Capítulo Único
Uma música vibrante e alta estava tocando quando chegou no barzinho, vestido com o seu visual típico, botas Chelsea verde-musgo, calças jeans skinny pretas e uma camiseta de botões, apenas três ou quatro deles realmente abotoados. Era possível ver algumas das tatuagens que cobriam o seu torso, e os músculos bem cultivados. Ele era, de fato, o típico rockstar, com o cabelo comprido jogado para trás, os anéis de prata nos dedos, a barba por fazer… Não era nenhuma surpresa que algumas pessoas já o estavam observando, como se quisessem ter certeza que era mesmo ele.
Era a primeira vez que saia depois de ter terminado o relacionamento de cinco anos com Amber Hartnell, a queridinha dos Estados Unidos. Os dois se conheceram em um programa de TV, ela tinha ido para divulgar o novo filme que estava trabalhando, e ele, o novo single que sairia. Nos camarins, eles acabaram conversando, trocaram números e o resto era história. A mídia ficou ensandecida, e muitas pessoas achavam se tratar de um golpe de marketing, afinal, era benéfico para ambos terem seus nomes atrelados. E talvez para Amber tenha sido, não pra ele, que passou os últimos cinco meses escrevendo músicas sobre o quão quebrado a partida dela o tinha deixado.
Suspirou. Era justamente por isso que precisava sair. Precisava conhecer alguém novo. Alguém que tirasse a maldita ex da sua cabeça, que fizesse apagar toda a dor que foi descobrir que ela estava com outra pessoa enquanto ele estava viajando o mundo em tour.
Thomas, o seu guitarrista, e melhor amigo, sugeriu o Havana’s Night, um clube latino. O lugar certamente era acolhedor, as pessoas dançavam na pista, outras estavam em beijos apaixonados nas mesas situadas no lado mais escuro e reservado, muitos estavam apenas conversando, com sorrisos nos rostos, e bebidas exóticas na mesa.
Ele pediu algumas doses de tequila, servida com sal e limão, para esquentar o corpo. A atendente tinha um olhar sedutor, ela sabia exatamente quem era, e não parecia ter um pingo de vergonha ao flertar, expondo os seios avantajados ao se inclinar sobre o balcão. Mas antes mesmo que o flerte pudesse se tornar algo concreto, uma outra garota se espremeu por entre ele e outro homem, que bebia uísque sozinho. Ela tinha um olhar irritado, o lábio inferior formando um leve biquinho.
Os olhos brilharam com interesse, a mulher tinha um vestidinho preto que mal chegava ao meio das coxas, ele era apertado, mostrando cada curva daquele corpo, as pernas brilhavam nas luzes estroboscópicas, e o decote, em formato V, o fez prender a respiração por um segundo ou dois. A pele tinha um tom de caramelo, os cabelos caindo em caracóis, e o olhar, céus, aquele olhar deveria ser considerado um pecado, contemplou, ainda a observando. Ele parecia incapaz de desviar os olhos daquela visão.
Nem ao menos percebeu que ela girou em sua direção até ela esbarrar contra ele, derramando um pouco do martini na camisa dele. Ainda sob um feitiço, a observou de perto, o nariz empinado, e a boca em formato de coração. Queria agarrar o seu pescoço e a beijar ali mesmo.
— Perdóname! — Era uma voz melódica, doce, e atingiu cada nervo do corpo dele.
— Eu não… Uh.
— Ah, tudo bem, eu pedi desculpas. — A garota bonita suspirou, o sotaque ainda chiando nos ouvidos dele. - Não quis esbarrar em você. Sério.
— Não precisa se preocupar, foi só um pouquinho.
Um pequeno silêncio flutuou sobre os dois e ela pigarreou, tentando, com certeza, escapar da situação constrangedora que tinha se metido.
— Uh, eu tenho que ir… Meus amigos estão me esperando na mesa.
— Espera. — Murmurou, segurando o pulso dela, rezando para que não estivesse sendo intrusivo. — Qual o seu nome? Sabe, para quando eu for contar a história de que uma mulher bonita derrubou uma bebida em mim, eu saber o nome dela.
Ela riu.
— . E o seu?
— . — Replicou sem ao menos pensar que era estranho ela não o conhecer, quando o nome dele estava estampado em qualquer tablóide meia boca.
— Bem, foi um prazer te conhecer. — Ela piscou, os dedos tocando de leve no peito descoberto dele. — Cariño.
foi embora, sem olhar para trás uma vez sequer, e ficou ali, como um cachorrinho perdido. Olhando o balanço rítmico dos quadris.
Uma coisa era certa, ele tinha mentido. Tinha estudado espanhol uns anos atrás, e sabia falar num nível bem decente. Bom o suficiente para entender quando alguém se desculpava e o chamava de “meu bem”. Não que isso fosse um problema. O problema era que ela o tinha prendido em um feitiço.
Ele passou a noite inteira olhando ela dançar, cada mínimo detalhe, cada pedacinho de pele exposto quando vestido subia. Se Thomas estivesse aqui, provavelmente o xingaria de alguns nomes e o diria que estava sendo covarde, que nunca teve dificuldade para conquistar uma mulher. Bastava dizer o nome, às vezes nem isso, e algumas milhares fariam fila.
Depois de mais duas doses, decidiu que não ia mais ficar sentado. Talvez o álcool tivesse tirado os filtros que ainda restavam, mas quando viu, já estava indo em direção a ela. Em direção à .
