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Última atualização: Fanfic Finalizada

TMZ @tmz
Dias após fotos de Asher Spencer beijando surgirem na internet, Candice Spencer anuncia que está se separando de Asher. Aparentemente não terá mais concorrência.
22:25 - 12 de abr de 2018

Us Weekly @usweely
Candice e Asher Spencer estão se separando! A atriz confirmou hoje em suas redes sociais, apenas alguns dias após fotos de seu marido beijando a atriz tomarem a internet.
22:32 - 12 de abr de 2018

Star Magazine @Star_News
está com o caminho livre! Candice e Asher Spencer estão se separando após nove anos de casamento. O casal tem dois filhos: Steve de quatro anos e Serena de dois anos.
22:35 - 12 de abr de 2018

Ok! Magazine USA @okmagazine
O casamento de nove anos do casal Spencer não conseguiu resistir à traição de Asher com , sua parceira em "Read My Mind".
22:38 - 12 de abr de 2018


bloqueou o celular, deixando em cima do criado mudo e encarou o teto. O quarto escuro e silencioso denunciava muito do seu próprio humor. Ela estava arrasada e meio desesperada, porque essas notícias poderiam ser terríveis para a sua carreira, porque ninguém confiaria numa atriz iniciante, que estava envolvida no escândalo de separação de um dos casais mais amados de Hollywood. As primeiras notícias tinham saído na última sexta-feira e desde então, foram seis dias de puro sofrimento e ataques gratuitos. E isso sem nem mesmo ter pedido para estar no meio disso. A verdade é que não beijou Asher, foi o contrário. Asher a pegou desprevenida enquanto conversavam, juntando seus lábios de uma forma que ela não conseguiu nem se afastar. Eles não tinham um romance como está sendo noticiado. sempre o respeitou, o enxergava como colega de trabalho e sempre respeitou Candice. Nunca teria nenhum envolvimento com alguém comprometido, isso estava muito fora da forma que ela enxergava o mundo e de como comandava as suas próprias atitudes. Mas Asher a confidenciou que o casamento dele não estava bom e ela, como uma boa colega, disse que ele precisava sentar e conversar com a esposa. E, em sua cabeça, sentar e conversar com Candice não era a mesma coisa que enfiar a língua em sua boca, quando ela não esperava. A grande questão é que agora era como uma grande vilã para o público. Sua carreira poderia terminar tão rápido quanto começou. Seria mais sempre a bruxa que separou o casal queridinho de Hollywood e ela não sabia como lidar com isso. E também não sabia como lidaria com ele... Com .
Eles estavam juntos há tão pouco tempo, ainda naquela fase em que estavam se conhecendo, se curtindo, onde não tinha uma pressão para um relacionamento, mas tinha a pressão interna dela mesma. Porque estava absurdamente encantada por , gostava muito dele, mais do que realmente gostaria. Só que com toda essa confusão, ele poderia não querer mais nada com ele. O julgaria por isso? Provavelmente não, mas ficaria arrasada, com toda a certeza.

O celular vibrou rompendo o silêncio e o brilho clareou parte do quarto. Uma notificação de mensagem apareceu na tela e o nome fez o coração de acelerar mais do que ela gostaria. Era . A mensagem era simples, apenas um “oi” e uma carinha feliz. Ele estava na cidade e ela sabia, mas não teve coragem de mandar uma mensagem. Não sabia o que falar porque ele, com certeza, já estava sabendo de tudo. Respirou fundo, bloqueando a tela sem responder. O celular vibrou novamente e suspirou, fechando os olhos fortemente, não seria fácil ignorá-lo.

