FFOBS - 03. Hotter than hell, por Rai Perosini

Capítulo único

sempre pareceu ser receptiva e era pau para toda obra. Se alguém a chamava para algum lugar, era claro que ela ia. Estava sempre com um sorriso no rosto e tinha a postura de uma deusa: inteligente; elegante e audaciosa.
Era linda, de cabelo solto, com “rabo de cavalo”, ou até com coque e, raramente, usava tranças, porque não sabia como fazer. Tinha os olhos escuros e um sorriso que, às vezes, podia fazer o corpo de entrar em combustão.
Ela era também dois anos mais velha que ele, era muito bem resolvida com a sua vida e, em todos os seus 22 anos, nunca teve um namorado. Diferentemente de , que tinha saído de um relacionamento há pouco tempo, mas mal esteve na fase de tristeza e superação, porque… Bem, porque ele e a ex não tinham mais tanta coisa a ver assim. Acostumaram-se com a ideia um do outro e, por fim, decidiram dar um fim naquilo. No entanto, ainda existiam alguns fatos incontestáveis que deixavam aquela tensão / mais interessante: ela era a melhor amiga de seu irmão; e ele era muito contido e na dele. Os dois estavam interessados um no outro. E outra premissa era: daquela noite, não passaria.
chegou à festa com seu irmão e sua cunhada. Estava de bermuda, camisa e tênis, bem perfumado e com o cabelo curto ajeitado daquele jeito bagunçado. Diferente do irmão — que era branquelo, loiro e tinha olhos verdes —, ele era moreno, tinha o cabelo e olhos escuros. Mas ainda haviam semelhanças entre eles, como a altura, a covinha, o porte e as tatuagens, por mais que tivesse um pouco mais de desenhos pelo corpo, e o irmão, só um braço fechado.
O lugar já estava cheio, as poucas mesas não tinham um lugar sobrando, o som tocava alto, e não demorou muito para os três serem encontrados pelos amigos de futebol dos irmãos.
— Fala, ! — Leonardo o cumprimentou com aquele toque de mão específico dos parças, e deu um sorriso preguiçoso. Sabia nem o que estava fazendo ali, para início de conversa. — A estava te procurando... Até estranhei, porque, geralmente, ela tá atrás do seu irmão.
— Ela já deve estar sentindo minha falta. — Brincou, com o humor mudando incrivelmente para melhor. — Onde ela tá?
— A última vez que eu a vi, ela tava no bar, talvez, flertando com o barman pra conseguir uma bebida mais rápido… — Leo riu.
— Aquela ali não tem jeito, mesmo. Eu vou lá, salvar o coitado! — disse e saiu, em direção ao bar, ainda ouvindo os amigos zoando que ele tinha vindo mesmo para caça e não ia perder tempo.
Andou sem pressa pelo espaçoso salão. As pessoas conversavam e se divertiam, mas, por alguma sorte do universo, acabou tropeçando com a aniversariante da noite.
! — Laís gritou. — Que bom que você veio!
Abraçou-o, e ele ainda estava um pouco sem reação e demorou alguns segundos para devolver o abraço. Laís deu um beijo em sua bochecha — que estava destinado a outro local, se ele não virasse o rosto — e riu alto do jeito escandaloso que era. Como se não soubesse do crush que Laís tinha nele e como se ela não soubesse da falta de interesse dele.
— Feliz Aniversário, Laís! — disse alto, tentando competir com o som alto das caixas próximas a si.
— Obrigada... — E ela ia dizer mais alguma coisa quando uma de suas amigas a puxou, e ele respirou, aliviado.
Não tinha paciência para lidar com a aniversariante e melhor amiga da sua ex logo agora. Precisava encontrar . As mensagens que vinham trocando desde a viagem que os aproximou deixava apreensivo sobre o que era capaz de fazer e curioso, além de sedento por uma mulher que não costumava blefar.
O que ela estava fazendo com ele era realmente de se admirar: fazia querer pecar. Muito. Porque seus pensamentos não eram nada religiosos ou santos quando aquela mulher aparecia em sua visão periférica, como tinha acabado de acontecer. Ela estava mesmo tentando furar a fila da bebida, se enfiando no meio do povo e chamando a atenção do barman. Ele sorria maliciosamente para ela e logo fez dois copos de caipirinha. observava aquela cena, sentindo graça, quando se virou com as bebidas, ainda sorrindo, e encontrou seu olhar nela.
