Última atualização: 25/10/2010

Capítulo Único

Seattle, Domingo, 10:00 p.m

- Odeio saltos altos, definitivamente! – Marchei horrorizada com as dores nas pernas.

Eu deveria ter dito ao taxista para parar na faixada do restaurante, mas a tonta aqui – esqueceu a carteira. Trinta dólares só por uma voltinha na cidade, sério mesmo? Ainda bem que eu guardo algum dinheiro no sutiã, caso contrário, eu poderia estar morta agora.
O restaurante parecia ser elegante por dentro, luzes e mais luzes em todo o lugar. No momento em que eu fui entrar, um homem alto e sério – parecia um segurança – esbarrou em mim. Quando eu estava pronta para pedir desculpas, ele proferiu:
- Nome, senhorita? - Ele tinha uma voz firme.
- . – Olhando bem, ele usava um smoking e presumi que trabalhasse aqui. Ele olhou para a lista e depois para mim de cima a baixo, até que sorriu amarelo.
- Boa noite, senhorita . Mesa número vinte e três, e aproveite a noite. – Abriu passagem.
- Obrigada! – Andei – com dores, mas andei – até um lugar mais reservado do lugar.
E por falar no lugar, que restaurante maravilhoso. Ainda bem que coloquei meu melhor vestido, o vermelho sangue que ganhei de minha irmã na formatura no ano passado. Graduei-me em Letras.
Andei até que não havia mais gente no ambiente, apenas uma mesa ao ar livre toda enfeitada. Um arranjo de flores simples com o número vinte e três estava exposta, então me sentei. Será que ele chegou? Olhei as horas no celular e eu estava cinco minutos atrasada – óbvio que sim, eu sempre me atraso.
- Você fica linda de vermelho, sabia disso? – Uma voz familiar sussurrou no meu ouvido, era ele. Olhei para trás assustada e um sorriso travesso brincava em seu rosto, como ele estava lindo. – Além disso, está atrasada.
Ele vestia uma jeans surrada, camiseta branca e blazer preto. adorava usar all star – como eu e nunca tirava do pé.
- E você fica lindo com esse cabelo estilo anos 80’ s – sorri em resposta, eu deveria estar com a mesma cor do meu vestido – vermelha de vergonha.
- Gostou? - emitiu uma risada abafada. – Eu também acho, aliás, eu sou lindo. – Piscou.
- Tudo bem senhor-eu-sou-perfeito vamos comer porque estou morrendo de fome, guardei meu estômago – como você disse – para hoje. Ele se sentou na cadeira a minha frente, acenando para o primeiro garçom que avistou de longe.
Ele pediu o mesmo prato que ele adora – espaguete, não sei como não enjoa.
- Como foi o seu dia? – perguntou com a boca cheia.
- O meu dia foi um pouco corrido, teve prova sexta-feira para todas as quartas-séries e passei o dia corrigindo. Só de lembrar eu sinto o cansaço no meu corpo. – reclamei.
- Nossa, por que não me chamou? Eu poderia te ajudar. – Disse carinhoso.
- Eu consigo lidar sozinha, . Mas também foi minha culpa – bufei – deixei acumular tudo pra um dia, sendo que poderia muito bem separar metade no sábado e metade no domingo. – E o seu, como foi?
- Ah, foi normal. Passei a tarde na minha mãe, o que foi muito bom, pois eu mal a vejo. – Limpou a boca.
Comemos, conversamos, rimos – bebemos um pouco de vinho. Juliet odiaria saber disso, não que ela proibisse o álcool – até porque tenho vinte e seis anos. Mas eu odiava o álcool, extremamente.
- E então, o que você queria me dizer de tão importante hoje cedo? – o sorriso largo dele foi substituído pelo nervosismo, era visível.
- Bom... – bebeu um gole de vinho. – Eu queria te contar uma novidade.
- Desembucha, ! – Alterei a voz um pouco animada, eu odeio suspense.
- Vou me casar com Violet! – Sorriu envergonhado.
Casar?
- Uau... - Eu estava sem palavras, o que eu deveria dizer? – Parabéns!
- Só isso que você tem a dizer, digo, você é minha melhor amiga. – O nervosismo foi substituído por uma cara totalmente confusa.
Eu tentei transparecer confiança e foi a coisa mais difícil que eu fiz em toda a minha vida, demonstrar uma felicidade que eu sequer sentia. Meu coração bateu mais rápido:
- Desculpe, eu fiquei um pouco surpresa. – ou a cadeira é horrível, ou estou extremamente desconfortável – Eu espero que você tenha um final feliz, porque você merece. Não importa quem seja, ou onde esteja, eu sempre vou querer o melhor pra você. Já que você escolheu a pessoa que você quer viver o resto da sua vida, então, meus parabéns! – Segurei em sua mão e a apertei.
As palavras saíram como ácido, nunca achei que eu passaria por uma situação dessas. Aqueles segundos em que ele me encarava, pareciam horas-dias-meses-anos. Meu Deus, como dói olhá-lo agora. Esses olhos castanhos, essa boca extremamente rosada – que ele adora mordê-la quando está nervoso – adoro quando ele fica com vergonha, a pele clara transparecia o rubor em suas bochechas. O sorriso era o mais lindo que eu já tinha visto.
Meu celular começa a tocar interrompendo meus pensamentos, deveria ser Juliet preocupada. Mas era só uma mensagem dela dizendo que demoraria a chegar em casa, estava de plantão no hospital:
- Eu preciso atender, já volto. – Me levantei apressada, eu precisava de uma desculpa e eu tinha uma.
Como sempre, eu estava fugindo.
Corri para o banheiro feminino desejando não ter ninguém ali, eu precisava ficar uns minutos sozinha – por hora. Encarei meu reflexo no espelho e não aguentei, as lágrimas fluíram em meu rosto. Por quê? Eu o amo. Aquela frase ecoava em minha cabeça, como um gravador de voz. Abri a bolsa para pegar o rímel – como se não bastasse, chorei mais um bocado ao mesmo tempo.
Respirei fundo outra vez e sai, quando cheguei lá ele não estava mais – apenas restava um guardanapo rabiscado dizendo “desculpe-me”:
- Não acredito nisso... – Sorri amarga, e caminhei para a saída. Desejando que pelo menos a conta ele tivesse pago, pois eu não havia pego a carteira. – Além de jogar aquela notícia ele me larga aqui.
O cara da recepção estava parado no mesmo lugar, caminhei até o seu encontro:
- Com licença, por acaso, o meu acompanhante pagou a conta? – Sorri educadamente.
- Sim, senhorita. Mesa vinte e três. . Correto? – Assenti.
- Obrigada!
Agradeci em silêncio ao ter um taxi disponível parado em frente à fachada do restaurante, não aguentaria sequer um segundo a mais andando com aqueles saltos. E foram longos dez minutos em silêncio na viagem para casa, e agradeço mais uma vez por isso. Pedi para que ele esperasse alguns minutos para que eu pudesse subir e pegar o dinheiro, entrei em casa – estava totalmente vazia. Encontrei minha carteira jogada atrás do sofá, não sabia como foi parar ali. Corri para pagá-lo e ele se foi, murmurando um obrigado.
Agora, eu precisava de um banho incrivelmente quente. Hoje o dia foi extremante-fodidamente péssimo – talvez o que eu precisasse no momento era chorar:
- Talvez dois litros de lágrimas e umas doses de whisky, quem sabe. – Zombei de mim mesma.
- Falando sozinha, ? – Uma voz alta soou, olhei para o lado e meu vizinho estava sentado me fitando.
- Olá, Fred! – Sorri, ele me surpreendia nos piores momentos. – A definição seria: pensando alto.
- Claro. – Ele tragou o cigarro que segurava na mão esquerda. – Você sabe que isso é desculpa de louco, não sabe?
- Loucos? – Gargalhei.
- Exatamente. Loucos! – Abriu um sorriso gozador, tragou mais uma vez e jogou-o no chão.
- E o que faz a essa hora na rua, Fred? – Cruzei os braços, eu morria de frio naquele vestido.
- Fumando, relaxando... – Levantou-se e veio ao meu encontro, ele trajava apenas uma calça de moletom e uma camiseta branca. Fredderik era extremante lindo, estava sempre com aquele sorriso de escárnio no rosto – acredito que seja a sua isca para mulheres – sua pele era clara e seus cabelos escuros (e os olhos azuis) destacavam. Ele era o tipo de homem que toma qualquer mulher que anseia, mas tinha cheiro de encrenca. – E o que você faz a essa hora na rua trajando essa roupa?
- Fui jantar com um amigo – Meu Deus, como ele era alto. Claro, ter um metro e meio não é lá essas coisas, mas Fred era alto pra caralho, e tinha um corpo extremamente lindo – nem tanto quanto mas tinha.
- Entendo. – Sorriu mais uma vez, ele precisa parar com isso.
- Eu preciso entrar, estou morrendo de frio com esse vestido. – Apontei para as escadas, ficar sozinha com um homem desses é de perder a cabeça (definitivamente).
- Espere. – Segurou meu braço. – Quer tomar uma ou duas cervejas comigo. Agora? – Sussurrou a última palavra.
Minhas pernas fraquejaram, o que ele queria? Conheço Fred desde que nos mudamos para cá – dois anos atrás. E desde sempre ele teve uma namorada (ou tinha) e só trocávamos algumas palavras pela manhã, mas nunca chegamos a beber juntos. Seria um problema aceitar? Eu digo, para ele.
- Achei que tivesse uma namorada. – Acho que fiz uma careta pois ele riu.
- Mas eu ainda tenho, só que ela não precisa saber que bebemos juntos. Aliás, não é necessário.
Realmente não era necessário, mas beber com um homem comprometido me dava calafrios, só de pensar nisso vem ele em minha mente: . Desde que nos conhecemos eu sabia que ele tinha namorada e mesmo assim, não desisti de ama-lo. Era como se eu estivesse em uma corda bamba na beira de um abismo e mesmo assim eu insistia em andar, e hoje aconteceu de eu cair. E o estrago foi feio. E isso acontece quando começamos a amar uma pessoa totalmente errada (em certos momentos da vida) – para você, talvez cogite em achar que ela é a mais certa do mundo, mas chega um momento em que seu coração grita ‘chega disso, eu não aguento mais’ e você tem que parar
- Então tudo bem, trague-as cervejas em dez minutos. Vou me trocar. – Sorri e entrei.
Corri para o meu quarto e coloquei minha camisola, que era fofinha com algumas vaquinhas estampadas – presente de . Era o meu pijama favorito para noite como aquelas, me faz dormir tão bem. Liguei a TV em algum canal aleatório e foi o tempo da minha campainha tocar, corri para atender:
- Oi. – Era , o que ele queria? Droga.
- Oi? – Não consegui ser amigável, eu realmente estava magoada. – Você me larga no restaurante e aparece com um “oi”?
- Eu sinto muito por aquilo, precisava sair e pensar. Estava confuso com algumas coisas que passou em minha cabeça, coisas que ficam me martirizando há muito tempo. – Seu rosto transparecia tristeza, eu odiava vê-lo assim.
- Tudo bem, não se preocupe. – Cruzei os braços e ele encostou-se ao batente da porta. – O que aconteceu?
- Não sei se quero me casar com Violet, estou confuso com isso tudo. Eu queria te contar o resto da notícia, mas não consegui. E ver você saindo da mesa só me deixou mais preocupado e covarde. – Ele passou as mãos no rosto, acho que bebeu mais do que o necessário.
Ter ele em minha frente agora parecia uma miragem, não achei que fosse vê-lo tão cedo pedindo desculpas e muito menos dizendo aquelas palavras. É doloroso olha-lo e ter que enxergar um totalmente diferente do que eu conhecia, era como se ele estivesse em um daqueles pesadelos em que você está à beira da morte e nada acontece – e você não acorda. Eu o amava, aguentaria tudo por esse sentimento em que eu guardo em meu peito.
- E o que você vai fazer? – Olhei profundamente, esperando uma esperança sair de seus lábios.
- Eu quero beijar você agora.
Sem que eu tivesse tempo de respirar ou piscar, ele veio em minha direção e beijou os meus lábios. Em dois segundos ele entrou e fechou a porta com o pé, beijando meu pescoço:
- O que você está fazendo ? – Minha voz saiu como um sussurro, estava tão bom.
- O que eu deveria ter feito anos atrás. – Prendeu-me na parede alisando minhas pernas, fazendo meu sexo já latejar com os seus carinhos. – Ta sozinha?
- Sim! – arfando respondi, e foi o suficiente pra que ele me pegasse no colo e me arrastasse para quarto, ainda que eu pensasse em sua noiva, o desejo por ele era mais forte que minha consciência.

