Capítulo Único
O dia quente denunciava a possível chuva da noite, sabia bem disso pois conhecia muito bem a cidade em que vivia e como as chuvas eram presentes nessa época do ano. Mas isso não significava que ela confiaria em que realmente choveria ou que sairia bem preparada até porque quase nunca se lembrava de levar um guarda-chuva quando precisava.
— ! - a garota de cabelos loiros recém refeitos chamou a amiga - eu acho que vai chover, porque não levamos as capas de chuva?
— Eu definitivamente não vou usar esse negócio quente - disse rindo - sem contar que não parece - a garota disse olhando para o céu - É, não parece que vai chover.
— E você por acaso é meteorologista? - a amiga perguntou.
— E você é? - perguntou rindo.
— Anyway, vou levar a minha - a amiga disse se movendo pelo cômodo e colocando uma das capas na mochila.
— - chamou olhando assustada para o relógio - são oito e meia!
— uh! - a amiga disse fazendo o mesmo, checando o horário em seu celular - daqui até a piscina são quase vinte minutos andando, vamos nos atrasar se não sairmos agora.
balançou a cabeça e pegou suas coisas com pressa trazendo junto.
— Se corrermos - ela disse olhando o horário outra vez - chegamos cinco minutos antes, vamos!
As duas correram, atravessaram escondidas a maior parte do campus incluindo o campo já que a piscina desativada fica logo atrás das arquibancadas, onde haviam criado uma barreira especial para que o local fosse protegido, já que o reitor havia proibido reuniões ali desde a formatura de seus seniores do grupo de acappella que foi muito popular até um ano atrás.
— Senha? - a portinha para checar quem estava ali antes da entrada da pessoa foi aberta fazendo com que revirasse os olhos.
— Abre essa droga, ! - ela disse fazendo o garoto dar risada abrindo a porta.
— Muito nervosinha você, - continuou rindo - você precisa relaxar, sabe meu amigo chegou da Califórnia ontem, eu poderia…
— Cala boca, ! - disse - ainda bem que somos melhores amigos, ou eu estaria estragando essa carinha bonita por dizer que meu nervosismo é falta de homem.
— Cada vez que você abre a boca - começou dizendo - eu tenho medo de ter que ir em um funeral pela primeira vez na minha vida.
— No meu funeral talvez você não vá tão cedo, boneca - ele sorriu tentando, apenas tentando ser charmoso. Não que não fosse, mas, ele conseguia ser mais esquisito do que charmoso - mas para o meu quarto pode ser que aconteça, se você quiser, óbvio.
— Sonha, Suh! - disse rindo passando pela porta - não estamos atrasadas, certo?
As paredes da piscina não cobriam realmente toda a área e muito menos era algo fechado, os alunos do clube de dança juntamente com os de acapella e outros não menos importantes haviam feito um espaço que fosse possível observar quem se aproximava como por exemplo o guarda da área que sempre dormia pesadamente em sua cabine nesse horário. As portas eram simples e apenas serviam como uma fachada para que as festas e outros eventos acontecessem escondidos.
— veio hoje? - perguntou curiosa olhando para a amiga com um sorrisinho.
— Ah, claro! - apontou para um dos cantos na parte de baixo da piscina - me lembre porque eu sempre perco para aquele nerd mesmo?
— Justamente pelo fato de você não ser ele, agora, com licença - a amiga sorriu falsamente para e saiu andando.
— Porque você deixa ela me tratar dessa forma? - ele reclamou manhoso - eu também sou seu melhor amigos sabe.
— Corrigindo - ela desviou o olhar da piscina para o garoto a sua frente - você era meu melhor amigo até decidir que seus amigos eram mais legais que eu e me deixar esperando no café por duas horas - ela fez o mesmo que sun, sorriu falsamente - agora se você me dá licença, eu tenho novatos para analisar.
— Mas você nem se interessa por garotos, normalmente - ele disse rindo - eu tentei te apresentar metade da escolha e a única coisa que eles escutavam eram “dude, eu não to interessada”
— Você tem razão - ela fingiu rir - mais um motivo para não querer ficar perto de você então.
— ! - ele choramingou seguindo a amiga - eu já pedi desculpa, não é como se você não soubesse que eu me atrasaria.
A garota parou de andar e olhou com cara feia para o amigo que deu uns passos atrás com medo.
— Tá bom! - ele diz - eu assumo minha culpa, deveria ter avisado que iria chegar mais tarde do que o normal - ela continuou olhando feio para ele - eu compro seu café favorito por um mês - a expressão havia melhorado mas não totalmente o que fez ele suspirar já que ele sabia o que a amiga queria - também compro seus lanches da madrugada.
— Melhorou! - ela disse sorrindo - mas isso não quer dizer que eu te perdoei.
— ! - ele seguiu a amiga pelo lugar.
— ! - chegou abraçando o amigo que sorriu.
— ! - a garota soltou, olhou ao redor e procurou por confusa, vendo revirar os olhos - não passou aqui ainda?
— Ela acabou de sair daqui - ele riu comprimentando, afinal, também eram amigos - acabou de levá-la para conhecer os novatos.
— veio? - riu assustada - eu achei que ela ficaria a noite estudando já que entrega um trabalho importantíssimo amanhã.
— Você sabe como ela é - ele riu - ela disse que assim que eu te visse era para te dizer - ele riu- dizer não, mandar você se juntar a elas.
— Ela tem essa mania de tentar me enturmar, né? - riu - se ela perguntar, você diz que não me viu!
— Você sabe que não tem como fugir dela! - o garoto disse rindo.
— Eu fugi do o ano passado inteirinho - a garota se escondeu atrás de - você acha que eu não consigo despistar ? Você acha que o serve para que?
— Eu deveria ficar ofendido - o garoto mais alto disse - mas surpreendentemente não estou.
— - disse chamando o garoto - nós deveríamos apresentar os dois, eles seriam incríveis juntos.
— Eles quem? - ela perguntou curiosa - você vai dar uma de também?
