03. You're My Only Shorty

Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Flashback
- Você não podia ter me trazido pra cá contra a minha vontade. – abri a porta com força suficiente pra derruba-la. Não aconteceu. – Isso é sequestro.
Eu estava tão furiosa que, se colocassem uma arma na minha frente, não pensaria duas vezes antes de ir até ela e descarregá-la.
- Você estava brigando em uma boate. BRIGANDO, . – ele disse, sua voz minimamente alterada. - Qual é o seu problema?
- Qual é o meu problema? – virei-me pra ele, dando um riso debochado. – Eu estava brigando por sua causa. Porque você é o pior idiota que já apareceu em minha vida.
- Por minha causa? – ele deu um riso debochado dessa vez. – Eu não te pedi pra fazer isso.
- Sim, você estava quase comendo aquela garota na pista de dança, . Você sabe o quanto eu a odeio, sabe o quanto ela me odeia, sabe que ela estava fazendo aquilo principalmente pra me provocar. De todas as garotas que estavam lá - e olha que não eram poucas -, você tinha que escolher justamente ela. – minha raiva só aumentava à medida que as palavras saíam da minha boca.
Deus, como eu estava com raiva dele.
- Como se você tivesse feito diferente, não é? Como se você não estivesse se esfregando naquele cara lá, que, aliás, você nem conhece. – agora sim ele demostrou um pouco de irritação, irritação essa que fez a minha parte malvada vibrar de prazer por dentro.
- Exatamente, foi um cara qualquer. Um garoto que provavelmente eu nunca mais verei. Mas você não, você tinha que se esfregar logo nela, não é? Por que não outra?
- Eu chamei você. – ele disse de repente, depois de um tempo calado, me assustando, a voz alterada de um modo que eu nunca vi. – Eu queria que você estivesse no lugar dela, dançando comigo daquela forma. Queria sentir o seu perfume, sua pele na minha... Eu chamei você, . – ele me olhava de um jeito pesaroso e seu tom mudou consideravelmente. - Mas você negou, preferiu dançar com um desconhecido. E sabe de uma coisa? Você tem total razão quando diz que sou um idiota, porque é exatamente isso que eu sou. Um idiota, por ainda insistir em você, insistir em nós dois, mesmo sabendo que nunca vai dar certo. Um idiota por me apaixonar justamente pela garota mais complicada que a vida fez o favor de me apresentar. – ele passou as mãos pelos cabelos, um gesto já muito conhecido por mim. – Só Deus sabe o quanto eu queria que ela fosse você naquele momento.
Meu coração ficou ainda mais acelerado depois das palavras dele. Parecia que o ritmo das batidas tinha redobrado naquele momento. Sentia meu estômago embrulhar, sem falar, que parecia ter um bolo gigante em minha garganta e subitamente uma vontade de chorar se abateu sobre mim.
Respirei profundamente, puxando todo ar possível para os meus pulmões. Eu não iria chorar. Não na frente dele.
- Tá, então a culpa de você se esfregar naquela garota lá é minha agora? – disse, tentando ao máximo fingir que as palavras dele não tinham me abalado em nada.
- Por que você tem que ser tão egoísta? Você só consegue enxergar o seu lado. – ele abaixou a cabeça, balançando-a negativamente. – De tudo o que eu disse você realmente só registrou isso? – ele deu um riso nasalado.
- Quer saber? – peguei minha bolsa, que eu havia jogado no sofá em algum momento que eu não lembro. – Você realmente é um idiota, um estúpido, um imbecil. – agora eu estava com raiva dele, mas principalmente de mim. Deus, como eu era estúpida. - E adivinha? Existe uma pessoa mais idiota do que você. E essa pessoa sou eu. Sou uma completa idiota, por realmente acreditar que sou sua única garota, a única que você quer, coisa que ficou muito clara hoje que não é verdade. E sabe por que sou mais idiota ainda? – respondi antes de ele sequer pensar em responder. – Porque fui fazer a besteira de me apaixonar por você. Quem, se não uma total idiota, se apaixonaria por um ogro como você? – ri com sarcasmo. - E sabe de outra coisa? Eu realmente te odeio. – eu lhe dei as costas. – Quer saber: eu vou embora, porque não vou ficar aqui ouvindo você me chamar de egoísta.
Um segundo depois que abri a porta, a mesma se fechou com um enorme estrondo, fazendo-me dar um pequeno sobressalto. A mão dele parecia ainda maior naquela porta. E eu senti meu coração acelerar ainda mais.
Se é que isso era possível.
Talvez eu tivesse começando a ter um ataque cardíaco. Existia essa possibilidade, não é?
Sua outra mão segurou meu braço, virando-me de frente para ele, sem nenhum pouco de delicadeza. Olhei pro seu rosto - ele estava com muita raiva –, seus olhos praticamente soltavam faíscas, suas bochechas vermelhas, e eu senti um arrepio delicioso percorrer meu corpo. Eu estava presa entre a porta e ele, e tudo que sentia era uma vontade insana de estapear seu rosto e depois beijá-lo, enquanto pedia pra que ele me fodesse ali mesmo, contra a porta, de um jeito que ele nunca tinha feito.
Deus, como ele conseguia fazer isso comigo?
Em um segundo eu queria matá-lo; em outro, queria que ele me matasse de prazer. Que tipo de pessoa eu era? Psicopata? Pode ser. Bipolar? Talvez um pouco. Louca? Com certeza.
- Onde pensa que vai? – sua voz saiu baixa e rouca, como se estivesse tentando se controlar. Seu hálito tocando meu rosto, numa mistura de hortelã e álcool deliciosa.
- Não te devo explicações. – por que eu tinha que ser tão orgulhosa? Era só colar meus lábios aos dele e tudo aconteceria sequencialmente. – Mas se você quer saber, irei procurar alguém pra passar a noite. Alguém que me aceite de verdade, que não fique falando o quanto eu sou egoísta ou coisas do tipo. – puxei meu braço com força.
Vi em seus olhos que o havia atingido onde queria, o deixando ainda mais furioso.
Sim, eu conheço aquele ditado: Nunca cutuque a onça com vara curta. Mas, qual é? É excitante correr alguns riscos de vez em quando.
- Você não vai a lugar nenhum. Tudo o que você precisa está aqui. – aquela voz rouca era tão deliciosa que deixou minha calcinha úmida. – Você é minha... – disse, antes de tomar meus lábios.
Senti uma corrente elétrica deliciosa percorrer meu corpo, deixando-o completamente em alerta. Tentei empurrá-lo - não que eu quisesse que ele se afastasse de mim de verdade, realmente não era isso, mas é muito bom se fazer de difícil às vezes. As coisas sempre ficam mais excitantes –, mas foi inútil, ele era muito mais forte que eu e meus movimentos pareciam tê-lo aproximado ainda mais. pressionou seu corpo contra o meu com força, puxando-me pela cintura com possessividade, fazendo-me soltar um gemido baixo em sua boca, enquanto levava minhas mãos ao seu pescoço, deixando que uma delas puxasse um punhado de cabelos em sua nuca. Ele arrastou seus dentes por meu lábio inferior, antes de afastá-los milimetricamente. Seus olhos estavam abertos quando ele pressionou seu corpo contra o meu, fazendo-me sentir sua ereção em minha barriga, me deixando embriagada, enquanto um arrepio percorria o meu corpo. Minhas pernas já não tinham tanta força assim. Talvez se ele se afastasse de mim eu me desmancharia no chão.
- Você é minha, só minha. – ele disse com os lábios roçando nos meus a cada palavra que dizia.
- Tenho certeza que disse isso também à Hillary enquanto dançava com ela, não é mesmo? – o olhei irritada, sentindo a raiva voltar as minhas veias. – Se é que podemos chamar aquilo de dança, não é verdade?
Quem ele pensava que era?
- Está com ciúmes, amor? – ele sorriu de um jeito sensual.
- De você? – eu fingi uma risada. – Fala sério. – tentei empurrá-lo de verdade dessa vez.
- Gostaria de ver você admitindo que sente ciúmes de mim. – ele sugou meu lábio inferior, sem desviar nosso olhar.
- Gostaria que você parasse de falar e fizesse o que melhor sabe fazer. – comentei, vendo-o sorrir de lado.
Ele sorriu, pressionando o corpo contra o meu, fazendo-me suspirar alto.
- E o que você julga ser?
- O que mais poderia ser? – perguntei, cínica.