— Então você veio, mesmo — disse ao se aproximar, entregando um dos copos a ele, que não perdeu a chance de admirar o vestido curto salmão que ela usava.
“Deus te abençoe!”, pensou. Se não fosse tão tímido e não se envergonhasse fácil, falaria, sem problema algum.
— Eu não disse que viria? — Sorriu, olhando para o copo de caipirinha, que ela logo empurrou com a mão para que ele tomasse logo.
— Não que eu queira te embebedar, mas um pouquinho vai te fazer bem — explicou, com um pouco de doçura que não era típica dela.
E queria mesmo que não precisasse daquela bebida para agarrá-la, ali mesmo, e carregá-la para casa, mas virou o conteúdo do copo. Sorrindo, fez o mesmo, segurando sua mão e o puxando para o deck, que tinha uma brisa fresca naquela noite de verão, com uma visão espetacular para o mar.
… — ele disse quando chegaram ali, e ela olhou para ele.
— Quer conversar sobre isso, agora? — perguntou, já sabendo que ele estava uma pilha.
Ele ficou em silêncio. Queria falar tantas coisas, e nada saía, porque ele queria, sim, conversar. Queria, sim, viver tudo com ela. Porém, engoliu em seco e olhou para o mar. As ondas batiam calmamente, a maré estava baixa, e a brisa vinha, acalmando, temporariamente, os seus nervos.
Mas a presença imponente dela era marcante, embaralhando toda a sua cabeça novamente.
, você quer mesmo isso? — Tentou novamente, e ele olhou para ela, alarmado.
— Quero — respondeu, fazendo a mulher sorrir.
— O que exatamente?
— Você sabe que não consigo falar.
— Deveria tentar.
— Quero você. — As palavras saíram, sem dificuldade nenhuma, e o sorriso de aumentou.
sentiu de novo a adrenalina correr pelo seu sangue, surpreendido consigo pelo que tinha acabado de dizer, mesmo sendo a completa verdade.
encostou as costas na grade do deck e puxou para si, colocando os braços ao redor do seu pescoço e olhando bem nos olhos dele, o sorriso, agora, tímido em seus lábios.
— Você é mesmo uma caixinha de surpresas.
Ele colocou as mãos na cintura dela, pensando que seria capaz de beijá-la bem ali, e foi o que ela fez, como se ele fosse o que pensava, e ela, a que fazia.
Um beijo que começou calmo como o mar e terminou borbulhante como a lava, como sempre era.
Não era a primeira vez que os dois se beijavam. Já tinham dado um amasso aqui e ali, já tinham chegado às preliminares, mas o sexo em si… Era tudo o que queriam para aquela noite. Porém, como conhecia bem , ele precisava se soltar antes. Por isso, ela era paciente, mesmo gostando de provocá-lo um pouquinho.
— Gostoso! — disse no ouvido dele, depois de puxar o seu lóbulo com os dentes, após uma sessão de beijos.
— Olha quem fala! — Riu. — Você é quem é toda mulherão da porra.
— Ah, querido, sou mesmo. — Deu de ombros, brincando com ele.
, desta vez, tomou a iniciativa de beijá-la, com as mãos alternando entre a cintura dela e a bunda, apertando e beliscando, em uma mania que adquiriu, nem sabia quando, mas nada que incomodasse . Inclusive, ela adorava e a deixava excitada por mais contato.
— Preciso te contar uma coisa... — falou quando se separaram novamente.
— O quê? — perguntou, e ela lhe lançou um sorriso esperto. — Não faça suspense logo comigo, .
Ela olhou ao seu redor, vendo que ninguém prestava atenção no canto em que estavam. A festa acontecia a todo vapor, e a pista de dança bombava com sertanejo e funk. Então pegou a mão dele e enfiou por baixo de seu vestido, mordendo o lábio e encarando o rosto dele, que, antes, tinha uma ruga entre as sobrancelhas e, agora, se suavizou, o sorriso se iluminou em seu rosto e os olhos escureceram.
estava sem calcinha.
— Safada! — sussurrou, e ela riu.
— É deste que eu gosto... Aquele que fala safadeza e me masturba no meio de uma festa.
Ele vacilou os dedos por um instante, mas continuou, porque a expressão dela de prazer era simplesmente uma de suas visões favoritas.
— Você precisa me avisar se alguém estiver olhando — pediu.
— Que olhem! — Ela desceu a mão pelo tronco dele e apertou o volume, que já estava aparente, por cima do jeans.
— Vamos embora? — perguntou. Até que era legal a ideia de ter gente olhando, mas queria ter liberdade para fazer aquilo direito.
— Você é quem sabe. — Ela deu de ombros quando ele tirou os dedos dela e a puxou em direção à saída.