— Eu já tentei - interrompeu - mas ele foge, do mesmo jeito que ela faz.
— alô - ela acenou para os amigos - eu ainda estou aqui!
— Você realmente deveria conhecer o - disse sorrindo - não sei quem é pior em questão de se relacionar com as pessoas.
— Ele é bem popular para alguém que só realmente abre a boca para falar com os amigos - disse - e ela também.
— Isso é uma deixa para deixarmos de conversar? - perguntou debochada - porque se for eu topo.
— quem disse que você se livra de mim tão cedo? - disse rindo - se você tocar nesse assunto mais uma vez, eu grito para a .
— Chantagista! - a amiga fechou a cara.
— Mimada! - ele retrucou.
***
—...Então folks, vocês estão preparados? em cinco minutos começamos nossa disputa de hoje! - Bonny, representante das disputas desde o começo das principais eras entrou gritando, ninguém sabia até hoje como ele ainda não havia se formado.
— Bonny! - comprimentou ele com um toque de mãos - como foi as férias no Havaí com a Linda?
— Nós terminamos - ele deu de ombros e a garota fez uma cara indecifrável que o fez rir - Sim , de novo!
— Pelo amor de Deus - ela disse - vocês tiveram alguma semana sem terminar desde que começaram esse namoro?
— Sim - ele pensou - na verdade não, na nossa primeira semana também tivemos um desentendimento sobre quem comeria a última batatinha.
— E você não deixou ela comer...porque? - ela fez uma pausa confusa.
— Porque era a última? - ele respondeu óbvio.
— Eu ainda não sei porque existem mulheres que namoram caras como você - a garota bufou e saiu dali deixando e rindo da cara de confuso de Bonny.
— Vou te dar um conselho - disse - a preferência e a razão é sempre delas, meu amigo! - comentou colocando uma das mãos no ombro do mais velho confortando o mesmo.
— Você tem que aprender - foi a vez de falar - ou alguma hora um vem e rouba a atenção dela.
O mais velho semicerrou os olhos e encarou os dois de braços cruzados.
— Vocês estão jogando praga no meu relacionamento? - Bonny perguntou - e de quem vocês estão falando? ? O que cursa música? Ele tá dando em cima da minha garota? Eu to confuso.
— Foi apenas um exemplo cara, calma! - disse rindo - já tem com o que se ocupar, não se preocupa.
— Eu nem acharia tão ruim ser trocado por ele - Bonny disse analisando o garoto de cabelos castanhos em um dos grupinhos próximos a eles enquanto e o olhavam confusos - O que? Ele é um cara bonito, pessoas sinceras e de personalidade assumem isso tranquilamente.
— Como eu já disse - disse rindo - você não tem com que se preocupar.
— Porque? - Bonny perguntou curioso é se calou - Qual é , todo mundo sabe que você não consegue guardar um segredo por muito tempo.
— Corrigindo! - interrompeu - na realidade essa é a função do .
assentiu para Bonny e sorriu demonstrando que ficaria quieto sobre aquilo.
— Qual é? - Bonny reclamou - vocês vão me deixar na curiosidade?
— Sim! - os dois responderam rindo - você tem que começar a disputa de hoje, Boa sorte.
***
— Folks - Bonny gritou chamando a atenção de todos que gritaram animados já sabendo que aquele seria o começo da noite - bebidas de lado, aquecimento no ponto e a confiança afiada, vocês estão prontos para essa noite?
Todos ali presentes na piscina tanto na parte de dentro quando no andar de cima gritaram animados.
— Muito bem, então! - ele riu - espero a mesma intensidade que tivemos antes das férias - dizendo isso todos olharam e gritaram para o grupo de garotas, , e que eram as responsáveis por um dos momentos épicos da batalha antes das férias - já que todos sabemos que nossos veteranos (já graduados) escolheram suas preferidas unanimemente, cabe a elas o título de melhor grupo no último ano - ele disse se aproximando das garotas que riram - mas será que esse alguém finalmente consegue tirar esse título delas?
— Não! - gritaram quase unanimemente.
— Quem sabe - ele se moveu dali voltando ao centro da piscina - por alguns meses não teremos com a gente - todos gritaram com animação mais uma vez - como muitos já sabem ele sofreu um terrível acidente no último Riff Off que tivemos, claro, todos agradecemos a por isso.
eram um imbecil prepotente que literalmente se forçava para cima de todas as garotas ele visse, ele literalmente não prestava em nenhum quesito a não ser esbanjar seu dinheiro e a fonte dele, seu pai.
Flashback on
Before vacation
— Agora se você me dá licença - disse tentando se livrar de bucky educadamente - eu tenho coisas mais importantes para fazer.
— O que seria mais importante do que eu gatinha? - ele sorriu presunçoso deslizando uma de suas mãos pelo braço da garota.
não era muito paciente com esse tipo de pessoa e com certeza a pessoa que se tornou desde que virou faixa preta em Taekwondo não era totalmente a mais controlada.
— O que você acabou de fazer? - ela olhou de lado para ele com uma raiva muito bem vista em seus olhos.
— Eu falei que nada do que você faça seja mais importante - ele tocou os cabelos da garota - ou mais interessante que a minha presença, boneca - por último deslizou os dedos pelo rosto da garota o que a fez simultaneamente tremer em raiva e agarrar a mão do garoto com raiva.
— Escuta aqui, seu riquinho de merda - ela disse entre dentes mas todos que estavam por perto puderam ouvir pelo gritinho que o garoto havia soltado já que agarrou com vontade e força - encosta em mim mais uma vez e provavelmente você sai daqui no mínimo com um braço quebrado e tremendo de dor por meses.
A garota se virou para sair do local mas era óbvio que ele não deixaria aquilo passar, ela passou por ele e o mesmo fez questão de segurar o braço dela com um tanto de força.
— E quem você pensa que é para estar falando comigo dessa forma? - ele perguntou um pouco bravo por ver as pessoas rirem ao seu redor.
— A única pessoa aqui - ela se aproximou do garoto - que pode acabar com o teu ego com propriedade em um simples chute, quer experimentar? - ele se calou e ela puxou o braço que ele segurava - eu acho que não.
