Fase 01
Essa história poderia começar de várias formas. Com um começo descrevendo o tempo ou até mesmo descrevendo o ânimo de ao acordar para poder ir à escola, mas por um motivo ela começará em apenas quando tudo era para realmente ter começado. Quando e eram crianças.
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31 de janeiro de 2005. Segunda-feira. Colégio Jardim Encantado.
continuava assistindo o programa que passava na televisão na sala, um que ela nem sequer fazia a importância de entender, já que sua preocupação era o quinto ano que ela iria fazer, se todos seus amigos estariam na mesma sala que ela e se a professora ia ser legal ou não. Ela escutou seu pai pegando a chave do carro pendurada no porta-chaves, ela se levantou desligando a televisão da sala e pegou sua mochila da Barbie.
A viagem foi curta de sua casa até o Colégio, nada muito demorado para poder inventar alguma história para seus pais a ponto de deixá-la ficar em casa, mas mesmo com essa vontade de voltar para casa, toda vez que ela chegava e olhava pela janela vendo todas suas amigas conversando, passava um ar de tranquilidade para ela. se despediu de seus pais com um beijo na bochecha e desceu do carro.
— . – Clara falou, abrindo um sorriso ao ver a amiga.
— Oi, Lara. Bom dia, mãe da Lara.
— Bom dia, . Estou indo, filha, qualquer coisa e se for muito importante, peça para a secretaria me ligar, ok?
— Sim, mãe.
— Vamos, . – Clara chamou sua amiga que olhava para o outro lado da praça.
A escola que ela queria ter estudado estava lá do outro lado da praça, o interessante é que a única coisa que motivava ela querer estudar lá e tinha no Jardim Encantado, era a piscina.
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31 de janeiro de 2005. Colégio Primeiras Artes.
entrava todo alegre brincando com seu melhor amigo no pátio da escola enquanto eles esperavam o sinal tocar; Eram amigos de longa data, desde os cinco anos, eles estudavam sempre juntos mesmo os pais não programando os estudos deles e nem mesmo os meninos chegavam a pedir para que eles ficassem estudando juntos.
Caio e fizeram a fila logo depois que o sinal tocou. Sentaram no lugar de sempre, um do lado do outro, e copiaram a lição normalmente, com algumas brincadeiras e risos. Ao chegar o intervalo, eles levaram seus respectivos lanches e dividiram um com outro mesmo tendo os outros amigos por perto, eles nunca se separavam, bom até um certo momento que cada um criar suas personalidades um tanto diferentes.
— Poderíamos brincar com as cartas. – Caio sugeriu. — Vocês trouxeram a de vocês? – Ele perguntou.
— Minha mãe comprou mais depois que meu pai jogou tudo fora. – disse, tirando um saquinho de dentro do bolso.
— Legal, vamos lá para o pátio. – Um dos garotos disse se levantando.
Eles caminharam rapidamente para não perder nenhum tempo precioso do intervalo e começaram a jogar com as cartas de Yu-Gi-Oh. Como bom amigo, Caio deixou ganhar algumas cartas suas, já que ele tinha bem pouca.
O final da aula não foi diferente, terminaram a lição, copiaram a lição que eles iam levar para a casa e arrumaram o material para ir embora. Caio ia embora de transporte escolar, já esperava sua mãe chegar; Do portão da sua escola dava para ver os alunos da outra escola, alguns saiam com o cabelo molhado, outros com kimono de luta, observava tudo apenas de longe, mas nada prendia sua atenção a não ser suas cartas novas, ele só alternava o olhar das cartas para fora em direção da escola, a fim de ver se sua mãe havia chegado.
Assim foi durante quase seis meses a vida dos dois, algo que criança não chegava a reclamar, apenas brincava, fazia lição e assistia o desenho favorito.
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28 de abril de 2005. Sexta-feira.
acordou com uma dor incômoda na região de seu ouvido e garganta, suspeitando que fosse uma dor de garganta por conta da mudança de clima, ela deu um remédio de dor para seu filho, que temporariamente resolveu. Depois de quase uma semana com sentido dores na mesma região, Alice levou seu filho para o hospital junto de sua mãe.
Alice passou os sintomas que seu filho sentia para o médico, que com muito cuidado examinou o garoto, a conclusão poderia ser outra do que aquela resposta. Poderia ser algo mais simples para seu filho, ela desejava isso.
— Senhora Alice, seu filho está com uma inflamação no ouvido, eu vou passar esse remédio de dor e um anti-inflamatório, mas também irei passar um encaminhamento para você poder passar com o especialista.
— Obrigada doutor. – Alice agradeceu.
— Por nada, e você, rapazinho, não ande descalço até melhorar.
apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala acompanhado de sua avó e de sua mãe. Eles passaram na farmácia para comprar o remédio para , passaram em um drive-thru, compraram três lanches e foram para casa. tomou o remédio antes de comer o lanche, uma escolha sábia já que o remédio tinha um gosto completamente ruim, mas se fosse para não sentir mais aquela dor irritante ele iria tomar até a última gota do pequeno frasco.
Mesmo tomando seus remédios e fazendo acompanhamento com o otorrinolaringologista, suas dores não passavam, a opção para saber o que estava acontecendo com o filho de Alice era dar uma bateria de exames para poder saber o que realmente acontecia com , e foi assim seu último mês de aula antes das férias de Julho, submetido a vários exames e a vários medicamentos até chegar no ponto que ele teria que ser internado.
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11 de maio de 2005. Colégio Primeiras Artes.
O dia começou com um ar completamente gelado, a chuva caia no telhado da casa de com leve intensidade, mas isso não era coisa que impedia de levantar de sua cama com um grande sorriso. Ela se arrumou rapidamente e foi tomar seu café da manhã com muita disposição, era o dia de um passeio até que rápido, ela iria visitar a escola que ela tanto queria estudar: O Colégio Primeiras Artes.
— Vamos, pai, eu vou chegar atrasada na escola. – Ela apressou seu pai que ajeitava a gravata.
— Calma, filha, temos que esperar sua mãe. – O homem disse calmamente.
— Está bem.
pegou sua Barbie e colocou em sua bolsa, enquanto esperava seus pais.
— Vamos, filha? – A mãe de disse aparecendo na porta do quarto da garota.
— Sim. – falou com um sorriso gigante.
estava realmente contente, mesmo toda aquela quantidade de blusas e jaquetas de frio que sua mãe colocou não atrapalhava aquela felicidade.
— Tchau, filha, se cuida. – Natasha disse depois de ajudar sua filha atravessar a rua.
— Tchau, mãe, está bem, te amo.
— Também te amo. – Natasha depositou um beijo sobre a cabeça de .
Ela entrou na escola e subiu para sua sala correndo, sentia sua bolsa roxa da Barbie bater contra suas costas com todo o peso do material que ela usava, sentou do lado de Clara e começou a conversar o quanto ela queria que as horas passassem rápido para poder ir visitar a escola dos sonhos delas.
— Meu primo disse que lá é grande, é maior que essa escola. – Clara disse arregalando os olhos.
— Seu primo estudou lá?
— Não, , ele trabalhou lá, foi ele que desenhou no portão e na escola toda praticamente.
— Ah sim, entendi. Será que vamos ficar até o final das aulas lá?
— Não, eu escutei a diretora falando quando eu cheguei, e ela falou que é só até as duas primeiras aulas nossas.
— Mas que saco. – encostou-se à cadeira e cruzou os braços.
— ? – Clara a chamou.
— Oi.
— Por que você não estuda lá?
— Porque meus pais falaram que era mais caro e teriam que me colocar nessa, já que era a única que tinha um preço menor.
— Que chato.
— Sim, mas a única coisa boa é que tem você aqui. – sorriu sincera.
— Isso é verdade. A professora. – Clara alertou.
Maggie, uma senhora que aparentava ter quarenta e cinco anos, entrou na sala de aula, colocando sua pasta e o material das aulas que ela dava para as meninas. Ela particularmente não gostava muito de e automaticamente não gostava nem um pouco da professora.
No ano retrasado, Maggie resolveu dizer para na frente de praticamente toda classe que ela não se empenhava nas matérias e que apenas se importava em ficar olhando para todos os lados e que não ficava parada, sempre balançando uma parte do corpo ou até mesmo o lápis que ela usava, e que precisava passar por um psicólogo para ver se ela – a garotinha – encontrava um foco para poder se concentrar nos estudos. já tinha feito os exames e constatado que tinha TDAH, mas isso não foi e nunca será revelado pela professora que TDAH é algo que realmente atrapalhava .
O que muitos professores não sabem é que TDAH realmente atrapalha alguns alunos, pode ser com muita intensidade e outros com pouca intensidade, os que sabem aceitam seu aluno ter o TDAH e ajudam o mesmo, com formas de ensino mais elaboradas ou até mesmo com algumas palavras chaves. Já outros professores não aceitam que seu aluno tenha TDAH.
— Bom dia, classe.
— Bom dia. – Todos responderam em um coro.
— Vocês vão apenas pegar suas lancheiras ou o lanche de vocês, depois formem uma fila na porta.
— , quer colocar seu lanche na minha lancheira? – Clara perguntou.
— Sim, por favor, obrigada amiga.
— Por nada. – Clara sorriu.
As duas se juntaram à fila, sendo sempre as últimas, elas conversavam e não se distanciam uma da outra durante o caminho curto até a escola.
Todos conheceram os alunos, professores, e até mesmo a escola e a piscina que eles tinham. Eles tiveram uma breve aula de como socorrer uma pessoa afogada, que foi preparada pelos próprios professores e instrutores de natação de colégio; Dentro daquele grande pátio que a escola tinha, as duas turmas do Colégio Jardim Encanado e do Primeiras Artes se reuniram, sentaram – claramente – separados de cada turma e prestando atenção.
Clara, e Caio sentaram “juntos”, poderia ser aquele momento que eles podiam ter se conhecido, virarem amigos e daquele momento em diante descobrirem – quando fossem adolescentes – que eram eles que se completavam. Sim, poderia ser aquele momento onde tudo poderia começar, mas o destino não quis que fosse naquele momento, quem sabe mais para frente? Já que estava fazendo seus exames e poderia ficar internado.
Depois da aula de salvar uma pessoa afogada, todos foram liberados para o intervalo, alguns alunos misturaram e se conheceram, já outros ficaram com seus amigos de sempre, como era o caso de Clara e . Elas ficaram sentadas conversando sobre o novo filme da Barbie que iria sair nas férias e já estavam combinando de ir ao cinema assistir.
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No hospital, a mãe de esperava o médico chamá-lo. Ela estava com o exame de sangue na mão e conversava com sua mãe – avó de – e ao mesmo tempo ficava atenta em seu filho que brincava com Max Steel junto com as outras crianças e também na senha que aparecia no painel.
— Não deve ser nada, Alice, deve ser apenas uma infecção comum, só tem que acertar o remédio certo. – A senhora de cabelos loiros falava para acalmar sua filha.
— Mãe, isso não é normal, ele vem sentindo essas dores há duas semanas e não passa.
— Tenha calma, minha filha.
O painel soou o som de senha e piscou duas vezes a luz vermelha que desenhava o número da senha deles. Alice chamou seu filho, que acompanhou sua mãe ainda brincando com o Max Steel.
— Bom dia, doutor. – Alice falou.
— Bom dia, você está melhor, senhor ? – O médico brincou para poder distrair .
— Sim. – Ele respondeu seco.
— Vem sentindo as dores ainda? – O homem perguntou.
— Eu sinto dores no ouvido e um pouco na garganta. – explicou.
— Hmm... – O homem fez umas anotações em uma folha.
— Aqui está, doutor, o exame que você pediu.
O médico abria o envelope enquanto prestava atenção no consultório, era a segunda vez que ele ia lá, mas aquela decoração com fotos de alguns super-heróis e do Ben 10 sempre chamava a atenção dele. Até que por um lado isso era bom, enquanto sua mãe, avó e o médico conversavam, ele não prestava tanta atenção, ficava admirado com a decoração e ainda brincava com o Max Steel.
