Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

se encontrava no canto do salão, bebendo seu quinto copo de whisky enquanto observava os convidados se divertirem em sua festa de casamento. Isso soava meio irônico, afinal, era a sua festa e nem ele e muito menos sua noiva estavam em clima de comemoração. Ele a seguiu com o olhar, percebendo o quanto ela tentava disfarçar a sua infelicidade em entusiasmo, e tomou um susto ao ser abordado por Lady Danbury.
— Aconteceu alguma coisa? — a mulher perguntou, o que mais parecia ser uma afirmação, e apenas tomou mais um gole de seu whisky. — Bom, eu imaginei que sim… eu gosto dela.
— Eu também. — Ele engoliu em seco. Não poderia dizer o mesmo dela.
— O que é que tenha acontecido entre vocês dois, não deixe que isso atrapalhe o casamento. Desde que eu coloquei os olhos em vocês, eu sabia que formariam um belo casal.
— Ah, sim — ele concordou, embora achasse que não tinha mais o que fazer para recuperar a relação deles. Como confiaria nele depois de tudo?
— Sabe, o mundo seria um lugar muito melhor se as pessoas simplesmente me ouvissem antes de se casar. Eu poderia encontrar os pares de todos os que querem se casar em menos de uma semana — Danbury falou convencida, dando um suspiro indignado logo depois.
— Tenho certeza de que sim… com licença, Lady Danbury. — sorriu e se afastou de onde ela estava.
Já perto do fim da festa, após duas longas horas, já estava cansada de fingir algo que não estava sentindo e saiu à procura de quando a carruagem que os levaria para sua nova casa chegou. Ela procurou por alguns cômodos da casa dos Bridgertons e o encontrou deitado no sofá do escritório, em estado deplorável e com uma garrafa vazia jogada no chão.
, a carruagem já chegou — ela suspirou e foi em sua direção, se agachando e o chacoalhando, mas sem sucesso. — !
— Shh, fale mais baixo… estou com dor de cabeça.
— Se tivesse bebido menos, não estaria assim. — fez menção de se levantar, mas segurou seu pulso.
— Preciso de ajuda para me levantar — ele pediu, mas, ao ser puxado por , numa tentativa de o fazer ficar em pé, quase caiu em cima dela e apoiou as duas mãos firmemente em sua cintura, aproximando seus corpos numa distância enlouquecedora para . Se ela pedisse, ele a beijava naquele momento. — Você é completamente linda. Eu estou apaixonado por…
— Você não sabe o que fala, está completamente bêbado. Vamos, a carruagem já chegou.
— Mas é a verdade.
— Cala a boca. — Mesmo após o pedido não tão gentil, continuou soltando palavras desconexas sobre seus sentimentos e tentou parecer indiferente enquanto o carregava até a carruagem, apesar de ser afetada por cada uma delas.

acordou com a cabeça zunindo cada vez mais à medida que ele se levantou da cama. Não lembrava de nada que havia acontecido desde que capotou no sofá de seu antigo escritório. E agora se encontrava mais confuso ao perceber que estava em seu quarto de sua casa de solteiro. Agora não mais. A governanta da casa abriu a porta e adentrou o local com uma bandeja cheia de variados tipos de comida.
— Que horas são? — ele perguntou, tentando se levantar, mas voltou a se cobrir ao perceber que vestia apenas a calça da festa do dia anterior.
— Onze, senhor — a mulher respondeu, desviando o olhar de .
— E onde está minha esposa? — Aquela palavra soava estranha para ele, como se não pudesse ser real.
— Ela está no jardim, passeando com aquele… cão. — Era possível perceber a desaprovação em sua voz.
— Tá certo, vou encontrá-la em alguns minutos. Obrigado pela refeição. — Ele sorriu e, após a governanta se retirar do cômodo, se vestiu imediatamente, seguindo o local indicado pela mulher com apenas um morango na mão. Apesar de estar faminto, sentia que se desculpar com era algo mais urgente.
Ele desceu a escadaria que dava para o jardim e conseguiu avistar de longe, tentando se aproximar de onde ela estava o mais silenciosamente possível, por pensar que ela o evitaria se o visse. Mas seus planos foram por água abaixo quando aquele cão saltou do colo de e foi em sua direção, o recepcionando de uma forma que ele nunca esperava. A essa altura, já sabia que ele estava ali.