POV – CHARLES
A noite tinha caído rapidamente nesse domingo gelado – como sempre aqui em Seattle, então passei a tarde inteira na casa de Violet conversando com seus pais sobre o casamento. Semana passada ela tinha se decidido que deveríamos casar, pois estamos juntos a quase três anos namorando, e ela não queria mais esperar. Concordei – eu estava com a boca em sua boceta quando ela tocou no assunto, seria difícil eu conversar naquele momento. Concordar com aquilo e eu acordar pela manhã com a mãe dela e suas seguidoras foi a gota d’água – o que eu deveria fazer, correr ou ficar?
Eu precisava de alguém para me ajudar sobre isso, liguei para Ryan – meu melhor amigo – e ele me aconselhou a desistir. Desistir do meu namoro mais duradouro seria um risco que eu deveria que tomar, principalmente agora que eu abro minha boca e concordo com esse casamento. Preciso de uma opinião feminina: .
Mandei mensagens sobre sairmos juntos hoje à noite para nos vermos, como sempre ela concordou e ficou animada – confesso que eu também. Faz uma semana desde a última vez em que nos vimos, estive ocupado com o meu trabalho e acredito que ela também, pois nem me ligou de volta. Nossa amizade é a mais concreta que eu já tive, – tirando Ryan que eu o considero meu irmão. Nos conhecemos em um bar onde encontrava-se seus amigos do trabalho e eu e Ryan, que por coincidência eram próximos dele. Com isso, em uma hora de conversa a maioria deles estavam caindo de bêbados, exceto eu e . A conversa fluiu tão bem que não deixamos de nos falar a partir daquela noite, e foi a melhor companhia que eu já tivera desde então.

