Capítulo Único
Quem visse Nadine durante seus anos de adolescente, pesaria: “ela já tem um cérebro decente, não poderia ter a beleza também”.
E isso não passava de uma mentira. Afinal, beleza era e continua sendo algo relativo.
A verdade é que ela tinha tudo, só não fazia questão de mostrar para todos, já que era muito mais fácil ser reconhecida como a garota inteligente que ganhavam tudo quanto é tipo de torneios e debates, do que a garota bonita.
Foi a primeira de sua turma durante toda seus tempos de escola, presidente do clube de debate, parte do Grêmio estudantil e artes já que foi indicada por seus seniores, por ser uma artista autodidata. Sempre sendo vista como amável e como alguém que sabia se defender bem por ser faixa preta em taekwondo. Exatamente por essa longa lista de destaques e conforto, teve uma leve negação em pensar que se formaria.
Ensino médio havia sido bom demais para ela achar que a universidade seria igual.
E de fato, por não ter passado uma má experiência que realmente a deixasse para baixo além de coisas comuns como garotas invejosas na época do fundamental ou ensino médio, algo sobre a universidade a deixava com medo.
não era popular como as garotas do clube de culinária e radio, pelo contrário seu destaque social era mediano, nunca foi nada demais ou de menos, apenas vivia em paz, recebia uma declaração aqui e ali, sempre as rejeitando com delicadeza e vergonha alheia. O que muitos não conseguem fazer em anos de escola e por isso agradecia muito.
Mas quando chegou a seus anos de universidade, desejou ter passado por muitas experiências para que pudesse saber que teria bons anos dali para frente.
A verdade era: Nadine não sabia o que eram decepções amorosas, pessoais, acadêmicas, nada. Nadine não sabia nada do que um adolescente normal saberia em seus tempos de adultos.
Nas férias, antes de iniciar suas aulas — depois de sequer se sentir ansiosa pelos resultados de entrada, pois sabia que entraria na primeira chamada — ela decidiu que criaria uma personalidade mais marcante para se defender, afinal, se ela fosse uma mediana como era na escola, apenas em busca de paz, com certeza atrairia o oposto, como explicou sua irmã mais velha.
Por isso, sua irmã mais velha e seu melhor amigo de infância — mais novo que ela — , que entendiam muito bem de ambos lados, sendo , com seus anos de adolescente clichês de amores e desamores com um plus em ódio pela escola e notas medianas e , que era o total o oposto, destaque em tudo que fazia, se destacava por sua amabilidade e principalmente porque tinha uma beleza de outro mundo — algo que ate mesmo Nadine estava de acordo — decidiram que a ajudariam.
Nadine e eram muito próximas e ficaram ainda mais depois da morte do pai de ambas. O mesmo para , que cresceu no mesmo bairro que as duas e estudou nas mesmas escolas, mesmo estando um ano a baixo, nunca foi impecilho para que continuassem sendo mais grudados como qualquer um, eram como unha e carne.
A transformação começou com Nadine abandonando os óculos de grau por lentes de contato, para que se sentisse mais confortável e evitasse perder seus óculos a todo momento como fazia de normal. Um corte de cabelo — sugerido pela sua irmã, que era totalmente engajada em moda e estava amando fazer a irmã de cobaia — as roupas não mudaram muito, Nadine sempre teve um gosto um pouco mais comum, amava blusas maiores que ela e calças confortáveis, mas, também sabia se vestir de forma mais casual e gostava. Uma vez ou outra usava alguns cropeds e caças de cintura alta, algumas vezes usava casacos enormes roubados do armário de , outra vez até mesmo arriscava uns vestidos estilo cottage com cardigans perdidos em seu armário, mas algo que não mudava eram os tênis nos pés.
Esse foi o único detalhes que todos tinham certeza que não mudaria, Nadine não vivia sem tênis em seus pés e odiava qualquer tipo de coisa que a fizesse usar saltos ou sandálias.
Afinal, seu bordão para isso era “conforto antes de elegância e dane-se quem não concorda” ou pelo menos passou a ser depois de reclamarem por ela ter ido de tênis em um casamento.
Nem é preciso adivinhar qual foi a primeira coisa que ela empacotou para levar para os dormitórios da faculdade.
— , vai dar tudo certo — riu do nervosismo transparente da amiga, segurando sua mão gelada com carinho durante a ida, fazendo questão de esquenta-lá, oferecendo uma bala para a garota, tentando distraí-la.
— O que eu faria sem você? — ela disse aceitando, apertando sua mão contra a dele. — Viveria completamente bem, já que eu sou o suficiente — a irmã respondeu do assento de trás, enfiando a cabeça entre os dois.
soltou uma risada relaxada, esperava que aquele ano pudesse lidar com tranquilidade e sem nenhum impecilho, assim como foi toda sua vida.
Mas nem sempre o que queremos, recebemos, não é mesmo?
A vida de Nadine começou a ficar uma loucura com o começo das férias de verão
Segunda-Feira,
Férias de Verão
— Duas semana sem a gente, o que poderia acontecer não é mesmo? — disse tirando sarro da irmã mais nova.
— Não a assuste, você lembra da última vez que você fez isso o que aconteceu? — disse ajudando a arrumar a mala que levaria para o local que era um pouco retirado.
arregalou os olhos e Nadine riu.
— A consequência seria sua mesma já que a mamãe não iria me buscar dessa vez e sobraria para você — disse rindo.
A última vez que colocou terror nela foi quando tinham entre 10/16 anos, inventou uma história sobre o local que a irmã iria, que era uma festa do pijama de uma amiga e Nadine não pode tirar aquilo da cabeça por nada, até que escutou um barulho e rompeu em choro. Resumindo, os pais tiveram que ir no meio da madrugada buscar a garota e ficou por um bom tempo de castigo.
— Não tenho mais idade para ficar de castigo e nem você para ligar chorando para a mamãe — ela mostrou a língua para a irmã que riu.
— Certo, você que pensa — disse rindo.
— Você está me chamando de chorona Yang ? — Nadine parou, observando o melhor amigo indignada.
— Com certeza — ele respondeu rindo, recebendo uma travesseirada, que era a única coisa mais próxima dela no momento.
— , você literalmente me ligou na semana passada porque estava chorando em…
— Se eu não lembro, não aconteceu — ela lançou um olhar mortal para que riu da melhor amiga.
sentiria falta de tela por perto todos os dias, já que almoçavam juntos todos os dias desde que se conheceram, havia virado um hábito sair do colégio, buscar quer seja onde ela estivesse e almoçarem no restaurante dos pais da mesma para depois passarem os dias juntos.
— Eu não tenho poderes de ler mentes mas eu posso dizer o que está passando pela sua nesse exato momento — disse empurrando de leve com o dedo indicador, a testa do mais novo.
— Você sempre sabe o que eu penso…
— Eu também irei sentir a sua falta, Yang — ela sorriu, se deitando na cama nova e respirando fundo — e você sabe que as pontas desse dormitório estarão sempre abertas para você. Uma das coisas boas sobre esse lugar, sem restrições para homens.
