Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

O clima na Califórnia era quente, o verão estava em seu auge, fazendo com que os universitários aproveitassem seus horários livres no campus da faculdade, sentados na grama enquanto pegavam o vento californiano que batia em suas peles bronzeadas. Certamente isso não parecia nada convidativo para , uma britânica loira, extremamente branca e um pouco hipocondríaca, será que aqueles americanos ao menos sabiam que poderiam adquirir um câncer de pele ou queimaduras sérias? Ela se perguntava diariamente.
Apertou sua bolsa em volta de seus ombros e desceu os degraus que a levariam para o gramado perfeitamente aparado. Ela conseguia ver por trás de seus óculos de grau, as líderes de torcida desfilando com seus corpos e cabelos perfeitos, exalando simpatia para todos e isso a fez rolar os olhos discretamente. Claro que ela não odiava as líderes de torcida da faculdade, mas preferia manter uma boa distância daqueles sorrisos. Assim como mantinha uma boa distância dos jogadores de futebol americano, e de qualquer outro aluno. Estava há apenas dois semestres na faculdade, ainda não havia se acostumado com toda a diferença da Califórnia para a pequena cidade em que morava, na Inglaterra.
— Como vai, senhorita Eu-Sou-Anti-Social? — Uma voz animada falou no pé de seu ouvido fazendo com que desse um pulo assustada.
Cabelos louros jogados na cara, olhos verdes e cílios grossos, sorriso animado e uma covinha na bochecha, carregando sempre uma câmera profissional na mão. Esse era .
— Como vai, senhor Meu-Pai-É-O-Reitor-Da-Faculdade? — rebateu assim que se recuperou do susto.
Ele apenas sorriu e exclamou um touché, acompanhando a garota que havia começado a andar. achou interessante desde o dia em que a viu pela primeira vez passando protetor solar, quando perguntou o porquê, ela disse que não queria ter câncer de pele. Ele achou hilário. Desde então, andava com a garota para cima e para baixo.
— Podemos ir tomar um café? — Perguntou retirando o casaco, algumas meninas suspiraram.


