Capítulo Único
estava no estacionamento da faculdade já fazia um tempo, iria perder a primeira aula porque não achava vaga. Como diabos uma faculdade tão grande, podia estar lotada desse jeito? Quando finalmente encontrou uma vaga, percebeu que havia uma multidão de adolescentes na porta. Pegou sua bolsa e sua carteirinha, e caminhou para a entrada.
— Boa tarde, o que está acontecendo aqui hoje? — Perguntou ao porteiro.
— É aniversário da universidade, e eles chamaram um cantor famoso para fazer um concerto aqui hoje.
— Ah sim, me lembro da venda de ingressos.
— Você não o conhece? Um tal de Harry Styles. — Ela acenou que não com a cabeça, e entrou na faculdade. Ela nem havia comprado ingressos para esse tal show, não conhecia esse cantor e nem estava interessada em conhecer.
Após as aulas, ela decidiu que iria sair pela porta dos fundos, para evitar aquela confusão da entrada. Esbarrou em alguém que parecia perdido.
— Você está perdido? — Perguntou.
— Desculpe, é que tem muitas fãs aqui. — Ela olhou para ele sem entender. — Você não sabe quem sou eu?
— E deveria? — Ela estava confusa e ele mais ainda. Ele tirou o boné que estava usando para se esconder. Ela olhou bem para ele. — Ah, você é um daqueles One Direction, né? Minha irmã mais nova tem um poster na porta do quarto dela. — Harry queria rir, mas se segurou, aquilo era embaraçoso.
— Sou Harry Styles.
— . — Ela sorriu amarelo. — As suas fãs estavam lá na entrada quando eu cheguei.
— Será que você pode me fazer um favor? Eu te pago! — Ele estava meio sem jeito.
— Depende do favor, aí eu te dou o preço. — Brincou ela.
— Você tem carro? — Ela assentiu. — Será que você pode trazer o seu carro até aqui e me levar até o meu carro?
— Você não tem seguranças, não? — Perguntou ela, arqueando uma sobrancelha.
— Sim, mas eu não deveria estar aqui hoje, e se as fãs sabem, os paparazzi também sabem, meu empresário sabe e a agência de marketing também, então se eu chegar ileso e sem nenhum problema, todos saem felizes.
— Entendi, bom, 20 dólares! — Ela estendeu a mão. — Todos saem beneficiados, menos eu.— Brincou ela, Harry foi pegar a carteira. — Não, não! — Ela riu. — Estou brincando! Dê um autógrafo para a minha irmã e estamos quites.
— Qual o nome da sua irmã?
— Elisa. — Ela entregou um caderno e uma caneta para ele, que escreveu uma dedicatória e assinou. — Obrigada, espera aqui, vou buscar o carro! — Harry colocou as mãos no bolso e ficou esperando. Ela saiu rápido e teve que dar uma volta enorme até chegar no carro, a multidão não estava apenas na entrada, ela tinha que ser rápida e ir até a saída. Ela correu até seu carro, saiu o mais rápido que podia e foi até a saída. Harry entrou rapidamente no banco de trás, mas foi visto. As fãs começaram a gritar e correr na direção do carro.
— E agora? O que faremos? — Perguntou Harry.
— Bom, eu não sou o Dominic Toretto, mas se segura. — Ela deu ré, fez a volta depressa e saiu pela saída dos professores, que se fechou assim que o porteiro viu a quantidade de gente que estava correndo naquela direção. Ela suspirou aliviada enquanto Harry surtava no banco de trás. — Qual é o problema?
— Não acho meu celular. — Ele estava procurando no chão do carro.
— Cuidado para não ter derrubado na parte de trás, estou levando um balde de tinta, e está aberto. Eu perdi a tampa em algum lugar. — Ela riu, e olhou pelo retrovisor do meio, o homem com o celular todo sujo de tinta azul. — EI, AFASTE ISSO DO MEU BANCO!
— E ONDE EU DEIXO? — Eles gritavam.
— EU NÃO SEI! — Eles estavam desesperados, ele pegou um copo do starbucks que estava fechado ao lado de uma sacola de papel, abriu e jogou o celular dentro.— MEU CAFÉ!
— CAFÉ? MEU CELULAR!!!
— Joga isso pela janela, impossível estar funcionando ainda. — Harry fez uma cara de decepção, mas manteve o celular dentro do café.
— Para onde você está dirigindo mesmo?
— Para a minha casa. — Ela apontou para o lugar que estava indo estacionar. — Pode usar meu celular e mande alguém te buscar aqui.
— Eu não sei nenhum número de cabeça. — Disse Harry.
— E endereço? Você sabe o seu endereço.
— Sei, mas agora as fãs e os paparazzi já conhecem o seu carro, não posso arriscar que você me leve até lá.
— Então chame um táxi. — Respondeu ela, dando de ombros.
— Posso ficar aqui até a poeira baixar? Aí eu chamo um táxi e vou embora.
— Nem pensar! — Respondeu ela, descendo do carro.
— Por favor, ! Eu prometo não incomodar.— Ela virou os olhos.
— Você me deve um café. — Ela caminhou em direção a porta e ele a seguiu. — Não, não! Você vai pelos fundos, vou abrir lá. — Ele abaixou a cabeça e obedeceu. estava irritada, como diabos ele não sabia nenhum número de cabeça? Tinha que ser uma dessas estrelas mimadas e insuportáveis. Bateu os pés até a porta dos fundos, onde achou Harry brincando com um cachorro.
— Onde diabos você arrumou esse cachorro? — Sussurrou ela.
— Eu não sei, ele apareceu aqui. — Respondeu ele, enquanto fazia carinho no cachorro, levantou o olhar para ela, com uma cara de pidão.
— Nem pensar! Você, eu até aguento, mas você e um cachorro já é demais! Ele pode ter dono!
estava emburrada enquanto procurava um pote e algo para o cachorro comer, cachorro no qual Harry deu o nome de Dog. Ela só queria ter tido um dia normal na faculdade, como qualquer outro. Deu sorte que não tinha ninguém em casa, escondeu o rapaz no quarto que costumava ficar os seus instrumentos, de quando ela queria ser uma cantora famosa, o que era impossível, porque estava para nascer alguém mais desafinada que ela. Estava pensando no que diria aos seus pais sobre o cachorro e como faria para alimentar Harry escondido, mas era importante que eles não soubessem, queria evitar surtos desnecessários. Deu um pote com um pouco de comida para o cachorro, e escutou um barulho de música.