Ele sorriu, antes de agarrar uma de minhas coxas e posicionar minha perna ao redor da sua cintura, se encaixando entre elas e fazendo-me sentir sua ereção pressionar o lugar onde eu mais o desejava. Uma de suas mãos deslizou do meu pescoço até um dos meus seios, apertando-o com força, fazendo-me morder o lábio inferior para segurar um gemido. Sua mão, que estava em meu calcanhar, foi trilhando um caminho lento, passando por minha panturrilha, por trás do meu joelho, por trás da minha coxa, até chegar a minha bunda, dando um tapa estalado ali. Respirei fundo, tentando ao máximo me controlar, enquanto sentia seus lábios repuxarem em um sorriso contra meu pescoço. Os dedos de tocaram na barra do meu vestido por trás, mas ele logo o soltou, preferindo me provocar um pouco mais e deslizando a mão pelo cós da minha calcinha, passando pela bunda e entre minhas pernas, mas negligenciando onde eu definitivamente desejava seu toque. Ele deixou beijos molhados em meu pescoço, subindo em seguida para minha bochecha, deixando dois beijinhos ali, depois, passou para o meu queixo, fazendo o mesmo. Quando enfim senti seus dedos tocarem o pano fino da minha calcinha, seus dentes puxaram meu lábio inferior com força, fazendo-me deixar escapar um gemido baixo.
- Você está tão molhada, amor. – disse contra meus lábios. – Sabe o quanto eu gosto disso? – eu não respondi. Sabia o quanto ele gostava daquilo, mas não daria esse gostinho a ele de jeito nenhum. Os movimentos de seus dedos eram tão lentos que eu arqueava meu corpo pra baixo, procurando mais contato com ele. – Você está tão deliciosa essa noite. – ele passou a ponta da língua por meus lábios. – Fiquei de pau duro quando vi você chegar, pensei se teria essa oportunidade, se teria ao menos mais uma chance de estar dentro de você. Você é tão deliciosa... – ele grunhiu próximo ao meu ouvido e eu tive vontade de fazer a mesma coisa, porque eu sentia que poderia ter um orgasmo a qualquer momento, mesmo ele quase não tendo me tocado. - Como consegue fazer isso comigo?
- Dá pra você parar de falar? – perguntei, minha voz baixa e rouca, não conseguia falar direito. – Você está estragando tudo. – era mentira, a voz dele era tão gostosa, rouca e masculina, que me causava arrepios deliciosos. – Só abaixe as calças e me foda... – ele sorriu com minhas palavras.
Merda, merda, merda.
sorriu, colocando minha perna no chão e afastando-se um pouco de mim. Suspirei em frustração, mas logo senti suas mãos em minha cintura e, em um movimento rápido, ele me girou, deixando-me de frente para a porta. Suas mãos moveram-se rapidamente para a barra do meu vestido, puxando-o de uma única vez, levantando-o acima do meu peito - afinal, fiz questão de não ajudá-lo.
- Me ajude, amor. – ele pediu numa voz baixa.
Por que ele tinha que usar essa voz deliciosa? Assim ficava muito difícil de resistir. Levantei meus braços lentamente e logo senti suas mãos passarem por ele, juntamente com o vestido. Ele jogou-o em algum canto que eu não estava em condições de reparar e logo seus lábios estavam em minha nuca, meus ombros, descendo por minhas costas, distribuindo beijos molhados. Deixei escapar um gemido baixo - mas não baixo o suficiente pra que ele não ouvisse – quando seus lábios chegaram à minha lombar e arqueei as costas, sentindo meus seios pressionarem a porta fria de madeira e me arrepiando.
- Você é tão deliciosa. – ele disse, mordendo minha bunda. – Quero ouvir você gemer hoje, durante toda noite. – ele levantou-se, mas suas mãos não deixaram minha bunda. Ele a apertava e fazia uns sons deliciosos, próximo ao meu ouvido. Uma de suas mãos escorregou por entre minhas pernas, afastando minha calcinha para o lado e passando um dos seus dedos em minha intimidade. Eu gemi e sentir meu corpo tremer em ansiedade. – Você está tão molhada, ... Que merda. – disse, parecendo lutar por controle. Ele brincou com meu clitóris, mexendo dois dos seus dedos em círculos, me deixando sem fôlego por um momento. Logo dois de seus dedos deslizaram pra dentro de mim, fazendo-me contrair ao seu redor. – Oh, você é tão apertada. – ele colocou meu cabelo para um único lado e beijou meu pescoço. - Eu amo tanto seu cheiro. – ele inspirou fundo em meu pescoço. – Amo sua pele. Amo seu gosto. – ele deslizou a língua por aquele local, enquanto começava a movimentar seu dedo dentro de mim. – Oh, ... – minha respiração ficou ainda mais ofegante, quando eu senti seu polegar se mover novamente em meu clitóris em círculos deliciosos. Minha pele estava arrepiada, e meus seios doíam de um jeito gostoso contra aquela porta já não tão fria assim. Gemi, jogando minha cabeça pra trás, que foi amparada por seu peito, e senti meu corpo contrair novamente. – Assim, pequena... Se entregue pra mim. – sua mão , que estava em meu quadril, afastou-se momentaneamente e eu pude ouvir o som do seu zíper sendo aberto e logo em seguida ele começou a se esfregar contra mim, tentando satisfazer seu próprio prazer. Ele dobrou os joelhos, alinhando-se a mim, fazendo com que sua ereção se encaixasse perfeitamente entre minha bunda e seus movimentos aumentaram consideravelmente.
- ... Eu... Por favor... – as palavra começaram a se perder em minha mente, eu queria tanto ele e toda aquela tortura não estava ajudando muito. Eu me remexi um pouco, forçando-me contra ele inconscientemente, fazendo com que ele gemesse e grunhisse baixinho no meu ouvido. – Por favor...
- O que você quer, pequena? – ele perguntou e eu senti sua respiração quente e ofegante em meu ombro. – Me diz: O que você quer? – ele diminuiu os movimentos de sua mão em mim, me fazendo querer chorar. – Me diz, vai... Diga-me e eu te darei.
Xinguei-me mentalmente. Por que eu tinha que ser tão fraca assim quando se tratava dele? Por que eu não conseguia resistir a ele da mesma forma que resisti a todos os outros que passaram na minha vida? Por que ele tinha que ser tão insurportavelmente gostoso? Por que eu tinha que estar completamente viciada nele? Lembro-me de tê-lo odiado tanto no início – não que eu não o odiasse mais, eu odiava, principalmente nessas situações –, mas por que esse ódio não me impedia de me humilhar pra ele da forma que eu iria fazer agora?
Acho que a resposta pra todas essas perguntas eram uma só.
Amor.
Eu o amo, mesmo o odiando. Eu o amo porque eu amava uma aventura, e ele foi e é a minha maior e mais maravilhosa aventura. O amo mesmo nunca tendo admitido isso pra ele, nem mesmo pra mim. Eu o amo, por ele ter sido o único a conseguir me fazer enxergar o mundo de outra forma. Eu o amo por ser ele o causador de todos os sentimentos deliciosamente confusos que habitam em mim. Eu o amo por ele ser tão errado e mesmo assim ser o certo pra mim. O amo pelo fato de ele ser o único a me fazer sentir essa coisa maluca de sentir as pernas bambas só com um sorriso. Eu o amo por ele me fazer tão bem, quando ninguém nunca fez.
Eu o amo, simplesmente por ele ser ele.
- ... Eu... Eu quero você... Quero... Muito... Por favor...
Meio segundo depois dessas palavras deixarem minha boca, virou-me de frente pra ele, segurando meu quadril e impulsionando-me para cima, fazendo com que eu enlaçasse minhas pernas em sua cintura. Seus lábios logo começaram a devorar o meu de uma forma deliciosamente selvagem e, enquanto nossas línguas batalhavam pra ver quem seria a vencedora, levei uma de minhas mãos até sua nuca, puxando com muita força seus cabelos, enquanto arqueava meu corpo contra o dele, buscando maior contato e esfregando-me contra ele. chupou meu lábio inferior com força, enquanto eu descia minhas mãos por suas costas, deixando um rastro com minhas unhas. Ele gemeu baixo contra meus lábios, antes de descer os seus por meu pescoço, deixando uma trilha quente de seus beijos, até chegar aos meus seios. Quando seus lábios envolveram um dos meus mamilos, não reconheci o som animalesco que saiu da minha boca. Eles brincaram comigo enquanto eu me contorcia contra a porta, desejando-o mais e mais. Sua mão apertou meu outro seio e eu senti uma ansiedade bem conhecida por mim, seu polegar e o indicador girando um dos meus mamilos no mesmo instante em que seus dentes se fincavam no outro, me fazendo gritar.