Como sempre e de agrado, Alice passou no Mc Donald’s e comprou um lanche para seu filho mais o brinquedo que sempre vinha. Durante a refeição, uma notícia até que boa para seu filho:
— Filho, o médico disse que você pode voltar a frequentar a escola, se você quiser ir.
— Eu vou continuar tomando os remédios?
— Sim.
— Então dá para ir.
Alice tinha entendido o porquê ele perguntou isso, ele queria ir, mas não queria sentir mais dor.
— Ok, a mãe do Caio me ligou, disse que ele vai lá hoje à tarde.
— Que horas? – se animou.
— Por volta das duas horas da tarde.
— Vamos logo então, mãe. – Ele começou a comer o lanche mais rápido.
— Devagar para comer.
As duas riram da pressa e animação de . Eles terminaram a refeição e foram para a casa, no meio do caminho Alice parou no mercado para comprar alguma coisa para poder servir para Caio no meio da tarde.
Muito tempo sem se verem, e Caio brincavam e jogavam no Playstation de , o que eles mais fazem é claro. Alice serviu o café da tarde para eles e logo depois voltaram a jogar no Playstation – novamente – era lindo ver que ele estava melhor e alegre, e torcia para que tudo que ele estava sentindo sumisse mais rápido que ela pudesse desejar.
— Sabe aquela escola que fica perto da nossa? – Caio perguntou.
— Sei.
— Eles foram lá, na nossa escola.
— Fazer o quê? – falava sem tirar os olhos da televisão.
— Foram conhecer só, mas não tinha ninguém legal, eu sentei do lado de uma garota enquanto o professor de natação explicava como salvar alguém do afogamento.
— Legal.
— Ela tinha uma boneca da Hinata.
— Sério? – olhou rapidamente para Caio.
— Sim, eu ia conversar com ela, mas ela sumiu.
— Clones das sombras?
— Haha, não cara. – Caio riu.
— Devia ser de algum amigo dela e ela estava segurando.
— É. – Caio concordou.
Não tão muito longe da casa de , mais especificamente três quarteirões de distância, conversava com Clara pelo telefone, elas falavam sobre ir nas férias assistir o filme da Barbie, já que a mãe de Lara as levaria ao cinema; chamou por sua mãe para as duas, – ela e a mãe de Lara – pudessem combinar o dia que ela levaria para o cinema junto com sua filha.
Com tudo combinado, as meninas desligaram o telefone e foram fazer suas respectivas lições e ajudar suas mães.
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Os dias se passaram, independente para cada um as coisas iam acontecendo, enquanto sorria e brincava sozinha ou quando sua amiga ia à sua casa, fazia mais e mais exames, as dores dele só iam piorando, não tinha remédio que fazia com que sumisse, foi então que pelo o exame de ressonância magnética descobriram que ele tinha meningite bacteriana, e toda essa demora para poder descobrir o que era a doença fez com que ele perdesse uma boa parte de seu aparelho auditivo. Desde então ficou internado tanto em Santo André quanto em São Paulo para poder fazer a cirurgia e tirar o restante de seu aparelho auditivo.
O período internado o fez perder semestres de aulas, mas a escola o considerou como aprovado, ele só teria que repor algumas aulas e fazer provas para colocar nota no boletim escolar.
Esse tempo em que ele ficou internado, a professora dele junto com os colegas de classe e Caio, fizeram uma carta para Caio levar até o. Como um gesto de carinho, amor e que todos desejavam que ele se recuperasse mais rápido.
escutou batidas na porta, ele disse “Entre” depois de parar o jogo do videogame. Caio chegou com um sorriso amigável no rosto, de ver que seu amigo estava melhor do que antes, só tirando o fato de que ele estava estranhando aquela faixa em volta da cabeça de que pegava a orelha esquerda dele.
— Como você está? – Caio perguntou, fazendo o toque de mão com seu amigo.
— Estou bem, eu vou para casa essa semana.
— Ainda bem.
— Eu estou surdo da orelha esquerda. – falou de boa e riu.
— Está brincando né? Agora tenho um amigo surdo. – Caio gargalhou acompanhado de .
estava levando de boa a situação, só de saber que não ia mais sentir dor e que podia sair daquele hospital que tinha uma comida ruim e sem sabor. Na verdade, nenhuma brincadeira que seu amigo fazia o deixava para baixo, sempre o levantava e tirava risadas.
— A professora pediu para a gente escrever cartas para você, essa aqui é dos outros, mas essa é mais importante que as outras porque é minha. – Caio entregou.
— Obrigado, amigo. – abraçou o amigo. – Quando eu sair daqui passa lá em casa e a gente joga Mortal Kombat.
— Passarei. Eu tenho que ir, a moça falou que não posso ficar muito tempo aqui já que sou criança. – Caio revirou os olhos.
— Tudo bem, até mais. – fez um aperto de mão.
— Até e melhoras.
— Eu já estou melhor, seu idiota.
Depois de meses internado, ele voltou para escola, pegou o final de setembro e o novembro inteiro. Depois que as aulas tinham acabado, ele mudou de escola – os dois mudaram de escola – apenas se despediram e foram para outra escola, já não estudava mais perto de , mas ainda morava perto dela.
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07 de dezembro de 2005. Quarta-feira.
brincava em seu quarto, ela parou ao perceber que sua mãe tinha entrado no ambiente, ela sentou na cama e pediu para sua filha ir sentar do lado dela que precisava contar uma coisa.
— Eu liguei na escola que você tanto quer estudar. – Natasha falou se ajeitando na cama.
— E?
— E que se você quiser estudar lá, terá que fazer uma prova para ver se você pega uma pontuação para conseguir uma bolsa de estudos lá, você quer fazer isso para entrar no Primeiras Artes?
— Sim, sim eu quero sim, mãe. – abraçou sua mãe.
— Ok então. – Ela riu. – Vou falar com seu pai e vamos fazer sua inscrição para fazer a prova.
— Sabe quando vai ser a prova?
— Sim, dia cinco de janeiro, você acha que consegue fazer?
— Sim mãe, consigo sim. – sorriu.
— Vou conversar com seu pai.
Depois do natal e do ano novo, foi fazer a prova, ela conseguiu a pontuação para pegar uma bolsa na escola que ela queria, depois de tanto tempo querendo – desde o primeiro ano – ela agora ia estudar na escola que ela queria desde o começo. Até o nono ano do ensino fundamental e depois disso ela ia para outro lugar, outra escola.
Mas seria agora que ela e ele iriam se encontrar depois de todo momentos ruins que teve? Não, claramente não, tinha se mudado de escola e estava estudando em uma mais longe, mas a casa de fazia parte do trajeto da casa para escola de e poderia ser naquele momento que eles iriam se conhecer.
Andando na rua seus olhos iriam se cruzar. Eles poderiam se tornar amigos e até mesmo algo a mais; o amor de cada um.
31 de janeiro de 2005. Segunda-feira. Colégio Jardim Encantado.
continuava assistindo o programa que passava na televisão na sala, um que ela nem sequer fazia a importância de entender, já que sua preocupação era o quinto ano que ela iria fazer, se todos seus amigos estariam na mesma sala que ela e se a professora ia ser legal ou não. Ela escutou seu pai pegando a chave do carro pendurada no porta-chaves, ela se levantou desligando a televisão da sala e pegou sua mochila da Barbie.
A viagem foi curta de sua casa até o Colégio, nada muito demorado para poder inventar alguma história para seus pais a ponto de deixá-la ficar em casa, mas mesmo com essa vontade de voltar para casa, toda vez que ela chegava e olhava pela janela vendo todas suas amigas conversando, passava um ar de tranquilidade para ela. se despediu de seus pais com um beijo na bochecha e desceu do carro.
— . – Clara falou, abrindo um sorriso ao ver a amiga.
— Oi, Lara. Bom dia, mãe da Lara.
— Bom dia, . Estou indo, filha, qualquer coisa e se for muito importante, peça para a secretaria me ligar, ok?
— Sim, mãe.
— Vamos, . – Clara chamou sua amiga que olhava para o outro lado da praça.
A escola que ela queria ter estudado estava lá do outro lado da praça, o interessante é que a única coisa que motivava ela querer estudar lá e tinha no Jardim Encantado, era a piscina.
31 de janeiro de 2005. Colégio Primeiras Artes.
entrava todo alegre brincando com seu melhor amigo no pátio da escola enquanto eles esperavam o sinal tocar; Eram amigos de longa data, desde os cinco anos, eles estudavam sempre juntos mesmo os pais não programando os estudos deles e nem mesmo os meninos chegavam a pedir para que eles ficassem estudando juntos.
Caio e fizeram a fila logo depois que o sinal tocou. Sentaram no lugar de sempre, um do lado do outro, e copiaram a lição normalmente, com algumas brincadeiras e risos. Ao chegar o intervalo, eles levaram seus respectivos lanches e dividiram um com outro mesmo tendo os outros amigos por perto, eles nunca se separavam, bom até um certo momento que cada um criar suas personalidades um tanto diferentes.
— Poderíamos brincar com as cartas. – Caio sugeriu. — Vocês trouxeram a de vocês? – Ele perguntou.
— Minha mãe comprou mais depois que meu pai jogou tudo fora. – disse, tirando um saquinho de dentro do bolso.
— Legal, vamos lá para o pátio. – Um dos garotos disse se levantando.
Eles caminharam rapidamente para não perder nenhum tempo precioso do intervalo e começaram a jogar com as cartas de Yu-Gi-Oh. Como bom amigo, Caio deixou ganhar algumas cartas suas, já que ele tinha bem pouca.
O final da aula não foi diferente, terminaram a lição, copiaram a lição que eles iam levar para a casa e arrumaram o material para ir embora. Caio ia embora de transporte escolar, já esperava sua mãe chegar; Do portão da sua escola dava para ver os alunos da outra escola, alguns saiam com o cabelo molhado, outros com kimono de luta, observava tudo apenas de longe, mas nada prendia sua atenção a não ser suas cartas novas, ele só alternava o olhar das cartas para fora em direção da escola, a fim de ver se sua mãe havia chegado.
Assim foi durante quase seis meses a vida dos dois, algo que criança não chegava a reclamar, apenas brincava, fazia lição e assistia o desenho favorito.
28 de abril de 2005. Sexta-feira.
acordou com uma dor incômoda na região de seu ouvido e garganta, suspeitando que fosse uma dor de garganta por conta da mudança de clima, ela deu um remédio de dor para seu filho, que temporariamente resolveu. Depois de quase uma semana com sentido dores na mesma região, Alice levou seu filho para o hospital junto de sua mãe.
Alice passou os sintomas que seu filho sentia para o médico, que com muito cuidado examinou o garoto, a conclusão poderia ser outra do que aquela resposta. Poderia ser algo mais simples para seu filho, ela desejava isso.
— Senhora Alice, seu filho está com uma inflamação no ouvido, eu vou passar esse remédio de dor e um anti-inflamatório, mas também irei passar um encaminhamento para você poder passar com o especialista.
— Obrigada doutor. – Alice agradeceu.
— Por nada, e você, rapazinho, não ande descalço até melhorar.
apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala acompanhado de sua avó e de sua mãe. Eles passaram na farmácia para comprar o remédio para , passaram em um drive-thru, compraram três lanches e foram para casa. tomou o remédio antes de comer o lanche, uma escolha sábia já que o remédio tinha um gosto completamente ruim, mas se fosse para não sentir mais aquela dor irritante ele iria tomar até a última gota do pequeno frasco.
Mesmo tomando seus remédios e fazendo acompanhamento com o otorrinolaringologista, suas dores não passavam, a opção para saber o que estava acontecendo com o filho de Alice era dar uma bateria de exames para poder saber o que realmente acontecia com , e foi assim seu último mês de aula antes das férias de Julho, submetido a vários exames e a vários medicamentos até chegar no ponto que ele teria que ser internado.
11 de maio de 2005. Colégio Primeiras Artes.