— Que diabos? — Perguntou, enquanto subia as escadas. — Harry, você quer parar de fazer barulho?!
— Não sabia que tocava. — Respondeu ele, com o violão da garota na mão.
— É claro que não sabia, acabamos de nos conhecer. — Ela virou os olhos, pegando a guitarra que estava no chão.
— Quando eu voltar para casa, vou te mandar dois ingressos do meu show. — Ele sorriu.
— Ah, é muita gentileza sua. — Ela retribuiu o sorriso, colocando a guitarra debaixo da cama. Foi até o quarto de hóspedes e voltou com um colchão de solteiro.
— Então você gosta de McFly? — Perguntou, apontando com uma baqueta para o pôster na pareder.
— Quem não, não é mesmo? — Pegou a baqueta da mão do garoto. Tirou a bateria do armário, sozinha, enquanto Harry explorava seu quarto. — Acho que uma mão seria uma boa.
— Ai, me desculpe! — Ele largou a agenda que estava segurando, e foi retirando a bateria do armário. — Você tocava tudo isso?
— Eu tinha uma banda, era a guitarrista e vocalista. — Ela riu. — Precisávamos dos instrumentos, meu pai cedeu alguns que não usava mais.
— Seu pai é músico?
— Ele tinha uma banda. — Ela riu. — Se chamava The Boys.
— Não brinca?! Qual deles é o seu pai?
— O Malcom. — Ela sorriu amarelo.
— Será que ele me dá um autógrafo? — Ela caiu na gargalhada após escutar isso.
— Não, porque ele não vai nem saber que esteve aqui. — Harry fez um biquinho. — Tá, Harry, eu digo que foi para um amigo chamado Harry.
— Você é minha heroína. — Brincou.
— Heroína que está extremamente cansada, o colchão e os lençóis estão aqui, termine de arrumar, vou tomar um banho. — Ela pegou um roupão e foi até o banheiro. Quando saiu do banho, ainda de roupão, entrou no quarto e Harry estava lendo uma agenda rosa, com adesivos colados.
— O que você está fazendo?! — Ela pegou a agenda. — Não mexa nas minhas coisas. — Ela emburrou.
— Desculpe, mas são ótimas letras. — Ele sorriu e ela se encolheu.
— Ninguém lê isso. — Murmurou.
— Desculpe, não quis invadir sua privacidade. — Harry torceu o lábio.
— Mas invadiu! — bufou. — Tudo bem, agora já foi! — Deu de ombros, jogando a agenda sobre a cama e pegando um pijama no armário. Ouviu o barulho do carro entrando na garagem. — Vai, se esconde!
— Por que? — Ele arqueou uma sobrancelha.
— Porque a Emily vai vir aqui, com certeza.
— E o Dog?
— Droga, o cachorro! — Ela andou de um lado para o outro. — Você se esconde! — Apontou para Harry, que riu e entrou no quarto onde ficavam os instrumentos. Ela desceu as escadas de roupão e cabelo molhado, o cachorro estava deitado no sofá da sala. Ela tentou pegá-lo no colo, mas ele era grande.
— Vem, Marley! — Ela achou que esse nome combinaria mais, porque ele era idêntico ao cachorro do filme Marley & Eu. — Desce, vem. — Ela dava tapinhas na perna, ouviu o barulho das chaves na porta e o cachorro não descia do sofá, e o que ela mais temia aconteceu.
— Mãe!!! Tem um cachorro no sofá! — Ela podia escutar a voz de Emily gritando, e os passos da irmã correndo em direção ao cachorro.
— Um cachorro? — Alisson perguntou, e se espantou vendo o cachorro no sofá. — Hã? ? Pode me explicar?
— Ele não é meu, vai ficar aqui até o dono vir buscar, amanhã! — Explicou, nervosa.
— Se é assim, tudo bem! Ele tem nome? — Perguntou, se aproximando do cachorro que estava sendo amassado por Emily.
— Acho que Marley combina com ele, mas o dono disse que ele se chama Dog. — deu de ombros.
— Dog não é nada criativo. — Disse Emily.
— Não é?! — Exclamou . — Agora desce do sofá, Dog! — O cachorro desceu, na hora que Malcom abriu a porta, o que foi um alívio para ela.
— Que cachorro é esse? — Perguntou seu pai.
— É o Dog, ele é do Harry. — Explicou.
— E quem é Harry? — Malcom arqueou uma sobrancelha.
— Eu coloquei a foto dele na internet, e o dono se chama Harry, vai vir buscá-lo pela manhã. — Disse, Malcom assentiu.
— Onde ele vai dormir? — Perguntou Emily.
— No meu quarto. — Respondeu , todos estranharam. — Eu limpei o armário dos instrumentos para ele passar a noite lá.
— Ótimo, por favor, evite barulhos! Estamos todos exaustos. — Disse Malcom, enquanto tirava seu cachecol.
— , quero te mostrar as fotos de hoje. — Disse Emily, segurando um tablet rosa, que havia tirado de sua bolsa.
— Amanhã, querida! Sua irmã deve estar tão cansada quanto nós, vamos escovar os dentes e tomar um banho para dormir! — Disse Alisson, Emily abaixou a cabeça e fez biquinho.
— Amanhã, docinho! — Disse , apertando as bochechas da irmã, que sorriu e acompanhou a mãe. Em um suspiro longo, levou o cachorro consigo para o quarto. Abrindo a porta do armário, onde encontrou Harry com um violão e um caderno, que provavelmente ele encontrou jogado naquele quarto. Parecia estar escrevendo algo.
— Ei! — Disse, quando notou a presença de Dog e , após o cachorro dar uma lambida em seu rosto.
— Está compondo algo?
— Tentando. — Ele riu fraco.
— Então agora você vai ter mais inspiração. — Brincou antes de fechar a porta, colocou seu pijama, secou o cabelo no banheiro e foi dormir.