O que ele não sabia é que ela não tinha parado de pensar nele a noite toda. Olhando, disfarçadamente, para a mesa no canto direito onde ele estava sentado sozinho, sentindo uma onda de calor percorrer seu corpo quando percebeu que os olhos estavam pregados nela. Começou a dançar de forma mais provocante, esperando que ele finalmente viesse até ela, que tomasse alguma atitude. Se provou inútil, talvez ele não estivesse tão interessado nela quanto achou que ele estava. Então, quando a pista ficou mais abafada, uma camada fina de suor pregando alguns fios de cabelo na sua testa, retornou para a mesa, bebendo um gole da cerveja, encarando as unhas, pintadas de vermelho vivo. Totalmente ignorante ao fato de que tinha sim conseguido chamar a atenção dele.
tocou o ombro dela, gentil, e o calor da mão fez a mulher tremer, ligeiramente surpresa. Ela olhou para cima, apenas para se surpreender ainda mais com o dono da mão, o homem esperando de pé, um sorriso, que na humilde opinião dela, deveria ser considerado um crime, estampado naquela cara linda. De perto, pode perceber que uma barba crescia, e isso a deixou ainda mais incomodada, pressionando as coxas uma na outra para aquietar o desconforto que crescia dentro da calcinha.
Por um breve momento, eles não falaram nada, sobrecarregados com a intensidade do olhar que trocaram. Era como se um gancho os fizessem gravitar em direção um do outro, um tipo de química que era rara de ver, ou sentir, na verdade.
— Quer dançar comigo?
— Pensei que você nunca ia pedir.
Ela sentiu a pele queimar quando os dedos tocaram cada lado dos quadris, puxando-os de encontro aos dele. A música mudou para algo mais lento, então ela colocou os braços ao redor do pescoço dele, relaxando o corpo e deixando que ele a guiasse. Os dois estavam colados, conseguia sentir a pressão contra o seu estômago, sua respiração se tornando falhada, a sensação de saber que causava um efeito tão forte num homem como aquele era intoxicante.
O ar estava pesado com toda a tensão, cada girar, os olhares trocados na escuridão do clube… sentia a boca ficar seca e não queria mais nada do que matar a sede na saliva com aquela estranha. Ela girou, deixando a cabeça pender para trás, e ele colocou a mão espalmada na barriga dela, a música agora estava quase no fim.
Sentiu o toque dele descer, parando na curva suave da barriga, baixo o suficiente para que os dedos sentissem a barra da calcinha sob o tecido fino, um movimento arriscado, sabia disso, mas ela respondeu positivamente, um arfar abafado pelo barulho. Foi preciso exercer todo o autocontrole que tinha para simplesmente não a tomar ela ali mesmo, arracar o vestidinho preto e sentir pele na pele.
pensou que ia entrar em erupção a qualquer momento. Nunca tinha ficado assim antes, não tão rápido, não tão intenso. Era bom, a sensação de adrenalina pulsando nas veias, naquele instante, o mundo era uma montanha e eles estavam no topo.
A ponta do nariz dele tocou a maçã do rosto dela, o aroma do álcool a deixando ainda mais intoxicada. Ela enterrou os dedos no cabelo comprido, puxando enquanto os corpos balançavam no ritmo do reggaeton tocando no fundo. O cômodo parecia estar aquecendo, ou pelo menos eles sentiam como se estivesse sob o sol escaldante de um dia de verão.
Num movimento abrupto, a fez dar um rodopio e segurou a coxa dela, forçando o corpo dela a cair para trás, o decote do vestido mostrando ainda mais. sorriu provocante, prendendo a perna ainda mais alto na cintura dele, erguendo-se devagar até os rostos estarem a apenas centímetros de distância. Só então lambeu o lábio inferior, assistindo ele fazer o mesmo, os olhos fixados. Fogo grego queimando.
A segunda música acabou, mas eles não queriam se separar ainda. Se ambos estavam sendo honestos, nenhum queria fazer qualquer outra coisa que não fosse essa proximidade. Nesse momento, estavam sob hipnose. Ela estava quase ficando maluca com a barba roçando a pele sensível e ele, bem, a cada segundo se tornava ainda mais óbvio que ele estava apreciando o corpo dela colado no seu.
— Porra… — Disse, rouco, quando ela rebolou, o volume nas jeans latejou. — Me vuelves loco, cariño.
— Pensei que você não falava espanhol. — sussurrou, um gemido estrangulado escapando quando ele a girou rápido, os lábios colando no pescoço exposto assim que pode. — Puta que pariu, .
— Tem um monte de coisas sobre mim que você não sabe, querida.
— E por que é que você não me mostra?
As palavras deram coragem o suficiente para que ele a levasse para um lugar mais privado. Ele queria levar ela para o apartamento dele, apertar o corpo contra as janelas de vidro, queria que qualquer um na rua visse que ele estava fazendo aquela mulher, uma força magnética, se estava sendo honesto, ver estrelas. A tensão era grande demais para que ele conseguisse aguentar, entretanto, então entrou num dos banheiros, que, por um milagre, estava vazio.
a colocou contra a parede de azulejos gelada, e o impacto fez um gemido escapar, as pálpebras semicerradas. Ele finalmente roubou um beijo, com sabor de cerveja e uísque, molhado e lascivo. Os dois provavelmente tinham bebido demais. Ela agarrou o cabelo, puxando-o com força, ele grunhiu, mordendo o lábio inferior dela.
As mãos dele tatearam cada centímetro das coxas desnudas, apertando as nádegas voluptuosas e dando o impulso que ela precisava para enrolar as pernas ao redor da cintura dele, aprofundando ainda mais o contato. Naquela posição, ela conseguia sentir ele roçar num ponto sensível cada vez que movia os quadris, e movia os seus em sincronia, instintivamente. Os sons emitidos por ambos eram abafados por beijos desleixados.
Ele se curvou, lambendo cada pedaço de pele em direção aos seios, que continuavam cobertos, mas estavam à sua disposição, para o que ele pretendesse fazer. Com uma mão ao redor da cintura dela, usou a outra para puxar as alças do vestido para baixo, revelando ainda mais, dentro das calças, sentiu a ereção pulsar, o desejo crescendo exponencialmente. abocanhou um deles, a língua circulou o mamilo que já estava intumescido, uma sucção delicada, como se eles tivessem todo o tempo do mundo. Ela escorregou as unhas por dentro da camisa, fincando-as nas costas, arqueando-se em direção a ele, o próprio sexo vibrando de excitação.