O dia começou com um ar completamente gelado, a chuva caia no telhado da casa de com leve intensidade, mas isso não era coisa que impedia de levantar de sua cama com um grande sorriso. Ela se arrumou rapidamente e foi tomar seu café da manhã com muita disposição, era o dia de um passeio até que rápido, ela iria visitar a escola que ela tanto queria estudar: O Colégio Primeiras Artes.
— Vamos, pai, eu vou chegar atrasada na escola. – Ela apressou seu pai que ajeitava a gravata.
— Calma, filha, temos que esperar sua mãe. – O homem disse calmamente.
— Está bem.
pegou sua Barbie e colocou em sua bolsa, enquanto esperava seus pais.
— Vamos, filha? – A mãe de disse aparecendo na porta do quarto da garota.
— Sim. – falou com um sorriso gigante.
estava realmente contente, mesmo toda aquela quantidade de blusas e jaquetas de frio que sua mãe colocou não atrapalhava aquela felicidade.
— Tchau, filha, se cuida. – Natasha disse depois de ajudar sua filha atravessar a rua.
— Tchau, mãe, está bem, te amo.
— Também te amo. – Natasha depositou um beijo sobre a cabeça de .
Ela entrou na escola e subiu para sua sala correndo, sentia sua bolsa roxa da Barbie bater contra suas costas com todo o peso do material que ela usava, sentou do lado de Clara e começou a conversar o quanto ela queria que as horas passassem rápido para poder ir visitar a escola dos sonhos delas.
— Meu primo disse que lá é grande, é maior que essa escola. – Clara disse arregalando os olhos.
— Seu primo estudou lá?
— Não, , ele trabalhou lá, foi ele que desenhou no portão e na escola toda praticamente.
— Ah sim, entendi. Será que vamos ficar até o final das aulas lá?
— Não, eu escutei a diretora falando quando eu cheguei, e ela falou que é só até as duas primeiras aulas nossas.
— Mas que saco. – encostou-se à cadeira e cruzou os braços.
— ? – Clara a chamou.
— Oi.
— Por que você não estuda lá?
— Porque meus pais falaram que era mais caro e teriam que me colocar nessa, já que era a única que tinha um preço menor.
— Que chato.
— Sim, mas a única coisa boa é que tem você aqui. – sorriu sincera.
— Isso é verdade. A professora. – Clara alertou.
Maggie, uma senhora que aparentava ter quarenta e cinco anos, entrou na sala de aula, colocando sua pasta e o material das aulas que ela dava para as meninas. Ela particularmente não gostava muito de e automaticamente não gostava nem um pouco da professora.
No ano retrasado, Maggie resolveu dizer para na frente de praticamente toda classe que ela não se empenhava nas matérias e que apenas se importava em ficar olhando para todos os lados e que não ficava parada, sempre balançando uma parte do corpo ou até mesmo o lápis que ela usava, e que precisava passar por um psicólogo para ver se ela – a garotinha – encontrava um foco para poder se concentrar nos estudos. já tinha feito os exames e constatado que tinha TDAH, mas isso não foi e nunca será revelado pela professora que TDAH é algo que realmente atrapalhava .
O que muitos professores não sabem é que TDAH realmente atrapalha alguns alunos, pode ser com muita intensidade e outros com pouca intensidade, os que sabem aceitam seu aluno ter o TDAH e ajudam o mesmo, com formas de ensino mais elaboradas ou até mesmo com algumas palavras chaves. Já outros professores não aceitam que seu aluno tenha TDAH.
— Bom dia, classe.
— Bom dia. – Todos responderam em um coro.
— Vocês vão apenas pegar suas lancheiras ou o lanche de vocês, depois formem uma fila na porta.
— , quer colocar seu lanche na minha lancheira? – Clara perguntou.
— Sim, por favor, obrigada amiga.
— Por nada. – Clara sorriu.
As duas se juntaram à fila, sendo sempre as últimas, elas conversavam e não se distanciam uma da outra durante o caminho curto até a escola.
Todos conheceram os alunos, professores, e até mesmo a escola e a piscina que eles tinham. Eles tiveram uma breve aula de como socorrer uma pessoa afogada, que foi preparada pelos próprios professores e instrutores de natação de colégio; Dentro daquele grande pátio que a escola tinha, as duas turmas do Colégio Jardim Encanado e do Primeiras Artes se reuniram, sentaram – claramente – separados de cada turma e prestando atenção.
Clara, e Caio sentaram “juntos”, poderia ser aquele momento que eles podiam ter se conhecido, virarem amigos e daquele momento em diante descobrirem – quando fossem adolescentes – que eram eles que se completavam. Sim, poderia ser aquele momento onde tudo poderia começar, mas o destino não quis que fosse naquele momento, quem sabe mais para frente? Já que estava fazendo seus exames e poderia ficar internado.
Depois da aula de salvar uma pessoa afogada, todos foram liberados para o intervalo, alguns alunos misturaram e se conheceram, já outros ficaram com seus amigos de sempre, como era o caso de Clara e . Elas ficaram sentadas conversando sobre o novo filme da Barbie que iria sair nas férias e já estavam combinando de ir ao cinema assistir.
No hospital, a mãe de esperava o médico chamá-lo. Ela estava com o exame de sangue na mão e conversava com sua mãe – avó de – e ao mesmo tempo ficava atenta em seu filho que brincava com Max Steel junto com as outras crianças e também na senha que aparecia no painel.
— Não deve ser nada, Alice, deve ser apenas uma infecção comum, só tem que acertar o remédio certo. – A senhora de cabelos loiros falava para acalmar sua filha.
— Mãe, isso não é normal, ele vem sentindo essas dores há duas semanas e não passa.
— Tenha calma, minha filha.
O painel soou o som de senha e piscou duas vezes a luz vermelha que desenhava o número da senha deles. Alice chamou seu filho, que acompanhou sua mãe ainda brincando com o Max Steel.
— Bom dia, doutor. – Alice falou.
— Bom dia, você está melhor, senhor ? – O médico brincou para poder distrair .
— Sim. – Ele respondeu seco.
— Vem sentindo as dores ainda? – O homem perguntou.
— Eu sinto dores no ouvido e um pouco na garganta. – explicou.
— Hmm... – O homem fez umas anotações em uma folha.
— Aqui está, doutor, o exame que você pediu.
O médico abria o envelope enquanto prestava atenção no consultório, era a segunda vez que ele ia lá, mas aquela decoração com fotos de alguns super-heróis e do Ben 10 sempre chamava a atenção dele. Até que por um lado isso era bom, enquanto sua mãe, avó e o médico conversavam, ele não prestava tanta atenção, ficava admirado com a decoração e ainda brincava com o Max Steel.
Como sempre e de agrado, Alice passou no Mc Donald’s e comprou um lanche para seu filho mais o brinquedo que sempre vinha. Durante a refeição, uma notícia até que boa para seu filho:
— Filho, o médico disse que você pode voltar a frequentar a escola, se você quiser ir.
— Eu vou continuar tomando os remédios?
— Sim.
— Então dá para ir.
Alice tinha entendido o porquê ele perguntou isso, ele queria ir, mas não queria sentir mais dor.
— Ok, a mãe do Caio me ligou, disse que ele vai lá hoje à tarde.
— Que horas? – se animou.
— Por volta das duas horas da tarde.
— Vamos logo então, mãe. – Ele começou a comer o lanche mais rápido.
— Devagar para comer.
As duas riram da pressa e animação de . Eles terminaram a refeição e foram para a casa, no meio do caminho Alice parou no mercado para comprar alguma coisa para poder servir para Caio no meio da tarde.
Muito tempo sem se verem, e Caio brincavam e jogavam no Playstation de , o que eles mais fazem é claro. Alice serviu o café da tarde para eles e logo depois voltaram a jogar no Playstation – novamente – era lindo ver que ele estava melhor e alegre, e torcia para que tudo que ele estava sentindo sumisse mais rápido que ela pudesse desejar.
— Sabe aquela escola que fica perto da nossa? – Caio perguntou.
— Sei.
— Eles foram lá, na nossa escola.
— Fazer o quê? – falava sem tirar os olhos da televisão.
— Foram conhecer só, mas não tinha ninguém legal, eu sentei do lado de uma garota enquanto o professor de natação explicava como salvar alguém do afogamento.
— Legal.
— Ela tinha uma boneca da Hinata.
— Sério? – olhou rapidamente para Caio.
— Sim, eu ia conversar com ela, mas ela sumiu.
— Clones das sombras?
— Haha, não cara. – Caio riu.
— Devia ser de algum amigo dela e ela estava segurando.
— É. – Caio concordou.
Não tão muito longe da casa de , mais especificamente três quarteirões de distância, conversava com Clara pelo telefone, elas falavam sobre ir nas férias assistir o filme da Barbie, já que a mãe de Lara as levaria ao cinema; chamou por sua mãe para as duas, – ela e a mãe de Lara – pudessem combinar o dia que ela levaria para o cinema junto com sua filha.
Com tudo combinado, as meninas desligaram o telefone e foram fazer suas respectivas lições e ajudar suas mães.
Os dias se passaram, independente para cada um as coisas iam acontecendo, enquanto sorria e brincava sozinha ou quando sua amiga ia à sua casa, fazia mais e mais exames, as dores dele só iam piorando, não tinha remédio que fazia com que sumisse, foi então que pelo o exame de ressonância magnética descobriram que ele tinha meningite bacteriana, e toda essa demora para poder descobrir o que era a doença fez com que ele perdesse uma boa parte de seu aparelho auditivo. Desde então ficou internado tanto em Santo André quanto em São Paulo para poder fazer a cirurgia e tirar o restante de seu aparelho auditivo.
O período internado o fez perder semestres de aulas, mas a escola o considerou como aprovado, ele só teria que repor algumas aulas e fazer provas para colocar nota no boletim escolar.
Esse tempo em que ele ficou internado, a professora dele junto com os colegas de classe e Caio, fizeram uma carta para Caio levar até o
escutou batidas na porta, ele disse “Entre” depois de parar o jogo do videogame. Caio chegou com um sorriso amigável no rosto, de ver que seu amigo estava melhor do que antes, só tirando o fato de que ele estava estranhando aquela faixa em volta da cabeça de que pegava a orelha esquerda dele.
— Como você está? – Caio perguntou, fazendo o toque de mão com seu amigo.
— Estou bem, eu vou para casa essa semana.
— Ainda bem.
— Eu estou surdo da orelha esquerda. – falou de boa e riu.
— Está brincando né? Agora tenho um amigo surdo. – Caio gargalhou acompanhado de .
estava levando de boa a situação, só de saber que não ia mais sentir dor e que podia sair daquele hospital que tinha uma comida ruim e sem sabor. Na verdade, nenhuma brincadeira que seu amigo fazia o deixava para baixo, sempre o levantava e tirava risadas.
— A professora pediu para a gente escrever cartas para você, essa aqui é dos outros, mas essa é mais importante que as outras porque é minha. – Caio entregou.
— Obrigado, amigo. – abraçou o amigo. – Quando eu sair daqui passa lá em casa e a gente joga Mortal Kombat.
— Passarei. Eu tenho que ir, a moça falou que não posso ficar muito tempo aqui já que sou criança. – Caio revirou os olhos.
— Tudo bem, até mais. – fez um aperto de mão.
— Até e melhoras.
— Eu já estou melhor, seu idiota.
Depois de meses internado, ele voltou para escola, pegou o final de setembro e o novembro inteiro. Depois que as aulas tinham acabado, ele mudou de escola – os dois mudaram de escola – apenas se despediram e foram para outra escola, já não estudava mais perto de , mas ainda morava perto dela.
07 de dezembro de 2005. Quarta-feira.
brincava em seu quarto, ela parou ao perceber que sua mãe tinha entrado no ambiente, ela sentou na cama e pediu para sua filha ir sentar do lado dela que precisava contar uma coisa.
— Eu liguei na escola que você tanto quer estudar. – Natasha falou se ajeitando na cama.
— E?
— E que se você quiser estudar lá, terá que fazer uma prova para ver se você pega uma pontuação para conseguir uma bolsa de estudos lá, você quer fazer isso para entrar no Primeiras Artes?