MERDA.
Eu estava à beira de um orgasmo e a brincadeira mal tinha começado.
Levei minhas mãos à sua nuca e trouxe seu rosto pra mim, beijando-o como se minha existência dependesse daquilo.
- Por que ainda está tão vestido? – perguntei, levando minhas mãos à barra da sua camisa e puxando-a pra fora do seu corpo com sua ajuda. – Isso não é justo. – beijei e suguei seu pescoço, levando minhas mãos agora até sua cueca, adentrando aquele pano e tocando seu membro. Ele gemeu e eu me senti mais incentivada a continuar o que estava fazendo. Movimentei minhas mãos em torno dele, o fazendo soltar o peso do corpo contra mim. – Você gosta assim, não é? – perguntei baixo em seu ouvido com movimentos lentos.
- Oh, ... – ele gemeu.
Há, há, o jogo virou, amor.
Ele mordeu meu ombro com força e voltou a penetrar seus dedos em mim. Segurei-o com mais força enquanto aumentava meus movimentos. Em alguns instantes as mãos do seguraram as minhas, fazendo-me parar. Ele me fez tirar as pernas de sua cintura, colocando-me no chão, antes de olhar pra mim com um sorriso entre o divertido e o safado.
- Se continuarmos assim, vamos terminar mais rápido do que eu gostaria. – ele comentou, agachando-se lentamente à minha frente.
Suas mãos foram até as laterais de minha calcinha, mas, antes de descê-la, seu rosto foi de encontro à minha intimidade, distribuindo pequenos beijos, antes de sugar meu clitóris, fazendo minhas pernas fraquejarem e eu procurar apoio. Deixei um gemido baixo escapar, ao passo em que ele abaixava minha calcinha lentamente por minhas pernas, fazendo-me estremecer em ansiedade. Senti meu coração acelerar, quando o hálito quente dele soprou minhas coxas e depois, mais acima, sobre minha intimidade. Suas mãos começaram uma carícia lenta pela parte de trás da minha perna direita e a ergueram do chão, apoiando meu pé em seu ombro. A expectativa do que ele iria fazer fez-me fechar os olhos com força e logo seus dedos separaram-me gentilmente, antes de sua língua saborear-me como se fosse a fruta mais doce e saborosa que ele já havia provado. Eu gemi enquanto as sensações me atravessavam, me deixando inicialmente tonta; tudo em mim estava à flor da pele. Eu me retorcia contra a porta sob o toque erótico dele. Minha respiração começou a ficar ofegante quando seu ritmo se acelerou. Meus dedos cravaram-se em seus cabelos enquanto ele continuava a me saborear da melhor forma possível. Eu me sentia cada vez mais próxima, me sentia cada vez mais tensa. Sentia aquela agonia familiar se formar em meu ventre e, não podendo mais resistir, eu deixei vir. Sentir todo meu corpo enrijecer e tremer logo em seguida, fazendo-me gritar seu nome em forma de gemido.
- Deliciosa, como sempre. – ele disse, deixando um beijo singelo em minha intimidade antes de subir novamente, parando à minha frente enquanto segurava a minha cintura, puxando-me contra ele e tocando meus lábios com os seus. Abracei-o pelo pescoço e aprofundei nosso beijo, sentindo meu próprio gosto em sua língua. – Não faz ideia do quanto eu amo o seu gosto. – ele confessou, descendo os lábios por meu pescoço e fazendo-me arranhar suas costas levemente, enquanto gemia baixo próximo ao seu ouvido. Ele sorriu e desceu suas mãos por meu corpo, parando em minhas coxas e me impulsionando novamente pra cima. – Quarto ou sofá? – perguntou com os lábios colados aos meus.
- Você tá brincando, né? – perguntei entre beijos. – Por mim, faríamos isso aqui mesmo. Contra essa porta. – comentei e ele sorriu, indo em direção ao sofá e sentando comigo por cima. Capturei seus lábios com meus dentes, ao passo em que me esfregava contra ele, o ouvindo gemer ruidosamente.
deslizou as mãos por meus cabelos, passando-as firmemente por minha nuca e depois por toda a extensão de minhas costas, parando as mesmas no inicio do meu quadril, enquanto ele me beijava como se nunca tivesse feito, agarrando meus lábios com os dele para logo em seguida morder e sugá-los, tornando ainda mais difícil meu autocontrole. Logo ele passou a pressionar-se contra mim, fazendo com que eu afastasse nossos lábios para gemer próximo a seu ouvido. Desci minha boca por seu pescoço, distribuindo beijos molhados, e continuei descendo, beijando, sugando e mordendo seus mamilos. Desci por sua barriga, beijando e mordendo com força, vendo-a se contrair maravilhosamente a cada toque meu e logo chegando abaixo do seu umbigo, brincando com a língua ali e o ouvindo gemer. Abaixei sua cueca de uma única vez, vendo seu membro pular, e o olhei sorrindo antes de passar a língua por toda a sua extensão. deu um gemido longo e arrastado e eu sorri, adorando o efeito que causava nele. Voltei minha atenção ao que estava fazendo e comecei a sugar a cabeça de seu membro, enquanto fazia movimento com as mãos em sua extensão.
- Oh... ... – ele estava ofegante e eu mal podia escutar sua voz. – Não vou... Conseguir aguentar... Essa tortura. – senti suas mãos em meus cabelos, puxando-me até que eu voltasse a sentar em seu colo. - Já chega disso, por enquanto, pequena. – O senti brincar com seu membro em minha entrada, antes de me penetrar lentamente, fazendo-me sentir cada centímetro seu me invadindo. Fechei os olhos e deixei minha testa descansar em seu ombro, sentindo seu cheiro enquanto sentia a respiração ofegante dele em meu pescoço. Logo suas mãos seguraram minha cintura e ele começou a movimentar-se lentamente, fazendo-me gemer. Não tinha melhor sensação do que tê-lo dentro de mim. sempre soube o que fazer quando o assunto era sexo. Ele tinha sido o primeiro e único garoto com quem eu havia estado. E eu nunca me arrependi disso, apesar de odiá-lo - ao menos era isso que eu dizia pra mim na época - quando transamos pela primeira vez. Suas mãos passeavam por meu corpo, com certa possessividade, deixando-me ainda mais louca com tudo aquilo. Seus movimentos eram lentos e tortuosos, fazendo com que eu revirasse os olhos de prazer. Suas mãos desceram lentamente pelas minhas costas, me causando arrepios e deixando meus pelos em alerta, até pararem em minha cintura. Os meus olhos se abriram e eu percorri cada curva do seu corpo, vendo seus músculos se contraírem a cada movimento, a expressão em seu rosto era de puro deleite. – Meu Deus... É tão bom estar dentro de você. – ele sussurrou e eu me contraí em torno dele, logo sentindo sua mão se deslocar da minha cintura para minha bunda. Comecei a me movimentar junto com ele, logo achando nosso ritmo. Uma de suas mãos agarram meus cabelos da nuca com força e eu senti cada poro do meu corpo se eriçar. Os meus dedos se agarraram nos cabelos dele, numa tentativa de me ancorar à medida que as deliciosas sensações atravessavam meu corpo.
- Oh... Oh meu Deus, . – eu gemi, contraindo-me em torno dele, quando suas mãos apertaram meus seios com força. Mordi meu lábio enquanto aumentava gradativamente nossos movimentos, arrancando um gemido arrastado de . Minhas unhas estavam fincadas em seus ombros e me inclinei levemente, tomando sua boca com a minha, sugando e mordiscando sua língua. Senti meu corpo estremecer quando seus dedos tocaram meu clitóris com deliciosos movimentos circulares. Joguei minha cabeça pra trás e levei as minhas até a dele em minha intimidade, movimentando junto com ele. – Oh, por favor... – eu implorei.
- O que você quer, amor? – ele questionou numa voz deliciosa. Eu já não sabia mais o que fazer com o desespero que caía sobre mim. Aquilo era realmente bom, mas eu precisava que ele fosse mais rápido, com mais força, precisava que ele me fizesse gozar. Eu mordi meus lábios, apertando seus ombros, tentando conter meus gemidos, o que foi realmente difícil quando eu senti seus lábios tomarem um dos meus seios em sua boca. não se apegou muito a isso, apenas continuou o que estava fazendo, com ainda mais energia me fazendo delirar de prazer. – Se você disser o que quer de mim... Talvez eu te dê... – ele gemeu em meu seio. – Me diga, pequena... Nós dois precisamos disso. – Eu sabia que ele também estava perto demais e sabia também que ele não gozaria antes de mim, ele só queria que eu pedisse como tantas vezes já havia feito com ele.