A mão que estava pousada na cintura, subiu para tocar o outro seio, apalpando-o displicentemente, e quando deu um belisquinho na região sensível, jogou a cabeça para trás, fechando os olhos. A respiração já estava fora de prumo, os dedos dos pés curvando-se. Ela se contorceu, tentando criar alguma fricção, qualquer coisa que aliviasse a tensão formada.
— Alguém está com pressa, hmm? — brincou, rouco, se afastando brevemente apenas para dar atenção ao outro peito, chupando-o por um segundo ou dois, antes de direcionar aqueles olhos para cima, observando-a. — Não se preocupe, meu bem, vou te fazer ver várias estrelas hoje.
Ele a colocou de volta no chão, selando os lábios uma última vez antes de se ajoelhar na frente dela, esgueirando a cabeça para debaixo do vestido. Ela arfou, tremendo um pouco com a respiração quente tão próxima de onde ela estava molhada e necessitada, o que só se intensificou quando ele puxou a calcinha de renda para o lado, as pontas dos dedos, ásperas, provendo um atrito gostoso. gemeu, agarrando o tecido fino da camisa de botões, porém resistiu ao instinto de fechar os olhos, não querendo quebrar o contato visual estabelecido, as íris cheias de tesão. Comendo ela viva. Porra, esse homem é uma delícia, pensou, deixando a respiração escapar ruidosa.
Os dedos médio e anelar escorregaram com facilidade, ela estava molhada demais.
— Isso é tudo pra mim, baby? — grunhiu, enterrando as unhas ainda mais fundo, o nó no ventre cada vez mais apertado. A cada segundo ela parecia mais perto de atingir o ápice, e não deveria ser tão rápido assim. Ninguém deveria ser tão bom nisso. Tão habilidoso. Não era justo. — Fala.
— …
— Isso, geme meu nome, deixa todo mundo do lado de fora saber quem é que vai te fazer gozar gostoso.
A mulher xingou baixinho, mordendo o lábio inferior.
Com um toque de lábios, ele a empurrou ainda mais próximo, a língua gentil, mas aplicando exatamente a quantidade de pressão para a deixar doida. tinha técnica. Não parecia que era a primeira vez que ele estava com ela. Era como se ele já tivesse explorado o seu corpo algumas milhares de vezes antes, sabendo onde mexer e como pressionar. Alguém dera um manual para esse homem e ele estava usando-o para a levar à ruína.
enterrou a mão nas madeixas macias, completamente absorta na sensação. Ele não tinha mentido. Ia mesmo fazer ela ver estrelas.
— Eu, ah… — Gemeu, incoerente. Até mesmo a região onde a ponta do nariz dele tocava estava sensível. — Puta que pariu. Eu vou...
O clímax chegou com um longo grito, o corpo dela tremendo com o prazer que se espalhava pela sua corrente sanguínea. As endorfinas a fizeram encolher e depois relaxar, um suspiro de satisfação seguindo enquanto ainda investia, usando os dedos mágicos para trazê-la de volta à realidade. Ele tinha um sorriso presunçoso estampado, o que roubou uma risadinha da mulher, pousando as próprias mãos sobre as dele, afastando-as.
Ele ergueu uma sobrancelha, mas chupou os dedos, limpando-os e ronronando com contentamento. A imagem daquele homem, um deus grego, se deuses gregos fossem reais, era uma coisa de outro mundo e, embora mal tivesse se recuperado, já sentia o sangue esquentar, desejo expelindo até do mais minúsculo poro. Como ele ousava ser tão fodidamente gostoso?
— Você é deliciosa. — ficou de pé, olhos fechados e dedos ainda dentro da boca. — Sabia disso? Porra.
— Ah, bem… — Riu, um pouco embaraçada de estar sendo tão abertamente elogiada, isso não a impediu de puxá-lo pelo cós da calça. — O que você acha de uma retribuição? A ideia te interessa?
— É uma ótima ideia, docinho, aposto que a sua boca é tão gostosa como é bonita.
Ela não se importou em responder, ocupando-se em tirar as calças dele ao invés disso, empurrando para baixo, junto com a cueca preta. sibilou quando a mão dela envolveu seu pau, acariciando-o devagar, os olhos de lince atentos a cada mínima reação esboçada naquele rosto esculpido. As mãos quentes tomaram posição nas bochechas dela, ele murmurava palavras desconexas, incentivos.
A voz mexia cada fibra do ser dela, e, quando finalmente ficou de joelhos, aqueles olhos sintonizados nela, não conseguiu suprimir um gemido. Ela cuspiu na mão, masturbando-o por mais alguns segundos antes de finalmente abocanhá-lo, tendo o cuidado de curvar os lábios para dentro. Sem ter muito tempo para pensar como era a primeira vez que chupava um completo desconhecido num banheiro público, começou a mexer a cabeça, a língua acertando uma veia, a ponta tocando o fundo da garganta. Toda a imagem fez gemer, rouco, agarrando os cabelos com mais força do que pretendia.
Arranhou as coxas dele, sentindo lágrimas começarem a se formar, uma ligeira falta de ar quando o tomou profundo. Ele a guiou de volta, agora acompanhando com movimentos do quadril, fodendo a sua boca do jeito que queria. Normalmente, ela não gostava de perder o controle assim, mas com ele? Ah, droga. Os limites já tinham sido esquecidos no momento em que eles entraram naquele cubículo.
Ela gemeu ao redor dele, o que o fez agarrar com mais força ainda os cabelos dela.
— Porra. — A voz dele tinha ficado mais grave, o rosto contorcido de prazer. — Você vai me matar, assim, docinho.
se afastou com um estalo, sorrindo safada enquanto a mão escorregava para cima e baixo com facilidade dado o excesso de saliva. Ele estava tão duro, desejo extravasando por cada poro. Se alguém o perguntasse, ele provavelmente diria que estava no céu, com uma boca de veludo, quente e acolhedora, querendo arrancar um orgasmo dele com quase nenhum esforço. E o melhor de tudo era que estava longe de parecer uma troca de favores, a mulher parecia genuinamente tendo satisfação em estar de joelhos, o rosto brilhando de suor.
