Capítulo Único
— Você consegue entender a gravidade do que acabou de dizer, ? — O ar escapava de meus lábios em expirações rápidas e contínuas. A fisgada em meu coração denunciava que aquelas foram as últimas que ele suportaria. Meus olhos estavam secos, não haviam mais lágrimas. O pranto cessara... e então restara apenas o nada. havia tragado cada mísero aspecto do que um dia fora nossa relação. Sua insegurança destruiu o amor.
Estava me sentindo sufocada. Minhas costas apoiavam-se na cabeceira macia de nossa cama e o lençol esverdeado, sob o qual eu estava sentada, parecia sem brilho, subitamente sem vida; sentia repulsa diante das memórias que ele guardava. Foram inúmeras as vezes que me entreguei ao homem em que acreditei amar. De fato, devo tê-lo amado por ser quem era, porém ali estávamos, em mais uma de tantas discussões, brigas sem motivos.
Respirei fundo, erguendo meu olhar até o dele. A decepção era visível, no entanto a falta de afeto por ele me deixava atordoada.
Por um longo tempo, eu realmente acreditei que o amaria para sempre, mas o amor não era suficiente, ele não podia suportar tantas merdas!
— Eu...caramba, ! Eu detesto essa sensação de impotência! — encontrou meu olhar.
Em seus olhos eu podia ver a dor, mas também enxergava o ciúme. Suas íris eram iluminadas pelas luz dos postes. O brilho amarelado deixava o ambiente com uma aparência melancólica.
— Você detesta o fato de não poder controlar cada passo que eu dou! — Minha voz saiu alta no meio da madrugada.
Havíamos passado a tarde inteira preparando a casa do melhor amigo dele, Gabe, para comemorar o Natal. Foi lá que, após um único abraço dado em Josh, ao festejar a virada, o humor de meu namorado ficou intragável. Essa não fora a cereja daquela noite, oh não! Ao chegarmos no nosso apartamento, discutindo sobre a noite e aquele abraço, furiosamente vociferou que eu estava traindo-o.
O olhar desacreditado que lhe dei fora o suficiente para lhe acordar de seu surto, porém palavras lançadas no ar não podem ser recuperadas. Havíamos chego ao ponto final. Eu não podia sair com minhas amigas, me divertir na pista de dança com ele era motivo para brigas... demonstrações de que eu era sua propriedade se tornaram frequentes.
O homem que eu havia conhecido havia se perdido no meio do caminho.
— Não se trata disso, baby. — se aproximou, ajoelhando-se em frente à cama. Sua voz estava mais calma, no entanto eu não poderia ceder.
Eu deveria ser firme em acabar com tudo, finalizar algo que já havia terminado há muito tempo! Abracei meus joelhos, enterrando ali minha face, em busca de conforto, antes de prosseguir com a decisão.
Era NATAL!
As memórias seriam as testemunhas de como havia lutado por essa relação. Estava disposta a dar mais uma chance ao homem que agora implorava em sussurros para olhar em seus olhos; seu tom de voz revelava desespero. Me sentia como estivesse despertando de um coma. A realidade parecia diferente de como a enxergava. Desejava fervorosamente sentir qualquer coisa, porém não havia nada! Absolutamente nada!
Ergui minha face antes de proferir algo e a aparência de me chocou. Ele estava em pedaços, exatamente como estive sofrendo por um longo tempo.
— Se trata exatamente disso! ...— Tomei um longo fôlego pensamento exatamente quais palavras diria a seguir. — Eu o amei, droga, como eu o amei! — Fixei meus olhos nos dele, garantindo que ele enxergasse a verdade estampada nos mesmos. — Eu o amei mesmo quando você não se amava! Eu cuidei para que confiasse em mim, fiz tudo para lhe provar que era só sua...— Senti suas mãos tomarem as minhas. A familiaridade que o toque dele causava era reconfortante, embora eu permanecesse firme em minha decisão. — , não existe mais eu e você. Há algum tempo isso, nosso relacionamento, vem sendo só você! , eu realmente desejo que entenda que é um homem incrível...
— Mas eu não sirvo para você! — Ele levantou, afastando-se bruscamente da cama. Seus passos eram impacientes. — Por favor, me diga o que posso fazer...— O interrompi.