— Aposto que aquelas garotas querem tomar um café com você. — apontou discretamente com a cabeça para o grupinho. O rapaz sorriu convencido.
— Só um café, , e depois você pode se enfurnar dentro de seu quarto novamente.
— Certo.
Havia uma cafeteria a poucos metros de onde estavam, e chegariam lá em menos de 7 minutos se não parasse a cada 2 minutos para tirar foto de algo. Na maioria das vezes eram as universitárias que pediam as fotos. Ele era “popular", isso fazia com que se perguntasse constantemente o motivo de ele parecer sempre tão interessado nela.
, por favor, o sol está muito forte, já estou sentindo minha pele queimar. — Ela reclamou depois da quarta vez em que pararam.
— Hum, certo, meninas preciso ir, minha amiga aqui não pode pegar sol. — Ele sorriu simpático e acenou com a mão para as californianas.
— Ah, baby, deixa essa albina para lá, você não prefere alguém com mais... — A morena olhou para dos pés a cabeça antes de concluir com um sorriso maldoso. — Tudo?
As outras meninas riram.
— É sério, linda, mais tarde nos falamos. — Ele deu um beijinho no rosto de cada garota e foi mais uma vez atrás de uma irritada .
Eles entraram no estabelecimento em silêncio, prestava atenção na beleza da garota albina e britânica que havia lhe chamado atenção dentre tantas californianas por aí. Já , se sentia estressada e chateada, nunca iria conseguir se encaixar nos padrões de beleza da sociedade americana.
— Dois expressos. — fez o pedido para a garçonete bronzeada.
— Todo mundo nesse lugar é bronzeado? Pelo amor de Deus! — reclamou.
— Não se preocupe, eu gosto da sua cor, .
A menina apenas estalou a boca, ignorando , tudo o que ela menos precisava agora era de um garoto falando essas coisas por piedade. Ela prendeu os cabelos em um rabo de cavalo baixo, estava calor, e batucou com suas unhas pintadas de um vermelho sangrento na mesa em que estavam sentados.
— Obrigado. — Ela escutou falar simpático para a garçonete. Toda essa forçada simpatia a deixava tão cansada.
— Não consigo acreditar em toda essa simpatia, .
— Por que não?
— Todos nesse lugar agem do mesmo jeito que você, e acredite quando eu digo que eles não são genuinamente simpáticos.
— Interessante sua generalização, mas já parou para pensar que existem pessoas que são bem educadas e que são gentis?
— E você se acha uma dessas pessoas, isso apenas prova o quão prepotente você é, e pessoas prepotentes não tem tendência a serem genuinamente gentis.
, eu não vim aqui para falar sobre isso. — Ele deu um gole em seu expresso.
— Ah, o que você quer comigo afinal?
— Ahn, eu meio que preciso de uma modelo, e pensei que você é a menina perfeita para isso.
arqueou as sobrancelhas loiras e fez uma cara de desacreditada, sério mesmo que estava tirando uma com a sua cara?
, você tá tirando uma com a minha cara? — Ela levantou da mesa irritada.
— Eu? Não! — O garoto exclamou também se levantando. — Por quê?
— Você está me pedindo para ser sua modelo!
— E o que tem de tão absurdo nisso?
— Você pode escolher qualquer garota da faculdade, garotas bonitas, com corpões e bronzeadas que com certeza ficariam bonitas nas fotos!
— Mas eu quero fotografar você, . — Ele disse calmamente e voltando a se sentar.
— Você não vai me fotografar, , passar bem.
Com passos largos e firmes ela deixou a cafeteria. apenas suspirou pensando em como ela conseguia ser tão chata e ao mesmo tempo tão interessante.

Havia se passado uma semana desde o dia na cafeteria, o sol parecia mais forte do que nunca, e precisava urgente convencer de ser sua modelo. Seria diferente e interessante, uma garota albina no calor da Califórnia em uma foto. Era engraçado como a palavra “interessante” descrevia perfeitamente e todas as suas ações.
Ele estava sentado na grama fotografando a menina que havia humilhado no outro dia, quando a viu passar segurando forte a bolsa nos ombros. Ela estava com uma calça jeans clara, e uma blusa vinho, de um número bem maior que ela, fazendo com que a blusa chegasse até metade de suas coxas. Ele sorriu ao vê-la e levantou ignorando a outra menina. Não havia conseguido falar com desde a semana passada, ela o evitava a todo custo.
, será que você poderia me dar o prazer de sua companhia? — Falou animado assim que chegou perto da albina.
— Não venha com ironia para cima de mim, .
— Só escuta o que eu tenho ‘pra falar.
— Eu preciso fazer uma prova, quem sabe mais tarde.
Ela se afastou apressadamente entrando no prédio de aulas. rolou os olhos frustrado e foi encontrar com seus amigos, talvez eles o ajudassem a ter alguma ideia.