Mas merda, por que eu tinha que ser tão orgulhosa?
Eu o mordi com força no ombro para tentar me conter quando seus movimentos aumentaram minimamente, porém aquilo parecia apenas o estimular mais, nos levando a um círculo vicioso. Quanto mais eu o mordia, apertava e arranhava, mais ele investia contra mim, contendo seus próprios gemidos e sua própria respiração, que estava tão descontrolada quanto a minha. Sempre que um gemido me escapava, ele investia com mais força, me fazendo gritar novamente sem nenhum pudor.
- Oh, ... Por favor... Por... Favor. – eu gemia em desespero contra seu pescoço. – Me faça gozar... Por favor. – eu o supliquei e, em um movimento rápido, ele inverteu nossas posições, fazendo-me deitar no sofá e deitando por cima de mim, penetrando-me com mais força e mais rapidez, arrancando-me gritos enlouquecidos. Seus movimentos eram ágeis e cada vez mais intensos. Aquilo era tão bom como nunca tinha sido. Era como se tivéssemos descoberto algo que não queríamos admitir. Quanto mais ele investia, mais eu o queria dentro de mim. Era algo sobrenatural e delirante que me impedia de pensar e de me concentrar em qualquer coisa.
- Deus, ... Você é tão maravilhosa. – ele segurou meu cabelo com força, enquanto colava sua testa na minha. Meus olhos estavam fechados com força e minhas sobrancelhas unidas. Eu já não aguentava mais, estava quase explodindo, assim como ele e, por mais que eu pensasse que não tinha como ficar melhor, ele conseguia fazer isso. – , olhe pra mim... – pediu, mas ainda assim, meus olhos se recusavam a se abrir. Era como se eu tivesse medo do que poderia encontrar em seus olhos. – Abra os olhos, pequena. – pediu numa voz delicada e ofegante. Mesmo relutante, eu os abri, encontrando seu lindo rosto acima do meu. Seus olhos brilhavam intensamente e o seu sorriso era o mais sincero que já tinha visto. – Você é tão linda... E... Merda... O que você fez comigo? Nunca senti isso por ninguém. – ele fechou os olhos, respirando fundo. – Eu te amo tanto. – ele confessou. Aquelas palavras pareciam ter um poder imenso. Nunca dissemos isso um para o outro antes. E aquilo foi demais pra mim. Como se todo meu ser não pudesse mais aguentar, eu gozei. Gozei gritando seu nome e sentindo todo meu corpo estremecer como nunca havia feito antes. Meu corpo tremia compulsivamente.
continuou investindo contra mim, enquanto minhas unhas desciam arranhando suas costas. gemia baixo contra meu pescoço, fazendo o possível para aproveitar o máximo daquilo. Abracei sua cintura com minhas pernas, sentindo-o ir mais fundo ainda. Seu corpo estava suado e escorregadio e eu não sabia quanto tempo mais conseguiria ficar naquela posição. Contraí-me em torno dele, sentindo todo seu corpo enrijecer pra logo em seguida relaxar; Ele gozou com um gemido rouco e arrastado, que reverberou por todo meu corpo. Seus movimentos foram cessando aos poucos e depois de depositar um beijo em minha testa, seu corpo desmoronou por completo em cima do meu, enquanto respirávamos com extrema dificuldade.
Minhas mãos alisavam suas costas, enquanto as suas alisavam as laterais do meu corpo, mas ainda assim, o silêncio predominava.
Ele ergueu seu rosto, apoiando-se em seus braços, encarando-me com um sorriso nos lábios, Imitei seu gesto, sorrindo de volta, e mordi seus lábios. Ele sorriu ainda mais, ficando alguns segundos parado, apenas olhando para mim.
- Você é tão linda. – seu dedo percorreu minha bochecha.
- Desde quando você é fofo desse jeito? – perguntei, arrancando risos seus.
- Sempre fui fofo...
- Só se for com as outras... - revirei os olhos.
- Você sabe que é a única. – ele voltou a deitar a cabeça entre meus seios.
Eu podia sentir as batidas do seu coração e não conseguia pensar em uma única coisa que me fizesse afastar dele. Eu havia sentido tanta falta dele nas últimas sete semanas, que mal conseguia fazer outra coisa a não ser pensar nele e em como eu queria matá-lo. Sei que não foi bem isso que eu fiz, mas, em minha defesa: eu realmente tentei.
Mas droga, foi muito difícil pensar em algo que não fosse seu corpo contra o meu, me esmagando com movimentos ritmados, depois de ter entrado com ele nesse apartamento.
Eu quis tanto estar próxima a ele novamente. Esperei tanto que ele me ligasse, ou até mesmo aparecesse em meu apartamento, dizendo o quanto sentiu minha falta e o quanto estava errado em não acreditar em mim. Até sonhei com isso; aliás, nos sonhos foi onde eu mais o encontrei. A cada dia que passava sem notícias dele, eu sentia uma coisa extremamente estranha em meu estômago e meu peito, era como se tivesse uma bolha de ar aqui dentro. Uma bolha de ar vazia, que me ocupava completamente. Só em pensar que essa noite poderia acabar aqui, eu sentia essa bolha voltar.
- Quer comer alguma coisa? – ele me encarou novamente.
- Desde quando existem coisas pra comer em sua casa? – eu perguntei. – Não me diga que essa mesma garota com quem você é fofo faz comida pra você também.
- Isso por acaso é ciúmes? – perguntou com um rastro de sorriso nos lábios.
- Eu não sinto esse lance. – desviei meu olhar do seu. – E você ainda não respondeu minha pergunta.
- Claro, senhorita ‘não sou ciumenta’. – ele levantou-se, colocando sua cueca. – Minha mãe tem vindo aqui com frequência desde que terminamos.
- Ela deve ter soltado fogos de artifício quando soube que não estávamos mais juntos. – disse, revirando os olhos.
- É, ela falou algo como: Filho, não fica assim, ter se livrado daquela garota foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida. Logo, logo, aparecerá alguém melhor. O que não é muito difícil, né? – ele tentou imitá-la, fazendo-me rir. – Mas tem varias besteiras gostosas aí... Tipo sorvete, pêssego enlatado, batatas fritas...
- Que vaca, queria só ver a cara dela quando souber que voltamos. – disse ainda com um rastro de sorriso no rosto.
- Voltamos? – ele me olhou.
- Não voltamos?
- Na verdade, por mim não tínhamos nem ido.
- Não me importo de termos voltado... – dei de ombros.
- Então voltamos, certo? – ele sorriu, duvidoso.
- Certo. – eu sorri também e ele se aproximou, dando-me um selinho demorado. – Agora me deu fome. – comentei.
- Vou pegar uns lances pra gente. – ele afastou-se. – Te encontro na cama?
Balancei a cabeça positivamente e ele levantou-se, sendo seguido por mim. Procurei por minha calcinha, encontrando-a em um canto da sala, junto com a sua blusa. Aproveitei e a vesti, partindo pro seu quarto e encontrando uma bagunça lá não muito diferente da sala. Joguei-me em sua cama, sentindo seu cheiro me cobrir.
Era muito bom estar ali, eu me sentia verdadeiramente em casa.
Logo entrou, tentando equilibrar todas as coisas que tinha em suas mãos. Sorri de lado e o vi me passar um olhar repreensor. Eu sei que ele precisava de ajuda, mas eu estava com muita preguiça pra conseguir levantar da cama.
- Como você é preguiçosa. – ele resmungou depois de sentar.
- Nada que você não tenha percebido antes. – disse, pegando uma colher da sua mão e abrindo o sorvete.
Por algum tempo, o silencio predominou entre nós. comia batatas fritas, enquanto eu acabava com um pote de sorvete.
- Você realmente acreditou que eu tinha ficado com aquele garoto, estando com você?
Ele demorou um pouco para responder.
- Na hora eu fiquei com tanta raiva, tanta raiva, . – ele fechou os olhos, como se estivesse revivendo o momento. – Mas quando eu cheguei em casa, percebi que nada daquilo havia sido verdade. Eu sabia que você não tinha feito nada daquilo, sabia que você, a minha , nunca faria isso comigo. – disse, parecendo se arrepender.
