Capítulo Único
Terminei de passar meu batom no lindo tom ruby woo, que era de longe o meu favorito, e pressionei os lábios um no outro. Olhei pelo espelho para a cama amarrotada e as algemas jogadas no chão com as roupas de Phillip, enquanto ele se remexia, provavelmente acordando.
- Bom dia, raio de sol – cantarolei, sorrindo para ele e indo calmamente até o outro lado do quarto onde meus saltos estavam.
Phillip abriu os olhos, parecendo alarmado por perceber que já era manhã, e eu sabia o motivo. Seu filho, vulgo meu ex-namorado, não demoraria a chegar e com certeza não gostaria de saber que eu dormi com seu pai. Bom, a culpa não era minha se Phillip era a cara do Ian Bohen e não resistia a provocações por baixo de uma mesa em um jantar entre amigos chato com meu pai e outros três cinquentões. Sem contar que meu gosto por caras mais velhos não era uma surpresa.
- , eu... – ele começou, mas o interrompi com um abano da mão.
- Eu já estou de saída, meu bem – sorri, arrumando meu cabelo escuro no ombro. – A noite passada foi ótima, by the way. A habilidade de foder gostoso deve estar na genética da família porque o seu filho também faz maravilhas.
Ele pareceu um tanto constrangido, o que só me fez sorrir ainda mais, especialmente porque ele não estava nada envergonhado ontem, mas isso com certeza era whisky demais. Alisei meu vestido e joguei os cabelos para trás, rodando na frente do espelho para ver se estava apresentável, mas era óbvio que estava.
- Ah, eu vou pegar a Maybach emprestada, tá? Ela é tão linda, que nossa... – mordi o lábio como se estivesse morrendo de tesão só em pensar em dirigir com ela.
- O quê? Não! – Phillip arregalou os olhos, levantando da cama e segurando o lençol para se cobrir. – , eu peço para o meu motorista levá-la de volta a South Hamptons, mas não toque na minha Mercedes.
- Não precisa ficar tão preocupado, daddy Cross. Se ela aparecer com um arranhão, te deixo mandar a conta para o meu pai – soltei um beijo no ar para ele e pisquei, sorrindo.
Ouvi seu grito, mas não liguei e continuei a caminhar calmamente pelos corredores até a porta da frente. Phillip e meu pai eram melhores amigos, e, mesmo que meu pai soubesse do meu gosto para homens mais velhos e normalmente não ligasse, ele definitivamente não ia gostar de saber que seu amigo e pai do meu ex-namorado fodeu a princesinha dele. Estava quase na saída, mas acabei dando de cara com Steven e sua bela e engomada camisa de botões.
- ? – ele franziu o cenho, confuso com minha presença.
- Olá, honey – sorri, me inclinando para beijar sua bochecha.
- O que você tá fazendo aqui? – perguntou, me olhando dos pés à cabeça e provavelmente reparando no chupão chamativo que eu tinha ganhado.
- Vim dar uma mãozinha para o seu pai na noite passada – passei a língua pelo lábio superior, sorrindo maliciosa. – Acabei perdendo a hora.
Sua cara de indignação me fez sorrir ainda mais e continuei a andar, parando apenas onde as chaves dos carros ficavam para pegar a da Mercedes. Antes que eu conseguisse sair de fato, Steven correu para minha frente.
- Você não seria capaz... – Steven semicerrou os olhos, com certeza mal acreditando.
- Será? – murmurei, colocando meus óculos escuros em forma de coração. – Você ainda acha que tem algo que eu não seja capaz, Stev?
A mão dele envolveu no meu pulso e ele me puxou para trás, colando meu corpo ao dele. Mordi o lábio ao sentir seu cheiro e o calor do seu corpo tão pertinho e não resisti a tocar seu abdômen com a ponta das unhas afiadas.
- Me diz que você não dormiu com meu pai – ele praticamente implorou.
Suspirei, colocando as mãos em seu ombro e aproximei a boca do seu ouvido, beijando o lóbulo bem de leve.
- Nós não dormimos, Steven – falei e senti seus ombros baixaram em um suspiro de alivio.
- E o... – ele começou a falar, mas o interrompi, colocando um dedo em seus lábios.
- Nós não dormimos, Stev – repeti, abrindo um sorriso e voltando a encarar seus olhos. – Nós fodemos.
Me deliciei com a expressão impagável de choque e raiva no rosto dele e beijei sua bochecha, marcando meu batom ali antes de sair andando até a porta que um empregado já havia aberto para mim.
- Até mais tarde, baby Cross – acenei para ele, soprando um beijo.
O sol já estava brilhando no céu azul e sem nuvens dos Hamptons, o que me fez suspirar de felicidade. Hoje eu planejava passar o dia na piscina do Country Club com e pegar o meu merecido bronze depois de um sexto semestre infernal na faculdade de direito no qual eu praticamente não saí de casa só para conseguir estudar e passar em tudo, conciliando o meu estágio na empresa do meu pai.
A estrada que levava até a South Hamptons era bem calma há essa hora, então com o som do carro tocando Lana Del Rey, abaixei a capota do carro e assim que a brisa forte bateu em mim, meus cabelos se agitaram praticamente voaram atrás de mim. Eles estariam um ninho cheios de nós quando eu finalmente parasse, mas não liguei. A sensação era boa.
A viagem não era longa, mas a vista pelo caminho era simplesmente linda. Para quem já visitava Hamptons desde que se entende por gente, eu não devia me impressionar tanto ao passar pelas vinícolas, mas eram lindas demais para deixarem de ser apreciadas só por estarem sempre ali.
As mansões imponentes da elite de New York que não dispensava o verão em Hamptons por nada, entraram no meu campo de visão e no fim da rua estava a mansão contemporânea de 3 andares que pertencia aos pais da minha melhor amiga. A dos meus pais era ao lado, mas por estar em reforma, não estávamos usando. Meus pais tinham preferido ficar em um hotel, mas eu não recusaria o convite de parar ficar com ela.
Estacionei o carro na frente da garagem e entrei na casa, a encontrando silenciosa e vazia como eu já esperava. Os pais de tinham passado a outra semana aqui, mas ido aproveitar a última semana do verão da casa deles na Riviera Francesa, então estaríamos só nós duas aqui essa semana, o que não era um problema pra nenhuma de nós.
Subi direto para o segundo andar onde eram os quartos e não fiz cerimônia ao entrar no quarto da loira. As cortinas estavam abertas e peças de roupas masculinas jogadas junto as dela no chão. e John, seu namorado, estavam largados na cama.
- Vocês ainda estão na cama, gente? Levantem essas bundinhas daí porque nós vamos para o clube! – gritei, tirando os saltos da noite passada e indo abrir as portas da varanda.
Ouvi minha melhor amiga resmungar, mas ignorei e corri até a cama, me jogando em cima deles. As pernas ficaram em cima de John, a cabeça apoiada na barriga de .
- Acordeeeem! – cantei, esperneando em cima de John. – Eu vou mandar o Devon preparar um brunch reforçado pra nós três, vamos, andem!
choramingou, pegando um travesseiro e batendo em mim com ele, mas só ri e roubei o travesseiro das mãos dela. Montei em cima de e comecei a usar o travesseiro para bater nela, que começou a gritar. John suspirou, parecendo mais despertado agora com toda a gritaria.
- Para, , eu acordei! – ela resmungou, conseguindo pegar o travesseiro e impedir o meu próximo golpe. – Nós vamos nos arrumar, fica quieta.
Ri e rolei para o lado, voltando a me meter no meio do casal.
- Essa ceninha de vocês realizaria fantasias de muita gente se fosse sem roupa – John zombou, esfregando seus lindos sonolentos.
- Será se a gente não já realizou? – sugeriu, jogando uma perna na minha cintura e beijou meu ombro.
- Nós já fizemos muitas coisas, honey – alimentei a dúvida. – A maioria das pessoas nem chegariam à metade da lista.
manteve a cara sugestiva, e eu me segurei para não rir. Nós nunca tínhamos chegado nesse nível, mas já demos uns selinhos bêbadas em uma festa.
- Ah, não façam isso comigo... – John gemeu de dor, o que me fez rir de vez.
- Qual é a de vocês homens e seus fetiches por ver duas mulheres fazendo sexo? – minha melhor amiga perguntou.
- É sexy – deu de ombros. – Não consigo explicar.
- E você precisa de um banho, , tá com cheiro de sexo – falou, levantando da cama. – Com quem você transou, hein?
Mordi o lábio e me ajeitei melhor na cama agora que ela tinha saído.
- Com o daddy Cross – me espreguicei, jogando um braço na cara de John.
- O pai do Steven? – ela e John arregalaram os olhos. – Você vai pra um jantar com seu pai e quando volta tem transado com o pai do seu ex-namorado?
- O jantar tava chato e o Phillip é sexy, gente – falei, não entendendo a surpresa. – Ele é divorciado, eu sou solteira.
- Você é ex do filho dele – John arqueou uma sobrancelha.
- Ainda bem que sou ex e não atual, não é? Porque se fosse, aí sim a situação seria complicada – continuei calma com isso e levantei pra ir me arrumar logo antes que eu acabasse dormindo ali.
- Se o Stev descobrir ele vai ficar tão puto... – falou.
- Ah, ele já descobriu – ri. – A gente trocou bom dia quando eu tava saindo.
- Como é? – ouvi o grito de John, mas eu já tinha saído do quarto.
Meu quarto era em frente ao de , então em cinco passos já estava nele. Me despi daquele vestido, da lingerie da noite passada, e entrei no chuveiro, sentindo todos os músculos do meu corpo relaxarem com a água quente. Fiquei lá por quase uma eternidade até meus dedos começarem a enrugar e eu precisar mesmo sair.
Como sempre, deixei para me vestir por último e só fui colocar o biquíni depois de secar o cabelo e dar um jeito nas minhas olheiras e chupões com um bom corretivo, mas depois de rodar minhas malas, lembrei que a parte de cima do biquíni que eu queria usar estava no deck da piscina onde eu tinha deixado ontem à tarde depois de ir nadar pelada com Tyler.
Não me incomodei em cobrir meus seios quando saí. John não sairia do quarto de tão cedo e como estávamos só nós três, eu estava me sentindo em casa. Desci até a cozinha e aproveitei para pegar um dos croissants que a faxineira deveria ter comprado logo cedo quando veio arrumar a casa. Fui até o deck e sorri ao sentir a brisa gostosa e salgada que vinha da praia que era no nosso quintal. Olhei para as espreguiçadeiras e não foi difícil localizar onde estava o resto do meu biquíni e a saída de banho também. Acabei usando a saída para cobrir os seios, segurando ela embaixo dos braços.
Estava já na metade do caminho da cozinha até a sala, mas parei estática perto da ilha quando olhei para a entrada da cozinha e vi lá. Os olhos dele estavam arregalados e ele parecia tão surpreso quanto eu, mas foi então que notei que sua cara de choque com certeza era devido a minha nudez, pois eu tinha deixado à saída cair. Mas eu estava chocada porque não esperaria que ele aparecesse ali nem em mil anos.
, irmão – dezessete anos – mais velho de , tinha se mudado há dois anos para a Inglaterra para comandar a empresa da família em Londres, desde então eu nunca mais tinha se quer tido alguma notícia dele depois disso, a não ser um ou outro comentário que ouvia, então certamente não esperava encontrá-lo ali e certamente não tão bonito como estava. Puta que pariu, o homem era um vinho! Ele definitivamente só melhorava com a idade.
Ele devia estar com 39 anos se eu não estivesse enganada e só conseguia ficar mais sexy. Sua maxilar quadrado agora ficava ainda melhor com a barba rala, seus olhos azuis claro continuavam a mistura de seriedade e malícia que eu lembrava ser apaixonada quando era mais nova. Sem mencionar que ele parecia estar malhando direitinho, pois tinha certeza que encontraria músculos deliciosos por baixo daquela camisa.
Hamann e o meu insuperável crush nele desde os 15 anos.
Eu que pensei que era muito forte, definitivamente não tinha conseguido superar o aniversário de 20 anos de , dois anos atrás, onde e eu tivemos a melhor foda da minha vida contra o capô do carro dele, mas se bem que superar um homem desse com certeza não era nada fácil. Sexy, inteligente e uma versão americana do Tom Hiddleston, era praticamente impossível achar alguém que chegasse a altura dele.