— Parece que estamos começando a nos dar bem. — acariciou o pequeno animal, que pulava em suas pernas.
— Impossível, ele não gosta de mentirosos.
… queria me desculpar.
— Por qual das suas mentiras?
— Eu sei que não tem motivos para acreditar em mim, mas quero que saiba que estou extremamente arrependido.
— Eu não acredito.
— Mas nós podemos tentar recomeçar. — Ele se aproximou do banco em que estava sentada, mas ela se levantou.
— E quantas vezes teremos que recomeçar até dar certo? Porque, para mim, isso não está funcionando. — A jovem fez menção de se afastar, mas a impediu.
— Foi você quem me levou para a cama?
— Eu tentei, mas o senhor é muito pesado, então precisei de ajuda de um dos empregados.
— Mas você dormiu no quarto comigo?
— Não, pedi para que separassem um para mim. E vai continuar assim.
— Não.
— Você não está em posição de exigir nada. — pegou Newton e foi para dentro da casa, o pondo em cima de uma almofada na sala de estar e subindo as escadas para seu quarto. foi atrás dela, adentrando o cômodo e fechando a porta. — O que está fazendo aqui? Eu não te autorizei a entrar!
— Mas é a minha casa!
— A partir do momento que você se casou comigo, passou a ser minha também.
— Mas nós não terminamos a conversa.
— Você não terminou, eu sim — falou com uma voz firme, enquanto se aproximava dela cada vez mais.
— Se você preferir dormir em quartos separados, assim será. Mas não no começo.
— Não vejo nenhum motivo para eu não poder.
— As pessoas vão comentar, os empregados vão estranhar e isso vai acabar se tornando uma fofoca entre a sociedade. De que não consumamos o casamento.
— O que quer que seja isso, eu não iria fazer com você de qualquer jeito.
— Tem certeza? — ele perguntou, a um palmo de distância da mulher, já podendo sentir seu aroma de lírios.
— S-sim — gaguejou por um momento ao sentir a respiração dele ficar cada vez mais próxima.
— Então por que veio para o seu quarto, mesmo sabendo que eu ia segui-la?
Antes que ela tivesse a chance de responder alguma coisa, ou ao menos de respirar, abaixou a cabeça sobre a dela e capturou sua boca em um beijo faminto e ardente. Seus lábios vorazes pegavam tudo o que ela tinha a oferecer e exigiam ainda mais, tornando o beijo muito mais ardente do que o da biblioteca. se sentiu entregue a ele. despertava algo nela. Um desejo que ela nunca havia sentido antes e não conseguia controlar. Ela o queria. E como o queria… apesar de que não deveria desejar o homem que se casou com ela pelos motivos errados. Ao perceber que estava sendo guiada lentamente para a cama, travou por um momento.
— Isso não é certo.
— Por que não? Estamos casados.
— Mas nos casamos por uma farsa.
— E isso aqui não é verdadeiro? — não respondeu e ele percebeu seu semblante assustado, reformulando a pergunta. — Você está com medo?
— … não sei — a jovem falou, com a voz trêmula, e abaixou a cabeça, mas ele pôs a mão em seu queixo, a forçando a olhá-lo.
— Você nunca viu um homem nu antes, não é? — ele perguntou, pondo uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e ela negou. — Ótimo, nunca verá outro. — encontrava-se estática ao observá-lo deslizar as luvas de suas mãos lentamente, as jogando em um lugar qualquer do quarto.
— Eu preciso de você — murmurou entre os beijos, a guiando para a enorme cama e desabotoando os botões infinitos de seu vestido, deixando à mostra o corpete e a calcinha que ela usava. Ele suspirou ao imaginar como ela ficaria sem eles. — Preciso de você agora.
Deitou-a no colchão delicadamente, tirando a camisa, e sorriu ao ver a expressão de . Ela o queria. conhecia o suficiente das mulheres para ter certeza disso. E, quando aquilo tivesse acabado, não conseguiria viver sem ele. Deslizou as mãos até o primeiro botão da calça e o abriu, mas parou ao perceber que continuava sendo completamente inocente, então engatinhou até onde ela estava e, ao conseguir deixar seus rostos próximos, voltou a beijá-la novamente.