“Bar do Lado Leste, onde você está?”
, 22:45

“Estou em casa.”
, 22:47

“Por favor, queria conversar com você.”
, 22:47

“Tudo bem.”
, 22:50

Seu corpo inteiro gelou ao ler “queria conversar com você”, porque parecia um primo distante do “precisamos conversar”, e em sua experiência, ela sabia que essa frase nunca vinha acompanhada de algo bom. Era como um prelúdio para a catástrofe. Um aviso do caos. Uma pequena amostra de terror.
Levantou da cama a muito contragosto, indo até o closet. Procurou uma roupa básica e que disfarçasse bem que era ela. Olhou-se no espelho e suspirou baixo, soltando um lamento. Seu cabelo estava horrível, suas olheiras fortemente marcadas e o rosto inchado pelo choro que não conseguiu segurar naquela tarde. Ela estava péssima, como poderia encontrar dessa forma? Prendeu os cabelos num rabo de cavalo alto, passou um pouco de maquiagem no rosto e um batom nos lábios. Vestiu um casaco leve e com capuz, colocando uma jaqueta de couro por cima. Com o capuz por cima da cabeça, saiu do apartamento, descendo rapidamente até a garagem e torcendo para conseguir sair sem nenhum problema.

Chegou no bar cerca de meia hora depois que mandou a mensagem para . Eles costumavam frequentar aquele lugar quando estavam na cidade, então entrou pelos fundos sem cerimônia, vendo o rapaz na mesa que sempre ocupava. não conseguiu conter o leve suspiro que soltou ao vê-lo, mesmo ainda distante. Talvez nunca conseguiria estar totalmente livre dessas influência que tinha sobre ela. Ele sempre conseguia mexer com a sua cabeça, impedindo que conseguisse pensar direito. E também mexia com o seu coração, porque ele batia de forma desesperada só de olhar para ele. Ela estava totalmente ferrada e sabia disso. O rapaz olhou em sua direção, sorrindo de lado quando a viu. Ele não podia sorrir dessa forma para ela, não se tivesse a intenção de deixá-la.

- Eu estava com saudades de você. – a voz dele soou sincera e ficou tudo ainda pior quando ele sorriu de lado, com os olhos azuis brilhando de forma indescritível. pensou que poderia se afogar naquele mar azul. E a voz... ah, a voz. Ela podia ouvir falando pelo restante de sua vida, que nunca iria se cansar. Sempre que escutava aqueles lábios se torcerem para falar o seu nome, sentia as pernas fraquejarem. estava com a barba por fazer, o que lhe deixava ainda mais irresistível, com um ar de despreocupação, desprendimento, que o deixavam despretensiosamente sexy.
- Eu também. – a menina murmurou em resposta, vendo o rapaz estender a mão por cima da mesa para que ela segurasse. pensou por alguns segundos, antes de deixar o braço cair ao lado do dele, não colocando sua mão onde ele esperava.
- Qual o problema? – perguntou, vendo a expressão da menina se contorcer numa careta engraçada.
- Você quer que eu liste por tamanho, data? – disse, meio irônica. balançou a cabeça, colocando ele mesmo sua mão em cima da que a menina colocou sobre a mesa. – A minha vida se tornou um problema nos últimos dias, . Não finja que você não sabe o porquê. Aliás, estou surpresa que você tenha me mandado uma mensagem, já que...
- Já que o que, ? – ele indagou, com a expressão sisuda. – Eu não pedi que você viesse aqui para brigarmos, eu só queria conversar com você, saber como você está diante disso tudo.
- Como você acha que eu estou? – perguntou de forma retórica. – Fui jogada no meio de um furacão, sendo colocada como culpada de algo que eu não fiz. Eu não o beijei, , muito menos tenho algo com ele. Foi ele que me beijou quando eu menos esperava. E agora eu estou sendo taxada de amante, de tudo de ruim que você possa imaginar. Se você abrir o Twitter. – falou, pegando o celular e abrindo o aplicativo. – Você verá as coisas maravilhosas que estão me chamando. Tem vadia, piranha, vagabunda. Ah, tem até um meretriz aqui mais embaixo. Então eu volto a perguntar, como você acha que eu estou? Eu não fiz nada, eu não...
- , eu acredito em você. – ele disse, tocando seu braço, tirando o celular de sua mão e fazendo com que ela ficasse em silêncio. apoiou o corpo na cadeira, cruzando os braços na altura do peito. Respirou fundo, soltando o ar pesadamente, balançando a cabeça lentamente. – É muito difícil ver as coisas que estão falando de você na internet e não me preocupar, então eu pensei: “acho que ela pode estar precisando de um apoio, pode estar precisando de mim”, então eu limpei toda a minha agenda, voei de Los Angeles até Nova York e sou recebido assim. Não quero fazer disso um drama meu, porque não faz nenhum sentido, mas será que você não pode ver que eu só quero te ajudar? Só quero ficar do seu lado. Em nenhum momento eu te acusei de alguma coisa, acusei? Questionei se você estava certa na história? Porque eu sei que você não faria nada disso.
- Me desculpe. – pediu, fechando os olhos e apertando a ponte entre eles com os dedos. Respirou fundo algumas vezes, antes de encarar o rapaz novamente. – Tá tudo muito difícil e eu não sei o que fazer.
- Então me deixa te ajudar. – pediu, apoiando o corpo na mesa, se inclinando na direção da menina. Seus olhos brilhavam em expectativa e um sorriso bobo surgiu no canto dos seus lábios. – Eu, infelizmente, não posso fazer tudo isso parar, tirar as fotos da internet e acabar com os comentários, mas eu posso te levar pra longe de tudo.
- Como assim? – perguntou, já não se sentindo tão mal quanto antes. Claramente já tinha dissipado algumas das muitas nuvens escuras que ocupavam o seu peito.
- Eu quero sua permissão para te sequestrar por três dias. Só isso. Te levar para longe de toda essa confusão, limpar sua cabeça, fazer você esquecer de tudo. – sorriu abertamente, como se quisesse convencê-la assim. Só que ele não precisava disso para arrancar um “sim” dela. – Você pode sumir por três dias?
- Com você? – respondeu, com voz mais leve. – Três. dez. Vinte. Ou até mesmo trezentos e sessenta e cinco dias.