— Esta noite, ou o que sobrou dela, foi a prova de que juntos somos infelizes. — Me levantei parando a sua frente. Seu peito subia e descia em um ritmo acelerado, seus olhos estavam turvos. — Temos sido infelizes por boa parte dessa relação. Eu o amei, . Eu não tinha qualquer receio de dizer sobre como me sentia, era, inclusive, bastante constrangedor a forma como falava de você para minhas amigas...— Sorri timidamente antes de prosseguir. — Se você pudesse ser uma mosquinha em minhas saídas com elas, perderia qualquer receio de me perder. — Levei minha mão até a face dele, secando a lágrima que escorria. — No fim, não foram outros homens que me fizeram acabar com isso..., você me afastou! Você me acusou de tantas coisas...— O olhei uma última vez antes de finalizar minha fala. — Mas agora a única coisa que sinto é o desejo de deixá-lo. Não guardo rancores, querido, mas não posso mais continuar com isso. — Lhe dei as costas, saindo do quarto e seguindo em direção à porta.
— Não vá, ! — Ele segurou meu antebraço com delicadeza, me virando gentilmente para olhá-lo. Sua respiração era entrecortada, sua face estava molhada pelas lágrimas e seus olhos exibiam um olhar devastador.
“O coração dele estava partido. O meu havia se curado em algum momento enquanto recolhia os fragmentos.”
Enquanto lutava por algo que havia terminado, pude me reestruturar. Eu não dependia dele para ser feliz! havia me proporcionado momentos incríveis, por ele fui amada intensamente, mas questionada na mesma intensidade. Havia me submetido a coisas que jamais suportaria. Havia colocado de lado quem eu era para ser aquilo que desejava!
— Não me deixe, baby! Fique! — Sua voz soou frágil, enquanto me envolvia em seus braços cuidadosamente. — Me perdoe pelas minhas babaquices. Eu posso mudar!
— Eu não guardarei nenhum rancor, . Apenas não posso ser mais a sua ! Quem eu era ao seu lado não passava de uma impostora. Você precisa se libertar de seus fantasmas! É um homem corajoso, lindo, amável, carinhoso e bom, mas enquanto esteve ao meu lado soterrou cada qualidade por medo. Meus olhos procuravam os seus, meu melhor sorriso era sempre direcionado a você. Nunca houve ninguém além de você, mas desta vez eu me escolho. Escolho poder seguir meus sonhos, escolho poder respirar, escolho te libertar! — Peguei as chaves de meu carro e sai correndo dali antes que ele me alcançasse.
Desci as escadas de emergência como se minha vida dependesse daquilo. Se ele me alcançasse, eu cederia aos seus olhos tristes, acreditando que ele poderia mudar, e meu coração seria partido, novamente, no dia seguinte. Porém ele merecia um recomeço! Eu merecia um recomeço!
2 anos atrás...
O aroma agradável do perfume de tomava o quarto, enquanto eu estava deitada sob os lençóis recém estreados. O apartamento ainda possuía um leve odor de tinta, indicando que fora recém construído.
Havíamos passado à véspera do Natal sozinhos. A difícil tarefa de montar a ceia fora uma aventura e tanto e a cozinha parecia uma zona de guerra quando terminamos.
O dia fora agradável, no entanto isso apenas denotava o quão maravilhoso poderia ser quando estávamos sozinhos.
Quando éramos só ele e eu era como estar em um conto de fadas. Eu o amava e ele me amava. Era uma relação igualitária em sentimentos, porém isso também mostrava o quão frágeis éramos!
Era necessário a privacidade do nosso apartamento para que fosse o homem pelo qual eu havia me apaixonado. Isso me destruía lentamente. sabotava nosso namoro com ideias ridículas, pensamentos bobos e ciúmes infundados.
Não queria perdê-lo, porém o futuro me parecia assustador! Já passava da meia-noite e eu ainda não havia conseguido adormecer. A pele quente e aconchegante de meu namorado me envolvia num abraço agradável, porém minha mente recusava-se a calar-se.
— Você está bem, querida? — questionou preocupado e a voz dele me despertou dos questionamentos e dúvidas que rondavam minha mente. Em algum momento enquanto pensava, eu devo ter me mexido o que talvez foi o motivo para despertá-lo.