- Por que não me ligou ou tentou entrar em contato comigo de alguma forma?
- Achei que você tivesse dito pra eu nunca mais ousar em me dirigir a palavra a você. – ele disse sem me olhar.
- Você é tão idiota... – dei um longo suspiro, passando as mãos pelo cabelo. – Eu estava com raiva e você, mais do que ninguém, deveria saber que não devemos levar em consideração algumas palavras ditas de cabeça quente.
- O que queria que eu fizesse? – me olhou. – Eu estava tão arrependido, tão envergonhado...
- Queria que você insistisse. – falei um pouco mais alto do que deveria. - Porque quando eu te mando ir embora ou à merda, não é pra você ir de verdade, é pra você insistir, largar todas as suas merdas e ficar comigo. Por que é tão difícil de você entender isso? - minha voz começava a ficar levemente embargada. Era como se estivesse voltando àquele dia. - Não leve tão ao pé da letra tudo o que eu digo na hora da raiva. Me leia, me interprete, me entenda, me queira, me ame. – sentia meu coração acelerar a cada palavra que saía dos meus lábios. – Você só tem que dizer que sabe que eu não quero isso de verdade, diz que me ama e que não vai me deixar sozinha mesmo que eu esteja parecendo uma louca, psicopata. Diz que se eu continuar te xingando assim, me jogará na cama e me encherá de mordidas… Diz... – as lágrimas atrapalhavam minha voz de continuar. – Eu só queria que você me abraçasse e dissesse que acreditava em mim.
Ele puxou-me, abraçando-me com força e respirando em meu cabelo.
- Me desculpe, pequena... Me desculpe, por favor. – ele pedia baixo, tão baixo que seria difícil escutar se não estivesse tão perto. – Eu realmente não queria te fazer passar por tudo aquilo. Me sinto tão culpado. – ele segurou meu rosto entre suas mãos. – Eu não sei como chegar e dizer para você o que sinto sem ter a sensação de estar estragando tudo. Mas eu acho que te amo, amo suas chatices, suas bobeiras, os seus olhos, seu sorriso, seus defeitos e qualidades. E eu não planejei te amar como estou amando, não planejei nem começar a te amar, mas aconteceu e não consigo mais negar isso. Então, por favor, não me deixe outra vez. Não se afaste de mim novamente, , eu não sei o que fazer sem você. – ele respirou fundo e eu reparei as lágrimas em seus olhos. - Me perdoa, por favor?
Seus olhos suplicavam meu perdão e eu senti aquela sensação familiar de toda vez que ele me olhava; era algo no estômago. Os românticos diriam que são as famosas ‘borboletas’. Mas para mim era muito além. Eu não podia negar meu perdão a ele. Não conseguia me imaginar passando as próximas horas longe dele, imagina se conseguiria não estar mais com ele?
Não vou dizer que não iria mais brigar ou fazer sempre o que ele quisesse, até porque sou a teimosia em pessoa e amava vê-lo todo nervosinho. Aliás, eu poderia passar a minha vida inteira do lado dele, do meu nervosinho. Poderia fazer qualquer coisa só pra que ele ficasse bem, não só fisicamente. Eu poderia fazer coisas que nunca pensei em fazer só pra vê-lo feliz.
Senti meu coração disparar de um modo como nunca fizera antes com essa constatação e lhe sorri com a minha mais nova descoberta.
- Eu amo você. – eu disse e o vi arregalar os olhos. – Amo muito você. E não quero mais ficar longe de você. – meu coração batia tão forte que eu temi ter um infarto ali, a qualquer momento. – E eu perdoo você.
Ele me puxou contra ele, fazendo-me chocar-se contra seu peito, e me apertou forte.
Depois de alguns minutos assim, sentindo as respirações um do outro, sentindo as batidas do coração, eu afastei-me dele, limpando meu rosto úmido pelo calor e pelas lágrimas.
- Já chega, cansei dessa melação toda. – brinquei.
- Tá, só uma ultima coisa... – ele levantou, indo em direção ao seu guarda-roupa, e eu me ajeitei melhor na cama. Logo ele estava de volta. – Bom... Eu comprei isso três dias antes de toda aquela confusão. – ele pareceu subitamente nervoso e ajoelhou-se no chão.
- , o que você tá fazendo...? – eu ia me levantar, mas antes disso ele abriu sua mão direita na minha frente, revelando um anel de noivado. Levei minha mão à boca em surpresa.
- Então... – ele fingiu uma tosse. – Você aceita se casar comigo?
Eu nunca fui do tipo de garota que demostra muitas emoções. Sempre fiz o tipo, digamos, de fofa reprimida. Aquele tipo de pessoa que morria fingindo não sentir nenhuma emoção forte demais, mas que por dentro se derretia completamente. Então, essa noite estava sendo uma bela exceção.
As lágrimas corriam por meu rosto sem nenhuma restrição e eu não conseguia impedi-las.
- Sei que parece muito repentino, mas não existe outra coisa que eu queira mais nesse momento. Eu te amo, . E, no fim do meu dia, eu vou querer estar com você. E vou querer te dizer as palavras que guardo muito secretamente e não cedo a ninguém, olhar para ti mais uma vez e perguntar por que sou tão merecedor disso. Ao fim do meu dia, eu vou te abraçar antes de dormir e sentir que não importa a vida que me espera lá fora, eu estou feliz aqui com você. Eu fico pensando e pensando e não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. – ele respirou fundo e eu reparei que suas mãos tremiam levemente. – Essas sete semanas foram as piores da minha vida. Mesmo de longe, você ainda me consumia, me dominava e me tinha completamente... Parece que você nunca irá sair da minha vida, parece que de alguma forma eu vou te ter para sempre aqui dentro de mim. Cada pedaço de mim sentia sua ausência como uma faca afiada que fere e me despedaça. E mesmo tentando não lembrar, não era tão fácil assim, sabe? Você aparecia em minha mente a cada segundo. Não quero ter que fingir estar feliz sem você, não quero ter que colocar um sorriso falso no meu rosto, pois sei que ele não enganará nem a mim mesmo. Eu quero você, é isso que quero. Isso é tudo que quero.
- Eu... – tentei falar, mas minha voz parecia ter sumido.
- Você pode responder depressa? Meus joelhos já estão doloridos.
Eu ri, enquanto puxava ele para meu lado na cama.
- Claro que aceito me casar com você. – finalmente conseguir dizer.
Ele segurou minha mão, colocando lentamente o anel no meu dedo anelar, beijando o mesmo assim que o fez.
O anel era tão lindo, tão maravilhoso. Era de ouro e tinha várias pedrinhas de diamante ao redor, com uma pedra consideravelmente maior no meio.
- É lindo... – disse quase babando depois que nos deitamos.
- Que bom que gostou. – ele abraçou-me pela cintura. - Tive que juntar meu salário por muito tempo pra comprá-lo.
- Bom, você deveria ter sido um pouco mais fofo e comprado a caixinha de veludo. – comentei, sem tirar os olhos do meu anel.
- Desculpe. Esqueci que você é tão perfeccionista.
- Não se esqueça de comprar a caixinha junto com as alianças, tá?
- Pode deixar. – ele beijou meu pescoço. – Você poderia deixar esse anel um pouco de lado e me dar atenção?
- Quê? – eu o olhei rapidamente e logo voltei à atenção pro meu anel. – Teremos uma vida inteira juntos, amor, outro dia eu te dou atenção, tá?
Ficamos por um tempo calados, eu apenas admirando meu anel e ouvindo sua respiração próxima ao meu ouvido.
- Sabe de uma coisa engraçada, mas não tão engrada assim. – ele disse e eu me arrepiei. - É incrível como a gente briga, se detesta, implica um com o outro, sente raiva, grita, discute, promete nunca mais falar, nunca mais voltar, nunca mais ligar e nunca mais se ver. Nós nos amamos e esquecemos que o amor fala mais alto do que tudo e todos. E no final a gente volta para se amar e ficar para nunca mais ir embora. – ele sussurrava baixo, próximo ao meu ouvido, enquanto sua mão alisava levemente minha barriga.
- Essa é a melhor parte, não é? – perguntei tão baixo quanto ele. – No final a gente sempre volta um para o outro.
- Sabe de uma coisa muito boa também que fazemos juntos? – ele questionou, segurando minhas mãos acima da minha cabeça, enquanto deitava em cima de mim.
- Hum...? – eu ergui uma sobrancelha.
- Isso... – disse, beijando meus lábios com vontade.


