Capítulo Único
Eu conhecia aquele lugar de olhos fechados, cada canto daquele lugar fora analisado e cravado em minha mente. Os incidentes em Paradis eram quase como um vago fragmento do passado. Sendo sincera, eu já havia me perdido na contagem dos dias e meu único espírito de luta era garantir que não seria devorada para que os dois titãs que carregava caíssem nas mãos erradas...
O embate entre meu pai e eu fora algo terrível para aqueles que estavam à nossa volta. Procurei atrair todas as atenções, evitando que meus companheiros de farda fossem feridos, principalmente evitando a morte eminente de Erwin Smith. Atrair a atenção de Zeke Yager fora tudo o que me concentrei em fazer, montar uma armadilha para que me mantivesse viva mesmo dentro das muralha de Marley fora algo fácil, porém enfadonho de se lidar. Os governantes não haviam se voltado contra mim devido à importância dos titãs que eu carregava, e porque Zeke estava em minhas mãos.
Minhas noites não eram as mais fáceis, o sono por vezes não me alcançava e por estar cercada de inimigos, tornava-se quase impossível de repousar tranquilamente. A cada dia que se passava, a saudade apertava em meu peito, as lembranças manipuladas de toda a Tropa de Exploração fora o ato mais difícil de se executar, porém haviam apenas dois dentre eles que não poderiam ser enganados ou terem a mente manipulada: Levi e Mikasa Ackerman. Para eles, deixara um rastro de informações e instruções sobre o que e como deveriam chegar a Marley. Todos os anos da minha vida foram concentrados no estudo sobre a humanidade. Com apenas cinco anos, aprendera a me infiltrar e chegar em locais proibidos, mas não fora até minha adolescência que encontrara o verdadeiro tesouro do conhecimento.
Fragmentos dos meus pensamentos mais profundos se encontravam debaixo do nariz do comandante da Tropa de Exploração. Era exatamente nos locais que Erwin armazenava suas descobertas em que estavam os documentos cuidadosamente obtidos, e traduzidos, deixados para sua mente brilhante deleitar-se.
— . — O tom profundo e indiferente soou às minhas costas.
— Uma saudação nunca fora o seu forte, papai. — A ironia e sarcasmo ecoaram na pronúncia de um termo irrelevante para ambos.
— Você não dava valor a meras formalidades. — Zeke comentou despreocupadamente enquanto se sentava na cadeira ao lado da janela.
— Não é de se admirar a semelhança entre vocês dois! — Rolei os olhos com o sarcasmo presente em minha voz.
— A quem está se referindo ? — Havia traços de uma mágoa contida enquanto ele evitava dizer o nome de Grisha.
— Eu não preciso falar o nome dele, não é mesmo ?! — Arqueei as sobrancelhas enquanto fechava o livro que repousava em meu colo. — Você já não é mais filho único, sabia?
— Aquele maldito teve a ousadia... — A voz de meu pai foi perdendo o volume conforme seus pensamentos se agitavam.
— Está focando na parte desnecessária da informação. — O olhei como se soubesse de um segredo.
— O que está querendo dizer com estas palavras, ? — Zeke indagou sem qualquer paciência.
— Você vai descobrir sozinho, papai. — Dei de ombros, me levantando do sofá. — Minha genitora me aguarda, você sabe como ela pode ser intragável quando sua vontade não é atendida. — Deixei o livro sobre a estante, no local em que o pegara originalmente.
∆°•°•°•°•°•°•°∆°•°•°•°•°•°•°∆
Ao retornar ao local em que estava passando meus dias, o livro e algumas agendas do local haviam desaparecido. A risada escapou de meus lábios com uma facilidade assustadora! Meu pai poderia ser um gênio, mestre nas estratégias, mas não fazia ideia como minha mente funcionava. Seu terror ao enfrentar Levi o atormentava desde aquele dia, Reiner e Bertholt não haviam aparecido diante meus olhos e tampouco esperava que eles assim o fizessem. Com o chegar da noite, o fantasma das lembranças de Erwin e eu invadiu minha mente, atormentando cada parte de meu coração. Minha única fraqueza era aquele comandante que eu desejava ardentemente por sua companhia.
Alguns meses atrás...
