Capítulo Único
“Eu recebi uma mensagem, uma mensagem dizendo: Estou entediada! Minhas mãos estão ocupadas, ocupadas fazendo com que nossas conversas não terminem. Eu quero combinar com você, da cabeça aos pés, me diga seu tipo, para que eu possa te conhecer, para que nossos corações possam se encostar, para que nossas mãos possam se encostar… Você pode descansar no meu peito.”
Eu bloqueei o celular e então sorri ao fechar os olhos. Eu e ainda não estávamos namorando, mas eu já estava planejando pedi-la assim que ela voltasse do intercâmbio que estava fazendo na Alemanha. Nós dois estávamos juntos há quase seis meses, e eu precisava esperar apenas mais um mês e meio para que ela enfim voltasse para os meus braços. Como tudo começou? Na verdade nós nos conhecemos há pelo menos quatro anos, nossa turma de amigos era a mesma desde que entramos para a faculdade, mas a gente só foi se aproximar de verdade quando ela precisou da minha ajuda numa matéria que envolvia cálculos do seu curso de Geografia. e eu éramos o oposto um do outro quando se tratava de quase tudo, inclusive nas predileções por matérias escolares. Ela era apaixonada pelo curso de Geografia mas era terrível em qualquer coisa que envolvesse cálculos, já eu amava! Então acabamos nos aproximando muito por causa das aulas de reforço que eu dava para ela, e aí a paixão platônica que eu sentia foi se fortalecendo. Mesmo sabendo que na época o coração de pertencia a outro…
Flashback on:
“Os olhos dela pularam dos lábios de para trás dele, e então o soltou rapidamente.
- O Matthew… - ela sussurrou -
terminou de se afastar dela, frustrado e então terminou seu caminho, aumentando o ritmo dos passos, até que finalmente alcançou seu objetivo. Se escorou em uma das árvores da casa enquanto Jinyoung se aproximava dele.
-O que? Eu não acredito no que meus olhos estão vendo! Você numa festa?
A risada dele ecoou próxima aos ouvidos de .
- Mas já estou indo embora!
- Já sei! O Matthew acabou de chegar e aí a já foi correndo atrás dele e te largou sozinho aqui? - Jinyoung colocou uma das mãos no ombro do mais novo -
- Quase isso! Eu quase criei coragem de beijá-la e ele apareceu!
- Infeliz! - gritou Jinyoung se referindo a Matthew- Você precisa acabar com isso ! Eu sei que isso te consome dia e noite!
- Você tem razão! - ele suspirou- Só não sei se estou preparado para perder tudo que consegui construir com ela…
- Tenho certeza que ela não vai se afastar de você! Mesmo sendo o ideal, para não terminar de matar você amigo!
Jinyoung apertou o ombro dele com força.
- Ela está vindo aí! Provavelmente quer o celular dela que está comigo! - os dois se encararam -
- Boa sorte meu amigo! Você sabe que pode contar comigo e com os meninos não é?
Sem mostrar os dentes, ele sorriu para Jinyoung que saiu e deixou um beijo na bochecha de antes dela se colocar na frente de .
- Não quis ficar com o Matthew?
- Ele está acompanhando! - ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha - E eu estou me esforçando para esquecê-lo de vez!
soltou um longo suspiro, tentando aliviar a tensão de seus músculos. Entregou o celular para .
- Me dói tanto ser só um amigo, quando eu morro pra estar contigo! - ele fechou os olhos com força- Queria ser uma canção para tocar seu coração só uma vez! Queria ser tudo o que toca você!
- , o que… - ele a cortou -
- Por favor! Me deixe ir até o final com isso! - ainda de olhos fechados ele continuou - Queria ser o chão que você pisa, a força que te empurra para a vida é estar aí, dentro de você!
- , eu… - ela tocou o rosto dele que voltou a interrompê-la -
- Me dói tanto te ver em outros braços, e que não saibas o quanto te amo! Queria ser seu lençol para poder te acariciar só uma vez!
- Olha para mim! - pediu -
Com o coração saltando com força dentro do peito ele abriu os olhos, que estavam marejados.
