Capítulo Único
Sentir Ben se mexer em seu ventre sempre deixava emocionada e uma corrente de felicidade percorria todo seu corpo. Ela não sabia se eram os hormônios ou a ansiedade de rever suas amigas e companheiras de uma parte importante de sua vida, mas naquela semana em questão andava muito nostálgica lembrando de algumas coisas e separando algumas fotos que levaria para o encontro naquele final de semana.
10 anos depois que cada uma seguiu o seu caminho e que ela tinha deixado a Purple Hearts , essa seria a primeira vez que as seis estariam disponíveis na cidade na mesma época. Elas sempre mantinham contato online, mas com o decorrer da vida e agora cada uma trabalhando o futuro que traçou lá atrás, era tudo muito difícil. sabia que todas estavam felizes, ela também estava e não via a hora de ver as meninas e sentir novamente aquela vibração.
Quando ela enfim se casou com , somente Lia e Jane conseguiram ir, mas as outras amigas os mandaram ótimos presentes e lindas palavras de desculpas. Quando os gêmeos da Anne nasceram, ela estava lá algum tempo depois, visitando aquelas coisas rosas e bochechudas. Esteve na inauguração da Strong Woman, centro de assistência a mulheres que sofreram e sofrem com a violência doméstica e ou de qualquer outro âmbito da vida, que Lia abriu depois que passou a se aceitar e superou aquele babaca que passou pela vida. Demorou muito tempo para as feridas dela se fecharem e ela se abrir para novas possibilidades, ela adquiriu muita força e muito auto estima ao passar dos anos, estava muito orgulhosa da amiga.
Visitou algumas vezes o consultório de Jane e pelos almoços juntas, ficou sabendo que além de seus clientes habituais ela tinha separado horários especiais para tratar crianças com algum trauma, mas que os pais não tinham condições de custear as consultas. Além dela reservar mais um serviço comunitário no centro de ajuda de Lia.
Quando Carol lançou seu livro, ela o fez em um dos restaurantes da franquia de , e ela pode prestigiar a amiga, e ver o quanto ela tinha mudado, amadurecido e além de tudo estava no início de sua gravidez o que a deixou ainda mais bonita. Gina foi a que mais surpreendeu todas nesses dez anos, ela tinha acabado de voltar de Paris onde estava lançando sua mais nova coleção de roupas, uma das mais brilhantes estilistas do País, que por seus muitos contatos do passado, conseguiu ir cada vez mais longe. era com certeza uma pessoa orgulhosa não só pelo rumo que sua vida levou, mas também pelo sucesso e felicidade de suas amigas, irmãs e que por um longo tempo foi o único sentimento de família que ele tinha.
― Amor? Tá tudo bem? ― se sentou onde a esposa estava sentada no chão e passou os braços pelo corpo dela, apertando de leve em um abraço ― Porque esses olhos cheios de lágrimas, vida? Tá tudo bem com nosso meninão? ― Ele depositou um beijo carinhoso na bochecha dela enquanto acariciava a barriga aparente nos seis meses que a gestão estava.
― Oi meu amor, está tudo bem sim! ― Ela encostou a cabeça no ombro do marido fechando os olhos e colocando a mão sobre a dele em sua barriga. ― Eu estava pensando no passado e nas meninas, todo esse lance de reencontro de todas nós está me deixando sensível e emotiva. ― Ela sorriu tranquilo e suspirou.
― Foram momentos realmente difíceis meu amor, mas foram anos necessários para o nosso crescimento e dos nossos amigos. ― Ele continuou o carinho e agora beijava levemente enquanto sentia o aroma dos cabelos da amada.
― Agora estamos todas bem, felizes e bem sucedidas, isso me deixa muito orgulhosa do que fomos uma para as outras. ― Ela continuou aconchegada nos braços dele quase pegando no sono, era muito incrível a paz e o conforto que ela encontrava na presença do marido.
― Eu sempre tive muito orgulho de você, meu amor. Agora vamos pra cama que está tarde e meu filhão quase fazendo a mamãe dormir no chão.
Ela sorriu, abrindo os olhos e se levantou com a ajuda do marido. Já em pé, passou os braços pelo pescoço do homem à sua frente e sentiu as mãos dele na sua cintura.
― Obrigada por nunca desistir de mim, mesmo quando eu implorei por isso, você foi a melhor coisa que me aconteceu . ― Colou os lábios nos deles e iniciou um beijo calmo, e apaixonado, sentindo a língua dele percorrer toda a sua boca e o hálito fresco de menta, provavelmente de alguma pastilha que ele tinha na boca pouco tempo antes.
― Eu te amo ! ― Ele disse antes pegar a mão da esposa e se encaminhar com ela para o quarto principal da casa.
Purple Hearts foi uma república onde seis jovens universitárias moraram por muitos anos juntas. Essas jovens tinham vidas, costumes, educação, famílias, passados e futuros distintos. Seis moças que estavam longe de suas famílias, de sua cidade natal e que fizeram não só dali seu lar, como daquelas pessoas que dividiam a casa, sua família, força, fé e segurança. Na vida elas todas acreditavam que nada era por acaso, e que uma foi ajudando a outra à medida que foram crescendo e vencendo seus próprios monstros.
SÁBADO; 22 de Maio de 2022. br>
O Táxi parou em frente a um prédio alto no centro da cidade, eram 17:00 em ponto e elas tinham combinado às 17:15, não sabia o porquê desse horário quebrado, mas todas aceitaram quando Anne sugeriu. Passou pela recepção e subiu direto para o 12° Andar, o número do apartamento era 1235, tocou a campainha e esperou alguns minutos, segurando a sacola com o bolo de carne que levará ao encontro. Não sabia se devia levar alguma coisa, e como no momento não podia beber, resolveu levar algo que aprendeu a fazer assim que se casou. Ficou um pouco nervosa por não ter nenhuma resposta, olhou novamente para o papel e confirmou o número do apartamento. Tocou mais algumas vezes a campainha até ouvir alguém gritar um “já vai” de longe.
Mais alguns minutos passaram até que a porta se abriu.
― Liiia! ― disse abraçando a amiga que retribuiu o carinho.
― , como você está linda! ― Ela abriu um sorriso grande. ― como meu sobrinho está? ― Passou a mão pela barriga da amiga e a beijou no rosto.
― Ele está cansado, e acha que os pés da mamãe precisam de um descanso― ela riu, mesmo aquilo sendo verdade, a amiga riu junto e fez gesto para que ela entrasse e se acomodasse.
tirou os sapatos e vestiu as pantufas de convidados que estavam na porta de entrada da residência. Conseguiu ver que tinham mais três sobrando, algumas das meninas já tinham chegado ao local, pegou o celular e entregou a bolsa junto com o casaco para a amiga guardar. Caminhou na frente, do pequeno saguão até a sala de estar.
― Olha ela, fica grávida e vira a mamãe da turma. ― Gina falou em um tom alto e tomou um pequeno susto levando a mão ao peito, dramatizando um pouco mais a situação, e segurando a risada depois que a amiga arregalou os olhos de preocupação e correu em direção a ela pegando a sacola de suas mãos…
― Lia, LIAAA! Corre aqui, pelo amor de Deus me ajuda. ― Gina gritou a pela amiga que veio correndo do armário próximo a entrada descalça e com os olhos arregalados olhando para .
― O que está acontecendo? O que você fez com ela Gina?― Lia disse em um tom de desespero passando a mão por algumas partes do corpo da amiga que estava com a mão na boca segurando o riso.
― Eu não fiz nada, eu juro, eu só falei com ela, mas acho que ela se assustou. ― Gina levou a sacola até a mesa e chegou perto também da amiga, nesse momento não aguentou mais se segurar, começou a gargalhar e as duas se entreolharam sem entender nada, paralisadas.
― Vocês são uma comédia, nunca viram uma mulher grávida não? ― Ela continuava rindo, tomando ar depois de um longo tempo rindo. ― Mesmo que a Gina tivesse me assustado, não seria motivo pra acontecer nada ao Ben nesse momento da gestação. Ela se recompôs e seguiu para a sala sentando no sofá.
― Você é uma vadia louca. ― Gina disse bufando se encaminhando para a cozinha. ― Você me deixou realmente preocupada! Com quem aprendeu a fazer essas coisas? Sem tempo para que a amiga respondesse, ela deixou o cômodo e voltou a rir.
― Eu também fiquei preocupada. ― Lia disse com a voz manhosa, sentando-se do lado da amiga no sofá e a abraçando de lado.
afagou os cabelos da amiga, quando Gina veio e se jogou no sofá deitando a cabeça no colo dela.
― Eu te odeio, mas eu te amo, e amo seu bebê. ― Gina deu um beijo leve na barriga da amiga enquanto ela afagava os cabelos dela também.
DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN
A Campainha soou e Lia foi prontamente atender, Anne chegou no lugar fazendo muito barulho pulando em cima de Lia e derrubando a amiga, Gina saiu correndo em direção a porta para ajudar as amigas a se levantarem do emaranhado de corpos no chão, enquanto continuou sentada no sofá rindo do que podia estar acontecendo com aquelas três.
Anne entrou na sala pulando no sofá do lado da amiga, enchendo o rosto dela de beijos, ficou um pouco incomodada com os lábios molhados da amiga pelo seu rosto, mas depois de todos esses anos ela aprendeu a se permitir receber e demonstrar carinho para as pessoas.
― AAAAAA! ― Anne gritou do nada. Todas as meninas olharam para ela com caras de confusão.
― Como a Mamãe do ano está linda. ― Ela sorria olhando para a amiga. ― Toma! ― Ela entregou uma caixinha azul claro nas mãos dela que agradeceu o presente e abriu o embrulho delicadamente para não rasgar o papel fino que envolvia. Ao tirar a tampa puxou de dentro uma correntinha fina de ouro.
― O que é isso Anne? ― perguntou em um tom confuso olhando para a amiga.
― É um presente para o pequeno Ben, em algumas culturas que eu conheci nas minhas viagens para a América do Sul, quer dizer que protege o bebê, eu não sei se acredito, mas toda proteção é válida. ― Ela sorria de orelha a orelha enquanto abraçava .
Gina parou na frente de Anne estendendo as mãos e sorrindo.
― O que? ― Anne perguntou olhando para a amiga sorrindo.
― Cadê meu presente? ― Gina respondeu balançando as mãos.
― Você está grávida por acaso? ― Anne, olhou firme para ela com um tom de brincadeira na voz.
― Nossa sua grossa, fica dois anos sem ver a amiga e vem com umas grosserias dessas? ― Gina respondeu fingindo voz de desapontamento.
― Anne, onde estão os gêmeos? ― Lia perguntou ao entrar na sala com uma bandeja com alguns refrescos.
― Ah, deixei com o pai. ― Ela disse rindo. ― Ele disse que não tinha problema ficar com eles, mas eu aposto que já ligou para a minha sogra para ajudar. ― Coçou a cabeça de leve e pegou um copo.
― Seu marido é um anjo mesmo. ― Gina disse sentando-se ao lado da amiga.
― E porque ele é um anjo? Ele tem tanta obrigação de cuidar dos nossos filhos como eu. ― Anne respondeu na defensiva.
― Não, tá doida! Ele não é um anjo por isso, ele é um anjo por ter aturado você durante a faculdade, e todos esses anos.
As meninas caíram na gargalhada, mesmo Anne que estava fazendo cara feia enquanto se refrescavam.
DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN , DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN , DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN , DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN
A campainha soava forte e sem paciência do lado de fora do apartamento.
― JÁ VAI.― Lia gritou da sala, para que a pessoa parasse de tocar a campainha daquela forma.
― Deve ser a Carol, ela continua a mesma impaciente. ― Anne disse rindo e as amigas a acompanham na risada e balançando a cabeça positivamente.
― Nossa! Pra que todo esse barulho, não consegue esperar não. ― Lia disse abrindo a porta.
― Desculpa amiga ― Carol disse assim que a porta foi aberta. ― Eu disse pra Jane que não precisava disso, mas ela disse que precisava usar o banheiro urgente.
Assim que Carol terminou de falar, Jane passou correndo por ela, tirou os sapatos calçou as pantufas e correu em direção ao longo corredor passando pelas meninas na sala sem falar com ninguém indo direto para o banheiro.
― Aquela! ― Lia disse sorrindo para a amiga, indicando que entrasse e se acomodasse na sala com as outras meninas.
― Uau! ― Anne disse assim que Carol passou pela porta da sala. ― General Carol? Por quanto tempo eu dormi? ― Ela olhou a amiga de cima a baixo, fazendo uma cara de safada. ― Desde quando você aprendeu a se arrumar desse jeito?
A moça usava uma calça de vinil preta, camisa transparente igualmente preta e uma regata rosa por baixo, com os cabelos na altura dos ombros, e uma maquiagem linda com um batom rosa.
― Cala a boca Anne, a gente se viu semana passada e você disse a mesma coisa. ― Ela riu, comprimentando as outras meninas na sala.
― Eu achei que fosse explodir. ― Jane disse ao voltar para a sala, pouco mais de dois minutos que tinha entrado no banheiro.
― Desculpem mais uma vez! ― Carol disse para as meninas olhando para a cara de Jane.
― Tá tudo bem, estou feliz que estamos todas aqui juntas. ― disse sorrindo.
― Como você está linda, . ― Carol disse sorrindo, chegando perto da amiga. ― Minha pequena Mia mandou um presente para Ben . ― Ela sorriu, entregando um embrulho azul grande para a amiga.
― Estou ficando mimada desse jeito. ― disse sorrindo ao abrir o embrulho.
― Foi o primeiro livro que eu dei a ela, e ela disse que agora ela é uma mocinha e que Ben vai aproveitar mais. ― Carol sorriu e abraçou a amiga.
― Eu amo tanto vocês ― disse emocionada, abrindo um grande sorriso.
― Ai meu Deus, como eu sonhei por esse momento, ver os hormônios da gestação, te transformar assim. ― Anne disse, dramaticamente e rindo logo em seguida.
― Está pronto!! ― Gina gritou da cozinha esperando que as amigas fossem para a mesa.
O apartamento de Lia era lindo e espaçoso, a decoração em vermelho e rosa fizeram o coração de Carol se aquecer e ela se lembrou da amiga no primeiro ano da faculdade, antes de todo aquele transtorno acontecer. Era bom ver como a amiga estava ótima, como os anos foram bons para ela e como ela usou toda sua escuridão para iluminar a vida das pessoas. Só de pensar no quanto ela sofreu fazia o coração de apertar, mas agora estava tudo bem.
Todas foram para a cozinha e a mesa com capacidade para oito pessoas estava entupida de comida e de bebidas, se tinha uma coisa que elas faziam bem, essa coisa era comer e lembrar o passado. Começaram lembrando como os primeiros dois anos foram estranhos e o medo que tinham das muitas histórias inventadas sobre a casa. As meninas passaram um longo período rindo do que acreditavam até começarem a se entrosar e virarem a família que eram. Era lindo ver aquilo, era lindo demais, o passado foi um momento estranho, porém bem vivido e ver como tinham crescido bem, fez sentir que tudo tinha valido a pena.
10 anos depois que cada uma seguiu o seu caminho e que ela tinha deixado a Purple Hearts , essa seria a primeira vez que as seis estariam disponíveis na cidade na mesma época. Elas sempre mantinham contato online, mas com o decorrer da vida e agora cada uma trabalhando o futuro que traçou lá atrás, era tudo muito difícil. sabia que todas estavam felizes, ela também estava e não via a hora de ver as meninas e sentir novamente aquela vibração.
Quando ela enfim se casou com , somente Lia e Jane conseguiram ir, mas as outras amigas os mandaram ótimos presentes e lindas palavras de desculpas. Quando os gêmeos da Anne nasceram, ela estava lá algum tempo depois, visitando aquelas coisas rosas e bochechudas. Esteve na inauguração da Strong Woman, centro de assistência a mulheres que sofreram e sofrem com a violência doméstica e ou de qualquer outro âmbito da vida, que Lia abriu depois que passou a se aceitar e superou aquele babaca que passou pela vida. Demorou muito tempo para as feridas dela se fecharem e ela se abrir para novas possibilidades, ela adquiriu muita força e muito auto estima ao passar dos anos, estava muito orgulhosa da amiga.
Visitou algumas vezes o consultório de Jane e pelos almoços juntas, ficou sabendo que além de seus clientes habituais ela tinha separado horários especiais para tratar crianças com algum trauma, mas que os pais não tinham condições de custear as consultas. Além dela reservar mais um serviço comunitário no centro de ajuda de Lia.
Quando Carol lançou seu livro, ela o fez em um dos restaurantes da franquia de , e ela pode prestigiar a amiga, e ver o quanto ela tinha mudado, amadurecido e além de tudo estava no início de sua gravidez o que a deixou ainda mais bonita. Gina foi a que mais surpreendeu todas nesses dez anos, ela tinha acabado de voltar de Paris onde estava lançando sua mais nova coleção de roupas, uma das mais brilhantes estilistas do País, que por seus muitos contatos do passado, conseguiu ir cada vez mais longe. era com certeza uma pessoa orgulhosa não só pelo rumo que sua vida levou, mas também pelo sucesso e felicidade de suas amigas, irmãs e que por um longo tempo foi o único sentimento de família que ele tinha.
― Amor? Tá tudo bem? ― se sentou onde a esposa estava sentada no chão e passou os braços pelo corpo dela, apertando de leve em um abraço ― Porque esses olhos cheios de lágrimas, vida? Tá tudo bem com nosso meninão? ― Ele depositou um beijo carinhoso na bochecha dela enquanto acariciava a barriga aparente nos seis meses que a gestão estava.
― Oi meu amor, está tudo bem sim! ― Ela encostou a cabeça no ombro do marido fechando os olhos e colocando a mão sobre a dele em sua barriga. ― Eu estava pensando no passado e nas meninas, todo esse lance de reencontro de todas nós está me deixando sensível e emotiva. ― Ela sorriu tranquilo e suspirou.
― Foram momentos realmente difíceis meu amor, mas foram anos necessários para o nosso crescimento e dos nossos amigos. ― Ele continuou o carinho e agora beijava levemente enquanto sentia o aroma dos cabelos da amada.
― Agora estamos todas bem, felizes e bem sucedidas, isso me deixa muito orgulhosa do que fomos uma para as outras. ― Ela continuou aconchegada nos braços dele quase pegando no sono, era muito incrível a paz e o conforto que ela encontrava na presença do marido.
― Eu sempre tive muito orgulho de você, meu amor. Agora vamos pra cama que está tarde e meu filhão quase fazendo a mamãe dormir no chão.
Ela sorriu, abrindo os olhos e se levantou com a ajuda do marido. Já em pé, passou os braços pelo pescoço do homem à sua frente e sentiu as mãos dele na sua cintura.
― Obrigada por nunca desistir de mim, mesmo quando eu implorei por isso, você foi a melhor coisa que me aconteceu . ― Colou os lábios nos deles e iniciou um beijo calmo, e apaixonado, sentindo a língua dele percorrer toda a sua boca e o hálito fresco de menta, provavelmente de alguma pastilha que ele tinha na boca pouco tempo antes.
― Eu te amo ! ― Ele disse antes pegar a mão da esposa e se encaminhar com ela para o quarto principal da casa.
Purple Hearts foi uma república onde seis jovens universitárias moraram por muitos anos juntas. Essas jovens tinham vidas, costumes, educação, famílias, passados e futuros distintos. Seis moças que estavam longe de suas famílias, de sua cidade natal e que fizeram não só dali seu lar, como daquelas pessoas que dividiam a casa, sua família, força, fé e segurança. Na vida elas todas acreditavam que nada era por acaso, e que uma foi ajudando a outra à medida que foram crescendo e vencendo seus próprios monstros.
O Táxi parou em frente a um prédio alto no centro da cidade, eram 17:00 em ponto e elas tinham combinado às 17:15, não sabia o porquê desse horário quebrado, mas todas aceitaram quando Anne sugeriu. Passou pela recepção e subiu direto para o 12° Andar, o número do apartamento era 1235, tocou a campainha e esperou alguns minutos, segurando a sacola com o bolo de carne que levará ao encontro. Não sabia se devia levar alguma coisa, e como no momento não podia beber, resolveu levar algo que aprendeu a fazer assim que se casou. Ficou um pouco nervosa por não ter nenhuma resposta, olhou novamente para o papel e confirmou o número do apartamento. Tocou mais algumas vezes a campainha até ouvir alguém gritar um “já vai” de longe.
Mais alguns minutos passaram até que a porta se abriu.
― Liiia! ― disse abraçando a amiga que retribuiu o carinho.
― , como você está linda! ― Ela abriu um sorriso grande. ― como meu sobrinho está? ― Passou a mão pela barriga da amiga e a beijou no rosto.
― Ele está cansado, e acha que os pés da mamãe precisam de um descanso― ela riu, mesmo aquilo sendo verdade, a amiga riu junto e fez gesto para que ela entrasse e se acomodasse.
tirou os sapatos e vestiu as pantufas de convidados que estavam na porta de entrada da residência. Conseguiu ver que tinham mais três sobrando, algumas das meninas já tinham chegado ao local, pegou o celular e entregou a bolsa junto com o casaco para a amiga guardar. Caminhou na frente, do pequeno saguão até a sala de estar.
― Olha ela, fica grávida e vira a mamãe da turma. ― Gina falou em um tom alto e tomou um pequeno susto levando a mão ao peito, dramatizando um pouco mais a situação, e segurando a risada depois que a amiga arregalou os olhos de preocupação e correu em direção a ela pegando a sacola de suas mãos…
― Lia, LIAAA! Corre aqui, pelo amor de Deus me ajuda. ― Gina gritou a pela amiga que veio correndo do armário próximo a entrada descalça e com os olhos arregalados olhando para .
― O que está acontecendo? O que você fez com ela Gina?― Lia disse em um tom de desespero passando a mão por algumas partes do corpo da amiga que estava com a mão na boca segurando o riso.
― Eu não fiz nada, eu juro, eu só falei com ela, mas acho que ela se assustou. ― Gina levou a sacola até a mesa e chegou perto também da amiga, nesse momento não aguentou mais se segurar, começou a gargalhar e as duas se entreolharam sem entender nada, paralisadas.
― Vocês são uma comédia, nunca viram uma mulher grávida não? ― Ela continuava rindo, tomando ar depois de um longo tempo rindo. ― Mesmo que a Gina tivesse me assustado, não seria motivo pra acontecer nada ao Ben nesse momento da gestação. Ela se recompôs e seguiu para a sala sentando no sofá.
― Você é uma vadia louca. ― Gina disse bufando se encaminhando para a cozinha. ― Você me deixou realmente preocupada! Com quem aprendeu a fazer essas coisas? Sem tempo para que a amiga respondesse, ela deixou o cômodo e voltou a rir.
― Eu também fiquei preocupada. ― Lia disse com a voz manhosa, sentando-se do lado da amiga no sofá e a abraçando de lado.
afagou os cabelos da amiga, quando Gina veio e se jogou no sofá deitando a cabeça no colo dela.
― Eu te odeio, mas eu te amo, e amo seu bebê. ― Gina deu um beijo leve na barriga da amiga enquanto ela afagava os cabelos dela também.
DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN
A Campainha soou e Lia foi prontamente atender, Anne chegou no lugar fazendo muito barulho pulando em cima de Lia e derrubando a amiga, Gina saiu correndo em direção a porta para ajudar as amigas a se levantarem do emaranhado de corpos no chão, enquanto continuou sentada no sofá rindo do que podia estar acontecendo com aquelas três.
Anne entrou na sala pulando no sofá do lado da amiga, enchendo o rosto dela de beijos, ficou um pouco incomodada com os lábios molhados da amiga pelo seu rosto, mas depois de todos esses anos ela aprendeu a se permitir receber e demonstrar carinho para as pessoas.
― AAAAAA! ― Anne gritou do nada. Todas as meninas olharam para ela com caras de confusão.
― Como a Mamãe do ano está linda. ― Ela sorria olhando para a amiga. ― Toma! ― Ela entregou uma caixinha azul claro nas mãos dela que agradeceu o presente e abriu o embrulho delicadamente para não rasgar o papel fino que envolvia. Ao tirar a tampa puxou de dentro uma correntinha fina de ouro.
― O que é isso Anne? ― perguntou em um tom confuso olhando para a amiga.
― É um presente para o pequeno Ben, em algumas culturas que eu conheci nas minhas viagens para a América do Sul, quer dizer que protege o bebê, eu não sei se acredito, mas toda proteção é válida. ― Ela sorria de orelha a orelha enquanto abraçava .
Gina parou na frente de Anne estendendo as mãos e sorrindo.
― O que? ― Anne perguntou olhando para a amiga sorrindo.
― Cadê meu presente? ― Gina respondeu balançando as mãos.
― Você está grávida por acaso? ― Anne, olhou firme para ela com um tom de brincadeira na voz.
― Nossa sua grossa, fica dois anos sem ver a amiga e vem com umas grosserias dessas? ― Gina respondeu fingindo voz de desapontamento.
― Anne, onde estão os gêmeos? ― Lia perguntou ao entrar na sala com uma bandeja com alguns refrescos.
― Ah, deixei com o pai. ― Ela disse rindo. ― Ele disse que não tinha problema ficar com eles, mas eu aposto que já ligou para a minha sogra para ajudar. ― Coçou a cabeça de leve e pegou um copo.
― Seu marido é um anjo mesmo. ― Gina disse sentando-se ao lado da amiga.
― E porque ele é um anjo? Ele tem tanta obrigação de cuidar dos nossos filhos como eu. ― Anne respondeu na defensiva.
― Não, tá doida! Ele não é um anjo por isso, ele é um anjo por ter aturado você durante a faculdade, e todos esses anos.
As meninas caíram na gargalhada, mesmo Anne que estava fazendo cara feia enquanto se refrescavam.
DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN , DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN , DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN , DRIIIIIIIN DRIIIIIIIIIN
A campainha soava forte e sem paciência do lado de fora do apartamento.
― JÁ VAI.― Lia gritou da sala, para que a pessoa parasse de tocar a campainha daquela forma.
― Deve ser a Carol, ela continua a mesma impaciente. ― Anne disse rindo e as amigas a acompanham na risada e balançando a cabeça positivamente.
― Nossa! Pra que todo esse barulho, não consegue esperar não. ― Lia disse abrindo a porta.
― Desculpa amiga ― Carol disse assim que a porta foi aberta. ― Eu disse pra Jane que não precisava disso, mas ela disse que precisava usar o banheiro urgente.
Assim que Carol terminou de falar, Jane passou correndo por ela, tirou os sapatos calçou as pantufas e correu em direção ao longo corredor passando pelas meninas na sala sem falar com ninguém indo direto para o banheiro.
― Aquela! ― Lia disse sorrindo para a amiga, indicando que entrasse e se acomodasse na sala com as outras meninas.
― Uau! ― Anne disse assim que Carol passou pela porta da sala. ― General Carol? Por quanto tempo eu dormi? ― Ela olhou a amiga de cima a baixo, fazendo uma cara de safada. ― Desde quando você aprendeu a se arrumar desse jeito?
A moça usava uma calça de vinil preta, camisa transparente igualmente preta e uma regata rosa por baixo, com os cabelos na altura dos ombros, e uma maquiagem linda com um batom rosa.
― Cala a boca Anne, a gente se viu semana passada e você disse a mesma coisa. ― Ela riu, comprimentando as outras meninas na sala.
― Eu achei que fosse explodir. ― Jane disse ao voltar para a sala, pouco mais de dois minutos que tinha entrado no banheiro.
― Desculpem mais uma vez! ― Carol disse para as meninas olhando para a cara de Jane.
― Tá tudo bem, estou feliz que estamos todas aqui juntas. ― disse sorrindo.
― Como você está linda, . ― Carol disse sorrindo, chegando perto da amiga. ― Minha pequena Mia mandou um presente para Ben . ― Ela sorriu, entregando um embrulho azul grande para a amiga.
― Estou ficando mimada desse jeito. ― disse sorrindo ao abrir o embrulho.
― Foi o primeiro livro que eu dei a ela, e ela disse que agora ela é uma mocinha e que Ben vai aproveitar mais. ― Carol sorriu e abraçou a amiga.
― Eu amo tanto vocês ― disse emocionada, abrindo um grande sorriso.
― Ai meu Deus, como eu sonhei por esse momento, ver os hormônios da gestação, te transformar assim. ― Anne disse, dramaticamente e rindo logo em seguida.
― Está pronto!! ― Gina gritou da cozinha esperando que as amigas fossem para a mesa.
O apartamento de Lia era lindo e espaçoso, a decoração em vermelho e rosa fizeram o coração de Carol se aquecer e ela se lembrou da amiga no primeiro ano da faculdade, antes de todo aquele transtorno acontecer. Era bom ver como a amiga estava ótima, como os anos foram bons para ela e como ela usou toda sua escuridão para iluminar a vida das pessoas. Só de pensar no quanto ela sofreu fazia o coração de apertar, mas agora estava tudo bem.
Todas foram para a cozinha e a mesa com capacidade para oito pessoas estava entupida de comida e de bebidas, se tinha uma coisa que elas faziam bem, essa coisa era comer e lembrar o passado. Começaram lembrando como os primeiros dois anos foram estranhos e o medo que tinham das muitas histórias inventadas sobre a casa. As meninas passaram um longo período rindo do que acreditavam até começarem a se entrosar e virarem a família que eram. Era lindo ver aquilo, era lindo demais, o passado foi um momento estranho, porém bem vivido e ver como tinham crescido bem, fez sentir que tudo tinha valido a pena.
FIM!
Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Eu amo em absoluto esse filme e quando tive a oportunidade de pegar yma música não hesitei, eu amei desmais escrever esse fic e espero que tenham gostado de ler também.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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