FLASHBACK

- Deveríamos sair em um dia desses, desde que não seja para cair de bêbados. – Ela gargalhou apontando para Ryan rindo à toa.
- Qualquer dia que quiser, entrei de férias semana passada. É só me ligar! – Coloquei a mão em meu blazer procurando uma caneta. – Você teria alguma caneta por ai, ou algo que risque?
- Bom, eu acho que devo ter alguma coisa. – Abriu sua bolsa vasculhando nos bolsos. – Achei um lápis de olho, pode ser? – Abriu um sorriso divertido nos lábios avermelhados.
- Excelente! – Peguei de sua mão e anotei meu número em um guardanapo. – Aqui está, . – Brinquei com seu nome e ela sorriu.
, uma mulher extremamente bela. Era baixa e tinha os cabelos acima dos ombros – meu melhor apelido que aparecera em minha mente foi Snow White, como nos desenhos, pois ela trajava um vestido razoavelmente curto e azul, com os lábios vermelhos e olhos castanhos como a avelã. Algumas vezes reclamou sobre os saltos altos que usara, pois segundo ela era acostumada a usar sapatilhas, botas ou all star. É a primeira mulher com seus vinte e cinco anos, não abusar e vangloriar um salto alto.
- Me diga seu nome, ... – Insinuou para eu completar.
- . – Segurei seu olhar por uns cinco segundos e ela aparentemente corou.
Mais uma hora se passou e já parecíamos íntimos e nossos amigos – caindo de bêbados, contou sobre sua família e a tragédia que afetou sua vida definitivamente:
- Meus pais morreram dois anos atrás, graças a um bêbado ridículo que colidiu com o carro deles no farol voltando para casa. – Percebi que o modo como falava lhe causava nojo ao proferir a palavra bêbado.
- Eu sinto muito. – Ela acenou dizendo que estava tudo bem. – E desde então mora apenas você e sua irmã?
- Isso. – Sorriu. – Agradeço a Deus por ter ela ao meu lado, pois eu não sei o que seria sem o seu apoio. Foi ela que me reergueu na carreira de professora, uma profissão que eu sempre fui apaixonada em exercer.
- Juliet o nome dela, não é? – Sorri, estava maravilhado pelo orgulho que sentia da irmã. Eu era filho único então aparentemente não tinha alguém para ter todo esse afeto – até conhecer Ryan na faculdade, e hoje somos formados em Administração.
- Juliet . – Abriu sua bolsa guardando o guardanapo e pegou seu celular, mexendo alguns segundos até abrir em uma foto. – Essa é ela.
- Você se parece com ela, exceto pelos olhos verdes e os cabelos loiros. – encarei seu rosto, ela corava novamente e eu estava adorando isso.
- Puxei minha avó paterna que é descendente dos índios, já ela puxou os nossos avós que tinham descendência de alemães. – Guardou o smartphone e me encarou.
- O que foi? – seus olhos me fitaram.
- Conte-me sobre você, falei demais. – Ela tinha o rosto angelical e tímido, não tinha uma gota de ousadia, mas ela arriscou um sorriso zombeteiro.
- Bom, eu já disse que trabalho em uma empresa certo? – Assentiu. – Tenho uma namorada.
- Jura? – Abriu a boca em formato de “O”.
- Juro. – Ri. – Faz três meses.
- Eu não imaginava, isso pode causar algum problema? Nossa amizade, se é que posso dizer amizade. – Riu sem humor, ela parecia nervosa.
- Não se preocupe, isso não será um problema. – Menti feio, Violet era extremamente ciumenta quando o assunto era amizade feminina. Mas não estava a fim de perder uma amizade que estava florescendo tão bem. – Espero.

FLASHBACK – CHARLES.
Joguei-a na cama e sorri ao ver que vestia a camisola que eu dei de presente, abri suas pernas e ela já tremia. Inclinei-me em cima de seu corpo minúsculo e sussurrei algumas palavras:
- Hoje você será minha. – beijei seus lábios evitando qualquer tipo de comentário dela.
Recuei colocando a calcinha de lado mergulhando meu rosto naquela boceta extremamente avermelhada, quente e tremendo. O gosto era delicioso – como eu imaginei que seria. Só que então batidas na porta atrapalharam minha ida ao céu e ela sussurrava diversas vezes para continuar, e foi o que eu fiz. Fodi com a minha boca fazendo-a gozar duas vezes, percebendo que ela não aguentaria sequer uma lambida voltei a me encaixar em suas pernas beijando-a outra vez. Gemeu sentindo o seu próprio gosto em minha boca, me beijando com vontade.
E então, fodi mais uma vez .
Sequer pensei das consequências do dia seguinte e dos pensamentos negativos que eu teria ao amanhecer, mas a foda foi tão boa que nem em Violet eu pensei. O que eu faria a respeito disso? Fodi minha melhor amiga sem eu pensar duas vezes – não me arrependo, mas e esse casamento extremamente arranjando? Eu deveria fazer algo, então falei:
- Vou me casar depois de amanhã, esteja lá antes das palavras. – Abotoei as calças ainda respirando pesado.
Ela fez uma cara confusa, beijei o topo de sua cabeça e fui embora.