***


, por sorte, morava em um apartamento perto de onde estava rolando a festa. Saíram, sem se despedir de ninguém, e foram andando de mãos dadas pela rua, mas ela ainda lhe perguntava se estava muito duro, porque ela estava pingando, se ele tinha camisinha e, caso pudessem, ele a viraria na parede e a foderia por trás em plena rua. A resposta foi sim para todas as perguntas.
Chegaram ao prédio e subiram a escada, conversando, mas abriu a porta com um sorriso que lhe era bem comum quando queria fazer bagunça. entrou, sorrindo e balançando a cabeça, já sabendo onde aquilo iria dar.
— Você já conhece minha casa, né? — perguntou, guiando-o pela mão em direção à mesa de jantar, enquanto acendia a luz do cômodo onde ficava tanto a sala de estar quanto a de jantar, divididas apenas pelo sofá maior.
— Que tipo de pergunta é essa?
— Eu não sei... Às vezes, você quer conhecer melhor, comer alguma coisa…
— Até parece que você não sabe o que eu quero, .
... — Ela sentou-se na mesa. — O banquete, hoje, sou eu.
Ela o puxou pela camisa, e tinha um sorriso arteiro no rosto, e deu uma risada gostosa, parando quando a boca dele encostou em seu pescoço, pegando a barra de seu vestido e o arrastando lentamente pelo seu corpo.
a beijou avidamente, antes de tirar o tecido por completo, deixando atrás dela e observando o corpo nu da morena que lhe tirava o sono, a sanidade e qualquer coisa do tipo. Ele desceu seus beijos pela barriga dela, venerando cada pedaço daquele corpo, e arrastou uma cadeira para terminar aquilo que tinha começado mais cedo, mas, desta vez, faria com a língua.
suspirava e se contorcia na sua boca, gemendo quando ele fazia círculos com a língua em seu clitóris em um ritmo muito certo. Ela se apoiou nos cotovelos, observando, enquanto ele tinha os olhos nela e as mãos entre sua barriga e seu seio.
... — chamou com a respiração entrecortada. — Você sabia que fica lindo no meio das minhas pernas?
Ele sorriu, lambendo toda a sua boceta, e ela voltou a se deitar, rindo da própria desgraça, mesmo que fosse um momento de glória estar chegando perto das estrelas que estava lhe proporcionando.
E não demorou muito para que gozasse, sendo assistida por um , que estava muito satisfeito em chupar todo o mel que saía daquela mulher e tinha algo quase explodindo dentro de sua bermuda. Então, , já imaginando isso, levantou-se e escorregou para o colo dele, beijando-o e enfiando os dedos entre os fios maiores que ele tinha em cima da cabeça. Rebolava devagar, puxando a camisa preta dele para cima, a fim de deixar aquela barriga definida exposta, mas a atenção dela ficou pouco naquela parte do corpo quando retirou a peça. Sua mão logo encontrou aquela tatuagem que descia pela sua cintura, e observava com diversão brilhando nos olhos, enquanto ela brincava com os dedos.
— O que você tem com essa tatuagem? — perguntou.
— Sempre quis tocar... — confessou. — Saber onde terminava... Acho tão excitante quem tem essas tatuagens nas entradinhas e tal.
— Mas, então, viu que não tem nada demais, né? — Ele riu. — Não é um mapa para o tesouro e nem nada do tipo.
— Pô, ! — soltou uma risada alta. — É claro que é um mapa para o tesouro. Eu só vi no dia em que fui pagar um boquete pra você.
— Você tem um bom ponto — admitiu, ainda rindo, quando apoiou os pés no chão para que ele tirasse a bermuda e a cueca.
A boca dela aguou ao ver o pau dele tão duro daquela forma e tão imponente, convidando-a para que se banqueteasse agora, mas também era um ótimo convite para sentar, e foi isso o que ela fez, depois que ele colocou a camisinha. rebolava com vontade no colo dele, subia e descia, deixando cada vez mais ensandecido.
— Onde fica o seu quarto? — indagou, segurando-a pelas pernas, enquanto ela agarrava seu pescoço.
— Pega o corredor. A segunda porta à direita — falou com a boca no ombro dele quando parou bruscamente. — Mentira! É à esquerda.
riu, carregando a madame até o quarto dela e, por sorte, a cama estava logo ali. Os dois caíram no colchão macio e deram risada, antes que ele começasse a chupar os peitos dela novamente e, desta vez, sendo ele a meter fundo, batendo coxa com bunda, em um entra e sai implacável, o suor e os gemidos colaborando com aquela cena que, de fora, era um ótimo pornô.
Por fim, os dedos de estavam de novo naquele lugarzinho, implorando para que chegasse logo ao clímax e ele pudesse ser feliz.
— Por favor, , goza pra mim — pediu, manhoso, respirando com dificuldade, enquanto entrava e saía em um ritmo implacável.
gritava para que ele não parasse quando, enfim, gozou, e só precisou de mais algumas estocadas.
— Posso? — pediu, e ela balançou a cabeça, vendo-o tirar a camisinha e o jato quente vir na sua barriga.
— Você vai limpar.
— Isso é um convite para o segundo round?
— Sem sombra de dúvidas.
Os dois ainda continuaram jogados na cama, brincando com os dedos um do outro, acariciando aqui e ali, mas logo indo para o chuveiro. A água gelada caía, mas quando aqueles dois estavam juntos… Eram mais quentes que o inferno.




Fim



Nota da autora: (19/02/2018) Sem nota.





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