Finalizada

Capítulo Único

Desde o início do fim, quando recebeu aquela carta de aceitação antecipada na faculdade da Califórnia em Los Angeles, soube que aquela não seria uma separação fácil, desde o início do ensino médio, até ali, pouco mais de três meses para se formarem nunca tinham se separado, estavam namorando há pelo menos dois anos e meio e eram apaixonados, tinham feito planos para o futuro, e eles nem levaram a sério a inscrição que ele tinha feito para a faculdade. Era extremamente inteligente, mas quantas pessoas não tentavam aquelas vagas e nada acontecia? Eles só esqueceram de uma coisa que talvez tenha sido crucial, ele tinha nascido lá, tinha família, moradia e inglês era seu idioma nativo, então com o currículo escolar e essas coisas a favor a separação veio aí.  E junto com a mudança e a separação inevitável, vieram a distância e a falta de informções. passou pelo menos um mês sem notícias do ex namorado.

— Ele se adaptou muito bem. — disse sorrindo, ele e eram os melhores amigos desde sempre, então é claro que estava feliz pelo amigo estar indo bem naquela nova empreitada. — A tia disse que parece que ele tá melhor lá do que estava aqui, mais concentrado, mais focado, mais caseiro. — Ele continuou contando animado para o grupo de amigos que incluía que só remedia seu almoço na bandeja de um lado para o outro.
— Ela fala isso porque não gostava do namoro dele. — , a melhor amiga de e namorada de vendo a amiga naquele estado tentou melhorar a situação.
— Ah é! Claro. — se sentiu culpado, não falou aquilo por mal, só passou as informações para frente e do jeito que tinha recebido.
— Tudo bem gente, o importante é ele estar se saindo bem. — disse tentando esboçar um sorriso e falhando miseravelmente. — Com licença, tenho educação física agora. — levantou da mesa, pegou a comida que nem tinha experimentando para ver se estava boa e descartou no lugar certo a caminho da porta de saída.
Era mesmo importante ele estar se saindo bem, afinal, tinha largado tudo justamente para aquilo, mas ela não se importaria em saber que ele estava tão triste quanto ela pela separação.
Como ele estava em processo de adaptação, sua mãe tinha comprado outro aparelho celular e pegado o antigo antes dele ir, então estava sem o contato de ninguém e como não tinha nenhuma rede social também, era difícil manter qualquer tipo de contato, outra coisa que tinha que aceitar, mas não estava feliz com o que custava ele abrir um Instagram pelo menos para pedir o número dos amigos e manter contato? Talvez fosse melhor assim mesmo, talvez esquecer ele daquela forma doesse menos.

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, vai logo, a gente vai se atrasar. — gritou na ponta da escada. Estavam indo para o seu primeiro dia de faculdade e desde a época do colégio iam juntas para a escola, ali não seria diferente.
— Só vou pegar meu casaco, um minuto!
Tinha mesmo se atrasado, mas em sua defesa estava arrumando as coisas na mochila e escolhendo uma roupa decente, não queria parecer que uma adolescente tinha vomitado a roupa dela. Era uma jovem adulta agora e tinha que se vestir como tal. Enfiou a mão no fundo do armário, porque sabia que tinha um casaco leve e ela queria usar ele, porque era lindo e o mais "adulto" que ela tinha no armário.
Puxou uma coisa que com certeza não era seu casaco. Mas sim a jaqueta da banda do colégio, que era de , ele tinha colocado nos ombros dela no primeiro encontro, depois que eles fizeram a abertura do jogo de futebol feminino. fazia parte da banda e do time de futebol, então, depois do jogo em que o time do colégio tinha ganhado de lavada, algumas pessoas saíram para comemorar em uma pizzaria e como era uma borboleta social foi também. E lá eles se conheceram melhor e dele prestar a naquela da banda para ela, porque estava somente com o uniforme do time de futebol, eles nunca mais se separaram e ela nunca mais devolveu a jaqueta.
E naquele momento, em que o cheiro dele ainda era tão presente na peça ela se arrependeu de nunca ter devolvido, com o tempo tinha até se esquecido de que a peça ainda estava lá, doeu mais sentir aquele cheiro dele do que saber que ele estava saindo com outras pessoas lá!
Naquela altura, ele já tinha pego o número dos amigos e quis o dela, mas não quis manter mais contato nenhum, levou mais de seis meses para ele tomar vergonha na cara e ir atrás dos amigos que estavam na vida dele desde sempre, não queria mais saber, ele até parecia outra pessoa com aquele postura, talvez ele tivesse os motivos dele e ela não podia se importar menos.
Mas sim, ainda doida pensar nele, sentir seu cheiro ou qualquer coisa que fosse, ela podia enganar qualquer um com aquele papinho, mas não conseguia se enganar nem que quisesse. Aquele foi seu primeiro amor e sabia como era difícil superar um primeiro amor.
Juntou as forças, enfiou a jaqueta de novo no armário, engoliu o choro e foi para a sua aula. Não dava mais tempo de sofrer por um macho que estava do outro lado do planeta, tinha que resolver a sua vida e ser alguém bem sucedida, tinha resolvido que só se envolveria com outra pessoa depois que estivesse e um cargo de alta patente e ganhando bem.