- Oi, – cumprimentei, me recuperando da surpresa e abaixando para pegar a saída e me cobrir. – Não fazia ideia de que você viria passar o verão aqui também, então desculpe minha indiscrição.
Ele piscou, parecendo estar se recuperando de um transe e segurei o sorriso por saber que tinha o afetado. Coloquei um braço por cima da saída só para não correr o risco de escorregar e mordi o meu croissant que estava na outra mão, esperando que ele abrisse a boca pra me responder.
- Oi, – respondeu, sorrindo calmamente e parecendo um pouco desconcertado ainda. – Nós resolvemos de última hora. Lauren estava com saudades dos Hamptons.
- Sei... – mordisquei o lábio a menção do nome da esposa dele, a qual eu conhecia muito bem. – E onde ela está?
- Ah, ficou na casa dos pais. Já faz um tempo que ela os viu, quer passar o dia com eles hoje – explicou.
- Entendi! – sorri para ele e estendi a parte de cima do biquíni para ele. – Me dá uma mãozinha, por favor?
- Claro. – respondeu sem hesitar e se aproximou de mim.
Virei de costas e afastei o cabelo para um ombro, mordendo o sorriso que queria despontar dos meus lábios. Eu costumava ser uma criança na visão de até a última vez que nos vimos, que foi justamente no aniversário de , mas agora eu sabia que seu olhar era bem diferente e estava ansiosa pelo que a estadia dele aqui prometia.
- Já faz um tempinho desde que nos vimos, – comentei, tentando puxar assunto.
- Dois anos, não é? – perguntou, parecendo estar em dúvida.
- Isso mesmo. Acho que foi antes de você voltar para Boston e conhecer a Lauren – mordi a língua. – Aniversário da .
Ele calmamente passou os cordões do biquíni ao redor do meu pescoço, deixando a ponta de seus dedos roçarem na minha pele e começou a fazer o nó.
- Lembrei agora... – falou e quase pude sentir o sorriso na sua voz. – Precisamos nos atualizar, Reynolds. Gostei da nossa última conversa.
- Talvez você precise abrir um espaçinho na sua agenda para mim. Posso ter muito sobre o que contar – sorri, olhando-o por cima do ombro.
aproximou o lábio do meu ouvido como se fosse contar um segredo.
- Eu sempre posso abrir um espaço para uma velha amiga, – sorriu, descendo a ponta dos dedos pelo meu tronco até chegar à altura de amarrar as fitinhas de baixo.
Meu corpo respondeu seu toque com arrepios da cabeça aos pés.
- Ótimo saber disso, Hamann.
- Prontinho – ele disse ao terminar de amarrar.
- Muito obrigada – girei meu corpo para ficar de frente para ele, mas a distância estava mínima, portanto meus seios quase encostavam no peitoral dele. – Como posso te agradecer?
- Não precisa se incomodar, não foi nada – ele dispensou com um gesto da mão.
- Eu faço questão! – insisti só para ter alguma desculpa para manter o contato. – Se você não pensar em nada, eu mesma irei.
franziu o cenho, tentando esconder o sorriso divertido.
- Então vou deixar isso nas suas mãos mesmo, Reynolds.
- Vou me esforçar – garanti.
- E onde está a minha irmã mesmo? – ele perguntou, parecendo notar agora sobre ela.
- Ela está lá em cima, estamos indo para o clube. Não quer vim? – ofereci, me afastando alguns passos. – iria adorar passar um tempo com você depois de tanto tempo. E você pode até nos considerar pirralhas ainda, mas garanto que conseguimos manter uma conversa de adulto.
Ele sorriu, passando a língua pelo seu lábio e ergueu o rosto para mim.
- Acredite, faz um tempo que eu deixei de ver vocês como pirralhas, .
- Ótimo – sorri, voltando a olhar para frente. – Porque também faz tempo que deixamos de ser.
- Mas mesmo assim ainda vou ter que recusar o convite, garota crescida – escorou-se na ilha da cozinha, ficando perto de onde eu estava. – Tenho que resolver umas coisas antes da festa dos Watson hoje à noite.
Fiz um biquinho chateado, o que aumentou o sorriso dele e ganhou sua atenção para os meus lábios.
- É uma pena, – terminei de comer o croissant e bati as mãos uma na outra pra limpar o farelo. – Mas talvez mais tarde nós tenhamos oportunidade pra bater um papo.
Umedeci os lábios, sorrindo.
- Eu conheço sua esposa, tenho certeza que ela não se importaria se eu te roubasse um minutinho, não é?
Lauren e assim como a grande maioria dos casais da elite de Manhattan só estavam juntos por status e isso era bastante óbvio, tanto que nenhum e nem outro ligava muito para o que faziam quando não estavam em público.
- Ela nem notaria – respondeu.
- Então nos vemos mais tarde, Hamann.
- Até lá, Reynolds.
A festa estava acontecendo no jardim dos Watson e pessoas bronzeadas e em roupas caras e sorrisos armados andavam para lá e para cá bebendo champanhe e socializando com quem achavam que merecia sua atenção. Eu e havíamos acabado de chegar, mas eu já estava com um objetivo em mente.
- Os seus Cross estão aqui, – murmurou para mim, sorrindo maliciosa.
Olhei na direção que ela indicou e encolhi os ombros tentando parecer culpada quando o olhar de Steven encontrou com o meu. Ele parecia tão irritado e isso o deixava tão sexy e tão macho alfa que eu tinha vontade de ir dar um oi só para irritar. Nossas brigas assim costumavam resultar em um sexo avassalador.
- Eles não são meus, – respondi, voltando a olhar para ela. – Ainda, pelo menos. Provavelmente é com o Steven que eu vou me aquietar daqui há uns anos mesmo.
- Você falando assim soa terrível e calculista – ela fez uma careta, me seguindo para dentro da festa.
- É só como as coisas são e vai ser assim para todo mundo – interceptei o garçom e peguei duas taças de champanhe, entregando uma para . – Só estou sendo objetiva. Steven e eu formaremos um casal imponente. Eu vou herdar a Reynolds Inc., ele vai herdar a Cross Industries e com certeza vai tentar se tornar o prefeito de New York. Eu vou virar juíza, vamos ser ricos, poderosos e ainda fazer um sexo maravilhoso porque temos uma tensão sensacional e uma química melhor ainda.
me olhava perplexa. Minha amiga era uma romântica e por ter encontrado alguém que amava, achava que o mesmo aconteceria com todos.
- Não vai ser assim para mim – bebericou seu champanhe, olhando para a taça em sua mão. – Eu e o John nos amamos.
- Eu sei, meu amor – sorri, a abraçando pelos ombros. – Fico muito feliz por isso, mas vocês são a exceção, não a regra.
- Seria muito melhor se fossemos a regra, não é? – ela fez um biquinho, deitando a cabeça no meu ombro.
- Não sei, hein... – retorci os lábios, pensativa. – Eu gosto muito de ser vadia, não sei se conseguiria se me apaixonasse.
- Você é impossível, – riu, balançando a cabeça em negação. – Ei, seu pai está conversando com o .
Segui o olhar dela até uma das tendas. Meu pai de fato estava conversando com e sua esposa, mas enquanto parecia interessado na conversa, Lauren trocava olhares com o garçom. pareceu ter notado o mesmo pelo sorriso que ela me deu.
- Vamos lá, preciso cumprimentar meu pai mesmo – bebi o champanhe de uma vez e puxei pela mão, a arrastando comigo.
O olhar de encontrou o meu primeiro e sorri para ele, arqueando as sobrancelhas. Ele sorriu de volta, me cumprimentando com um meneio de cabeça.
- Olá, querida – meu pai beijou minha bochecha quando me aproximei. – ! Como vai?
- Oi, Sr. Reynolds – acenou.
- Oi, papai – abracei meu pai pelos ombros e beijei sua bochecha de volta. – , Lauren!
- Oi, ! Quanto tempo – Lauren sorriu e se aproximou de mim, me cumprimentando com dois beijinhos.
- É o que eu estava falando para o mais cedo. Faz muito tempo mesmo, precisamos colocar o papo em dia – sorri para ela, segurando sua mão de forma amigável.
- E eu estava falando com seu pai sobre ele me vender à afiliada da Reynolds Inc. na Inglaterra, mas ele antes de me dizer não, ele disse que eu precisava ouvir o que você tem a dizer sobre isso – me olhou.
- Ah, por favor – ri como se ele tivesse acabado de contar alguma piada. – Nós seríamos idiotas se vendêssemos, Hamann. Aquela filial, apesar de ainda ser pequena, já rende cerca de meio milhão por ano e só faz dois anos que ela foi fundada. O tempo e a expansão que planejamos fazer vai valorizar ainda mais, então imagine esse lucro dobrando nos próximos dois anos.
Um sorriso divertido se estendeu nos lábios de .
- Você é afiada, gosto disso – ele admitiu e continuou me olhando quando levou o copo de whisky aos lábios. – Talvez eu devesse te oferecer um lugar na Hamann’s Interprise.
- Eu sou afiada – concordei, nenhum pouco modesta. – E apesar de ficar lisonjeada, eu teria que recusar sua oferta. Eu jurei lealdade ao meu pai por ter me ensinado tudo que ele sabe.
Meu pai passou o braço ao redor da minha cintura, me puxando para perto e deu um beijo carinhoso na minha têmpora. Eu realmente era grata a ele por tudo. Ele tinha me ensinado a sobreviver no mundo no qual vivíamos, me ensinou a ser feroz, nunca me recriminou por nada e me criou para ser além de uma esposa troféu.
- Vocês vão me dar licença, mas preciso ir cumprimentar algumas pessoas – Lauren falou, sorrindo educada. – Não precisa me esperar para ir para casa, tá? Vou com a Chloé ou a Louise.
- Tá bem – respondeu e rapidamente voltou a olhar para nós três. – Onde está seu namorado, ?
- É isso que eu to tentando descobrir – ela revirou os olhos e olhou para mim. – Ele disse que já está aqui, mas não consigo ver ele em lugar algum. Acho que vou procurar. Depois te mando uma mensagem pra dizer onde eu tô, tá?
- Ah, eu vou com você – me ofereci. – Falo com vocês depois, rapazes. Afinal, tem muita coisa para me atualizar mais tarde.
- Mas é claro – ele respondeu, levantando seu copo para mim como em uma cortesia.
- Vai almoçar comigo e com sua mãe amanhã? – meu pai perguntou.
- Com certeza – assenti, dando um beijo em seu rosto. – Até mais.
Depois de andarmos por quase todo o jardim e cumprimentarmos quase todos os convidados, encontramos John. Charlie e Pietro estavam juntos e com uma garrafa de Jack Daniel’s gold que serviu para melhorar ainda mais a festa. Não bastou muito para que todos nós estivéssemos cambaleando pelo jardim. Eu era a mais sóbria, não sabia beber sem comer, então o efeito era menor, mas John e já haviam ido se pegar no banheiro e Charlie e Pietro estavam se pegando ali mesmo, deixando vários senhores escandalizados.
- Camisinha, meninos, não esqueçam dela – avisei para eles, mas nenhum dos dois parece ter escutado. – Jovens.
Bebi o resto do meu whisky e levantei do futon, resolvendo dar uma volta pela propriedade. A mansão dos Watson ficava praticamente colada com a praia e o ancoradouro tinha uma vista maravilhosa à noite, então foi para onde eu segui. Já estava na metade do caminho até a ponte, mas parei ao ver duas figuras masculinas conversando perto do iate.
As luzes da ponte eram boas o suficiente para que eu conseguisse identificar e Evan, seu pai e o de , mas eu não conseguia ler suas expressões, embora que a linguagem corporal de deixasse claro o quão aborrecido ele estava. Fiquei incerta sobre interceder ou não, mas como a boa intrometida que eu era, acabei indo. Os dois pararam a conversa e olharam para mim quando ouviram o som dos meus saltos na madeira.
- – me cumprimentou primeiro, surpreso ao me ver ali.
- Olá, – Evan sorriu simpático para mim.
- Cavalheiros – abri meu melhor sorriso. – Desculpe se os atrapalhei. Vim dar uma volta por aqui, adoro a vista.
- Ah, nós já estávamos terminando – Evan disse, olhando brevemente para . – Tem uma vista muito bonita mesmo, mas a vista de quando se está no meio do oceano naquele iate é ainda mais bela.