era uma das poucas pessoas que não tinham colega de quarto no dormitório da faculdade, e ela agradecia seriamente por isso. Pelo menos ali tinha privacidade e a decoração a fazia lembrar seu quarto em Manchester. O quarto havia um espelho enorme, coberto por um pano. Poderia parecer paranoia, mas era extremamente insegura em relação a si mesma. Fazendo com que odiasse se olhar no espelho, por odiar o que via toda vez que o fazia.
Mas de algum modo, a fez se sentir na obrigação de se olhar no maldito espelho. E isso a fez se levantar da cama lentamente e arrancar o pano que cobria seu pesadelo. Ela estava com um moletom preto, mas fez logo questão de o tirar, ficando apenas de roupas íntimas.
Ela não era bonita.
Não se enquadrava em nenhum padrão de beleza que a sociedade criou.
Por que diabos queria que ela fosse sua modelo? Deus, qualquer outra garota sairia melhor nas fotos.
Escutou batidas em sua porta e tratou de vestir rapidamente o moletom, que batia no meio de suas coxas finas. Encontrou encostado no batente da porta. Ele estava com sua câmera na mão.
— Posso entrar? — Perguntou seriamente. Eram poucas as vezes em que o louro não estava sorrindo, então ela apenas assentiu rapidamente dando espaço para que ele entrasse no quarto.
A primeira coisa que ele percebeu foi o pano cobrindo novamente o espelho.
— Desde o dia que eu te vi, achei você peculiar e interessante, , uma beleza rara de se encontrar, e depois que conheci quem você realmente é, ficou mais claro ainda que a beleza não é apenas exterior.
— Me poupe do seu discurso de autoestima, eu não preciso disso. — rolou os olhos.
— Pare de ser tão cabeça dura, eu te acho linda e quero te fotografar.
Um clique foi ouvido e uma foto foi tirada. arregalou os olhos querendo bater em .
— Apaga!
— Não, olha ficou ótima. — Ele mostrou a foto para a garota que rolou os olhos.
— Isso é tão infantil , você tem 6 anos?
— Eu tenho 19, e quem está sendo infantil aqui é você.
Outra foto.
— Por favor, .
— Tá, que droga, você é um pé no saco.
Ela cruzou os braços e os dois sentaram na cama de solteiro da garota. não estava sem graça por ter escutado o amigo a elogiando, mas tão pouco se sentia lisonjeada. Era difícil para ela acreditar em tudo o que ele havia falado, então resolveu deletar de suas memórias aquelas palavras. Guardando apenas os defeitos que estava acostumada a ver em si mesma. Apenas não conseguia levar a sério o fato de a escolher, no meio de tantas californianas... A estranha desajustada e de roupas largas que ninguém se aproximava.
— Quando iremos começar? — Ela perguntou.
umedeceu os lábios notando pela primeira vez as coxas brancas da menina. Era a primeira vez em que via algo além de seus braços, e isso o fez ficar ainda mais animado pelo dia em que começaria a fotografar ela.
— Ahn, amanhã que tal?
— Certo, vou estar te esperando na escadaria assim que eu acabar minha prova.
Ela levantou rapidamente e abriu a porta do quarto para que o amigo saísse. Ele pôs as mãos no bolso e murmurou algo em concordância ao sair do local. Voltou a se jogar em sua cama e dormiu pesadamente com em sua mente.

