube também que seu avô morreu quando ela começou a atender seus primeiros pacientes e que agora ela era tia de três anjinhos lindos.
Eu não podia sair do hospital, então nossos encontros eram sempre pelos jardins do mesmo, ou refeitório, e às vezes eu ia até a sala dela e ficava lá com ela esperando a próxima consulta ou até que ela recebesse um chamado de emergência e tudo mais. Minha mãe vinha ficar comigo, mas não podia e eu nem queria que ela passasse todo aquele tempo no hospital.
Os remédios me davam efeitos colaterais fortíssimos e eu não queria que minha mãe me visse daquela forma. Depois de quase quatro meses internado, tivemos uma melhora no meu quadro e então consegui a alta, mas com ENORMES restrições e meu nome na fila para o transplante. Eu sabia que aquela melhora era um bom sinal de que, talvez, conseguisse aguentar mais algum tempo à espera de um novo coração, mas, em contra partida, saber que eu realmente precisava de um novo coração para ter uma vida – um pouquinho – mais longa, me deixava em parafuso, eu sabia que estava ruim e às vezes eu me entregava a isso. Não gostava de ver minha família, mesmo que silenciosamente, sofrendo daquela maneira, nem de ter que ficar dependendo de remédios daquele jeito. Sabe quando dizem que quando a pessoa descobre a doença ela "piora" mais rápido? Então, não sei se com todo mundo é assim, mas comigo foi. A única coisa que ainda me fazia querer viver – mesmo naquelas condições – era o fato de e eu estarmos mais próximos do que nunca. Ela vinha me visitar em casa, ou nos encontrávamos em algum lugar. Ela me disse certa vez que não tinha me esquecido nem por um instante e compartilhamos nossos sentimentos que eram muito semelhantes. Ela sabia que não era certo se relacionar comigo, já que eu estava na condição de seu paciente agora, mas não sei se ela sabia que eu estava agarrado àquele sentimento para continuar sobrevivendo, ou se ela queria aproveitar meus últimos momentos em vida me amando, mas meio que voltamos a namorar e foram momentos incríveis. Quando eu estava com ela, na vida real, andando de mãos dadas pelo shopping, ou fazendo uma leve caminhada na praia, era como se nada de ruim existisse. Eu conseguia viver como uma pessoa "normal", não sentia falta de ar, nem tonturas, nem nenhum outro sintoma que vinha tendo com mais frequência e que demonstrava que meu coração estava cada vez mais fraco.
Oito meses depois que eu recebi alta, estava de volta àquele quarto de hospital, e não era porque acharam um coração compatível com o meu, era porque meu coração estava tão fraco que eu precisava de um aparelho para ajudá-lo a bater, eu não sei bem o nome, e foram as piores semanas de toda a minha vida.
— Ele está bem, com a ajuda da ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea, na sigla em inglês), mas essa sobrevida tem um limite e precisamos orar, rezar, ou seja lá a qual fé recorrer para que encontremos um doador o quanto antes.
Escutei falar com a minha família, pois as paredes de vidro da ala que eu estava agora para que o aparelho me ajudasse eram finas e eu geralmente conseguia ouvir tudo que se passava ao redor. Vi de longe mamãe abraçar um de meus irmãos e cair no choro, como vinha fazendo constantemente, e vi confortá-la mais uma vez. Claro que a esperança é a última que morre, mas era difícil ter esperanças em uma situação como aquela.
Aquela semana eu estava incrivelmente pior, acho que até sabia que minha hora estava chegando. Quando ela veio ver como eu estava naquela manhã, uma angústia tomou conta de mim e eu sabia, eu precisava dizer que eu a amava e me despedir.
— As mudanças que você causou em mim levaram embora a minha dor, sabia, ? — Eu disse com um pouco de dificuldade, enquanto ela segurava minha mão, acho que ela também sabia o que estava acontecendo ali. — Mesmo uma palavra simples, só a sua voz, consegue me curar. — Sorri, e aquilo era verdade, eu era alguém mais forte por causa dela. — O efeito que você traz faz as minhas lágrimas pararem, e quando eu estou muito cansado, se você me abraçar forte, será o bastante, para que eu recupere minhas forças. Vem sendo assim, , você foi e ainda é meu alicerce, minha fonte de energia. — Não consegui segurar aquelas palavras, ela tinha aquele dom também: de tirar palavras e sentimentos de mim, sem que eu pudesse controlar.
— Como posso viver sem você? Nem consigo imaginar. — Sua voz embargada, tinha levado embora minha médica e deixado somente a mulher da minha vida ali. — Todas as coisas que eu amo em você... — Fez carinhos no meu rosto com a mão livre e abriu um sorriso doce. — Eu não posso escapar desse sentimento, eu... — As lágrimas começaram a escorrer livres pelo rosto dela. — Eu te amo tanto, .