Na manhã seguinte, era um sábado e ela acordou Harry bem cedo, antes dos pais. Ele saiu pelos fundos, para tocar a campainha de manhã, como se ele não tivesse dormido ali e tivesse ido buscar o cachorro. E assim ele fez, sendo atendido por Emily, que deu um grito.
— O que é, Emily? — Perguntou Alisson, seguida de Malcom e .
— Harry Styles! — Exclamou a mais nova.
— Ah, você é o dono do cachorro, né? — perguntou. — Pode entrar, vou buscá-lo. — Subiu as escadas para buscar o cachorro. Quando desceu, encontrou todos rindo na mesa do café, e Harry com algo que parecia um autógrafo na mão, Emily também.
— Dog! — Exclamou ele, quando viu o cachorro, que correu em sua direção. — Eu vou mandar ingressos do meu show para vocês, em agradecimento.
— A mamãe vai adorar ir com a Emily. — Disse , Emily e Alisson assentiram.
— Você não vai? — Ele mudou a expressão.
— Eu viajo em alguns dias para o Brasil, então, não vai rolar. — Ela coçou a cabeça.
— O que vai fazer no Brasil? — Perguntou.
— Ela vai fazer um intercâmbio lá por um tempo, na casa da tia. — Explicou Malcom, notando o interesse do garoto em sua filha.
— Ah, entendi. — Ele sorriu. — Bom, vou indo, obrigado pelo Dog e pelo café! Pelo autógrafo também! — Ele deu um beijo na bochecha de Emily.
— Eu te acompanho. — Disse , acompanhando-o até a porta.
— Obrigado, ! Pela fuga, pela noite, pela inspiração e por tudo mais.
— Disponha, não esqueça dos ingressos para a Emily e minha mãe! — Ela riu fraco.
— Não vou esquecer. — Respondeu, fechou a porta e foi para o quarto, organizar as coisas da viagem.
Era estranho ela pesquisar as músicas dele no YouTube, mas por algum motivo, ela não conseguia tirar aquele sorriso com covinhas da cabeça. Acho que ela teria que se contentar em ver o Harry Styles apenas por vídeos. Olhou para o violão que estava jogado em cima de uma almofada enorme, onde Harry estava deitado pela manhã, saiu do computador e se deitou ali, com o violão na mão. Pegou a agenda que estava no chão e começou a ler. “Super-hero” era a letra que Harry estava lendo, a história de uma garota que se apaixonou por um super-herói. Na verdade, era uma história que ela tinha imaginado para sua vida quando era adolescente. Após ler um pouco mais a agenda, ela voltou para seu computador, onde percebeu que tinha uma solicitação de amizade nova no facebook. “Harry Edward” ela franziu o cenho, olhou as fotos e aceitou. Estava com um pé atrás de ser um perfil falso, mas a vontade de manter contato era maior.
“Ei, quer ir em uma festa comigo?” Foi a primeira mensagem que recebeu
“Como posso saber se estou falando mesmo com você?”
“Super-hero” Respondeu ele.
“Que festa é essa?”
“É da minha irmã, me envia seu e-mail, vou mandar o convite por lá”
“Ok.”
Em alguns instantes ela recebeu o convite em seu e-mail, Gemma Styles era o nome da irmã dele. Ela confirmou a presença pelo e-mail, a festa seria às 20:00, Harry ficou de passar para buscá-la. Ela não sabia bem o que vestir, não havia entendido muito bem sobre o que se tratava a festa, mas colocou um vestido bonito e fez babyliss no cabelo. Não usou uma maquiagem muito exagerada e colocou apenas duas argolas. Desceu as escadas para esperar na sala, não queria que seus pais vissem que ela sairia com ele.
— Onde vai? — Perguntou Malcom.
— Em uma festa.
— É mesmo? De quem? — Perguntou, desconfiado.
— De uma amiga. — Responde ela, com um sorriso amarelo.
— Qual o nome dessa amiga? Harry?
— Quê? Não! Gemma! — Respondeu em um impulso, fazendo Malcom cair na gargalhada.
— Gemma Styles, né? — estava confusa. — Desmond Styles era meu amigo quando era jovem, Harry não se parece tanto com ele.
— Como assim? — Alguém tocou a campainha.
— Isso fica para outra hora, vá para sua festa. — Malcom ficou rindo na sala, enquanto saía, disfarçando.
— Uau, você está linda! — Exclamou Harry, olhando a garota dos pés à cabeça.
— Obrigada. — Ela sorriu envergonhada. Ele abriu a porta do carro para que ela entrasse, sentou-se ao seu lado e o motorista os levou até a casa dele, onde estava acontecendo a festa.
— Essa é a minha casa. — Disse ele. — Um pouco mais modéstia que a sua. — Eles riram.
— Um pouco? Achei bem mais simples. — Ironizou, a casa era deslumbrante. Ele desceu e abriu a porta para ela.
— Vem, vou te apresentar à minha mãe e à minha irmã. — Ele a puxou pela mão, levando até as duas. — Mãe, Gemma, essa é a , que salvou a minha vida!
— Olá! — Disse , sorrindo.
— Essas são Anne e Gemma, minha mãe e minha irmã.
— É um prazer conhecer a moça que ajudou meu filho. — Anne segurou a mão da mais nova e sorriu.
— Sim, você parece ser uma ótima pessoa. — Disse Gemma. — Não faça com ela o que fez com as outras. — Sussurrou no ouvido de Harry, que assentiu.
— Ele disse que está compondo uma canção… — Anne dizia, quando foi interrompida por Harry.
— Mãe! — Ela riu fraco.
— Desculpe, vou deixá-los se divertirem. — Ela sorriu, se afastando dos dois.
— Vou te mostrar o meu estúdio de casa. — Disse Harry, assentiu e o seguiu até o estúdio.
— Uau, é ainda maior que o do meu pai. — Disse, enquanto analisava tudo. — E os instrumentos não são velhos como os meus. — Brincou. Harry estava sério.
— , você tem mesmo que ir para o Brasil? — Ela suspirou.
— Sim, já está tudo certo. — Ela se sentou na mesa, e ficou balançando os pés, que estavam distantes do chão.
— Eu queria… — Ela o interrompeu.
— Eu sei, eu também. — Ela riu fraco. — Isso é meio estranho para mim, até ontem, você era só mais um desses ídolos de garotas adolescentes, e da minha irmãzinha, mas aqui, agora, eu vejo você de um outro jeito.