— Eu tenho certeza que esse foi um critério escolhido por você quando pegou o dormitório misto — ele respondeu deitando do lado dela, observando o teto.
— Óbvio…
— Eca — Heeseo quebrou qualquer tipo de conversa normal entre e , chamando a atenção para ela — eu ainda estou aqui? Olá?
Os dois quebraram em risos.
— Vocês poderiam ser confundidos como namorados, sabia? — Heeseo disse sentando na cama junto deles.
— Sim, nós estamos cientes disso, em fato, desde que tínhamos 10/11 anos — respondeu rindo.
sacudiu a cabeça positivamente, observando a irmã de ponta cabeça.
— Eu namoraria o — comentou abertamente, já que era um assunto discutido por eles.
Querendo ou não, havia sido seu primeiro beijo.
— E eu namoraria a — ele disse sério, observando o teto.
Aquilo mexeu com por alguma razão, normalmente eles falavam aquilo de forma irônica, sarcástica ou até mesmo engraçada, sempre com um tom cômico no fundo, essa era a primeira vez que ele falava com tenta seriedade e até mesmo Heeseo notou a mudança, uma vez ou outra ela trazia o mesmo assunto a tona justamente para ver qual era a situação dos dois naquele momento, essa era a primeira vez que reagia daquela forma.
encarou por alguns minutos e depois de ver que ele não deixava de encarar o teto por nada, reflexionando sobre algo que ela não conseguiria imaginar o que seria, encarou sua irmã que tinha exatamente a mesma expressão confusa que ela. Uma arqueou a sobrancelha para a outra e Heeseo apenas sacudiu os ombros insinuando que tão pouco havia entendido já que era uma piada comum entre os três mas ele nunca havia agido de forma tão séria.
Viagem de integração
— , sua vez! — a roda disse rindo com a cara de espanto de que estava mais preocupada em olhar seu celular enquanto bebericava sua bebida que já havia perdido o gosto a esse ponto — verdade ou consequência?
— Verdade? Eu acho? — ela disse incerta.
— É verdade que você tem um namorado que é um ano mais novo? os boatos são bem reais pelo que escutamos e vimos por aí — a sênior que perguntava riu com as outras, nada de forma maldosa — ouvimos que ele é bem famoso entre as garotas de outras escolas e até mesmo universidades da região.
— Eu não namoro — disse desconcertada.
— Mas nós já o vimos sair do seu dormitório de fininho, depois de passar um final de semana inteiro trancado com você — uma das garotas da roda comentou — levar flores, sacolas e sacolas com comidas, entre outros presentes.
— Ah, vocês estão falando do ? — mostrou sua tela de bloqueio do celular, onde estava uma foto dela e de de costas para o mar, olhando para a câmera, grudados um no outro, em sua viagem de jeju juntos no ano passado. — Então o nome do famoso estranho é — disse uma das seniors que até então não estava na roda, Kim Yeju.
Kim Yeju era linda e cursava o segundo ano de medicina, o que a tornava extremamente popular também.
Aquilo atingia a autoestima de ? Sim, talvez um pouco, mesmo já havendo passado por essa situação antes onde outras garotas se interessavam por e através dela tentavam tirar informações para se aproximar, dessa vez, sentiu um pouco insegura com o assunto.
— Olha se vocês não estão namorando, eu estou interessada caso ele pergunte — A mais velha piscou rindo com as outras.
a esse ponto já havia terminado a escola e decidiu não entrar na faculdade ainda — não pelo menos ate o próximo ciclo de aplicações, que aconteceria dali dois meses — e pelo mesmo motivo, passava mais tempo no dormitório com ela do que em sua casa. Ele apenas havia ido embora na segunda de manhã porque sua mãe ligou dizendo que precisava da ajuda dele para cuidar de Mauemi, seu cachorrinho, já que precisaria fazer uma viagem rápida para o campo, onde viviam sua avó.
— Nós não…não…— não conseguia terminar a frase, ela sequer sabia porque.
— , tem alguém te procurando perto da porta — uma das garotas que estava em fotografia I com , disse se sentando ao seu lado — ele disse que precisa falar com você urgente e que as mensagens e as ligações não estão indo, por isso veio procurar por você.
— Por mim? — olhou seu celular vendo o mesmo no modo avião, já que mais cedo ela havia colocado, por estar em uma aula complicada e querer colocar atenção.
— Eu me esqueci o nome dele mas já vi vocês juntos então provavelmente você vai encontrá-lo fácil — assentiu para a mesma e agradeceu.
pensou “salva pelo gongo”.
— Com licença — ela disse se levantando, deixando o copo em qualquer canto da mesa próxima.
— Não se esqueça de mim — Kim Yeju disse antes de que se fosse, fazendo a mesma sorrir amarelo.
esperou que fosse , então buscou o mesmo por todos os cantos perto de onde indicaram a ela, que ele estaria, mas não viu absolutamente ninguém além de no canto da cozinha, com uma cerveja em mãos.
— ! — ela disse um pouco mais alto já que a música estava mais alta naquela parte da casa.
— ! — ele se aproximou, dando uma abraço na mesma — quanto tempo! ainda não tinha te visto desde que cheguei. falou que marcaria algo mas nunca me disse nada.
— Ele faz isso as vezes — respondeu rindo — você por acaso sabe se alguém estava me procurando por aqui? Me avisaram agora pouco e eu pensei que fosse o Wonie já que eu avisei que estaria na festa, mas não o vi por nenhum lado.
— Ele estava aqui faz alguns minutos — disse passando o olho pela sala para ver se o via — estamos te esperando porque ele disse que a festa não estava tão boa e que deveríamos sair e comer algo por aí. Mas ele não conseguia te ligar ou mandar mensagem, então perguntou de você para uma garota que sabia ser de uma da suas aulas e ela disse que iria te avisar, mas como você demorou um pouco para aparecer, ele disse que iria no banheiro antes de sairmos e já não voltou mais.
— Que estranho — comentou — o que você acha de irmos procurar por ele? assim podemos ir mais rápido, porque para ser sincera, eu estou morrendo de fome.
— Nem me fala, acho que ele propôs isso de tanto que eu reclamei no caminho para cá — disse rindo e o acompanhou — Vamos?
Ela assentiu seguindo pela casa.
Depois de minutos de busca, não encontravam por nenhum lado o que parecia muito estranho para ambos.
— Será que ele acabou indo para a parte de cima e se perdeu? — perguntou de forma inocente.
balançou os ombros tão confuso quanto ela, tão pouco entendia o desaparecimento repentino de .
— Só nos resta ir checar — disse dando o último gole na cerveja, colocando a garrafa em qualquer lugar.
Subindo as escadas, pessoas trombavam nos dois e sequer se desculpavam, outras, principalmente as garotas de semestres mais acima praticamente se jogavam em cima de , o que me fazia rir porque ele, naquele momento, realmente não estava interessado.
— Eu não sei flertar ou pensar ou qualquer coisa com fome, — ele reclamou assim que se livrou de uma das garotas.
riu balançando a cabeça.
— Ninguém funciona com fome — ela disse rindo.