POV – CHARLES.

Eu fui fodida pelo meu melhor amigo, em meu quarto e no mesmo dia em que disse que casaria. O que isso significaria? E a frase “antes das palavras”? Minha cabeça começou a doer, olhei para a porta e o vi sair. Entrei em meu banheiro correndo querendo o meu esperado banho – agora mais do que nunca. No chuveiro era o melhor lugar para pensar e fazer decisões, era o que minha irmã sempre dizia.

...


O dia raiou e minha cabeça doía mais do que ontem à noite, parecia que bateram em minha cabeça várias e várias vezes. Houve algumas batidas na porta e murmurei um “entre” e era Juliet:
- Maninha, o Fred nosso vizinho disse que ficou preocupado por você não ter atendido a porta ontem à noite. O que rolou entre vocês, ein? – Ela colocou a mão em sua cintura agindo como uma mãe brava, e não me aguentei. – Não ria, idiota.
- Ele só me chamou para tomar umas cervejas, mas eu acabei não indo, diga que eu sinto muito. – Olhei para o decodificador da TV a cabo e me levantei, estava na hora de levantar.
- Você não bebe, que milagre foi esse? – Riu.
- Eu estava deprê e queria encher a cara – ela ia abrir a matraca de novo, mas conclui. – estou melhor agora.
- O que aconteceu? – Sentou-se em minha cama enquanto eu procurava uma roupa confortável.
- irá se casar com Violet, aquele demônio de peruca. – Coloquei uma carranca em meu rosto e Juliet arqueou a sobrancelha, estava vermelha de raiva. Eu era branca, mas ela... A cor do papel.
- Mas você disse que estava, o que aconteceu depois? – Juntou as sobrancelhas confusa, até eu estou ainda.
- Transei com ele noite passada. – Falei baixo, mas ela ouviu claramente.
- VOCÊ O QUE? – Sorriu pela primeira vez na manhã e eu cai na risada.
Sentei-me com ela e contei detalhe por detalhe, assim como ela sempre gostava. Para ela, uma boa fofoca tem que ter bastantes detalhes – caso contrário é apenas um rumor. E cá entre nós, a dor em minhas pernas provavam que não era um mísero boato.
- E o que você vai fazer sobre esse assunto? Ele disse antes das palavras, e isso quer dizer antes daquela frase cafona do padre. – Fez careta.
Minha irmã tinha quase trinta anos nas costas e sequer tinha um namorado, em sua defesa, ela não gostaria de ter uma família, pois sofreu tanto com a morte de nossos pais que ela jamais irá querer, pois eu sou a sua família. Desejo todos os dias que ela encontre alguém para amar e compartilhar suas dores, porque eu confesso – sem e minha irmã eu não saberia dizer meus medos, desejos e sonhos. E sem uma pessoa para compartilhar amor, afeto e ter intimidade, eu acredito que ninguém conseguirá se sentir completo. Eu me sinto 99% completa, pois tenho minha irmã, meu trabalho e colegas excelentes por onde quer que eu vá. Mas só me resta o 1% para que eu me sinta completa, o meu refúgio. Aquele que me dá vontade de levantar e encarar o mundo lá fora, o mesmo homem que senta e conversa comigo sobre vários assuntos – principalmente sobre amor. Não tem uma pessoa mais romântica que , ele era extremamente carinhoso e bondoso. Era a pessoa que eu pedi a Deus todos os dias e eu tenho total certeza disso – ele era meu:
- Eu vou interromper aquele casório. – Respirei fundo.
- Amém! – rolou os olhos e riu.
Mas, pensando bem, porque ele quer que eu interrompa o casamento? Eu poderia muito bem ligar agora e dizer as palavrinhas mágicas e não ter que fazer aquela confusão toda, não poderia? Peguei meu celular e disquei o número dele, chamou três vezes:
- Alô? – Uma voz grossa de sono soou.
- , sou eu. – Minha voz saiu como um sussurro.
- ... Oi! – Senti que ele sorriu e sorri de volta.
- O que você quis dizer com aquela frase “aquelas palavras” ontem à noite? Sei que deve ser muito cedo para te ligar a essa hora e perguntar sobre isso, mas é que, bem, estou confusa. – Mordia lábio inferior e meu coração disparava de nervosismo.
- Você me ama ? – A voz saiu como um sussurro, e meu coração quase saiu de minha boca. Ele perguntando aquilo para mim parecia surreal.
- Eu amo, . Amo você! – Senti sua respiração ficar pesada do outro lado da linha, ele parecia nervoso.
- Então, interrompa aquele casamento, mostre que você me ama para Violet. Mostre para mim e para todos os convidados que você me deseja, diga na frente de minha mãe que você ama tanto o filho dela que faria essa loucura por ele. Não importa o que você esteja vestindo – seja um vestido casual ou a sua camisola favorita, seja os seus saltos que você tanto odeia para as sapatilhas confortáveis. Não importa, apenas apareça, Snow White. – Aquelas palavras tiraram as minhas. Ele desligou e eu cai dura na cama.
Eu deveria fazer aquilo como uma prova de amor? Então eu farei.

