Capítulo Único
A sala permanecia estática enquanto a professora andava de um lado para o outro. Todo mundo escutava suas lições, todo mundo amava aquela aula. Acho que tinha alguma coisa a ver com o fato de que as informações eram realmente úteis. Eles, da escola, chamavam essa aula de “aula da vida”. Resolveram colocar essa aula depois que houve, quatro anos atrás um suicídio de um dos alunos. Mórbido, com certeza. Mas eu pensava que quem quer que fosse o aluno, teria gostado de saber que não morreu em vão.
Afinal, todo mundo quer morrer fazendo alguma diferença, deixando sua marca em algum lugar. Apesar de não haver nada glamoroso em tirar a própria vida.
- Nós vemos em todos lugares, em todos os momentos, mulheres lutando por seus direitos iguais. Elas querem votar, elas querem ter as mesmas oportunidades de um homem, elas querem ver seus problemas sendo levados tão a sério quanto o de um homem. Ela quer pagar suas próprias contas, ter a sua própria liberdade. E eu acho isso incrivelmente ótimo. – A professora fez uma pausa e olhou para cada um de nós – Mas acho que falta um aspecto importante que não parece ser considerado. Um aspecto, que falando a verdade, nem muitos homens seguem também. O de correr atrás de alguém, o de lutar por alguém que você ama. Não algo, não alguma coisa material, não um cargo em uma empresa renomada. Alguém. – Ela olhou para todas as meninas na sala e deu um sorriso – Qual é, meninas? Onde está o grande ato de amor de vocês? Por que continuam esperando o príncipe encantado que vai fazer uma grande declaração de amor, com seu grande cavalo branco ao seu lado? Por que não podem ser vocês naqueles grandes cavalos brancos, fazendo grandes declarações? Vocês sentem como ninguém, amam como ninguém e todo esse potencial se perde em horas apenas esperando. Porém, eu digo uma coisa, meninas. Não tem nada de errado em tomar as rédeas, não tem nada de errado em fazer com que a princesa no final encontre o príncipe. Homens conseguem ser um pouco cegos. Não conseguem reconhecer a felicidade nem que estivesse de pé, acenando para ele.
Vi quando e Florence entraram no refeitório. Acenei para os dois, que começaram a vir em minha direção. Abaixei os olhos para uma visão da mão dos dois entrelaçadas. Eles eram um time agora, os dois contra o mundo. Parecia que eu só estava lá como coadjuvante, em uma história de amor que sempre pensei que era minha. Mas, pelo jeito, sempre pertenceu à minha melhor amiga.
Os dois sentaram na mesa. Enquanto eu fingia estar muito interessada em meu pedaço de frango, ouvi sobre o que os dois conversavam.
- Por que você não vai hoje, amor? – Florence choramingava – Você sabe que eu preciso de você lá. Por que você faz isso comigo, ? Por que insiste em me fazer infeliz?
- Eu te disse que tenho treino hoje, Lore – Liam falou, paciente – Sábado é a final, lembra? Quero te deixar orgulhosa.
- Não minta, , sabe que eu odeio quando faz isso! Deus, a única pessoa em quem está pensando nesse momento é em si mesmo. Por que precisa tanto ganhar? Por que precisa tanto de uma medalha? Que droga, você e seu complexo de herói. – Florence se irritou, mas continuava com sua expressão impassível que a irritava ainda mais – Quer saber? Dane-se. Vou à festa hoje e espero que se divirta sozinho, com seu jogo dos infernos. Não passa de um egoísta.
Lore simplesmente saiu com raiva da mesa, sem nem mesmo me dirigir a palavra, deixando que eu e comêssemos sozinhos. Queria falar alguma coisa, queria pegar a mão de e pedir que não se preocupasse. Lore tinha surtos de raiva desde que se entendia por gente. Tinha problemas em entender a necessidade dos outros. Muitas vezes isso pode te tirar do sério, pensar em como ela pode ser tão insensível, mas afinal, ela não fazia por mal.
