Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único



O relógio marcava 7h e eu não conseguia voltar a dormir. Rolei pela cama e tentei dormir, completamente sem sucesso. não saia da minha mente, nem Lara, e muito menos todos os problemas que estavam acontecendo. Tudo aquilo ainda iria acabar me sufocando.
O que estava fazendo? Eu estava quebrando a pessoa que amava! Mais do que nunca, era necessário arrumar minha vida!
Eu precisava de um lugar para pensar.
Levantei-me e vesti minhas roupas. Eu já tinha basicamente uma ideia em mente. Talvez uma semana fosse suficiente... Ou duas, três. O tempo não me importava. Eu iria demorar o que fosse necessário. Entrei no carro e fechei os olhos. "Seja o que Deus quiser", pensei. Encostei-me à frente da casa de e toquei a campainha.
- ? O que você quer a essa hora? – disse, bocejando e colocando os óculos.
- Eu preciso do número do caseiro daquela fazenda onde nós costumávamos ficar. – disse, rápido, já entrando e me sentando no sofá.
- Esta... Mas pra que você precisa assim tão desesperadamente? – Fechou a porta e sentou ao meu lado.
- Cara... – suspirei – minha vida está uma merda! Eu estou fazendo tudo errado, não estou machucando só , mas também Lara, e eu preciso arrumar uma maneira de me resolver com as duas!
- Eu sei, cara. Você precisa mesmo. Vou pegar o número. – subiu as escadas. A casa ficou em silêncio e eu ouvi vozes lá em cima.
- Quem era? – perguntou alguém, assim que chegou ao andar de cima. Eu podia jurar que conhecia a pessoa.
- ... Ele está com problemas e me pediu uma coisa. Eu já volto. - E logo ele estava na sala novamente. – Aqui, cara. – Peguei o cartão e levantei uma sobrancelha para ele.
– O que foi cara?
- Hum... acho que você tem companhia. – Abri um sorriso.
- É só uma amiga, idiota. – Respondeu, envergonhado.
- E por acaso o nome dessa sua amiga é , ela está no seu quarto e vocês acabaram de acordar? – Comecei a rir. Eu não podia acreditar que eles já estavam nesse nível de relação. – , você é rápido, hein?
era uma pessoa maravilhosa e era a melhor amiga de . Unha e carne. Conectavam-se apenas pelo olhar. Era incrível.
- Por acaso é a e, sim, nós acabamos de acordar, mas não aconteceu absolutamente nada que seja digno de seus pensamentos podres e sórdidos – respondeu baixo. – Eu não quero que ninguém fique sabendo disso.
- Como quiser, meu caro. Eu vou indo... Aproveite a namorada e muito obrigado! – Fechei a porta, mesmo ouvindo as reclamações. Entrei no carro e liguei para o caseiro, que atendeu rápido. – Olá, Will, aqui é o ...
- Ah, sim! , quanto tempo! Não me diga que você e os meninos irão vir para cá!
Will sempre foi uma simpatia e, apesar de eu chamá-lo de senhor, ele tinha por volta dos 42 anos, e era o garanhão das divorciadas e viúvas da cidade.
- Na verdade, só eu. Preciso de um tempo sozinho, sabe? – respondi, calmo.
- Entendo. E que dia vai ser a visita?
- Bem, se possível, hoje. Na verdade, já estou quase a caminho – disse, envergonhado.
- Sem problemas! Vou arrumar a casa. Chegando aqui, sabe onde me encontrar. Faça boa viagem, garoto. – E desliguei o telefone.
Eu já estava havia uma hora no trânsito e liguei o rádio. Péssima escolha: só músicas tristes. Enquanto parava, mais uma vez, abri o porta-luvas e um CD caiu no chão: "Músicas da ". Ela havia esquecido comigo. Talvez tivesse bom gosto. Coloquei o CD e o carro de trás começou a buzinar. Aquele trânsito de Londres era infernal. A primeira música era All About You. Eu escutava a voz do a semana toda, então pulei para a próxima. Deixei o CD tocar e percebi o quão apaixonadas todas as canções eram. Algumas antigas e eu poderia jurar que o CD tinha sido feito por uma menina de 15 anos que acabara de ter o primeiro namorado. Depois de quase 50 minutos ouvindo o que achava serem, em sua maioria, músicas da Taylor Swift, passei pelo grande portão da fazenda. Finalmente eu podia sentir a calma invadindo minha cabeça.
Já tinham se passado horas e eu ainda estava deitado no sofá, ouvindo a chuva e comendo o meu quarto miojo do dia, enquanto rezava para que na manhã seguinte fizesse sol, para poder andar na fazenda e ir ao supermercado comprar coisas não saudáveis. Will havia ido visitar a mãe e disse que apareceria mais tarde ou no dia seguinte, para dar notícias. Vez ou outra, eu me assustava com os trovões ou raios, e presumi que lá fora estivesse bem pior. Ouvi o barulho de um carro freando e, seguidamente, de uma porta batendo. Apressei-me para abrir a porta, para que, caso Will tivesse chegado, não tomasse tanta chuva, me esperando. Assim que abri a porta, dei de cara com , ensopada, com o nariz vermelho e uma mala.
- Será que eu posso entrar? – gritou, já que com o barulho da chuva e dos trovões era quase impossível ouvi-la.
- Ah, meu Deus, vem! – disse, e a puxei com a mala para dentro, fechando a porta. – O que você está fazendo aqui?
- Eu que devia fazer essa pergunta, já que eu só vim atrás de você... – respondeu, me olhando, inocente.
- E por que veio? – perguntei, meio rude.
- Porque eu... – ela iria responder, se não fosse por um espirro, que foi seguido de outro e outro.
- Você já estava gripada, agora então. vai me matar, quando eu te enviar de volta pra lá.
- Me enviar? Eu sou o que? Um tipo de correspondência que ninguém deseja? Eu vim até aqui, porque eu... – e espirrou de novo.
- Deixa disso. Depois a gente discute, ou melhor, conversa. Agora, vem aqui - falei e a peguei no colo, andando para o quarto onde havia me instalado.
- Pra onde você tá me levando, seu louco? – ela se debatia tentando escapar, mas a tentativa era inútil.
- Você está com febre e precisa de um banho já! – Coloquei-a de pé somente quando já estávamos no banheiro. – Tem toalhas e sabonetes, aí no armário. Toma banho, e eu vou pegar sua mala lá embaixo. – Antes mesmo de eu terminar a frase, ela bateu a porta na minha cara, e consegui ouvir um espirro e um “Droga!". Só não sabia se ela estava brava comigo ou com a gripe, que, por sinal, estava bem pior.