e se conheceram cerca de seis meses atrás, na festa de lançamento do último filme do rapaz. Ambos eram atores iniciantes e começaram uma amizade, que em pouco tempo acabou evoluindo para algo mais. Há dois meses eles tiveram o primeiro encontro real, como um casal, só que já estava envolvida muito antes disso. Ela se encantou pelo rapaz na primeira vez que colocou seus olhos nos olhos azuis do rapaz. O seu jeito simples, de ter sido criado numa cidade do interior, ainda estava nele. O sorriso caloroso e a voz suave, capaz de fazer com que todos os pelos do corpo da menina se arrepiassem e que ela perdesse totalmente o controle, eram duas de suas maiores armas. Mas a principal era a personalidade dele, como um todo. Além de se manter simples, centrado, com os pés no chão, era muito receptivo com as pessoas, era incrível com a legião de fãs que já possuía e conquistava as pessoas após trocarem apenas poucas palavras. Era um carisma, uma aura boa que saia dele, uma coisa inexplicável. Só que não sabia se deveria falar essas coisas pra ele, porque estavam juntos, se é que estavam juntos ainda, há tão pouco tempo. Ela morava em Nova York, ele morava em Los Angeles. Eles se encontravam quando conseguiam conciliar os horários e as agendas, o que não era muito fácil. Será que era muito cedo para dizer qualquer coisa? Será que ela deveria abrir seu coração dessa forma? Será que ela deveria ficar tão vulnerável? Mas só de olhar pra ele, já estava perdida.

não deixou que a menina nem mesmo voltasse no apartamento. Eles entraram no carro dela e seguiram pelas ruas ainda movimentadas, como se estivessem sem rumo. Ela não estava preocupada, muito menos se importava. Desligou o celular e se permitiu respirar fundo pela primeira vez em dias. O rapaz, que estava ao volante, sorria de lado, enquanto dividia seu olhar entre a menina e o trânsito à sua frente. ligou o rádio deixando rolar a música que estivesse tocando, para sua sorte, era uma das músicas velhas que ela tanto gostava, então se pegou cantarolando baixinho por cima da melodia suave. Sentia-se tão bem, tão em paz, que poderia viver na estrada ao lado de pelo restante de sua vida. Passaram pela Ponte George Washington, em direção a Nova Jersey e ela ainda não sabia onde estavam indo.

