Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Nós sempre fomos uma bela dupla, parceiros em tudo, pelo menos era o que eu queria acreditar, morávamos juntos há mais de seis meses e pra mim era a melhor experiência de todas, até nossa briga de ontem, onde dissemos tantas coisas, coisas que jamais pensei que fosse ouvir mas agora estava aqui sem saber onde encontrá-la, sem saber o que fazer sem ela.

DUAS SEMANAS ANTES

Tinha acabado de chegar de um bar onde estava com meus amigos depois de um dos nossos ensaios, me chamaram pra comemorar um aniversário, era pra ser apenas uns drinks que viraram vários, e quando cheguei em casa encontrei , minha namorada, superbrava de frente para a mesa posta.
– Você me deixou sozinha e eu te vejo com seus amigos, mais uma vez, enquanto eu tô aqui te esperando – Ela disse séria, assim que me aproximei da mesa.
– Foi mal, acabou acontecendo , não era minha intenção te deixar esperando – Me agachei para poder olhá-la nos olhos e ela suspirou cansada antes de me olhar.
– Seja sincero, você já tá de saco cheio? Porque se você estiver me fala, não faz isso – Nunca a vi tão chateada assim e me assustei, puxei sua cadeira e a abracei apertado.
– Desculpa, eu só esqueci de te avisar, não vai mais acontecer, prometo! – Me afastei dela para poder olhá-la nos olhos e esperei ela sorrir, demorou dois segundos mas não resistiu e me beijou de leve.
– Você ainda me paga,
– Se for na cama, eu pago, e com vontade!
– Idiota – Ela riu dando um tapa na minha bunda, me tirando uma gargalhada enquanto a pegava de surpresa e a levava para nosso quarto. E mais uma das nossas briguinhas terminou da melhor forma.
morava em Manchester antes de conseguir uma vaga em um curso de culinária aqui em Londres e eu chamá-la pra morar comigo, aqui ela já tinha seus amigos do curso e eu adorava a maioria deles, menos um, André Viccenzo, um metidinho a italiano que adorava ficar elogiando minha namorada e pegando na mão dela.
– Para de implicar com o menino, disse quando fui buscá-la na saída do curso e fiquei encarando os dois, sério, quando os vi juntos – Sabe que ele só me ajuda, e é um amor.
– Sei também que ele pode ser meio folgado, e aí eu não vou ser muito amigável.
– Aham, vai nessa, nem inventa, sabe que não gosto de ataque de ciúmes e tudo mais – Ela me parou no meio da rua e veio pra frente, olhando nos olhos daquela maneira que me deixava sem fala, como se ela tivesse acesso a cada um dos meus pensamentos.
– O.k., sei disso… Só estou dizendo que ele não é das minhas pessoas favoritas – Coloquei a mão na cintura dela e a puxei para mais perto – Você é! Com certeza!
– Ai, , o que eu faço com você?
– Tenho algumas sugestões… – Sussurrei em seu ouvido, sentindo ela se arrepiar e devolver a provocação subindo suas mãos até meu cabelo e puxá-lo antes de me beijar com vontade.
– Vem, vamos pra casa! – A puxei pelas mãos em direção ao metrô, queria ficar sozinho com ela o quanto antes.

xxx

Eu amava muitas coisas nela, desde a maneira como ela acordava e ficava um bom tempo na cama falando coisas desconexas até criar coragem de levantar, a maneira como ela era capaz de fazer um simples sanduíche com o toque perfeito virar a melhor refeição da sua vida. Das coisas mais simples às mais complexas ela sempre dava um jeito de surpreender.
Estava pensando em fazer uma surpresa pra e fui até a casa de Tristan pedir a ajuda dele, nos empolgamos e saímos para uns drinks e aí sim meu problema começou.
Era a noite do karaokê no nosso bar favorito e quanto mais bebemos, mais divertido ficava, cantei várias vezes com ele e sem ele, na nossa mesa a diversão era garantida, algumas mulheres sentaram conosco e não vi problema nisso, só quando uma delas sentou no meu colo, sabia que era hora de parar e que aquilo poderia me trazer problemas sérios com .
Quando cheguei em casa, ela ainda não tinha chegado, tomei o banho mais frio que consegui e a esperei, caí no sono no sofá e quando acordei a primeira coisa que vi foi chorando.
– Amor, porque você tá chorando? – Sentei no sofá e senti o mundo girando, me olhou furiosa e eu entendi tudo, ela já sabia.
– Amor? Me poupe, ! – Ela soltou o celular na mesa e eu levantei pra tentar chegar mais perto dela.
– Eu posso explicar, na verdade, não aconteceu nada…– Disse baixo sentindo minha cabeça latejar e quando tentei pegar nas mãos de ela se esquivou, me olhando de uma maneira indecifrável, o misto de decepção e algo ainda pior que não fazia ideia do que era.
– Porque você fez isso? Sério? Me explica? – Ela pegou o celular de novo, e lá estava a cena que mais temia, uma mulher estava sentada no meu colo, outras duas sentadas no colo do Tristan, algo me dizia que ela saberia disso e eu estava certo – A Nina me mandou ontem essas fotos, e eu não sabia nem o que responder, porque a droga do meu namorado estava com uma mulher no colo dele…
– Desculpa, amor. Eu não deveria ter deixado chegar nesse ponto, mas não aconteceu nada, fui embora logo depois disso, o Tristan ficou com elas, sua amiga deve ter visto.
– Ela viu, mas bem, isso não muda nada, .
– Como não? Amor, não aconteceu nada entre eu e essa mulher, não foi nada…
– Pra mim foi tudo, eu te pedi que se estivesse de saco cheio, me falasse. Isso machuca, sabia? – Ela apontou pro celular mais uma vez e eu a vi voltar as lágrimas com força, como eu nunca tinha a visto chorar.
, eu te amo! Desculpa, foi uma coisa tão estúpida, perdão, meu amor!
– Para! Isso não vai mudar nada agora, eu quero um tempo… – A voz dura dela, sua postura mudando bem na minha frente e eu sabia que era muito mais grave do que eu pensava.
– Quê?! Como assim? – Tentei chegar mais perto dela, e ela se virou de costas pra mim, secou o rosto, suspirou e só então voltou a me olhar.
– Eu preciso de um tempo, eu não sou e não quero ser assim, não sou ciumenta, não quero ter que me preocupar toda vez que você sumir com seus amigos….
, foi um erro, nunca mais vai acontecer – Peguei em sua mão e a senti gelada, tentei fazer carinho mas puxou sua mão bruscamente, se afastando.
– Você já me disse isso antes e aqui estamos nós… – Ela disse usando seu tom de voz mais irônico.
– Não, é sério, eu juro, amor – Tentava fazer com que ela olhasse em meus olhos e entendesse o quanto aquilo era real pra mim, mas ela não cedia.
– Também estou falando sério, – A voz embargada dela me dava certeza de que estava se segurando pra não desmoronar ali, e só então eu entendi o tamanho da minha burrada.
Quando ela saiu de casa eu não vi, mas acordar com a casa silenciosa era horrível, não vê-la na cozinha, no seu espaço sagrado era um pesadelo, ver que quase todas as coisas dela não estavam mais ali deixava a maior sensação de vazio do mundo e aquilo era insuportável.
Depois de alguns dias tentei encontrá-la, fui a todos os lugares que ela frequentava e nada, nem mesmo no curso de culinária eu a vi e comecei a me preocupar, aquele era um dos sonhos dela, ela precisava estar ali, não podia desistir.
Já tinha levado bronca de todos os meus amigos, dos amigos dela, de todo mundo que eu perguntava sobre ela, era bronca e a negativa sobre o seu paradeiro.
Em uma última tentativa, liguei para um dos melhores amigos dela em Manchester, talvez ele fosse a minha salvação.
– Oi, Johnny, tudo bem?
– Não falo com traidores
– Ah, então você já sabe… Sei que fui um idiota
– Idiota, cretino, mau caráter
– O.k., tudo isso e muito mais, pelo amor de Deus, sabe onde está a ?
– Não! – Ele disse rápido demais e aquilo me deu esperanças – Não sei.
– Preciso encontrar com ela, pedir perdão, eu amo a , mesmo que ela não me queira mais, só quero tentar mais uma vez.
– Não sei porque está dizendo essas coisas pra mim.
– Caso você saiba de alguém que queira saber dessas coisas.
– Tchau, .
– Tchau, Johnny.
Dois dias depois recebi uma mensagem do Johnny: “Antigo apê em Manchester”
Desconfiava mas preferi respeitar o espaço deles, a viagem que costumava demorar em média quase 4 horas, acabei fazendo em 3, indo o mais rápido que pude, sem nem saber o que diria, eu me vi ansioso para apenas ver mais uma vez.
Aproveitei que uma das vizinhas estava saindo e entrei no antigo prédio de , assim que fiquei diante da porta dela senti um frio na barriga enorme. Apertei a campainha e ela me deixou esperando algum tempo até ouvir a porta ser destrancada.
Entrei e foi direto pro sofá, ficou sentada me esperando começar a falar.
– Você desapareceu, te procurei em tantos lugares… – Com as mãos no bolso, sem nem saber direito o que dizer comecei de qualquer jeito.
– Eu estava sufocando ali, me perdendo e se eu não parasse pra respirar seria muito pior…
– E seu curso? – Perguntei a olhando ainda de longe e ela apenas deu de ombros em resposta.
– Não se preocupe, eu dei um jeito
– Você não vai largar né?
– Sabe que não, eu amo estar ali, mais do que…
– Pode dizer, sei que quer…
, o que quer aqui? Eu não sei se estou preparada pra ficar remoendo as coisas, acho que esse tempo ainda não acabou – me olhou um pouco impaciente e eu suspirei me aproximando dela.
– Porque precisamos ficar separados? Me diz, não podemos resolver as coisas juntos?
– Eu odeio me sentir fraca, sem controle, te ver ali se divertindo com aquelas mulheres me machucou, me ver verde de ciúmes me feriu ainda mais, não quero ser assim, não quero desconfiar toda vez que te ver perto de uma mulher, assim como, já brigamos porque não quero que você seja assim comigo…– Ela falava em voz alta cada um de seus pensamentos, mexeu no cabelo com força, como se estivesse perdida e começou a andar de um lado pro outro.
– Mas amor, isso não vai se repetir, eu juro pelo que você quiser!
– Não quero ter sempre a mesma briga, ver a história se repetindo e acabar mais decepcionada comigo por ter sido idiota, eu estava tão bem aqui… Não deveria ter ido pra Londres, não deveria ter ido com pressa demais
– Para! Para de falar assim, como se tudo que a gente teve fosse um erro, não foi… Eu sei e você também sabe que não foi, não faz isso – parecia ainda mais indecisa, inquieta, ela parou de andar e me olhou por alguns instantes antes de cruzar os braços e voltar a falar:
– Porque eu deveria continuar, ? Pra gente continuar se ferindo, pra gente se machucar de verdade a ponto de se odiar no final?
– Não! Quando você fala assim, eu não consigo ver a gente nesse quadro, nós somos diferentes, somos melhores do que isso, nosso amor não é tão frágil assim…
– Quem disse que não? Como vou saber…– Nos olhos dela eu vi uma pontinha de esperança, nada estava totalmente perdido.
– Amor, você vai ter que confiar, olha pra mim –Pedi ficando de frente pra ela, a olhando no fundo dos olhos.
– Eu te amo, de uma maneira que nunca amei ninguém e posso ter sido muito idiota, descuidado e tudo mais, mas eu ainda vejo nos seus olhos aquele brilho, o brilho de quando a gente morria de vontade de ficar sempre junto, quando Londres parecia ser do outro lado do mundo mas a gente tava disposto, eu ia ao seu encontro, você vinha até mim, nada podia nos parar – Os olhos de começaram a transbordar e eu a abracei o mais apertado que pude, sentindo ela me envolver também com seus braços e molhar minha camiseta com suas lágrimas – Me perdoa, de coração…
– Eu continuo disposto, não vou desistir de nós, nem que eu tenha que voltar a ficar nesse bate e volta de Manchester a Londres, eu não ligo!
– Ah, , isso é covardia – Ela reclamou, chorando um pouco mais, ainda em meus braços.
– Volta pra mim, vai… Não vou deixar meus erros atrapalharem a melhor coisa que já me aconteceu – Ela levantou e ficou me olhando por um tempo, até começar a finalmente se aproximar
– Eu…. Tenho medo de me arriscar e cair feio do cavalo – Ela disse baixo, como um segredo vergonhoso – Acho que não me recupero tão fácil assim.
– Eu só posso te prometer que daqui pra frente eu vou cuidar pra não te machucar desse jeito nunca mais, mas nós vamos errar e você sabe disso, mas o que a gente não conseguir o tempo ajuda a sarar… Você sempre me disse que o tempo cura tudo!
– Agora você resolve me ouvir – Ela riu e senti que finalmente ela estava voltando pra mim. – Idiota!
A ergui do chão em um impulso ouvindo o gritinho dela de surpresa seguido da gargalhada mais gostosa de todas.
– Me coloca no chão, ! – Ela deu um tapinha nas minhas costas, a coloquei no chão mas não tirei minhas mãos de sua cintura, olhei em seus olhos e ela sorriu, a trouxe mais pra perto e selei nossos lábios.
Era o encaixe perfeito, subiu suas mãos por meu braço e eu aprofundei o beijo, sem a menor pressa sentia que estávamos nos reencontrando, nossos corpos se conectavam automaticamente pedindo por mais, para matar a saudade que sufocava e maltratava a nós dois. Ela suspirou quando a ergui novamente, entrelaçou suas pernas em minha cintura e me ajudou a chegar em seu quarto, como nos velhos tempos, ali viraria nosso refúgio temporário, nosso lugar.
– Ai, não! Não, não, não! – A voz de Johnny me acordou, ouvi a risada de vindo da sala e coloquei minha cueca e a camiseta, fui até a sala e abracei minha namorada por trás.
– Vocês precisavam usar minha casinha de motel? Você me paga, – Johnny nos olhava furioso e de braços cruzados
– John, eu te amooo, para vai….– se afastou de mim e o abraçou apertado.
– Eca!! Sai daqui – Ele tentou fugir mas com um olhar de entendi o que ela queria, nós dois o abraçamos e beijamos seu rosto várias vezes.
– Ai, não! Piorou, saiam daqui – Johnny gritou e caiu na gargalhada quando fizemos cócegas nele, o deixando sem fôlego.
– Nós logo vamos embora, tá, seu chato! – disse se afastando do seu amigo, ali eu tive certeza de que ela voltaria comigo para Londres.
– Antes coloquem tudo aquilo ali pra lavar – Ele apontou pra cama bagunçada e eu ri com a cara de nojo que ele fazia – Vocês me deem um jeito naquele quarto.
– Pode deixar, nem vai perceber que estivemos aqui – Disse passando por ele e indo até o quarto começando a arrumá-lo, saiu do banho e arrumou suas coisas pra voltar comigo para casa.
– Pronta? – Perguntei pegando as malas dela, estendi a mão e ela entrelaçou seus dedos aos meus.
– Pronta! – Ela entrou no carro e a melhor viagem de Manchester a Londres começou, a sensação em meu peito era de ter conquistado uma segunda chance, a mais importante de todas, que não poderia deixar escapar de jeito nenhum.




Fim.





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Nota da autora: Oiee, meus amores!!! Como vocês estão?! Essa é a minha música favorita de Sandy e Junior e fiquei tão feliz de poder escrever com ela como inspiração, espero que tenha ficado a altura! Se quiserem saber mais desse casal, tem mais um pedacinho deles nesse mesmo ficstape na música 23. Inesquecível. Obrigada por darem uma chance pra essa história, espero de verdade que vocês tenham gostado. Se puderem, comentem ;D Vou amar saber o que vocês acharam!!
Qualquer coisa, tô sempre por aqui:@just_aliine
Miiil Beijooos, até mais!


Nota da Scripter: HELLO!! Clique AQUI para deixar uma mensagem de amor!

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