Sorri, concordando veemente com ele.
- Realmente não tem comparação. Faz um tempo que andei nessa belezinha – apontei com o olhar o iate que acostado ali.
- Eu estava planejando dar uma volta nela, iria levar a Lauren, mas ela... – demorou um pouco antes de falar, quase como se pensasse em uma resposta. – Ela se sentiu indisposta e precisou ir para casa.
- Eu posso ir com você caso ainda queira. Não sou a Lauren, mas... – me ofereci inocentemente. – Sou uma boa companhia também.
me olhou quase como se me avaliasse, mas se esperava encontrar segundas intenções na minha proposta, não encontraria.
- Claro, seria ótimo ter sua companhia, – respondeu por fim.
- Ótimo! – sorri, mais que satisfeita. – O senhor também virá conosco, Evan?
Evan nos observava com interesse, quase curioso.
- Não, querida. Preciso voltar para a festa – dispensou. – Mas tenho certeza que o meu filho irá tratá-la muito bem ou pelo menos é bom que trate!
- Tá vendo, ? Não me trate mal, me trate muito bem – abri um sorriso zombeteiro, quase malicioso.
- Vou me certificar de colocar um colete e boias de braço nela, pai – brincou, me olhando com diversão.
- Divirtam-se então – Evan sorriu, acenando em despedida antes de seguir de volta para a festa.
e eu observávamos em silêncio até o pai dele subir as escadas e voltar para o jardim onde a festa acontecia.
- Vamos? – me olhou e apontou para o iate.
- Eu não sabia que você pilotava – comentei, seguindo atrás dele.
- Tem muito que você não sabe sobre mim, – me olhou rapidamente antes de se abaixar para soltar a corda que matinha o iate preso à plataforma.
- Mas que adoraria saber – deixei bem claro, olhando para baixo para onde ele estava.
Ele soltou a corda do ancoradouro e a usou para puxar o iate até aproximá-lo o máximo que deu da ponte, depois estendeu a mão para mim para me ajudar a subir.
- Não, você não adoraria – ergueu o canto da boca em um puta de um sorriso enigmático que quase me fez suspirar. – Mas o melhor “eu” você já conhece.
- Você sabe que falando assim só me incita, não é? – segurei em sua mão e subi com cuidado na superfície do iate por causa dos meus saltos.
Ele riu e sem soltar minha mão, subiu no iate também, ficando cara a cara comigo, tão próximo que eu quase sentia meu corpo encostar no dele.
- Eu sei, mas não vou negar que adoro.
recuou uns passos, o que me fez suspirar, não sabendo se queria beijá-lo ou empurrá-lo de lá. Ele enrolou a corda ao redor de uma coisa no chão e depois me chamou com a mão, indicando para subirmos. Segurei no corrimão para subir os poucos degraus até a praça de popa. O vento mais gelado ainda me fez arrepiar, mas não deixei de sorrir. O iate era lindo e eu adorava aquela área! No 4 de julho tínhamos comemorado aqui e a enorme bandeira americana ainda forrava o sofá imenso que mais parecia uma cama King Size no solário da praça.
- E então, capitão? Para onde nós vamos? – perguntei, olhando ao redor.
- A noite tá bonita demais para nos limitarmos a cabine principal – ele sorriu, olhando para cima. – Vamos pilotar no fly hoje. Só deixa eu ir ligar as coisas antes.
O acompanhei até a cabine principal e tateei a parede até achar o interruptor. Saí apertando todos os botões até todas as luzes do iate se acenderem, inclusive as do deck, da popa, da praça e do fly. As luzes eram LED azul e brancas, deixava um ambiente bem confortável assim. Rodei pela cabine principal, notando o quanto ela parecia estranha quando estava praticamente vazia. As poucas vezes que vim aqui tinha tanta gente que eu não sabia nem qual era a cor do sofá.
- Acho que você vai ter que deixar seus saltos aí para subirmos, – me olhou com um sorriso nos lábios.
- Não seja por isso – chutei um salto para um lado, o outro salto para o outro. – Melhor?
- Anda, vamos lá – ele fez um sinal com a mão.
Peguei o tablet que controlava várias coisas do iate e corri atrás dele, me sentindo animada até. Subimos até o fly, onde havia outro controle para pilotar o barco. ocupou o lugar do piloto e eu sentei em um dos sofás que ficava perto dele. O vento aqui em cima era consideravelmente mais gelado, mas ainda não incomodava.
- O que você quer escutar? – perguntei, mexendo no tablet para procurar a função que ativava os alto-falantes.
- Me surpreenda – disse simplesmente.
ligou o motor e com um solavanco, nós começamos a andar. O frio só aumentou, mas a sensação era ótima. Esqueci um pouco do que estava falando e olhei para frente vendo uma imensa escuridão a nossa frente, mas quanto mais nos afastamos das luzes das casas de praia, mas intensas ficavam as luzes das estrelas acima de nós.
- Eu nunca tinha velejado a noite – comentei, ainda olhando para o céu. – É incrível.
- Você até chega a acreditar que a terra é plana e que vamos acabar caindo em uma queda sem fim, não é? – me olhou de soslaio. – Por não conseguir ver nada lá na frente.
- Ou encontrar monstros marítimos – cerrei os olhos como se estivesse cogitando a possibilidade. – Será que vamos passar por sereias?
- Eu não sei por que, mas sinto que já estou com uma espécie de sereia comigo aqui – me deu um sorrisinho de canto.
- Isso foi uma cantada? – sorri, voltando a olhar para ele.
- Definitivamente não – ele riu. – Sou péssimo em cantadas.
Sorri discretamente e tentei prestar atenção no que estava fazendo antes. Quando consegui acionar os alto-falantes, abri o Spotify e conectei na minha conta. Coloquei o aleatório da minha de viagem e sorri ao ouvir alguma música dos Rolling Stones tocando.
- Mas vem cá, por que você me comparou a uma sereia mesmo? – levantei do sofá e fui para perto, me escorando na grade perto de onde ele estava. – Porque eu sou uma péssima cantora.
voltou seu olhar para mim.
- Você é perigosa como elas – respondeu, passando a ponta da língua entre os lábios.
- Então você acha que eu vou te seduzir e te matar, ?
- Matar provavelmente seria muito drástico – ele voltou a olhar para frente. – Mas seduzir você já faz isso muito bem.
- Faço, é? – sorri arteira. – E isso é ruim?
- Isso é péssimo – suspirou como se fosse um estorvo.
- E eu aqui achando que você gostava, Hamann – fiz um biquinho. – Acho que eu devia parar então, não é?
Meu olhar encontrou com o dele e nos seus olhos eu vi claramente a pergunta silenciosa que ele me fazia “Será que deve?”. Abri um sorriso e me virei de costas para ele, olhando para a imensidão de água escura ao nosso redor. Tínhamos velejado um monte já, eu não via nem sinal das luzes da cidade agora. Era boa a sensação de estar no meio do nada apenas com mais uma outra pessoa.
- Acho que podemos parar por aqui um pouco, não é? – perguntou retoricamente, pois já tinha parado.
- Pode parar sim – falei mesmo assim. – Será que eles têm algo para beber?
Desci primeiro as escadas até a cabine principal e entrei na cozinha, indo direto até a geladeira, mas não encontrei nada demais, só umas comidas congelados e muita Pepsi. Nenhum vinho ou qualquer outra bebida melhor.
- O que temos é Pepsi, você quer? – gritei para , esperando que ele conseguisse me escutar.
- Adoraria – ouvi a voz dele bem perto do meu ouvido e me virei assustada, pressionando as costas contra a geladeira aberta.
- ! – suspirei, colocando a mão no peito – Eu pensei que você ainda tava lá me cima, não se aproxima assim de pessoas, pelo amor de Deus.
Ele riu e segurou a porta da geladeira, mas ainda olhando para mim.
- Eu desci atrás de você, você que não me ouviu – disse ainda rindo. – Mas é só o que tem mesmo?
Revirei os olhos e virei de costas para ele, olhando o conteúdo da geladeira de novo. Curvei meu corpo para baixo pra tentar ver as prateleiras mais baixas, mas nisso senti minha bunda pressionar no corpo dele de tão perto que estávamos. Mordi o lábio pra conter o sorriso e acabei pegando só duas latas de Pepsi antes de me virar para de novo.
- Vamos ter que nos virar com o que tem – dei de ombros e passei por ele, fechando a geladeira com o pé.
- Solário? – indicou com o queixo, pegando duas taças no armário.
Assenti, caminhando na frente até o sofá enorme com a bandeira dos Estados Unidos como capa. Subi e fui de joelhos até o meio do estofado, segurando as latas geladíssimas de Pepsi comigo e acabei me largando de qualquer jeito. tirou os sapatos e as meias primeiro, depois sentou na beira do sofá e se arrastou mais um pouco para perto de onde eu estava.
- Você tem que me compensar muito por ter me feito deixar a festa cheia de vinhos e champanhes maravilhosos para vim beber Pepsi, viu? – avisei, o olhando com um ar divertido.
- Você veio por livre e espontânea vontade, – retrucou, deixando as taças no sofá para tirar o paletó.
- Eu vim porque provavelmente seria o único jeito de ficarmos a sós ou pelo menos o mais simples – falei na lata, mas franzi o cenho ao ver algo brilhante despontando do bolso interno do paletó dele. – Isso é o que eu estou pensando?
botou a mão no bolso e tirou de lá um belíssimo colar de pedras de diamante. As pedras eram redondas, algumas eram pontudas e formavam uma linda gargantilha. O que diabos ele fazia com aquilo guardado no bolso?
- Você sabe que é um insulto você guardar isso no bolso, não é? – olhei para . – Um insulto terrível!
- Era para Lauren estar usando, mas... – deu de ombros, totalmente indiferente. – Tive que guardar em algum lugar e a caixa é grande demais para o meu bolso.
- Não tem desculpa para isso – reclamei, ainda ultrajada.
- Tá se oferecendo como manequim? – arqueou uma sobrancelha.
Mordi o interior da bochecha para conter um sorriso e dei de ombros.
- Não me importaria de usar esse colar até voltarmos para lá.
- Ele com certeza vai ficar melhor no seu pescoço do que no bolso do casaco mesmo – abriu o feixe do colar e estendeu como se esperasse por mim.
Deixei as latas de lado e me ajoelhei no sofá, me arrastando pelo joelho até ficar na frente , praticamente no colo dele, mas não liguei. Segurei meu cabelo em um amontoado no topo da cabeça para que ele pudesse passar a gargantilha.
- Decore meu pescoço com esses diamantes então, baby – o olhei por cima do ombro, sorrindo.
envolveu meu pescoço com o colar e senti sua respiração mais quente bater nas costas nuas do meu vestido quando ele aproximou seu rosto da área pra poder ver melhor e fechar o colar. Quando senti o peso da gargantilha pendendo e os dedos dele se afastarem, soltei meus cachos castanhos e girei meu corpo, ficando de frente para ele.
- Nada mal para uma manequim, não é? – sorri, tocando as pedras brilhantes.
- Parece ter sido feito sob medida – sorriu, olhando do meu pescoço até meu rosto, onde se demorou por mais tempo. – Mas tudo que você usa parece ter sido feito sob medida, pois tudo consegue ficar lindo em você.
- É? Mas eu acho que fico ainda melhor sem nada – não consegui conter o comentário. – Não acha?
- Maravilhosa – murmurou e seu sorriso malicioso querendo aparecer.
Ergui um ombro, me sentindo vitoriosa e peguei uma das latas de Pepsi. Coloquei as taças em pé novamente e abri a lata, despejando metade dela em cada taça, achando até graça nisso.
- Como estão as coisas em Londres? – perguntei, entregando uma taça para ele.
- Em que sentido você pergunta?
- Nos que você quiser falar – deixei livre.
- A empresta está ótima, vamos expandir para Liverpool em novembro do ano que vem – disse, parecendo muito orgulhoso sobre isso, o que devia realmente estar já que era algo importante. – As coisas com a Lauren continuam a mesma, mas meu pai agora cismou com a ideia de um herdeiro.
Soltei um riso alto. Conhecia Lauren e conhecia , tinha certeza que eles, assim como eu, não pretendiam ter filhos.
- Então era para isso o passeio de iate? – deduzi.