— Você vê quem eu sou. — Ela assentiu, ele se aproximou dela e tocou sua bochecha. — Queria que tivéssemos tempo, queria conhecer melhor a menina que escreveu aquelas letras incríveis, que abrigou um cantor e um cachorro em seu quarto de noite… — Os dois riram fraco. — E queria que você me conhecesse melhor. — Ele se aproximou mais, ela fechou os olhos, podia sentir seus rostos bem próximos, sentia a respiração dele batendo em seu rosto. Quando parecia que ela ia sentir o toque de seus lábios, a porta do estúdio se abriu.
— Harry, nem pense nisso! — Gritou um homem. — Você tem um contrato, um namoro que vai ser mais promissor, nem pense em se envolver com ninguém. — Os dois se afastaram.
— Você tem uma namorada? — Perguntou ela, incrédula.
— Ainda não foi anunciado, mas não é de verdade, eu realmente falei sério sobre as coisas que te disse.
— Sendo de mentira ou não, Harry! Não vou ser a outra. — Ela se levantou da mesa. — Eu quero ir embora.
— , espera…
— EU QUERO IR EMBORA!!! — Gemma que estava subindo as escadas, escutou os gritos da garota e foi até lá.
— Você não pode acreditar em tudo que te dizem, você não passaria de mais um dos… — Gemma entrou no lugar.
— Não termine de dizer o que começou, Alex! Você não sabe nada sobre os sentimentos do meu irmão, mas se ela quer ir embora, eu a acompanho.— Disse Gemma, estendendo a mão para a menina que a acompanhou.
— !!! — Harry ia segui-las, mas Alex o segurou pelo braço.
— Não, garoto!
Gemma dirigiu até a casa da garota, elas foram em silêncio até lá, não entendia porque se sentia daquele jeito, mas ela se sentia. Quando Gemma estacionou, suspirou.
— Obrigada e me desculpe por tê-la feito deixar sua festa. — Disse, sorrindo fraco.
— Não se preocupe! Olha, … — Ela passou a mão no cabelo. — O Harry tem esses contratos malucos, mas ele tem um bom coração, tenho certeza que não estava te enganando, ele falou de você para nós… — Ela respirou fundo. — Não quero te influenciar, mas tire seu tempo e reconsidere conversar melhor com ele, certo? — A garota assentiu.
— Obrigada, mais uma vez.
— Disponha. — Sorriu, retribuindo o sorriso de .
Dois dias haviam se passado, Emily havia recebido os convites para o show, estava com tudo pronto para ir para o Brasil. Dois dias que ela ignorou todas as mensagens de Harry, até mesmo as fotos de Dog, que ele havia postado no facebook e a marcado. Mas foram dois dias em que ela passou pensando nele a cada segundo, mas não adiantava nada, ele iria embora e não o veria tão cedo. No aeroporto, estava abraçando seus pais, quando o tablet de Emily tocou.
— , você pode vir até aqui? — A irmã mais nova puxou a garota para um local, onde havia um microfone na frente. — Aqui! — Ela colocou a irmã dentro do lugar que estava cercado, e colocou o tablet para gravar.
— O que vocês estão aprontando? O papai vai cantar uma música de despedida? — Todos sorriam, de repente, uma música começou a tocar.
I'm no superman (Eu não sou super-homem)
Era a voz de Harry, ela se virou para o pequeno palco improvisado, e encarou o garoto com o violão, se sentando.
I can't take your hand (Eu não posso pegar sua mão)
And fly you anywhere (E voar para onde)
You wanna go, yeah (Você quiser, yeah)
I can't read your mind (Eu não posso ler sua mente)
Like a billboard sign (Como um outdoor)
And tell you everything (E te dizer tudo o que)
You wanna hear, but (Você quer ouvir, mas)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
Cause I, I can be everything you need (Por que eu, eu posso ser tudo que você precisa)
If you're the one for me (Se você é a pessoa certa para mim)
Like gravity I'll be unstoppable (Como a gravidade, ninguém pode me parar)
I, yeah, I believe in destiny (Eu, yeah, acredito em destino)
I may be an ordinary guy (Eu posso ser um cara comum)
With heart and soul (Com coração e alma)
But if you're the one for me (Mas se você é a pessoa certa para mim)
Then I'll be your hero (Então vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
So incredible (Tão incrível)
Some kind of miracle (Algum tipo de milagre)
And when it's meant to be (E quando é para ser)
I'll become a hero (Eu vou me tornar um herói)
So I'll wait, wait, wait, wait for you (Então eu vou esperar, esperar, esperar por você)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
Cause I, I can be everything you need (Por que eu, eu posso ser tudo que você precisa)
If you're the one for me (Se você é a pessoa certa para mim)
Like gravity I'll be unstoppable (Como a gravidade, ninguém pode me parar)
I, yeah, I believe in destiny (Eu, yeah, acredito em destino)
I may be an ordinary guy (Eu posso ser um cara comum)
With heart and soul (Com coração e alma)
But if you're the one for me (Mas se você é a pessoa certa para mim)
Then I'll be your hero (Então vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
sabia que essa letra tinha surgido depois dele ter lido a sua letra, mas não entendia o porquê dele estar cantando aquilo. Uma multidão havia se formado ao redor, todos gravavam e fotografavam
— O que isso quer dizer? — Perguntou, Harry segurou sua mão.
— Que eu vou ser seu herói, o que você queria na letra.
— Mas eu tinha 13 anos quando escrevi.
— Eu sei que você quer isso, e eu vou te esperar, eu quero conhecer a e quero que você conheça o Harry.
— E o namoro?
— Não tem contrato e nem namoro nenhum, você não escutou o que eu acabei de cantar? , só tem você! Desde que você me abrigou na sua casa, eu não parei de pensar em você. Em como eu queria te conhecer mais, rir mais ao seu lado, viver mais coisas ao seu lado, e mesmo que isso demore um pouco, por causa do Brasil, eu pretendo esperar. — Eles sorriram.
— Harry… — Ela se aproximou dele, e seus lábios, dessa vez, se tocaram em um beijo calmo, mas que disse muita coisa.
— Então, você aceita que eu seja o seu herói? — Eles riram.