- Aonde você está me levando, ? Eu posso saber? – perguntou, divertida, vendo o sorriso do rapaz se torcer num sorriso largo.
- Não vamos demorar pra chegar. É bem pertinho daqui, mas ainda assim é longe de tudo. E você vai descobrir quando chegarmos.

Seguiram pelas margens do Rio Hudson, passando pela divisa do estado de Nova York com o de Nova Jersey e depois fazendo o movimento inverso. sorriu, estava gostando do suspense, mas queria saber onde estava indo de verdade. Quando o rapaz virou a esquerda, saindo da rodovia principal, ela viu a placa sendo iluminada pelo farol: “Nyack”. Esse nome não lhe era estranho, então tentou buscar da memória onde tinha ouvido antes. Percorreram as ruas já vazias da cidade, pois era madrugada de sexta-feira e, aparentemente, essa não era uma cidade como Nova York. Após um pouco mais de uma hora no carro, parou o mesmo na entrada da garagem de uma casa. A rua parecia de filme antigo, com aquelas casas grandes, de subúrbio, com árvores no quintal, molduras coloridas na janela e uma cerca branca na frente. Era o tipo de lugar que trazia paz, uma sensação de casa de verdade.

- Chegamos. – o rapaz anunciou, desligando o carro e virando na direção da menina, com sua expectativa expressa em seu rosto.
- Onde estamos? – perguntou, havia um vestígio de preocupação em seu tom de voz curioso.
- Na casa dos meus pais. – respondeu, depois de ficar em silêncio por um tempo. A menina prendeu a respiração, encarando-o com a boca entre aberta e a expressão alarmada.
- , você acha uma boa ideia? – perguntou, vendo o rapaz dar de ombros, como se não importasse muito.
- Eu queria que você os conhecesse, e, bem, eu tinha que vir pra cá, estava adiando há várias semanas, minha mãe já estava me cobrando, então só pensei em unir o útil ao agradável... – ele explicou rapidamente – Espero que não seja um problema. – completou, estudando o olhar preocupado da companheira.
- Não, não é um problema. É só que... – ficou em silêncio por alguns segundos, apenas encarando os olhos azuis de , que brilhavam levemente em expectativa. – É um pouco sério.
- Bem... – ele ponderou, com um sorriso no canto dos lábios. – Espero que isso também não seja um problema.

A casa estava escura e silenciosa. Já passava da meia noite, então os pais do rapaz estavam dormindo. perguntou se ela queria comer alguma coisa, disse que não, então eles subiram as escadas em silêncio, seguindo pelo corredor, até a última porta. Ele a abriu, revelando um quarto que demonstrava aquela fase típica entre adolescência e a vida adulta. Tinham alguns troféus da escola numa prateleira acima da cama, alguns livros empilhados de forma organizada numa mesa perto da janela, um enorme puff preto num canto, onde conseguiu imaginar um monte de bagunça anos atrás.