- Sim – riu, jogando a cabeça para trás. – Mas a Lauren arrumou uma distração muito benéfica e enrolou dizendo que estava doente.
- O garçom? – deduzi de novo e pelo olhar dele, estava certa. – Os vi trocando olhares.
- Ele mesmo – assentiu. – Vi eles saindo juntos pela praia. Mas na hora que você chegou, meu pai ainda estava querendo que eu fosse para casa com ela.
- Então eu te salvei? – sorri presunçosa.
- Tecnicamente – admitiu, encarando a taça em sua mão. – E você? Soube que você e o Steven terminaram de novo.
Dei de ombros.
- Terminamos, mas planejo voltar quando voltarmos para a universidade – falei relaxada. – Ele é bom de cama, mas grudento demais. Provavelmente iremos terminar mais vezes até ficarmos de vez.
- Então ele é o seu destinado? – falou com uma ar irônico.
- É como eu estava falando para a sua irmã – olhei brevemente para antes de encarar o céu estrelado. – Nós vamos ser um casal imponente um dia, Steven e eu. É conveniente.
- Ah, a conveniência – riu alto. – Nós vivemos uma piada só por conveniência.
- Eu gosto – admiti, nenhum pouco envergonhada. – Eu tenho dinheiro, faço o que eu quero e não preciso de mais nada. As pessoas subestimam sentimentos demais. Eu amo os meus pais, a , diamantes e a mim mesma. Para mim já basta.
- Um brinde a isso – ele sorriu, esticando sua taça para que eu batesse a mim.
- Tim, Tim... – sorri, encostando a taça na dele.
Ficamos em silêncio por um tempo enquanto a playlist continuava tocando e até parecia que mesmo inconscientemente estávamos refletindo sobre nossa vida ser baseada em convencias estúpidas. havia casado com Lauren por ser conveniente, meus pais também. Eu seguiria o mesmo caminho com Steven porque era conveniente. Mas a verdade é que ninguém achava ruim. Eu não ligava, até porque se ligasse já teria feito algo sobre.
Eu não queria romance, não queria amor. Talvez por nunca ter vivido algo assim, eu não sentia falta, mas eu queria poder, dinheiro e prestígio, então assim que eu conseguiria conquistar o resto.
- Sabe uma coisa que nunca foi conveniente e que para ser bem sincero sempre foi um estorvo? – me olhou.
- O quê? – fiquei curiosa.
Ele bebeu toda a bebida da sua taça e depois tirou a minha da minha mão, colocando as duas no chão e empurrando as latas junto também, depois voltou a se aproximar de mim, parando ajoelhado na minha frente.
- A puta e insaciável vontade que eu tenho de te beijar desde que te vi num biquíni minúsculo e com um batom vermelho no seu aniversário de 19 anos.
Antes que eu pudesse falar algo, uma das mãos dele se embrenhou pelo meu cabelo e sua boca se chocou com a minha. Não hesitei em segurar em seus ombros, quase que o puxando para mais perto. Agarrei seu cabelo com uma das mãos, puxando suas mechas escuras entre os dedos, me deliciando novamente com aqueles lábios nos meus.
inclinou seu corpo sobre o meu e acabei deitada de costas no sofá com ele em cima de mim. apertou minha cintura com força e ergueu a saia do meu vestido até a cintura, abrindo minhas pernas e ficando entre elas. Envolvi as pernas no seu quadril e o puxei para baixo, minhas mãos começando a trilhar todo o seu corpo.
Puxei sua camisa social de dentro da calça e sem interromper o beijo, tentei da melhor forma que dava desabotoar. Assim que consegui me livrar da camisa pude tocar livremente suas costas deliciosas e arrastar minhas unhas afiadas por lá, sentindo seu corpo se retrair. Sorri contra o beijo e mordi seu lábio quando a mão dele apertar uma das minhas coxas.
desceu os beijos para o meu queixo e para a parte do pescoço que não era ocupada pela gargantilha, mas foi quando seus lábios chegaram até o decote generoso do meu vestido que eu me interessei de verdade. Sem muitos rodeios, puxou a barra do meu vestido e com uma leve ajuda minha, nos livrou da peça. Como o vestido não pedia, eu não estava usando sutiã e como eu me sentia estranhamente confortável em andar por aí sem calcinha e o vestido era apertado demais para usar uma, tinha vindo sem, portanto estava totalmente nua para ele.
- Você é realmente maravilhosa sem nada – murmurou, descendo seu olhar pelo meu corpo inteiro. – Mas fica ainda melhor usando só esse colar.
Seu olhar de desejo fez o meu corpo formigar e o puxei de volta para mim, o beijando com ferocidade. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, apertavam minhas coxas e meus seios com força, o que me fazia arfar de prazer. deixou sua mão descer até a região entre minhas pernas e seus lábios se ocuparam com um dos meus seios, então a mistura dos seus dedos em cima da minha boceta e sua boca ao redor do meu seio me fez gemer de prazer.
Puxei o cabelo dele entre os dedos, sentindo meu corpo praticamente inflamar cheio de desejo a cada vez que ele sugava meu mamilo. Seu polegar massageava meu clitóris lentamente em uma tortura deliciosa e eu me remexia embaixo dele, apertando as coxas ao redor de sua mão, querendo ainda mais. me olhou, abrindo um sorriso arteiro e beijou o meio dos meus seios antes de descer mais. Seus lábios chuparam a pele lisa da minha barriga e foram descendo até a minha virilha.
abriu mais as minhas pernas e quando pensei que fosse sentir sua boca onde eu realmente queria, ele me torturou em beijar a parte interna das minhas coxas. Resmunguei frustrada, mas ele não pareceu ligar e se ocupou em beijar a outra parte interna das minhas coxas.
- Ah, por favor, , eu quero essa sua maldita boca em outro lugar... – praticamente gemi, sentindo meu corpo implorar por essa atenção.
- É? – murmurou contra minha coxa, mas ergueu o rosto para me olhar. – E onde você quer ela?
Semicerrei os olhos, sabendo que ele estava me testando de propósito. Agarrei seu cabelo entre os dedos e trouxe a seu rosto até o meio das minhas pernas mesmo, encostando sua boca na minha boceta. Arfei quando senti ele passar roçar os lábios lá, pressionando beijos superficiais. Eu estava prestes a reclamar de novo, dessa vez não parecia querer joguinhos. Ele usou dois dedos para afastar os grandes lábios e finalmente me beijou do jeito que eu queria.
Gemi alto, prendendo o meu próprio lábio entre os dentes quando ele começou a movimentar sua língua em um zigue-zague torturante, se demorando especialmente ao chegar ao clitóris. Com a mão livre, segurava minha perna, apertando a minha coxa com força. Eu estava inquieta e não conseguia deixar o quadril quieto, sempre impulsionando contra a boca dele, querendo mais.
Meu coração estava a mil, meu corpo estava quente mesmo que o ar da noite fosse tão frio e eu sentia aquela pressão gostosa se acumulando no meu ventre e que ficava cada vez mais intensa a cada movimento daquela língua dele, até que não deu mais para mim e eu senti meu corpo estremecer de prazer enquanto gemidos e palavras incoerentes saíam da minha boca.
- Puta que pariu – praguejei, ainda ofegante.
sorriu enviesado, voltando seu corpo para cima do meu.
- Sua boceta tem gosto de Pepsi cola – ele falou no meu ouvido, mordiscando o lóbulo.
Acabei rindo, de olhos fechados. Deixei minhas mãos deslizarem pelos seus braços até o abdômen de seis gominhos muito bem feitos até chegar ao cós da calça.
- Minha boceta tem gosto de Pepsi cola – repeti sua afirmação, achando graça. – É uma pequena que não tínhamos champanhe então.
Desafivelei o cinto e puxei pelos passadores da calça, jogando com todas outras nossas roupas. Não me demorei em descer o zíper de sua calça e desci até onde deu com as mãos, terminando com os meus pés e com a ajuda de que chutou a calça para o chão quando ela chegou aos pés. Usei toda a minha força para conseguir inverter nossa posição e montei no quadril dele quando fiquei por cima, me esfregando deliciosamente na ereção dele, o que fez nós dois gemermos.
- Puta que pariu, você é muito gostoso, Hamann – umedeci os lábios, contemplando a visão embaixo de mim.
Beijei seu pescoço, me deliciando ao chupar a sua pele quente. Minhas mãos estavam apoiadas em seus braços e me ajudavam quando eu ia descendo os beijos pelo seu peitoral e abdômen, parando apenas ao chegar ao elástico da boxer preta. Enfiei uma mão na cueca e envolvi seu membro na minha mão, só tocando superficialmente, mas ouvi arfar e até gemer. Eu não queria joguinhos e preliminares demoradas agora, eu queria foder, então puxei logo sua cueca e a larguei no chão.
Me abaixei para pegar um pacote de camisinha na bolsa que eu tinha deixado ali mais cedo e assim que encontrei uma, rasguei o pacote e voltei pra cima de , colocando nele. O olhar dele queimava de desejo assim como o meu e suas mãos agarram minha cintura quando me aproximei, ficando em cima dele. Segurei a base do seu membro e me posicionei em cima, entrando lentamente, mas impulsionou seu quadril para cima e me preencheu de uma vez, fazendo minhas pernas ficarem até moles.
Ambos gememos alto, com certeza por finalmente saciarmos esse desejo. Segurei nos ombros de e empinei minha bunda, começando a descer e subir lentamente em seu pênis. Ele agarrou minha bunda com uma mão, enquanto a outra estava ocupada massageando meu seio, o que só me fez gemer mais e aumentar o ritmo dos movimentos. Cravei as unhas em seus ombros, fechando os olhos.
Ele movimentava o quadril contra o meu, o que tornava tudo ainda mais intenso. ergueu seu tronco, colando seu peitoral nos meu seios e me beijou com voracidade, abafando o gemido mais alto quando desci de vez em seu membro, o que fez espasmos prazerosos percorrerem meu corpo. beijava meu pescoço, meus seios, espalmava as mãos na minha bunda, praticamente me fazia ir ao céu e voltar sempre que impulsionava seu quadril contra o meu quando eu descia rebolando.
Eu estava ofegante, meu corpo provavelmente estaria todo marcado, assim como as costas de que haviam se tornado minha própria obra de arte. Continuei a descer e subir rapidamente, sentindo meus seios praticamente pularem junto, o que parecia deixar ainda mais excitado. Não demorou muito para que eu sentisse a sensação maravilhosa do orgasmo invadir cada nervo do meu corpo e me fazer gemer ainda mais.
apertou minha cintura contra seu corpo, gemendo no meu ouvido quase gozou logo depois de mim e o som rouco do gemido dele era tão delicioso que quase tive um outro orgasmo só de ouvir. Ficamos juntos, eu ainda em cima dele, ele ainda dentro de mim, recuperando o ar e as forças.
Encostei a testa na de e ele abriu os olhos, encontrando meu olhar. Nos encaramos em silêncio por segundos até que começássemos a rir e voltássemos a nos beijar, querendo repetir tudo de novo.
Segurava meus saltos pelas pontas dos dedos quando entramos no corredor do quartos quase sete horas da manhã. Depois de repetirmos o sexo delicioso por mais algumas vezes naquela noite, acabamos dormindo lá mesmo em cima da bandeira americana, e ironicamente, quando acordei, estava tocando cola da Lana Del Rey nos alto-falantes, o que me fez achar graça já que me senti na própria música. e eu acabamos acordando a tempo de ver os primeiros brilhos do raiar do sol e foi incrível, mas retornamos logo.
Agora cá estávamos e eu, ambos mortos de cansaço.
- Foi um prazer conversar com você, Hamann – falei em despedida ao chegar à porta do meu quarto.
- O prazer foi todo meu, Reynolds – ele sorriu. – Precisamos fazer isso com mais frequência.
Mordi o inferior da bochecha, escondendo o sorriso.
- Definitivamente que sim – fui obrigada a concordar. – Tchau, .
Ele sorriu, indo em direção ao quarto dele no fim do corredor.
- ! – chamei, lembrando de algo.
- O quê? – virou-se para mim.
- Quando precisar, lembra que sempre podemos dar uma volta e escapar em direção ao sol – falei, lembrando de uma zoeira interna.
Ele riu.
- Eu seria idiota em esquecer – piscou um olho para mim. – Bom dia, .
- Bom dia, pretty baby.