— ? — disse tirando sua atenção de , olhando a varanda com a porta de vidro no final do corredor.
A pausa depois de dizer o nome do amigo foi longa e seguindo seu olhar, entendeu o porque.
Kim Yeju, a mesma garota de antes estava nessa mesma varanda mas não necessariamente separada de . Kim Yeju, naquele mesmo momento, beijava a única pessoa que pensou que nunca mais veria beijando outra pessoa, .
Já fazia tanto tempo que não se importava com relacionamentos que nunca havia visto ele beijando outra pessoa que não fosse ela quando deram seus primeiros beijos. Óbvio por estudar em outras escolas e terem idades diferentes, tinham um ciclo de amizades diferentes também, mas ainda sim, ela conhecia uma boa parte de quem ele convivia e um desses era , que sempre foi muito próximo dela também, pelo menos até ir por um tempo com a sua família para a Austrália.
— …
a chamou, os olhos dela fixado nos dois no final do corredor o preocupou.
— — ele a chamou outra vez colocando a mão no ombro dela — vamos embora, comer alguma coisa gostasa por minha conta e depois podemos assistir um filme em casa, você pode ficar lá em casa no final de semana e podemos chamar a Heeseo se você quiser, vocês sempre gostaram de ficar lá em casa antes de irmos para a Austrália, além disse mamãe e layla sentem falta de vocês.
não disse nada, mas os olhos lacrimejando diziam algo a ele.
entendia aqueles dois melhor do que ninguém, mas não entendia o tipo de situação que se encontrava naquele momento, já que a uma hora atrás ele e pensavam na melhor estratégia para que confessasse a . sabia como se sentia pelo melhor amigo mesmo que ela não fosse muito de compartilhar esse tipo de coisas com ele, afinal, era um pouco óbvio pela maneira que ela olhava para , mesmo que ela mesma nunca tivesse entendido.
— O que você acha? — ele disse chamando a atenção dela mais uma vez, pela falta de resposta, entrando em sua frente e tapando a visão anterior.
A única coisa que deu como resposta foi o abraço encolhido em . Fazendo com que ele suspirasse.
— Tá tudo bem, vamos embora — disse trazendo ela consigo pela escada.
por outro lado, entendia muito bem o que estava acontecendo, foi arrastado para uma varanda com uma garota que não fazia ideia de quem fosse enquanto buscava pelo banheiro. Kim Yeju, ela se apresentou fazendo ele a olhar confuso, perguntando-se se a conhecia de algum lugar.
E a verdade era que não, ele não a conhecia e muito menos esperava o beijo que surgiria do nada, obviamente sem com que ele quisesse.
— Ei! — ele se soltou dela — o que você está fazendo?
— Te beijando, gracinha — ela piscou — você não precisa de fazer de bobo.
— Eu — ele pensou bem antes de dizer o que ia dizer — eu tenho namorada.
— Ela nos disse que não passava de um mal entendido e que vocês apenas são amigos, você não precisa me dar essa desculpa — Yeju disse rindo de lado, entrelaçando seus braços no pescoço de .
— Não, eu…— respirou fundo — escuta — ele tirou os braço de Yeju dele — eu sei que pode parecer loucura mesmo com dizendo que somos apenas amigos e uma via de única e solitária, para ela eu posso ser apenas um amigo, mas para mim não é da mesma forma. Eu tenho sentimentos por ela desde que tínhamos dez anos e ela me convidou para a primeira festa do pijama que ela daria sem ser apenas eu e sua irmã, eu gosto dela desde que ela ganhou de mim no debate anual entre escolas na quinta série e ainda sim veio correndo me abraçar e dizendo que eu fiz um ótimo trabalho, eu gosto dela desde que ela ameaçou um dos garotos que costumava tirar sarro de mim quanto tínhamos quatro porque eu passava mais tempo com ela e sua irmã do que com eles, eu gosto dela — ele respirou fundo e massageou as têmporas — desde que eu me entendo por gente e mesmo que ela não saiba disso, eu ainda vou gostar dela porque ter ela por perto já é suficiente para mim.
O triste de todo esse discurso era que não havia escutado nenhuma palavra dele, pois já estava no carro com observando a repentina chuva fina que começava do lado de fora e sendo observada com preocupação pelo amigo.
— Então é melhor você correr para dizer isso a ela, porque eu tenho quase certeza de que ela nos viu agora pouco — Yeju disse apontando para o carro onde abria a porta para a mesma, coçando a cabeça em confusão, sem saber o que fazer, afinal, nunca havia tido que curar um coração partido daquela forma antes.
— Tudo bem se eu mandar uma mensagem a ele dizendo que eu já sai? Eu dou a desculpa de que eu não estava me sentindo bem — não foi preciso que fizesse nada, o celular de vibrou incessantemente por vários minutos e ela não atendeu porque não quis, mesmo sentindo em suas mãos.
— Sim — foi a única coisa que ela respondeu.
Final de semana,
Casa do
Heeseo não pode ir passar o final de semana com e , mas soube de toda a situação pela irmã que sequer conseguia processar a verdade dentro de si, até aquele ponto, antes da festa nem ela imaginava que escondia tão bem de si que realmente gostava de .
Ver ele com outra pessoa de uma forma deu uma pontada em seu coração fazendo com que todo seu corpo doesse e olhando as fotos antigas na casa de , entendeu que foi ali que aconteceu. Quando deu bom dia a ela na demanda seguinte do feriado de ano novo de quatro anos atrás, a primeira vez que não passaram juntos aquele feriado desde os 3 anos de idade.
— Você não parece bem — dizia vendo a cara de com atenção, ela estava pálida e parecia prestes a desenvolver um resfriado, espirrava sem parar e queria dormir a maior parte do tempo, quase não comendo nada — você precisa comer alguma coisa , mamãe preparou esse mingau de carangueijo para você.
— eu sei que estou na sua casa mas eu queria dormir mais cinco minutinhos, amanhã já é segunda-feira e eu vou ter que voltar essa noite para o campus mesmo querendo ficar aqui para o resto do semestre — ela disse rindo fraco — com você, com a tia e a layla, anjos na minha vida.
— Okay dramática, chega hoje nós vamos dar uma volta nem que seja para você tomar um ar e sair desse quarto e dos filmes que nós assistimos todo o final de semana e aí eu te levo de volta para os dormitórios e se quiser passo a noite por lá e nós jantamos hambúrguer — ele disse se sentando na cama ao seu lado.
— O meu favorito?
— O seu favorito!
— Certo, combinado! — ela respondeu animada — diz para a tia que esse mingau tá excepcional.
— Você nem tocou nele ainda? — afirmou mais como uma pergunta.
— Tudo que ela faz é delicioso já você…eu desconfiaria.
Disse rindo da cara de indignação dele.
— Eu nunca mais cozinho para você! Ingratidão debaixo do meu próprio teto que absurdo — ele respondeu fingindo estar ofendido — vou me trocar e nos vemos lá embaixo ok?
Ela apenas sacudiu a cabeça e já foi em direção a porta relutando em dizer o que estava pensando.
— !
Ele a chamou e ela com a boca cheia o olhou prestando atenção.