— Sim, sim eu quero sim, mãe. – abraçou sua mãe.
— Ok então. – Ela riu. – Vou falar com seu pai e vamos fazer sua inscrição para fazer a prova.
— Sabe quando vai ser a prova?
— Sim, dia cinco de janeiro, você acha que consegue fazer?
— Sim mãe, consigo sim. – sorriu.
— Vou conversar com seu pai.
Depois do natal e do ano novo, foi fazer a prova, ela conseguiu a pontuação para pegar uma bolsa na escola que ela queria, depois de tanto tempo querendo – desde o primeiro ano – ela agora ia estudar na escola que ela queria desde o começo. Até o nono ano do ensino fundamental e depois disso ela ia para outro lugar, outra escola.
Mas seria agora que ela e ele iriam se encontrar depois de todo momentos ruins que teve? Não, claramente não, tinha se mudado de escola e estava estudando em uma mais longe, mas a casa de fazia parte do trajeto da casa para escola de e poderia ser naquele momento que eles iriam se conhecer.
Andando na rua seus olhos iriam se cruzar. Eles poderiam se tornar amigos e até mesmo algo a mais; o amor de cada um.
Fase 02
16 de abril de 2013. Terça-feira.
Era aniversário – dezessete anos – de , ela festejava apenas para ela mesma, depois de ter se afastado de Clara. Ela não andava mais com sua amiga, não saia com tanta frequência e se saia era com seus pais, apesar de estar no primeiro ano do ensino médio sua vida nunca foi de sair com as novas amigas que fez.
Ela foi para a escola calmamente andando, observando o movimento das ruas, as crianças brincando. O percurso todo para a escola era assim, calmo e tranquilo para poder ir a pé, depois de ter mudado de escola por seus pais terem recebido proposta de emprego melhor, ela foi morar em um lugar mais afastado do centro, o que poderia ser até melhor para o desempenho para ela – os estudos dela – sua mãe havia falado que tudo acontece por um motivo, e esse motivo sempre foi ele.
Bem, depois de tantas coisas que aconteceram em sua vida, boas e ruins, achou o conforto que precisava no Rock, mas não era um rock pesado como muitos falam, era sempre o suave. Algumas das músicas poderiam ter uma letra um tanto quanto cabulosa, mas nada que pudesse relevar na verdade, tinha sim apenas uma com o som bem “pesado” e esse som era do Slipknot. Ela chegou à escola, tirou os fones para cumprimentar a “tia” que ficava no portão de entrada, colocou a mochila no banquinho, com seu celular dentro dela, e desceu para tomar água e encher sua garrafinha. Já que a escola não permitia o uso de celular da secretária para baixo, ela sempre ficava nos banquinhos sentada e escutando suas músicas e aos poucos chegavam seus amigos.
— Hei aniversariante. – Mariana falou, chegando toda estabanada com uma sacolinha pequena na mão. – Parabéns. – Ela desejou.
— Mari. – a abraçou. – Obrigada!
— Aqui, pega, é uma lembrancinha ok? Nada demais.
— Não precisava, de verdade.
— E deixar o aniversário da minha amiga passar em branco? Não mesmo.
abriu a caixinha, tinha dois bombons, ela sorriu para Mariana, viu que ela se deu ao trabalho de fazer os bombons. Mariana era uma garota que gostava de fazer doces para vender ou apenas para os amigos e familiares, ela tinha uma mão sutil para fazer os doces, todos saiam com harmonia perfeita e amava os bombons de morango que ela fazia, era o preferido da morena.
— Estão uma delícia. – falou, colocando a mão na frente da boca.
— Obrigada, sabia que você ia adorar.
As duas amigas sentaram no banquinho e ficaram conversando e escutando música, Mariana falava sobre uma banda que ela descobriu na internet chamada “Boyce Avenue”, era uma pouca conhecida, pois também conhecia a banda.
— Vocês não têm mais nada para fazer aqui? – Nicole chegou arrumando o cabelo.
— Não. – e Mariana falaram juntas.
— Estou percebendo. Parabéns, . – Nicole abraçou .
— Obrigada, Nic.
— Vamos entrar? – Mariana perguntou.
— Sim, sim, vamos.
Elas foram para a sala de aula, o professor de história tinha chegado ao mesmo tempo que elas. A aula tinha começado fazia apenas cinco minutos e as três já sabiam que ele iria chegar atrasado.
— Com licença, professor. – O garoto disse ao bater na porta e abrir.
— Pode entrar.
As meninas riram para ele, o mesmo só fez rir de volta. A aula passou rápido, nem parecia que ainda era começo de mês e que estavam em semana de prova, mas a melhor coisa era não ter prova no dia do aniversário dela. Na hora da troca de professor, virou para trás para conversar com seu amigo.
— Olá, senhor atrasado. – disse com um sorriso no rosto.
— Sabe como é, não é fácil manter essa beleza. – Ele ajeitou os cabelos.
— Idiota. – Mariana falou rindo.
— Bem, foi minha mãe que comprou, não sou bom com essas coisas de meninas, ai ela comprou para você. Parabéns, .
— Mas não precisava, obrigada Caio. – Ela o abraçou.
— É claro que precisava.
— Vai ter festa? – Nicole perguntou.
— Não, nada de festa.
— Como assim nada de festa? – Nicole arregalou os olhos.
— Não tendo festa.
— Nem bolinho?
— Não, Nic, quem sabe no meu aniversário de dezoito anos...
— Uuuh festinha de dezoito anos. – Nicole girou as mãos em forma de comemoração.
— Deus, Mari dá um tapa nela para ela parar de ser besta. – pediu rindo.
Ao término da aula, foi para a casa de Mariana para ajudá-la nos preparativos do aniversário de dezesseis anos dela, já que a festa estava sem nenhum rumo para poder guardar o dinheiro e principalmente o vestido que a mesma não sabia qual escolher, muito mesmo o modelo.
Dona Dalva recebeu as garotas com uma lasanha que tinha acabado de sair do forno, era o primeiro ano dela na escola e também na casa da Mari – de muitas – ela ainda ficava meio acanhada de poder se sentir “à vontade” na casa de sua amiga, mas era normal, era muito envergonhada.
Antes de irem para o quarto, Mariana pediu – discretamente para que não percebesse – para que ela fizesse um bolo para comemorar o aniversário dela, enquanto elas planejavam a festa de dezesseis anos, e claro que dona Dalva atendeu ao pedido de sua filha.
— Achei que ia me deixar sozinha no seu quarto. – falou deitada na cama.
— Eu quis deixar um gostinho de saudades em você. – Mari sentou na cama.
— Engraçadinha. Beleza, e o que vamos fazer? Ou melhor, por onde vamos começar?
— Estava pensando em começar pela decoração e você? – Mari perguntou.
— Pela comida é lógico, onde mais você queria que eu começasse? – segurou a risada.
— Você só pensa nisso? Gente! – Mariana gargalhou.
— Não, penso no divo do Ed também, e dormir, mas comida, aquelas coxinhas maravilhosas, aqueles bolinhos de queijo. – falou de olhos fechados.
— Meu Deus. – Ela riu.
— Ok, vamos falar da sua festa, o que você pensa sobre ela?
— Podia ter balões, a temática podia ser só cor, o que acha? O bolo com decoração de Harry Potter, e ter alcaçuz e feijõezinhos de todos os sabores.
— Onde tem alcaçuz? – disse anotando tudo.
— Minha mãe sabe um lugar que vende, eu vou com ela e aí eu como, quer dizer, compro.
As duas riram.
— Quer que eu vou com você? Eu aceito, você sabe, amo Harry Potter.
— Imaginava que você já ia aceitando logo a ideia do bolo.
— Que cor estava pensando?
— Amarelo e azul, ou então vermelho e azul.
— Vermelho e amarelo. Deixa o fundo vermelho e você usa um vestido amarelo.
— Isso está muito grifinória.
— É a intenção, Mari. – sorriu. – Me conte mais sobre o vestido. – Ela virou a página.
— Eu queria com alças, que marca a cintura não muito também, alguns brilhos do busto para a bainha, que desse impressão que seria algo como feitiço, bom aí já não sei, ou podia ser degrade.
— Tem lápis de cor? – perguntou.
— Sim, essa caixa colorida aí do lado do vira tempo.
— Obrigada, pode continuar.
— Longo, tem que ser longo. O que você está fazendo?
— Vosmecê deseja isso?
— Sim! – Ela sorriu e aplaudiu baixinho. – Você desenha perfeitamente os vestidos.
— Não tanto, pare, eu coloquei uma renda sutil na bainha.
— Está perfeito, posso pegar para mim?
— Sim, pode sim.
— Assina então criatura. – Ela devolveu para .
— Pronto, assinado, agora coloque uma música para a gente começar a selecionar.
Mariana colocou as músicas que queria que tocassem em sua festa e ficou ouvindo com até o bolo que ela pediu ficasse pronto; Dona Dalva levou até o quarto de sua filha com algumas velas acesas, ela
entrou acompanhada da cachorrinha delas, a Belinha, elas cantaram parabéns para e a mesma ficou completamente vermelha, mesmo tendo uma pele morena era visível.
assoprou as velas desejando que sua viagem para Orlando chegasse mais rápido do que ela pudesse imaginar.
— O bolo tem que ser cortado de baixo para cima, assim dá sorte. – Dona Dalva falou.
— Ai, pelas barbas de Merlin, não sei se consigo. – Ela riu.
Serviram os pedaços de bolo e comeram, era inacreditável como a mãe da Mariana fazia um bolo tão maravilhoso – não tão maravilhoso igual de sua mãe – ela comeu uns três pedaços antes de ir embora. Ela agradeceu tudo desde a recepção na casa deles e até o bolo surpresa, e disse que não precisava levá-la até em casa que ela iria sozinha mesmo.
11 de novembro de 2013. Sexta-feira.
Meses se passaram do seu aniversário até o aniversário de Mariana, tudo já estava comprado para decorar a festa, tinha desenhado com a fonte de Harry Potter o “Parabéns Mari Potter”, que realmente tinha ficado perfeito e combinava com a decoração, duas bexigas douradas representavam o número quinze do bolo, já que o mesmo não ia ter.
se arrumou e ajudou Mari se arrumar na casa dela, fez o penteado e maquiagem de sua amiga, ela finalizou com um toque suave, com uma tatuagem falsa dourada nas costas de sua amiga, depois de tanto tempo essa foi a relação maior que ela teve de amizade, as duas se tornaram grandes amigas mesmo se conhecendo há quase um ano.
— Está pronta já, agora vou terminar minha maquiagem, precisa de mais alguma coisa? – perguntou.
— Não, vou lá conversar com minha mãe, já volto.
— Ok, Mari.
— MEU DEUS EU NÃO ACREDITO!
escutou o grito de Mari ao fundo, ela terminou de passar o delineador e foi até a cozinha. O alívio veio ao ver o bolo na mesa, – pelo menos o grito era de alegria – ela sorriu para sua amiga e desceu para ficar no portão esperando os convidados.
Casa cheia, todos dançando e bebendo, a garagem estava realmente cheia, música alta tocando desde Veorra – Run, até Ed Sheeran – Give Me Love. Foi uma festa e tanto, tudo saiu como Mariana queria e não podia ser melhor, ou poderia, já que não saiu do mesmo lugar a noite toda. Mas mesmo ali dançando casualmente no cantinho, conversando com Eduardo – que era mais alto que ela – e rindo de alguns acontecimentos, a única e a pior parte, se pode chamar assim, foi com Igor, um garoto da sala das meninas, que por sinal tentava – inconveniente – ficar com , mas como bons amigos, Eduardo e Caio o tiraram de perto dela, educadamente. Na hora dos parabéns, Mariana entregou o primeiro pedaço que foi dividido no meio para seus pais e o segundo para que a ajudou em tudo, principalmente em montar festa toda.
Poderia ser por motivos de não gostar muito de sair e de festas, mas seu coração falava o que ela realmente não queria escutar.
passou a noite na casa de Mariana, já que era tarde e já tinha combinado com seus pais e ela que iria dormir na casa dela.