- Bom dia, raio de sol – cantarolei, sorrindo para ele e indo calmamente até o outro lado do quarto onde meus saltos estavam.
Phillip abriu os olhos, parecendo alarmado por perceber que já era manhã, e eu sabia o motivo. Seu filho, vulgo meu ex-namorado, não demoraria a chegar e com certeza não gostaria de saber que eu dormi com seu pai. Bom, a culpa não era minha se Phillip era a cara do Ian Bohen e não resistia a provocações por baixo de uma mesa em um jantar entre amigos chato com meu pai e outros três cinquentões. Sem contar que meu gosto por caras mais velhos não era uma surpresa.
- , eu... – ele começou, mas o interrompi com um abano da mão.
- Eu já estou de saída, meu bem – sorri, arrumando meu cabelo escuro no ombro. – A noite passada foi ótima, by the way. A habilidade de foder gostoso deve estar na genética da família porque o seu filho também faz maravilhas.
Ele pareceu um tanto constrangido, o que só me fez sorrir ainda mais, especialmente porque ele não estava nada envergonhado ontem, mas isso com certeza era whisky demais. Alisei meu vestido e joguei os cabelos para trás, rodando na frente do espelho para ver se estava apresentável, mas era óbvio que estava.
- Ah, eu vou pegar a Maybach emprestada, tá? Ela é tão linda, que nossa... – mordi o lábio como se estivesse morrendo de tesão só em pensar em dirigir com ela.
- O quê? Não! – Phillip arregalou os olhos, levantando da cama e segurando o lençol para se cobrir. – , eu peço para o meu motorista levá-la de volta a South Hamptons, mas não toque na minha Mercedes.
- Não precisa ficar tão preocupado, daddy Cross. Se ela aparecer com um arranhão, te deixo mandar a conta para o meu pai – soltei um beijo no ar para ele e pisquei, sorrindo.
Ouvi seu grito, mas não liguei e continuei a caminhar calmamente pelos corredores até a porta da frente. Phillip e meu pai eram melhores amigos, e, mesmo que meu pai soubesse do meu gosto para homens mais velhos e normalmente não ligasse, ele definitivamente não ia gostar de saber que seu amigo e pai do meu ex-namorado fodeu a princesinha dele. Estava quase na saída, mas acabei dando de cara com Steven e sua bela e engomada camisa de botões.
- ? – ele franziu o cenho, confuso com minha presença.
- Olá, honey – sorri, me inclinando para beijar sua bochecha.
- O que você tá fazendo aqui? – perguntou, me olhando dos pés à cabeça e provavelmente reparando no chupão chamativo que eu tinha ganhado.
- Vim dar uma mãozinha para o seu pai na noite passada – passei a língua pelo lábio superior, sorrindo maliciosa. – Acabei perdendo a hora.
Sua cara de indignação me fez sorrir ainda mais e continuei a andar, parando apenas onde as chaves dos carros ficavam para pegar a da Mercedes. Antes que eu conseguisse sair de fato, Steven correu para minha frente.
- Você não seria capaz... – Steven semicerrou os olhos, com certeza mal acreditando.
- Será? – murmurei, colocando meus óculos escuros em forma de coração. – Você ainda acha que tem algo que eu não seja capaz, Stev?
A mão dele envolveu no meu pulso e ele me puxou para trás, colando meu corpo ao dele. Mordi o lábio ao sentir seu cheiro e o calor do seu corpo tão pertinho e não resisti a tocar seu abdômen com a ponta das unhas afiadas.
- Me diz que você não dormiu com meu pai – ele praticamente implorou.
Suspirei, colocando as mãos em seu ombro e aproximei a boca do seu ouvido, beijando o lóbulo bem de leve.
- Nós não dormimos, Steven – falei e senti seus ombros baixaram em um suspiro de alivio.
- E o... – ele começou a falar, mas o interrompi, colocando um dedo em seus lábios.
- Nós não dormimos, Stev – repeti, abrindo um sorriso e voltando a encarar seus olhos. – Nós fodemos.
Me deliciei com a expressão impagável de choque e raiva no rosto dele e beijei sua bochecha, marcando meu batom ali antes de sair andando até a porta que um empregado já havia aberto para mim.
- Até mais tarde, baby Cross – acenei para ele, soprando um beijo.
O sol já estava brilhando no céu azul e sem nuvens dos Hamptons, o que me fez suspirar de felicidade. Hoje eu planejava passar o dia na piscina do Country Club com e pegar o meu merecido bronze depois de um sexto semestre infernal na faculdade de direito no qual eu praticamente não saí de casa só para conseguir estudar e passar em tudo, conciliando o meu estágio na empresa do meu pai.
A estrada que levava até a South Hamptons era bem calma há essa hora, então com o som do carro tocando Lana Del Rey, abaixei a capota do carro e assim que a brisa forte bateu em mim, meus cabelos se agitaram praticamente voaram atrás de mim. Eles estariam um ninho cheios de nós quando eu finalmente parasse, mas não liguei. A sensação era boa.
A viagem não era longa, mas a vista pelo caminho era simplesmente linda. Para quem já visitava Hamptons desde que se entende por gente, eu não devia me impressionar tanto ao passar pelas vinícolas, mas eram lindas demais para deixarem de ser apreciadas só por estarem sempre ali.
As mansões imponentes da elite de New York que não dispensava o verão em Hamptons por nada, entraram no meu campo de visão e no fim da rua estava a mansão contemporânea de 3 andares que pertencia aos pais da minha melhor amiga. A dos meus pais era ao lado, mas por estar em reforma, não estávamos usando. Meus pais tinham preferido ficar em um hotel, mas eu não recusaria o convite de parar ficar com ela.
Estacionei o carro na frente da garagem e entrei na casa, a encontrando silenciosa e vazia como eu já esperava. Os pais de tinham passado a outra semana aqui, mas ido aproveitar a última semana do verão da casa deles na Riviera Francesa, então estaríamos só nós duas aqui essa semana, o que não era um problema pra nenhuma de nós.
Subi direto para o segundo andar onde eram os quartos e não fiz cerimônia ao entrar no quarto da loira. As cortinas estavam abertas e peças de roupas masculinas jogadas junto as dela no chão. e John, seu namorado, estavam largados na cama.
- Vocês ainda estão na cama, gente? Levantem essas bundinhas daí porque nós vamos para o clube! – gritei, tirando os saltos da noite passada e indo abrir as portas da varanda.
Ouvi minha melhor amiga resmungar, mas ignorei e corri até a cama, me jogando em cima deles. As pernas ficaram em cima de John, a cabeça apoiada na barriga de .
- Acordeeeem! – cantei, esperneando em cima de John. – Eu vou mandar o Devon preparar um brunch reforçado pra nós três, vamos, andem!
choramingou, pegando um travesseiro e batendo em mim com ele, mas só ri e roubei o travesseiro das mãos dela. Montei em cima de e comecei a usar o travesseiro para bater nela, que começou a gritar. John suspirou, parecendo mais despertado agora com toda a gritaria.
- Para, , eu acordei! – ela resmungou, conseguindo pegar o travesseiro e impedir o meu próximo golpe. – Nós vamos nos arrumar, fica quieta.
Ri e rolei para o lado, voltando a me meter no meio do casal.
- Essa ceninha de vocês realizaria fantasias de muita gente se fosse sem roupa – John zombou, esfregando seus lindos sonolentos.
- Será se a gente não já realizou? – sugeriu, jogando uma perna na minha cintura e beijou meu ombro.
- Nós já fizemos muitas coisas, honey – alimentei a dúvida. – A maioria das pessoas nem chegariam à metade da lista.
manteve a cara sugestiva, e eu me segurei para não rir. Nós nunca tínhamos chegado nesse nível, mas já demos uns selinhos bêbadas em uma festa.
- Ah, não façam isso comigo... – John gemeu de dor, o que me fez rir de vez.
- Qual é a de vocês homens e seus fetiches por ver duas mulheres fazendo sexo? – minha melhor amiga perguntou.
- É sexy – deu de ombros. – Não consigo explicar.
- E você precisa de um banho, , tá com cheiro de sexo – falou, levantando da cama. – Com quem você transou, hein?
Mordi o lábio e me ajeitei melhor na cama agora que ela tinha saído.
- Com o daddy Cross – me espreguicei, jogando um braço na cara de John.
- O pai do Steven? – ela e John arregalaram os olhos. – Você vai pra um jantar com seu pai e quando volta tem transado com o pai do seu ex-namorado?
- O jantar tava chato e o Phillip é sexy, gente – falei, não entendendo a surpresa. – Ele é divorciado, eu sou solteira.
- Você é ex do filho dele – John arqueou uma sobrancelha.
- Ainda bem que sou ex e não atual, não é? Porque se fosse, aí sim a situação seria complicada – continuei calma com isso e levantei pra ir me arrumar logo antes que eu acabasse dormindo ali.
- Se o Stev descobrir ele vai ficar tão puto... – falou.
- Ah, ele já descobriu – ri. – A gente trocou bom dia quando eu tava saindo.
- Como é? – ouvi o grito de John, mas eu já tinha saído do quarto.
Meu quarto era em frente ao de , então em cinco passos já estava nele. Me despi daquele vestido, da lingerie da noite passada, e entrei no chuveiro, sentindo todos os músculos do meu corpo relaxarem com a água quente. Fiquei lá por quase uma eternidade até meus dedos começarem a enrugar e eu precisar mesmo sair.
Como sempre, deixei para me vestir por último e só fui colocar o biquíni depois de secar o cabelo e dar um jeito nas minhas olheiras e chupões com um bom corretivo, mas depois de rodar minhas malas, lembrei que a parte de cima do biquíni que eu queria usar estava no deck da piscina onde eu tinha deixado ontem à tarde depois de ir nadar pelada com Tyler.
Não me incomodei em cobrir meus seios quando saí. John não sairia do quarto de tão cedo e como estávamos só nós três, eu estava me sentindo em casa. Desci até a cozinha e aproveitei para pegar um dos croissants que a faxineira deveria ter comprado logo cedo quando veio arrumar a casa. Fui até o deck e sorri ao sentir a brisa gostosa e salgada que vinha da praia que era no nosso quintal. Olhei para as espreguiçadeiras e não foi difícil localizar onde estava o resto do meu biquíni e a saída de banho também. Acabei usando a saída para cobrir os seios, segurando ela embaixo dos braços.
Estava já na metade do caminho da cozinha até a sala, mas parei estática perto da ilha quando olhei para a entrada da cozinha e vi lá. Os olhos dele estavam arregalados e ele parecia tão surpreso quanto eu, mas foi então que notei que sua cara de choque com certeza era devido a minha nudez, pois eu tinha deixado à saída cair. Mas eu estava chocada porque não esperaria que ele aparecesse ali nem em mil anos.
, irmão – dezessete anos – mais velho de , tinha se mudado há dois anos para a Inglaterra para comandar a empresa da família em Londres, desde então eu nunca mais tinha se quer tido alguma notícia dele depois disso, a não ser um ou outro comentário que ouvia, então certamente não esperava encontrá-lo ali e certamente não tão bonito como estava. Puta que pariu, o homem era um vinho! Ele definitivamente só melhorava com a idade.
Ele devia estar com 39 anos se eu não estivesse enganada e só conseguia ficar mais sexy. Sua maxilar quadrado agora ficava ainda melhor com a barba rala, seus olhos azuis claro continuavam a mistura de seriedade e malícia que eu lembrava ser apaixonada quando era mais nova. Sem mencionar que ele parecia estar malhando direitinho, pois tinha certeza que encontraria músculos deliciosos por baixo daquela camisa.
Hamann e o meu insuperável crush nele desde os 15 anos.
Eu que pensei que era muito forte, definitivamente não tinha conseguido superar o aniversário de 20 anos de , dois anos atrás, onde e eu tivemos a melhor foda da minha vida contra o capô do carro dele, mas se bem que superar um homem desse com certeza não era nada fácil. Sexy, inteligente e uma versão americana do Tom Hiddleston, era praticamente impossível achar alguém que chegasse a altura dele.
- Oi, – cumprimentei, me recuperando da surpresa e abaixando para pegar a saída e me cobrir. – Não fazia ideia de que você viria passar o verão aqui também, então desculpe minha indiscrição.