— Acho que você deveria conversar com ele sobre tudo isso, você sabe que ele vai perguntar o que aconteceu mais cedo ou mais tarde…
— E eu fingirei que nada além de uma falta de bateria e muitos trabalhos da faculdade aconteceu , não é como se ele tivesse que saber, nem eu sabia, ou seja, ele beija quem ele quer onde ele quer.
— Mas e se ele me perguntar alguma coisa?
— Você diz que me levou para casa já que não o encontramos mais na festa e que você não estava se sentindo bem, simples assim! — ela respondeu enchendo a boca com mais uma colherada.
— Certo!
estava relutante em relação à situação dos dois, desde que se entendia por gente e eram agarrados um no outro, não se soltando para absolutamente nada. rumores de namoro sempre foi comum entre os dois principalmente quando rejeitava todos os tipo de confissões feitas a ele dizendo que já gostava de alguém.
— Certo chegamos! — disse estacionando o carro em uma das vagas do estacionamento dos dormitórios — vou pedir os hambúrgueres e você…
— E eu? — parou de falar de repente, olhando para o lado de fora do vidro do lado de , onde podia ver uma figura vindo em direção a eles.
— é melhor você pensar em uma desculpa melhor do que a que programamos antes — ele disse olhando ainda para o mesmo lado fazendo com que eles fizesse o mesmo.
— O que? Porque…Droga! — disse vendo o mesmo que — é tarde demais para pedir para você pisar fundo e sair daqui comigo?
— Sim! — ele riu fraco — acho melhor você resolver isso de uma vez, ficar deixando para depois ou empurrando com a barriga nunca vai melhorar as coisas, qual é vocês são melhores amigos.
— E eu definitivamente estraguei tudo tento sentimentos mais do que amizade por ele — ela disse massageando as têmporas. — Talvez não, você não sabe se ele sente o mesmo — disse — tenha coragem e encare isso.
— Certo, vamos lá! — ela disse abrindo a porta do carro, a esse ponto já estava próximo deles, sorrindo fraco.
— você vai pedir os hambúrgueres…porque você não está descendo?
— Eu disse que você tem que encarar isso não eu — ele soltou uma risadinha — fico te devendo um hambúrguer.
— desce desse carro agora ou eu vou falar para ele que eu te beij…
— , meu bro! — sorriu para o mais novo que retribuiu — desculpa só vim deixá-la em casa, minha mãe me ligou dizendo que layla precisa passear então não vou poder ficar, mas deixa ela com você, a gente se vê, por favor faça ela comer algo, ela ficou doente nesses últimos dias e quase não se alimentou direito.
— Você está doente? — se aproximou colocando a mão na testa dela com cuidado para checar se ela estava com febre, fazendo soltar uma risadinha baixa.
— Eu estou bem, ele está exagerando — ela disse xingando baixo.
— Você não me parece bem e não está abrigada o suficiente — ele disse tirando a própria jaqueta para repousa-lá sobre os ombros dela, que se desvencilhar rapidamente.
Fazendo com que franzisse o cenho.
— Certo — disse prolongando a palavra — eu preciso ir, fiquem bem.
arrancou com o carro com a nota mental de enviar um hambúrguer mais tarde para ou seria xingado para o resto da vida, mas, não se arrependeu, não queria ficar entre eles naquele momento.
— O que você tem? — perguntou — tentei te ligar todo final de semana e também te procurei na festa mas não te encontrei, só te vi saindo com e depois ele me mandou uma mensagem depois avisando que não estava se sentindo bem e que vocês já tinham ido.
— É só um resfriado — ela disse, pegando o cartão de entrada na bolsa para passar pela porta principal.
— Você precisa se cuidar — ele disse se aproximando do batente, encarando ela enquanto esperava achar o cartão — porque não me ligou? Eu poderia ter vindo e…
— Eu não queria incomodar — ele respondeu e ele mais uma vez arqueou as sobrancelhas.
— Do que você está falando? — ele perguntou — você nunca incomoda, já deixamos isso bem claro um para o outro.
— Escuta — ela respirou fundo — eu tô cansada e amanhã eu tenho aula, podemos conversar outra hora?
Ela não esperou uma resposta, apenas foi passando pela porta pronta para fechá-la e deixar para fora.
— Ei, ei espera — passou pela porta — o que foi, porque você está agindo assim?
Ele segurou o rosto dela com as duas mãos e a fez olhar para ele.
— Eu fiz alguma coisa que te incomodou? Porque de início eu achei que você só estava ocupada mas conforme os dias foram passando eu vi que você na realidade tava me evitando porque não importa quantas vezes eu viesse aqui, você nunca estava — ele suspirou — e isso estava me deixando louco.
— Não, eu só, estou cansada…
— Mesmo cansada você nunca agiu dessa maneira tão distante, mesmo quando brigamos nas férias de verão por causa da viagem, então, assim que liguei para soube que alguma coisa tinha acontecido ou ela não teria me tratado tão indiferente — ele a encarou nos olhos — só me conte o que houve para podermos resolver, eu odeio me sentir distante de você.
Um silêncio incômodo se instalou entre os dois.
— Vamos , me…
— Eu vi — ela disse baixinho — eu vi algo que me deixou incomodada e eu apenas reagi dessa maneira, eu…não sei, vai passar apenas me dê um tempo.
Foi quando ele caiu em realização, mesmo que ela não dissesse com todas as palavras, ele sabia muito bem do que ela falava.
— Você viu o beijo…?
Foi a única coisa que ele conseguiu dizer. E ela permaneceu calada, apenas confirmando com seu silêncio.
— Eu…por isso você foi embora com e não atendeu nenhuma das minhas ligações — ele passou as mãos pelos fios de cabelo, nervoso pela situação — aquilo, aquele beijo não significou nada, ele não…
— , você não me deve explicação, eu sei que nós contamos e explicamos tudo um ao outro e eu acho que sei lá, só tinha me desacostumado a ver você com alguém — ela disse interrompendo ele.
Ele não deixou ela dizer mais nenhuma palavra, só se importou com selar seus lábios nos dela.
— Eu te devo toda a satisfação do mundo se eu não quiser um mal entendido com a única pessoa que eu gostei a minha vida inteira — ele disse segurando o rosto dela com as duas mãos de maneira terna — aquele beijo não significou nada, pelo menos não para mim, ela me beijou e eu disse a mesma coisa que eu sempre digo para as pessoas, que eu já tinha alguém em mente por anos.
Ele riu abafado.
— Eu perdi tantas oportunidades para fazer um momento desse sem nenhum mal entendido mas decidi fazer porque alguma coisa ameaçou a nossa proximidade — ele continuou explicando — me desculpa , eu deveria ter dito alguma coisa antes, eu…
Partido dela, mais um beijo entre os dois aconteceu fazendo ele rir incrédulo assim que se soltaram.
— Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento! — disse sorrindo da forma mais boba possível.
— Até parece que você nunca me beijou antes — ela riu da cara dele — você foi meu primeiro beijo, .
— E espero ser o último — completou sorrindo para a mais velha.