Ok. Finalmente tinha conseguido chegar aqui e, quando o que eu mais queria era que fosse doce e amável comigo, o que ele me diz? Que vai me enviar de volta. Simples assim. Como se eu fosse um objeto.
Fora a minha gripe, que a cada segundo parecia ficar mais forte. Meus espirros eram contínuos e minha garganta ardia. Pelo menos ele foi gentil em me mostrar o banheiro.
Olhei-me no espelho e, além de estar uma pilha de nervos, eu estava horrível. Meu rímel começava a manchar meu rosto, e meu cabelo estava embaraçado e armado. Desse jeito, até os pedreiros me recusariam. Eu só precisava relaxar, então tirei minhas roupas e entrei debaixo da ducha quente, que me deixava arrepiada.
Depois de me lavar, sentei no chão e deixei a água cair nas minhas costas. Eu pensava e repensava em cada palavra que eu poderia dizer para ele, mas sempre acabava achando todas muito combinadas, então resolvi deixar acontecer.
- ? Tá tudo bem? – ouvi perguntar, de fora do banheiro. Talvez eu já estivesse ali há muito tempo.
-Sim, já estou saindo. – Levantei-me e desliguei o chuveiro.
Enrolei-me em uma toalha e saí do quarto. andava de um lado para o outro e não percebeu minha presença. Limpei a garganta propositalmente, e ele olhou para mim de cima a baixo.
-É... Vou dar licença pra você se trocar e depois conversamos. – Assenti com a cabeça. – Ah, e você não trouxe blusas de moletom, então aí tem um meu. Pode usar – disse e saiu do quarto.
Olhei as roupas que ele tinha separado e, entre elas, estava uma lingerie que eu consideraria um tanto "sexy" demais só para dormir. sempre . Perde o amor, mas não perde a piada. Suspirei, pensando na possibilidade de eu não ser mais o amor dele e por isso ele ter fugido, e me vesti.
- Posso entrar? – perguntou.
- Pode.
Entrou e sentou-se ao meu lado, enquanto eu colocava o seu moletom.
- Ficou enorme em você. – Riu e apontou para a blusa.
- Também fica enorme em você e nem por isso eu comento – falei.
- Estressadinha.
- Babaca.
- Linda.
- Gordo.
- Perfeita.
- Idiota.
- Olha, eu acho que você podia ser mais doce às vezes.
- Como você foi, quando disse que ia me enviar de volta pra casa do , como se eu não fosse nada? – Ergui as sobrancelhas.
Ele abriu e fechou a boca duas vezes, como se calculasse uma resposta, mas acabou desistindo e ficamos os dois em silêncio, olhando cada um para seus próprios pés. O silêncio foi cortado por mais um desagradável espirro da minha parte.
-Saúde... Você trouxe seus remédios? – Encarou-me novamente, com seus belos olhos, que brilhavam mais sob as luzes fracas do quarto.
-Sim, estão na mala. – Ia levantar, mas ele me empurrou de volta à cama pelo ombro.
-Deita aí. - Revirou minha mala e achou os remédios, depois abriu um frigobar pequeno que tinha ali, pegou uma garrafa de água, verificando se não estava muito gelada, e me entregou. Sentou na beira da cama, de modo que ficássemos frente a frente, e me observou tomar os remédios. Ficamos cada um olhando para um canto do quarto pelo que me pareceu ser uns três ou cinco minutos. levantou-se, pegou meus remédios e foi para a sala.
Idiota, grosseirão.
Não aguentei ficar ali sozinha e fui atrás dele.
- Já podemos conversar, senhor ? Ou o senhor vai fugir de novo? – perguntei, enquanto enrolava as mangas que ultrapassavam as minhas mãos.
- Eu preciso arrumar um modo de te levar embora! , o vai me matar. Você sabe disso, não sabe?
- Cala essa boca! – gritei e logo espirrei. – Aja, uma vez na sua vida, com sanidade. , por favor, converse comigo. Seja honesto, ao menos uma vez!
fitou-me, passou as mãos pelos cabelos e suspirou. Ficou calado por vários minutos, até que se levantou e sentou no chão. Parecia não querer me encarar. Parecia uma criança, na verdade. Uma criança assustada com a realidade que batia na porta descontroladamente. E se ele não abrisse, ela iria arrombar.