- Você não tem muita cara de esportista. – ela comentou, mordendo o lábio inferior, tentando não rir.
- Mas eu era muito bom no basquete quando tinha quinze anos, comparado com os outros meninos de quinze anos. – respondeu, fingindo estar ofendido. – Enfim, aqui no armário. – ele caminhou até uma porta um pouco mais à esquerda da entrada. – Tem umas roupas minhas, minha mãe mantém tudo limpo, porque é o que eu uso quando estou aqui. Vou até pegar algo para usar. – disse, pegando algumas peças lá dentro rapidamente. – Amanhã nós podemos resolver essa nossa loucura de sair sem pegar nenhuma bagagem.
- Tudo bem. – a menina respondeu, balançando a cabeça lentamente. Sentiu seu estômago se revirar de estar sozinha com ele naquele quarto, mas todas as coisas que se imaginava fazendo com ele, não eram muito indicadas de fazer com os pais dele em casa e tão perto.
- O banheiro é ali no fundo. E eu vou lá para baixo, pra deixar você descansar. – falou, se preparando para caminhar até a porta, mas o impediu.
- Pra onde você vai? – perguntou, segurando seu braço de forma gentil.
- Vou dormir lá no sofá da sala.
- Não, , isso não tem lógica. Esse quarto é seu, eu durmo lá. – disse e ele apenas rolou os olhos, fazendo uma careta.
- Eu não vou deixar você dormir no sofá. – disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Eu tinha duas opções: a primeira era o sofá grande e confortável lá da sala; e a segunda era dividir essa cama com você. Por mais que eu queira muito escolher a segunda opção, e de saber que você também gostaria de escolher essa, sei que você não iria dormir comigo na primeira noite casa dos meus pais. – fechou os olhos, sentindo o rosto esquentar. Com toda a certeza ela estava toda vermelha. , então, se aproximou, tocando uma de suas bochechas com a ponta de seus dedos, passando seu nariz no dela. Passou o braço livre por sua cintura, trazendo-a para mais perto, juntando seus lábios por um breve segundo, antes de continuar. – Então tenho que aceitar a primeira opção. – embrenhou as mãos nos cabelos do rapaz, trazendo seus lábios para os dela novamente. A resistência que havia entre eles só existia para aumentar o desejo. As mãos do rapaz apertaram a cintura da menina com um pouco mais de força, fazendo-a ofegar brevemente, soltando o ar de forma pesada por entre os lábios. – Espero que mude de opinião em relação à segunda noite.

sentiu um leve toque em seu rosto e abriu um pouco os olhos, vejo o olhar atento de em sua direção. Ele tinha um sorriso fraco nos lábios, sentado na pontinha da cama.
- Tá na hora de acordar. – sussurrou, vendo a menina apertar os olhos e cobrir o rosto novamente. – Meus pais estão lá embaixo te esperando. – abaixou o cobertor até a altura do nariz, encarando o rapaz com a expressão um tanto quanto alarmada.
- O que você falou de mim pra eles? – perguntou, com a voz baixa, reprimindo um sorriso.
- Que você é uma pessoa incrível, que tava passando por um momento difícil e que veio se esconder aqui na cama, como sempre faz. – deu uma piscadela, vendo a menina rolar os olhos. – Tá, só a primeira parte é verdade. Não sei se eles sabem dos boatos, mas se sabem, não falaram nada, porque eles sabem quem você é, porque eu já tinha falado antes.
- Você já tinha falado de mim? – falou mais rápido do que gostaria, sentindo o rosto esquentar novamente. se arrependeu da pergunta logo após fazê-la, ela ficava muito entregue quando se tratava de .
- Eu falei de você pra minha mãe depois que nos conhecemos. – ele sorriu de lado, com os olhos azuis brilhando. – Lembro de dizer exatamente assim: “mãe, conheci sua futura nora hoje.” – franziu a testa e começou a rir, vendo a menina bufar, sentando na cama. Ele sentou mais perto dela, apoiando o braço em sua perna. – Tá, não foi isso que eu falei, mas eu falei de você, sim.
- Já vi que você não vai falar nada, então vamos descer. Preciso só lavar o rosto, aparecer apresentável. – comentou, colocando as pernas para fora da coberta esticando o corpo.
- Tem tudo o que você precisa no banheiro. – o rapaz falou, deixando o corpo cair na cama e fechando os olhos por alguns segundos.