No dia seguinte, a avistou sentada nos degraus o esperando. Ele havia acabado de sair da aula, e ignorou todas as abordagens de garotas pedindo para que tirasse fotos delas. Hoje ele só fotografaria uma. Sorriu sozinho ao ver que ela parecia concentrada passando protetor solar em seus braços descobertos.
— Você está usando botas de chuva em pleno verão ou eu estou alucinando?
— O que vocês californianos tem contra botas de chuva? Desde que cheguei as pessoas não param de comentar sobre elas. — Ela rebateu atrevida e dando um meio sorriso para , que sorria mostrando todos os seus dentes alinhados. — Se demorasse mais eu acabaria indo para o hospital com queimaduras de 4º grau.
— Não seja tão dramática. — Ele estendeu a mão para que pudesse se levantar e ela aceitou. — Eu nem ao menos parei para fotografar as garotas.
— Você diz isso porque não é você o albino aqui. — Ela rolou os olhos e desceu os degraus restantes com em seu encalço.
Eles andavam pelo campus atraindo olhares curiosos, deixando um pouco irritadiça com toda a atenção desnecessária que estava recebendo. Qual é, nem era tudo isso...
— Você está excepcionalmente bonita hoje, . — Ele elogiou a menina que apenas arqueou a sobrancelha em sua típica cara de antipatia.
— Guarde essas frases toscas para as garotas com quem você costuma sair, .
— Você realmente não acredita na sua beleza, não é?
A pergunta não foi respondida, deixando apenas o silêncio tomar conta do caminho que os amigos faziam para um lugar aleatório e sem a presença de pessoas. Onde pudessem ficar a sós. Onde mostraria para a beleza que ela custava em acreditar que possuía.
Encontraram alguns minutos depois uma pequena praça, onde as árvores poderiam ajudar a não ficar tão exposta aos raios solares. O local estava vazio, e parecia ser perfeito para o tipo de foto que queria fazer.
— É aqui.
olhou ao seu redor e depois para seu amigo sorridente. E se sentiu insegura. O que pensava que estava fazendo aceitando que fosse fotografada? Ela não era fotogênica e nunca chegaria nem perto das garotas que costumava fotografar. Ela não se saía bem na frente das câmeras ou na frente de qualquer outra coisa. Sua expressão de desespero era visível, fazendo com que o louro tocasse levemente seu ombro esquerdo.
— Tá tudo bem?
“Não , não está nada bem, não sei porque diabos você me escolheu para isso, e não sei se consigo fazer isso!” Ela pensou mas as palavras não saíram de sua boca. Não queria demonstrar seus demônios internos na frente de .
— Vamos fazer essas fotos ou não? — Forçou um sorriso e o menino franziu o cenho.
Mais uma vez ela não havia respondido sua pergunta, todavia resolveu ignorar aquilo naquele momento e começar a se concentrar em fazer a loira rir. E logo, o riso dela se tornou fácil o conquistando cada vez mais.

Eles estavam na porta do quarto de , já era de noite e se sentiam esgotados, porém felizes por ter sido um dia divertido. Algumas pessoas bisbilhoteiras observavam o casal de amigos curiosos para saber o que aquilo ia dar, pela primeira vez, não estava se importando com os olhares inquisidores.
— Não acredito que você vai me fazer esperar até amanhã para ver como as fotos ficaram. — Ela exclamou cruzando os braços.
— Paciência, gafanhoto.
— Você está citando A Culpa É Das Estrelas?
— Não desdenhe, aposto como você chorou vendo o filme ou lendo o livro.
— Então quer dizer que você chorou, ?
— Eu não disse isso...
— Ah mas eu aposto que chorou!
— Macho não chora, .
— Vou fingir que acredito em você pois estou cansada demais para entrar em uma discussão sexista depois desse comentário.
— Não seja tão chata, albina.
— Vou te dar um chute no meio das bolas.
— Aí já é covardia...
— Os pombinhos estão se divertindo? — Uma garota parou na frente dos dois amigos com as duas mãos na cintura. nunca tinha a visto em toda a sua vida, mas ela era extremamente bonita.
— Olá Ivy. — disse sem esboçar reação. — E estamos muito bem aqui sozinhos, obrigado.
tombou a cabeça para o lado achando estranha as duras palavras de , afinal ele sempre foi tão simpático com qualquer pessoa que chegasse até ele. A tal Ivy nada mais disse, apenas se retirando, não sem antes lançar um olhar ameaçador para os dois.
— O que foi isso?
— Nada, preciso ir, amanhã nos encontramos, ok? Precisamos de mais uma sessão de fotos.
— Já que você insiste... — Ela deu de ombros.
— Boa noite, . — Ele olhou no fundo dos olhos da garota e deu um beijo em sua bochecha.
se afastou com as mãos nos bolsos e com um sorriso discreto no rosto.
entrou em seu quarto confusa. Um banho, era disso que precisava.