Os lábios dela envolveram a cabeça novamente, o preenchendo com uma sensação quente. Agora não havia nada delicado, ela parecia empenhada, e iria ganhar essa competição em breve. Só que ele não queria acabar a diversão tão cedo. Derreteria na boca dela em outra oportunidade.
— Docinho… Se você continuar assim, eu não vou aguentar…
Uma linha saliva ainda os conectava quando ela finalmente se afastou. Grunhindo com a visão dos lábios inchados, ligeiramente entreabertos, o peito subindo e descendo rápido, desnudo, e porra, ela tinha peitos deliciosos. se inclinou para colocar as mãos na cintura, impulsionando-a para cima e a estabilizando quando percebeu que ela cambaleou um pouco.
Num movimento rápido, ele a imprensou contra a pia. Ela se esfregou contra ele, sem um pingo de vergonha, o tecido do vestido ainda atrapalhando-o de senti-la totalmente. Observou-a pelo reflexo do espelho, sentindo um repuxão no ventre ao perceber o sorriso safado que ostentava, um desafio silencioso. Tudo que ele queria era rasgar qualquer pedaço de roupa que estivesse no caminho.
terminou de desabotoar a camisa, revelando completamente as tatuagens escondidas. Ela arquejou, segurando com força a superfície de mármore da borda da pia. Como era que uma única pessoa conseguia ser tão atraente assim? Ele parecia ter sido feito a partir de um modelo único, porque nenhum dos outros parceiros que tivera chegou nem perto de a fazer ficar assim, com um tesão que a consumia.
Depois de empurrar os jeans ainda mais pra baixo, e colocar uma camisinha, que ela sequer assimilou de onde ele tinha tirado, ele voltou a se aproximar dela, puxando para cima o resto do vestido, que ficou enrolado ao redor da cintura, e a calcinha pro lado, ele atiçou-a, não a penetrando de cara. gemeu e jogou os quadris para trás, recebendo uma tapa audível na bunda.
— Tá pronta? — sussurrou, beijando a curva do pescoço e dando uma mordida gentil em seguida.
— É claro que estou. Quero saber se você vai foder a minha buceta tão gostoso quanto fodeu a minha boca.
— Você é uma menina má. Muito, muito má. — A respiração quente dele soprou contra a pele quente dela enquanto finalmente a invadia com um movimento firme. Ambos gemeram com o contato, infinitamente melhor do que as imaginações tinham fabricado.
Ele abraçou a cintura dela, começando a se mexer, chocando os quadris contra os dela sem piedade, um som cru de pele em pele. Qualquer um que passasse por ali saberia com precisão o que é que acontecia lá dentro, a respiração dela saindo entrecortada. desceu a mão direita até onde os corpos estavam unidos, esfregando-a com diligência, enquanto a esquerda apertava o quadril, era tanta a força utilizada, que provavelmente uma mancha roxa iria aparecer no dia seguinte, quando o pico de adrenalina tivesse passado.
Os corpos suados se moviam desesperados, ambos querendo nada além do ápice doce que parecia estar a cada segundo mais próximo. Do lado de fora, a música continuava alta, ocultando os barulhos que ficavam cada vez mais altos, nunca foi de gemer assim, só que ele sabia angular para atingir um ponto sensível dentro dela, simplesmente não conseguia se conter.
— Você tá tão linda. — Soprou no ouvido dela, mordiscando o lóbulo e apertando um dos seios com mais força, os movimentos ficando mais desleixados. — Porra.
A mulher estava frágil, os joelhos cedendo a cada impulso, se ele não a tivesse segurando no lugar, provavelmente já teria caído. Ela ergueu o rosto, olhando para ele, compenetrado, enterrado dentro dela, esticando-a, abrindo espaço. Naquele instante, teve certeza que, mesmo que estivesse apenas assistindo ele transar com alguém, sairia satisfeita.
Sentiu um formigamento começar na pontinha dos pés.
— Eu vou… Puta que pariu. — As palavras saíram num gemido estrangulado.
Isso o deu mais energia, se é que era possível, indo ainda mais rápido, mais forte. A sanidade tinha sido perdida nas entrelinhas. Se essa não era a melhor foda que ele já tinha tido, bem, ele não saberia dizer qual a tinha ultrapassado.
colocou a mão sobre a dele, sentindo o calor que emanava, e jogou a cabeça para trás, apoiando-a no ombro dele. pressionou os lábios contra uma das têmporas, sussurrando palavras que o cérebro enevoado por uma descarga de endorfinas não conseguia mais decodificar. Não soube exatamente quando se desfez, o nome dele escapando como uma prece, mas tinha sido bom, bom o suficiente para que se contorcesse inteira, tremendo.
Ele aguentou por mais alguns momentos, inconsequente, até grunhir, mordendo o pescoço dela. As respirações permaneceram descompassadas e eles ficaram ali, aproveitando o resplendor do momento até se recuperarem inteiramente. Só então é que se separaram, ela se virou, os passos vacilantes, e acabou caindo nos braços dele, o que causou uma onda de risadas.
Quando se beijaram de novo, foi muito mais lento, um beijo gostoso, como adolescentes, no telhado de uma festa, com copos de plástico vermelhos e falando bobagem até que as bocas se encontram.
— Isso foi… Divertido. — disse, alisando as costas dela. — Hmm?
— Calma, eu ainda estou tremendo. — brincou, abafando uma risada no peito. — E dormente. Me pergunta isso mais tarde.
— Puxa, tadinha de você.
— Cala a boca.
Com sorrisos extasiados, eles começaram a se vestir, fazendo uma nota mental de agradecimento que ninguém decidira ir até ali. Ou se foi o caso, ouviram a comoção e desistiram. Não que no calor do momento eles tivessem se importado.
Depois de prontos, e se encararam por um minuto, saboreando o momento. A pós-glória de terem transado e estarem saciados.
— Acho que posso pedir o seu número, sim?
— Claro que sim, . — Ela piscou, pegando o celular nas mãos dele e salvando o seu número. — Vou ficar esperando você me ligar, cariño.