- Eu só queria pensar um pouco. Tentar arrumar uma maneira de consertar as coisas sem machucar ninguém, sabe?
- Você sabe que devido a escolhas, é meio impossível não machucar ninguém, né?
- É essa a questão. Eu já machuquei você e eu te amo muito para machucar mais uma vez.
- Não diga isso – pedi e percebi meus olhos lacrimejarem.
- Isso o que? Que eu te amo ou que não quero te machucar? – encarou-me, como se suplicasse uma resposta. Nada saiu. Tudo era como um nó na garganta que não me permitia responder. Eu o amava. Mas será que o que ele sentia era amor? Eu não sabia de nada, apenas tinha minhas incertezas no bolso. – Por que você não diz o que sente? – perguntou e eu ri fraco.
- Eu não digo o que sinto?
- Você nunca diz, !
- E você? Você diz? Pelo amor de Deus, . Você fugiu! Deixou os meninos na mão.
- Então, agora, você quer falar da banda? Então, ok. Eles podem resolver as coisas sem mim.
- Não aja como se tudo fosse tão fácil!
- Eu estou falando a verdade. Só preciso entrar no palco e fazer o que eu sempre faço. Estou assumindo. Mas e você, hein? Você nunca assume nada!
- Vai se foder! – gritei e ele me olhou, assustado. – Eu não falo "eu te amo" pra uma pessoa, enquanto namoro outra, pra qual eu não dou nenhum tipo de atenção e, se você não percebe, eu não fico decepcionada só por mim, mas também pela Lara. , ela pode não ser a melhor pessoa, mas o que você quer que ela pense? Que eu cheguei pra estragar tudo? Ela não merece ser enganada desse jeito e eu não mereço que você trate nós duas desse jeito, . Agora, me diga: como posso ter certeza de que você me ama?
- Eu estou abandonando um noivado por você. Eu abandonei todas as minhas certezas por você...
- Eu nunca te pedi nada, .
- Para de ser durona, porra! Você veio até aqui só para me arrastar a uma reunião?
- Eu vim aqui porque...
- Por que, ? – indagou-me, com a sobrancelha arqueada. O silêncio tomou conta de mim. – , eu estou te fazendo uma pergunta. Estamos nisso há quatro meses...
- E, mesmo assim, você não foi capaz de se decidir, né? – Eu poderia estar sendo injusta, mas, pela primeira vez, estava pensando no meu eu e não nele. Eu o amava e isso era um fato. Mas eu não tinha nenhuma certeza se ele estava realmente preparado para lidar com aquela situação. Se ele estava realmente disposto a enfrentar todas as consequências dos nossos atos ou se tudo estava sendo da boca para fora. – Eu só sou uma segunda opção. Não importa a sua decisão. Você vai ficar bem, . Você sempre fica.
O silêncio tomou conta da casa. Só o que podia ser escutado eram os fortes ventos e a chuva torrencial. Ficamos nos encarando por um longo tempo, até que desviei o olhar para espirrar.
Veio o primeiro.
O segundo.
E eu perdi a conta de quantas vezes espirrei naquele intervalo de tempo.
- Não está na hora dos outros remédios? Eles estão na bancada da cozinha. Eu vou arrumar a cama e trazer minhas coisas aqui para a sala. Quando eu voltar, já quero que tenhas tomado ás pílulas.
- Eu odeio ter que tomá-las.
- Não perguntei. É uma ordem. Eu sou o mais velho e o mais alto da casa.
- Machista.
- Deixa essa discussão para depois. E só para constar, em nenhum momento disse que era uma ordem porque eu sou homem. É pela situação. Agora vai tomar o seu remédio.
E sumiu pelos corredores. Eu odiava ficar sozinha. Odiava chuva. Odiava estar espirrando. Estremeci, com o barulho do trovão, mas levantei-me, mesmo assim, e fui para a cozinha. Abri a geladeira, coloquei a água no copo e novamente o estrondo fez-se presente. Respirei fundo e, antes que pudesse colocar a pílula na boca, a energia acabou e outro trovão preencheu o local fazendo com que eu derrubasse o copo no chão.
- Puta que pariu! – gritei.
- ? – gritou e eu percebi seus passos.
- Não vem para cá. Só tem caco de vidro. Ai, caralho!