— Eu quero te sentir — ele sussurrou em seu ouvido e começou uma trilha de beijos no local, passando por seu pescoço, tronco, abdome e, finalmente, o local tão esperado por . Ele só tinha que tirar mais uma peça. — Quero sentir sua pele na minha. — não recuou, pelo contrário. Ela arfava mais a cada toque de , como se tudo aquilo fosse algo novo. E era. — Confie em mim. — Não havia sido uma pergunta, mas assentiu com a cabeça e esse foi o sinal para continuar.
Ele se abaixou novamente, dessa vez tirando a calça por completo e ouvindo um suspiro vindo de , o que só o motivou mais a voltar para perto dela e praticamente rasgar a peça que cobria sua intimidade ao puxá-la para baixo. Ele começou a se deliciar com o sabor de , sentindo o corpo dela se contorcer a cada nova sensação que ele a fazia sentir, e procurou a mão da mulher, que segurou a sua com força.
— Ah, ! — suspirou como protesto, após se afastar de sua intimidade, mas ele subiu até ela e a beijou.
— Quero que sinta quão deliciosa você é. — Enquanto explorava a boca da mulher com a língua, sua mão alcançou o calor úmido de sua intimidade.
— Ah, meu Deus! — ela gritou ao sentir o toque inesperado, fazendo perder ainda mais seu autocontrole, afastando suas pernas e acomodando sua intimidade na dela, o fazendo suspirar.
— Shh… vou fazê-la minha agora. — Ele se aproximou, se acomodando em sua abertura e apoiando seus braços na cama para manter o corpo alguns centímetros acima do seu. — Me avise se doer — o homem sussurrou, com a voz rouca, e, ao perceber que ela tinha assentido, começou a penetrá-la com movimentos lentos, tentando se controlar ao ouvir a respiração entrecortada de . — Tudo bem?
— Não pare! — ela implorou, aproximando ainda mais seus corpos e entendeu o sinal, avançando cada vez mais rápido.
— Ah, … — ele falava mais alto à medida que aumentava o ritmo das estocadas, perdendo a capacidade de formar frases elaboradas no calor primitivo do momento. E tinha certeza de que ela se encontrava na mesma situação. — Você é tão maravilhosa. — voltou a beijá-la ferozmente, já não conseguindo se controlar e afundando seu quadril no dela em movimentos mais fortes, sentindo-a se incendiar completamente.
… eu sinto que vou… — Ele deslizou a mão entre seus corpos e a tocou em seu íntimo novamente, fazendo-a gritar. A cabeça de se inclinou para trás, as mãos agarrando o colchão com uma ferocidade que ela nunca acreditara possuir.
— Ah, meu Deus — ofegou, sentindo seu corpo estremecer ao desabar em cima de , o peso de seu corpo pressionando-a mais fundo no colchão. — Nunca… nunca foi… tão bom.
… — ela murmurou, observando o homem erguer a cabeça com uma certa dificuldade. — Já acabou? — Ele ficou em silêncio por um segundo, abrindo os lábios num sorriso muito mais diabólico do que ela imaginava ser possível.
— Por enquanto. — respondeu, com a voz rouca, rolando para o lado e puxando-a com ele. — Apenas por enquanto.

As semanas se passaram em um piscar de olhos. Depois de decidirem fugir um pouco da sociedade em Aubrey Hall, os recém-casados retornaram a Londres, e já planejavam um baile no meio da temporada. conversava com alguns convidados, quando avistou seus pais e Edwina se aproximando. Ela abraçou a irmã e se virou para os mais velhos.
— O me explicou tudo o que aconteceu. Eu ainda não perdoei o que fizeram, mas decidi dar uma oportunidade para que tentem conseguir o meu perdão. — Ela olhou de relance para seu marido. — Mas agora eu quero apenas a verdade. — Lady Rockefeller tentou distrair Edwina, deixando sozinha com o pai.