Quando desceram, Helen e Steve terminavam de arrumar a mesa para o café. não sabia o que falar nem como agir, mas assim que viu Helen sorrir em sua direção, da mesma forma que o filho fazia, ela se sentiu bem. Como se a mais velha também tivesse o poder de acalmar o seu nervosismo. Já Steve parecia ser mais calado, mas a menina ficou surpresa com o fato de ser igual ao pai. Eles eram iguaizinhos, os mesmos olhos azuis, o formato do rosto, a expressão marcada, o que diferenciava era que tinha o sorriso da mãe, só isso.

- Tem planos para hoje? – Helen disse, chamando atenção do jovem casal que estava sentado do outro lado da mesa. – O dia tá tão bonito, , por que não a leva para conhecer a cidade, ir até a marina, ao parque?
- Deve ter sido muito legal crescer por aqui, com o rio por perto, o parque. – a menina exclamou, com um sorriso sincero nos lábios. – Eu cresci numa fazenda da Georgia, então não tinham nada disso por perto. A nossa diversão era andar a cavalo, de bicicleta, mas, pelo menos, eu sei dirigir um trator. – ela riu, vendo Steve fazer uma expressão surpresa.
- Então depois você tem que me levar de carona no seu trator. – disse.
- Acho justo.
- Também temos que resolver o problema técnico da bagagem, então acho que podemos fazer isso agora durante o dia. Te levo para conhecer parte da cidade, podemos almoçar fora e voltamos mais tarde para jantar com meus pais. – o rapaz propôs, comendo um pedaço de bolo logo após falar.
- Por mim tudo bem.
- Então vou preparar as coisas para fazer uns hambúrgueres mais tarde. – Steve disse, olhando para o filho, que fez uma leve comemoração.
- Os hambúrgueres do meu pai serão os melhores que você vai comer na sua vida. – disse para , que parecia não estar entendendo. Steve riu na direção da menina e ela sorriu de volta.
- Ah, então já estou ansiosa, porque eu adoro hambúrguer. – falou, forçando a entonação no “adoro”, para demonstrar bem seu interesse.


O céu estava azul, mas o sol não estava muito forte. O vento era fraco, mas ainda assim estava um pouco frio. dirigia pelas ruas quase vazias e cheias de árvores de sua cidade, enquanto fechava os olhos e apenas sentia a brisa gelada contra o seu rosto. Eles passaram pela marina, viram os barcos no rio, caminharam pelo parque e agora seguiam para o centro, para almoçar. nem conseguia acreditar em toda a liberdade que eles tinham, como conseguiram andar tanto sem ter ninguém atrás deles, querendo saber sobre a confusão ou qualquer outra coisa. Ela estava feliz por poder parecer invisível por um tempo.

- Temos um shopping na cidade, mas não acho que seja uma boa ideia. Talvez almoçar aqui pelo centro seja melhor, tem algumas lojinhas de roupa também. – comentou, quando virou o carro na que parecia ser a rua principal da cidade. Ele parou no sinal e olhou ao redor, enxergando uma loja de roupas femininas mais à frente e do outro lado da rua uma pizzaria.
- Podemos comer pizza? – sorriu, como se quisesse convencê-lo, mas nem precisava de muito esforço.
- Podemos. – respondeu, parando o carro numa vaga mais à frente. Sentaram numa mesa mais ao fundo da pizzaria, contando com a discrição do garçom e dos demais funcionários, que os reconheceram na hora. Fizeram o pedido e ficaram rindo quando perceberam que as pessoas vinham da cozinha para espiá-los, muitos com os celulares nas mãos. Sabiam que corriam esse risco, mas não se importavam.
- Você sabe que nossas fotos estarão na internet em alguns minutos, não é? – perguntou, vendo o rapaz retirar os óculos escuros e balançar a cabeça, afirmando. – E você também sabe que as coisas podem ficar chatas pra você agora que vão te relacionar comigo, certo? – repetiu o gesto, seguido por um movimento com os ombros, mostrando que não se importava.
- Eu não ligo, . Na verdade... – ele parou de falar, mordendo o lábio inferior e olhando para trás, vendo que tinham uma plateia. – Deixa, eu falo depois, tem muita gente aqui.

