Finalizada

Capítulo Único

"Eu tenho que fazer, eu sou o único É dar o meu melhor ou desistir Eu preciso de um anel de diamante Dar meu máximo é minha única opção Sou um vencedor e não um perdedor, esse é o meu jeito Vá com tudo ou volte para casa"


estava nervoso, pela primeira vez nesses mais de dez anos patinando e treinando sempre, sentiu aquele frio na barriga diferente. É claro que uma competição olímpica era um evento diferente de tudo o que já viveu na vida e treinava incansavelmente para que aquilo se tornasse realidade. Ele fez sua estreia na patinação muito jovem, ainda quando criança. Era um garotinho muito tímido e reservado, então seus pais acharam que era bom que ele praticasse alguma atividade com outras crianças e que também, se ele quisesse, focar sozinho e distrair a mente. Antes de engatar na patinação artística, ele trabalhou outras modalidades no gelo. Começou, para se enturmar com o hóquei, onde foi se relacionando com outras crianças mais efetivamente, depois ele percebeu que gostava do esporte, mas não era algo que ele quisesse praticar para o resto de sua vida, então começou a fazer patinação em velocidade em pistas curtas ocasionalmente. Mas com seus nove anos experimentou - com equipamentos emprestados - a patinação artística e se apaixonou, era o que ele gostava de fazer, que era patinar e vinha fazendo isso desde muito novo com seu pai, e depois nas outras atividades, e tinha um lance artístico e ele sempre foi uma pessoa com a alma artística. Depois de passar por todas as fases do programa de treinamento para a patinação artística começou a participar de competições regionais, e até então via o esporte como um hobbie, algo que ele fazia para se divertir, depois que ganhou o ouro no National Winter Sports Festival pela primeira vez, e adorou aquela sensação de vitória e de reconhecimento por todo aquele treinamento que fazia, decidiu que seria um competidor mais sério e que focaria no esporte de maneira mais profissional. Realizou sua primeira competição internacional júnior durante a temporada de patinação artística de 2016/2017, quando se tornou elegível para a idade. Se empenhava cada vez mais ganhou medalha de prata no Troféu Asiático de Patinação Artística e participou do ISU Junior Grand Prix na Estônia como representante do seu país. No ano seguinte, ele ganhou outra medalha de prata no Troféu Asiático de Patinação Artística e participou do ISU Junior Grand Prix na Polônia. Todos esses eventos o fizeram se apaixonar ainda mais pela experiência e pela competição. Era conhecido no meio da patinação e outros jovens o consideravam uma inspiração e meta de sucesso. Mas para ele faltava uma coisa, aquela que todo atleta de uma modalidade olímpica sonha: conseguir chegar nas olimpíadas - para ele em específico as de inverno - e queria também realizar um sonho pessoal: chegar no podium. E ele estava ali, prestes a entrar no ringue de gelo para ver em qual posição ficaria. Já estava garantido com pelo menos o bronze e dali para frente era só alegria e quem sabe, ele não voltasse com um ouro para sua casa.
A modalidade Livre - ou longa - que era a que ele iria fazer a seguir, era difícil em termos, claro que toda modalidade era, mas essa contava com programa mais equilibrado e os pontos analisados eram:
Saltos: até sete passes de salto. Podendo ser isolados ou em combinação, sendo obrigatória a presença de no mínimo um axel (é um salto que tem uma meia rotação extra no ar devido à sua decolagem de frente), e não podendo haver mais que dois tipos distintos de salto triplo ou quádruplo. Além da restrição de que uma das repetições do salto deverá ser em uma combinação.
Giros:Tem que ter até três giros, seguindo os mesmos requerimentos do programa curto (um flying spin (no qual o patinador entra pulando na pirueta), um dentre um camel spin (giro básico de um pé só, onde o torso do patinador e a perna livre ficam perpendiculares, ou seja, formando a letra T) ou sit spin (Posição de spin onde o patinador se abaixa sobre um pé só e a perna livre, fica paralela ao solo, como se estivesse sentado) com mudança de pé base e um spin de combinação com mudança de pé base) exceto que o giro simples pode também ser um layback spin (giro de um pé só, onde as costas do patinador, ficam arqueadas para trás ou para a lateral) ou um upright spin (são os spins realizados com o corpo posicionado na vertical sobre o pé que está patinando).
Sequência de passos: Uma única sequência de passos seguindo os mesmos requerimentos do programa curto (Uma sequência de manobras em diversas direções, com variação de pé base e que cubra a maior área de superfície do gelo possível. Algumas manobras consideradas para a pontuação são twizzles (uma curva móvel em um pé com uma ou mais rotações que é rapidamente girada com uma ação contínua), loops (geralmente é realizado saltando de costas no fio externo do patins direito e pousando no mesmo fio), counters (com um pé só, a virada é feita para fora do círculo), entre outros).
Sequência coreográfica: exclusivamente para o nível sênior é requisitada uma sequência breve de elementos criativos, tais como elementos de dança, um salto não regulamentado no código de pontos que não seja do tipo mortal ou um espiral (que é um movimento no qual o patinador desliza sobre o gelo em uma posição estendida, podendo ou não trocar de fio durante sua execução). Não se atribui nível para essa sequência, apenas de verificar se foi realizada, portanto, sua pontuação base é fixa.
tinha treinado praticamente sua vida toda para aquilo, mas quanto mais se aproximava sua vez de se apresentar, menos confiança ele tinha para seguir em frente. Estava terminando de amarrar os cadarços dos patins todo preto, que estava virando seu amuleto da sorte durante as eliminatórias tentou usar outro par e acabou quase não se classificando, então, resolveu que só usaria aqueles e o fez, e tinha chegado até ali afinal, se fossem de sorte ou não, não pagaria para ver.