E isso não passava de uma mentira. Afinal, beleza era e continua sendo algo relativo.
A verdade é que ela tinha tudo, só não fazia questão de mostrar para todos, já que era muito mais fácil ser reconhecida como a garota inteligente que ganhavam tudo quanto é tipo de torneios e debates, do que a garota bonita.
Foi a primeira de sua turma durante toda seus tempos de escola, presidente do clube de debate, parte do Grêmio estudantil e artes já que foi indicada por seus seniores, por ser uma artista autodidata. Sempre sendo vista como amável e como alguém que sabia se defender bem por ser faixa preta em taekwondo. Exatamente por essa longa lista de destaques e conforto, teve uma leve negação em pensar que se formaria.
Ensino médio havia sido bom demais para ela achar que a universidade seria igual.
E de fato, por não ter passado uma má experiência que realmente a deixasse para baixo além de coisas comuns como garotas invejosas na época do fundamental ou ensino médio, algo sobre a universidade a deixava com medo.
não era popular como as garotas do clube de culinária e radio, pelo contrário seu destaque social era mediano, nunca foi nada demais ou de menos, apenas vivia em paz, recebia uma declaração aqui e ali, sempre as rejeitando com delicadeza e vergonha alheia. O que muitos não conseguem fazer em anos de escola e por isso agradecia muito.
Mas quando chegou a seus anos de universidade, desejou ter passado por muitas experiências para que pudesse saber que teria bons anos dali para frente.
A verdade era: Nadine não sabia o que eram decepções amorosas, pessoais, acadêmicas, nada. Nadine não sabia nada do que um adolescente normal saberia em seus tempos de adultos.
Nas férias, antes de iniciar suas aulas — depois de sequer se sentir ansiosa pelos resultados de entrada, pois sabia que entraria na primeira chamada — ela decidiu que criaria uma personalidade mais marcante para se defender, afinal, se ela fosse uma mediana como era na escola, apenas em busca de paz, com certeza atrairia o oposto, como explicou sua irmã mais velha.
Por isso, sua irmã mais velha e seu melhor amigo de infância — mais novo que ela — , que entendiam muito bem de ambos lados, sendo , com seus anos de adolescente clichês de amores e desamores com um plus em ódio pela escola e notas medianas e , que era o total o oposto, destaque em tudo que fazia, se destacava por sua amabilidade e principalmente porque tinha uma beleza de outro mundo — algo que ate mesmo Nadine estava de acordo — decidiram que a ajudariam.
Nadine e eram muito próximas e ficaram ainda mais depois da morte do pai de ambas. O mesmo para , que cresceu no mesmo bairro que as duas e estudou nas mesmas escolas, mesmo estando um ano a baixo, nunca foi impecilho para que continuassem sendo mais grudados como qualquer um, eram como unha e carne.
A transformação começou com Nadine abandonando os óculos de grau por lentes de contato, para que se sentisse mais confortável e evitasse perder seus óculos a todo momento como fazia de normal. Um corte de cabelo — sugerido pela sua irmã, que era totalmente engajada em moda e estava amando fazer a irmã de cobaia — as roupas não mudaram muito, Nadine sempre teve um gosto um pouco mais comum, amava blusas maiores que ela e calças confortáveis, mas, também sabia se vestir de forma mais casual e gostava. Uma vez ou outra usava alguns cropeds e caças de cintura alta, algumas vezes usava casacos enormes roubados do armário de , outra vez até mesmo arriscava uns vestidos estilo cottage com cardigans perdidos em seu armário, mas algo que não mudava eram os tênis nos pés.
Esse foi o único detalhes que todos tinham certeza que não mudaria, Nadine não vivia sem tênis em seus pés e odiava qualquer tipo de coisa que a fizesse usar saltos ou sandálias.
Afinal, seu bordão para isso era “conforto antes de elegância e dane-se quem não concorda” ou pelo menos passou a ser depois de reclamarem por ela ter ido de tênis em um casamento.
Nem é preciso adivinhar qual foi a primeira coisa que ela empacotou para levar para os dormitórios da faculdade.
— , vai dar tudo certo — riu do nervosismo transparente da amiga, segurando sua mão gelada com carinho durante a ida, fazendo questão de esquenta-lá, oferecendo uma bala para a garota, tentando distraí-la.
— O que eu faria sem você? — ela disse aceitando, apertando sua mão contra a dele. — Viveria completamente bem, já que eu sou o suficiente — a irmã respondeu do assento de trás, enfiando a cabeça entre os dois.
soltou uma risada relaxada, esperava que aquele ano pudesse lidar com tranquilidade e sem nenhum impecilho, assim como foi toda sua vida.
Mas nem sempre o que queremos, recebemos, não é mesmo?
A vida de Nadine começou a ficar uma loucura com o começo das férias de verão
— Duas semana sem a gente, o que poderia acontecer não é mesmo? — disse tirando sarro da irmã mais nova.
— Não a assuste, você lembra da última vez que você fez isso o que aconteceu? — disse ajudando a arrumar a mala que levaria para o local que era um pouco retirado.
arregalou os olhos e Nadine riu.
— A consequência seria sua mesma já que a mamãe não iria me buscar dessa vez e sobraria para você — disse rindo.
A última vez que colocou terror nela foi quando tinham entre 10/16 anos, inventou uma história sobre o local que a irmã iria, que era uma festa do pijama de uma amiga e Nadine não pode tirar aquilo da cabeça por nada, até que escutou um barulho e rompeu em choro. Resumindo, os pais tiveram que ir no meio da madrugada buscar a garota e ficou por um bom tempo de castigo.
— Não tenho mais idade para ficar de castigo e nem você para ligar chorando para a mamãe — ela mostrou a língua para a irmã que riu.
— Certo, você que pensa — disse rindo.
— Você está me chamando de chorona Yang ? — Nadine parou, observando o melhor amigo indignada.
— Com certeza — ele respondeu rindo, recebendo uma travesseirada, que era a única coisa mais próxima dela no momento.
— , você literalmente me ligou na semana passada porque estava chorando em…
— Se eu não lembro, não aconteceu — ela lançou um olhar mortal para que riu da melhor amiga.
sentiria falta de tela por perto todos os dias, já que almoçavam juntos todos os dias desde que se conheceram, havia virado um hábito sair do colégio, buscar quer seja onde ela estivesse e almoçarem no restaurante dos pais da mesma para depois passarem os dias juntos.
— Eu não tenho poderes de ler mentes mas eu posso dizer o que está passando pela sua nesse exato momento — disse empurrando de leve com o dedo indicador, a testa do mais novo.
— Você sempre sabe o que eu penso…
— Eu também irei sentir a sua falta, Yang — ela sorriu, se deitando na cama nova e respirando fundo — e você sabe que as pontas desse dormitório estarão sempre abertas para você. Uma das coisas boas sobre esse lugar, sem restrições para homens.
— Eu tenho certeza que esse foi um critério escolhido por você quando pegou o dormitório misto — ele respondeu deitando do lado dela, observando o teto.
— Óbvio…
— Eca — Heeseo quebrou qualquer tipo de conversa normal entre e , chamando a atenção para ela — eu ainda estou aqui? Olá?