— Claro que sim.
— Boa tarde, o que está acontecendo aqui hoje? — Perguntou ao porteiro.
— É aniversário da universidade, e eles chamaram um cantor famoso para fazer um concerto aqui hoje.
— Ah sim, me lembro da venda de ingressos.
— Você não o conhece? Um tal de Harry Styles. — Ela acenou que não com a cabeça, e entrou na faculdade. Ela nem havia comprado ingressos para esse tal show, não conhecia esse cantor e nem estava interessada em conhecer.
Após as aulas, ela decidiu que iria sair pela porta dos fundos, para evitar aquela confusão da entrada. Esbarrou em alguém que parecia perdido.
— Você está perdido? — Perguntou.
— Desculpe, é que tem muitas fãs aqui. — Ela olhou para ele sem entender. — Você não sabe quem sou eu?
— E deveria? — Ela estava confusa e ele mais ainda. Ele tirou o boné que estava usando para se esconder. Ela olhou bem para ele. — Ah, você é um daqueles One Direction, né? Minha irmã mais nova tem um poster na porta do quarto dela. — Harry queria rir, mas se segurou, aquilo era embaraçoso.
— Sou Harry Styles.
— . — Ela sorriu amarelo. — As suas fãs estavam lá na entrada quando eu cheguei.
— Será que você pode me fazer um favor? Eu te pago! — Ele estava meio sem jeito.
— Depende do favor, aí eu te dou o preço. — Brincou ela.
— Você tem carro? — Ela assentiu. — Será que você pode trazer o seu carro até aqui e me levar até o meu carro?
— Você não tem seguranças, não? — Perguntou ela, arqueando uma sobrancelha.
— Sim, mas eu não deveria estar aqui hoje, e se as fãs sabem, os paparazzi também sabem, meu empresário sabe e a agência de marketing também, então se eu chegar ileso e sem nenhum problema, todos saem felizes.
— Entendi, bom, 20 dólares! — Ela estendeu a mão. — Todos saem beneficiados, menos eu.— Brincou ela, Harry foi pegar a carteira. — Não, não! — Ela riu. — Estou brincando! Dê um autógrafo para a minha irmã e estamos quites.
— Qual o nome da sua irmã?
— Elisa. — Ela entregou um caderno e uma caneta para ele, que escreveu uma dedicatória e assinou. — Obrigada, espera aqui, vou buscar o carro! — Harry colocou as mãos no bolso e ficou esperando. Ela saiu rápido e teve que dar uma volta enorme até chegar no carro, a multidão não estava apenas na entrada, ela tinha que ser rápida e ir até a saída. Ela correu até seu carro, saiu o mais rápido que podia e foi até a saída. Harry entrou rapidamente no banco de trás, mas foi visto. As fãs começaram a gritar e correr na direção do carro.
— E agora? O que faremos? — Perguntou Harry.
— Bom, eu não sou o Dominic Toretto, mas se segura. — Ela deu ré, fez a volta depressa e saiu pela saída dos professores, que se fechou assim que o porteiro viu a quantidade de gente que estava correndo naquela direção. Ela suspirou aliviada enquanto Harry surtava no banco de trás. — Qual é o problema?
— Não acho meu celular. — Ele estava procurando no chão do carro.
— Cuidado para não ter derrubado na parte de trás, estou levando um balde de tinta, e está aberto. Eu perdi a tampa em algum lugar. — Ela riu, e olhou pelo retrovisor do meio, o homem com o celular todo sujo de tinta azul. — EI, AFASTE ISSO DO MEU BANCO!
— E ONDE EU DEIXO? — Eles gritavam.
— EU NÃO SEI! — Eles estavam desesperados, ele pegou um copo do starbucks que estava fechado ao lado de uma sacola de papel, abriu e jogou o celular dentro.— MEU CAFÉ!
— CAFÉ? MEU CELULAR!!!
— Joga isso pela janela, impossível estar funcionando ainda. — Harry fez uma cara de decepção, mas manteve o celular dentro do café.
— Para onde você está dirigindo mesmo?
— Para a minha casa. — Ela apontou para o lugar que estava indo estacionar. — Pode usar meu celular e mande alguém te buscar aqui.
— Eu não sei nenhum número de cabeça. — Disse Harry.
— E endereço? Você sabe o seu endereço.
— Sei, mas agora as fãs e os paparazzi já conhecem o seu carro, não posso arriscar que você me leve até lá.
— Então chame um táxi. — Respondeu ela, dando de ombros.
— Posso ficar aqui até a poeira baixar? Aí eu chamo um táxi e vou embora.
— Nem pensar! — Respondeu ela, descendo do carro.
— Por favor, ! Eu prometo não incomodar.— Ela virou os olhos.
— Você me deve um café. — Ela caminhou em direção a porta e ele a seguiu. — Não, não! Você vai pelos fundos, vou abrir lá. — Ele abaixou a cabeça e obedeceu. estava irritada, como diabos ele não sabia nenhum número de cabeça? Tinha que ser uma dessas estrelas mimadas e insuportáveis. Bateu os pés até a porta dos fundos, onde achou Harry brincando com um cachorro.
— Onde diabos você arrumou esse cachorro? — Sussurrou ela.
— Eu não sei, ele apareceu aqui. — Respondeu ele, enquanto fazia carinho no cachorro, levantou o olhar para ela, com uma cara de pidão.
— Nem pensar! Você, eu até aguento, mas você e um cachorro já é demais! Ele pode ter dono!
estava emburrada enquanto procurava um pote e algo para o cachorro comer, cachorro no qual Harry deu o nome de Dog. Ela só queria ter tido um dia normal na faculdade, como qualquer outro. Deu sorte que não tinha ninguém em casa, escondeu o rapaz no quarto que costumava ficar os seus instrumentos, de quando ela queria ser uma cantora famosa, o que era impossível, porque estava para nascer alguém mais desafinada que ela. Estava pensando no que diria aos seus pais sobre o cachorro e como faria para alimentar Harry escondido, mas era importante que eles não soubessem, queria evitar surtos desnecessários. Deu um pote com um pouco de comida para o cachorro, e escutou um barulho de música.
— Que diabos? — Perguntou, enquanto subia as escadas. — Harry, você quer parar de fazer barulho?!