— Se eu realmente tiver você, estará tudo bem. Tá tudo bem se eu for agora, , porque eu te amo, e você me ama. — Tentei confortá-la de alguma maneira, não queria que ela ficasse triste, ela tinha que saber que foi a minha vida toda naquele momento difícil e que eu era extremamente grato. — Quando você olha para mim, é misterioso, é uma mistura de amor, ternura e positividade. Eu não sei, também fico curioso às vezes, mas toda vez que você faz isso, a doença desaparece, meu corpo fica mais leve e pelo menos uma vez ao dia eu preciso de você para me sentir feliz desse jeito, então muito obrigado por cuidar tão bem de mim. — Sorri da melhor maneira que eu pude.
— Quando você estiver comigo de novo... — Limpou as lágrimas e sorriu, tentando não engatar em uma nova crise de choro. — Estará tudo bem, estará tudo bem. — Repetiu aquilo como se tentasse se convencer. — Olhando para você, me sinto confortável, aquecida e pelo menos uma vez ao dia você me faz rir, então eu te agradeço por todos os momentos bons que tivemos no passado e os que conseguimos viver agora, no presente.
— Mesmo que seja um dia doloroso para você, com meu coração ferido... — Engoli em seco, estava sentindo que aquele era realmente nosso último momento juntos. — Qualquer coisa que você diga para mim hoje, quero que saiba que estou apenas grato, por ouvir tudo, por viver tudo, por tudo. — Suas lágrimas só não voltaram, porque os aparelhos estavam fazendo um barulho estranho e eu estava com certa dificuldade para respirar. — Então eu...
— Você está feliz? — Ela me cortou, acho que precisava saber se eu partiria em paz. — Você foi feliz comigo?
— Sim, eu fui a pessoa mais feliz desse mundo, por ter te tido duas vezes na minha vida. — Sorri e a dificuldade em respirar aumentou. Não tinha mais nada o que ela pudesse fazer naquele estágio, nós sabíamos que a linha limite da minha existência tinha chegado. — E você, foi feliz comigo? Ficará feliz aqui?
— Por que é você, eu estou bem, eu fui feliz e eu vou continuar sendo feliz, porque eu pude te amar, pude sentir seu amor. Você me ama? — Perguntou ao final, acho que ela precisava ouvir aquilo mais uma vez, antes que fosse tarde demais.
— Sim, eu te amo todos os dias, desde que nos conhecemos, até meu último suspiro de vida, eu vou te amar. — Respondi com o mais sincero dos sentimentos que estavam no meu coração. — Você irá me amar? — Eu também precisava ouvir uma última vez aquelas palavras.
— Sim, assim como você, eu te amei desde que nos conhecemos, e vou seguir te amando, até que nos reencontremos um dia.
Depois daquelas palavras, as coisas ficaram um pouco nebulosas na minha mente, mas eu estava feliz, conseguia ouvir no fundo da minha consciência ela me chamando e perguntando se eu estava bem, mas minha hora tinha chegado, eu estava indo embora. Foi o suficiente para que eu vivesse minha vida feliz, mesmo que curta para uma expectativa de vida além dos meus anos vividos. Mas tudo bem, eu aceitei que era a hora de ir e de parar de fazer quem eu amava sofrer. Claro que eles ainda iam chorar muito, mas um dia a dor viraria saudade e não falsas expectativas e ansiedades, como está sendo. Eu parti sabendo que era plenamente amado pela minha família, pelos meus amigos e pela mulher que eu amei a minha vida toda.
FIM
Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Primeiro vou reforçar no que já disse em uma nota de autora antes: não peguem ficstape sem um plot antes, é cilada hahahaha quando eu peguei essa música a temática era totalmente diferente na minha cabeça, começando pelo princípio de que: eu tinha acabado um Dorama médico e alguns episódios de The good doctor e tava empolgadaça em escrever algo no ponto de vista dos médicos (tendo um total de 0 formação pra isso kkkk) Maaaas quando chegou a hora de escrever, me deparo com essa letra triste onde só consegui escrever em primeira pessoa, pelos olhos do pp (novamente) e assim nasceu essa pequena sofrência, não me matem, mas se quiserem deixar um comentário me xingando eu aceito hahahahahaha Espero que tenham gostado!
PS: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada!
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL, O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
Nota da beta: Gente, sinceramente... SINCERMENTE, JINIE.
Bem, o Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
PS: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada!
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL, O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
Nota da beta: Gente, sinceramente... SINCERMENTE, JINIE.
Bem, o Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.