Ele piscou, parecendo estar se recuperando de um transe e segurei o sorriso por saber que tinha o afetado. Coloquei um braço por cima da saída só para não correr o risco de escorregar e mordi o meu croissant que estava na outra mão, esperando que ele abrisse a boca pra me responder.
- Oi, – respondeu, sorrindo calmamente e parecendo um pouco desconcertado ainda. – Nós resolvemos de última hora. Lauren estava com saudades dos Hamptons.
- Sei... – mordisquei o lábio a menção do nome da esposa dele, a qual eu conhecia muito bem. – E onde ela está?
- Ah, ficou na casa dos pais. Já faz um tempo que ela os viu, quer passar o dia com eles hoje – explicou.
- Entendi! – sorri para ele e estendi a parte de cima do biquíni para ele. – Me dá uma mãozinha, por favor?
- Claro. – respondeu sem hesitar e se aproximou de mim.
Virei de costas e afastei o cabelo para um ombro, mordendo o sorriso que queria despontar dos meus lábios. Eu costumava ser uma criança na visão de até a última vez que nos vimos, que foi justamente no aniversário de , mas agora eu sabia que seu olhar era bem diferente e estava ansiosa pelo que a estadia dele aqui prometia.
- Já faz um tempinho desde que nos vimos, – comentei, tentando puxar assunto.
- Dois anos, não é? – perguntou, parecendo estar em dúvida.
- Isso mesmo. Acho que foi antes de você voltar para Boston e conhecer a Lauren – mordi a língua. – Aniversário da .
Ele calmamente passou os cordões do biquíni ao redor do meu pescoço, deixando a ponta de seus dedos roçarem na minha pele e começou a fazer o nó.
- Lembrei agora... – falou e quase pude sentir o sorriso na sua voz. – Precisamos nos atualizar, Reynolds. Gostei da nossa última conversa.
- Talvez você precise abrir um espaçinho na sua agenda para mim. Posso ter muito sobre o que contar – sorri, olhando-o por cima do ombro.
aproximou o lábio do meu ouvido como se fosse contar um segredo.
- Eu sempre posso abrir um espaço para uma velha amiga, – sorriu, descendo a ponta dos dedos pelo meu tronco até chegar à altura de amarrar as fitinhas de baixo.
Meu corpo respondeu seu toque com arrepios da cabeça aos pés.
- Ótimo saber disso, Hamann.
- Prontinho – ele disse ao terminar de amarrar.
- Muito obrigada – girei meu corpo para ficar de frente para ele, mas a distância estava mínima, portanto meus seios quase encostavam no peitoral dele. – Como posso te agradecer?
- Não precisa se incomodar, não foi nada – ele dispensou com um gesto da mão.
- Eu faço questão! – insisti só para ter alguma desculpa para manter o contato. – Se você não pensar em nada, eu mesma irei.
franziu o cenho, tentando esconder o sorriso divertido.
- Então vou deixar isso nas suas mãos mesmo, Reynolds.
- Vou me esforçar – garanti.
- E onde está a minha irmã mesmo? – ele perguntou, parecendo notar agora sobre ela.
- Ela está lá em cima, estamos indo para o clube. Não quer vim? – ofereci, me afastando alguns passos. – iria adorar passar um tempo com você depois de tanto tempo. E você pode até nos considerar pirralhas ainda, mas garanto que conseguimos manter uma conversa de adulto.
Ele sorriu, passando a língua pelo seu lábio e ergueu o rosto para mim.
- Acredite, faz um tempo que eu deixei de ver vocês como pirralhas, .
- Ótimo – sorri, voltando a olhar para frente. – Porque também faz tempo que deixamos de ser.
- Mas mesmo assim ainda vou ter que recusar o convite, garota crescida – escorou-se na ilha da cozinha, ficando perto de onde eu estava. – Tenho que resolver umas coisas antes da festa dos Watson hoje à noite.
Fiz um biquinho chateado, o que aumentou o sorriso dele e ganhou sua atenção para os meus lábios.
- É uma pena, – terminei de comer o croissant e bati as mãos uma na outra pra limpar o farelo. – Mas talvez mais tarde nós tenhamos oportunidade pra bater um papo.
Umedeci os lábios, sorrindo.
- Eu conheço sua esposa, tenho certeza que ela não se importaria se eu te roubasse um minutinho, não é?
Lauren e assim como a grande maioria dos casais da elite de Manhattan só estavam juntos por status e isso era bastante óbvio, tanto que nenhum e nem outro ligava muito para o que faziam quando não estavam em público.
- Ela nem notaria – respondeu.
- Então nos vemos mais tarde, Hamann.
- Até lá, Reynolds.
A festa estava acontecendo no jardim dos Watson e pessoas bronzeadas e em roupas caras e sorrisos armados andavam para lá e para cá bebendo champanhe e socializando com quem achavam que merecia sua atenção. Eu e havíamos acabado de chegar, mas eu já estava com um objetivo em mente.
- Os seus Cross estão aqui, – murmurou para mim, sorrindo maliciosa.
Olhei na direção que ela indicou e encolhi os ombros tentando parecer culpada quando o olhar de Steven encontrou com o meu. Ele parecia tão irritado e isso o deixava tão sexy e tão macho alfa que eu tinha vontade de ir dar um oi só para irritar. Nossas brigas assim costumavam resultar em um sexo avassalador.
- Eles não são meus, – respondi, voltando a olhar para ela. – Ainda, pelo menos. Provavelmente é com o Steven que eu vou me aquietar daqui há uns anos mesmo.
- Você falando assim soa terrível e calculista – ela fez uma careta, me seguindo para dentro da festa.
- É só como as coisas são e vai ser assim para todo mundo – interceptei o garçom e peguei duas taças de champanhe, entregando uma para . – Só estou sendo objetiva. Steven e eu formaremos um casal imponente. Eu vou herdar a Reynolds Inc., ele vai herdar a Cross Industries e com certeza vai tentar se tornar o prefeito de New York. Eu vou virar juíza, vamos ser ricos, poderosos e ainda fazer um sexo maravilhoso porque temos uma tensão sensacional e uma química melhor ainda.
me olhava perplexa. Minha amiga era uma romântica e por ter encontrado alguém que amava, achava que o mesmo aconteceria com todos.
- Não vai ser assim para mim – bebericou seu champanhe, olhando para a taça em sua mão. – Eu e o John nos amamos.
- Eu sei, meu amor – sorri, a abraçando pelos ombros. – Fico muito feliz por isso, mas vocês são a exceção, não a regra.
- Seria muito melhor se fossemos a regra, não é? – ela fez um biquinho, deitando a cabeça no meu ombro.
- Não sei, hein... – retorci os lábios, pensativa. – Eu gosto muito de ser vadia, não sei se conseguiria se me apaixonasse.
- Você é impossível, – riu, balançando a cabeça em negação. – Ei, seu pai está conversando com o .
Segui o olhar dela até uma das tendas. Meu pai de fato estava conversando com e sua esposa, mas enquanto parecia interessado na conversa, Lauren trocava olhares com o garçom. pareceu ter notado o mesmo pelo sorriso que ela me deu.
- Vamos lá, preciso cumprimentar meu pai mesmo – bebi o champanhe de uma vez e puxei pela mão, a arrastando comigo.
O olhar de encontrou o meu primeiro e sorri para ele, arqueando as sobrancelhas. Ele sorriu de volta, me cumprimentando com um meneio de cabeça.
- Olá, querida – meu pai beijou minha bochecha quando me aproximei. – ! Como vai?
- Oi, Sr. Reynolds – acenou.
- Oi, papai – abracei meu pai pelos ombros e beijei sua bochecha de volta. – , Lauren!
- Oi, ! Quanto tempo – Lauren sorriu e se aproximou de mim, me cumprimentando com dois beijinhos.
- É o que eu estava falando para o mais cedo. Faz muito tempo mesmo, precisamos colocar o papo em dia – sorri para ela, segurando sua mão de forma amigável.
- E eu estava falando com seu pai sobre ele me vender à afiliada da Reynolds Inc. na Inglaterra, mas ele antes de me dizer não, ele disse que eu precisava ouvir o que você tem a dizer sobre isso – me olhou.
- Ah, por favor – ri como se ele tivesse acabado de contar alguma piada. – Nós seríamos idiotas se vendêssemos, Hamann. Aquela filial, apesar de ainda ser pequena, já rende cerca de meio milhão por ano e só faz dois anos que ela foi fundada. O tempo e a expansão que planejamos fazer vai valorizar ainda mais, então imagine esse lucro dobrando nos próximos dois anos.
Um sorriso divertido se estendeu nos lábios de .
- Você é afiada, gosto disso – ele admitiu e continuou me olhando quando levou o copo de whisky aos lábios. – Talvez eu devesse te oferecer um lugar na Hamann’s Interprise.
- Eu sou afiada – concordei, nenhum pouco modesta. – E apesar de ficar lisonjeada, eu teria que recusar sua oferta. Eu jurei lealdade ao meu pai por ter me ensinado tudo que ele sabe.
Meu pai passou o braço ao redor da minha cintura, me puxando para perto e deu um beijo carinhoso na minha têmpora. Eu realmente era grata a ele por tudo. Ele tinha me ensinado a sobreviver no mundo no qual vivíamos, me ensinou a ser feroz, nunca me recriminou por nada e me criou para ser além de uma esposa troféu.
- Vocês vão me dar licença, mas preciso ir cumprimentar algumas pessoas – Lauren falou, sorrindo educada. – Não precisa me esperar para ir para casa, tá? Vou com a Chloé ou a Louise.
- Tá bem – respondeu e rapidamente voltou a olhar para nós três. – Onde está seu namorado, ?
- É isso que eu to tentando descobrir – ela revirou os olhos e olhou para mim. – Ele disse que já está aqui, mas não consigo ver ele em lugar algum. Acho que vou procurar. Depois te mando uma mensagem pra dizer onde eu tô, tá?
- Ah, eu vou com você – me ofereci. – Falo com vocês depois, rapazes. Afinal, tem muita coisa para me atualizar mais tarde.
- Mas é claro – ele respondeu, levantando seu copo para mim como em uma cortesia.
- Vai almoçar comigo e com sua mãe amanhã? – meu pai perguntou.
- Com certeza – assenti, dando um beijo em seu rosto. – Até mais.
Depois de andarmos por quase todo o jardim e cumprimentarmos quase todos os convidados, encontramos John. Charlie e Pietro estavam juntos e com uma garrafa de Jack Daniel’s gold que serviu para melhorar ainda mais a festa. Não bastou muito para que todos nós estivéssemos cambaleando pelo jardim. Eu era a mais sóbria, não sabia beber sem comer, então o efeito era menor, mas John e já haviam ido se pegar no banheiro e Charlie e Pietro estavam se pegando ali mesmo, deixando vários senhores escandalizados.
- Camisinha, meninos, não esqueçam dela – avisei para eles, mas nenhum dos dois parece ter escutado. – Jovens.
Bebi o resto do meu whisky e levantei do futon, resolvendo dar uma volta pela propriedade. A mansão dos Watson ficava praticamente colada com a praia e o ancoradouro tinha uma vista maravilhosa à noite, então foi para onde eu segui. Já estava na metade do caminho até a ponte, mas parei ao ver duas figuras masculinas conversando perto do iate.
As luzes da ponte eram boas o suficiente para que eu conseguisse identificar e Evan, seu pai e o de , mas eu não conseguia ler suas expressões, embora que a linguagem corporal de deixasse claro o quão aborrecido ele estava. Fiquei incerta sobre interceder ou não, mas como a boa intrometida que eu era, acabei indo. Os dois pararam a conversa e olharam para mim quando ouviram o som dos meus saltos na madeira.
- – me cumprimentou primeiro, surpreso ao me ver ali.
- Olá, – Evan sorriu simpático para mim.
- Cavalheiros – abri meu melhor sorriso. – Desculpe se os atrapalhei. Vim dar uma volta por aqui, adoro a vista.
- Ah, nós já estávamos terminando – Evan disse, olhando brevemente para . – Tem uma vista muito bonita mesmo, mas a vista de quando se está no meio do oceano naquele iate é ainda mais bela.
Sorri, concordando veemente com ele.
- Realmente não tem comparação. Faz um tempo que andei nessa belezinha – apontei com o olhar o iate que acostado ali.
- Eu estava planejando dar uma volta nela, iria levar a Lauren, mas ela... – demorou um pouco antes de falar, quase como se pensasse em uma resposta. – Ela se sentiu indisposta e precisou ir para casa.