Depois que comeram a pizza, os dois saíram, de forma discreta, atravessando a rua até a loja que a menina tinha visto de longe. Era algo simples e a única vendedora que estava lá se assustou quando viu quem era sua cliente. A menina, que deveria ter uns vinte anos, estava a ponto de ter um surto enquanto encarava os dois atores, mas tentava manter o profissionalismo. tentou tratá-la de uma forma normal, para que ela não ficasse nervosa, mas enquanto mostrava as peças que tinha, a menina tremia as mãos e gaguejava um pouco. A atriz escolheu algumas peças e cedeu ao apelo da menina para que tirassem uma foto juntas. usou o provador da loja para trocar a roupa que usava e colocar algumas das peças novas e, se despedindo da menina, voltou para o carro com . Passaram o restante da tarde passeando pela cidade, curtindo o dia livre, sem nenhuma preocupação com nada. Provavelmente as fotos que tiraram já estavam na internet, as pessoas já deveriam estar falando sobre, mas nem mesmo o celular tinha levado com ela. Quando perguntou se ela queria sumir com ele, ela levou o convite a sério e ao pé da letra. Estava incomunicável desde o momento em que deixaram o bar na noite anterior e não se sentia tão bem, tão livre, há muito tempo.

Voltaram para a casa dos pais do rapaz, que já estavam preparando o jantar. Após tomar um banho e trocar de roupa, se prontificou a ajudar de alguma forma. Colocou a mesa, ajudou a cortar os pães, enquanto ria das histórias que Helen contava de quando o filho era criança. A menina se sentia tão bem ali, tão acolhida, que era como se aquelas pessoas a conhecessem de sua vida toda. A aura boa que emanava do rapaz não era algo apenas ele, era de família, agora ela tinha percebido. Por mais que eles soubessem, ou não, do que estava acontecendo com ela, parecia não fazer diferença. sentiu os olhos de nela a noite toda, como se ele estivesse preocupado ou estudando como ela estava. Mas só queria sorrir e dizer que estava tudo bem, que era tudo graças a ele e sua família.

- , você vai dormir no sofá de novo? – Helen perguntou e o rapaz olhou rapidamente na direção de , que estava lavando os pratos, de costa para ele. Encarou o reflexo da menina no vidro da janela, estudando sua expressão.
- Por quê? – ele indagou, vendo a mãe colocar os pratos limpos em cima da bancada, virando em sua direção.
- É que eu queria limpar a sala amanhã de manhã e com você dormindo na sala, não daria. – a mais velha sorriu de lado, vendo o filho reprimir um sorriso.
- Acho que posso dividir meu quarto com a . – disse, olhando para a menina e vendo que ela também o encarava pelo reflexo à sua frente.
- Ah, que bom então, problema resolvido. – a mais velha disse, voltando sua atenção aos pratos que organizava para guardar.


saiu do banheiro e se surpreendeu ao encontrar deitado na cama, com os braços apoiados atrás da cabeça, enquanto a encarava, com um sorriso fraco nos lábios. Ele fez um sinal para que ela se aproximasse e como se não tivesse escolha – e realmente tinha? – ela caminhou até cama, vendo-o escorregar até o pé ficando a sua espera. Suas mãos tocaram a cintura da menina, puxando-a para mais perto, fazendo com que seus rostos ficassem quase colados. Ele levantou os olhos até encarar os dela, levando uma de suas mãos até seu rosto. fechou os olhos sentindo seu toque leve, reprimindo um suspiro quase sofrido de sair pelos seus lábios. Trocaram um beijo sereno e calmo, apenas curtindo a presença um do outro.