— O príncipe do gelo está tão tenso que não consegue amarrar o próprio cadarço? — perguntou se aproximando do companheiro de equipe e parceiro na modalidade de duplas daquela mesma competição.
— Eu ainda consigo amarrar meus cadarços, , mas sim, eu estou nervoso. E se eu esquecer os movimentos principais? — Passou os dedos nos cabelos, empurrando os fios para trás, e aquilo era um sinal de que estava mesmo nervoso, tinha uma coisa com aquele cabelo que até Deus duvidava e quando ele bagunçava daquela maneira era sinal de que algo estava errado mesmo, mesmo.
— Tá maluco? Você é melhor aqui cara. E eu não gosto de admitir, porque a gente sabe como você é… — Ela riu antes de terminar o raciocínio. — Mas a única pessoa possível para levar essa medalha pro nosso país é você e eu nem é meme, é o seu sonho cara, você vai desistir agora? Você sabe que é bom e que treinou esse solo tantas vezes que até eu decorei só de te assistir.
— Mas você sabe como a mente pode nos sabotar, aquele cara que estava com a maior pontuação, na minha frente no ranking, escorregou e depois perdeu totalmente a concentração e…
, Não! — Ela o interrompeu falando mais alto que ele. — Eu não vou deixar que você faça isso com você mesmo. Negativo!
— Mas
— Não tem mas. É dar o seu melhor ou desistir. Você precisa daquela medalha de ouro. Dar o seu máximo é sua única opção. Você é um vencedor e não um perdedor, caramba, esse é o seu jeito. Vá com tudo ou volte para casa, choramingando e se culpando para sempre, que nem ao menos tentar você tentou. — Ele não sabia de onde tinha tirado aquilo, talvez de algum filme que viu, ou música que ouviu, o fato é que ela não estava errada. Ele precisaria dar o seu melhor e fazer o que sabia fazer e nada mais.
— Uau, se nada der certo, já pensou em virar coach motivacional? — riu, recebendo um tapão de em seu braço.
— Coach motivacional é minha mão na sua cara, seu palhaço. — Ela riu e eles perceberam que o candidato antes dele já estava acabando seu programa.
— Então é isso! — Levantou nervoso de onde estava e seguia caminho para a área aberta do ginásio.
— Hey, espera, você esqueceu uma coisa! — disse antes que ele saísse.
— O que? — Ele se virou para ela tateando coisas no próprio corpo.
— Isso aqui!
começou um beijo cheio de afeto e de carinho. Não demorou muito com os lábios junto aos dele, porque logo em seguida anunciaram seu nome. Mas foi tempo o suficiente para mostrar que ela estava ali por ele e que ele sairia muito bem.
Claro que ele cometeu alguns deslizes na apresentação, todos estavam cansados e nervosos, mas não foram erros muito graves, e ele conseguiu obter uma pontuação incrível. Estava na frente e só faltavam mais dois competidores, mas esses também tinham chances de ganhar, então não tinha nada definido. Antes daquela última pirueta que o último competidor deu, estava garantido com pelo menos a medalha de prata, mas quando o colega escorregou na execução de uma execução simples, ele sabia que tinha conseguido. Sabia que tinha atingido o ápice dos seus desejos. A glória por tudo que vinha batalhando todos aqueles anos.

Ele voltaria pra casa, mas voltaria grande, voltaria medalhista de ouro.



FIM!



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Primeiro, eu gostaria de dizer: TA FELIZ LAYSA MARIA? VOCÊ TA FELIZ? EU TO SURTADA COM O SUNGHOON PATINANDO E A CULPA É SUA! Pronto! Surtei hahahahah mas aqui, eu to feliz demais com essa oneshot e espero que tenham gostado também, talvez vejamos mais desse casal por ai hahahahaha espero que tenham gostado.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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