- Eu posso ir com você caso ainda queira. Não sou a Lauren, mas... – me ofereci inocentemente. – Sou uma boa companhia também.
me olhou quase como se me avaliasse, mas se esperava encontrar segundas intenções na minha proposta, não encontraria.
- Claro, seria ótimo ter sua companhia, – respondeu por fim.
- Ótimo! – sorri, mais que satisfeita. – O senhor também virá conosco, Evan?
Evan nos observava com interesse, quase curioso.
- Não, querida. Preciso voltar para a festa – dispensou. – Mas tenho certeza que o meu filho irá tratá-la muito bem ou pelo menos é bom que trate!
- Tá vendo, ? Não me trate mal, me trate muito bem – abri um sorriso zombeteiro, quase malicioso.
- Vou me certificar de colocar um colete e boias de braço nela, pai – brincou, me olhando com diversão.
- Divirtam-se então – Evan sorriu, acenando em despedida antes de seguir de volta para a festa.
e eu observávamos em silêncio até o pai dele subir as escadas e voltar para o jardim onde a festa acontecia.
- Vamos? – me olhou e apontou para o iate.
- Eu não sabia que você pilotava – comentei, seguindo atrás dele.
- Tem muito que você não sabe sobre mim, – me olhou rapidamente antes de se abaixar para soltar a corda que matinha o iate preso à plataforma.
- Mas que adoraria saber – deixei bem claro, olhando para baixo para onde ele estava.
Ele soltou a corda do ancoradouro e a usou para puxar o iate até aproximá-lo o máximo que deu da ponte, depois estendeu a mão para mim para me ajudar a subir.
- Não, você não adoraria – ergueu o canto da boca em um puta de um sorriso enigmático que quase me fez suspirar. – Mas o melhor “eu” você já conhece.
- Você sabe que falando assim só me incita, não é? – segurei em sua mão e subi com cuidado na superfície do iate por causa dos meus saltos.
Ele riu e sem soltar minha mão, subiu no iate também, ficando cara a cara comigo, tão próximo que eu quase sentia meu corpo encostar no dele.
- Eu sei, mas não vou negar que adoro.
recuou uns passos, o que me fez suspirar, não sabendo se queria beijá-lo ou empurrá-lo de lá. Ele enrolou a corda ao redor de uma coisa no chão e depois me chamou com a mão, indicando para subirmos. Segurei no corrimão para subir os poucos degraus até a praça de popa. O vento mais gelado ainda me fez arrepiar, mas não deixei de sorrir. O iate era lindo e eu adorava aquela área! No 4 de julho tínhamos comemorado aqui e a enorme bandeira americana ainda forrava o sofá imenso que mais parecia uma cama King Size no solário da praça.
- E então, capitão? Para onde nós vamos? – perguntei, olhando ao redor.
- A noite tá bonita demais para nos limitarmos a cabine principal – ele sorriu, olhando para cima. – Vamos pilotar no fly hoje. Só deixa eu ir ligar as coisas antes.
O acompanhei até a cabine principal e tateei a parede até achar o interruptor. Saí apertando todos os botões até todas as luzes do iate se acenderem, inclusive as do deck, da popa, da praça e do fly. As luzes eram LED azul e brancas, deixava um ambiente bem confortável assim. Rodei pela cabine principal, notando o quanto ela parecia estranha quando estava praticamente vazia. As poucas vezes que vim aqui tinha tanta gente que eu não sabia nem qual era a cor do sofá.
- Acho que você vai ter que deixar seus saltos aí para subirmos, – me olhou com um sorriso nos lábios.
- Não seja por isso – chutei um salto para um lado, o outro salto para o outro. – Melhor?
- Anda, vamos lá – ele fez um sinal com a mão.
Peguei o tablet que controlava várias coisas do iate e corri atrás dele, me sentindo animada até. Subimos até o fly, onde havia outro controle para pilotar o barco. ocupou o lugar do piloto e eu sentei em um dos sofás que ficava perto dele. O vento aqui em cima era consideravelmente mais gelado, mas ainda não incomodava.
- O que você quer escutar? – perguntei, mexendo no tablet para procurar a função que ativava os alto-falantes.
- Me surpreenda – disse simplesmente.
ligou o motor e com um solavanco, nós começamos a andar. O frio só aumentou, mas a sensação era ótima. Esqueci um pouco do que estava falando e olhei para frente vendo uma imensa escuridão a nossa frente, mas quanto mais nos afastamos das luzes das casas de praia, mas intensas ficavam as luzes das estrelas acima de nós.
- Eu nunca tinha velejado a noite – comentei, ainda olhando para o céu. – É incrível.
- Você até chega a acreditar que a terra é plana e que vamos acabar caindo em uma queda sem fim, não é? – me olhou de soslaio. – Por não conseguir ver nada lá na frente.
- Ou encontrar monstros marítimos – cerrei os olhos como se estivesse cogitando a possibilidade. – Será que vamos passar por sereias?
- Eu não sei por que, mas sinto que já estou com uma espécie de sereia comigo aqui – me deu um sorrisinho de canto.
- Isso foi uma cantada? – sorri, voltando a olhar para ele.
- Definitivamente não – ele riu. – Sou péssimo em cantadas.
Sorri discretamente e tentei prestar atenção no que estava fazendo antes. Quando consegui acionar os alto-falantes, abri o Spotify e conectei na minha conta. Coloquei o aleatório da minha de viagem e sorri ao ouvir alguma música dos Rolling Stones tocando.
- Mas vem cá, por que você me comparou a uma sereia mesmo? – levantei do sofá e fui para perto, me escorando na grade perto de onde ele estava. – Porque eu sou uma péssima cantora.
voltou seu olhar para mim.
- Você é perigosa como elas – respondeu, passando a ponta da língua entre os lábios.
- Então você acha que eu vou te seduzir e te matar, ?
- Matar provavelmente seria muito drástico – ele voltou a olhar para frente. – Mas seduzir você já faz isso muito bem.
- Faço, é? – sorri arteira. – E isso é ruim?
- Isso é péssimo – suspirou como se fosse um estorvo.
- E eu aqui achando que você gostava, Hamann – fiz um biquinho. – Acho que eu devia parar então, não é?
Meu olhar encontrou com o dele e nos seus olhos eu vi claramente a pergunta silenciosa que ele me fazia “Será que deve?”. Abri um sorriso e me virei de costas para ele, olhando para a imensidão de água escura ao nosso redor. Tínhamos velejado um monte já, eu não via nem sinal das luzes da cidade agora. Era boa a sensação de estar no meio do nada apenas com mais uma outra pessoa.
- Acho que podemos parar por aqui um pouco, não é? – perguntou retoricamente, pois já tinha parado.
- Pode parar sim – falei mesmo assim. – Será que eles têm algo para beber?
Desci primeiro as escadas até a cabine principal e entrei na cozinha, indo direto até a geladeira, mas não encontrei nada demais, só umas comidas congelados e muita Pepsi. Nenhum vinho ou qualquer outra bebida melhor.
- O que temos é Pepsi, você quer? – gritei para , esperando que ele conseguisse me escutar.
- Adoraria – ouvi a voz dele bem perto do meu ouvido e me virei assustada, pressionando as costas contra a geladeira aberta.
- ! – suspirei, colocando a mão no peito – Eu pensei que você ainda tava lá me cima, não se aproxima assim de pessoas, pelo amor de Deus.
Ele riu e segurou a porta da geladeira, mas ainda olhando para mim.
- Eu desci atrás de você, você que não me ouviu – disse ainda rindo. – Mas é só o que tem mesmo?
Revirei os olhos e virei de costas para ele, olhando o conteúdo da geladeira de novo. Curvei meu corpo para baixo pra tentar ver as prateleiras mais baixas, mas nisso senti minha bunda pressionar no corpo dele de tão perto que estávamos. Mordi o lábio pra conter o sorriso e acabei pegando só duas latas de Pepsi antes de me virar para de novo.
- Vamos ter que nos virar com o que tem – dei de ombros e passei por ele, fechando a geladeira com o pé.
- Solário? – indicou com o queixo, pegando duas taças no armário.
Assenti, caminhando na frente até o sofá enorme com a bandeira dos Estados Unidos como capa. Subi e fui de joelhos até o meio do estofado, segurando as latas geladíssimas de Pepsi comigo e acabei me largando de qualquer jeito. tirou os sapatos e as meias primeiro, depois sentou na beira do sofá e se arrastou mais um pouco para perto de onde eu estava.
- Você tem que me compensar muito por ter me feito deixar a festa cheia de vinhos e champanhes maravilhosos para vim beber Pepsi, viu? – avisei, o olhando com um ar divertido.
- Você veio por livre e espontânea vontade, – retrucou, deixando as taças no sofá para tirar o paletó.
- Eu vim porque provavelmente seria o único jeito de ficarmos a sós ou pelo menos o mais simples – falei na lata, mas franzi o cenho ao ver algo brilhante despontando do bolso interno do paletó dele. – Isso é o que eu estou pensando?
botou a mão no bolso e tirou de lá um belíssimo colar de pedras de diamante. As pedras eram redondas, algumas eram pontudas e formavam uma linda gargantilha. O que diabos ele fazia com aquilo guardado no bolso?
- Você sabe que é um insulto você guardar isso no bolso, não é? – olhei para . – Um insulto terrível!
- Era para Lauren estar usando, mas... – deu de ombros, totalmente indiferente. – Tive que guardar em algum lugar e a caixa é grande demais para o meu bolso.
- Não tem desculpa para isso – reclamei, ainda ultrajada.
- Tá se oferecendo como manequim? – arqueou uma sobrancelha.
Mordi o interior da bochecha para conter um sorriso e dei de ombros.
- Não me importaria de usar esse colar até voltarmos para lá.
- Ele com certeza vai ficar melhor no seu pescoço do que no bolso do casaco mesmo – abriu o feixe do colar e estendeu como se esperasse por mim.
Deixei as latas de lado e me ajoelhei no sofá, me arrastando pelo joelho até ficar na frente , praticamente no colo dele, mas não liguei. Segurei meu cabelo em um amontoado no topo da cabeça para que ele pudesse passar a gargantilha.
- Decore meu pescoço com esses diamantes então, baby – o olhei por cima do ombro, sorrindo.
envolveu meu pescoço com o colar e senti sua respiração mais quente bater nas costas nuas do meu vestido quando ele aproximou seu rosto da área pra poder ver melhor e fechar o colar. Quando senti o peso da gargantilha pendendo e os dedos dele se afastarem, soltei meus cachos castanhos e girei meu corpo, ficando de frente para ele.
- Nada mal para uma manequim, não é? – sorri, tocando as pedras brilhantes.
- Parece ter sido feito sob medida – sorriu, olhando do meu pescoço até meu rosto, onde se demorou por mais tempo. – Mas tudo que você usa parece ter sido feito sob medida, pois tudo consegue ficar lindo em você.
- É? Mas eu acho que fico ainda melhor sem nada – não consegui conter o comentário. – Não acha?
- Maravilhosa – murmurou e seu sorriso malicioso querendo aparecer.
Ergui um ombro, me sentindo vitoriosa e peguei uma das latas de Pepsi. Coloquei as taças em pé novamente e abri a lata, despejando metade dela em cada taça, achando até graça nisso.
- Como estão as coisas em Londres? – perguntei, entregando uma taça para ele.
- Em que sentido você pergunta?
- Nos que você quiser falar – deixei livre.
- A empresta está ótima, vamos expandir para Liverpool em novembro do ano que vem – disse, parecendo muito orgulhoso sobre isso, o que devia realmente estar já que era algo importante. – As coisas com a Lauren continuam a mesma, mas meu pai agora cismou com a ideia de um herdeiro.
Soltei um riso alto. Conhecia Lauren e conhecia , tinha certeza que eles, assim como eu, não pretendiam ter filhos.
- Então era para isso o passeio de iate? – deduzi.
- Sim – riu, jogando a cabeça para trás. – Mas a Lauren arrumou uma distração muito benéfica e enrolou dizendo que estava doente.
- O garçom? – deduzi de novo e pelo olhar dele, estava certa. – Os vi trocando olhares.
- Ele mesmo – assentiu. – Vi eles saindo juntos pela praia. Mas na hora que você chegou, meu pai ainda estava querendo que eu fosse para casa com ela.