- . – o rapaz disse, buscando seus olhos. Ela encarou aquela imensidão azul e respirou fundo, enquanto ainda se lembrava de como respirava. – Eu queria falar com você mais cedo, só que não deu, porque tinha muita gente.
- Sim, eu lembro. – a menina comentou passando as mãos pelos ombros dele, passando os dedos levemente por sua nuca.
- E eu preferia falar isso com calma, porque, bem, eu não sou bom nisso, mas vamos devagar. – ele sorriu de lado, tentando passar alguma tranquilidade para ela. – Eu estou apaixonado você. Sei que sempre falamos de levar as coisas devagar, sem pressa, para vermos onde conseguimos chegar, mas comigo não funcionou assim. Quando eu te conheci, sabia que estava completamente perdido, porque você me atingiu em cheio, foi forte, foi algo que eu não esperava. E então você também estava interessada e eu não sabia como agir, o que fazer, mas acho que deu certo, porque você está aqui, comigo. – ele parou por um instante, respirando fundo, pensando em como continuar. – Eu queria que esse momento fosse outro, diferente, que não tivesse tantos problemas rodeando a sua vida, mas talvez até seja bom, porque assim você sabe que não está sozinha. Não sei como você se sente a meu respeito, mas espero muito que isso não seja um problema.
- ... – murmurou, passando a mão pelo rosto do rapaz, juntando seus lábios. Ele abraçou sua cintura com mais força, aumentando a intensidade do beijo, tombando o corpo da menina na cama e inclinando o seu sobre o dela. – Você é a pessoa mais apaixonante que eu já conheci em toda a minha vida. Passei os últimos meses tentando controlar meu coração, mas era uma batalha perdida. Eu já estava perdida, em você, nos seus olhos, na sua voz. Quando estávamos juntos, eu me via acordada de noite, apena observando você dormir, vendo sua expressão calma, o sorriso que às vezes surgia nos seus lábios e torcia para que se você estivesse sonhando com alguém, que fosse comigo. Então, . – a menina disse, tocando o rosto do rapaz, vendo o sorriso largo que ocupava seus lábios e depois encarando seus olhos azuis. – Eu também estou irremediavelmente apaixonada por você, o que vamos fazer quanto a isso?


TMZ @tmz
Após a divulgação de imagens que comprovam que Asher Spencer assediou a atriz nos bastidores do filme "Read My Mind", o ator teve a sua participação cortada no novo filme de Damien Chazelle. está cotado para o papel.
10:42 - 21 de abr de 2018

TIME'S UP @TIMESUPNOW
A atriz foi covardemente acusada de estar num relacionamento amoroso com um colega de profissão, quando o mesmo a assediou num local de trabalho. Não podemos mais permitir atitudes como essas. Estamos ao lado da e toda e qualquer que passar por essa situação. #MeToo
12:52 - 21 de abr de 2018

In Touch Weekly @intouchweekly
A diretora Patty Jenkins confirma como protagonista de seu novo projeto ainda sem nome. Ela disse que a atriz demonstrou muita força ao encarar as acusações infundadas que recebeu na última semana.
15:28 - 25 de abr de 2018

Life & Style @Life_and_Style
e foram vistos saindo juntos de um restaurante em Los Angeles na noite de hoje. Fotos do novo casal já circulam pela internet há dias e os fãs já dão como certo o relacionamento.
23:35 - 29 de abr de 2018

People @people
Após acusações de estar envolvida na separação de Asher e Candice Spencer, aparece sorridente ao lado de em fotos em sua rede social. Os atores assumiram o relacionamento na tarde desse sábado.
14:38 - 05 de mai de 2018



Fim.



Nota da autora: Senhor Jesus, eu amo essa música!
Eu tenho uma problema de pegar músicas que eu amo da Taylor para escrever fanfics, porque nunca sai nada. Até que Delicate saiu mais que o normal, claro que não ficou aquela fic INCRÍVEL que poderia ter ficado, mas espero que tenha ficado, pelo menos, legal.
Até a próxima!
Beijo da That


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Enchanted - McFLY/Finalizadas
When I'm Hurt - McFLY/Finalizadas



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