Outra vez se engana quem pensa que a chatice insistente dele não o faria levar uma boa lição aquele dia, e isso aconteceu no momento em que ele decidiu segurar pela segunda vez o braço dela e tentar roubar um beijo da mesma.
— Você fica uma graça fingindo essa braveza toda - ele que segurou o braço da garota a puxou mais para perto tentando avançar para cima da mesma que se desviou deixando um chute em suas partes íntimas.
— Sabe - ela disse levantando ele do chão já que se jogou assim que recebeu o chute - eu tentei tanto me controlar, eu nem sequer sou uma pessoa violenta.
— Você foi expulsa do taekwondo - alguém gritou da quadra.
— Existe esse detalhe - ela riu irônica - mas como eu disse, eu não sou tão violenta assim - ela o arrastou pela quadra até o meio do local para que todos vissem - porém como da última vez, eu pensei em motivos do porque eu deveria me controlar a respeito de pessoas como você.
Ele continuou calado.
— Sabe - ela o atirou no chão e continuou falando - eu escutei uns boatos por todos os departamentos, preferi não julgar porque afinal sempre falei com você por mera educação e por fazer parte do grupo.
soltou uma risadinha.
— E o que eu ganho por ser educada? - ela pergunta e ele não responde - eu ganho um assediador que sai falando por aí que dormiu com cada garota que conversa seja educadamente ou não - ela riu ironicamente - e por pura ironia do destino eu escutei o meu nome nesse meio.
— E-Eu - ele iria pronunciar algo mas assim que a viu amarrar os cabelos ela pareceu mais assustadora do que em qualquer momento.
— Você não tem nada a dizer? - ela pergunta por uma última vez.
Encurtando a história, saiu com um braço quebrado e um corpo cheio de dor, talvez um pouco mais que isso. nunca foi culpada por nada por saber que o ego do garoto era bem maior, ele fez questão de dizer a todos que havia escorregado em um treinamento solo que fazia mas todos sabiam o que havia acontecido, o que o transformou em uma chacota já que não era a única a passar por rumores e assédios criados por ele.
Flashback off
— alguém suportava ele? - ela perguntou e todos gritaram um não bem alto - então não precisam agradecer, foi um favor a todos.
***
— Sem mais delongas, Folks - Bonny gritou - vamos começar essa noite com…- ele girou a roleta digital com temas - a playlist de hoje é...livre?
Bonny fez uma cara de desapontado que fez com que todos dessem risada.
O riff off de um ano para cá havia desenvolvido unidades, não só os acapellas participavam de competições entre si mas os de dança também, exatamente por isso que cada um tinha o seu dia, porém livres para estarem em todos se quiserem.
As segundas aconteciam as competições do grupo de artes, as terças acapellas, as quartas dança e assim outros grupos revezavam seus dias.
Bonny sendo anfitrião de todos, odiava todas as vezes em que uma das competições eram livres.
— Podemos rodar outra vez? - ele perguntou e todos gritaram um “não” coletivo - então é isso, que comece a noite, não se esqueçam, uma coisinha errada e você está…?
— FORA! - todos gritaram agitados.
— Música, por favor! - pediu - que vença o melhor.
***
Em uma competição entre grupos nunca eram apenas meninas e meninos, os grupos normalmente estavam acostumados a serem mistos até que alguns veteranos criaram a rivalidade entre o grupo das garotas que era mais reconhecido por sempre estarem em atividades no campus, assim como o dos garotos que não ficavam muito atrás na popularidade. Contudo, os nerds, aqueles que usavam algum tipo de erva dizendo ser medicinal, os sem noção e muitos outros grupos estavam nesse meio.
“I ain't tryna
I ain't tryna
I ain't tryna…
Como sempre o aleatório ou o próprio DJ a favor do grupo das garotas que surgiram com uma coreografia no exato momento em a música começou.
“Yeah, ain't tryna be cool like you
Wobblin' around in your high-heeled shoes
I'm clumsy, made friends with the floor
Two for one, you know a bitch buy four
And two left feet, you know I always drop
First thing a girl did was a bop
I'm the whole damn cake and the cherry on top
Shook up the bottom, made a good girl pop…
era habilidosa com coreografias para uma aluna de artes visuais que não passava o tempo enfiada em uma sala montando uma coreografia ou ensaiando por horas. Ela só fazia aquilo porque gostava e sentia que aquela era a única forma de se expressar desde pequena.
A garota não havia terminado e alguém surgiu demonstrando o interesse de fazer aquela batalha um pouco mais quente, afinal quase todos temiam quando eram as garotas que iniciavam a “batalha”.
— Oh, Oh, Oh - Bonny exclamou agitado olhando para o meio da quadra - parece que hoje temos competidores à altura - todos gritaram em animação - mas não tão fácil - bonny riu - eu disse antes das férias que novas regras se aplicariam e essa é uma delas - ele sorriu e acenou com a cabeça para a pessoa que controlava a música - mudando a música para nosso competidor.
Todos gritaram em agitação e o garoto não perdeu o sorriso desafiador que trazia no rosto, confiança era o que mais tinha em si.
“Hundred bands in my pocket, it's on me
Hundred deep when I roll like the army
Get more bottles, these bottles are lonely
It's a moment when I show up, got 'em sayin', "Wow" (wow, wow)
Hundred bands in my pocket, it's on me (on me)
Yeah, your grandmama probably know me (know me)
Get more bottles, these bottles are lonely
It's a moment when I show up, got 'em sayin', "Wow" (wow, wow)
sorriu assim que a música começou, normalmente ele não entrava nesse tipo de situação, por mais que gostasse de participar das competições ativamente nunca entrava em algo que envolvesse .
Os primeiros a notarem isso foram e no último verão, ambos o questionaram por exato um mês fazendo com que não aguentasse mais e contasse que de fato ele tinha um crush na garota desde que entraram na faculdade juntos e que simplesmente não conseguia se mover quando ela era o assunto.