Os dois quebraram em risos.
— Vocês poderiam ser confundidos como namorados, sabia? — Heeseo disse sentando na cama junto deles.
— Sim, nós estamos cientes disso, em fato, desde que tínhamos 10/11 anos — respondeu rindo.
sacudiu a cabeça positivamente, observando a irmã de ponta cabeça.
— Eu namoraria o — comentou abertamente, já que era um assunto discutido por eles.
Querendo ou não, havia sido seu primeiro beijo.
— E eu namoraria a — ele disse sério, observando o teto.
Aquilo mexeu com por alguma razão, normalmente eles falavam aquilo de forma irônica, sarcástica ou até mesmo engraçada, sempre com um tom cômico no fundo, essa era a primeira vez que ele falava com tenta seriedade e até mesmo Heeseo notou a mudança, uma vez ou outra ela trazia o mesmo assunto a tona justamente para ver qual era a situação dos dois naquele momento, essa era a primeira vez que reagia daquela forma.
encarou por alguns minutos e depois de ver que ele não deixava de encarar o teto por nada, reflexionando sobre algo que ela não conseguiria imaginar o que seria, encarou sua irmã que tinha exatamente a mesma expressão confusa que ela. Uma arqueou a sobrancelha para a outra e Heeseo apenas sacudiu os ombros insinuando que tão pouco havia entendido já que era uma piada comum entre os três mas ele nunca havia agido de forma tão séria.
— , sua vez! — a roda disse rindo com a cara de espanto de que estava mais preocupada em olhar seu celular enquanto bebericava sua bebida que já havia perdido o gosto a esse ponto — verdade ou consequência?
— Verdade? Eu acho? — ela disse incerta.
— É verdade que você tem um namorado que é um ano mais novo? os boatos são bem reais pelo que escutamos e vimos por aí — a sênior que perguntava riu com as outras, nada de forma maldosa — ouvimos que ele é bem famoso entre as garotas de outras escolas e até mesmo universidades da região.
— Eu não namoro — disse desconcertada.
— Mas nós já o vimos sair do seu dormitório de fininho, depois de passar um final de semana inteiro trancado com você — uma das garotas da roda comentou — levar flores, sacolas e sacolas com comidas, entre outros presentes.
— Ah, vocês estão falando do ? — mostrou sua tela de bloqueio do celular, onde estava uma foto dela e de de costas para o mar, olhando para a câmera, grudados um no outro, em sua viagem de jeju juntos no ano passado. — Então o nome do famoso estranho é — disse uma das seniors que até então não estava na roda, Kim Yeju.
Kim Yeju era linda e cursava o segundo ano de medicina, o que a tornava extremamente popular também.
Aquilo atingia a autoestima de ? Sim, talvez um pouco, mesmo já havendo passado por essa situação antes onde outras garotas se interessavam por e através dela tentavam tirar informações para se aproximar, dessa vez, sentiu um pouco insegura com o assunto.
— Olha se vocês não estão namorando, eu estou interessada caso ele pergunte — A mais velha piscou rindo com as outras.
a esse ponto já havia terminado a escola e decidiu não entrar na faculdade ainda — não pelo menos ate o próximo ciclo de aplicações, que aconteceria dali dois meses — e pelo mesmo motivo, passava mais tempo no dormitório com ela do que em sua casa. Ele apenas havia ido embora na segunda de manhã porque sua mãe ligou dizendo que precisava da ajuda dele para cuidar de Mauemi, seu cachorrinho, já que precisaria fazer uma viagem rápida para o campo, onde viviam sua avó.
— Nós não…não…— não conseguia terminar a frase, ela sequer sabia porque.
— , tem alguém te procurando perto da porta — uma das garotas que estava em fotografia I com , disse se sentando ao seu lado — ele disse que precisa falar com você urgente e que as mensagens e as ligações não estão indo, por isso veio procurar por você.
— Por mim? — olhou seu celular vendo o mesmo no modo avião, já que mais cedo ela havia colocado, por estar em uma aula complicada e querer colocar atenção.
— Eu me esqueci o nome dele mas já vi vocês juntos então provavelmente você vai encontrá-lo fácil — assentiu para a mesma e agradeceu.
pensou “salva pelo gongo”.
— Com licença — ela disse se levantando, deixando o copo em qualquer canto da mesa próxima.
— Não se esqueça de mim — Kim Yeju disse antes de que se fosse, fazendo a mesma sorrir amarelo.
esperou que fosse , então buscou o mesmo por todos os cantos perto de onde indicaram a ela, que ele estaria, mas não viu absolutamente ninguém além de no canto da cozinha, com uma cerveja em mãos.
— ! — ela disse um pouco mais alto já que a música estava mais alta naquela parte da casa.
— ! — ele se aproximou, dando uma abraço na mesma — quanto tempo! ainda não tinha te visto desde que cheguei. falou que marcaria algo mas nunca me disse nada.
— Ele faz isso as vezes — respondeu rindo — você por acaso sabe se alguém estava me procurando por aqui? Me avisaram agora pouco e eu pensei que fosse o Wonie já que eu avisei que estaria na festa, mas não o vi por nenhum lado.
— Ele estava aqui faz alguns minutos — disse passando o olho pela sala para ver se o via — estamos te esperando porque ele disse que a festa não estava tão boa e que deveríamos sair e comer algo por aí. Mas ele não conseguia te ligar ou mandar mensagem, então perguntou de você para uma garota que sabia ser de uma da suas aulas e ela disse que iria te avisar, mas como você demorou um pouco para aparecer, ele disse que iria no banheiro antes de sairmos e já não voltou mais.
— Que estranho — comentou — o que você acha de irmos procurar por ele? assim podemos ir mais rápido, porque para ser sincera, eu estou morrendo de fome.
— Nem me fala, acho que ele propôs isso de tanto que eu reclamei no caminho para cá — disse rindo e o acompanhou — Vamos?
Ela assentiu seguindo pela casa.
Depois de minutos de busca, não encontravam por nenhum lado o que parecia muito estranho para ambos.
— Será que ele acabou indo para a parte de cima e se perdeu? — perguntou de forma inocente.
balançou os ombros tão confuso quanto ela, tão pouco entendia o desaparecimento repentino de .
— Só nos resta ir checar — disse dando o último gole na cerveja, colocando a garrafa em qualquer lugar.
Subindo as escadas, pessoas trombavam nos dois e sequer se desculpavam, outras, principalmente as garotas de semestres mais acima praticamente se jogavam em cima de , o que me fazia rir porque ele, naquele momento, realmente não estava interessado.
— Eu não sei flertar ou pensar ou qualquer coisa com fome, — ele reclamou assim que se livrou de uma das garotas.
riu balançando a cabeça.
— Ninguém funciona com fome — ela disse rindo.
— ? — disse tirando sua atenção de , olhando a varanda com a porta de vidro no final do corredor.
A pausa depois de dizer o nome do amigo foi longa e seguindo seu olhar, entendeu o porque.