...


Ontem pela manhã recebi um e-mail do amigo de Ryan falando detalhes sobre o casamento, o que me deixou ainda mais revoltada, pois não recebi o convite – no mínimo foi ideia da víbora. Agradeci pelas informações e me preparei para aquele momento, não só a roupa, mas as palavras também. Encontrei Juliet no corredor – ela já sabia sobre o plano e adorou a ideia, e ela estava arrumada para o “circo pegar fogo” segundo ela:
- Vamos logo, já deve estar começando aquele casório. – Me arrastou para as escadas, e agradeci a Deus por estar de sapatilha. E um vestido de festa cor-de-rosa combinava com a minha bolsa de colo e meu batom rosado, e Juliet vestia um preto básico e saltos extremamente altos.
- Estou indo, não me arraste desse jeito. Parece até que você é que vai interromper o casamento. – Zombei da minha desgraça.
Não sou do tipo que interrompe rudemente uma ocasião como essas, mas não era o tipo de homem que se casaria com a garota errada. Entrei de mãos dadas com Juliet e avistei os amigos dele – menos ele para o meu alívio. E excepcionalmente, a família mal-humorada de Violet – os Lawless. Família rica, mas pobres de espírito, nunca vi seres tão repugnantes. Disse para minha irmã que iria beber um copo d’água, atravessei o mar de gente que havia naquele lugar e fui para o refeitório da igreja. Ouvi alguns gritos do corredor e presumi que fosse do demônio de peruca:
- Mas o que aconteceu com o seu vestido, Lucia? – Acho que todos conseguiam ouvir, mas deveriam fingir.
- Eu não sei, simplesmente me sentei e rasgou do lado. – Uma outra voz soou, deveria ser uma das damas de honra.
- Ande, vá arrumar isso e só volte quando estiver perfeito. – Gritou horrorizada.
Essa seria a mulher que queria para o resto da vida?
Avistei uma loira dos olhos azuis andar em círculos pelo refeitório de longe e era Violet, trajava um vestido de noiva no formato de doce e estava histérica – muito mais do que normalmente. Me escondi em uma sombra quando vi que ela se aproximava até que fechou a porta atrás de si, e corri para saber o que acontecia:
- Onde está ? – A voz parecia mais baixa do que antes, e isso não cheirava bem.
- Eu não sei querida, ele já deveria estar aqui. – Uma voz feminina soou, presumi que fosse de sua mãe. Outra víbora.
- Como não sabe, mamãe? – Fingiu um choro e gritou logo em seguida.
- Seu pai me disse que ele ligou dizendo que ia se atrasar um pouco, mas eu tenho certeza que já deve ter chegado. – A voz parou por alguns segundos e me decidi recuar e voltar para a igreja, deve começar logo.
Gestos divertidos são trocados e um órgão começa a tocar no recinto, e entra. Ele estava incrivelmente lindo – quando eu digo incrível é porque ele estava perfeito. Nunca tinha o visto de smoking, deveria custar uma nota só aqueles sapatos. Ele estava com os cabelos penteados para trás e sorria tanto que parecia falso, até as covinhas apareciam de vez em quando. Ele estava procurando por alguém e quando bateu os olhos em mim, seu rosto congelou. Eu fiquei sem reação e ele parou de andar, me fitando de longe. Quando alguns olhares foram dirigidos para mim, ele voltou a andar colocando um sorriso brincalhão na cara. Ele estava procurando por mim, ele ficou surpreso por eu estar aqui e eu estava tremendo dos pés à cabeça.
Ele parou no altar e a mãe de Violet apareceu e arregalou os olhos sorrindo – loucamente para ele. No mínimo estava impressionada por estar ali, o que deveria ter acontecido ontem?
As portas se fecharam e eu prontifiquei-me a procurar minha irmã e sentar-se perto dela, e não é que a vaca sentou-se perto do altar? Em minutos, ela entrou na igreja ao som da orquestra flutuando naquele vestido perfeito. Olhei diretamente nos olhos dele e ele me olhava de volta: “Você gostaria que fosse eu ali, não gostaria?” Meu olhar gritava, eu estava começando a suar frio.
Peguei na mão de Juliet e ela beijou meu rosto sussurrando algumas palavras divertidas, de como poderia ganhar muitas visualizações no YouTube. Ri em silêncio e Violet passou do meu lado, enquanto os fotógrafos tiravam fotos e mais fotos. Então a cerimônia começou, meu coração palpitou mais rápido e eu já falava as palavras em minha cabeça treinando. Até que o padre começa a falar a maldita frase:
- Fale agora ou cale-se para sempre. – Houve o silêncio, esperei algum sinal de algum lugar ou de alguém e nada.
Então ele pôs-se a falar novamente.
- Fale agora, ou cale-se para sempre. – É a minha última chance.