O lado da cama estava frio ao toque, o brilho prateado do luar iluminava a figura imponente de Erwin. Sua face estava fora da minha vista e tudo o que meus olhos podiam alcançar era a sua parte traseira, os ombros rígidos enquanto imaginava que seu olhar deveria estar preso no passado.
Me sentei sobre o colchão, deixando os cobertores de lado, meus pés alcançaram a frieza do chão de madeira quando segui até ele; meus braços envolveram sua cintura enquanto minha face apoiava-se contra as costas nuas e marcadas daquele comandante.
— Seria prudente repousar enquanto pode, Smith. — Deixei um beijo entre as omoplatas da figura imponente de Erwin.
— O fluxo de pensamentos torna isso quase impossível... — Erwin se virou, envolvendo seus braços em minha cintura. Sua face comumente inexpressiva apresentava emoções conflitantes.
— O que posso fazer para tirar esse fardo de seus ombros? — O questionei. Ultimamente estávamos mais próximos do que nunca, era como se eu sentisse a separação iminente entre nós.
— Por que toda vez que meus olhos repousam sobre sua figura eu sinto que você tem as respostas que procuro? — O desespero por respostas era como um brilho contido em seus olhos.
— Porque o desconhecido te fascina. — O respondi, me colocando nas pontas dos pés e beijando a parte inferior de sua mandíbula.
— Não posso negar! — Ele sorriu, era como ter todas as estrelas diante de mim.
Sem que qualquer palavra fosse pronunciada, os lábios dele tomaram posse dos meus, o ritmo feroz e intenso fazia com que a realidade fosse um mero detalhe perante ele. Cada toque e movimento era direcionado à cama. Perdendo-me no brilho do oceano de seus olhos azuis, deixei que a tempestade de emoções fosse aplacada pelo corpo de meu amado.
Atualmente...
O oceano brilhava sobre os primeiros raios da manhã. Imaginava que Erwin adoraria desfrutar dessa paisagem. Contendo em mim o ímpeto das emoções, deixei que apenas meus olhos pudessem refletir as emoções enervantes, assim como as ondas quebravam contra a encosta rochosa.
— Estarei sempre à sua espera.
O embate entre meu pai e eu fora algo terrível para aqueles que estavam à nossa volta. Procurei atrair todas as atenções, evitando que meus companheiros de farda fossem feridos, principalmente evitando a morte eminente de Erwin Smith. Atrair a atenção de Zeke Yager fora tudo o que me concentrei em fazer, montar uma armadilha para que me mantivesse viva mesmo dentro das muralha de Marley fora algo fácil, porém enfadonho de se lidar. Os governantes não haviam se voltado contra mim devido à importância dos titãs que eu carregava, e porque Zeke estava em minhas mãos.
Minhas noites não eram as mais fáceis, o sono por vezes não me alcançava e por estar cercada de inimigos, tornava-se quase impossível de repousar tranquilamente. A cada dia que se passava, a saudade apertava em meu peito, as lembranças manipuladas de toda a Tropa de Exploração fora o ato mais difícil de se executar, porém haviam apenas dois dentre eles que não poderiam ser enganados ou terem a mente manipulada: Levi e Mikasa Ackerman. Para eles, deixara um rastro de informações e instruções sobre o que e como deveriam chegar a Marley. Todos os anos da minha vida foram concentrados no estudo sobre a humanidade. Com apenas cinco anos, aprendera a me infiltrar e chegar em locais proibidos, mas não fora até minha adolescência que encontrara o verdadeiro tesouro do conhecimento.
Fragmentos dos meus pensamentos mais profundos se encontravam debaixo do nariz do comandante da Tropa de Exploração. Era exatamente nos locais que Erwin armazenava suas descobertas em que estavam os documentos cuidadosamente obtidos, e traduzidos, deixados para sua mente brilhante deleitar-se.
— . — O tom profundo e indiferente soou às minhas costas.
— Uma saudação nunca fora o seu forte, papai. — A ironia e sarcasmo ecoaram na pronúncia de um termo irrelevante para ambos.
— Você não dava valor a meras formalidades. — Zeke comentou despreocupadamente enquanto se sentava na cadeira ao lado da janela.
— Não é de se admirar a semelhança entre vocês dois! — Rolei os olhos com o sarcasmo presente em minha voz.