- Como queria ser a chuva em ti, caindo sobre a sua pele! Como queria ser o sol em você, estar aonde estiver… Como queria ser o céu sobre você pra te ver amanhecer! Para te ter sempre muito perto de mim, como eu queria ser…
- Seja! - ela sussurrou outra vez, com os lábios se encostando aos dele -
Ele subiu uma das mãos para o rosto pequeno de que fechou os olhos, acariciou a pele macia dela com o polegar e então levou a outra mão até seu rosto, repetindo o gesto. O coração de parecia querer rasgar a camiseta, tão forte batia. A boca dela pressionou a de dando início ao beijo que ele tanto imaginara nesses anos…
A língua de invadiu a boca quente dela, com pressa e o agarrou pela cintura, colando o corpo dos dois. O gosto dela era ainda mais incrível do que havia imaginado, então ele embrenhou uma das mãos nos cabelos da garota, como imaginou fazer mais cedo… e pode sentir sorrir entre o beijo, o incentivando a puxar levemente os fios, só para fazê-la sorrir mais ainda.
A língua dos dois dançava uma com a outra como se fossem velhas conhecidas, e não havia estranhamento ali. O beijo foi ficando mais lento, enquanto as línguas agora só encostavam uma na outra e se atreveu a deixar uma mordida leve no lábio inferior de , que voltou a aprofundar o beijo.
As mãos dela passeavam pelas costas do rapaz que sentia o corpo arrepiar e ele tinha medo de estar sonhando. Pouco a pouco os dois foram soltando os lábios um do outro e então quando o beijo acabou, eles se olharam, com o rosto ainda a centímetros um do outro.
- Por favor! Não se afaste de mim!
- Porque eu faria isso?
- Porque não sou o dono do seu coração!
- Ainda! - ela roçou o nariz no dele -”
Flashback off.
E desde esse dia tudo mudou! Eu alarguei o sorriso enquanto me lembrava do nosso primeiro beijo e de tudo o que havia acontecido entre nós até que ela partiu rapidamente para o intercâmbio, menos de uma semana e ela já estava na Alemanha… Nós nos falávamos todos os dias, mesmo com a diferença de oito horas entre os países nós dois sempre davámos um jeito! Eu sentia falta dela do meu lado. Da risada dela, do quente das mãos dela no meu rosto… E mesmo com a distância entre nós, tudo estava caminhando tão bem, e nós dois estávamos nos conhecendo de verdade agora que estávamos ainda mais pŕoximos a cada dia. E eu me apaixonava, e me questionava se aquilo era possível! E o mais importante: será que eu era completamente correspondido?
Desbloqueei o celular e então enviei para ela:
“Eu continuo sorrindo sem motivo… Nossa distância está diminuindo aos poucos ! Meu coração é como um cavalo de corrida em um taxímetro, é um pouco frustrante, mas abençoados são aqueles que perseveram! Daqui a pouco você tá aqui comigo!”
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“Naturalmente, vamos começar a conversar sobre nós. Talvez até mesmo sobre coisas bobas! Abra todas as estradas, apague as linhas, mesmo sendo um pouco travesso, mas está tudo bem, gostamos assim! Acho que talvez estamos pensando da mesma forma, por que você está hesitando? Tudo bem falar o que você pensa…”
- Quero saber tudo sobre você! Me conte tudo, até mesmo as pequenas coisas também ! Quero saber como foi a experiência, como você está se sentindo…
Eu acariciei o ombro dela assim que nós dois nos sentamos no sofá do meu apartamento. As malas dela estavam perto de nós e então eu a vi fechar os olhos e jogar a cabeça para trás e eu me perguntei como ela podia estar ainda mais bonita nesses seis meses com os cabelos agora pretos. Me atrevi a acariciá-los e comprovei que continuavam macios. Eu sorri com o coração batendo forte no peito.
E então ela começou a me contar sobre a cidade, sobre como o clima lá é diferente, sobre os poucos amigos que fez, sobre como sentiu o preconceito com os asiáticos na pele, sobre como havia sido a experiência de visitar um campo de concentração. Os olhos de se encheram de água na hora. Ela havia me confidenciado que tinha muita vontade de conhecer um dos campos de concentração já desativados, porque queria ter certeza que aquilo não aconteceria mais com ninguém. Depois me contou que havia descoberto que tinha um medo terrível de galinhas, e que uma a perseguiu enquanto ela e os amigos faziam um estudo de campo no alto de uma colina… nós dois rimos exageradamente enquanto eu ainda lhe acariciava o ombro.