— Não sabia que tocava. — Respondeu ele, com o violão da garota na mão.
— É claro que não sabia, acabamos de nos conhecer. — Ela virou os olhos, pegando a guitarra que estava no chão.
— Quando eu voltar para casa, vou te mandar dois ingressos do meu show. — Ele sorriu.
— Ah, é muita gentileza sua. — Ela retribuiu o sorriso, colocando a guitarra debaixo da cama. Foi até o quarto de hóspedes e voltou com um colchão de solteiro.
— Então você gosta de McFly? — Perguntou, apontando com uma baqueta para o pôster na pareder.
— Quem não, não é mesmo? — Pegou a baqueta da mão do garoto. Tirou a bateria do armário, sozinha, enquanto Harry explorava seu quarto. — Acho que uma mão seria uma boa.
— Ai, me desculpe! — Ele largou a agenda que estava segurando, e foi retirando a bateria do armário. — Você tocava tudo isso?
— Eu tinha uma banda, era a guitarrista e vocalista. — Ela riu. — Precisávamos dos instrumentos, meu pai cedeu alguns que não usava mais.
— Seu pai é músico?
— Ele tinha uma banda. — Ela riu. — Se chamava The Boys.
— Não brinca?! Qual deles é o seu pai?
— O Malcom. — Ela sorriu amarelo.
— Será que ele me dá um autógrafo? — Ela caiu na gargalhada após escutar isso.
— Não, porque ele não vai nem saber que esteve aqui. — Harry fez um biquinho. — Tá, Harry, eu digo que foi para um amigo chamado Harry.
— Você é minha heroína. — Brincou.
— Heroína que está extremamente cansada, o colchão e os lençóis estão aqui, termine de arrumar, vou tomar um banho. — Ela pegou um roupão e foi até o banheiro. Quando saiu do banho, ainda de roupão, entrou no quarto e Harry estava lendo uma agenda rosa, com adesivos colados.
— O que você está fazendo?! — Ela pegou a agenda. — Não mexa nas minhas coisas. — Ela emburrou.
— Desculpe, mas são ótimas letras. — Ele sorriu e ela se encolheu.
— Ninguém lê isso. — Murmurou.
— Desculpe, não quis invadir sua privacidade. — Harry torceu o lábio.
— Mas invadiu! — bufou. — Tudo bem, agora já foi! — Deu de ombros, jogando a agenda sobre a cama e pegando um pijama no armário. Ouviu o barulho do carro entrando na garagem. — Vai, se esconde!
— Por que? — Ele arqueou uma sobrancelha.
— Porque a Emily vai vir aqui, com certeza.
— E o Dog?
— Droga, o cachorro! — Ela andou de um lado para o outro. — Você se esconde! — Apontou para Harry, que riu e entrou no quarto onde ficavam os instrumentos. Ela desceu as escadas de roupão e cabelo molhado, o cachorro estava deitado no sofá da sala. Ela tentou pegá-lo no colo, mas ele era grande.
— Vem, Marley! — Ela achou que esse nome combinaria mais, porque ele era idêntico ao cachorro do filme Marley & Eu. — Desce, vem. — Ela dava tapinhas na perna, ouviu o barulho das chaves na porta e o cachorro não descia do sofá, e o que ela mais temia aconteceu.
— Mãe!!! Tem um cachorro no sofá! — Ela podia escutar a voz de Emily gritando, e os passos da irmã correndo em direção ao cachorro.
— Um cachorro? — Alisson perguntou, e se espantou vendo o cachorro no sofá. — Hã? ? Pode me explicar?
— Ele não é meu, vai ficar aqui até o dono vir buscar, amanhã! — Explicou, nervosa.
— Se é assim, tudo bem! Ele tem nome? — Perguntou, se aproximando do cachorro que estava sendo amassado por Emily.
— Acho que Marley combina com ele, mas o dono disse que ele se chama Dog. — deu de ombros.
— Dog não é nada criativo. — Disse Emily.
— Não é?! — Exclamou . — Agora desce do sofá, Dog! — O cachorro desceu, na hora que Malcom abriu a porta, o que foi um alívio para ela.
— Que cachorro é esse? — Perguntou seu pai.
— É o Dog, ele é do Harry. — Explicou.
— E quem é Harry? — Malcom arqueou uma sobrancelha.
— Eu coloquei a foto dele na internet, e o dono se chama Harry, vai vir buscá-lo pela manhã. — Disse, Malcom assentiu.
— Onde ele vai dormir? — Perguntou Emily.
— No meu quarto. — Respondeu , todos estranharam. — Eu limpei o armário dos instrumentos para ele passar a noite lá.
— Ótimo, por favor, evite barulhos! Estamos todos exaustos. — Disse Malcom, enquanto tirava seu cachecol.
— , quero te mostrar as fotos de hoje. — Disse Emily, segurando um tablet rosa, que havia tirado de sua bolsa.
— Amanhã, querida! Sua irmã deve estar tão cansada quanto nós, vamos escovar os dentes e tomar um banho para dormir! — Disse Alisson, Emily abaixou a cabeça e fez biquinho.
— Amanhã, docinho! — Disse , apertando as bochechas da irmã, que sorriu e acompanhou a mãe. Em um suspiro longo, levou o cachorro consigo para o quarto. Abrindo a porta do armário, onde encontrou Harry com um violão e um caderno, que provavelmente ele encontrou jogado naquele quarto. Parecia estar escrevendo algo.
— Ei! — Disse, quando notou a presença de Dog e , após o cachorro dar uma lambida em seu rosto.
— Está compondo algo?
— Tentando. — Ele riu fraco.
— Então agora você vai ter mais inspiração. — Brincou antes de fechar a porta, colocou seu pijama, secou o cabelo no banheiro e foi dormir.
Na manhã seguinte, era um sábado e ela acordou Harry bem cedo, antes dos pais. Ele saiu pelos fundos, para tocar a campainha de manhã, como se ele não tivesse dormido ali e tivesse ido buscar o cachorro. E assim ele fez, sendo atendido por Emily, que deu um grito.
— O que é, Emily? — Perguntou Alisson, seguida de Malcom e .
— Harry Styles! — Exclamou a mais nova.