Balançando os quadris, a mulher deixou o banheiro, abandonando num estado de perplexidade, sem acreditar que os últimos minutos tinham sido mesmo reais. Ele já tinha feito uma porção de coisas malucas na vida, mas isso… Isso tinha sido uma primeira vez. E encarando o contato salvo com o apelidinho, ele percebeu que mal podia esperar para encontrá-la de novo.
Era a primeira vez que saia depois de ter terminado o relacionamento de cinco anos com Amber Hartnell, a queridinha dos Estados Unidos. Os dois se conheceram em um programa de TV, ela tinha ido para divulgar o novo filme que estava trabalhando, e ele, o novo single que sairia. Nos camarins, eles acabaram conversando, trocaram números e o resto era história. A mídia ficou ensandecida, e muitas pessoas achavam se tratar de um golpe de marketing, afinal, era benéfico para ambos terem seus nomes atrelados. E talvez para Amber tenha sido, não pra ele, que passou os últimos cinco meses escrevendo músicas sobre o quão quebrado a partida dela o tinha deixado.
Suspirou. Era justamente por isso que precisava sair. Precisava conhecer alguém novo. Alguém que tirasse a maldita ex da sua cabeça, que fizesse apagar toda a dor que foi descobrir que ela estava com outra pessoa enquanto ele estava viajando o mundo em tour.
Thomas, o seu guitarrista, e melhor amigo, sugeriu o Havana’s Night, um clube latino. O lugar certamente era acolhedor, as pessoas dançavam na pista, outras estavam em beijos apaixonados nas mesas situadas no lado mais escuro e reservado, muitos estavam apenas conversando, com sorrisos nos rostos, e bebidas exóticas na mesa.
Ele pediu algumas doses de tequila, servida com sal e limão, para esquentar o corpo. A atendente tinha um olhar sedutor, ela sabia exatamente quem era, e não parecia ter um pingo de vergonha ao flertar, expondo os seios avantajados ao se inclinar sobre o balcão. Mas antes mesmo que o flerte pudesse se tornar algo concreto, uma outra garota se espremeu por entre ele e outro homem, que bebia uísque sozinho. Ela tinha um olhar irritado, o lábio inferior formando um leve biquinho.
Os olhos brilharam com interesse, a mulher tinha um vestidinho preto que mal chegava ao meio das coxas, ele era apertado, mostrando cada curva daquele corpo, as pernas brilhavam nas luzes estroboscópicas, e o decote, em formato V, o fez prender a respiração por um segundo ou dois. A pele tinha um tom de caramelo, os cabelos caindo em caracóis, e o olhar, céus, aquele olhar deveria ser considerado um pecado, contemplou, ainda a observando. Ele parecia incapaz de desviar os olhos daquela visão.
Nem ao menos percebeu que ela girou em sua direção até ela esbarrar contra ele, derramando um pouco do martini na camisa dele. Ainda sob um feitiço, a observou de perto, o nariz empinado, e a boca em formato de coração. Queria agarrar o seu pescoço e a beijar ali mesmo.
— Perdóname! — Era uma voz melódica, doce, e atingiu cada nervo do corpo dele.
— Eu não… Uh.
— Ah, tudo bem, eu pedi desculpas. — A garota bonita suspirou, o sotaque ainda chiando nos ouvidos dele. - Não quis esbarrar em você. Sério.
— Não precisa se preocupar, foi só um pouquinho.
Um pequeno silêncio flutuou sobre os dois e ela pigarreou, tentando, com certeza, escapar da situação constrangedora que tinha se metido.
— Uh, eu tenho que ir… Meus amigos estão me esperando na mesa.
— Espera. — Murmurou, segurando o pulso dela, rezando para que não estivesse sendo intrusivo. — Qual o seu nome? Sabe, para quando eu for contar a história de que uma mulher bonita derrubou uma bebida em mim, eu saber o nome dela.
Ela riu.
— . E o seu?
— . — Replicou sem ao menos pensar que era estranho ela não o conhecer, quando o nome dele estava estampado em qualquer tablóide meia boca.
— Bem, foi um prazer te conhecer. — Ela piscou, os dedos tocando de leve no peito descoberto dele. — Cariño.
foi embora, sem olhar para trás uma vez sequer, e ficou ali, como um cachorrinho perdido. Olhando o balanço rítmico dos quadris.
Uma coisa era certa, ele tinha mentido. Tinha estudado espanhol uns anos atrás, e sabia falar num nível bem decente. Bom o suficiente para entender quando alguém se desculpava e o chamava de “meu bem”. Não que isso fosse um problema. O problema era que ela o tinha prendido em um feitiço.
Ele passou a noite inteira olhando ela dançar, cada mínimo detalhe, cada pedacinho de pele exposto quando vestido subia. Se Thomas estivesse aqui, provavelmente o xingaria de alguns nomes e o diria que estava sendo covarde, que nunca teve dificuldade para conquistar uma mulher. Bastava dizer o nome, às vezes nem isso, e algumas milhares fariam fila.
Depois de mais duas doses, decidiu que não ia mais ficar sentado. Talvez o álcool tivesse tirado os filtros que ainda restavam, mas quando viu, já estava indo em direção a ela. Em direção à .
O que ele não sabia é que ela não tinha parado de pensar nele a noite toda. Olhando, disfarçadamente, para a mesa no canto direito onde ele estava sentado sozinho, sentindo uma onda de calor percorrer seu corpo quando percebeu que os olhos estavam pregados nela. Começou a dançar de forma mais provocante, esperando que ele finalmente viesse até ela, que tomasse alguma atitude. Se provou inútil, talvez ele não estivesse tão interessado nela quanto achou que ele estava. Então, quando a pista ficou mais abafada, uma camada fina de suor pregando alguns fios de cabelo na sua testa, retornou para a mesa, bebendo um gole da cerveja, encarando as unhas, pintadas de vermelho vivo. Totalmente ignorante ao fato de que tinha sim conseguido chamar a atenção dele.
tocou o ombro dela, gentil, e o calor da mão fez a mulher tremer, ligeiramente surpresa. Ela olhou para cima, apenas para se surpreender ainda mais com o dono da mão, o homem esperando de pé, um sorriso, que na humilde opinião dela, deveria ser considerado um crime, estampado naquela cara linda. De perto, pode perceber que uma barba crescia, e isso a deixou ainda mais incomodada, pressionando as coxas uma na outra para aquietar o desconforto que crescia dentro da calcinha.