- Eu estou cansada! - ela fez beicinho e então me encarou - Será que posso dormir um pouquinho antes?
- Claro! Já avisou aos seus pais que está comigo?
Sim, eu havia conhecido os pais dela no dia em que ela partiu para a Alemanha, no aeroporto. Desde então eles até haviam me chamado para jantar lá uma porção de vezes.
- Avisei! Disse a eles que à noite nós dois vamos jantar lá! Bom, você já está acostumado, nesses seis meses você jantou lá mais do que eu em dez anos!
Nós dois gargalhamos e ela se levantou, espreguiçando o corpo e bocejando. Eu a admirei. O meu coração continuava batendo forte dentro do peito.
- Porque não se deita comigo? Eu estou com saudades de você, poxa!
- Não precisa pedir duas vezes! - eu também me levantei -
Quando nos ajeitamos na cama eu senti o toque gostoso da mão de sobre meu rosto, e eu fechei os olhos.
- Sabe de uma coisa ?
- Não! Mas quero saber… o que?
- Eu acho que nunca senti isso por ninguém antes!
Meu coração voltou a acelerar dentro do peito.
- Eu também não ! - abri meus olhos e encarei os dela me olhando -
- Eu… - ela pausou -
Umedeceu os lábios por duas ou três vezes e então eu encostei minha testa na sua, como se quisesse encorajar a prosseguir com o que quer que fosse dizer.
- Eu acho que… - fechou os olhos e os apertou - Ah !
gargalhou enquanto eu via suas bochechas corarem de vergonha. Era a primeira vez que eu a via ficar tímida e envergonhada.
- Acha que? - voltei a encorajar - Você não precisa ter vergonha de mim !
- Acho que amo você! É! É isso! Eu amo você !
Colei meus lábios nos dela com pressa, saudade e urgência. Aquela era a minha resposta no momento: aquele beijo dizia que eu também a amava. Meus braços a envolveram pela cintura, trazendo o corpo dela para ainda mais perto de mim. Logo as mãos dela desceram para a minha cintura, entrando embaixo da camisa verde que eu usava, encontrando minha pele. Meu corpo arrepiou quando senti que as unhas dela me cravaram a pele. Nossas línguas se encontraram fazendo não só o meu corpo arrepiar ainda mais, como o de também. Quando dei por mim, as mãos ágeis dela já desabotoavam a minha camisa enquanto apertava sua cintura com força.
Nossos lábios se separaram por alguns instantes, apenas para que meu corpo pudesse ficar sobre o dela, e então nos beijamos outra vez. Foi a minha vez de invadir sua blusa com as minhas mãos e então sentir morder com força meu lábio inferior. Os olhos dela permaneciam fechados enquanto eu continuava subindo as mãos, até que alcancei seus seios, ainda cobertos pelo sutiã.
- Eu também amo você ! Acho que amo você desde que pus meus olhos sobre os seus, ! - os apertei em minhas mãos e pude ouvi-la gemer meu nome baixinho -
Me livrei da blusa preta que ela usava e depois fiz o mesmo com a minha própria camisa. Voltei a encostar a testa na dela.
- O lugar ao seu lado é meu, meu, meu! - deixei alguns beijos molhados pelo pescoço exposto dela -
- Aquele que pode te fazer sorrir sou eu, eu, eu!
Desci meus lábios pela barriga de e então voltei a colar os lábios nos dela rapidamente enquanto sentia as unhas dela percorrerem minhas costas, agora expostas para ela.
- Estou me sentindo bem, eu, eu, eu… - sentia meu corpo estremecer enquanto ela também depositava beijos em meu pescoço - Eu quero saber sobre tudo! Mas agora eu quero amar você!
Voltamos a nos beijar, agora com a certeza que seríamos infinito.
FIM!
Nota da autora: Oie! Gostaram? Beijos da titia :*
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