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— Noivos! — chegou na roda de conversa dos amigos quando estava contando alguma fofoca, ele era a pessoa mais fofoqueira do planeta Terra.
— Resolveu parar de enrolar a minha amiga e pedir a mão dela em casamento? — estava muito feliz aquela manhã, tinha sido contratada para um estágio em uma das maiores em empresas do país e tinha finalmente decidido o tema de seu TCC, estava trabalhando nele com dedicação e estar naquela empresa ajudaria muito.
— Acho que isso nunca vai acontecer. — disse com deboche e revirando os olhos.
— Amor, eu disse que depois que a gente se estabelecer financeiramente a gente casa. — abriu um sorriso amarelo.
— Por isso mesmo, talvez nunca aconteça. — Respirou fundo, era irritante como ele usava a mesma desculpa que todo mundo. Claro que não se casariam naquele momento, mas um compromisso seria legal. Não eram mais jovenzinhos.
— Ah, quem está noivo então? — estava curiosa, mas sentiu uma pontinha de arrependimento quando todos os amigos sem exceção ficaram calados. — Ah, o , nossa, eu… Quer dizer, que legal né?
— Tá tudo bem amiga? — perguntou.
— Ah claro! Quer dizer, somos o passado um do outro, não tem problema nenhum seguir em frente, espero que ele seja feliz. — Ela conseguia fingir melhor agora, mas a melhor amiga sabia que era mentira. — Eu tenho uma novidade também. — Abriu o maior sorriso do mundo!
— Arrumou o estágio? — perguntou animado, eles sempre foram bons amigos, embora ele chegasse sempre com aquelas informações inúteis sobre , sabia que não era por mal.
— Siiiim. — Ela pulava de alegria junto com os amigos, todo estavam ansiosas por aquela notícia, era uma chance única e ela merecia tudo e muito mais.
Soube que seguiu em frente e ela também estava seguindo, estava indo atrás do seu objetivo e aquele era o primeiro passo.