Arrisquei olhar para . A princípio, ele parecia calmo. Sentia que as mesas ao redor olhavam para ele, mas não parecia se abalar. Sempre com sua expressão impassível, como se nada o atingisse.
O problema é que, quando ele finalmente me encarou de volta, percebi que no fundo, bem no fundo mesmo, ele estava arrasado.
7 meses atrás
- Você está bem? – Gritei da varanda do meu quarto, onde tinha vista para um espatifado no chão – ?
O menino se virou para mim, ainda deitado na grama. Nós dois começamos a rir. Eu realmente tinha que apresentar ele para os meus pais antes que ele quebrasse o nariz em uma dessas aterrisagens.
- O que eu não faço por você, . – Ele gritou – Até amanhã.
Eu estava feliz. Realmente feliz, de um jeito que não me sentia fazia muito tempo. E sentia medo que isso fosse apenas a calma antes da tempestade, que fosse abruptamente arrancado de minhas mãos. Porque tinha me acostumado a ter ele por perto, agora tinha me acostumado com o seu sorriso, com o seu riso, com a maneira como ele me olhava pouco antes de me beijar, e principalmente, com seu toque. Agora que tinha me acostumado a ter ele em minha vida, não conseguiria perde-lo.
- Você não pode estar com , – Lore explodiu de raiva, o que não era a reação que eu esperava de minha melhor amiga ao contar que estava namorando – Todos, menos .
- Achei que você ficaria feliz por mim, Florence. Finalmente achei alguém que gosto e que gosta de mim também. Você era quem vivia mandando eu arranjar uma vida. Bem, agora arranjei. Uma muito boa, diga-se de passagem. E você nunca falou que gostava dele.
- E eu continuo achando que você deve arranjar uma vida, alguém de quem goste, seja feliz... apenas não com – Ela parecia desesperada – apenas não com a pessoa de quem eu também gosto. Eu sabia que ele estava saindo com alguém, mas nunca imaginei que fosse com você.
Tentei não levar seu tom para o lado pessoal. Afinal, eu estava acabando de dizer para ela que estava namorando o garoto por quem ela estava apaixonada. Naquele momento, encarando minha melhor amiga desde os 10 anos, eu estava perdida. Não queria perder ela, mas também não queria em hipótese alguma desistir de . Ele me fazia feliz. Ela era minha amiga, certo? Deveria me apoiar.
- , não seja egoísta, por favor. Namorados vêm e vão, mas amigas são para sempre. Não faça isso comigo, não continue com ele – Ela me implorava com lágrimas nos olhos – sei que não é justo que eu te peça isso, no entanto, se quer mesmo me ver feliz e manter essa amizade, vai fazer isso por mim – Por fim, Lore abriu a porta do banheiro e virou mais uma vez para me encarar – Confio em você, .
Dias atuais
Todas batemos palmas quando terminamos de ensaiar a dança do jogo. Estava feliz que tinha acabado, só tinha me juntado às cheerleaders para poder ficar perto de . Mas agora não tinha mais motivos para eu ficar no grupo, afinal, nunca fui muito de dançar. Mas as meninas eram maravilhosas e tinha que admitir, ficar um pouco longe de Lore e seus dramas também era incrível.
Todas nós começamos a arrumar as malas para finalmente voltar para casa, discutindo como seria o placar do jogo de futebol amanhã. Todas elas disseram que apostavam suas cartas em , e eu também. Sabia que ele conseguiria, só esperava que Florence tivesse dito isso a ele também.
Enquanto íamos embora, percebi que o treino de futebol também tinha terminado, mas estava sentado sozinho nas arquibancadas, olhando para algum lugar no além. Senti meus pés indo em sua direção. O ar naquele momento parecia denso e difícil de respirar. Meu coração estava na boca quando me sentei ao lado dele.
- Ei, o que está acontecendo? – Bati de leve em seu braço, chamando sua atenção – Pensei que ficaria feliz hoje, amanhã é a final! Isso é incrível, é o que sempre sonhou, certo?
- Também sonhei que teria alguém para comemorar comigo – Ele deu uma risada amarga – Lore não vem amanhã. Está brava porque perdi a droga da festa fabulosa que ela tinha hoje.