Por um breve momento, eles não falaram nada, sobrecarregados com a intensidade do olhar que trocaram. Era como se um gancho os fizessem gravitar em direção um do outro, um tipo de química que era rara de ver, ou sentir, na verdade.
— Quer dançar comigo?
— Pensei que você nunca ia pedir.
Ela sentiu a pele queimar quando os dedos tocaram cada lado dos quadris, puxando-os de encontro aos dele. A música mudou para algo mais lento, então ela colocou os braços ao redor do pescoço dele, relaxando o corpo e deixando que ele a guiasse. Os dois estavam colados, conseguia sentir a pressão contra o seu estômago, sua respiração se tornando falhada, a sensação de saber que causava um efeito tão forte num homem como aquele era intoxicante.
O ar estava pesado com toda a tensão, cada girar, os olhares trocados na escuridão do clube… sentia a boca ficar seca e não queria mais nada do que matar a sede na saliva com aquela estranha. Ela girou, deixando a cabeça pender para trás, e ele colocou a mão espalmada na barriga dela, a música agora estava quase no fim.
Sentiu o toque dele descer, parando na curva suave da barriga, baixo o suficiente para que os dedos sentissem a barra da calcinha sob o tecido fino, um movimento arriscado, sabia disso, mas ela respondeu positivamente, um arfar abafado pelo barulho. Foi preciso exercer todo o autocontrole que tinha para simplesmente não a tomar ela ali mesmo, arracar o vestidinho preto e sentir pele na pele.
pensou que ia entrar em erupção a qualquer momento. Nunca tinha ficado assim antes, não tão rápido, não tão intenso. Era bom, a sensação de adrenalina pulsando nas veias, naquele instante, o mundo era uma montanha e eles estavam no topo.
A ponta do nariz dele tocou a maçã do rosto dela, o aroma do álcool a deixando ainda mais intoxicada. Ela enterrou os dedos no cabelo comprido, puxando enquanto os corpos balançavam no ritmo do reggaeton tocando no fundo. O cômodo parecia estar aquecendo, ou pelo menos eles sentiam como se estivesse sob o sol escaldante de um dia de verão.
Num movimento abrupto, a fez dar um rodopio e segurou a coxa dela, forçando o corpo dela a cair para trás, o decote do vestido mostrando ainda mais. sorriu provocante, prendendo a perna ainda mais alto na cintura dele, erguendo-se devagar até os rostos estarem a apenas centímetros de distância. Só então lambeu o lábio inferior, assistindo ele fazer o mesmo, os olhos fixados. Fogo grego queimando.
A segunda música acabou, mas eles não queriam se separar ainda. Se ambos estavam sendo honestos, nenhum queria fazer qualquer outra coisa que não fosse essa proximidade. Nesse momento, estavam sob hipnose. Ela estava quase ficando maluca com a barba roçando a pele sensível e ele, bem, a cada segundo se tornava ainda mais óbvio que ele estava apreciando o corpo dela colado no seu.
— Porra… — Disse, rouco, quando ela rebolou, o volume nas jeans latejou. — Me vuelves loco, cariño.
— Pensei que você não falava espanhol. — sussurrou, um gemido estrangulado escapando quando ele a girou rápido, os lábios colando no pescoço exposto assim que pode. — Puta que pariu, .
— Tem um monte de coisas sobre mim que você não sabe, querida.
— E por que é que você não me mostra?
As palavras deram coragem o suficiente para que ele a levasse para um lugar mais privado. Ele queria levar ela para o apartamento dele, apertar o corpo contra as janelas de vidro, queria que qualquer um na rua visse que ele estava fazendo aquela mulher, uma força magnética, se estava sendo honesto, ver estrelas. A tensão era grande demais para que ele conseguisse aguentar, entretanto, então entrou num dos banheiros, que, por um milagre, estava vazio.
a colocou contra a parede de azulejos gelada, e o impacto fez um gemido escapar, as pálpebras semicerradas. Ele finalmente roubou um beijo, com sabor de cerveja e uísque, molhado e lascivo. Os dois provavelmente tinham bebido demais. Ela agarrou o cabelo, puxando-o com força, ele grunhiu, mordendo o lábio inferior dela.
As mãos dele tatearam cada centímetro das coxas desnudas, apertando as nádegas voluptuosas e dando o impulso que ela precisava para enrolar as pernas ao redor da cintura dele, aprofundando ainda mais o contato. Naquela posição, ela conseguia sentir ele roçar num ponto sensível cada vez que movia os quadris, e movia os seus em sincronia, instintivamente. Os sons emitidos por ambos eram abafados por beijos desleixados.
Ele se curvou, lambendo cada pedaço de pele em direção aos seios, que continuavam cobertos, mas estavam à sua disposição, para o que ele pretendesse fazer. Com uma mão ao redor da cintura dela, usou a outra para puxar as alças do vestido para baixo, revelando ainda mais, dentro das calças, sentiu a ereção pulsar, o desejo crescendo exponencialmente. abocanhou um deles, a língua circulou o mamilo que já estava intumescido, uma sucção delicada, como se eles tivessem todo o tempo do mundo. Ela escorregou as unhas por dentro da camisa, fincando-as nas costas, arqueando-se em direção a ele, o próprio sexo vibrando de excitação.
A mão que estava pousada na cintura, subiu para tocar o outro seio, apalpando-o displicentemente, e quando deu um belisquinho na região sensível, jogou a cabeça para trás, fechando os olhos. A respiração já estava fora de prumo, os dedos dos pés curvando-se. Ela se contorceu, tentando criar alguma fricção, qualquer coisa que aliviasse a tensão formada.