Levanto-me com as mãos trêmulas e todos me olham, com os olhos horrorizados de todos na sala, mas eu estou olhando só para ele. Andei pelo tapete vermelho felpudo e ouvi aquela voz nojenta outra vez:
- O que essa mulher está fazendo, ? – Se ela arregalasse mais os olhos, eles sairiam rolando pelo chão.
- Cale a boca Violet, sua voz me irrita. – Gritei para ela.
- Como ousa invadir meu casamento e ainda mandar eu... – Mordeu a língua a partir do momento em que fechei o punho e acertei seu nariz, deveria ter quebrado, mas eu não estava nem ai.
- , eu vim aqui... – Uma voz aguda atrapalhou.
- O que você está fazendo menina? – Era a mãe de Violet, que correu para ajudar a filha, que chorava com o sangue manchando o seu vestido perfeito – quase perfeito agora.
- Pegando o meu amor de volta. – Olhei para ele, que até agora sequer disse uma palavra. Apenas esperando ansioso pelo meu “discurso” e cá entre nós, eu também estava. – , eu sei que pode ser tarde em dizer essas palavras. Mas eu te amo! Dois anos ao seu lado e desde o momento em que te conheci naquele bar, eu vi que você deveria ser meu. Eu sabia que era você, a pessoa que me faria feliz pelo resto de minha vida. Perdão por todas as vezes em que tive medo em dizê-las, me desculpe por demorar tanto tempo e fazer esse tipo de confusão. Eu sinto muito, mas eu te amo e quero você do meu lado pelo resto que vida tem para me dar. Pois eu sei que serei capaz de fazer você feliz, porque foi você que me ensinou a amar. Eu não sei o que seria de mim sem o seu amor, seu afeto, sua bondade, sua força de vontade pra tudo relacionado a mim. Eu quero acordar do seu lado, quero ter seu nome gravado em minha aliança, quero ter filhos com os seus olhos. Eu quero você!
As lágrimas desciam pelo meu rosto sem eu perceber, molhavam meu pescoço e minha maquiagem certamente deveria estar totalmente borrada. Eu estava trêmula e minha garganta estava seca:
- Ele me ama, ! – A loira disse com um lenço tapando o nariz. – Não é, , fala alguma coisa.
- É, , diz alguma coisa. Passei quase três anos ao seu lado e eu preciso saber, eu tenho que saber a verdade. Eu posso passar por aquela porta e nunca mais aparecer em sua frente, eu tenho coragem o suficiente para chegar aqui e despejar tudo isso pra você e mais ainda para ir embora e desaparecer.
Ele piscava freneticamente e abriu um sorriso totalmente intenso, e meus nervos começaram a se acalmar.
- Eu também te amo, ! – Finalmente ele disse as palavras, só faltou eu cair dura no chão de tão aliviada. Parecia que corri uma maratona de tão exausta que eu estava, meu Deus, ele me ama.
A reação de foi extremamente chocante, pois ela sequer derramou uma lágrima por aquelas palavras. Ela gritou diversas vezes com e ele não olhou para trás, só olhava para mim e mais ninguém. Ele acelerou os passos e beijou-me na frente de todo mundo, o beijo mais caloroso que eu já recebi. Apertei meus braços em seu pescoço e sorri finalizando com selinhos:
- Vamos fugir agora, eu vou encontra-la com o meu smoking na porta dos fundos. – Sussurrou aquelas palavras só para eu ouvir, e mais ninguém.
O salão tinha algumas vozes dialogando em silêncio – exceto pelos amigos de rindo e assoviando, e minha irmã na onda deles. Eu riria se o momento não fosse tão sério.
Fugir? Deve ser um sonho, mas eu não quero acordar agora e nem nunca mais.
Sai em disparada para a porta dos fundos e minha irmã e os meninos correram atrás de mim, algo me diz que aquilo tudo estava combinado desde o início. Quando encontrei a saída avistei uma van totalmente nova e vários carros chiques estacionados – presumi que fosse dos convidados:
- De quem é essa van enorme? – Falei, olhando para os meninos, tinham um sorriso brincalhão no rosto.
- É nossa! – Sussurrou o mais baixo.
- Como assim nosso, Larry? – Olhei para ele desconfiada.
- Depois explicamos, entrem! – Ryan apressou puxando Juliet pela mão.
Fui a única que sentou na frente e o resto foi para trás, por quê? Logo que entrei, ouvi alguns gritos femininos vindo da igreja. Eu ficaria preocupada se não fosse ideia de fazer aquele circo todo, falando nele o garoto apareceu todo sujo de glacê segurando uma caixinha vermelha na mão:
- Corre, Buddy! – Apressou o Larry, ele ria descontrolado. Parecia que tinha bebido muito antes de chegar, típico deles. Ele parecia mais velho, tinha cabelos escuros ao contrário de Ryan que era loiro idêntico ao – exceto pelos olhos azuis que Ryan tinha. Os olhos castanhos e olhar extremamente sedutor. – Tranque a porta Juliet, isso pode ser perigoso. – Riu.