***

Last night was crazy and today it's headin' in
Did you really mean it and could you say it again?
Oh, oh, even if you just say it over the phone.
(Come on, ring ring ring ring)
Love makes me crazy, restless, dumb, and paranoid (uh yeah)
But I'll take a chance on us and hope you don't destroy my heart
Just give me one guarantee i'm the only girl you see
Whatcha say, boy?

- Meu Deus, é muito lindo. – minha melhor amiga disse, segurando minha mão e, assim como eu, babando. – Nem acredito que vocês vão casar de verdade. – ela me olhou.
- Nem eu... – comecei a pular em cima da cama e ela logo me seguiu.
- Tá, para de pular... – ela me segurou. – Me conta como foi o pedido? – ela pediu.
- Foi tão fofo, . – eu respirei fundo, colocando a mão no peito. Parecia que eu iria explodir de tanta emoção. – Ele foi tão fofo, tão carinhoso, tão incrível.
- Ai, amiga, você tá com uma carinha de apaixonada tão fofa. – ela apertou minhas bochechas.
- E tem como não estar?
- Ah, que fofo, minha melhor amiga admitindo que tá apaixonada.
- Para... – joguei uma almofada nela. – Eu tô tão feliz, sabe? Parece que eu vou explodir de tanta felicidade. – eu dei um suspiro. – Eu não me importaria de morrer hoje, porque com certeza morreria feliz.
- Hei, deixa pra morrer depois de casar, tá? Precisamos de uma festa antes.
- Ah, valeu...
- Brincadeira, amiga. Não quero que você morra nunca. – ela me abraçou.
- Acho bom... Eu já ia procurar outra pessoa pra ser minha madrinha.
- Eu vou ser a madrinha? – ela perguntou com os olhos brilhando.
- E quem mais poderia ser? – eu a olhei. – Você sempre esteve ao meu lado, desde que me conheço por gente. Você me conhece melhor do que eu mesma. Aliás, se não fosse você, eu não estaria noiva do homem que eu amo nesse momento. Apesar de discutirmos e não concordamos em muitas coisas, não existe outra pessoa que eu queira que esteja ao meu lado nesse momento tão importante, amiga. – eu segurei suas mãos, vendo seus olhos já marejados. - Você e o são as pessoas que mais me aturam nesse mundo e eu sei muito bem que essa tarefa não é nem um pouco fácil, porque até eu mesma não consigo me aturar em alguns momentos... Então, vocês dois estarão ao meu lado no dia mais importante da minha vida... – eu respirei fundo. – E se você não aceitar ser sua minha madrinha, terei que te matar... E o pior: você não estará aqui pra me ajudar a esconder o corpo.
Ela me abraçou apertado enquanto chorava.
- É claro que eu aceito. – ela se afastou, enxugando as lágrimas. – Mas só porque você ameaçou me matar.
- Claro. Por que mais seria? – perguntei com ironia, rindo.
- Tô tão feliz por vocês. – ela apertou minha mão com força. – Vocês merecem tanto ser feliz, ainda mais depois de tudo que passaram. É bom saber que ainda existe amor verdadeiro como o de vocês nesse mundo, sabe? Que mesmo depois de tudo, você vão continuar juntos, e o melhor, mais unidos do que nunca. Que enfim o amor prevaleceu. – ela voltou a chorar novamente. – Sei que vai ser bastante complicado, e não vou dizer que só haverá amor, porque te conhecendo do jeito que te conheço, você vai sentir vontade de matá-lo sempre, mas vocês vão conseguir. Eu acredito em vocês. E eu também amo muito vocês, tá? E pode contar comigo sempre e pra sempre. – as lágrimas molhavam minhas bochechas.
- Pode ter certeza que contaremos. – eu lhe passei um sorriso antes de falar. – E você merece ser muito, muito feliz também. E eu sei que vai encontrar alguém por quem vai valer a pena lutar, que vai te fazer esquecer todas as dores amorosas que você teve, e vai dar outro sentido em sua vida.
- Aguardo ansiosamente por esse dia. – ela respirou profundamente e limpou minhas lágrimas. – Tá, vamos parar com esse chororô. Me conta o que o disse quando você saiu hoje cedo?
- Bom, quando eu saí ele ainda estava dormindo. Mas eu deixei um bilhete, avisando que havia feito o café e saído. – limpei seu rosto também.
- Ah, é o amor... – ela cantou e ouvimos meu celular tocar. – Olha só, é muito amor.
Inicio de ligação.
- Oi, amor. – atendi, vendo fazer um coraçãozinho com as mãos.
- Onde você está? Eu acordei e você não estava mais aqui. – perguntou com uma voz rouca.
- Ah, eu te deixei um bilhete, não quis te acordar, você parecia cansado. Eu vim aqui em casa contar a novidade a .
- Você me cansa muito, . – ele disse numa voz sexy. – Manda um abraço e um beijo pra ela.
- Ah, pare de reclamar, vai dizer que você não gosta?
- Não só gosto, como amo. – eu sorri. – Não demora, tá? Eu já estou com saudade.
- Você já pode parar com toda essa fofura, tá? Eu já aceitei me casar com você. – ele riu do outro lado e eu senti meu coração dar um pequeno salto dentro do peito.
- Eu te amo, vem logo ficar com o seu futuro marido.
- Também amo você.
Fim de ligação.