— A quem está se referindo ? — Havia traços de uma mágoa contida enquanto ele evitava dizer o nome de Grisha.
— Eu não preciso falar o nome dele, não é mesmo ?! — Arqueei as sobrancelhas enquanto fechava o livro que repousava em meu colo. — Você já não é mais filho único, sabia?
— Aquele maldito teve a ousadia... — A voz de meu pai foi perdendo o volume conforme seus pensamentos se agitavam.
— Está focando na parte desnecessária da informação. — O olhei como se soubesse de um segredo.
— O que está querendo dizer com estas palavras, ? — Zeke indagou sem qualquer paciência.
— Você vai descobrir sozinho, papai. — Dei de ombros, me levantando do sofá. — Minha genitora me aguarda, você sabe como ela pode ser intragável quando sua vontade não é atendida. — Deixei o livro sobre a estante, no local em que o pegara originalmente.
Ao retornar ao local em que estava passando meus dias, o livro e algumas agendas do local haviam desaparecido. A risada escapou de meus lábios com uma facilidade assustadora! Meu pai poderia ser um gênio, mestre nas estratégias, mas não fazia ideia como minha mente funcionava. Seu terror ao enfrentar Levi o atormentava desde aquele dia, Reiner e Bertholt não haviam aparecido diante meus olhos e tampouco esperava que eles assim o fizessem. Com o chegar da noite, o fantasma das lembranças de Erwin e eu invadiu minha mente, atormentando cada parte de meu coração. Minha única fraqueza era aquele comandante que eu desejava ardentemente por sua companhia.
Alguns meses atrás...
O lado da cama estava frio ao toque, o brilho prateado do luar iluminava a figura imponente de Erwin. Sua face estava fora da minha vista e tudo o que meus olhos podiam alcançar era a sua parte traseira, os ombros rígidos enquanto imaginava que seu olhar deveria estar preso no passado.
Me sentei sobre o colchão, deixando os cobertores de lado, meus pés alcançaram a frieza do chão de madeira quando segui até ele; meus braços envolveram sua cintura enquanto minha face apoiava-se contra as costas nuas e marcadas daquele comandante.
— Seria prudente repousar enquanto pode, Smith. — Deixei um beijo entre as omoplatas da figura imponente de Erwin.
— O fluxo de pensamentos torna isso quase impossível... — Erwin se virou, envolvendo seus braços em minha cintura. Sua face comumente inexpressiva apresentava emoções conflitantes.
— O que posso fazer para tirar esse fardo de seus ombros? — O questionei. Ultimamente estávamos mais próximos do que nunca, era como se eu sentisse a separação iminente entre nós.
— Por que toda vez que meus olhos repousam sobre sua figura eu sinto que você tem as respostas que procuro? — O desespero por respostas era como um brilho contido em seus olhos.
— Porque o desconhecido te fascina. — O respondi, me colocando nas pontas dos pés e beijando a parte inferior de sua mandíbula.
— Não posso negar! — Ele sorriu, era como ter todas as estrelas diante de mim.
Sem que qualquer palavra fosse pronunciada, os lábios dele tomaram posse dos meus, o ritmo feroz e intenso fazia com que a realidade fosse um mero detalhe perante ele. Cada toque e movimento era direcionado à cama. Perdendo-me no brilho do oceano de seus olhos azuis, deixei que a tempestade de emoções fosse aplacada pelo corpo de meu amado.
Atualmente...
O oceano brilhava sobre os primeiros raios da manhã. Imaginava que Erwin adoraria desfrutar dessa paisagem. Contendo em mim o ímpeto das emoções, deixei que apenas meus olhos pudessem refletir as emoções enervantes, assim como as ondas quebravam contra a encosta rochosa.
— Estarei sempre à sua espera.
Continua...
Nota da autora: A história do jovem casal está longe de acabar! Estou preparando a long que irá narrar esse romance de tirar o fôlego. Enquanto ela está sendo preparada, deixarei algumas migalhas com as faixas dos ficstapes kkk A “continuação” desse fragmento você poderá encontrar na faixa 10. Heart Attack do Ficstape: EXO XOXO.
Algumas histórias com o jovem casal podem ser encontradas no Especial Animes! Não deixem de ler, lá também tenho algumas outras histórias incríveis!
Nota da beta: Hey! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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