— Alguém está com pressa, hmm? — brincou, rouco, se afastando brevemente apenas para dar atenção ao outro peito, chupando-o por um segundo ou dois, antes de direcionar aqueles olhos para cima, observando-a. — Não se preocupe, meu bem, vou te fazer ver várias estrelas hoje.
Ele a colocou de volta no chão, selando os lábios uma última vez antes de se ajoelhar na frente dela, esgueirando a cabeça para debaixo do vestido. Ela arfou, tremendo um pouco com a respiração quente tão próxima de onde ela estava molhada e necessitada, o que só se intensificou quando ele puxou a calcinha de renda para o lado, as pontas dos dedos, ásperas, provendo um atrito gostoso. gemeu, agarrando o tecido fino da camisa de botões, porém resistiu ao instinto de fechar os olhos, não querendo quebrar o contato visual estabelecido, as íris cheias de tesão. Comendo ela viva. Porra, esse homem é uma delícia, pensou, deixando a respiração escapar ruidosa.
Os dedos médio e anelar escorregaram com facilidade, ela estava molhada demais.
— Isso é tudo pra mim, baby? — grunhiu, enterrando as unhas ainda mais fundo, o nó no ventre cada vez mais apertado. A cada segundo ela parecia mais perto de atingir o ápice, e não deveria ser tão rápido assim. Ninguém deveria ser tão bom nisso. Tão habilidoso. Não era justo. — Fala.
— …
— Isso, geme meu nome, deixa todo mundo do lado de fora saber quem é que vai te fazer gozar gostoso.
A mulher xingou baixinho, mordendo o lábio inferior.
Com um toque de lábios, ele a empurrou ainda mais próximo, a língua gentil, mas aplicando exatamente a quantidade de pressão para a deixar doida. tinha técnica. Não parecia que era a primeira vez que ele estava com ela. Era como se ele já tivesse explorado o seu corpo algumas milhares de vezes antes, sabendo onde mexer e como pressionar. Alguém dera um manual para esse homem e ele estava usando-o para a levar à ruína.
enterrou a mão nas madeixas macias, completamente absorta na sensação. Ele não tinha mentido. Ia mesmo fazer ela ver estrelas.
— Eu, ah… — Gemeu, incoerente. Até mesmo a região onde a ponta do nariz dele tocava estava sensível. — Puta que pariu. Eu vou...
O clímax chegou com um longo grito, o corpo dela tremendo com o prazer que se espalhava pela sua corrente sanguínea. As endorfinas a fizeram encolher e depois relaxar, um suspiro de satisfação seguindo enquanto ainda investia, usando os dedos mágicos para trazê-la de volta à realidade. Ele tinha um sorriso presunçoso estampado, o que roubou uma risadinha da mulher, pousando as próprias mãos sobre as dele, afastando-as.
Ele ergueu uma sobrancelha, mas chupou os dedos, limpando-os e ronronando com contentamento. A imagem daquele homem, um deus grego, se deuses gregos fossem reais, era uma coisa de outro mundo e, embora mal tivesse se recuperado, já sentia o sangue esquentar, desejo expelindo até do mais minúsculo poro. Como ele ousava ser tão fodidamente gostoso?
— Você é deliciosa. — ficou de pé, olhos fechados e dedos ainda dentro da boca. — Sabia disso? Porra.
— Ah, bem… — Riu, um pouco embaraçada de estar sendo tão abertamente elogiada, isso não a impediu de puxá-lo pelo cós da calça. — O que você acha de uma retribuição? A ideia te interessa?
— É uma ótima ideia, docinho, aposto que a sua boca é tão gostosa como é bonita.
Ela não se importou em responder, ocupando-se em tirar as calças dele ao invés disso, empurrando para baixo, junto com a cueca preta. sibilou quando a mão dela envolveu seu pau, acariciando-o devagar, os olhos de lince atentos a cada mínima reação esboçada naquele rosto esculpido. As mãos quentes tomaram posição nas bochechas dela, ele murmurava palavras desconexas, incentivos.
A voz mexia cada fibra do ser dela, e, quando finalmente ficou de joelhos, aqueles olhos sintonizados nela, não conseguiu suprimir um gemido. Ela cuspiu na mão, masturbando-o por mais alguns segundos antes de finalmente abocanhá-lo, tendo o cuidado de curvar os lábios para dentro. Sem ter muito tempo para pensar como era a primeira vez que chupava um completo desconhecido num banheiro público, começou a mexer a cabeça, a língua acertando uma veia, a ponta tocando o fundo da garganta. Toda a imagem fez gemer, rouco, agarrando os cabelos com mais força do que pretendia.
Arranhou as coxas dele, sentindo lágrimas começarem a se formar, uma ligeira falta de ar quando o tomou profundo. Ele a guiou de volta, agora acompanhando com movimentos do quadril, fodendo a sua boca do jeito que queria. Normalmente, ela não gostava de perder o controle assim, mas com ele? Ah, droga. Os limites já tinham sido esquecidos no momento em que eles entraram naquele cubículo.
Ela gemeu ao redor dele, o que o fez agarrar com mais força ainda os cabelos dela.
— Porra. — A voz dele tinha ficado mais grave, o rosto contorcido de prazer. — Você vai me matar, assim, docinho.
se afastou com um estalo, sorrindo safada enquanto a mão escorregava para cima e baixo com facilidade dado o excesso de saliva. Ele estava tão duro, desejo extravasando por cada poro. Se alguém o perguntasse, ele provavelmente diria que estava no céu, com uma boca de veludo, quente e acolhedora, querendo arrancar um orgasmo dele com quase nenhum esforço. E o melhor de tudo era que estava longe de parecer uma troca de favores, a mulher parecia genuinamente tendo satisfação em estar de joelhos, o rosto brilhando de suor.
Os lábios dela envolveram a cabeça novamente, o preenchendo com uma sensação quente. Agora não havia nada delicado, ela parecia empenhada, e iria ganhar essa competição em breve. Só que ele não queria acabar a diversão tão cedo. Derreteria na boca dela em outra oportunidade.