- Então eu te salvei? – sorri presunçosa.
- Tecnicamente – admitiu, encarando a taça em sua mão. – E você? Soube que você e o Steven terminaram de novo.
Dei de ombros.
- Terminamos, mas planejo voltar quando voltarmos para a universidade – falei relaxada. – Ele é bom de cama, mas grudento demais. Provavelmente iremos terminar mais vezes até ficarmos de vez.
- Então ele é o seu destinado? – falou com uma ar irônico.
- É como eu estava falando para a sua irmã – olhei brevemente para antes de encarar o céu estrelado. – Nós vamos ser um casal imponente um dia, Steven e eu. É conveniente.
- Ah, a conveniência – riu alto. – Nós vivemos uma piada só por conveniência.
- Eu gosto – admiti, nenhum pouco envergonhada. – Eu tenho dinheiro, faço o que eu quero e não preciso de mais nada. As pessoas subestimam sentimentos demais. Eu amo os meus pais, a , diamantes e a mim mesma. Para mim já basta.
- Um brinde a isso – ele sorriu, esticando sua taça para que eu batesse a mim.
- Tim, Tim... – sorri, encostando a taça na dele.
Ficamos em silêncio por um tempo enquanto a playlist continuava tocando e até parecia que mesmo inconscientemente estávamos refletindo sobre nossa vida ser baseada em convencias estúpidas. havia casado com Lauren por ser conveniente, meus pais também. Eu seguiria o mesmo caminho com Steven porque era conveniente. Mas a verdade é que ninguém achava ruim. Eu não ligava, até porque se ligasse já teria feito algo sobre.
Eu não queria romance, não queria amor. Talvez por nunca ter vivido algo assim, eu não sentia falta, mas eu queria poder, dinheiro e prestígio, então assim que eu conseguiria conquistar o resto.
- Sabe uma coisa que nunca foi conveniente e que para ser bem sincero sempre foi um estorvo? – me olhou.
- O quê? – fiquei curiosa.
Ele bebeu toda a bebida da sua taça e depois tirou a minha da minha mão, colocando as duas no chão e empurrando as latas junto também, depois voltou a se aproximar de mim, parando ajoelhado na minha frente.
- A puta e insaciável vontade que eu tenho de te beijar desde que te vi num biquíni minúsculo e com um batom vermelho no seu aniversário de 19 anos.
Antes que eu pudesse falar algo, uma das mãos dele se embrenhou pelo meu cabelo e sua boca se chocou com a minha. Não hesitei em segurar em seus ombros, quase que o puxando para mais perto. Agarrei seu cabelo com uma das mãos, puxando suas mechas escuras entre os dedos, me deliciando novamente com aqueles lábios nos meus.
inclinou seu corpo sobre o meu e acabei deitada de costas no sofá com ele em cima de mim. apertou minha cintura com força e ergueu a saia do meu vestido até a cintura, abrindo minhas pernas e ficando entre elas. Envolvi as pernas no seu quadril e o puxei para baixo, minhas mãos começando a trilhar todo o seu corpo.
Puxei sua camisa social de dentro da calça e sem interromper o beijo, tentei da melhor forma que dava desabotoar. Assim que consegui me livrar da camisa pude tocar livremente suas costas deliciosas e arrastar minhas unhas afiadas por lá, sentindo seu corpo se retrair. Sorri contra o beijo e mordi seu lábio quando a mão dele apertar uma das minhas coxas.
desceu os beijos para o meu queixo e para a parte do pescoço que não era ocupada pela gargantilha, mas foi quando seus lábios chegaram até o decote generoso do meu vestido que eu me interessei de verdade. Sem muitos rodeios, puxou a barra do meu vestido e com uma leve ajuda minha, nos livrou da peça. Como o vestido não pedia, eu não estava usando sutiã e como eu me sentia estranhamente confortável em andar por aí sem calcinha e o vestido era apertado demais para usar uma, tinha vindo sem, portanto estava totalmente nua para ele.
- Você é realmente maravilhosa sem nada – murmurou, descendo seu olhar pelo meu corpo inteiro. – Mas fica ainda melhor usando só esse colar.
Seu olhar de desejo fez o meu corpo formigar e o puxei de volta para mim, o beijando com ferocidade. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, apertavam minhas coxas e meus seios com força, o que me fazia arfar de prazer. deixou sua mão descer até a região entre minhas pernas e seus lábios se ocuparam com um dos meus seios, então a mistura dos seus dedos em cima da minha boceta e sua boca ao redor do meu seio me fez gemer de prazer.
Puxei o cabelo dele entre os dedos, sentindo meu corpo praticamente inflamar cheio de desejo a cada vez que ele sugava meu mamilo. Seu polegar massageava meu clitóris lentamente em uma tortura deliciosa e eu me remexia embaixo dele, apertando as coxas ao redor de sua mão, querendo ainda mais. me olhou, abrindo um sorriso arteiro e beijou o meio dos meus seios antes de descer mais. Seus lábios chuparam a pele lisa da minha barriga e foram descendo até a minha virilha.
abriu mais as minhas pernas e quando pensei que fosse sentir sua boca onde eu realmente queria, ele me torturou em beijar a parte interna das minhas coxas. Resmunguei frustrada, mas ele não pareceu ligar e se ocupou em beijar a outra parte interna das minhas coxas.
- Ah, por favor, , eu quero essa sua maldita boca em outro lugar... – praticamente gemi, sentindo meu corpo implorar por essa atenção.
- É? – murmurou contra minha coxa, mas ergueu o rosto para me olhar. – E onde você quer ela?
Semicerrei os olhos, sabendo que ele estava me testando de propósito. Agarrei seu cabelo entre os dedos e trouxe a seu rosto até o meio das minhas pernas mesmo, encostando sua boca na minha boceta. Arfei quando senti ele passar roçar os lábios lá, pressionando beijos superficiais. Eu estava prestes a reclamar de novo, dessa vez não parecia querer joguinhos. Ele usou dois dedos para afastar os grandes lábios e finalmente me beijou do jeito que eu queria.
Gemi alto, prendendo o meu próprio lábio entre os dentes quando ele começou a movimentar sua língua em um zigue-zague torturante, se demorando especialmente ao chegar ao clitóris. Com a mão livre, segurava minha perna, apertando a minha coxa com força. Eu estava inquieta e não conseguia deixar o quadril quieto, sempre impulsionando contra a boca dele, querendo mais.
Meu coração estava a mil, meu corpo estava quente mesmo que o ar da noite fosse tão frio e eu sentia aquela pressão gostosa se acumulando no meu ventre e que ficava cada vez mais intensa a cada movimento daquela língua dele, até que não deu mais para mim e eu senti meu corpo estremecer de prazer enquanto gemidos e palavras incoerentes saíam da minha boca.
- Puta que pariu – praguejei, ainda ofegante.
sorriu enviesado, voltando seu corpo para cima do meu.
- Sua boceta tem gosto de Pepsi cola – ele falou no meu ouvido, mordiscando o lóbulo.
Acabei rindo, de olhos fechados. Deixei minhas mãos deslizarem pelos seus braços até o abdômen de seis gominhos muito bem feitos até chegar ao cós da calça.
- Minha boceta tem gosto de Pepsi cola – repeti sua afirmação, achando graça. – É uma pequena que não tínhamos champanhe então.
Desafivelei o cinto e puxei pelos passadores da calça, jogando com todas outras nossas roupas. Não me demorei em descer o zíper de sua calça e desci até onde deu com as mãos, terminando com os meus pés e com a ajuda de que chutou a calça para o chão quando ela chegou aos pés. Usei toda a minha força para conseguir inverter nossa posição e montei no quadril dele quando fiquei por cima, me esfregando deliciosamente na ereção dele, o que fez nós dois gemermos.
- Puta que pariu, você é muito gostoso, Hamann – umedeci os lábios, contemplando a visão embaixo de mim.
Beijei seu pescoço, me deliciando ao chupar a sua pele quente. Minhas mãos estavam apoiadas em seus braços e me ajudavam quando eu ia descendo os beijos pelo seu peitoral e abdômen, parando apenas ao chegar ao elástico da boxer preta. Enfiei uma mão na cueca e envolvi seu membro na minha mão, só tocando superficialmente, mas ouvi arfar e até gemer. Eu não queria joguinhos e preliminares demoradas agora, eu queria foder, então puxei logo sua cueca e a larguei no chão.
Me abaixei para pegar um pacote de camisinha na bolsa que eu tinha deixado ali mais cedo e assim que encontrei uma, rasguei o pacote e voltei pra cima de , colocando nele. O olhar dele queimava de desejo assim como o meu e suas mãos agarram minha cintura quando me aproximei, ficando em cima dele. Segurei a base do seu membro e me posicionei em cima, entrando lentamente, mas impulsionou seu quadril para cima e me preencheu de uma vez, fazendo minhas pernas ficarem até moles.
Ambos gememos alto, com certeza por finalmente saciarmos esse desejo. Segurei nos ombros de e empinei minha bunda, começando a descer e subir lentamente em seu pênis. Ele agarrou minha bunda com uma mão, enquanto a outra estava ocupada massageando meu seio, o que só me fez gemer mais e aumentar o ritmo dos movimentos. Cravei as unhas em seus ombros, fechando os olhos.
Ele movimentava o quadril contra o meu, o que tornava tudo ainda mais intenso. ergueu seu tronco, colando seu peitoral nos meu seios e me beijou com voracidade, abafando o gemido mais alto quando desci de vez em seu membro, o que fez espasmos prazerosos percorrerem meu corpo. beijava meu pescoço, meus seios, espalmava as mãos na minha bunda, praticamente me fazia ir ao céu e voltar sempre que impulsionava seu quadril contra o meu quando eu descia rebolando.
Eu estava ofegante, meu corpo provavelmente estaria todo marcado, assim como as costas de que haviam se tornado minha própria obra de arte. Continuei a descer e subir rapidamente, sentindo meus seios praticamente pularem junto, o que parecia deixar ainda mais excitado. Não demorou muito para que eu sentisse a sensação maravilhosa do orgasmo invadir cada nervo do meu corpo e me fazer gemer ainda mais.
apertou minha cintura contra seu corpo, gemendo no meu ouvido quase gozou logo depois de mim e o som rouco do gemido dele era tão delicioso que quase tive um outro orgasmo só de ouvir. Ficamos juntos, eu ainda em cima dele, ele ainda dentro de mim, recuperando o ar e as forças.
Encostei a testa na de e ele abriu os olhos, encontrando meu olhar. Nos encaramos em silêncio por segundos até que começássemos a rir e voltássemos a nos beijar, querendo repetir tudo de novo.
Segurava meus saltos pelas pontas dos dedos quando entramos no corredor do quartos quase sete horas da manhã. Depois de repetirmos o sexo delicioso por mais algumas vezes naquela noite, acabamos dormindo lá mesmo em cima da bandeira americana, e ironicamente, quando acordei, estava tocando cola da Lana Del Rey nos alto-falantes, o que me fez achar graça já que me senti na própria música. e eu acabamos acordando a tempo de ver os primeiros brilhos do raiar do sol e foi incrível, mas retornamos logo.
Agora cá estávamos e eu, ambos mortos de cansaço.
- Foi um prazer conversar com você, Hamann – falei em despedida ao chegar à porta do meu quarto.
- O prazer foi todo meu, Reynolds – ele sorriu. – Precisamos fazer isso com mais frequência.
Mordi o inferior da bochecha, escondendo o sorriso.
- Definitivamente que sim – fui obrigada a concordar. – Tchau, .
Ele sorriu, indo em direção ao quarto dele no fim do corredor.
- ! – chamei, lembrando de algo.
- O quê? – virou-se para mim.
- Quando precisar, lembra que sempre podemos dar uma volta e escapar em direção ao sol – falei, lembrando de uma zoeira interna.
Ele riu.
- Eu seria idiota em esquecer – piscou um olho para mim. – Bom dia, .
- Bom dia, pretty baby.
Fim.
Nota da autora: Oláa! Eu amo essa música e fiquei felizona em conseguir pegar ela, mas sofri bloqueios TERRÍVEIS quando estava escrevendo e consegui terminar ela no dia de entregar, então espero que tenha ficado boa e que vocês tenham gostado. Não deixem de me falar o que acharam. Beijos!
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