Flashback
First talk
— Oi! - escutou uma voz feminina surgir assim que alguém se encostou na parede ao seu lado - você também é novo? - ele deu um gole na bebida que trazia na mão, observando as pessoas dançando a sua frente.
— Mais ou menos? - ele disse e ela fez uma cara confusa - transferência de curso! Entrei ano passado em um curso completamente diferente e esse ano me transferi.
— Isso não conta - ela sorriu - você já deve conhecer praticamente todo mundo.
— e você? - ele perguntou curioso - que acabou de entrar eu já sei, mas porque não está curtindo a festa?
— Primeiro - ela se virou o lado a apontou para a mesa - eu vim pela comida - ele riu assentindo - e segundo, tem um cara me tirando a paciência desde que eu entrei pela porta, então eu estou apenas fugindo - ela riu - sabe, tentando não bater em ninguém no primeiro dia de socialização.
— Muito importante eu diria - ele disse bebendo um gole da bebida rindo fraco - você conhece ele?
A garota fez que não com a cabeça e rodou o olhar pela sala em busca do desconhecido que não largava o pé dela.
— É aquele ali - ela se aproximou de e apontou para o outro que dançava com uma garota mas sem colocar muita atenção.
— ? - ele perguntou e ela deu de ombros por não saber o nome dele.
— Não sei - ela disse - aquele com jaqueta do time de futebol americano que está dançando com uma das meninas da orientação - ela revirou os olhos e completou - de cabelo castanho com mechas exageradamente amarelas - ela riu e ele a acompanhou - me pergunto quem é o Cabeleireiro dele para passar longe.
— Tomara que seja coisa dele porque nem mesmo o pior dos profissionais faria um trabalho tão majestoso - ele disse rindo, o que a fez rir alto e confortável - mas sim, ele se chama - ambos riram - e eu não recomendaria nem mesmo um “boa dia” direcionado a ele, ou ele gruda em você e não solta mais.
— Meu Deus, sem bom dia então - eles riram e se virou para ele - mas, mudando de assunto por um momento, você não me disse seu nome.
— Você não perguntou - ele sorriu né engraçado e ela sentiu levemente algumas batidas do seu coração descompassarem, ele era muito mais bonito do que ela havia notado antes de se aproximar - mas eu me chamo…
foi interrompido por um grupo de gente gritando para , a maioria eram garotas que estiveram com ela na orientação pela manhã, elas não deixaram com que o garoto terminasse de falar e muito menos com que ela escutasse seu nome antes de a arrastarem para longe deixando sozinho no mesmo local. deu uma última olhada e se desculpou de longe dizendo adeus em seguida.
Flashback off
— Quando eu disse para você tentar interagir com ela - disse colocando a mão nos ombros do amigo - eu não disse para desafiá-lá onde ela mais tem confiança, ainda mais quando ambos são bons no que fazem e - ele olhou para a amiga que se preparava para sua vez - ela é totalmente competitiva, ela vai acabar com você meu amigo, boa sorte!
— eu concordo! - disse junto.
— Vocês disseram que eu tinha que chamar a atenção dela, certo? - disse aos amigos enquanto assistia a garota esperar com que a música mudasse. - então, foi isso que eu fiz, confiem em mim.
— Eu gostaria muito - disse rindo.
— Mas não conseguimos quando conhecemos ela melhor do que você - completou rindo junto a - boa sorte.
Ambos preparados para a segunda parte daquela disputa que todos já haviam percebido ser pessoal, o que fez com que as amigas deixassem aquilo com , a música começou a tocar, junto com a chuva que começou a cair de repente.
— Eu disse! - gritou para a amiga colocando sua capa.
A chuva não impediu abby de continuar, muitos menos impediu os outros de assistirem grudados uns aos outros embaixo de algo para se abrigar. olhou para o céu e sorriu, continuando o que fazia antes.
a admirou por cada instante e acabou desistindo de tentar enfrentá-la, ela para ele, sempre merecia ser o foco de tudo, a intenção nunca foi ganhar ou algo do tipo, mas sim chamar a atenção da mesma. Ela era incrível em todos os pontos possíveis, ali, naquele momento com a chuva que já havia aumentado a intensidade caindo sobre ela, ela dançava como se aquilo fosse a última coisa que fosse fazer em sua vida, ela amava aquilo e ele amava observar cada detalhe daquela cena, mais uma vez, ele se deu conta. Ela era incrível.
***
— Eu sabia! - uma voz veio da entrada principal do local - vocês acharam mesmo que iam se safar tão fácil? - gritou o diretor entrando com uma lanterna e seu guarda-chuva fazendo com que todos saíssem correndo - voltem aqui, não adianta correr eu sei cada um que esteve aqui essa noite.
— Vem! - jae agarrou a mão de abby que se assustou mas o seguiu tentando fugir do diretor, ele agarrou sua mochila antes de entrarem no meio das arquibancadas e se esconderem porque a esse ponto não alcançariam a entrada sem serem vistos.
— Você…- ela disse baixo e ele fez sinal de silêncio mostrando a proximidade do diretor perto deles. notando a proximidade do diretor segurou abby próxima de si assim que viu a luz da lanterna passar por onde eles estavam, ele percebeu que o corpo da garota tremia só não sabia se era por nervosismo ou frio então decidiu tentar aquecê-la com sua jaqueta seca que trazia na mochila mas assim que agarrou a jaqueta sentiu uma luz batendo contra suas coisas.
— Diretor! - a voz do guarda fez com que abby congelasse e fechasse os olhos em arrependimento, o guarda sorriu malicioso e continuou falando - encontrei dois pombinhos fugitivos.
***
— O que vocês estavam fazendo naquele lugar? Sem mentiras, por favor! - o homem disse escrevendo em um papel a sua frente.
abriu a boca para falar mas a interrompeu apertando leve suas mãos, ele sabia que a garota tinha uma boa reputação com o diretor mas que ela também estava sob aviso depois do que fez com e isso incluía ser vista em um desses eventos proibidos pelo diretor.