03 de fevereiro de 2014. Sexta-feira.
Novamente levantava com preguiça de ir à escola, fazer o quê, era impossível não pensar em ficar na cama por mais minutos ou até mesmo o resto do ano, ela estava cansada de acordar cedo, mas não só acordar cedo para ir até a escola – não pelo fato de ter repetido duas vezes – de acordar cedo em geral, por ela, ela trabalhava com jogos e fotos, apenas isso, e assim teria seu próprio horário de acordar ou não.
Ela amarrou o cabelo de qualquer jeito e apenas passou um batom nos lábios para ver se animava mais o seu rosto – não deu tão certo – se despediu de seus pais e foi andando até a escola; Por algum motivo ela pensou e lembrou de quando era pequena e seus pais a levavam para a escola e hoje, praticamente uma mulher, indo sozinha para a escola em plena manhã, sem aquele aconchego do carro, a mordomia de sua mãe lhe vestir e o café feito com formas ou desenhos de seu pai.
— Bons tempos. – Ela sussurrou para si mesma, com um sorriso bobo nos lábios.
Ela não era de chegar atrasada na escola, sempre no horário ou bem antes, era um costume que pegou do seu pai, sempre ser pontual em seus compromissos independente qual ele seja. E mais uma vez ela fez seu ritual, cumprimentou a “tia” que ficava no portão e sentou no banquinho, esperou suas amigas, as mesmas chegaram atrasadas, e depois subiu com elas conversando, pareciam que não tinham conversado durante as férias todas.
Na sala, Caio estava sentado no mesmo lugar do ano passado, conversava com alguns garotos sobre jogos que foram lançados e até mesmo sobre músicas ou outro assunto, sentado ao seu lado, na direita para ser mais preciso, um garoto que realmente sabia muito bem do que Caio falava conversava abertamente com todos os outros, mesmo não conhecendo eles.
Quando as três aparecem conversando alto na porta da sala, alguns olharam para porta, principalmente Caio e o outro garoto que olhava fixamente para as garotas. Depois de “descongelar” ele se aproximou de Caio e disse:
— Cara, me ajuda, eu não conheço ninguém aqui.
Caio apenas riu do amigo, dando leves tapas na mesa, que fez chamar a atenção de , ela sentou na frente do garoto e no meio das meninas; Pegou seu material, colocou na mesa e conversou com Caio, ignorando completamente a existência do garoto atrás dela, foi assim até o intervalo deles, já que Caio sabia que eles iam passar o intervalo juntos não se importou de comentar com as meninas.
Eles se encostaram perto de um pilar e começam a conversar, como Mariana era a mais falante do grupo, ela apresentou as meninas e a si mesma para ele.
— Eu sou a Mariana, mas pode chamar de Mari, essa é a Nic e a . – Elas sorriram.
— Me chamo , mas pode chamar de . – Ele imitou Mari.
— Somos amigos desde pequenos. – Caio comentou.
— Desde quando você cresceu, Caio? – Nic perguntou quase se engasgando de tanto rir.
— Ok, vamos parar né? – Ele fingiu estar bravo.
— Vocês estudavam juntas?
— Não, eu vim de escola diferente. – comentou. – Já elas, sim. – apontou para Nic e Mari.
— Ah sim.
Eles não se aproximaram como era para se aproximar como um casal que acaba de se apaixonar, pelo contrário, eles só conversavam o básico, era complicado eles terem uma conversa a mais se não fosse motivo de explicação de matéria ou então de trabalho.
Logo no segundo mês, Nicole e estavam muito próximos um do outro, e isso ao poucos foi deixando com ciúmes, ou até mesmo com raiva, ela não sabia explicar essa sensação nem mesmo entender, já que todos seus namoros – dois – nunca davam certo, sempre tinha algo que fazia com que eles terminassem rapidamente, dava tão certo como um relacionando “normal”. Não foi a primeira vez que ela tinha sentindo aquela vontade de ficar perto naquela semana, também não foi a última, ela sabia, estava apaixonada por .
também não se sentia confortável ao lado de Nicole e com toda aquela “Independente se você aceita ou não você é meu amigo e pronto”, ele não gostava, ou melhor, odiava essas atitudes ainda mais vindo de Nicole. Mais por fatos de educação, ele ainda levava a situação, até porque ela era a única pessoa que ficava mais tempo com .
05 de março de 2014. Quarta-feira.
A professora de artes tinha passado um trabalho para eles fazerem e terminarem no mesmo dia, foi bem nesse dia que pela primeira vez viu uma garota com um semblante calmo, que cantava uma música aleatória enquanto pintava, explodir com a melhor amiga.
— Ele fica olhando para mim. – Nic comentou baixinho.
— Ele quem? – perguntou calmamente.
— O .
levantou rapidamente a cabeça e olhou na direção dele, o mesmo desviou o olhar, depois desse momento ela fingia que olhava para outra direção, percebia se ele realmente olhava para Nicole, teve a certeza que não olhava para Nic quando ela ficou um bom tempo longe dela – – e ele continuava a fitá-la.
— Eu disse. – Nicole falou colocando o trabalho em exposição.
— Ele não fica olhando para você. – falou.
— Claro que fica.
— Ele não fica, Nicole! – Ela se exaltou e saiu de perto de Nicole. – Se ele ficasse, quando você saiu e foi falar com a professora, ele teria te seguido com o olhar, mais que saco.
ficou conversando com Caio sobre um RPG que tinha saído recentemente e participava da conversa, uma conversa que focou neles depois que Caio deixou os dois conversando sem ao menos dar índice que já voltava, o que não aconteceu.
A presença de ambos fazia tão bem para cada um, dava uma tranquilidade, uma sensação tão boa que eles desejavam que nenhum saísse de seu lado. Eram poucas trocas de olhares, poucos sorrisos ou meio sorrisos, todos os dias contava os minutos para poder vê-la e se sentir bem pelo resto do dia, e não era diferente com , ela queria viver todos os segundos possíveis com ele.
Será que eles realmente sabiam que ambos sentiam o mesmo?
Consequentemente o ataque de ciúmes de fez com que ela não falasse direito com Nicole, nem mesmo para aquelas reuniões de fazer trabalho – não faziam trabalho juntas, na verdade – apenas conversava com Mariana e Caio, e agora com muita mais frequência ela conversava com .
Em um dia aleatório, anotou o seu número em um canto da folha do caderno de , pedindo que ele a chamasse no Whatsapp para assuntos de escola e do aniversário do Caio, já que estava próximo; Ele não chegou a adicionar o número dela em seus contatos, e ela nem sequer cobrou isso dele ou perguntou o porquê não a chamou para uma conversa normal, pensou que ele realmente poderia gostar de Nicole e ela era apenas uma forma de saber sobre a garota. Lá se vai mais uma vez suas esperanças de se sentir bem com um garoto do seu lado.
24 de março de 2014. Segunda-feira.
Caio havia convidado seus amigos para comemorar o aniversário dele em sua casa depois da escola, ele convidou todos menos a Nicole, não ia ser uma festa e tanto, era realmente alguns amigos e seus parentes próximos; avós. chegou primeiro, os dois ficaram jogando vídeo game como sempre faziam, o que eles faziam além de jogar vídeo game? Esse era o maior hobby deles afinal.
Duas horas depois, enrolando e esperando o sono sumir na casa de Mariana, – que fazia o mesmo – o pai de Mari as levou até a casa de Caio. Não, elas não estavam atrasadas, a única coisa que acontecia é que elas gostavam de cantar ou tocar músicas depois do almoço, e dava o tempo certinho já que eles saiam meio dia e cinquenta.
Elas foram recebidas pela a mãe de Caio, uma mulher de estatura baixa, com curvas abundantes e um carisma gigante. Elas cumprimentaram até os avós de Caio e o pai dele, um homem alto e moreno, ele tinha um semblante de homem sério e rabugento que a qualquer momento poderia se revoltar e falar para todos se retirarem da casa. Mas ao conversar com Fábio, as meninas perceberam que toda aquela postura era apenas para impor um leve medinho e autoridade, pois no fundo ele era o homem mais calmo, tranquilo e brincalhão que elas conheceram.
— Sua mãe disse que podíamos subir. – Mari disse entrando no quarto.
— Sim, que bom que vocês vieram. – Caio parou o jogo e abraçou Mariana.
— Parabéns! – Mari desejou.
olhou para porta e seu coração pulsou fortemente, seus olhos brilhavam, aquela garota linda e maravilhosa estava ali na sua frente novamente, era muita
emoção para um dia só. Tantas coisas passaram pela sua cabeça, uma delas foi o porquê de ter tanto medo de chegar perto dela apenas para chamá-la para sair.
Mas era compreensivo, uma garota morena, com longos fios castanhos, de curvas perfeitas e esculturais, um corpo de tirar o fôlego, um sorriso e um olhar que parava qualquer momento para ser único e aquele jeito todo estabanado e atrapalhado ao mesmo tempo mulher, era realmente de tirar o fôlego de .
— Ele achou que eu não ia vir, só porque quer. – falou sorrindo. – Saiba que eu vim pela comida.
Todos riram.
— Eu sei, faz seu estilo. – Caio falou.
— Parabéns, moço bonito. – Ela o abraçou forte depois de entregar dois presentes.
— Obrigado, , não precisava se incomodar com o presente.
— É claro que precisava, agora estamos quites, ou não, pois ai tem o do ano passado que eu nem sequer sabia que era seu aniversário, o senhor não me avisou.
— Hehe. – Caio riu da situação. – Obrigado mais uma vez.
— O que vocês jogam? – perguntou para .
— Mortal Kombat.
— Quer jogar? – Caio perguntou.
— Não, obrigada, Mari ficou de me mostrar alguns passos.
— A mãe falou para você descer rapidinho. – A irmã de Caio disse, subindo as escadas com sua amiga.
— Já volto, gente.
Enquanto Caio pegava os salgadinhos, Mariana ensinava para sua amiga os passos de dança. Não era qualquer passo, e Mari fez de propósito, ela tinha percebido como e ficavam quando estavam próximos, principalmente em um mesmo cômodo. Mari ensinou um passo principal de uma das artistas famosas, a famosa dança do ventre, e aquilo poderia ser mais que uma jogada de Mari, ela tinha outros planos para aquela tarde e sabia que ia render vários xingamentos de depois, no bom sentido.
— Está mandando mensagem para a Nic? – Mari perguntou ao ver que digitava com raiva.
— Sim, ela disse que mesmo estando aqui eu teria que conversar com ela, e eu já ignorei várias vezes.
— Por que não falamos que você ficou com a ? Assim ela para de encher seu saco, o que acham?
— Sim! – Os dois falaram ao mesmo tempo, com um sorriso no rosto.
— Ok, vou mandar uma mensagem para ela. – Mariana ria.
— Sinto que ela ficaria furiosa comigo. – falou ainda fazendo os movimentos de dança.
— Por quê? Ela gosta de você. – disse sem tirar os olhos da “cintura” de .
— Porque sinto que ela gosta de você, mesmo tendo namorado. Desculpa, minha ansiedade não me deixa quieta. – Ela ficou completamente vermelha, ou melhor, mais vermelha do que já estava, ao perceber que ele não tirava os olhos da “cintura”.
— Apenas escutem... – Mari disse chamando a atenção de todos.
— “O QUÊ? COMO ASSIM? NÃO, ELE É MEU! ISSO É IMPOSSÍVEL, DA ONDE ELES TIRARAM A IDEIA DE FICAREM?! ELE NEM SEQUER PEDIU PARA MIM!
— Discreta ela né? – Caio comentou. – Não sabia que meu amigo tinha que pedir permissão para uma garota que namora.
— É... Ela é louca. – falou disparado.
encostou-se na escrivaninha que também estava encostado. Bem sutilmente e educado ele passou o braço em volta da cintura dela, os deixando mais perto.
— Poderia me emprestar seu celular? – pediu.
— Sim. – Ele pegou. – Aqui.