— Estou sim, baby! — O respondi antes de lhe beijar de modo suave, sentindo seus braços içarem meu corpo, me colocando sobre ele.
— Eu a amo tanto! — Sua voz grave reverberava em ondas de afeto pelo meu corpo. Seus olhos me mantinham em um estado de torpor e havia um sorriso bobo em meus lábios.
— Eu o amo também, baby. — Repousei minha cabeça em seu peito, ouvindo seu coração bater exatamente na mesma velocidade que o meu.
— Quando a vi pela primeira vez foi quando você saía da faculdade para seu trabalho. Era uma tarde fria de outono. O estacionamento estava deserto e você corria de modo desajeitado em direção ao seu carro. Seus livros em um braço e a mochila em seus ombros. — comentou enquanto afagava carinhosamente a pele desnuda de minhas costas.
— Obrigada pela parte desajeitada! — Apoiei meu queijo em seu peito, olhando-o com falsa indignação.
— , meu amor, você é desajeitada, porém é isso que a torna tão graciosa! — Ele colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. — Você me tratava como qualquer outra pessoa, enquanto as estagiárias facilmente jogavam-se aos meus pés. Sua determinação em lutar pelo seu lugar me fascinara. , você é corajosa! Não permite que duvidem de sua capacidade, enfrenta qualquer adversidade com um sorriso nos lábios e acredita em minhas palavras quando lhe conto sobre meus sentimentos. Caramba, mulher, eu sou louco por você! — dizia cada palavra com o mais profundo afeto.
— Não se deve julgar alguém antes de conhecê-la. — Colei meus lábios nos dele, desfrutando da maciez e carinho que sua boca exercia sobre a minha. — Você também é incrível! Construiu sua reputação com muito trabalho, não permitiu que seu pai o colocasse para baixo, mostrou a todos que podia ser um homem de sucesso sem precisar da ajuda monetária de sua família. Eu o admiro, querido! — Toquei a face dele suavemente. — Devia se dar mais crédito. Acreditar que é um homem bom! Eu estou ao seu lado e você sabe disso, portanto deveria agir mais como quando estamos sozinhos.
— Parar com as cenas de ciúmes, eu sei. — Ele me olhou com arrependimento.
— Sim, exatamente. Eu só sei falar de você quando saio com as garotas. É absurdamente aterrador como estou perdidamente apaixonada por você, . — Sussurrei mantendo meus olhos fixos nos dele.
— Eu não consigo me imaginar sem você. Tenho medo que perceba que sua vida é melhor sem que eu esteja nela. — Seu tom revelava uma tristeza maior do que deixava transparecer. Suas lumes castanhas desviaram-se das minhas.
— Minha vida seria chata sem você. Eu quero você nela, ! Eu realmente não o entendo! Uma hora diz que tem medo de me perder e em outra fala que minha vida é melhor sem você?! — Me sentei na cama ficando de costas para ele. O momento fora bruscamente arruinado.
— Eu a amo mais que a mim mesmo, ! — sussurrou em meus ouvidos, deixando seus lábios beijarem o lóbulo dela, seguindo para a lateral de meu pescoço enquanto seus braços me envolviam por trás. — Quando penso no futuro, a única certeza que tenho é que você está nele. — Seus lábios distribuíram beijos pelos meus ombros e omoplatas, antes dele me fazer virar para encará-lo. — Eu sou um idiota por duvidar de mim mesmo, porém, , existe uma parte minha que duvida se eu a mereço.
— Diga para ela se ferrar, porque essa decisão cabe a mim tomar.
E então calei suas próximas palavras, deixando que nossos corpos o provassem que era certo estarmos juntos!
Atualmente...
Me deixei viajar pelas memórias de dois anos atrás, quando a certeza de que devíamos ficar juntos era tão certa como o sentimento de amá-lo. havia se tornado um pária, uma versão frágil. Eu era sua criptonita.
No final eu o deixei, conforme ele temia. Minhas mãos apertaram firmemente o volante, enquanto eu pisava no acelerador. Meus olhos estavam fixos nas ruas desertas de Gefyrthk, uma cidade ao sul de Sydney e tão bela quanto.