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— Mãe? — A mão de Jisoo estava balançando em frente ao rosto da mais velha que estava com o olhar fixo na foto que ainda carregava no fundo da carteira, todos aqueles anos tinham se passado e ela não conseguia jogar aquela foto no lixo. — A moça tá esperando, porque toda vez que você vai pagar alguma coisa fica com essa cara de marmota olhando para a carteira? A gente tá entrando em falência ou é só um golpe para que eu pague? — A filha riu e tirou de seus devaneios.
Anos tinham se passado, finalmente se casou com e tinha se casado, embora já estivesse divorciada há mais de dez anos e com os dois filhos criados e crescidos. Jisoo era sua caçula, já estava no primeiro ano da faculdade e ganhava seu próprio dinheiro como digital influencer, então, se quisesse podia pagar pelas roupas, mas também tinha ganhado e ainda ganhava muito dinheiro com seu emprego e cargo atual, então, não se importava em mimar os filhos.
— Ah me desculpe, você é inteligente demais para cair do meu golpe, não é, querida? — tirou o cartão da carteira e entregou para a atendente.
— Não mamãe. — Jisoo riu e logo parou. — Olha é o …— Levou a atenção da manhã velha para dois homens que estavam do outro lado da loja.
Ao ouvir o sobrenome, gelou, mas ela sempre gelava quando escutava aquele sobrenome.
— Quem é ? — A mãe conhecia quase todos os amigos dela e nunca tinha ouvido falar daquele.
— O gatinho da faculdade, lembram que eu te falei? — Jisoo arrumava os cabelos quando os dois homens se viraram um mais novo, com a idade parecida com a de Jisoo e um mais velho, igualmente bonito, e ela conhecia muito bem aquele sorriso.
— Jun, oi! — Jisoo foi em direção aos homens e cumprimentou o mais novo deles.
— Jisoo, como vai? — Ele respondeu sorrindo, tinha o mesmo sorriso do pai dele, e sabia que o pai, porque não tinha irmãos. — Que coincidência, você é sempre tão ocupada, o que está fazendo aqui? — O rapaz parecia mesmo curioso e parecia que eles tinha alguma coisa, talvez dê início fosse só amizade mesmo.
— Pois é! Eu dei um tempo no piano e minha mãezinha me trouxe para comprar calças novas, as minhas estão velhas. — Ela sorriu um sorriso iluminado, os tinham o dom de despertar aquele tipo de sorriso nas pessoas. — Falando nisso, essa é a minha mãe, Mamãe, esse é meu amigo Jun e o pai dele senhor . — Jisso estava feliz da mãe finalmente conhecer aquele rapaz, ela estava gostando dele, embora não tivessem nada no momento.
— É um praz…— que estava entretido com uma camiseta toda colorida no viveiro mais a frente, só tinha se inserido na conversa naquele momento. — ? — Os olhos dele brilharam, como se visse uma jóia preciosa.
— Oi , vejo que já conhece a minha Jisso. — estava com uma bola presa na garganta, queria desabar de chorar ali mesmo, todos aqueles anos fugindo de saber como ele estava, qual sua aparência ou como sua vida tinha seguido e ali estavam, com seus filhos grandes, ele mais lindo do que era antes e provavelmente muito bem casado.
— Ah sim, nos conhecemos na faculdade, eu sou o orientador do campus dela. — Ele estava amistoso, parecia que só ela ainda sentia alguma coisa por ele depois de todos aqueles anos.
— Vejo de quem a Jisoo puxou a beleza, é um prazer finalmente conhecer a senhora, ouvi falar muito. — Jun cumprimentou a mais velha.
— Espero que coisas boas. — Ela abriu um sorriso, não adiantava mesmo ficar naquela depre, ela já devia ter superado ele há muito tempo.
— O que vocês vão fazer agora? Estamos indo almoçar, porque vocês não vem com a gente? — convidou animado estava feliz em reencontrar .
— Eu não sei, filha você não queria passar naquela loja de maquiagem ainda? — não sabia se queria ou não almoçar com eles, talvez quisesse bater um papo, tudo bem eles eram adultos agora.
— A gente pode passar lá depois mamãe, eu estou com fome, vou confessar. — Ela tinha mesmo tanto reclamado de fome, como dito que queria ir até a loja, então, iriam comer sim, tinham o dia todo de folga.
— Então vamos, eu conheço um restaurante ótimo no segundo piso. — tomou a frente, queria mostrar que estava confortável com aquilo também, embora não estivesse 100% confortável, não se sentia mal, era como rever um velho amigo.

Eles almoçaram e os filhos resolveram que iriam jogar no fliperama, era legal que eles gostassem daqueles jogos, porque ainda pareciam as crianças de quendo eram mais jovens, deixando e juntos, sentados em um café em frente ao lugar em que estavam jogando.