- Não se mexe – gritou e em poucos segundos uma luz branca iluminava meus pés. Tudo ali era só sangue e vidro. – Você e essa mania de andar descalça. Acho que, na vida passada, você era uma índia. Aliás, a Ariel andava descalça, né?
- Babaca – resmunguei e ele riu. colocou o celular no bolso e carregou-me até o sofá.
- Vou buscar a caixa de primeiros socorros que está em cima da geladeira. Pelo amor de Deus, não quebra mais nada, tá?
- Idiota – resmunguei, batendo na sua testa, o fazendo rir. voltou, minutos depois, com uma caixinha.
- Segura meu celular de modo que a luz fique voltada para cá, tá?
- Sim, senhor. – Pressionei no botão de destravar e tive uma surpresa. Uma foto nossa estampava a tela de bloqueio.
- Dá para virar para cá? – perguntou e eu virei. limpou pacientemente meu pé machucado e logo colocou o curativo. – Só cortou superficialmente. O chão estava cheio de sangue porque misturou com a água. – levantou do chão e foi em direção à cozinha. Voltou, um tempo depois, com um copo d’água e duas pílulas na mão. Dessa vez, não reclamei, mas tomei o remédio fazendo careta. Estava escuro e ele não poderia ver.
- Aposto tudo o que eu ganhar nessa turnê que sua cara foi maravilhosa.
- Você é muito babaca, isso sim – gritei e ele riu. – Seu celular.
- Obrigado.
- O papel de parede é...
- Uma foto nossa – cortou-me – Aquele dia foi legal.
- Graças a ele, estou gripada, idiota.
- Você que resolveu correr igual louca na chuva. Acho que virou mania sua, né? Ficar correndo atrás dos outros, quando tem uma chuva forte do caralho.
- Atrás de você, quer dizer.
- Você tem que parar com isso, .
- Tenho mesmo – respondi, seca.
- Você tem que descansar – falou, depois de um tempo. – Quer ajuda para ir pro quarto?
- Relaxa, eu sei o caminho – respondi e levantei-me do sofá. Dei três passos e comecei a vacilar. O corte podia não ter sido fundo, mas doía como se tivesse sido.
- Quando você vai deixar de ser teimosa, garota? – carregou-me até o quarto. Deitou-me na cama e foi em direção à porta.
- .
- O quê?
- Não me deixa sozinha.
Em quatro palavras, eu me entreguei. Em quatro palavras, me libertei. Tudo o que eu sentia ficou explicito ali. Mesmo sem conseguir vê-lo, eu conseguia perceber sua expressão de surpresa e, se duvidasse, ele estaria querendo esboçar um sorriso.
- Eu nunca vou deixar você sozinha – respondeu, ao deitar-se do meu lado. passou o braço por meus ombros e eu me aninhei no seu corpo.
- , eu...
- Tudo bem, – interrompeu-me – Vamos dar tempo ao tempo, tentar consertar isso, né? Quando eu voltar para Londres, vou conversar com a Lara e esclarecer tudo.
- – o chamei novamente.
- O que foi?
- Canta para mim? – pedi e ele suspirou, fez com que eu deitasse em suas coxas e começou a passar as mãos por meus cabelos vermelhos.
“Settle down with me, cover me up, cuddle me in. Lie down with me and hold me in your arms…”
Sua voz doce e calma preencheu o local. Parecia que eu não era mais capaz de sentir medo dos trovões, do escuro. Ele estava ali. Ele me acalmava.
“And your heart's against my chest, your lips pressed in my neck. I'm falling for your eyes, but they don't know me yet. And with a feeling I'll forget, I'm in love now.”
Ele e sua voz, ele e seu cheiro, ele e seu toque, ele e seu cabelo que já estava bem grande, ele e seu beijo. Ele e sua mania de querer cuidar e brigar comigo o tempo inteiro. Ele, simplesmente por ser ele.
“Kiss me like you wanna be loved.”
Sussurrou e eu me levantei. Passei uma perna de cada lado do seu corpo e peguei em sua nuca. parecia paralisado. E meu coração batia acelerado. A única coisa em que eu me concentrava era em como seus olhos arregalados pareciam brilhantes e ainda mais bonitos. Passei meus dedos levemente por seus cabelos e selei nossos lábios. colocou suas mãos na minha cintura e aprofundou o beijo. Por Afrodite, como eu sentia falta daquilo.
- Eu amo você – sussurrei, quando quebrei o beijo.
- Eu também te amo. Pra caralho.