— Eu insisti para que ela fosse, queria que ela visse uma coisa e...- ele começou falando e ela o olhou torto, não gostava de pessoas tomando suas responsabilidades. - eu acabei planejando dessa forma, por favor a responsabilidade é toda minha.
— Meus melhores alunos enfiados nessa bagunça toda só aumenta minha dor de cabeça - ele massageou as têmporas e suspirou, se inclinou a ele e falou baixo - escutem, eu sei que vocês estiveram lá juntos e por pura diversão, eu não sou contra mas o conselho escolar me fez ser. Então resolvemos isso entre nós se vocês prometerem não serem mais pegos.
— Nós prometemos! - disseram juntos.
— Vocês terão que fazer no mínimo duas semanas de trabalho semanal como limpar a sala de música e outros trabalhos extras como organizar a biblioteca de discos da escola - ele arrumou seu óculos e anotou mais uma vez alguma coisa no papel - por enquanto eu deixarei apenas isso, pois observarei suas ações durante toda essas duas semanas e analisarei se precisam ou não de mais tempo nesse “castigo”.
Ambos se entre olharam pois sabiam o quão pesado seria mas de qualquer forma, era isso ou pontos negativos em suas notas, o que prejudicaria sua graduação no futuro e seu perfeito currículo.
***
— Olha - ele começou dizendo assim que saíram da sala - eu não quis tomar a frente, mas eu sabia da situação por causa do , você não podia mais se envolver em coisas assim - ele respirou fundo - me desculpa.
— Você teria feito de qualquer forma não é? - ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas e ele balançou a cabeça positivamente - tudo bem, eu agradeço mesmo assim.
— Posso te acompanhar até o seu dormitório? - ele perguntou temeroso e ela assentiu, ele havia acabado de tomar uma culpa por ela e além disso já o conhecia e sim, se lembrava dele.
— Você não é nenhum desconhecido - ela sorriu começando a caminhar, ele ficou confuso com a frase e a acompanhou.
— Não sou? - perguntou.
— Sempre te vejo com e - ela sorriu sem olhar para ele - se é amigo deles - ela o olhou - próximo, eu digo! porque não considero aquelas outras pessoas - a garota fez cara de nojo de lembrar - se você é amigo próximo deles, com toda certeza é uma boa pessoa, é bom em escolher amigos - ela riu -
A garota falava de si mesma óbvio, ele notou e riu do humor da mesma balançando a cabeça positivamente.
— não é muito bom nessas coisas não - ela completou fazendo com que ele risse mais - temos nessa história como uma prova viva.
— Como vocês se conheceram? - ele perguntou curioso - eles nunca me contaram essa história, nunca soube porque.
— Hm, história engraçada - ela disse coçando a nuca - tudo começou comigo dando um soco certeiro no nariz do .
Flashback
Homecoming, 1’st month
— Porque você não olha por onde anda? - uma garota disse assim que ela trombou em Aabby que a olhou confusa.
— Mas foi você quem trombou em mim? - ela disse em tom de pergunta e garota olhou com raiva.
— você entrou na minha frente? - respondeu no mesmo tom - você deveria desviar.
— Ok, eu vou ignorar esse comentário - disse rindo e se virando para sair do local.
Mas ela não conseguiu dar mais do que dois passos pois seus cabelos foram puxados por mãos com unhas pontudas.
— Você tá louca? - abby gritou e a esse ponto todos já prestavam atenção na cena.
A garota loira segurando os cabelos soltos de abby, uma briga no começo do ano letivo entre uma caloura e uma senior era notícia para o resto do ano.
— Era você, não era? - ela gritou como uma louca - era você com o ontem no parque!
— Quem raios é , sua louca? - gritou segurando o pulso da garota e girando fortemente em seguida a fazendo gemer de dor soltando o cabelo - você não me conhece, puxa o meu cabelo e ainda me acusa de algo que eu não fiz depois de trombar em mim? Deus, o que eu fiz para merecer?
— Não mente para mim - a essa altura as amigas da garota estavam ao seu lado checando seu pulso e olhando para abby com ódio nos olhos - eu vi vocês.
— Eu não conheço nenhum - ela disse.
— E eu não conheço nenhuma…- se entremete - como você chama mesmo?
— - ela disse dando de ombros.
— Isso - ele assentiu e sorriu - e eu não conheço nenhuma , até agora.
revirou os olhos e olhou para a garota sorrindo debochada.
— Resolvido? - disse - não saia puxando o cabelo de quem você não conhece por alguém que provavelmente não vale a pena. Porque se ele estava com alguém, esse alguém não era a minha pessoa.
se virou para sair dali mais uma vez mas antes parou de frente para johnny que soltou um sorrisinho e acenou. Ela olhou para o garoto e o analisou.
Fofo, foi o que pensou.
— chega mais perto por favor - ela pediu com educação para o garoto e ele o fez com uma cara sem vergonha presente - Isso é pelo meu cabelo! - a garota socou o nariz do garoto que era bem mais alto que ela e sorriu da mesma forma que ele fez antes.
Flashback off
— Você simplesmente deu um soco nele? - soltou uma risada - como assim, ele te ajudou.
— Olha - ela disse olhando para ele - em minha defesa ele realmente saiu com outra garota naquela época, enquanto estava com a garota que puxou meus lindos cabelos. - ela riu - não que ela não merecesse - a garota deu de ombros - porém ele é o amor que é hoje, graças a mim e o meu poderoso soco.
— Mas vocês viraram amigos dessa forma? - ele perguntou ainda rindo.
— Sim, naquela mesma noite! - ela riu ao lembrar de aparecendo com uma bolsa de gelo para que ele colocasse no nariz - Eu fui tomar um ar e o estava sentado com a cabeça para cima com medo de que o nariz sangrasse. passou por mim sorrindo e dizendo “aquele soco foi ótimo, sou seu fã a partir de hoje” me fazendo rir - ela riu lembrando da cara do amigo.
— Quando se trata do quebrando a cara - ele riu - literalmente no caso, é o primeiro a comemorar.