— Docinho… Se você continuar assim, eu não vou aguentar…
Uma linha saliva ainda os conectava quando ela finalmente se afastou. Grunhindo com a visão dos lábios inchados, ligeiramente entreabertos, o peito subindo e descendo rápido, desnudo, e porra, ela tinha peitos deliciosos. se inclinou para colocar as mãos na cintura, impulsionando-a para cima e a estabilizando quando percebeu que ela cambaleou um pouco.
Num movimento rápido, ele a imprensou contra a pia. Ela se esfregou contra ele, sem um pingo de vergonha, o tecido do vestido ainda atrapalhando-o de senti-la totalmente. Observou-a pelo reflexo do espelho, sentindo um repuxão no ventre ao perceber o sorriso safado que ostentava, um desafio silencioso. Tudo que ele queria era rasgar qualquer pedaço de roupa que estivesse no caminho.
terminou de desabotoar a camisa, revelando completamente as tatuagens escondidas. Ela arquejou, segurando com força a superfície de mármore da borda da pia. Como era que uma única pessoa conseguia ser tão atraente assim? Ele parecia ter sido feito a partir de um modelo único, porque nenhum dos outros parceiros que tivera chegou nem perto de a fazer ficar assim, com um tesão que a consumia.
Depois de empurrar os jeans ainda mais pra baixo, e colocar uma camisinha, que ela sequer assimilou de onde ele tinha tirado, ele voltou a se aproximar dela, puxando para cima o resto do vestido, que ficou enrolado ao redor da cintura, e a calcinha pro lado, ele atiçou-a, não a penetrando de cara. gemeu e jogou os quadris para trás, recebendo uma tapa audível na bunda.
— Tá pronta? — sussurrou, beijando a curva do pescoço e dando uma mordida gentil em seguida.
— É claro que estou. Quero saber se você vai foder a minha buceta tão gostoso quanto fodeu a minha boca.
— Você é uma menina má. Muito, muito má. — A respiração quente dele soprou contra a pele quente dela enquanto finalmente a invadia com um movimento firme. Ambos gemeram com o contato, infinitamente melhor do que as imaginações tinham fabricado.
Ele abraçou a cintura dela, começando a se mexer, chocando os quadris contra os dela sem piedade, um som cru de pele em pele. Qualquer um que passasse por ali saberia com precisão o que é que acontecia lá dentro, a respiração dela saindo entrecortada. desceu a mão direita até onde os corpos estavam unidos, esfregando-a com diligência, enquanto a esquerda apertava o quadril, era tanta a força utilizada, que provavelmente uma mancha roxa iria aparecer no dia seguinte, quando o pico de adrenalina tivesse passado.
Os corpos suados se moviam desesperados, ambos querendo nada além do ápice doce que parecia estar a cada segundo mais próximo. Do lado de fora, a música continuava alta, ocultando os barulhos que ficavam cada vez mais altos, nunca foi de gemer assim, só que ele sabia angular para atingir um ponto sensível dentro dela, simplesmente não conseguia se conter.
— Você tá tão linda. — Soprou no ouvido dela, mordiscando o lóbulo e apertando um dos seios com mais força, os movimentos ficando mais desleixados. — Porra.
A mulher estava frágil, os joelhos cedendo a cada impulso, se ele não a tivesse segurando no lugar, provavelmente já teria caído. Ela ergueu o rosto, olhando para ele, compenetrado, enterrado dentro dela, esticando-a, abrindo espaço. Naquele instante, teve certeza que, mesmo que estivesse apenas assistindo ele transar com alguém, sairia satisfeita.
Sentiu um formigamento começar na pontinha dos pés.
— Eu vou… Puta que pariu. — As palavras saíram num gemido estrangulado.
Isso o deu mais energia, se é que era possível, indo ainda mais rápido, mais forte. A sanidade tinha sido perdida nas entrelinhas. Se essa não era a melhor foda que ele já tinha tido, bem, ele não saberia dizer qual a tinha ultrapassado.
colocou a mão sobre a dele, sentindo o calor que emanava, e jogou a cabeça para trás, apoiando-a no ombro dele. pressionou os lábios contra uma das têmporas, sussurrando palavras que o cérebro enevoado por uma descarga de endorfinas não conseguia mais decodificar. Não soube exatamente quando se desfez, o nome dele escapando como uma prece, mas tinha sido bom, bom o suficiente para que se contorcesse inteira, tremendo.
Ele aguentou por mais alguns momentos, inconsequente, até grunhir, mordendo o pescoço dela. As respirações permaneceram descompassadas e eles ficaram ali, aproveitando o resplendor do momento até se recuperarem inteiramente. Só então é que se separaram, ela se virou, os passos vacilantes, e acabou caindo nos braços dele, o que causou uma onda de risadas.
Quando se beijaram de novo, foi muito mais lento, um beijo gostoso, como adolescentes, no telhado de uma festa, com copos de plástico vermelhos e falando bobagem até que as bocas se encontram.
— Isso foi… Divertido. — disse, alisando as costas dela. — Hmm?
— Calma, eu ainda estou tremendo. — brincou, abafando uma risada no peito. — E dormente. Me pergunta isso mais tarde.
— Puxa, tadinha de você.
— Cala a boca.
Com sorrisos extasiados, eles começaram a se vestir, fazendo uma nota mental de agradecimento que ninguém decidira ir até ali. Ou se foi o caso, ouviram a comoção e desistiram. Não que no calor do momento eles tivessem se importado.
Depois de prontos, e se encararam por um minuto, saboreando o momento. A pós-glória de terem transado e estarem saciados.
— Acho que posso pedir o seu número, sim?
— Claro que sim, . — Ela piscou, pegando o celular nas mãos dele e salvando o seu número. — Vou ficar esperando você me ligar, cariño.
Balançando os quadris, a mulher deixou o banheiro, abandonando num estado de perplexidade, sem acreditar que os últimos minutos tinham sido mesmo reais. Ele já tinha feito uma porção de coisas malucas na vida, mas isso… Isso tinha sido uma primeira vez. E encarando o contato salvo com o apelidinho, ele percebeu que mal podia esperar para encontrá-la de novo.