— Quem diria né? Que meu filho e sua filha seriam amigos. — puxou conversa e só conseguia pensar "qualquer pessoa, já que era para eles serem irmãos" mas resolveu guardar a língua dentro da boca.
— É, que coincidência. — Sorriu, com o passar dos anos e os amigos em comum, passou a disfarçar bem seus sentimentos.
— Você sabe que a mãe dele não queria que ele viesse morar aqui comigo, mas acho que foi a melhor decisão, ele virou um garoto sociável e agora tem muitos amigos e ele gostar de estar aqui. — olhava para o filho com aquele olhar de alívio, parecia mesmo que tinham passado por muitas coisas.
— Isso é bom, mas eu entendo a sua esposa, largar tudo em Los Angeles e vir morar em uma cidade do outro lado do mundo deve estar sendo assustador para ela, não a culpe assim. — Era mais difícil falar daesposa dele do que ela imaginava, mas precisava manter a conversa.
— Ah não, ela ainda mora em Los Angeles com o novo marido dela e os dois filhos pequenos, nos separamos tem mais de 15 anos, mas eu resolvi voltar tem uns 10 e trouxe meu filho junto. — A explicação de fez o coração de se acender e ela não poderia deixar aquilo acontecer.
— Ah, entendi! — Ficou calada, não sabia o que responder.
— Mas me diz, no que seu marido trabalha? — Ele sempre foi assim, descarado, mas velado em boas maneiras, ela amava aquilo nele. 
— Olha, se Deus quiser como porteiro do capeta. — Ela soltou uma gargalhada e deixou um espantado.
— Que?
— Ah é que é meu ex também, a gente se separou tem uns 10 anos e ele simplesmente sumiu no mapa então eu gosto de pensar que ele morreu. — deu uma risadinha animada. Gostava de falar mal do ex marido.
— Ah, eu espero também, quer dizer, não vou ser hipócrita e dizer como alguém pode abandonar você, porque né?...
— Você não me abandonou, nós seguimos caminhos diferentes, e sabe a gente tinha como se e contar se quisesse. — O tom dela murchou naquela parte, no começo a culpa foi dele, mas se ela quisesse mesmo insistir naquele relacionamento sabia muito bem onde procurar o rapaz, era melhor amiga do melhor amigo dele tudo o que tinham eram desculpas.
— Pois é, mas eu posso te contar um segredo? — Ele olhou fundo nos olhos dela.
— Se falar que nunca me esqueceu, eu vou embora. — Ela disse alto, mas em um murmuro, como se estivesse pensando alto.
— Você ainda me conhece tão bem. — Abriu um sorriso culpado.
— Bom, eu também não posso dizer que te esqueci, então… — Abriu a carteira e mostrou para ele a foto da época em que namoravam.
— Mas nosso tempo acabou? — Parecia uma pergunta, mas não parecia ao mesmo tempo.
— Eu não sei na verdade, muita coisa aconteceu na nossa vida e nossos filhos estão nesse lance estranho deles, não sei como estou me sentindo e você ainda está tão lindo, como pode? — desembestou a falar e soltou o risinho que ela era capaz de morar nele desde sempre.
— Eu acho que a gente pode se conhecer de novo, que tal, voltarmos a ser amigos pelas crianças e ver no que o destino quer meter a gente? — pegou as mais dela que estavam geladas pelo nervosismo daquela conversa.
— Se for pelas crianças eu topo. — se sentia uma adolescente, sentia uma queimação no peito e o estômago revirando, como aquele homem era capaz de fazer aquilo depois de todos aqueles anos?
— Meu Deus, vamos virar irmãos? — Jun disse alto tirando os dois do mundinho que estavam e permaneciam de mãos dadas.
— Eu vou ficar com o quarto maior. — Jisoo disse rindo vendo a cara de espanto dos mais velhos.
— Não é nada disso…
— A gente descobriu que fomos colegas de classe no ensino médio…
— Mãe, eu vi a foto do senhor na sua carteira, em álbuns fotográficos que a senhora escondia do papai e o tio contou tudo para gente, sabe ele ser nosso professor de economia ajuda muito na hora da fofoca. — Jisoo disse rindo e sendo seguida por Jun.
— Meu Deus, ainda não consegue guardar a língua dentro da boca. — disse nervosa.
— Relaxa, vocês acham que esse encontro foi coincidência mesmo? Gente, sai dos filmes de romance dos anos 90, por favor! — Jun disse cúmplice com Jisoo. — Vamos irmãzinha, eu quero um sorvete.
— Hey seu otário, você é mais velho que eu três meses, trate de pagar o meu sorvete!
Jisoo saiu correndo atrás de Jun e deixou os dois mais velhos com cara de tacho e ainda de mãos dadas, tentando processar o que estava acontecendo ali.




FIM



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? AAAAAAAAAAAAAAAAAA EU TO ABSOLUTAMENTE APAIXONADA NESSA FANFIC E É ISSO BEIJOS
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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