— só não levou uma ainda porque me alimenta quando sabe que me fez passar raiva - a garota riu, subiu no rodapé da calçada se equilibrando nele - ele sempre aparece como quem não quer nada com frango ou outros tipos de comida, suborno o nome. Para a alegria dele, funciona.
— Vou guardar bem essa informação - ele a olhou sorrindo e ela fez o mesmo.
— Eles são bons amigos - ela sorriu - são realmente uma boa parte de mim, assim como minhas amigas.
— Eles são - o garoto concordou - eu conheço eles desde que me entendo por gente - ele riu - mesmo tendo suas fases, nunca deixaram de ser bons e únicos.
— Viu - ela disse - exatamente por isso que eu sei que você também deve ser uma boa pessoa.
A garota sorriu e continuou andar se equilibrando sobre o rodapé e ele a observou atentamente mais uma vez. Seu cabelo ainda um pouco molhado da chuva anterior, seu corpo coberto pela grande jaqueta azul e branca do time da faculdade que era dele, seu all star de cano alto também azul combinavam tão bem, era como uma harmonia.
Ela era completa.
— Chegamos - ela alertou tirando ele de seus pensamentos e principalmente do momento admiração que ele estava tendo - acho que é isso - ela olhou para o céu que denunciava mais uma chuva próxima - você precisa ir antes que comece a chover de novo.
— Tudo bem! - ele disse sorrindo - eu não me importo de pegar outra chuva no caminho.
— Mas eu me importo - ela disse - imagina se você pega uma gripe por minha culpa, Deus me livre.
O garoto riu e ela fez o mesmo. Então ela ameaçou tirar a jaqueta que trazia para devolvê-la mas ele não deixou.
— Eu me sentiria culpado de deixar você subir nesse frio sem uma jaqueta - ele disse arrumando a jaqueta nela mais uma vez - cuida dela para mim - sorriu charmoso para a garota que sentiu o coração descompassar naquele momento - depois você me devolve.
— Acho que Deus ouviu minhas preces - ela disse do nada em voz alta encarando, o fazendo ficar confuso - eu sempre quis uma dessas mas o treinador me proibiu. Aliás, a das garotas não chega a ser tão confortavel. - desconversou - preciso ir, já está tarde! Boa noite, te vejo amanhã.
deu um beijo na bochecha do garoto e subiu correndo por só prestar atenção na impulsividade vinda dela depois que já havia feito.
10 minutos foram pouco para o garoto ficar parado ali no mesmo lugar. Ele simplesmente não conseguia se mexer ou tirar o sorriso do rosto, finalmente havia dado um passo?
***
— Bom dia, Nerd! - a garota que tirava um Cochilo se assustou quando chegou dando um peteleco em nela, assim que entrou na sala em que ela estava, trazendo consigo e juntos.
— Se você fizer isso mais uma vez…- a garota ameaçou se levantar mas foi impedida por que entrou na frente sorrindo, com um pacote é um copo de café nas mãos.
— Da uma chance para ele de não ter a bunda chutada em plena manhã - disse rindo - nós te trouxemos café.
— Corrigindo - afastou para o lado - eu paguei e ele carregou apenas, então eu te trouxe café.
— você perdeu no pedra, papel ou tesoura - entregou - e ainda reclamou o caminho inteiro sobre isso.
— Em minha defesa - começou - eu queria pagar e também. Mas ele mesmo fez uma objeção e nós decidimos que seria na sorte.
— Nada mais do que justo! - abby disse mostrando a língua para - dinheiro bem gasto.
— Você já gasta todo meu dinheiro com seus lanches da madrugada, abby - ele disse - eu tenho o direito de objeção.
— Não tem não! - e disseram juntos dando um high five em seguida.
— Ela te salva sempre que você tá em apuros - riu.
— É isso, aceita! - abby disse pegando seu café da manhã das mãos de .
— Será que eu deveria ter aceito sua oferta de rompimento dessa amizade ontem? - fazendo uma cara pensativa.
— Você não duraria três horas - disse - me dá um pedaço disso? - disse se referindo ao pãozinho que abby comia e a mesma sacudiu a cabeça positivamente.
apenas ria da situação, cómo já havia citado antes, o garoto realmente era mais quieto do que aparentava algumas vezes.
— ? - uma voz feminina disse entrando na sala - hm, então é aqui que vocês se escondem.
— Bom dia, Diana! - disse educado - hm, que eu saiba não temos assessoria hoje - o garoto ajudava alguns alunos com as matéria que eles tinham mais debilidade a pedido do diretor a algum tempo e Diana era um desses alunos, porém um pouco mais insistente.
— Não temos mas eu pensei…- a garota foi falar mas acabou sendo interrompida.
— Ei - abby disse assustada olhando para o horário no celular - desculpa interromper mas - ela virou rapidamente para - temos exatos quinze minutos para arrumarmos tudo e pegarmos as coisas necessárias de cada aula.
então puxou pela mão e o levou pela porta passando por Diana que sequer falou algo, apenas observou.
***
— Devo agradecer essa majestosa Dama de qual forma por salvar a minha pele segundos atrás? - disse brincalhão - ela vem me convidando para sair já tem um tempo.
— E você nunca aceitou? - ela perguntou curiosa e ele balançou a cabeça negativamente.
— Na realidade tem essa garota - ele coçou a nunca um pouco nervoso - que eu sou interessado desde que troquei meu curso - ele disse tranquilo enquanto espalhava as apostilas pela sala de leitura onde aconteceria a aula de artes liberais.
— Você já contou para ela sobre esse seu interesse em outra pessoa? - perguntou abby curiosa.
— E-eu - ele gaguejou - hm, já contei que tenho sempre alguém em mente, mas não é como se ela realmente respeitasse isso.
— E para a garota? - abby realmente estava curiosa, não sabia porque mas também estava um pouco decepcionada pelo garoto já ter alguém em mente - a que você gosta.
— Nós não tínhamos tanto contato - ele disse - mas tínhamos amigos em comum, já era alguma coisa.