— Você enlouqueceu, , não gostei dessas fotos. — Comentou emburrada ao ver as imagens em sua frente.
— Mas estão incríveis, !
Certo, as fotos não haviam ficado feias, mas o problema consigo mesma que a garota possuía a deixava completamente descrente de que pareceria bonita em qualquer coisa.
— Você tá linda, olhe para esse sorriso.
— Não se atreva a mentir para mim, chorão.
— O que? Eu já disse que não choro vendo filme! — Ele protestou. — E não tente mudar o rumo da conversa.
Era de tarde, e eles estavam novamente no quarto de . Sentados na cama de solteiro aproveitando o ventilador potente que precisavam em um dia de verão.
— Vou provar a você que te acho linda, .
— Por favor, olhe para essas capas de revistas, eu nem posso ser comparada com alguma dessas mulheres.
— Você está errada. — Foi o que ele disse ao se levantar apressado da cama. — Se arruma, vamos sair, volto aqui em 15 minutos.
Ela rolou os olhos ao ver o amigo sair do quarto e foi até seu guarda-roupa. Pegou seu blusão vinho preferido e o vestiu, tirou as calças e colocou um short preto que deixava aparecer as bochechas de sua bunda, continuou com a meia calça preta e apenas calçou mais uma vez sua bota preta de chuva. E saiu do quarto para esperar do lado de fora.
13 minutos depois e ela o viu se aproximar. Vestia uma camisa cinza e um casaco xadrez vermelho que ela já havia visto ele usar antes.
— Onde vamos?
demorou alguns segundos para processar o que a garota havia perguntado, já que por Deus, ela não parecia estar usando nada além de calcinhas por debaixo do blusão vinho que cobria suas coxas.
— Sair para comer alguma coisa, claro!
— Ótimo, eu realmente estou com fome.
Ela deu de ombros e eles saíram do prédio onde ficavam a metade dos dormitórios. aproveitou o momento para tirar algumas fotos dela. Já tinha a ideia perfeita para se dar bem no trabalho e na sua relação com .

Eles foram a uma hamburgueria e comeram hambúrguer e batata frita, com um milk-shake ótimo. Estavam felizes e se divertindo, aproveitando a companhia um do outro, e esse passeio havia rendido tantas fotos... achava que o mundo inteiro deveria ver a beleza de , claro que logo depois se arrependia de tal pensamento, pois sentia um ciúme bobo.
— Você é tão bonita que dói, . — Ele falou assim que eles chegaram mais uma vez na porta do quarto da garota. Ela apenas ignorou, entrando junto dele no local. — Eu disse que ia te provar isso, não foi? Pois bem, vem até aqui.
o observou arrancar o pano de cima do espelho e apenas entortou a boca desgostosa, o que diabos ele estava fazendo?
— Vem, .
Ela andou lentamente até ficar de frente para o espelho.
— Que palhaçada é essa, ?
— Preciso te fazer ver, ver o quão bonita você é. — Ele olhou profundamente nos olhos da garota. — Você anda com botas de chuva num dia de verão perfeito, de alguma forma você sempre vê o lado escuro, quando está tudo certo, você veste roupas folgadas para disfarçar sua forma e quando você está olhando para as revistas pensando que não é boa o suficiente e que nunca poderá se comparar, você está errada. Você é a minha garota da capa, .




Fim.



Nota da autora: Chegamos ao fim de Cover Girl!! Está curta, eu sei, mas é que eu realmente não quis me alongar muito nela. Essa música tem uma letra incrível e acho que consegui encaixar os personagens direitinho. Espero sinceramente que vocês tenham gostado, e se sim, procurem a outra fic que eu escrevi para esse mesmo ficstape, chamada 12. Elevate. Ela está um pouco maior do que essa, e digamos que tem mais ação... Gente agora que fui perceber que os principais nem se beijaram!!! Mas acho que já dá a entender o que rola depois daquela declaração e tanto que ele fez para a principal, não é? Ai, ai, como eu queria que o crush fosse assim... Ahn, agora para finalizar esse monólogo, comentem o que acharam e façam essa autora feliz!!! Xoxo, Gossip Girl. <3







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