— Quando eu ainda estava cortejando sua mãe, em um dos vários bailes de Lady Danbury, depois de dançarmos várias e várias valsas, ficamos conversando com Edmund até ela avisar que iria tomar um ar no jardim. Após um tempo, eu acabei percebendo que seu brinco havia caído e falei para ele que iria devolvê-lo, indo até o jardim para procurá-la. — Jonathan hesitou antes de continuar. — Mas, quando cheguei lá, escutei alguns sons e, ao adentrar mais o jardim, vi o sr. Wilson importunando sua mãe. Ele tinha uns quarenta anos de idade e era considerado meio louco, mas inofensivo, só que, ao ver ele avançando cada vez mais para cima de Mary, eu não consegui me controlar e o empurrei para longe dela. Acabei o socando até ele cair no chão e virei para sua mãe para ver como ela estava, mas o que eu não tinha percebido era que o sr. Wilson já estava em pé novamente, segurando uma arma em suas mãos. Eu ouvi um barulho de tiro, mas não era da arma dele e sim de Edmund, que tinha chegado bem a tempo de me salvar.
— Então o nosso casamento foi como uma dívida? — perguntou em tom de afirmação, lembrando de tudo que havia lhe contado.
— Infelizmente, sim… Edmund chegou para mim desesperado, ele não queria ter que pedir isso, mas não via outra alternativa. E eu também não aceitei de primeira, mas não poderia deixar de ajudar alguém que literalmente salvou a minha vida.
— E a minha também. — riu levemente e seu pai fez o mesmo.
— Sinto muito ter lhe metido nisso…, mas eu não te juntaria com qualquer pessoa. Eu sabia que era um bom rapaz, apesar dos momentos que homens da idade dele geralmente têm, o quão comprometido ele era com seus estudos e que saberia como administrar o dinheiro da família. — Ela apenas concordou com as palavras ditas por seu pai, mas foi surpreendida por , que chegou por trás dela.
— Com licença, senhor Rockefeller.
— Ah, pode me chamar de Johnathan. Sem formalidades entre nós, agora que é da família.
— Claro. Posso roubar por um momento?
— Pode, eu já ia me juntar a Mary de qualquer jeito. — Ele sorriu para os dois e enlaçou seu braço no de , a guiando até a pista de dança.
— Conversou com seus pais? — ele perguntou, ao perceber que a esposa estava um pouco tensa.
— Ele contou seus motivos e o que levou a acontecer isso tudo. Mas pelo menos essa dívida não gerou algo ruim.
— Então quer dizer que a senhorita gostou de casar comigo?
— Está um pouco convencido, não acha? — Ela começou a rir e ele a acompanhou, mas, após um tempo, parou, vidrando seu olhar nela.
— Você é tão linda, tão inacreditavelmente linda. — olhava cada detalhe do rosto de , a tensão e o desejo de sentir seu corpo sobre o dele foi crescendo à medida que os movimentos da valsa ficavam mais intensos. — O que acha de darmos um passeio no jardim? Eu vi que ele estava completamente vazio. — Assim que ele a virou de costas, sugeriu, com um ar malicioso em sua voz.
— Você nem estava planejando isso, não é? — ela perguntou, com um tom acusatório.
— Nadinha.
Os dois se certificaram que ninguém os viu saindo do salão e foram correndo para o jardim com a urgência de sentirem o beijo e o toque um do outro. E assim o fez quando eles chegaram lá, a tomando em seus braços com um beijo apaixonado e apertando com força cada parte livre de seu corpo.
— Eu te amo — ele falou involuntariamente entre os suspiros que soltava à medida que seu desejo por aumentava. — Droga, como eu te amo, Rockefeller. — O rapaz a prensou sobre o muro de arbustos, subindo seu vestido o suficiente para alcançar o quadril dela com as mãos, o apertando e sentindo soltar um gemido falho.
— Eu te amo, Bridgerton.
E naquele momento, ela sabia que o amava. Com cada pensamento, cada emoção, cada pedaço de seu ser, ela o amava.


FIM



Nota da autora: Esperamos que tenham gostado e que tenham se envolvido com esse romance da época de 1814! Agora você já faz parte da sociedade londrina. E com um pp desses, quem não queria, né? Comentem muitoo. 🥰🥰

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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