— Você disse “tínhamos” - ela repetiu o que o garoto disse - mudou esse status?
O garoto balançou a cabeça positivamente.
— Pelo menos eu acho - sorriu para a garota - nós tivemos uma certa aproximação nos últimos dias.
— Ah - ela exclamou - e você já a chamou para sair?
— Eu…- o garoto que ia dizer algo foi interrompido pela professora que os assustou assim que entrou.
— Vocês já terminaram certo? - ela disse jogando a bolsa sobre a mesa com a menor preocupação possível.
Os dois assentiram e se dirigiram à porta e ficaram de frente um para o outro.
— Então, eu queria saber se você quer…- ela o interrompeu.
— Meu Deus! - ela que antes prestava atenção passou os olhos de relance pelo relógio que trazia em seu pulso e exclamou assustada, agarrando o braço do garoto e olhando para o horário mais de perto - esse horário está certo? - ele balançou a cabeça positivamente - A transmissão começa em cinco minutos e preciso estar lá para supervisionar os calouros, nos vemos mais tarde.
A garota saiu correndo depois de deixar um beijo no rosto do garoto que mais uma vez havia perdido a chance de chamá-la para sair.
A week later
— Você ainda não conseguiu? - perguntou assim que viu entrar e se jogar frustrado na cadeira.
— Dessa vez o diretor interrompeu pedindo para que ela fosse a uma reunião urgente do Grêmio estudantil - passou as mãos sobre o rosto e respirou fundo - talvez eu deva apenas mandar uma mensagem, isso de tentar ser romântico e perguntar pessoalmente se ela quer sair comigo está me custando muito tempo.
— Faz assim, você tenta uma última vez amanhã - disse - eu sei que ela fica desocupada as sexta-feiras logo depois da sua aula de produção musical acabar, ela vai estar no estúdio ensaiando e matando tempo.
O amigo se levantou e pegou um cartãozinho em sua carteira entregando em seguida a .
— Aqui, a chave magnética do estúdio - pegou e não entendeu - normalmente ela espera por mim porque é nosso momento “expresse seu sentimento” da semana - riu e o olhou confuso - longa curta história, separamos esse dia e hora porque ambos estamos livres e falamos sobre tudo, sobre a nossa semana, sobre como as coisas estão saindo, só assim eu consigo saber se ela precisa da minha ajuda para alguma coisa - o amigo puxou a cadeira e se sentou de frente para - ela é muito fechada e já passou por muita coisa, essa foi a forma que nós encontramos dela conseguir se expressar. Normalmente trancamos o estúdio, colocamos uma música, nos sentamos de frente para a janela e conversamos.
— Ela não vai estranhar? - perguntou inseguro.
— Não! - respondeu - diz que eu tive que ajudar com algumas coisas e esqueci meu celular no quarto. Fala que eu não pude ir e te mandei para avisar ela.
— Tudo bem! - respondeu - vamos tentar.
— Você consegue! - sorriu para o amigo - boa sorte, vou torcer por vocês.
— Você é um ótimo amigo sabia? - disse - ela tem muito orgulho de você.
— Se você continuar eu choro - ele dramatizou.
***
— Você saiu mais cedo hoje? - abby perguntou sem olhar para a porta já que se aquecia e sabia que a única pessoa a entrar ali seria .
— Hm, ele me pediu para vim te avisar algo - a voz de surgiu a assustando - desculpa, eu não queria ser intrometido, eu só, não sei, tinha a chave porque me disse para vim avisar que ele não poderia vim hoje, eu pensei em bater mas ao mesmo tempo eu…- o garoto disparou a falar nervoso e abby apenas soltou uma risada engraçada por causa do desespero dele - falei demais não é?
A garota sacudiu a cabeça positivamente e sorriu indo em direção a ele, o puxou por completo para dentro já que estava ainda com metade do corpo para fora, trancou a porta de volta dizendo um “tudo bem” em seguida, o que o aliviou muito por dentro.
— Ele teve que ajudar com algumas coisas - não mentiu já que o amigo havia realmente marcado um encontro com naquele dia - e ...
— Saiu com , eu sei! - abby disse animada, estava feliz que os amigos finalmente estavam se acertando - você ainda tem alguma aula hoje?
— não! - balançou a cabeça negativamente - na realidade - ele coçou a cabeça demonstrando seu nervosismo - eu não sei, pensei que poderia passar um tempo aqui com você, se você quiser lógico.
— Por mim, tudo bem! - ela sorriu se sentando próximo à janela - eu ia te convidar para ficar mesmo.
— mesmo? - ele perguntou - tem certeza que não vou te atrapalhar?
Ela balançou a cabeça positivamente e fez sinal para que ele se sentasse ali perto dela na janela.
— A vista daqui é bonita em uma sexta-feira tarde - ela disse - é possível observar cada pessoa que passa pelo campus, normalmente nesse horário é o momento mais agitado, por isso eu e gostamos daqui.
— Isso me parece mais coisa de fofoqueiro - disse rindo fraco o que a fez rir também concordando.
— é um fofoqueiro nato! - ela disse rindo - isso é influência dele.
— não passa muito longe - o garoto completou.
— Esse é um come quieto nato! - a garota riu se levantando de onde estava pegando seu celular para emparelhar o bluetooth e colocar uma música - qual seu tipo de música favorito?
— Definitivamente - ele concordou e a olhou tentando pensar em um tipo de música que poderia agradar ambos - hm, eu tenho muitos, o que você colocar já está bom.
— Não se arrependa se eu colocar algo meloso - ela virou a cabeça de leve e sorriu sincera, prendeu o cabelo em um coque, soltou a música e relaxou o pescoço respirando fundo em seguida. - você quer, sei lá, dançar?
Como sempre a iniciativa vinha dela, ele pensou. Já fazia mais de uma semana que estavam em contato constante, se viam e andavam juntos pela faculdade sempre que podiam, almoçavam todos juntos e mesmo assim ele nunca teve a oportunidade de estar mais próximo dela do que os momentos que já tinha. Ele queria mais.