Kim Yeju, a mesma garota de antes estava nessa mesma varanda mas não necessariamente separada de . Kim Yeju, naquele mesmo momento, beijava a única pessoa que pensou que nunca mais veria beijando outra pessoa, .
Já fazia tanto tempo que não se importava com relacionamentos que nunca havia visto ele beijando outra pessoa que não fosse ela quando deram seus primeiros beijos. Óbvio por estudar em outras escolas e terem idades diferentes, tinham um ciclo de amizades diferentes também, mas ainda sim, ela conhecia uma boa parte de quem ele convivia e um desses era , que sempre foi muito próximo dela também, pelo menos até ir por um tempo com a sua família para a Austrália.
— …
a chamou, os olhos dela fixado nos dois no final do corredor o preocupou.
— — ele a chamou outra vez colocando a mão no ombro dela — vamos embora, comer alguma coisa gostasa por minha conta e depois podemos assistir um filme em casa, você pode ficar lá em casa no final de semana e podemos chamar a Heeseo se você quiser, vocês sempre gostaram de ficar lá em casa antes de irmos para a Austrália, além disse mamãe e layla sentem falta de vocês.
não disse nada, mas os olhos lacrimejando diziam algo a ele.
entendia aqueles dois melhor do que ninguém, mas não entendia o tipo de situação que se encontrava naquele momento, já que a uma hora atrás ele e pensavam na melhor estratégia para que confessasse a . sabia como se sentia pelo melhor amigo mesmo que ela não fosse muito de compartilhar esse tipo de coisas com ele, afinal, era um pouco óbvio pela maneira que ela olhava para , mesmo que ela mesma nunca tivesse entendido.
— O que você acha? — ele disse chamando a atenção dela mais uma vez, pela falta de resposta, entrando em sua frente e tapando a visão anterior.
A única coisa que deu como resposta foi o abraço encolhido em . Fazendo com que ele suspirasse.
— Tá tudo bem, vamos embora — disse trazendo ela consigo pela escada.
por outro lado, entendia muito bem o que estava acontecendo, foi arrastado para uma varanda com uma garota que não fazia ideia de quem fosse enquanto buscava pelo banheiro. Kim Yeju, ela se apresentou fazendo ele a olhar confuso, perguntando-se se a conhecia de algum lugar.
E a verdade era que não, ele não a conhecia e muito menos esperava o beijo que surgiria do nada, obviamente sem com que ele quisesse.
— Ei! — ele se soltou dela — o que você está fazendo?
— Te beijando, gracinha — ela piscou — você não precisa de fazer de bobo.
— Eu — ele pensou bem antes de dizer o que ia dizer — eu tenho namorada.
— Ela nos disse que não passava de um mal entendido e que vocês apenas são amigos, você não precisa me dar essa desculpa — Yeju disse rindo de lado, entrelaçando seus braços no pescoço de .
— Não, eu…— respirou fundo — escuta — ele tirou os braço de Yeju dele — eu sei que pode parecer loucura mesmo com dizendo que somos apenas amigos e uma via de única e solitária, para ela eu posso ser apenas um amigo, mas para mim não é da mesma forma. Eu tenho sentimentos por ela desde que tínhamos dez anos e ela me convidou para a primeira festa do pijama que ela daria sem ser apenas eu e sua irmã, eu gosto dela desde que ela ganhou de mim no debate anual entre escolas na quinta série e ainda sim veio correndo me abraçar e dizendo que eu fiz um ótimo trabalho, eu gosto dela desde que ela ameaçou um dos garotos que costumava tirar sarro de mim quanto tínhamos quatro porque eu passava mais tempo com ela e sua irmã do que com eles, eu gosto dela — ele respirou fundo e massageou as têmporas — desde que eu me entendo por gente e mesmo que ela não saiba disso, eu ainda vou gostar dela porque ter ela por perto já é suficiente para mim.
O triste de todo esse discurso era que não havia escutado nenhuma palavra dele, pois já estava no carro com observando a repentina chuva fina que começava do lado de fora e sendo observada com preocupação pelo amigo.
— Então é melhor você correr para dizer isso a ela, porque eu tenho quase certeza de que ela nos viu agora pouco — Yeju disse apontando para o carro onde abria a porta para a mesma, coçando a cabeça em confusão, sem saber o que fazer, afinal, nunca havia tido que curar um coração partido daquela forma antes.
— Tudo bem se eu mandar uma mensagem a ele dizendo que eu já sai? Eu dou a desculpa de que eu não estava me sentindo bem — não foi preciso que fizesse nada, o celular de vibrou incessantemente por vários minutos e ela não atendeu porque não quis, mesmo sentindo em suas mãos.
— Sim — foi a única coisa que ela respondeu.
Heeseo não pode ir passar o final de semana com e , mas soube de toda a situação pela irmã que sequer conseguia processar a verdade dentro de si, até aquele ponto, antes da festa nem ela imaginava que escondia tão bem de si que realmente gostava de .
Ver ele com outra pessoa de uma forma deu uma pontada em seu coração fazendo com que todo seu corpo doesse e olhando as fotos antigas na casa de , entendeu que foi ali que aconteceu. Quando deu bom dia a ela na demanda seguinte do feriado de ano novo de quatro anos atrás, a primeira vez que não passaram juntos aquele feriado desde os 3 anos de idade.
— Você não parece bem — dizia vendo a cara de com atenção, ela estava pálida e parecia prestes a desenvolver um resfriado, espirrava sem parar e queria dormir a maior parte do tempo, quase não comendo nada — você precisa comer alguma coisa , mamãe preparou esse mingau de carangueijo para você.
— eu sei que estou na sua casa mas eu queria dormir mais cinco minutinhos, amanhã já é segunda-feira e eu vou ter que voltar essa noite para o campus mesmo querendo ficar aqui para o resto do semestre — ela disse rindo fraco — com você, com a tia e a layla, anjos na minha vida.
— Okay dramática, chega hoje nós vamos dar uma volta nem que seja para você tomar um ar e sair desse quarto e dos filmes que nós assistimos todo o final de semana e aí eu te levo de volta para os dormitórios e se quiser passo a noite por lá e nós jantamos hambúrguer — ele disse se sentando na cama ao seu lado.
— O meu favorito?
— O seu favorito!
— Certo, combinado! — ela respondeu animada — diz para a tia que esse mingau tá excepcional.
— Você nem tocou nele ainda? — afirmou mais como uma pergunta.
— Tudo que ela faz é delicioso já você…eu desconfiaria.
Disse rindo da cara de indignação dele.
— Eu nunca mais cozinho para você! Ingratidão debaixo do meu próprio teto que absurdo — ele respondeu fingindo estar ofendido — vou me trocar e nos vemos lá embaixo ok?
Ela apenas sacudiu a cabeça e já foi em direção a porta relutando em dizer o que estava pensando.
— !
Ele a chamou e ela com a boca cheia o olhou prestando atenção.
— Acho que você deveria conversar com ele sobre tudo isso, você sabe que ele vai perguntar o que aconteceu mais cedo ou mais tarde…
— E eu fingirei que nada além de uma falta de bateria e muitos trabalhos da faculdade aconteceu , não é como se ele tivesse que saber, nem eu sabia, ou seja, ele beija quem ele quer onde ele quer.