— Obrigada. – Ela disse colocando o número dela. – Prontinho. – Ela deu um sorriso encantador.
— Caca, vamos cortar o bolo. – Cláudia o chamou da escada.
— Estamos indo!
Depois dos parabéns e do bolo, eles subiram e ficaram mais um pouco, os amigos até fizeram um campeonato de quem ganhava no Mortal Kombat, que no final Caio venceu. Mari e não ficaram por muito tempo, já que Mari tinha marcado horário com seu pai, eles iam levar para casa ainda.
chegou em casa com um sorriso discreto, o caminho todo da casa no silêncio e lembrando do momento ao lado de , apenas ficava repassando os momentos e os segundo ao lado dela. Como de costume foi para seu quarto e ficou jogando online por algumas horas até o sono chegar.
Os dias se passaram, e se aproximavam cada vez mais, até que em um momento o chamou na mensagem e com toda certeza aquelas mensagens fizeram com que eles se aproximam mais. Os dias passaram, até o momento em que ela o chamou de “Amor”, sem ao menos perceber essa atitude. Eles só precisavam de um momento único para poder sentir aquela conexão passando pelo corpo ao se tocarem verdadeiramente, como um casal.
Como a escola tinha organizado um passeio para ir ao teatro assistir a peça “Capitães de Areia”, perguntou se iria, já que ela gostava de lugares calmos como o teatro e com um bom enredo e até mesmo encenações, era isso que ela queria e precisava para poder passar mais tempo com , sem Nicole para poder ficar falando o que ela deve e não deve fazer perto do garoto; Por mensagens, convencia de ir, como o clima já estava mais caloroso entre eles foi mais fácil do que ela realmente pensava:
— Então eu vou. – Ele disse sem muitas voltas.
— Que bom, achei que iria ficar sem você.
— Não, mas saiba que só vou por você.
— Obrigada s2, mas achei que você ia mais para fazer o que disse ontem. — Ela jogou a indireta.
— Pode ser também, só se você quiser.
— Claro que quero.
— Então eu fico com você.
— Mas com uma condição, eu quero que você beije meu pescoço.
— Então seu desejo é uma ordem.
Era a conversa mais indireta e direta deles, nem eles mesmos sabiam como chegaram a aquele ponto, só sabiam que poderia ser o dia que tudo mudaria na vida deles. Os dois falaram imediatamente para seus amigos. pediu para que Mariana ficasse atenta no dia do passeio, já que a escola não deixava ter namoro dentro da escola – regras da Dolores Umbridge idêntico – e ela aceitou ajudar os dois, já que sabia o quando estava gostando dele, e por um lado, Mari queria ver sua amiga feliz ao lado de .
Fase 03
Todos os amigos da já tinham chegado, Nicole não ia no passeio, pois a relação dela com Mari e Caio não estava uma das melhores, já que ambos apoiavam o “casal”. ficou ao lado dela o tempo todo, desde o momento que eles chegaram na escola, entraram no ônibus e até chegar no teatro. Já no meio do caminho das cidades, se ajeitou mais perto de para poderem ficar juntos.
Ele acariciou o rosto de , que a mesma sorria timidamente, era estranho, ela não sentia nada, mas ao mesmo tempo sentia tudo que podia sentir quando se está apaixonada. O primeiro beijo foi rápido, não demorou muito, não foi por causa de medo que alguém visse eles se beijando, foi mais por impulso dos dois. Ela sorriu bobamente e começou a conversar com Mariana, ignorando o fato dela não corar na frente de quase todos. O mais engraçado disso tudo era o método que e Mariana tinham para avisar quando alguém estava se aproximando. Cada vez que eles se beijavam, Mariana batia – com seu pé – em para avisar quando alguém estava vindo, mas a cada beijo que eles davam o calor aumentava e o beijo ficava intenso muito rápido, eles arriscaram um beijo longo até alguém chegar bem perto deles. Aquela mentira ou brincadeira, que foi contada para Nicole, tinha acontecido de verdade naquela manhã nublada do dia nove de abril.
Depois daquele dia, eles sempre estavam juntos, e também Nicole e não se falavam mais; Não podia se dizer que ela – – tinha ficado com o garoto para poder fazer inveja na Nicole, afinal, ela sempre se gabava que tinha um namorado que dava e fazia tudo que ela pedia e que não precisava de mais ninguém, não até o momento de querer ter dois namorados ou, em outras palavras, um amante.
No dia perto do aniversário de , ela descobriu que também fazia aniversário em abril e era um dia – dezessete – depois do dela. Coincidência? Talvez, mas eles nem sequer sabiam que sempre estavam juntos e nunca tinham se encontrado.
A festa de dezoito anos de foi em março. Não foi realmente do jeito que ela desejava, mas ela estava com seus amigos, apesar de que sua amiga – que conheceu através de uma página do Ed Sheeran – não tinha ido à festa, mas isso não iria atrapalhar a amizade delas, até porque elas só tinham se conhecido pessoalmente recentemente, e a amizade delas tinha crescido pela rede social. Nicole não foi convidada porque ela e não conversavam e não se davam tão bem.
A festa realmente foi tranquila, Caio, Mariana e ficaram em uma parte privada do Buffet, tudo bem que o certo era a aniversariante ficar na festa e conversar com todos os convidados, mas ela realmente preferiu ficar com os amigos. E até mesmo na festa de aniversário de eles ficaram juntos, na verdade, desde o dia nove de abril eles não se separavam mais, ainda mais depois que eles descobriram que moravam um perto do outro.
03 de junho de 2014. Terça-feira.
, e Caio foram para a casa de Mariana fazer o trabalho de artes, e como era de costume, o trabalho nunca era feito quando tinha essas reuniões na casa de um participante do grupo. ficou no chão com enquanto eles flertavam e Caio e Mari ficaram conversando e até mesmo se beijaram depois de tanto charme que Caio colocava nas conversas.
E foi naquele dia que tudo que era para ter começado há alguns tempos estava começando. Enquanto Mari e Caio foram na cozinha, e tinham ficado no quarto da amiga, – com os olhos fechados – respirou um pouco fundo depois de terminar o beijo, colocou a mecha de cabelo atrás da orelha da morena e acariciou a nuca.
— , namora comigo? – Ele abriu os olhos e olhou para aqueles olhos castanhos escuros de seu amor.
Ela ficou estática olhando apenas para os olhos dele, realmente não sabia o que falar. Ficou pensando umas quinhentas vezes, aquela pergunta tinha pegado ela de surpresa, só fazia quase um mês que eles estavam juntos. Ela apenas levantou e saiu do quarto sem se pronunciar. ficou ali deitado, realmente pensando no que tinha feito de errado, pensando se ela só estava com ele apenas por ficar. Ele não tinha saído do quarto, só tinha ficado lá sentado esperando eles.
foi descalça mesmo até a cozinha, parou perto de Mari e falou baixinho no ouvido de sua amiga, que tinha a pedido em namoro e não sabia o que fazer, realmente foi muito cômico, já que Mariana ficou rindo de sua amiga e apenas falou em voz alta:
— Aceita.
Os três voltaram para o quarto, pediu para que ele repetisse a pergunta novamente.
— Você quer namorar comigo?
Assim aquele sorriso que ele tanto ama apareceu no rosto da garota, acompanhado com a resposta que se tornou música para os ouvidos – quer dizer, o ouvido de .
— Sim, eu quero. – Ela deu um selinho nele.
— Essa coisa foi lá perguntar o que fazia, quase dei um tapa nela. – Mariana entregou a amiga, rindo.
— Eu só fui confirmar se devia aceitar, vai que ela não deixava. – riu acompanhada de todos.
Como o tempo eles foram descobrindo que gostavam praticamente das mesmas coisas, dos mesmos HQ’s, músicas e até mesmo animes, mas o que deixavam eles mais “juntos” era sem dúvidas os jogos, ambos sabiam muito de todos os gêneros e sempre jogavam juntos. É claro que tinham coisas que um gostava e o outro não, mas isso era muito bom para o relacionamento. Ele era bom em exatas e ela em letras, um ajudava o outro. Para alguns, aquele era só mais um relacionamento de escola, aqueles que sempre acabavam quando o ano terminava e cada um seguia seu caminho. Mas foram diferentes, eles ficaram até o ensino médio terminar, fizeram faculdade juntos e o relacionamento permanecia cheio de amor e unido.
03 de março de 2017. Sexta-feira.
O álbum Divide do Ed Sheeran tinha saído, tinha chego do curso e contado com toda a felicidade para sua amiga – – que o álbum tinha saído, era a coisa mais linda de todos os álbuns que o Ed já tinha feito. E se não fosse pelo Ed Sheeran, elas não teriam se conhecido e se tornado grandes amigas, muito menos descoberto que tinha estudado na escola que ela estudava com e que moravam a um quarteirão da casa da outra. Depois de esperar alguns minutos, apareceu no portão da casa de , ela falava com muita animação que precisava do álbum e que todas as músicas que tinham no álbum eram lindas e maravilhosas, principalmente uma que te lembrava de muito uma história a parte.
— Aqui, leia a letra da música, vê se não te lembra de alguma coisa. – disse entregando o notebook e sentando no colo dele.
leu a música Perfect do Ed Sheeran, a música relatava bem o romance dos dois, a única diferença é que eles não se conheceram quando criança, apenas na adolescência e tudo que ele queria ter com ela, principalmente o casamento e duas crianças, estava escrito naquela música. Ele apenas sorriu e a beijou depois de colocar o notebook na cama, tinha entendido a referência dela.
— Você sabe se o álbum já está à venda aqui no Brasil? – perguntou.
— Sim, mas não compre, não precisa comprar. – Ela se ajeitou na cama.
— Eu não disse que vou comprar, meu amor.
— Ok, ok. – riu. – Mas agora vamos assistir uma livezinha do Alan?
— Sim, vou conectar na televisão. – Ele disse.
Enquanto eles assistiam a live, e planejavam a viagem dos sonhos de : ir para Orlando para ver aquele castelo lindo e maravilhoso, com lindas torres e janelas, com neve no telhado e um trem na entrada. desejava ir e visitar Hogwarts.
O ano ia passando, o planejamento estava se conciliando com as aulas das faculdades e com as férias do trabalho do casal, só faltava eles comprarem as passagens e os ingressos para os parques.
20 de outubro de 2017. Sexta-feira.
estacionou o carro, um Honda Civic preto para ser mais precisa, deixou o rádio tocando no som baixo e saiu do carro. Ele ficou esperando ela sair, encostado no carro, alternando o olhar do celular para dentro da faculdade. Já que tinha o dia de folga, ele ia levá-la para comprar as passagens por uma agência de viagem. Eles chegaram ao shopping, comeram um lanche e foram até a agência de viagem.
— Boa tarde. – A atendente falou. – Sentem-se, por favor. Meu nome é Camila, qual o destino de vocês?
— Boa tarde, nós gostaríamos de ver passagem para Orlando. – falou.
— Para quando? – A mulher perguntou.
— Vão ser quantas semanas? – perguntou.
— Duas.
— Então é a penúltima e a última semana de janeiro.
— Bem, temos esses pacotes aqui. – Camila virou o monitor para o casal.
— Acrescenta mais dois dias, assim saímos no dia doze e vinte e um. – falou.
— Mas amor, não entendi.
— Eu quero que você descanse, minha princesa, assim você pode aproveitar Orlando com toda sua energia carregada, além de voltar à noite e mais descansada. – Ele explicou. Sorriu ao perceber que sua namorada estava vermelha pelo carinho e cuidado dele.
tinha comprado tudo, menos a estadia de um hotel, já que eles tinham conversado com o professor Maurício de filosofia – do ensino médio – de pegar a casa dele para eles se hospedaram. Sim, estava tudo preparado já para a viagem, e isso ia mais além do que desejava. Ir para o país dos seus sonhos com o amor de sua vida, nada poderia ficar mais perfeito do que essa viagem juntos. Poderia?