entrou todo sorridente e tirou a chave do bolso e ligou o carro, ouvi alguns barulhos e a Violet batia no vidro do carro e tentou abrir a minha porta, mas não conseguiu pois foi mais rápido e trancou:
- O que é tudo isso, ? – Eu estava ficando assustada e ele só articulou para colocar o cinto, logo que todos estavam prontos ele ligou o carro e partiu.
- Isso tudo é o meu plano baseado naquela noite. – Apertou minha mão.
- Explique melhor! – Arqueei uma sobrancelha e ele gargalhou.
- Adoro quando você fica séria, sabia disso? – Apertou meu queixo e fiquei mais brava ainda.
- Fale logo, ! – Bati em sua mão e o fez rir mais ainda.
- Descobri ontem à noite que Violet me traiu com o seu motorista, e só quis se casar comigo porque engravidou dele. Depois daquela noite na sua casa, eu percebi o quanto estava sendo tolo em ficar com ela, então quando estava chegando na casa dela para dizer que eu não queria mais casar, eu ouvi uma conversa dela com a mãe sobre ficar grávida. No momento fiquei apavorado, mas depois que ela falou que não era meu, a minha ficha caiu! Foi ai que no dia seguinte, você me ligou e logo tive a ideia. Comprei essa van com o dinheiro da viagem de lua-de-mel e agora estamos indo direto para a praia – exceto o povo ai atrás, porque não estão de “férias” como eu estou. – Riu, apontando para trás.
- Ele tirou férias a partir do momento em que contou para o chefe que ia se casar, então, tecnicamente ele está livre. – Larry continuou.
- Mas eu não estava de férias, como eu faria para trabalhar? – Cruzei os braços.
- Foi por isso que me atrasei para o casamento, estava conversando com a direção da escola e ofereci arrecadações para lá caso dessem férias adiantadas para você. E consegui! – Sorriu.
Ele era louco?
- Você é louco? – Ri, estava sem palavras.
- Louco de amor, ! – Estacionou o carro e todos desceram, e por incrível que pareça minha irmã não tinha dito sequer uma palavra.
Abri a janela e articulei para que chegasse mais perto:
- Está tudo bem para você tudo isso? Não disse uma palavra até agora. – ela limpou alguma coisa no meu rosto e riu.
- Relaxa, eu vou ficar bem. Você já é grandinha para se decidir lembra? – Piscou. – Agora vai lá e aproveita suas férias, depois eu mando seus documentos por correio para a casa dele.
- Obrigado! – Beijei seu rosto. – Eu te amo.
- Também te amo, baixinha. – ela andou na direção dos meninos e fechei a janela.
Encarei-o com mistério e ele ainda tinha aquele sorriso safado nos lábios.
- Eu ainda sinto o seu gosto na minha boca. – Disse me encarando, bati em seu braço quando ele ia me alisar.
- Pare com isso, eu te odeio. – Ri, estava morrendo de vergonha com tudo isso.
Tudo estava acontecendo tão rápido que eu me sentia em um sonho, daqueles perfeitos em que você tem certeza que está dormindo e daqui a pouco tem que acordar. Mas chega o momento em que você para e pensa: eu também mereço ter esse momento só para mim, e dizer em voz alta que não é um sonho.
- Eu te amo, ! – Ele me encarou sério. - Que bom que você estava por perto quando disseram: Fale!
- Obrigado por aparecer em minha vida. – Beijei seus lábios sem pressa, sem medo, sem pensar.
O beijo demorou para cessar e eu já estava viciada naqueles lábios macios:
- Eu tenho uma coisa para te dar. – Mostrou a caixinha vermelha. – Abra!
Era um par de alianças prateadas com os nossos nomes gravados em volta.
- É lindo, ! – Sorri, chorando novamente.
- Namora comigo? – Sussurrou beijando meus lábios.
- Sim! – ele colocou a aliança em minha mão esquerda e fiz o mesmo.
Ele finalmente partiu com o carro.
- Para onde vamos? – Perguntei animada.
- É segredo. – ele adorava fazer surpresas e suspenses, mas eu odiava tudo isso. Me deixava nervosa.
- FALE!
Ter alguém para amar é tão gratificante que amar sozinha, não importa as barreiras que invadem o seu caminho porque o que deverá ser seu, um dia será.


Fim.



Nota da autora: Obrigado por lerem até o fim, e espero que tenham gostado. Essa é a primeira fanfic que eu escrevo e a primeira a mandar para o site, então ficaria muito feliz se comentassem muito sobre a história. Sem a ajuda de minha amiga Danielle Dias, eu não conseguiria finalizar essa pequena história. E mais uma vez obrigado pela oportunidade em poder escrever para o site, fico orgulhosa por ter uma história minha aqui. E espero que essa não seja a última e sim, a primeira de muitas.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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