Fiquei sem palavras, e por fim, tornei a olhar para frente. Não era justo com . Antes de terminarmos, ele tinha me contado que ninguém nunca na vida realmente o apoiou. O pai, cirurgião, sempre fala que o filho deveria fazer alguma coisa mais séria do que jogar bola. A mãe está mais preocupada com o próximo amante do que com os interesses do filho. Por isso, eu sabia que eles não viriam ao jogo. Não dariam o apoio que ele precisava e que merecia. Eu gostaria que o levassem mais a sério, gostaria que Lore não fosse tão idiota.
Mas, não importa o que digam, as pessoas não mudam. Você tem que se acostumar a conviver com elas, do mesmo jeito que se acostuma a conviver com todas as outras coisas da vida que insistem em te colocar para baixo.
- Sei que não é muito, mas eu acredito em você – Revelei – Sei que pode fazer isso. Às vezes parece que estão todos contra você, que todo mundo está secretamente fazendo pactos com o diabo para ver você falhar, e não me entenda mal, pode ser que elas estejam mesmo – dei uma risada - Mas preciso que você saiba que não importa o que aconteça, eu vou sempre estar aqui – Encarei seus olhos e desejei que ele pudesse acreditar em minhas palavras, mas eu já o tinha deixado uma vez antes – E eu vou sempre confiar completamente, plenamente em você. Mesmo que em alguns momentos você não acredite em si mesmo.
- Não fala isso, – Ele fechou os olhos e pendeu a cabeça para frente – Não faça isso comigo. Não me faça precisar de você se simplesmente vai sumir amanhã. Por favor.
Meus olhos pararam em suas mãos e me surpreendi ao perceber que ainda lembrava exatamente como era seu toque. Queria muito que ele me beijasse naquele momento. Queria muito que Lore não tivesse no caminho. Queria muito ter a coragem de me aproximar. Queria muito que ele abrisse os olhos e visse que eu provavelmente precisava muito mais dele do que ele precisava de mim.
O barulho na festa era ensurdecedor. Os famosos copos vermelhos estavam em todo lugar e você não conseguia dar um passo sem esbarrar em outra pessoa. Na escada haviam pelo menos três casais se beijando e a um passo de cair para trás. As meninas da torcida já estavam lá, e como sempre, nenhuma delas estava sozinha.
Me aproximei de um menino, Kevin, se eu não estava enganada. Ele parecia ser o único ali que não estava ocupado com alguém.
- Oi – Toquei seu ombro, e quando ele virou, me deu um sorriso malicioso – Você sabe onde a Florence está? – Ele apenas continuou me olhando daquele jeito pervertido e irritante – Florence Patterson? Sabe quem é?
- Claro – Ele nem parecia saber do que eu estava falando, só continuou se aproximando enquanto me olhava da cabeça aos pés – Sei.
Revirei os olhos e o empurrei para o lado. O menino, Kevin-se-eu-não-estava-enganada, pareceu ofendido e me xingou de alguma coisa que nem me importei em ouvir. Olhei ao redor e tentei achar alguém que poderia realmente me ajudar. Serena, uma amiga de Lore, estava a poucos passos de mim.
- Serena, oi – Chamei sua atenção – Você sabe onde está a Florence?
- !!!!! – A menina se jogou em meus braços, cambaleando – Olha – ela tinha até mesmo dificuldades para pronunciar as palavras – da última vez que a vi, ela estava subindo com aquele... como é mesmo o nome dele? – Ela olhou para o teto, refletindo – Robert? Não! Não, não. Ela subiu com Richard.
Semicerrei os olhos e agradeci ela rapidamente. Fui até a escada e subi até o próximo andar. Tinham quatro quartos. Três deles estavam ocupados. Se o que Serena tinha me falado era verdade, ela poderia estar em um deles, e eu nem queria imaginar o que ela estava fazendo. Lembrei que Florence me disse que, se um dia eu sentisse que queria me aventurar em alguma festa e ir para cama com alguém, eu tinha que escolher o último quarto, porque é normalmente o maior e as pessoas são tão ávidas para transar que nem conseguem chegar até o último quarto e te atrapalhar.