Antes de viajar, pediu uma leve ajuda para , apesar de que seria melhor pedir para Mari o ajudar, mas ele preferia , já que as duas se falavam vinte e quatro horas por dia. Ela falou o que achava e como deveria ser, deu algumas dicas para não ficar tão normal, apesar de que o lugar já era maravilhoso.
Fase 04
As malas já estavam prontas, e tinham ido para o aeroporto de Guarulhos – São Paulo –, eles passaram pelo detector e sentaram nas respectivas poltronas. Por conta do medo da altura, sentou na poltrona do meio enquanto ia na janela. Viagem tranquila, nada de turbulência, nada. Eles conversavam e assistiam o vídeo que tinham baixado antes do voo e até escutaram música. dormia encostada em , que assistia seu filme favorito, Clube da Luta. A comissária de bordo pediu para que os passageiros colocarem o cinto de segurança, e como ainda dormia encostada nele, ele delicadamente colocou o cinto dela e depois o dele mesmo e ficou atento caso ela acordasse assustada.
Eles pegaram o carro alugado que ficava dentro do aeroporto e foram até a casa. A mesma era linda e grande; tinha no máximo cinco quartos, uma piscina e ofurô, era realmente uma casa perfeita. Eles ajeitaram suas roupas e malas e saíram para comprar algumas comidas e “besteiras”, foram até o Walmart já que ficava perto da casa onde estavam hospedados. Foi uma sacola com comidas, digamos saudáveis, e outra com muito chocolate e guloseimas.
Como era manhã quando eles chegaram, aproveitaram para passear e conhecer alguns lugares principais e até mesmo ver alguns restaurantes que tinha por perto, além de se adaptar com as ruas de Orlando; preparou o almoço para eles, nada de muito elegante, apenas algo simples e até que rápido, como ela sabia que amanhã eles iam sair e com certeza comer no restaurante ou na lanchonete dos parques, ela só fez comida para aquele momento, e como bom namorado ele elogiou a refeição com todos os elogios possíveis e imagináveis.
13 de janeiro de 2018. Sábado.
— Bom dia, minha lua de mel. – Aquela voz doce e suave a acordou.
— Bom dia, meu príncipe.
acordou e se deparou com o café da manhã preparado pelo em uma mesinha portátil, ela sorriu em agradecimento enquanto ele colocava em cima da cama, ela sentou e fez um coque frouxo.
— Você não tomou o café ainda? – Ela perguntou.
— Não, vim tomar com você.
— Sabia que você é maravilhoso? – Ela inclinou para selar seus lábios em um beijo breve.
— Eu sei. – Ele disse igual o Stark.
— Besta. – riu. – Tenho que arrumar as coisas ainda, mas essa cama está tão convidativa que até perdi a hora.
— Não se preocupe, eu arrumei tudo naquela bolsa que você comprou para levar, coloquei até o dinheiro lá dentro. – explicou.
— Ok, isso está fluindo muito bem por sinal. – Ela comeu um pedaço de queijo.
— Eu sei que você ia querer dormir mais tempo, estava tensa demais no avião, e ontem à noite você fez muito esforço. – sorriu pervertido.
— Eu, eu, bom, deixa quieto. – Disse corada.
— Eu vou me arrumar. – se levantou. – Vamos primeiro em Hogwarts, não é?
— Sim! Vamos para a minha casa!
riu de , que deu leves pulinhos na cama, já que ainda tinha tempo, ela levou o que restou do café da manhã pra cozinha, lavou rapidamente e deixou secando, depois subiu e se arrumou; Não que seria apenas um dia em Hogwarts olhando e admirando cada cantinho, eles iam passar nas outras atrações e algumas eram com água, e como eles já sabiam disso, colocaram roupas leves que secasse rapidamente, principalmente que vestiu um maiô por baixo de sua roupa, assim sua lingerie não apareceria quando a roupa molhasse.
Parque Universal Studio Florida
entrou com as emoções à flor da pele, ela não tinha chegado perto do espaço Harry Potter, muito menos visto de longe, mas ela sentia aquela emoção, aquela magia indo até ela com a brisa do ar. És o momento que ela olhou para frente suas pernas tremeram, suas lágrimas escorreram, era muita emoção para um coração, muita emoção para um corpo só. Ela entrou, parou na entrada, girou sobre seu corpo lentamente, ela olhava cada lugar, cada pedacinho enquanto suas lágrimas desciam pela sua face.
— Está tudo bem? – perguntou.
— É real? Tudo isso é real? – disse com a voz trêmula.
— Sim, é sim. – Ele passou o braço em volta da cintura da morena.
— Isso só pode ser magia. – Ela riu alegremente. – Eu não acredito que estou aqui amor, eu não acredito, não me solta porque estou até com medo sair voando. – Ela ria.
— Vamos? Temos o resto do Beco Diagonal para poder explorar, quer dizer, passear.
— Sim, mas quero tirar foto com o moço ali que não me recordo o nome.
chorava a cada vez que olhava algum objeto ou até mesmo uma loja, aquele lugar lhe trazia tudo que ela sentia ao ler e assistir a saga, era realmente como se ela fizesse parte e que a qualquer momento, Fred e Jorge iam aparecer na frente dela fazendo uma de suas gracinhas.
Quando eles chegaram a frente do banco Gringotts, esperaram o dragão cuspir o fogo, claro que ela viu de longe mas seria outra sensação ver de perto. Enquanto esperavam, acenou para um homem que trabalhava para a agência de viagens que eles tinham comprado o pacote, pegou tudo que era para aquele momento e fez um sinal de positivo para o homem, e no exato momento que o dragão cuspiu fogo virou para sua frente, com a mão tremendo ele colocou em seu bolso e não tirou de lá até terminar o que precisava dizer, em inglês para que todos realmente escutassem com todas as letras seus votos.
— , minha lua de mel, eu amo ver essas suas bochechas coradas quando te chamo de lua de mel. – Ele riu. – Nesse lugar mais que mágico para você, eu resolvi te falar algumas palavras, meu amor... hoje tenho algo para te falar, algo muito, muito sério, é melhor você respirar fundo. Ultimamente eu tenho pensado muito se te conto isso, já que venho querendo dizer isso há muito tempo, não quero mais você como minha namorada, não mais, eu espero que você entenda. – Ele se ajoelhou. – Eu quero você como minha esposa, pelo resto de minha vida, poder acordar e olhar esse rosto lindo, sentir esses lábios tocando os meus enquanto a luz do sol entra pelo o vão da janela, olhar para você enquanto se arruma em frente da cama e ver a sorte que eu tive de achar a mulher mais perfeita desse mundo, que me apoia, me ajuda e me surpreende a cada segundo de minha vida. Eu quero cuidar do presente que Deus me deu pelo o resto de minha vida. Antonelli Nascimento você aceita se casar comigo? – tirou a mão do bolso, pegou um porta anel do formato do pomo de ouro e abriu um anel que lembrava uma coroa com pequenas pedras de safira – azul – formava o anel de noivado de .
— Aí, é claro que eu aceito, meu amor! – Ela disse em meio a lágrimas e o abraçando.
— Desde pequeno, eu sentia que você estava por perto, depois de tantos anos eu te encontrei, meu amor, senti que era você no primeiro momento que vi você... Well, I found a woman, Stronger than anyone I know, She shares my dreams, I hope that someday I'll share her home, I found a lover to carry more than just my secrets, To carry love, to carry children of our own. – Ele cantou para ela ao pé do ouvido.
colocou a aliança no dedo anelar de , que rapidamente pulou no colo e o beijou com todos os aplaudindo. O homem entregou a câmera e a bolsa para eles, e enfim terminaram de visitar o Beco Diagonal. O plano do dia era único, depois de muitas dicas de amigos e de pesquisar na internet, eles só iam fazer o Park To Park, sim eles iriam pegar o Expresso para poder ir até Hogsmeade. Aqueles telhados com neve – falsa – os atores que interagem, era tudo perfeito. Como o Universal Islands of Adventure foi a última parada deles, eles andaram pelo parque, foram nas montanhas russas e tiraram fotos.
A cada dia – primeira semana – eles visitaram um parque diferente, compraram tantas coisas e até lembrancinhas para os familiares. Depois eles pegaram apenas uma semana para poderem passear e conhecer Orlando.
— Devemos ir ao Five Guy antes de ir até a praia. – falou.
— Ok, então vamos, e amanhã tiramos o dia para ficarmos na casa.
— Terei que fazer comida? Porque acabou nosso estoque de comida já que compramos pouca.
— Não vai precisar. – Ele abriu a porta do carro para sua noiva. – A gente compra ou pedimos por algum aplicativo.
— Olha, vou cobrar em. – sorriu para seu noivo depois que ele entrou no carro.
— Pode deixar, meu amor. Vamos?
— O que eu vou fazer nessa praia?!
— Eu protejo você, meu amor.
Por mais engraçado que pudesse ser, tinha medo do mar, não seria alguma coisa que iria atrapalhar muita coisa na vida dela, só nesses momentos extremamente raros que ela ia à praia. Nessa mesma semana eles fizeram um bate e volta – de avião – até New York, visitaram o prédio de exposição da Marvel e conheceram a cidade e no alto da noite eles voltaram para Orlando.
20 de janeiro de 2018. Sábado.
e ficaram até tarde na cama, passaram um tempo no ofurô, foi um dia relaxante para eles, pediram lanche do Five Guy e depois foram jogar juntos no Playstation que v tinha levado para a viagem. saiu, passou no supermercado e comprou vinho já que onde eles pediram comida não vendia vinho pelo aplicativo, por sorte o professor tinha deixado algumas taças para as pessoas que se hospedaram lá. Ele chegou a tempo, antes do pedido, enquanto ele atendia o entregador, que por coincidência havia chegado ao mesmo momento em que o gamer tinha fechado a porta. arrumava a mesa com as louças da casa, colocou um vasinho com duas rosas no centro da mesa e arrumou os refratários de comida.
21 de janeiro de 2018. Domingo. São Paulo. Brasil.
Já era de tarde, uma hora da tarde para ser mais precisa, eles tinham entregado de volta o carro alugado e feito o check in para voltar ao Brasil, eles só estavam sentados conversando e olhando as fotos que revelaram. Estava uma mais linda que a outra, principalmente a do pedido de casamento, aquela estava mais do que bonita. Viagem tranquila, eles não fizeram escala como antes; Foram apenas dez horas de voo, um voo que até se arriscou a olhar pela janela, claro que quase colada em seu noivo por conta de seu medo.
Oito horas e alguns minutos, o fuso horário era de três horas a menos de Orlando; Depois pediram o Uber para levá-los para casa. Pelo fato de ser tão tarde ela dormiu na casa que era dele. No dia seguinte voltou para casa, contou tudo da viagem para seus pais e deixou que falasse sobre o casamento.
— Lúcio e Caroline, eu sei que foi pela ordem errada, mas precisei aproveitar a ocasião. Mas agora que estamos todos aqui, eu queria pedir a autorização de vocês para casar com a , Os senhores permitem?
— Sim, é claro que nós autorizamos, não é Carol? – Lúcio falou.
— Sim. – Foi a única coisa que ela falou por conta da emoção. – E quando vai ser? – Disse depois de um tempinho e com um sorriso de orelha a orelha.
— Dois mil e vinte, em novembro. – respondeu.
— Não acha que está muito perto? – Lúcio perguntou.
— Não, já tem tudo organizado. – Ele sorriu. – Ela é rápida nessas coisas.
Mais tarde naquele dia, comunicou sobre seu casamento e que todo aquele plano que ela tinha combinado com ela tinha que ser colocado em ação a partir daquele momento, principalmente o vestido, já que elas iam pedir para o Lucas Anderi fazer um único para a noiva e da madrinha. E desde o dia que eles autorizaram o casamento tudo começou a correr, desde os preparativos até mesmo as compras para casa.
24 de novembro de 2020. Terça-feira. Dias antes do casamento.
fazia a última prova de seu vestido, e claro com um estilista maravilhoso o vestido não podia ser diferente. Era a hora mais sem palavras do dia, ela sabia que ele ia estar com ela no dia vinte e oito, mas saber que seu vestido estava maravilhoso era surreal. O mesmo com o vestido de sua madrinha – A Madrinha – ela vestiu o vestido rosa degrade feito pelo mesmo estilista que também serviu maravilhosamente em .