Fim do Flashback


Every day and night
You've got an open invitation, ohh
As long as I'm your one and only destination.
Fly with me I'll be your fantasy (whoahh)

Eu sou o tipo de garota que sempre sonhei em ter um casamento de princesa... E esse sonho iria se realizar hoje. Todos os preparativos do casamento foram minimamente supervisionados por mim e pela . De modo que vou me casar um ano e meio depois do pedido ter sido feito.
O que mais demorou pra ser escolhido foi o meu vestido. Sempre quis aqueles vestidos bem rodados, como os das princesas, mas, a cada loja que eu entrava, eu me apaixonava por um diferente, até que eu encontrei aquele que me fez ficar apaixonada. Mas agora esse mesmo vestido começava a me sufocar e uma sensação estranha de pânico começava a se formar dentro de mim.
- Ai, amiga, acho que eu não quero mais fazer isso. – disse, andando de um lado para o outro no quarto.
- O quê? Você tá brincando, não é? – ela me olhou, incrédula. – Depois de tudo o que fizemos, depois de passar horas, dias, semanas, meses, escolhendo esse vestido e tudo mais desse casamento, você tá me dizendo que não quer mais casar?
Ela estava adoravelmente linda naquele vestido.
- , eu estou suando dentro desse vestido, meu coração parece que vai sair pela boca. – eu falava rápido, sem conseguir parar quieta. – E eu estou com tanto medo. – admiti, parando finalmente.
- Medo de quê? Do que você tem medo? – ela se aproximou, segurando minhas mãos.
- Tenho medo de que tudo isso acabe, sabe? – meus olhos começavam a encher de lágrimas. – Tenho medo de que ele se enjoe de mim em algum momento. Tenho medo de que ele acorde em um dia, me veja ao seu lado e perceba que não quer que isso aconteça mais. – sentei-me numa poltrona que ficava ali. - Tenho medo de sermos iguais àqueles casais, sabe? Aqueles que não se amam mais, mas, mesmo assim, continuam um ao lado do outro, só pra manter a faixada, só pra que as pessoas não falem deles. Tenho medo que nossas brigas nos afastem ao ponto de não conseguirmos mais ficar perto um do outro... Tenho medo de não conseguir fazê-lo feliz...
- , vem aqui... – ela me chamou e paramos em frente ao grande espelho que tinha ali. – Vocês se amam de verdade e, se umas dessas coisas fossem acontecer, já teria acontecido. Vocês estão juntos há tanto tempo e continuam se amando, continuam um ao lado do outro, continuam sendo um do outro... Vai dar tudo certo, vocês merecem. Acredita em mim... Ou melhor, em vocês. – ela sorriu pra mim pelo espelho.
- Como você pode ter tanta certeza? – perguntei, a olhando pelo espelho.
- Olha só pra você, olha como você está linda. E eu não digo só por fora. – ela passou suas mãos por minha cintura, barriga e rosto. – Você esteve tão animada com os preparativos do seu casamento. – ela sorriu. – Você o ama, . E o homem que te ama está há poucos metros de distância, esperando a princesa dele. – foi a minha vez de sorrir. – E sabe por que eu sei que isso vai dar certo? – ela perguntou e eu balancei a cabeça negativamente, fazendo com que uma lágrima descesse por meu rosto. – Vocês nunca desistem um do outro. Não é verdade?
Balancei minha cabeça positivamente, virando-me de frente pra ela e a abraçando.
- Certo, agora chega de choro. – ela enxugou minha lágrima. – Que tal se ligarmos pra ele, pra você ouvir sua voz, o que acha? – ela ergueu uma sobrancelha pra mim.
- Eu acho ótimo. – comentei e vi quando ela pegou o celular e ligou pra alguém, pedindo pra que entregasse a ele e depois me entregou.
Inicio de ligação.
- Hei, o que houve? Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou assim que ela passou o celular pra mim.
- Amor, você quer mesmo fazer isso? Tipo, você tem certeza mesmo que quer passar o resto da sua vida ao lado de uma pessoa tão chata como eu? Porque se você não quiser, não tem problema, sabe? Ainda podemos desistir... – eu falava rápido demais.
- , a coisa que eu mais quero na vida é viver pra sempre ao seu lado. – ele disse com uma calma que eu invejava. – Mas por que você está perguntando isso? Você não quer mais se casar comigo?
- Não, não. Eu quero muito me casar com você. Só que... Eu estou tão nervosa, com tanto medo, sabe? – eu respirei fundo, tentando ter a mínima calma. – Assim que eu por os pés aí, todos irão me olhar e eu... Não gosto de ter toda atenção pra mim, você sabe...
- Olha, eu tenho duas soluções pra isso. – ele disse, e eu pode nota o rastro de sorriso em sua voz. – A gente pode cancelar toda essa cerimônia e casar no cartório, só nós dois. Não me importo com quantas pessoas irão nos assistir, só me importo de estar com você. – ele disse eu sorri.
- E qual a outra solução? – questionei.
- A outra solução é: Você pode entrar nessa igreja e esquecer que estamos rodeados por todas essas pessoas, você pode imaginar que só estamos eu, você e as pessoas que te importam. Você pode imaginar que estamos no nosso quarto e que não existe nada nem ninguém além da gente e do nosso amor...
- Eu amo você. – eu disse, sentindo novamente as lágrimas molharem meu rosto.
- Eu amo muito você. – ele disse.
- Certo, você me espera? Eu já estou chegando.
- Vem amor, eu estou aqui à sua espera... E sempre vou estar.
Fim de ligação.

Eu sorri e passei o celular pra .
- Eu estou pronta. – comentei.
- Não mesmo, precisamos dar um jeito nessa maquiagem.
- Certo, mas antes de entrar, eu preciso muito de uma coisa... – disse, vendo-a mexer no estojo de maquiagem.
- O quê? – ela falou, distraída.
- Pizza. – disse e ela me olhou com uma cara de ‘fala sério.’ – É sério, amiga. Eu quero muito uma pizza de peito de peru e pbacaxi.
- Isso por acaso é um desejo? – ela ergueu uma sobrancelha.
- Se isso vai fazer com que eu tenha uma pizza... Com certeza. - eu sorri.