Portanto, caminhei até o último quarto. A porta estava fechada, mas não trancada. Respirando fundo, entrei lá dentro.
A imagem que vi foi de minha melhor amiga em cima de algum cara chamado Richard. Ela tinha pelo menos um sutiã para se proteger, mas Richard estava totalmente despido. Os dois olharam para mim incrédulos e prontos para gritarem comigo, mas no segundo que Florence percebeu quem era, que era sua melhor amiga, ela arregalou os olhos. Seu rosto ficou vermelho. Apenas fechei a porta e me apoiei nela, tentando entender o que tinha acabado de acontecer.
Florence estava traindo . , o cara que ela tinha me implorado para deixar. , o cara que eu deixei, mesmo que não quisesse, porque achei que ela o amava.
Quando estava prestes a descer as escadas, Florence, agora vestida, veio atrás de mim, gritando meu nome. Olhei para trás.
- , – ela estava ofegante – Por favor, não diga isso à , por favor. Foi um erro.
- Você disse que o amava! – Gritei com ela, mas a música ainda conseguiu ser mais alta – Eu deixei ele por você, porra! Como você pode tratar as pessoas assim, Florence? Meu Deus, eu vim aqui para colocar algum senso na sua cabeça e te mandar ir ao jogo amanhã, mas parece que você está bem mais louca do que eu imaginei.
- Eu sei, eu sei. E eu o amo, eu juro. E é claro que eu vou ao jogo amanhã. Isso – Ela apontou para o último quarto do corredor – Foi apenas um erro que não precisa descobrir.
Por um momento, pensei que Florence estava pensando em . Em seu bem-estar. Mas então, percebi que se ela gostasse tanto dele assim em primeiro lugar, nunca teria feito isso. Ela só não conseguia suportar o fato de alguém deixar ela.
- Você é doente, Florence.
Faltava um minuto para acabar o jogo e estava com a bola, indo em direção ao gol. Meu coração pulsava dentro de meu peito e eu tinha certeza que todos ali sentiam a mesma coisa. Ao mesmo tempo que chutava para o Gol, o árbitro apitou o fim do jogo. A expectativa era alta e a bola tinha tudo para entrar, mas no último segundo, o goleiro conseguiu defender. A vitória foi do outro time.
Nossos jogadores murcharam, enquanto os outros comemoravam. Eu estava no banco mais próximo da quadra, junto com as outras cheerleaders. Vi quando todos estavam esvaziando a arquibancada, inclusive Florence. Ela realmente tinha vindo. tinha ficado maravilhado com aquilo. Eu tinha mantido a boca fechada quanto à traição porque afinal, quem era eu para separar duas pessoas que aparentemente se amam?
Lore disse algumas palavras de conforto para , e ele apenas deu um sorriso falso e a abraçou. Virei o rosto, sem suportar ver a cena, e senti que alguém me cutucava.
- Vai deixar por isso mesmo? – A professora da aula da vida estava atrás de mim – Estou surpresa, realmente tinha fé de que faria alguma coisa.
- Do que está falando?
- De , obviamente. Sabe, não sou idiota, . Eu vejo o jeito como olha para ele, o jeito como seu mundo parece estar se dissipando quando vê Florence e ele juntos. O jeito que sonha acordada quando ele está perto.
- Bem... – pensei em me defender, mas era inútil, afinal, ela era a professora da vida, devia saber mais sobre ela do que ninguém – Bem, ele não sente mais a mesma coisa. Mesmo que sentisse, não poderia tirar ele de Florence.
- Florence não gosta dele e você sabe disso. Ela só não suporta que os outros sejam melhores do que ela, que os outros consigam coisas que ela não consiga. E pode estar abraçando ela nesse momento, mas é para você que está olhando.
Ela tentou esconder um sorriso enquanto olhava para ele. Virei para também e ele estava mesmo olhando em nossa direção. Lhe mandei um sorriso encorajador e ele o retribuiu.