Buscaria minhas coisas no dia seguinte, na outra semana ou, quem sabe, até as deixaria por lá. tentaria me convencer a ficar, porém não havia como permanecer mais ali.
If you only knew what I talked about
When I'm with my friends just hangin' out
Then you'd have the inside scoop
On what to say, what to do
Estava me sentindo sufocada. Minhas costas apoiavam-se na cabeceira macia de nossa cama e o lençol esverdeado, sob o qual eu estava sentada, parecia sem brilho, subitamente sem vida; sentia repulsa diante das memórias que ele guardava. Foram inúmeras as vezes que me entreguei ao homem em que acreditei amar. De fato, devo tê-lo amado por ser quem era, porém ali estávamos, em mais uma de tantas discussões, brigas sem motivos.
Respirei fundo, erguendo meu olhar até o dele. A decepção era visível, no entanto a falta de afeto por ele me deixava atordoada.
Por um longo tempo, eu realmente acreditei que o amaria para sempre, mas o amor não era suficiente, ele não podia suportar tantas merdas!
— Eu...caramba, ! Eu detesto essa sensação de impotência! — encontrou meu olhar.
Em seus olhos eu podia ver a dor, mas também enxergava o ciúme. Suas íris eram iluminadas pelas luz dos postes. O brilho amarelado deixava o ambiente com uma aparência melancólica.
— Você detesta o fato de não poder controlar cada passo que eu dou! — Minha voz saiu alta no meio da madrugada.
Havíamos passado a tarde inteira preparando a casa do melhor amigo dele, Gabe, para comemorar o Natal. Foi lá que, após um único abraço dado em Josh, ao festejar a virada, o humor de meu namorado ficou intragável. Essa não fora a cereja daquela noite, oh não! Ao chegarmos no nosso apartamento, discutindo sobre a noite e aquele abraço, furiosamente vociferou que eu estava traindo-o.
O olhar desacreditado que lhe dei fora o suficiente para lhe acordar de seu surto, porém palavras lançadas no ar não podem ser recuperadas. Havíamos chego ao ponto final. Eu não podia sair com minhas amigas, me divertir na pista de dança com ele era motivo para brigas... demonstrações de que eu era sua propriedade se tornaram frequentes.
O homem que eu havia conhecido havia se perdido no meio do caminho.
— Não se trata disso, baby. — se aproximou, ajoelhando-se em frente à cama. Sua voz estava mais calma, no entanto eu não poderia ceder.
Eu deveria ser firme em acabar com tudo, finalizar algo que já havia terminado há muito tempo! Abracei meus joelhos, enterrando ali minha face, em busca de conforto, antes de prosseguir com a decisão.
Era NATAL!
As memórias seriam as testemunhas de como havia lutado por essa relação. Estava disposta a dar mais uma chance ao homem que agora implorava em sussurros para olhar em seus olhos; seu tom de voz revelava desespero. Me sentia como estivesse despertando de um coma. A realidade parecia diferente de como a enxergava. Desejava fervorosamente sentir qualquer coisa, porém não havia nada! Absolutamente nada!
Ergui minha face antes de proferir algo e a aparência de me chocou. Ele estava em pedaços, exatamente como estive sofrendo por um longo tempo.
— Se trata exatamente disso! ...— Tomei um longo fôlego pensamento exatamente quais palavras diria a seguir. — Eu o amei, droga, como eu o amei! — Fixei meus olhos nos dele, garantindo que ele enxergasse a verdade estampada nos mesmos. — Eu o amei mesmo quando você não se amava! Eu cuidei para que confiasse em mim, fiz tudo para lhe provar que era só sua...— Senti suas mãos tomarem as minhas. A familiaridade que o toque dele causava era reconfortante, embora eu permanecesse firme em minha decisão. — , não existe mais eu e você. Há algum tempo isso, nosso relacionamento, vem sendo só você! , eu realmente desejo que entenda que é um homem incrível...
— Mas eu não sirvo para você! — Ele levantou, afastando-se bruscamente da cama. Seus passos eram impacientes. — Por favor, me diga o que posso fazer...— O interrompi.