***

Assim que a limusine parou em frente à pequena escadaria que dava acesso à igreja, senti meu coração bater num ritmo que nunca fizera antes.
Pude ver meu pai aproximando-se do carro e logo uma das portas se abriu. Minha mãe beijou minha testa antes de sair e fez o mesmo. Meu pai estendeu uma das mãos pra mim e eu a segurei, usando mais força do que deveria.
- Você está tão linda, minha princesa. – ele disse com os olhos encharcados.
- Obrigada, pai. – eu sorrir e suspirei alto. – Tô tão nervosa.
- Não se preocupe, vai dar tudo certo.
Balancei a cabeça positivamente e começamos nossa caminhada em direção à igreja. Não foi tão fácil subir todos aqueles degraus com aquela calda imensa. Mas aquilo não me impediria de chegar até onde eu queria. A decoração da igreja estava incrivelmente deslumbrante, mas a única coisa que consegui prestar verdadeiramente atenção foi no homem vestido com terno cinza. Ele estava muito lindo e eu não conseguir conter o sorriso ao ver sua imagem.
Seu olhar estava diretamente em mim e sua expressão de felicidade fez meu coração e meu estômago pularem. A cada passo que eu dava a sensação dentro de mim se intensificava ainda mais. Era como se eu caminhasse em direção à felicidade.
Todas as pessoas daquela igreja haviam sumido, só havia ele e eu.
- Você está chorando? – perguntei com um sorriso assim que meu pai me entregou a ele.
- Você está tão linda. – ele beijou minhas mãos. – Quer se casar comigo?
- Sim, eu quero muito me casar com você.
O padre começou a cerimônia e eu não consegui parar de sorrir. Estava tão feliz por estar ali com ele. Eu sonhei tanto com esse dia, me preparei tanto, que mal conseguia acreditar que realmente havia chegado.
Finalmente chegou a hora em que tínhamos que falar nossos votos.
- Bom, eu realmente tentei muito escrever alguma coisa boa, mas eu realmente não consegui. – disse com os olhos baixos. – Mas acho que sou capaz de dizer o quanto eu te amo, olhando em seus olhos nesse momento. – eu o encarei com um sorriso. - Eu comecei a pensar e vi que amo tudo em você, tudo mesmo, amo aquela carinha de dengoso quando pede beijinho e falo que não vou dar, amo aquele bico que faz quando esta bravo ou triste comigo, amo a sua maneira de me fazer sorrir, amo as suas caretas, amo quando dá aquelas piscadinhas todas desengonçadas, amo o seu jeitinho quando está com ciúmes, amo a maneira que me trata, amo aquela sua cara de quando sabe que estou mentindo, amo aquele seu sorriso falso que dá quando esta perto de alguém que não gosta, amo a maneira que me chama, amo a sua voz, ainda mais aquela de quando você acorda. Eu amo quando faz algo e logo manda mensagem dizendo que se lembrou de mim... Amo quando a gente briga, e eu fico orgulhosa e não volto atrás e você logo manda mensagem perguntando se já acabou a briga e pedindo pra voltar, amo quando falo que quero ficar sozinha e você não deixa, amo quando está comigo em casa, amo a sua risada, amo o seu jeito desastrado, amo as suas pintinhas, amo seu cabelo todo bagunçado, amo esse seu sorriso, amo quando sorri e fica com aquelas bochechas gordinhas que dá vontade de morder; eu amo muito a cor do seus olhos e amo o seu nome e adoro ficar falando ele toda hora... Amo cada detalhe seu. Prometo defender o nosso amor e estimá-lo acima de qualquer coisa. Prometo ser compreensiva, tolerante e paciente. Prometo cuidar de cada uma das suas necessidades. Prometo fazer de tudo para que não nos cansemos um do outro. Prometo colocar Deus em primeiro lugar, para que as outras coisas sejam acrescentadas em nossas vidas. Prometo te amar, e te amar loucamente. Prometo ser a pessoa que vai te fazer feliz. Prometo respeitá-lo e amá-lo completamente. Acima de tudo, prometo que, não importam quais adversidades nós tenhamos que enfrentar, eu nunca me esquecerei dos votos que estou fazendo: protegê-lo, guiá-lo e cuidar de você, até que a morte nos separe. – eu respirei fundo, para que o ar não me faltasse. - Prometo, prometo, prometo… São tantas promessas, e promessas podem ser quebradas. Então troque o “prometo” por um “irei” e veja que não serão mais promessas, serão possibilidades, que só podem ser concretizadas se dissermos sim... E o meu sim você já tem. - terminei, com a certeza de que toda minha maquiagem estava borrada.
Ele sorriu e beijou minhas mãos, seus olhos também estavam marejados.
- Meu Deus, ... – ele começou, sua voz mais rouca que o normal por conta das lágrimas. – Você é tão incrível... Com você, eu quero fazer tudo certo. Eu quero fazer dar certo. E eu vou lutar a cada dia pra isso acontecer. Não é uma opção pra mim ficar sem você nem um dia sequer. Você trouxe felicidade aos meus dias, iluminou meu caminho com seu sorriso. Eu te amo e eu vejo meu futuro com você, só com você. Você renovou não só as minhas esperanças, mas os fatos, as memórias, as crenças e um mundo inteiro dentro de mim. Você passou as minhas lágrimas a limpo. Eu preciso de você, sabia? Porque, diferente do que as pessoas pensam, diferente do que elas acham… Eu, bom… Eu não sou forte. Eu posso parecer ser forte, eu pareço ser um guerreiro. Mas a questão é: o que existe por baixo de tudo isso? Não digo que estou fingindo nem nada assim. Mas me diz o que existe por trás desse cara forte? E o que existe no meu coração? Eu preciso de você pra descobrir. Porque tudo tem a ver com você. – ele encarava meus olhos com tanta intensidade que era difícil desviar. - É que eu amo até a ponta do seu nariz. Quando você sorri e seus olhos ficam sufocados entre as suas pálpebras, é quase como um pequeno milagre, quase como um sopro de vida nos meus pulmões, me lembrando que há muito pelo que respirar. Que cada vez que eu provar um pouco de você, será uma nova vida que nasce dentro de mim, alimentando não só meu corpo, como também minha alma. É que eu amo até o seu pé e o cheiro de sabonete que fica em você depois do banho. Porque hoje você é mais minha do que foi ontem e amanhã serei mais seu do que sempre fui... E não tem nada no mundo que eu queira mais do que chegar em casa depois de um dia exaustivo e encontrar você... Porque... O que eu sinto, já não é mais querer… É precisar. Precisar dos teus beijos, dos seus olhos. Precisar dos seus abraços, da sua voz, do seu jeito. Precisar das suas piadas, das suas implicâncias, das suas brigas. Precisar do seu cheiro, da sua segurança. Precisar da sua respiração, do seu coração. É precisar do seu amor... Precisar de você. Eu te amo tanto. E quero passar o resto da minha vida com você.
- Então, com o poder concedido a mim, eu vos declaro marido e mulher.
E enfim, éramos casados. Éramos um do outro pra sempre...

You're my only shorty (Am I your only shorty?)
You're my only shorty, yee yee yee yee yee.
(Am I your only shorty?) I'm tellin' you the truth (ohh)
Girl, it's only you (whoahh) You're my only
You're my only (Am I your only shorty?)
You're my only shorty
Please, baby. Please, give me
All your retention (save uss)
Don't let my heart go seek in no other direction (yeahhh)
I gotta be the only one for your affection yeah


***

Epílogo

- Você mentiu pra mim. – disse assim que nos deitamos na cama.
- O quê? Quando eu menti pra você? – ele uniu as sobrancelhas.
- Você disse que eu era a única garota da sua vida. E hoje eu descobri que isso não é verdade. – disse com uma expressão séria e imparcial.
- , do quê você está falando? – ele perguntou, parecendo fazer muito esforço pra se controlar.
- , você sempre dizia que eu era a única garota que tinha em sua vida. Que nunca amaria alguém tanto quanto eu, mas não é verdade. – levantei-me.
- , para com isso, do que você está falando? – ele levantou também, passando a mão pelo rosto.
Fui até minha bolsa, tirando de lá um envelope pardo e o joguei na cama, ao lado dele.
- O que é isso, ?
- Abra e veja. – disse, cruzando os braços em frente aos seios.
Ele abriu o envelope - e eu reparei que suas mãos estavam tremendo levemente - e demorou-se um pouco lendo o conteúdo, logo depois me olhando.
- Você... – ele engoliu em seco. – Você... Tá grávida?
Balancei cabeça positivamente e, menos de um segundo depois, senti seus braços em torno da minha cintura, abraçando-me forte contra ele.
- Meu Deus, eu amo muito você. – ele se afastou, beijando meus lábios.
- Eu também amo você demais. – disse, sentindo suas mãos fazerem um carinho gostoso em minha barriga. – Teremos uma menininha só nossa, amor. – eu segurei seu rosto em minhas mãos e o olhei, sorrindo.
Ele ajoelhou-se em minha frente, erguendo minha – sua – camisa e beijando minha barriga carinhosamente.
- Obrigado, obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo.
- Por nada. – sorri, passando minhas mãos por seus cabelos. – E olha, essa garota você pode amar mais do que eu, certo?


FIM



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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