— Ah, você é o dono do cachorro, né? — perguntou. — Pode entrar, vou buscá-lo. — Subiu as escadas para buscar o cachorro. Quando desceu, encontrou todos rindo na mesa do café, e Harry com algo que parecia um autógrafo na mão, Emily também.
— Dog! — Exclamou ele, quando viu o cachorro, que correu em sua direção. — Eu vou mandar ingressos do meu show para vocês, em agradecimento.
— A mamãe vai adorar ir com a Emily. — Disse , Emily e Alisson assentiram.
— Você não vai? — Ele mudou a expressão.
— Eu viajo em alguns dias para o Brasil, então, não vai rolar. — Ela coçou a cabeça.
— O que vai fazer no Brasil? — Perguntou.
— Ela vai fazer um intercâmbio lá por um tempo, na casa da tia. — Explicou Malcom, notando o interesse do garoto em sua filha.
— Ah, entendi. — Ele sorriu. — Bom, vou indo, obrigado pelo Dog e pelo café! Pelo autógrafo também! — Ele deu um beijo na bochecha de Emily.
— Eu te acompanho. — Disse , acompanhando-o até a porta.
— Obrigado, ! Pela fuga, pela noite, pela inspiração e por tudo mais.
— Disponha, não esqueça dos ingressos para a Emily e minha mãe! — Ela riu fraco.
— Não vou esquecer. — Respondeu, fechou a porta e foi para o quarto, organizar as coisas da viagem.
Era estranho ela pesquisar as músicas dele no YouTube, mas por algum motivo, ela não conseguia tirar aquele sorriso com covinhas da cabeça. Acho que ela teria que se contentar em ver o Harry Styles apenas por vídeos. Olhou para o violão que estava jogado em cima de uma almofada enorme, onde Harry estava deitado pela manhã, saiu do computador e se deitou ali, com o violão na mão. Pegou a agenda que estava no chão e começou a ler. “Super-hero” era a letra que Harry estava lendo, a história de uma garota que se apaixonou por um super-herói. Na verdade, era uma história que ela tinha imaginado para sua vida quando era adolescente. Após ler um pouco mais a agenda, ela voltou para seu computador, onde percebeu que tinha uma solicitação de amizade nova no facebook. “Harry Edward” ela franziu o cenho, olhou as fotos e aceitou. Estava com um pé atrás de ser um perfil falso, mas a vontade de manter contato era maior.
“Ei, quer ir em uma festa comigo?” Foi a primeira mensagem que recebeu
“Como posso saber se estou falando mesmo com você?”
“Super-hero” Respondeu ele.
“Que festa é essa?”
“É da minha irmã, me envia seu e-mail, vou mandar o convite por lá”
“Ok.”
Em alguns instantes ela recebeu o convite em seu e-mail, Gemma Styles era o nome da irmã dele. Ela confirmou a presença pelo e-mail, a festa seria às 20:00, Harry ficou de passar para buscá-la. Ela não sabia bem o que vestir, não havia entendido muito bem sobre o que se tratava a festa, mas colocou um vestido bonito e fez babyliss no cabelo. Não usou uma maquiagem muito exagerada e colocou apenas duas argolas. Desceu as escadas para esperar na sala, não queria que seus pais vissem que ela sairia com ele.
— Onde vai? — Perguntou Malcom.
— Em uma festa.
— É mesmo? De quem? — Perguntou, desconfiado.
— De uma amiga. — Responde ela, com um sorriso amarelo.
— Qual o nome dessa amiga? Harry?
— Quê? Não! Gemma! — Respondeu em um impulso, fazendo Malcom cair na gargalhada.
— Gemma Styles, né? — estava confusa. — Desmond Styles era meu amigo quando era jovem, Harry não se parece tanto com ele.
— Como assim? — Alguém tocou a campainha.
— Isso fica para outra hora, vá para sua festa. — Malcom ficou rindo na sala, enquanto saía, disfarçando.
— Uau, você está linda! — Exclamou Harry, olhando a garota dos pés à cabeça.
— Obrigada. — Ela sorriu envergonhada. Ele abriu a porta do carro para que ela entrasse, sentou-se ao seu lado e o motorista os levou até a casa dele, onde estava acontecendo a festa.
— Essa é a minha casa. — Disse ele. — Um pouco mais modéstia que a sua. — Eles riram.
— Um pouco? Achei bem mais simples. — Ironizou, a casa era deslumbrante. Ele desceu e abriu a porta para ela.
— Vem, vou te apresentar à minha mãe e à minha irmã. — Ele a puxou pela mão, levando até as duas. — Mãe, Gemma, essa é a , que salvou a minha vida!
— Olá! — Disse , sorrindo.
— Essas são Anne e Gemma, minha mãe e minha irmã.
— É um prazer conhecer a moça que ajudou meu filho. — Anne segurou a mão da mais nova e sorriu.
— Sim, você parece ser uma ótima pessoa. — Disse Gemma. — Não faça com ela o que fez com as outras. — Sussurrou no ouvido de Harry, que assentiu.
— Ele disse que está compondo uma canção… — Anne dizia, quando foi interrompida por Harry.
— Mãe! — Ela riu fraco.
— Desculpe, vou deixá-los se divertirem. — Ela sorriu, se afastando dos dois.
— Vou te mostrar o meu estúdio de casa. — Disse Harry, assentiu e o seguiu até o estúdio.
— Uau, é ainda maior que o do meu pai. — Disse, enquanto analisava tudo. — E os instrumentos não são velhos como os meus. — Brincou. Harry estava sério.
— , você tem mesmo que ir para o Brasil? — Ela suspirou.
— Sim, já está tudo certo. — Ela se sentou na mesa, e ficou balançando os pés, que estavam distantes do chão.
— Eu queria… — Ela o interrompeu.
— Eu sei, eu também. — Ela riu fraco. — Isso é meio estranho para mim, até ontem, você era só mais um desses ídolos de garotas adolescentes, e da minha irmãzinha, mas aqui, agora, eu vejo você de um outro jeito.