- Ele só é muito cego para perceber que está olhando para pessoa que realmente ama. Talvez você possa ajudá-lo com isso.
A professora foi embora e flashes de sua aula de ontem começaram a rondar minha mente.
“Onde está o grande ato de amor de vocês?”
“Não tem nada de errado em tomar as rédeas”
“todo esse potencial se perde em horas apenas esperando”
Contra todos os avisos de alarme de meu cérebro, me levantei do banco. Um pânico gigante tomou conta de meu corpo e senti que todos os olhos estavam em mim, mesmo sabendo que provavelmente não estavam. Deus, como os meninos conseguiam fazer isso? Não damos o devido valor para declarações espalhafatosas.
Parei na frente do árbitro e pedi que ele me emprestasse seu apito. Ele hesitou, mas me deu. Desejei que ele não tivesse feito isso, porque agora eu não tinha desculpa nenhuma para desistir. Era muito mais fácil aceitar e se conformar com uma vida infeliz do que correr atrás de alguma coisa que você deseja e saber que isso pode te destruir no final.
Apitei por longos cinco segundos. Agora eu sabia que todos os olhos estavam em mim. Só não sabia como fazer com que meus lábios se movessem e formassem algum som.
- É... – Um som baixo saiu, mas já era uma vitória – Bem... eu estou aqui por causa da professora Matthews e sua aula sobre a vida – Falei mais alto, suficiente para pelo menos ouvir – E resolvi que, como ela disse, eu não iria mais perder horas preciosas esperando. Resolvi comprar um cavalo branco para mim mesma – Dei uma risada.
Era agora. parecia intrigado. Não tinha como voltar atrás.
- Eu só queria dizer que eu te amo, . Te amo mesmo e não consigo suportar os momentos longe de você e minha pele arde sem o seu toque. E eu sei que provavelmente é tarde demais, eu sei que muita coisa aconteceu entre nós para que tudo voltasse ao normal, mas as vezes a melhor coisa que já te aconteceu está bem na sua frente e você é covarde demais para fazer alguma coisa. Eu não queria passar o resto dos meus dias me perguntando o que poderia ter sido, o que eu poderia ter feito, o que nós poderíamos ter nos tornado. E isso é terrivelmente constrangedor, mas eu vou entender se não sentir o mesmo. – Virei para encarar Florence – E me desculpe, Lore, mas ele merece mais do que alguém como você. E eu também.
Ela apenas me olhava com os olhos arregalados, sem acreditar no que via. , por outro lado, continuava com sua expressão intrigada. Ele se aproximou lentamente de mim, até ficarmos tão perto que eu conseguia sentir o calor de seu corpo. Finalmente, seus olhos estavam próximos de mim de novo. Mesmo que ele quisesse ficar com Lore, ver aqueles olhos tão pertos de novo teria feito tudo valer a pena.
- Você está falando sério? Porque eu não quero você correndo de mim outra vez, .
Eu assenti. Ele abriu um sorriso enorme, lindo e reconfortante. Fechei os olhos e respirei aliviada. Senti sua mão em meu pescoço e o calor de seu corpo ficava cada vez mais presente. Em poucos segundos, finalmente senti seus lábios. Coloquei minhas mãos em sua cintura e retribui o beijo.
Atrás de nós havia um burburinho incessante. Mas eu já não me importava mais. Não me importava com nada além de manter os lábios de colados aos meus, e não pretendia me afastar deles novamente.
Afinal, a professora da vida estava certa. Esperar é cansativo demais, desgastante demais. Às vezes você só precisa se arriscar e tomar as rédeas do cavalo branco.
FIM.
Nota da autora: Meu Deus, nunca achei que ia acabar essa fic. Depois de escrever e reescrever dez milhões de vezes, eu espero que vocês tenham gostado do resultado final. É bem curtinha, mas eu só queria mostrar uma opinião mesmo, haha. Então, basicamente, se você gosta de alguém, vai nessa. Monte nesse cavalo branco e vá atrás dele. Enfim, muito obrigada para quem leu. Beijos.
COMENTÁRIOS: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI