Fanfic finalizada

Capítulo Único

Estar solteira no dia dos namorados não significa estar sozinha ou infeliz. Mas não seremos hipócritas e dizer que não sentimos uma "pitada" de inveja de felicidades dos casais que caminham felizes pela "ville d'amour"¹ - Paris.
A questão é: essas pessoas não precisariam esfregar na nossa cara toda a felicidade e amor que sentem um pelo o outro e fazer com que percebemos o quão frustrante nossa vida amorosa é.
Se é que possamos chamar "isso" de vida amorosa.
É sério! Nessa época do ano sinto como se estivesse mergulhada em algum livro de Nicholas Sparks². Sinto que para completar toda a "água com açúcar" só faltam os casais começarem a dançar Singing in the rain³ pelo "Jardin Tuileries4"
Bom, tirando toda parte da frustração de passar mais um dia dos namorados sozinha e provavelmente assistindo pela 54º vez o filme: The Notebook5, desejo a todos um FELIZ DIA DOS NAMORADOS!
E para os solteiros – assim como eu – que desejam estar acompanhado no próximo dia dos namorados, desejo sorte.

Xoxo
LG

A ruiva sentada sobre a grama do Jardin Tuileries releu o que havia escrito em seu notebook e, achando que o que havia escrito estava coeso, anexou uma foto que havia tirado de alguns casais sentados por ali. Suspirou, encarando o que havia escrito e a foto, logo apertou o botão enviar. Seu nome era , mais conhecida no mundo dos blogs como Litlle Girl, ou simplesmente as siglas LG.
era famosa em Paris por seus textos espontâneos, acompanhado de fotos tiradas pela mesma – sempre com cuidado das pessoas não conseguirem serem identificadas, já que poderia levar um processo. Apesar da fama nos blogs, não era reconhecida pelas ruas, simplesmente por ter se mantido anônima durante esses sete meses de publicações. Ela sabia que uma das coisas que fazia seu blog ser um sucesso era o mistério em volta da pessoa por trás dos textos, e ela mentiria se dissesse que não gostava de todas as especulações.
ajeitou seu gorro de lã preto e levantou, caminhando até a estação de Concorde5 para pegar o trem até a Université Sorbonne Nouvelle6.

(...)


- Por que você demorou tanto? – Emily, a melhor amiga de , perguntou assim que encontrou a ruiva na frente da universidade. Segurando um copo de café da cantina da universidade.
- Tive que resolver umas coisas – disse, sem parar para cumprimentar a amiga.
- Que coisa? – Emily era muito curiosa, e não gostava de sentir que não sabia de algo sobre a vida de , afinal elas eram como irmãs, vieram de Boston juntas, para realizar o sonho de morar em Paris.
- Nada de importante – não havia contado sobre o blog e não gostava de esconder as coisas para amiga, mas sentia que precisava dessa privacidade, era como se seu blog fosse um diário, um diário compartilhado é claro, mas seus sentimentos ainda continuavam ocultos, pois ninguém sabe que ela era autora.
- Que seja – Emily suspirou, frustrada por sentir que havia algo que sua amiga escondia. – Vamos almoçar no The Moose hoje? – estranhou, esse não era o restaurante preferido da amiga, normalmente almoçavam no Breakfast In America, que tinha comida Americana e ficava a 15 minutos a pé da universidade. Vendo a desconfiança da amiga Emily revirou os olhos. – Michel nos convidou. Um amigo dele chegou ontem dos Estados Unidos e ele achou legal que nos conhecêssemos.
- Vocês por acaso estão tentando arranjar um namorado para mim? – encarava sua melhor amiga.
- Mas é claro que não – Emily revirou os olhos como se aquilo fosse óbvio. – Michel saiu com esse amigo para olhar alguns apartamentos e disse que iria levá-lo ao The Moose, e nos convidou.
- Sei – falou, nada convencida. melhor que ninguém sabia quando o casal de noivos sempre acabava por meta-la em encontros que em sua grande maioria não dava certo. – E você por acaso conhece esse amigo do Michel? – falou, voltando a andar até sua sala.
- Não – deu de ombro. voltou seus olhos para amiga e ergueu a sobrancelha.
- Você está prestes a me levar a um encontro e nem ao menos sabe se o cara é bonito? – seu questionamento fez com que sua amiga risse.
- Não é um encontro. É um almoço entre amigos – ergueu ainda mais sua sobrancelha como quem não acreditasse. – A única coisa que eu sei é que ele é produtor de eventos e se mudou para Paris por conta do trabalho
- A culpa não é minha se vocês sempre tentam arranjar um namorado para mim – deu de ombro. – Eu fico desconfiada.
- Esse não foi intencional eu juro – Emily diz assim que chegam na sala de aula.

(...)


- Então quer dizer que finalmente você foi fisgado. Com direito a noivado e tudo – falou, rindo e logo em seguida bebericando o uísque a sua frente.
- Pois é, meu caro. Conheci uma loira que me deixou de quatro e eu não pude fazer nada além de pedi-la em casamento – falou, gracejando.
- Isso é ótimo. Você já estava passando da hora de casar mesmo – falou, rindo.
- Eu? – apontou para si. – E você? – apontou para o amigo a sua frente. – Não se esqueça que você é dois anos mais velho que eu.
- Não siga meus passos. Esse negócio de casamento não irá acontecer comigo – Michel podia perceber uma melancolia nos olhos do amigo.
- Diz isso por conta daquela garota que você contou? - perguntou curioso. quase nunca falava da garota que havia abandonado ele após três anos de namoro. Michel o conheceu dois meses depois do ocorrido e lembra-se de como ele ainda sofria com isso.
- Quem sabe – deu de ombro, era visível como ele não gostava de falar sobre esse fato, mesmo quase quatro anos depois. – Mas vamos falar sobre você e sua noiva, você ainda não me disse o nome dela.
- Ela se chama... – Michel olha para entrada e vê sua noiva acompanhada de entrando no local. – Ela chegou – disse, apontando para entrada.
rapidamente se virou e percebeu duas mulheres entrarem no local. Uma era loira, mas visivelmente não era natural, já a outra era ruiva. Seus olhos se encontraram com a ruiva, o que fez com que ela imediatamente parasse de andar e focalizasse sua atenção no homem que havia acabado de levantar pelo choque que seus olhos estavam vendo.
Michel, sem entender, também levantou e começou a questionar , sobre o que havia acontecido, mas o mesmo não prestava atenção.
Os olhos de se desviaram para sua amiga e começaram a conversar agitadamente, chamando a atenção de boa parte do restaurante para elas. Mas, mesmo assim, não conseguia ouvir o que ambas conversavam.
Os olhos do homem percorreram o corpo de . Ela havia virado uma mulher muito atraente. Se na época da adolescência ela era linda, os anos só haviam melhorado cada aspecto, seu cabelo, pode perceber, já não iam até a cintura como costumavam ser. Já seu corpo era muito mais curvilíneo do que da última vez que havia visto.
Emily discutia com . Ela parecia estar incrédula em rever depois de quatro anos. Jurava que nunca mais ia encontrar com seus olhos castanhos e pequenos. Ou suas três pintas no lado direito do seu pescoço. olhou novamente para ele enquanto Emily falava, e pode perceber no quanto ele havia mudado. Ela não precisava chegar perto para ter certeza que seu corpo não era mais o mesmo do garoto de 20 anos que deixou para trás. Ele era um homem muito bonito, com músculos totalmente visíveis pela blusa azul marinha de gola que estava vestindo.
não percebeu em que momento Emily a havia puxado até a mesa dos dois homens que continuavam de pé, só percebeu quando estava praticamente de frente para tendo apenas o corpo de Emily separando ambos.
- Oi, , quanto tempo. – Emily disfarçava bem o choque. Ambos se abraçaram e deu um singelo “oi”.
- Vocês se conhecem? – Michel estava perdido diante disso tudo. Emily sorriu para o noivo e se caminhou até ele dando um selinho em seus lábios como quem pedisse para ele se calar.
e se encontravam frente a frente depois de quatro anos. Quatro anos sem notícias, sem saber como ambos estavam levando a vida. Muita coisa havia mudado, mas ambos não sabiam o que.
estava com o pescoço e as bochechas vermelhas, o que fez com que percebesse o quando ela estava nervosa. Lembrava que seu corpo sempre reagia dessa forma, quando ela não sabia o que fazer.
Como ele a conhecia bem. Podia ter certeza que as mãos da ruiva deveriam estar suando e que seu coração seria audível pelo pescoço dela. Se ele ao menos pudesse chegar perto para confirmar o quanto ele ainda a conhecia.
- Oi, decidiu ser o primeiro a falar. suspirou como se a voz dele tornasse tudo aquilo mais real.
- . – deu um mínimo sorriso. Não sabia se o abraçava como Emily havia feito. Pois não sabia que tipo de sentimento ele nutria por ela, afinal ela o havia abandonado sem se despedir, apenas deixou uma carta, com medo que a despedida tornasse as coisas ainda mais difíceis do que já eram.
Sentia muito arrependimento por ter feito isso, a história dos dois não merecia um final dessa forma. Tendo ele na sua frente, a saudade que sentia dele acabou se tornando insuportável em seu coração e tudo o que ela mais queria era se aninhar em seu abraço, como costumou fazer por três anos.
- Posso te abraçar? – perguntou, tímida e incerta da reação dele. O medo de ser humilhada não falou mais alto que a vontade que tinha de sentir o corpo dele contra o seu, nem que fosse pela última vez. Um alívio tomou conta quando o homem sorriu.
Abraçaram-se como se fosse o abraço que faltou na despedida. pode sentir que o cheiro dela ainda era o mesmo. Ela cheirava a orquídea, sua flor preferida. Afastaram-se e ficaram ainda se encarando querendo memorizar tudo.
- Acho que podemos nos sentar agora? – Emily disse, olhando para o restante do restaurante que ainda os encaravam.
Todos se sentaram e o garçom veio atendê-los. pediu o seu prato preferido, salmão com salada. sentiu vontade de rir, e retrucar com ela como sempre fazia quando ambos saiam para comer e ela pedia salmão. Mas não possuíam mais intimidade para isso.
Ficou um critério sem ser dito de que ninguém falaria sobre o passado. Pelo menos não por hoje.
O almoço, para a surpresa de quase todos, ocorreu bem, isso porque Emily e Michel voltaram a atenção toda para eles, principalmente falando sobre o preparativo do casamento. Logo a sobremesa foi servida e todos se deliciaram.
Algum tempo depois que havia comido a sobremesa, começou a se sentir mal. Um enjôo insuportável, e ânsia de vômito fizeram com que a mesma tivesse que sair correndo para o banheiro. Assim que chegou ao mesmo e abriu uma cabine acabou vomitando no vaso sanitário. Sentiu uma coceira nos olhos e sentiu que os mesmos estavam inchando, assim como seus lábios.
Emily chegou e gritou por ela, assim que saiu da cabine Emily se assustou.
- O que houve? – fazia cara de choro.
- Eu não sei – falou chorosa.
- Parece alergia.
- Mas eu só tenho alergia a morango.
- Emily – a voz de Michel foi ouvida do lado de fora do banheiro. – está tudo bem? – Emily olhou para amiga e suspirou.
- Você precisa ir ao hospital. – odiava hospital. - Vou pegar sua bolsa. Tens escova de dente né? – Emily confirmou com a cabeça e deixou sua amiga sair, olhou-se no espelho e viu o quanto estava inchada.
Emily, ao sair do banheiro, se deparou com Michel e na porta.
- O que houve?
- Parece uma reação alérgica.
- Mas ela só tem alergia a morango – falou sem perceber. Michel e Emily a encararam. – Que foi? Eu namorei com ela por três anos, não por três meses.
seguiu Emily, que foi até a mesa pegar a bolsa de . Pegou o pote de sobremesa que antes a ruiva comia, passou o dedo pelo pote e depois, levando à boca, constatou: havia morango.
- Com licença – disse, chamando um garçom, Emily voltou sua atenção para – do que é feito essa sobremesa? – o garçom olhou para o pote.
- Frutas vermelhas.
- Isso inclui morango? – falou, pensativo.
- Isso mesmo, senhor.
- Droga – disse, resmungando. – Obrigado. – disse para o garçom.
- Ela comeu morango, precisamos levá-la ao hospital. – Emily saiu apressada.
Um sentimento de preocupação invadiu , ele se lembrava da primeira vez que viu uma crise alérgica de , de vê-la no hospital deitada naquelas camas hospitalares, os braços presos a fios.
Aquele sentimento era horrível.
Lembrou de como teve que sair daquele ambiente de se caminhar até a rua, de olhar para lua e fazer um desejo. Desejo de que sua ruiva melhorasse e que nunca mais a visse daquela forma.
Como o mundo era louco, agora aqui estava ele preocupado após três anos sem vê-la.
saiu do banheiro e pode observar alguns olhares sobre si, um desses de . A feição de era de preocupação, o conhecia suficiente para saber.

(...)


- Que horas é a próxima vez que vai tomar o remédio? – Emily perguntou preocupada.
- Às sete horas.
- Eu não acho uma boa idéia te deixar sozinha – Emily disse, suspirando com preocupação.
- Eu estou bem, vai se divertir no dia dos namorados – falou, se aconchegando na sua cama. – Qualquer coisa eu te ligo, mas não se preocupa.
- Tudo bem. – falou, ainda meio receosa. – Me ligue. – Emily deu mais uma olhada na amiga e saiu do quarto.
suspirou. Finalmente podia parar pra pensar em tudo o que ocorreu hoje. Mentiria se dissesse que a volta de não mexeu com ela. Sim, mexeu, não teria como ser de outra forma, afinal ele foi seu primeiro namorado, seu namoro mais longo, e com certeza o que ela mais amou.
A verdade é que, há quatro anos, ela, com seus 18 anos, formada no ensino médio, tinha o sonho de estudar em Paris. A oportunidade veio. Mas o receio de deixá-lo para trás era muito, mas sabia que não poderia ser feliz se tivesse recusado a proposta de estudar no local que sempre quis.
Para tentar diminuir esse sentimento de despedida, resolveu viajar sem se despedir. Deixou uma carta para que sua mãe entregasse para ele quando ele fosse procurar. Claro que mais tarde percebeu a burrada que havia feito. nunca entrou em contato com ela depois do ocorrido, mesmo possuindo seus contatos.
Sua mãe havia dito que ele saiu de sua casa raivoso e jurou que nunca mais queria lhe ver. E agora o destino fez com que se encontrassem inesperadamente, na cidade que foi um dos motivos da separação.

(...)


O som da campainha soou.
relutante levantou-se e caminhou até a porta, logo a abrindo. A imagem de a sua frente, com as mãos no bolso, parecendo meio acanhado de estar ali, a deixou com os olhos esbugalhados. Fazia uma semana que haviam se visto e desde então ela não soube mais nada sobre ele.
- Oi, posso entrar? – sua voz rouca a fez sentir arrepios. deu espaço para que ele entrasse.
- Não pensei que viria aqui – não sabia bem o que dizer.
- Espero não ser uma má hora - tirou a mão no bolso.
- Não é. Estava apenas repassando algumas matérias – sorriu.
- Último ano da faculdade é corrido – não sabia como ele soube que era seu último ano, talvez apenas houvesse deduzido pelo tempo.
- Sente – apontou para o sofá logo na frente. – Quer alguma coisa? Água? Não sei – deu uma risada tímida.
- Não, obrigado – sentou e ficou olhando para . Parecia receosa e com medo do que estava por vir – Bonito apartamento.
- Obrigada - sorriu. – E você, já conseguiu o seu?
- Estou quase fechando um, uns 15 minutos daqui de carro - suspirou, a ideia de vir aqui era para que pudessem conversar, contarem tudo o que houve nesses quatro anos separados, mas não sabia por onde começar. – Como é morar aqui? – os olhos delas se iluminaram.
- É maravilhoso – sorriu. – Só pela quantidade de museus que tem por aqui, já vale muito à pena – não conseguiu disfarçar a pitada de decepção de ouvir que havia valido à pena.
- Fico feliz – disse por fim. olhou para as fotografias espalhadas pela sala e verificou uma foto de com seus pais. – Fiquei sabendo o que houve com seus pais, eu realmente sinto muito – o olhou, e ele pode perceber seus olhos úmidos. Seus pais haviam falecido dois anos atrás durante uma nevasca, o carro escorregou e acabou sofrendo um acidente – Imagino como deve ter sido sofrido para você.
- Eu sofri muito. Fiquei muito mal – as lágrimas começaram a rolar por suas bochechas. – Eles não vão me ver formar, eles não... - o choro ficou audível e , no instinto protetor, a abraçou e apertou sobre seu peito.
suspirou se sentindo protegida, os braços de eram maiores e mais fortes agora. Ela sentiu vontade de tocá-lo e assim fez, tocou seus bíceps afundando ainda mais nesse abraço.
- Eu senti sua falta – a voz de saiu ainda embargada. – Eu senti muito sua falta – apertou ele mais. – Me desculpe por ter partido – ela se afasta, olhando para ele. – Me desculpe por ter colocado um fim na nossa história daquela forma. Você não merecia passar por isso. Nós não merecíamos. Eu fui uma covarde. Uma desalmada – suspirou.
- Oh, . Já senti muita raiva de você. Hoje em dia o que sinto é saudades – sorriu.
- Você me perdoa? – falou esperançosa.
- Sim – sorriu. – Eu quero você perto de mim. Eu não quero deixar você partir, por ser egoísta e não saber perdoar – se jogou em seu pescoço, fazendo com que ele fosse mais para trás no sofá.
- Você é a melhor pessoa que passou em minha vida, . Você só merece a felicidade. – riu.
Naquele sábado, ambos tinham muito que conversar, saiu da casa de às 05h19min, ciente de que agora para frente eles estariam recomeçando. Uma amizade ou outro sentimento.

(...)


e andavam pelo Jardin Tuileries, segurava a coleira de seu Ladrador, que queria sair correndo atrás dos pombos.
- George é tão lindo – fala pela milésima vez, encantada com o cachorro. – Sou apaixonada por cachorros – riu da cara fofa que ela fazia.
- Eu também, se eu pudesse teria mais uns 10 – ambos riram.
Ficaram em silêncio e se sentaram no banco, resolveu soltar a coleira de seu cão, que saiu correndo feliz em direção aos pombos. Conversaram sobre a semana que tiveram. Uma criança passa correndo com uma mulher atrás berrando seu nome e bufa.
- Por isso não gosto de criança, elas são arteiras – riu.
- Eu gosto.
- Isso porque você é muito bonzinho – riram.
Estava ficando escuro quando eles resolveram ir para o apartamento de . Já estava virando rotina isso de irem ao parque e depois jantarem juntos. Seja no apartamento de um dos dois como também em restaurantes que queria apresentar a .
O homem foi até a cozinha decidido a fazer um macarrão com queijo que sabia que amava. Já se esparramou no sofá, brincando com George. olhou para a prateleira e percebeu uma concha, levantou rapidamente do sofá, sendo sempre acompanhada pelo cachorro.
Pegou a concha na mão e verificou que era um prêmio de consolação de um campeonato de surf.
- Surf, sério? – falou, rindo para que ouvisse.
apareceu na soleira da porta rindo.
- Eu surfo bem, tá – falou presunçoso.
- Por isso ganhou um prêmio de consolação? – perguntou, rindo, e se aproximou dela.
- Não ri de mim, ou te deixo sem comida.
- Você não faria isso comigo – fez cara de fofa.
- Você é muito chantagista com essa cara. – falou, rindo. E sorriu, dando um beijo na bochecha de .

(...)


- Desliga a luz do abajur. – pediu, se acomodando na cama de . Eles iriam assistir a um filme de terror, e para a ruiva nada melhor do que assistir com todas as luzes apagadas.
Durante o filme se aproximava de e o abraçava. gostava disso, gostava de ter o toque dela, fosse o mais simples. esticou os braços para que deitasse sobre seu peito e assim ela fez sem nenhuma hesitação. A verdade é que desejava isso, sentir casa vez mais perto do homem que amava.
Naquela noite ambos dormiram juntos sem nem saber o final do filme.

(...)


- Ai Meu Deus!! – berrava. Ela e estavam no teleférico e tremia de medo.
- Olhe para mim, , não olha para o chão – relutante olhou para , esse sorriu. – Isso – ele fez carinho nas bochechas rosadas da mulher para acalmá-la. – Você tem os olhos mais lindos que eu já vi – sorriu, lembrando que ele sempre costumava dizer isso para ela.
- Ainda? – perguntou, corando.
- Sempre – ambos sorriram.
se aproximou mais de roçando os lábios dos dois. suspirou, desejando ter seus lábios ainda mais próximos.
- Se você não quiser, diz que eu paro – controlava o desejo de puxá-la e beijá-la sem saber se ela queria o mesmo que ele. A resposta veio melhor do que ele imaginava.
puxou para iniciar o beijo. Os lábios se encontraram com urgência de quem sentia falta disso tudo durante esses anos. O gosto de ainda era de menta o que fez com que se apertasse mais a ele, ávida por mais contato. Suas mãos foram até debaixo da camiseta de e passou, sentindo seus músculos se contraírem por suas mãos geladas. sentiu a cicatriz nas costas de , que ele conseguiu andando de bicicleta, e sorriu percebendo como ela o conhecia, sem nem fazer esforço.
apertou as coxas de sentindo sua excitação ficar mais evidente. Ele a queria, e se pudesse a teria ali agora.
- Vamos para o apartamento? – perguntou ofegante, com a boca ainda colada nela. Ela apenas confirmou com a cabeça, tão excitada quanto ele.

(...)

estava sentada na bancada, vestindo apenas uma camiseta branca de , enquanto fazia um questionário para sobre o próximo evento que ele estava organizando.
chegou perto da ruiva e beijou seus lábios.
- Eu não canso disso – beijou novamente seus lábios.
- Acho bom – diz, rindo. a beijou mais intensamente, apertando suas coxas exposta. Ele se afastou rapidamente dela.
- Você me distrai muito, vai pra sala – diz, voltando para fogão e faz beiço.
- Está me expulsando, nem me ama. – ri e vai até a sala.
caminhou até a prateleira e começou a olhar os CD’s. Um chamou atenção, era da banda preferida de ambos, The script. sorriu e caminhou até o som. Dentro havia um CD e decidiu ligar o som para ver o que estava ouvindo. Uma melodia conhecida começou a tocar e a fez sorrir.
saiu da cozinha e encarou que sorria marota para ele.
- Então quer dizer que você anda ouvindo nossa música? – sorriu culpado e se aproximou dela.
- A culpa é sua que me deixa louco por você – colocou a mão em sua cintura e a aproximou do seu corpo. – Faz eu pensar em você a todo momento – ele colocou a mão em seu cabelo e retirou a presilha que estava ali, fazendo com que seus cabelos ruivos caíssem. Aninhou sua mão direita nos cabelos e com a outra ainda segurava sua cintura.
Ambos começaram a se mexer ao som da música Fooled Around and Fell in Love, de Elvin Bishop.
aproximou seus lábios próximos do ouvido de
- Free, on my own is the way I used to be. Ah, but since I met you baby, love's got a hold on me. It's got a hold on me now. I can't let go of you baby. – sussurrou com a música. olhou para ele, sentindo todo aquele amor que sentia por ele.
- Eu te amo – disse para ele.
- Eu também te amo.
E novamente seus lábios se encontram sentindo todo o amor um pelo outro.

I fooled around and fell in love
I fooled around and fell in love, oh yes I did
I fooled around, fooled around, fooled around, fooled around,
fooled around, fooled around, fell in love
Fooled around, fooled around, fooled around, fooled around,
fooled around, fooled around, fell in love
I fooled around, fell in love
I fell in love, I fell in love, yes I did



¹ ville d'amour – cidade do amor em Frances
² Nicholas Sparks - escritor de livros românticos
³Singing in the rain - Música apresentada em um filme estadunidense do gênero comédia musical com o mesmo título da música.
4Jardin Tuileries – parque localizado em Paris.
5 The Notebook - Filme do gênero romântico.
6 Université Sorbonne Nouvelle - universidade em Paris.




Fim



Nota da autora: Sem nota.



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