— Esta noite, ou o que sobrou dela, foi a prova de que juntos somos infelizes. — Me levantei parando a sua frente. Seu peito subia e descia em um ritmo acelerado, seus olhos estavam turvos. — Temos sido infelizes por boa parte dessa relação. Eu o amei, . Eu não tinha qualquer receio de dizer sobre como me sentia, era, inclusive, bastante constrangedor a forma como falava de você para minhas amigas...— Sorri timidamente antes de prosseguir. — Se você pudesse ser uma mosquinha em minhas saídas com elas, perderia qualquer receio de me perder. — Levei minha mão até a face dele, secando a lágrima que escorria. — No fim, não foram outros homens que me fizeram acabar com isso..., você me afastou! Você me acusou de tantas coisas...— O olhei uma última vez antes de finalizar minha fala. — Mas agora a única coisa que sinto é o desejo de deixá-lo. Não guardo rancores, querido, mas não posso mais continuar com isso. — Lhe dei as costas, saindo do quarto e seguindo em direção à porta.
— Não vá, ! — Ele segurou meu antebraço com delicadeza, me virando gentilmente para olhá-lo. Sua respiração era entrecortada, sua face estava molhada pelas lágrimas e seus olhos exibiam um olhar devastador.
Enquanto lutava por algo que havia terminado, pude me reestruturar. Eu não dependia dele para ser feliz! havia me proporcionado momentos incríveis, por ele fui amada intensamente, mas questionada na mesma intensidade. Havia me submetido a coisas que jamais suportaria. Havia colocado de lado quem eu era para ser aquilo que desejava!
— Não me deixe, baby! Fique! — Sua voz soou frágil, enquanto me envolvia em seus braços cuidadosamente. — Me perdoe pelas minhas babaquices. Eu posso mudar!
— Eu não guardarei nenhum rancor, . Apenas não posso ser mais a sua ! Quem eu era ao seu lado não passava de uma impostora. Você precisa se libertar de seus fantasmas! É um homem corajoso, lindo, amável, carinhoso e bom, mas enquanto esteve ao meu lado soterrou cada qualidade por medo. Meus olhos procuravam os seus, meu melhor sorriso era sempre direcionado a você. Nunca houve ninguém além de você, mas desta vez eu me escolho. Escolho poder seguir meus sonhos, escolho poder respirar, escolho te libertar! — Peguei as chaves de meu carro e sai correndo dali antes que ele me alcançasse.
Desci as escadas de emergência como se minha vida dependesse daquilo. Se ele me alcançasse, eu cederia aos seus olhos tristes, acreditando que ele poderia mudar, e meu coração seria partido, novamente, no dia seguinte. Porém ele merecia um recomeço! Eu merecia um recomeço!
2 anos atrás...
O aroma agradável do perfume de tomava o quarto, enquanto eu estava deitada sob os lençóis recém estreados. O apartamento ainda possuía um leve odor de tinta, indicando que fora recém construído.
Havíamos passado à véspera do Natal sozinhos. A difícil tarefa de montar a ceia fora uma aventura e tanto e a cozinha parecia uma zona de guerra quando terminamos.
O dia fora agradável, no entanto isso apenas denotava o quão maravilhoso poderia ser quando estávamos sozinhos.
Quando éramos só ele e eu era como estar em um conto de fadas. Eu o amava e ele me amava. Era uma relação igualitária em sentimentos, porém isso também mostrava o quão frágeis éramos!
Era necessário a privacidade do nosso apartamento para que fosse o homem pelo qual eu havia me apaixonado. Isso me destruía lentamente. sabotava nosso namoro com ideias ridículas, pensamentos bobos e ciúmes infundados.
Não queria perdê-lo, porém o futuro me parecia assustador! Já passava da meia-noite e eu ainda não havia conseguido adormecer. A pele quente e aconchegante de meu namorado me envolvia num abraço agradável, porém minha mente recusava-se a calar-se.
— Você está bem, querida? — questionou preocupado e a voz dele me despertou dos questionamentos e dúvidas que rondavam minha mente. Em algum momento enquanto pensava, eu devo ter me mexido o que talvez foi o motivo para despertá-lo.
— Estou sim, baby! — O respondi antes de lhe beijar de modo suave, sentindo seus braços içarem meu corpo, me colocando sobre ele.
— Eu a amo tanto! — Sua voz grave reverberava em ondas de afeto pelo meu corpo. Seus olhos me mantinham em um estado de torpor e havia um sorriso bobo em meus lábios.
— Eu o amo também, baby. — Repousei minha cabeça em seu peito, ouvindo seu coração bater exatamente na mesma velocidade que o meu.
— Quando a vi pela primeira vez foi quando você saía da faculdade para seu trabalho. Era uma tarde fria de outono. O estacionamento estava deserto e você corria de modo desajeitado em direção ao seu carro. Seus livros em um braço e a mochila em seus ombros. — comentou enquanto afagava carinhosamente a pele desnuda de minhas costas.
— Obrigada pela parte desajeitada! — Apoiei meu queijo em seu peito, olhando-o com falsa indignação.
— , meu amor, você é desajeitada, porém é isso que a torna tão graciosa! — Ele colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. — Você me tratava como qualquer outra pessoa, enquanto as estagiárias facilmente jogavam-se aos meus pés. Sua determinação em lutar pelo seu lugar me fascinara. , você é corajosa! Não permite que duvidem de sua capacidade, enfrenta qualquer adversidade com um sorriso nos lábios e acredita em minhas palavras quando lhe conto sobre meus sentimentos. Caramba, mulher, eu sou louco por você! — dizia cada palavra com o mais profundo afeto.
— Não se deve julgar alguém antes de conhecê-la. — Colei meus lábios nos dele, desfrutando da maciez e carinho que sua boca exercia sobre a minha. — Você também é incrível! Construiu sua reputação com muito trabalho, não permitiu que seu pai o colocasse para baixo, mostrou a todos que podia ser um homem de sucesso sem precisar da ajuda monetária de sua família. Eu o admiro, querido! — Toquei a face dele suavemente. — Devia se dar mais crédito. Acreditar que é um homem bom! Eu estou ao seu lado e você sabe disso, portanto deveria agir mais como quando estamos sozinhos.
— Parar com as cenas de ciúmes, eu sei. — Ele me olhou com arrependimento.
— Sim, exatamente. Eu só sei falar de você quando saio com as garotas. É absurdamente aterrador como estou perdidamente apaixonada por você, . — Sussurrei mantendo meus olhos fixos nos dele.
— Eu não consigo me imaginar sem você. Tenho medo que perceba que sua vida é melhor sem que eu esteja nela. — Seu tom revelava uma tristeza maior do que deixava transparecer. Suas lumes castanhas desviaram-se das minhas.
— Minha vida seria chata sem você. Eu quero você nela, ! Eu realmente não o entendo! Uma hora diz que tem medo de me perder e em outra fala que minha vida é melhor sem você?! — Me sentei na cama ficando de costas para ele. O momento fora bruscamente arruinado.
— Eu a amo mais que a mim mesmo, ! — sussurrou em meus ouvidos, deixando seus lábios beijarem o lóbulo dela, seguindo para a lateral de meu pescoço enquanto seus braços me envolviam por trás. — Quando penso no futuro, a única certeza que tenho é que você está nele. — Seus lábios distribuíram beijos pelos meus ombros e omoplatas, antes dele me fazer virar para encará-lo. — Eu sou um idiota por duvidar de mim mesmo, porém, , existe uma parte minha que duvida se eu a mereço.
— Diga para ela se ferrar, porque essa decisão cabe a mim tomar.
E então calei suas próximas palavras, deixando que nossos corpos o provassem que era certo estarmos juntos!
Atualmente...
Me deixei viajar pelas memórias de dois anos atrás, quando a certeza de que devíamos ficar juntos era tão certa como o sentimento de amá-lo. havia se tornado um pária, uma versão frágil. Eu era sua criptonita.
No final eu o deixei, conforme ele temia. Minhas mãos apertaram firmemente o volante, enquanto eu pisava no acelerador. Meus olhos estavam fixos nas ruas desertas de Gefyrthk, uma cidade ao sul de Sydney e tão bela quanto.
Buscaria minhas coisas no dia seguinte, na outra semana ou, quem sabe, até as deixaria por lá. tentaria me convencer a ficar, porém não havia como permanecer mais ali.
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On what to say, what to do
Fim
Nota da autora: Sem nota.
Outras Fanfics:
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• 03. Oh My My - Fisctape Oh My My do One Republic.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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