Fase 05
28 de novembro de 2020. Sábado. Campos de Jordão – São Paulo.
O cheiro das flores, os pássaros cantando, Ed Sheeran para acalmar todos os ânimos, tinha sua maquiagem finalizada pela sua amiga, o cabelo solto deixando todos os cachos – naturais – bem amostra e aquele headpiece dava o toque suave; tirou um momento único para poder fazer uma oração particular para a nova vida de e emocionou as duas. Tudo estava pronto, sua mãe estava deslumbrante no vestido dourado no altar, os últimos segundos para aquela porta de flores se abrir e ela entrar acompanhada de seu pai, que também estava com uma gravata similar da cor do vestido de sua esposa. Lucas ajeitou a bainha e deixou a noiva entrar.
a viu naquele vestido off white, o decote coração que ela sempre falava, a manga com leves brilhos sustentava o busto avantajado de , a cintura bem marcada, a bainha rodada e comprida com o leves toques de brilho – tecido – nada exagerado. Ela estava linda, e ainda usava o anel de noivado que ganhou em um momento – literalmente – mágico. também estava maravilhoso, seu terno preto que cobria uma boa parte do colete bordo, o mesmo tom da gravata. Tudo estava sem palavras, não tinha palavra para definir tudo e ainda mais por tudo ter sido organizado a distância. O bolo naked cake, com dois bonequinhos no topo, e representados com leves traços de Naruto e Hinata. Aquela festa estava maravilhosa, nada a desejar.
E no momento do “Sim” Heidemann Soares passou seu sobrenome para sua esposa, Antonelli Nascimento Soares. Depois de agradecer todos os convidados, passar na mesa de cada um, ela se posicionou para poder jogar o buquê de flores, não seria estranho se a própria pegasse o buquê, mas isso não aconteceu, se virou para entregar para sua amiga, – –, o namorado de a pediu em casamento, com direito a chuva de pétalas de rosas nos dois.
Depois do pedido de casamento, e dançaram ao som de Perfect – Ed Sheeran.
— I see my future in your eyes. – Ela cantou para ele.
A lua de mel deles era em Campos de Jordão mesmo, eles foram para o Carbollo Hotel e Spa, no mesmo lugar que ela tinha se arrumado para o casamento. O quarto tinha uma banheira que ficava de frente para uma janela e do lado o banheiro, o ambiente em si não era muito grande, mas mesmo assim estava perfeito para os dois.
— Eu ainda acho que é só um sonho. – Ela disse com os braços em volta do pescoço de seu marido.
— É o sonho que prometi realizar com você, agora falta só um. – Ele se referia a um mini player. Ela sorriu.
— Agora oficialmente como sua mulher ou como a senhora Soares, recomendo que você deite ou sente na cama e me espere voltar. – Ela selou rapidamente seus lábios.
Ela entrou no toalete, tirou sua headpiece e soltou o cabelo que estava preso na lateral e deixou seu salto em um canto. saiu andando devagar e virou de costas para seu marido, lentamente ela abriu o zíper do vestido, tirou o vestido calmamente e colocou em uma poltrona, deixando a lingerie vermelha aparecer enquanto estava de costas para , ela se aproximou dele e dançou – brevemente – sexualmente para ele ainda de costas e levantou, se virando para ele, a puxou pela cintura descendo suas mãos para a bunda e apertou, ela se apoiou nos ombros dele e inclinou seu corpo, deixado bem perto seus seios dos lábios de , ela o torturava desse modo e amava ver que o membro de seu marido crescia a cada movimento dela.
tirou a cinta liga de e a pequena saia transparente que ela usava, ele jogou em qualquer canto do quarto; sentou no colo dele fazendo movimentos – ainda por cima da roupa – de “vai e vem” enquanto ele baixava seus lábios e apertava uma de suas nádegas. soltava o sutiã vermelho de sua mulher enquanto beijava o ombro dela. Em um movimento rápido e cuidadoso, a deitou e segurou os braços de em cima da cabeça enquanto ele roçava nela. Ele terminou de tirar sua blusa e calça social, colocou um pacotinho do lado do travesseiro e voltou a beijá-la. O homem desceu seus beijos, passando por toda parte do corpo de , deixando ainda mais os seios rígidos. Enquanto ele brincava com a intimidade por cima da calcinha, ele alternava as massagens – apertões – nos seios, depois de um tempo a atiçando ele tirou a peça íntima até uma parte com a boca e depois com a mão, beijava da coxa até a intimidade. Quando sentiu os lábios dele a tocarem, ela arqueou as costas e soltou um gemido de aprovação. Ela tocou em um de seus seios e apertou o cabelo de .
Ele subiu e a encarou com um sorriso de malicioso, tinha chegado em seu primeiro orgasmo naquela noite, o primeiro de muitos. Enquanto dava e o deixava cada vez mais excitado, ele abria o pacotinho dourado e depois a vestiu. Antes que pudesse dizer para que ela escolhesse a posição, já estava deitada com o travesseiro de baixo, deixando suas pernas abertas, deixando a melhor visão para . Ele colocou seu membro aos poucos, o que a fazia pedir para que parecesse com aquela tortura e que ele colocasse tudo logo de uma vez.
Os movimentos de “vai e vêm”, as estocadas fortes, a fazia ir ao delírio rapidamente, ela sentia seu corpo todo mole e ao mesmo tempo o melhor prazer que já tinha sentido em sua vida. Ela gemia em seu ouvido, dizia seu nome entre gemidos, aquela voz falhada pela atividade, aqueles gemidos deixando ele com mais e mais vontade de passar horas e horas transando com ela, loucamente. Sabe-se lá quantas vezes eles trocaram de posição, quantas vezes os dois chegaram no ápice, ela estava lá sentada em seu colo, “cavalgando” em seu membro e o beijando, alternava entre os lábios e os seios, os fios enroscados em sua mão segurando com força os mesmo, sem puxá-los. apertou os ombros dele deixando a marca de suas unhas, a apertava contra seu membro e ao mesmo tempo a cintura dela... Ela deixou seu corpo cair em cima do dele, os dois haviam chegado – ao mesmo tempo – em um orgasmo.
— Será que ouviram? – Ela perguntou ainda deitada no peitoral dele.
— Não, poder ter certeza que não. – Ele falava sorrindo. – Eu já volto, meu amor.
Cinco dias depois eles voltaram para a casa deles, desembrulharam os presentes e colocaram no lugar. Ajeitaram suas malas e limparam uma boa parte da casa, principalmente o gameroom deles, já que foi o último cômodo a ser organizado. Os consoles estavam ligados já em frente ao grande sofá azul marinho, a parede de trás estava com um papel de parede com pequenas imagens da Marvel – sem o logo – na porta frases e mais frases do livro favorito de , Harry Potter. Aquelas prateleiras com toda a coleção de action figures e alguns LEGO dos dois dava o toque final junto com o rolo de neon.
Fase 06
tinha chegado do trabalho, já que ela fechava sua clínica veterinária às cinco e meia. Ela preparou o prato que gostava, strogonoff com alguns acompanhamentos, colocou uma garrafa de vinho no balde com gelo ao lado de duas taças e deixou na mesa ao lado de uma jarra de suco de uva. Esperou ele chegar deitada no sofá, como de costume ela fazia o jantar perto do horário que seu marido chegava.
— Oi, meu amor. – Ela disse indo em direção a porta.
— Oi, minha esposa. – a beijou. – Como você está? Está melhor?
— Sim, era apenas a TPM. – Ela blefou. – E o serviço? Foi tranquilo no escritório?
— Teria sido melhor se você tivesse ido. – Ele a abraçava e andava ao mesmo tempo.
— Bobo. – riu. – Troque de roupa, pois o jantar já está na mesa.
— Não precisa, vou só tirar a gravata mesmo.
— Tudo bem.
— Esse cheiro. – falou ao sentir. – Já falei que você faz tudo muito gostoso?
— Sim. – Sorriu.
Eles jantaram e foram para o gameroom. Ao entrar, viu que o computador estava ligado em modo repouso, ele se aproximou e ligou achando que estava jogando antes dela preparar o jantar.
— Jogo novo? – Ele perguntou confuso.
— Sim, estava jogando. É legal, pode ir no meu save.
— Homem Aranha?
— Joga, amor. – Ela disse ansiosa.
Nítido que o jogo foi feito por uma única pessoa, não que os gráficos estivessem tão simples mas apenas pelo método que foi feito entregava isso. No jogo, controlava o Homem Aranha – que era ele –, voltava para casa em sua teia. Ao chegar na casa do herói, a tela ficava preta e logo aparecia usando o uniforme do Aranha sem a toca, mais adiante – que seria Mary Jane – estava acariciando a barriga, o “Homem Aranha” se aproximou da mulher e numa tela azul e rosa com teias apareceu escrito “Parabéns Papai”.
— Isso é sério? – chorava.
— Sim, aqui está o ultrassom. – Ela entregou.
— EU VOU SER PAI!
Ele a pegou no colo e a girou de tanta felicidade, aquele amor que eles tinham se transformou em um pequeno ou uma pequena.
— Quantos meses?
— Três, indo para quatro meses já.
— E escondeu esse tempo todo, eu te amo meu amor! – a beijou. Um beijo completamente apaixonante cheio de amor.
A gestação foi tranquila, sem nenhuma complicação, apenas alguns desejos pela madrugada e a rotina de ir todo dia ao médico. Os noves meses se passaram rápido, tudo já estava pronto para receber o pequeno Anthony, o quarto arrumado com carrinhos e bonecos da Marvel, o bercinho com decoração do Homem Aranha e do Homem de Ferro, até tinha um radinho se porventura ele acordasse de madrugada o casal iria escutar. O parto foi em casa, apenas com , sua mãe e a melhor amiga de , que era fotógrafa daquele momento. Anthony nasceu saudável, lindo e grandinho. E aquele momento se tornou tão fofo quando apenas falou do lado dele tão baixinho e Anthony sorriu para ele.
Dois anos depois de o Anthony nascer, engravidou de uma menina, a pequena Manuella. Anthony a protegia, independente de onde eles fossem, como ele mesmo falava “Manu é a minha princesinha, ninguém vai machucá-la”. Em dias de calor, encontrava-os na piscina, os três juntos. O tempo passava, as crianças tinham crescido, estavam lindos, os dois eram, línguas e exatas e sempre ajudavam um ao outro. Nos finais de semana eles saiam e até mesmo jogavam, na maioria das vezes Manu e ganhavam a competição que eles faziam. Nas férias de verão, a família foi para onde todo aquele sonho começou: Orlando.
Não poderia dizer que a família de e não tinha suas brigas e desentendimentos, mas eles conseguiram conciliar tudo isso, juntos e com muito amor.
A cada sorriso dela, sentia aquele mesmo sentimento que sentiu anos atrás, ainda mais aqueles dois pequenos sorrisos que corriam em direção dele ao chegar do trabalho.
You Win!
Fim.
Nota da autora: Oi Players (Forma carinhosa que chamo minhas leitoras). Essa foi minha primeira ficstape e espero que realmente gostem.
Sobre Perfect: Eu me inspirei em uma historia real, como percebesse o começo não está igual a música pois foi desse jeitinho mesmo que começou com o casal. Parece muito “conto de fada” mais aconteceu de verdade, e hoje eles estão noivos por incrível que pareça. Não quis colocar muitos dos dramas que o Casal – real – já passou só apenas dois, apesar de que O PP é surdo do lado esquerdo de verdade. Eu não tenho mais o que dizer dessa Ficstape, eu peguei mais para ressaltar essa história que é quase a copia da música. Eu amo essa música e quem sabe um dia eu venho aqui e falo o nome do casal e mostro a foto dos minis Players deles s2.
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
Vou deixar aqui os lugares onde vocês tem acesso a cada informação da Fic e também minha Página da Autora, com todas as Minhas Fanfics e informações sobre mim.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
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