— Mas e se ele me perguntar alguma coisa?
— Você diz que me levou para casa já que não o encontramos mais na festa e que você não estava se sentindo bem, simples assim! — ela respondeu enchendo a boca com mais uma colherada.
— Certo!
estava relutante em relação à situação dos dois, desde que se entendia por gente e eram agarrados um no outro, não se soltando para absolutamente nada. rumores de namoro sempre foi comum entre os dois principalmente quando rejeitava todos os tipo de confissões feitas a ele dizendo que já gostava de alguém.
— Certo chegamos! — disse estacionando o carro em uma das vagas do estacionamento dos dormitórios — vou pedir os hambúrgueres e você…
— E eu? — parou de falar de repente, olhando para o lado de fora do vidro do lado de , onde podia ver uma figura vindo em direção a eles.
— é melhor você pensar em uma desculpa melhor do que a que programamos antes — ele disse olhando ainda para o mesmo lado fazendo com que eles fizesse o mesmo.
— O que? Porque…Droga! — disse vendo o mesmo que — é tarde demais para pedir para você pisar fundo e sair daqui comigo?
— Sim! — ele riu fraco — acho melhor você resolver isso de uma vez, ficar deixando para depois ou empurrando com a barriga nunca vai melhorar as coisas, qual é vocês são melhores amigos.
— E eu definitivamente estraguei tudo tento sentimentos mais do que amizade por ele — ela disse massageando as têmporas. — Talvez não, você não sabe se ele sente o mesmo — disse — tenha coragem e encare isso.
— Certo, vamos lá! — ela disse abrindo a porta do carro, a esse ponto já estava próximo deles, sorrindo fraco.
— você vai pedir os hambúrgueres…porque você não está descendo?
— Eu disse que você tem que encarar isso não eu — ele soltou uma risadinha — fico te devendo um hambúrguer.
— desce desse carro agora ou eu vou falar para ele que eu te beij…
— , meu bro! — sorriu para o mais novo que retribuiu — desculpa só vim deixá-la em casa, minha mãe me ligou dizendo que layla precisa passear então não vou poder ficar, mas deixa ela com você, a gente se vê, por favor faça ela comer algo, ela ficou doente nesses últimos dias e quase não se alimentou direito.
— Você está doente? — se aproximou colocando a mão na testa dela com cuidado para checar se ela estava com febre, fazendo soltar uma risadinha baixa.
— Eu estou bem, ele está exagerando — ela disse xingando baixo.
— Você não me parece bem e não está abrigada o suficiente — ele disse tirando a própria jaqueta para repousa-lá sobre os ombros dela, que se desvencilhar rapidamente.
Fazendo com que franzisse o cenho.
— Certo — disse prolongando a palavra — eu preciso ir, fiquem bem.
arrancou com o carro com a nota mental de enviar um hambúrguer mais tarde para ou seria xingado para o resto da vida, mas, não se arrependeu, não queria ficar entre eles naquele momento.
— O que você tem? — perguntou — tentei te ligar todo final de semana e também te procurei na festa mas não te encontrei, só te vi saindo com e depois ele me mandou uma mensagem depois avisando que não estava se sentindo bem e que vocês já tinham ido.
— É só um resfriado — ela disse, pegando o cartão de entrada na bolsa para passar pela porta principal.
— Você precisa se cuidar — ele disse se aproximando do batente, encarando ela enquanto esperava achar o cartão — porque não me ligou? Eu poderia ter vindo e…
— Eu não queria incomodar — ele respondeu e ele mais uma vez arqueou as sobrancelhas.
— Do que você está falando? — ele perguntou — você nunca incomoda, já deixamos isso bem claro um para o outro.
— Escuta — ela respirou fundo — eu tô cansada e amanhã eu tenho aula, podemos conversar outra hora?
Ela não esperou uma resposta, apenas foi passando pela porta pronta para fechá-la e deixar para fora.
— Ei, ei espera — passou pela porta — o que foi, porque você está agindo assim?
Ele segurou o rosto dela com as duas mãos e a fez olhar para ele.
— Eu fiz alguma coisa que te incomodou? Porque de início eu achei que você só estava ocupada mas conforme os dias foram passando eu vi que você na realidade tava me evitando porque não importa quantas vezes eu viesse aqui, você nunca estava — ele suspirou — e isso estava me deixando louco.
— Não, eu só, estou cansada…
— Mesmo cansada você nunca agiu dessa maneira tão distante, mesmo quando brigamos nas férias de verão por causa da viagem, então, assim que liguei para soube que alguma coisa tinha acontecido ou ela não teria me tratado tão indiferente — ele a encarou nos olhos — só me conte o que houve para podermos resolver, eu odeio me sentir distante de você.
Um silêncio incômodo se instalou entre os dois.
— Vamos , me…
— Eu vi — ela disse baixinho — eu vi algo que me deixou incomodada e eu apenas reagi dessa maneira, eu…não sei, vai passar apenas me dê um tempo.
Foi quando ele caiu em realização, mesmo que ela não dissesse com todas as palavras, ele sabia muito bem do que ela falava.
— Você viu o beijo…?
Foi a única coisa que ele conseguiu dizer. E ela permaneceu calada, apenas confirmando com seu silêncio.
— Eu…por isso você foi embora com e não atendeu nenhuma das minhas ligações — ele passou as mãos pelos fios de cabelo, nervoso pela situação — aquilo, aquele beijo não significou nada, ele não…
— , você não me deve explicação, eu sei que nós contamos e explicamos tudo um ao outro e eu acho que sei lá, só tinha me desacostumado a ver você com alguém — ela disse interrompendo ele.
Ele não deixou ela dizer mais nenhuma palavra, só se importou com selar seus lábios nos dela.
— Eu te devo toda a satisfação do mundo se eu não quiser um mal entendido com a única pessoa que eu gostei a minha vida inteira — ele disse segurando o rosto dela com as duas mãos de maneira terna — aquele beijo não significou nada, pelo menos não para mim, ela me beijou e eu disse a mesma coisa que eu sempre digo para as pessoas, que eu já tinha alguém em mente por anos.
Ele riu abafado.
— Eu perdi tantas oportunidades para fazer um momento desse sem nenhum mal entendido mas decidi fazer porque alguma coisa ameaçou a nossa proximidade — ele continuou explicando — me desculpa , eu deveria ter dito alguma coisa antes, eu…
Partido dela, mais um beijo entre os dois aconteceu fazendo ele rir incrédulo assim que se soltaram.
— Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento! — disse sorrindo da forma mais boba possível.
— Até parece que você nunca me beijou antes — ela riu da cara dele — você foi meu primeiro beijo, .
— E espero ser o último — completou sorrindo para a mais velha.
FIM
Nota da autora:
Foi um surto entendam! Amei esses dois e odeie a lerdeza deles para fluir hahahahshsj mas acontece!
Espero que tenham gostado! Não esqueça de deixar um comentário dizendo o que achou no link da caixinha
Xoxo Caleonis <3
Nota da scripter: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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