dormiu em meus braços, naquela noite. Levantou mais de três vezes para ficar espirrando no banheiro, em uma tentativa falha de não me acordar. Voltamos para Londres, quatro dias depois, pois ligou desesperado, falando que tínhamos um show marcado. Faltavam duas horas, estava com o carro dela atrás do meu e estávamos a dois sinais da casa do .
- Da próxima vez que você fizer isso eu te mato. Entendeu, porra? – gritou, no momento em que passei pela porta da casa do com ao meu lado.
- Galera, relaxem. O principal chegou – provoquei
- Você quer levar um chute no saco, não quer?
- Você está bem? Tomou os remédios? – ignorou minha presença e foi logo bombardeando com perguntas.
- Tomei, querido. Nem entupido ele está mais.
- Que ótimo. Agora vá tomar um banho que você vai ao nosso show.
- Preciso ir pegar minhas roupas.
- está lá em cima – falou e praticamente correu para o andar de cima.
- Tem como vocês decorarem uma música e tocarem nesse show?
- Eu vou te matar, seu filho da puta! – gritou e socou meus ombros.



Luzes. Cartazes. E muita, muita gente gritando, praticamente implorando para o McFly entrar no palco. e eu estávamos na primeira fileira e mal podíamos esperar para vê-los ali em cima. Deveria ser emocionante. Em menos de meia hora, várias luzes começaram a piscar e eles apareceram de vários lugares. A música começou e a gritaria só aumentou. Em cada verso, as fãs acompanhavam e os meninos faziam parecer que aquilo era a melhor coisa da vida deles. Era como se eles tivessem nascido para estarem no palco e alegrar a vida de cada pessoa que os seguia.
- Pessoal, pessoal, essa é uma música nova. Espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei de escrevê-la e de estar ao lado de quem me inspirou – falou e as garotas foram à loucura.

“Do ya do ya do ya love me?
Do you need a little time?
Do ya do ya do ya want me
To hold you when you cry?

Do ya do ya do ya do ya love me?
Don't wanna hear you say maybe
Won't you tell me do you love me
'Cause i wanna know”


Ele só poderia estar brincando comigo. Tentei acompanhar a música do jeito que dava, mas a única coisa em que eu conseguia pensar era em como eu amava .


FIM



Nota da autora: Oi gente, espero que vocês gostem deste "pequeno" spoiler de uma fic que estou produzindo com uma amiga! Obrigada por lerem até aqui, aguardem.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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