— Você vê quem eu sou. — Ela assentiu, ele se aproximou dela e tocou sua bochecha. — Queria que tivéssemos tempo, queria conhecer melhor a menina que escreveu aquelas letras incríveis, que abrigou um cantor e um cachorro em seu quarto de noite… — Os dois riram fraco. — E queria que você me conhecesse melhor. — Ele se aproximou mais, ela fechou os olhos, podia sentir seus rostos bem próximos, sentia a respiração dele batendo em seu rosto. Quando parecia que ela ia sentir o toque de seus lábios, a porta do estúdio se abriu.
— Harry, nem pense nisso! — Gritou um homem. — Você tem um contrato, um namoro que vai ser mais promissor, nem pense em se envolver com ninguém. — Os dois se afastaram.
— Você tem uma namorada? — Perguntou ela, incrédula.
— Ainda não foi anunciado, mas não é de verdade, eu realmente falei sério sobre as coisas que te disse.
— Sendo de mentira ou não, Harry! Não vou ser a outra. — Ela se levantou da mesa. — Eu quero ir embora.
— , espera…
— EU QUERO IR EMBORA!!! — Gemma que estava subindo as escadas, escutou os gritos da garota e foi até lá.
— Você não pode acreditar em tudo que te dizem, você não passaria de mais um dos… — Gemma entrou no lugar.
— Não termine de dizer o que começou, Alex! Você não sabe nada sobre os sentimentos do meu irmão, mas se ela quer ir embora, eu a acompanho.— Disse Gemma, estendendo a mão para a menina que a acompanhou.
— !!! — Harry ia segui-las, mas Alex o segurou pelo braço.
— Não, garoto!
Gemma dirigiu até a casa da garota, elas foram em silêncio até lá, não entendia porque se sentia daquele jeito, mas ela se sentia. Quando Gemma estacionou, suspirou.
— Obrigada e me desculpe por tê-la feito deixar sua festa. — Disse, sorrindo fraco.
— Não se preocupe! Olha, … — Ela passou a mão no cabelo. — O Harry tem esses contratos malucos, mas ele tem um bom coração, tenho certeza que não estava te enganando, ele falou de você para nós… — Ela respirou fundo. — Não quero te influenciar, mas tire seu tempo e reconsidere conversar melhor com ele, certo? — A garota assentiu.
— Obrigada, mais uma vez.
— Disponha. — Sorriu, retribuindo o sorriso de .
Dois dias haviam se passado, Emily havia recebido os convites para o show, estava com tudo pronto para ir para o Brasil. Dois dias que ela ignorou todas as mensagens de Harry, até mesmo as fotos de Dog, que ele havia postado no facebook e a marcado. Mas foram dois dias em que ela passou pensando nele a cada segundo, mas não adiantava nada, ele iria embora e não o veria tão cedo. No aeroporto, estava abraçando seus pais, quando o tablet de Emily tocou.
— , você pode vir até aqui? — A irmã mais nova puxou a garota para um local, onde havia um microfone na frente. — Aqui! — Ela colocou a irmã dentro do lugar que estava cercado, e colocou o tablet para gravar.
— O que vocês estão aprontando? O papai vai cantar uma música de despedida? — Todos sorriam, de repente, uma música começou a tocar.
I'm no superman (Eu não sou super-homem)
Era a voz de Harry, ela se virou para o pequeno palco improvisado, e encarou o garoto com o violão, se sentando.
I can't take your hand (Eu não posso pegar sua mão)
And fly you anywhere (E voar para onde)
You wanna go, yeah (Você quiser, yeah)
I can't read your mind (Eu não posso ler sua mente)
Like a billboard sign (Como um outdoor)
And tell you everything (E te dizer tudo o que)
You wanna hear, but (Você quer ouvir, mas)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
Cause I, I can be everything you need (Por que eu, eu posso ser tudo que você precisa)
If you're the one for me (Se você é a pessoa certa para mim)
Like gravity I'll be unstoppable (Como a gravidade, ninguém pode me parar)
I, yeah, I believe in destiny (Eu, yeah, acredito em destino)
I may be an ordinary guy (Eu posso ser um cara comum)
With heart and soul (Com coração e alma)
But if you're the one for me (Mas se você é a pessoa certa para mim)
Then I'll be your hero (Então vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
So incredible (Tão incrível)
Some kind of miracle (Algum tipo de milagre)
And when it's meant to be (E quando é para ser)
I'll become a hero (Eu vou me tornar um herói)
So I'll wait, wait, wait, wait for you (Então eu vou esperar, esperar, esperar por você)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
Cause I, I can be everything you need (Por que eu, eu posso ser tudo que você precisa)
If you're the one for me (Se você é a pessoa certa para mim)
Like gravity I'll be unstoppable (Como a gravidade, ninguém pode me parar)
I, yeah, I believe in destiny (Eu, yeah, acredito em destino)
I may be an ordinary guy (Eu posso ser um cara comum)
With heart and soul (Com coração e alma)
But if you're the one for me (Mas se você é a pessoa certa para mim)
Then I'll be your hero (Então vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
I'll be your hero (Eu vou ser seu herói)
sabia que essa letra tinha surgido depois dele ter lido a sua letra, mas não entendia o porquê dele estar cantando aquilo. Uma multidão havia se formado ao redor, todos gravavam e fotografavam
— O que isso quer dizer? — Perguntou, Harry segurou sua mão.
— Que eu vou ser seu herói, o que você queria na letra.
— Mas eu tinha 13 anos quando escrevi.
— Eu sei que você quer isso, e eu vou te esperar, eu quero conhecer a e quero que você conheça o Harry.
— E o namoro?
— Não tem contrato e nem namoro nenhum, você não escutou o que eu acabei de cantar? , só tem você! Desde que você me abrigou na sua casa, eu não parei de pensar em você. Em como eu queria te conhecer mais, rir mais ao seu lado, viver mais coisas ao seu lado, e mesmo que isso demore um pouco, por causa do Brasil, eu pretendo esperar. — Eles sorriram.
— Harry… — Ela se aproximou dele, e seus lábios, dessa vez, se tocaram em um beijo calmo, mas que disse muita coisa.
— Então, você aceita que eu seja o seu herói? — Eles riram.
— Claro que sim.
Fim
Nota da autora: oii gente, tudo bem? espero que sim! espero que tenham gostado! Starstruck é muito meu amorzinho e o Harry também, fiz essa fic com muito carinho! Vou deixar abaixo meu insta de autora e o link do grupo de leitoras!
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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