— Sim! - disse prontamente, se levantando e indo em direção a ela com a confiança que de aquele dia não passaria.
— Certo - ela riu tímida e se aproximou dele.
Ambos próximos suficiente entraram em acordo com seus passos, as mãos dele foram na cintura da garota de primeira instância, com a permissão da garota. Não era assim que ela havia planejado essa coisa toda deles dançarem juntos mas acabou sendo assim, ela com os braços sobre os ombros dele, e ele segurando sua cintura com leveza.
Ambos corações batiam descompassados naquele momento.
— Você gosta dessa música? - ela perguntou e ele pode sentir o quão próximos estavam pela respiração dela quase se misturar com a dele.
— Gosto - ele disse um pouco baixo - gosto muito mais a partir de hoje.
O coração de parecia que explodiria em nervosismo e o dele não estava muito diferente. A canção era leve e melódica, ambos se aproximaram um pouco mais do que o planejado fazendo assim com que a temperatura quente de cada corpo pudesse ser sentida.
— Porque? - ela disse quase em um sussurro.
— Porque a partir de hoje - ele aproximou os lábios em uma das orelhas da garota e disse baixo - ela sempre me lembrará você.
O espaço que ainda restava entre eles foi rompido por um beijo inesperado vindo de ambas partes, a sintonia era real naquele momento.
— Eu, hm…- ela, assim que quebraram o beijo tentou dizer algo mas as palavras corriam soltas pela sua cabeça.
— Eu posso te levar para jantar? - ele perguntou impulsivo - quer dizer, já tem um tempo - ele subiu as duas mãos segurando o rosto da garota com delicadeza - na realidade muito tempo em que eu pretendia tomar coragem de fazer isso, te chamar para sair. Eu tentei mas algo ou alguém sempre interrompia - ele riu baixo - você gostaria de sair comigo?
— Você paga - ela disse grudando os lábios no do garoto que riu assentindo.
— Você é perfeita! - ele sorriu incrédulo ainda admirando ela - eu sei que vai parecer estranho falar isso agora, mas eu sou louco por você desde a primeira vez que nós falamos a um ano atrás.
— Eu me lembro - ela disse - mas eu já tinha te visto antes disso, mesmo não sabendo seu nome até o dia em que fomos pegos pelo diretor.
— Já? - perguntou curioso.
— Uns meses antes - ela comentou o puxando para se sentar novamente próximo à janela - a irmã de , Olivia estudava arquitetura e era o último ano dela. Nós viemos trazer umas coisas que a mãe delas havia enviado porque se supõe que vínhamos fazer um tour pelo campus, mas na verdade estávamos fugindo de uma feira em que os pais dela queriam que fôssemos - ela disse olhando pela janela e apontando para uma parte do campus - você estava ali, com o e . Vocês cantavam enquanto tocava violão. - ela então cantarolou um pedaço da música que eles tocaram naquele dia - eu lembro de ter pensado o quão bonita era a sua voz.
A garota sorriu e ele fez o mesmo soltando um “obrigado” em um tom de voz terno e baixo.
***
3 weeks later
— Eu ja disse que não vou comprar isso para você, - disse irritada andando uns passos a frente o que fez com que abby soltasse uma risada nasal observando os dois um pouco distante. Ela então entrelaçou o braço nos de e apoiou a cabeça no ombro dele que sorriu adorável para a garota.
— Eles não são fofos? - a garota comentou.
— Eu prefiro e - ele disse fazendo com que ela voltasse a atenção ao outro casal ao seu lado mas torceu o nariz ao vê-los.
— Ew - reclamou vendo os amigos brincando enquanto um roubava doce do outro- muito melados?
— Eu prefiro nós então - ele a puxou para o mais perto que podia deixando beijos pelo seu rosto e ela o afastou rindo.
— Eu sei que você sempre foi melado - ela riu - mas não sabia que era tanto.
parou de andar e se afastou, a olhando incrédulo.
— - gritou de repente fazendo com que abby desse risada - eu acho que preciso encontrar outra namorada.
— Eu posso te ajudar com isso - o amigo entrou na brincadeira mas recebeu um tapa de em seguida reclamando - eu te passo meus antigos contatos mais tarde - ele falou baixo deixando uma piscada para o amigo.
— , - ela chamou - eu acho que preciso encontrar outro namorado!
— Só se for agora - as duas disseram juntas indo em direção a abby agarrando cada uma um braço
— você quer começar por quem? Andrew de Artes Liberais? Jonah de Arquitetura? Jin de artes cênicas? Você escolhe - disse passando seu contatos no celular, abby ria e a olhava de olhos arregalados.
— Jonah não é gay? - perguntou a amiga curiosa.
— Ele assumiu? - ela sorriu largo - finalmente, já não tinha como ficar escondendo, né?
— Agora eu não sei - olhou confusa.
— Eu acho que sim, ele vivia pedindo meu número no primeiro ano - se pronunciou - e porque você ainda tem todos esses números?
— São meus amigos amor! - sun sorriu amarelo para o namorado - mas e aí? Escolheu? Eu recomendo o Jin.
— Eu acho que…- a garota que ria não conseguiu terminar a frase pois recebeu um abraço totalmente aconchegante por de trás.
— A única pessoa que ela escolheria seria a minha pessoa - disse deixando um beijo nela - o que você quer comer? Eu compro tudo que você quiser, pode escolher.
— Você sempre compra ela com comida - reclamou.
— Aprendi com ! - ele disse rindo - obrigado irmão.
— Aprendeu bem! - disse dando um high five com .
Epílogo
5 years later
Graduation
— Você me daria a honra dessa dança? - perguntou formalmente fazendo com que a namorada desse risada assentindo positivamente.
— Mas é claro que sim! - ele a tomou pela mão indo em direção ao centro e assim que tomaram posição uma música lenta e específica começou a tocar fazendo com que a garota ficasse surpresa - isso é coisa sua, não é?
A mesma música que tocou naquele dia em que dançaram juntos pela primeira vez soou aos ouvidos de abby como poesia, a fez relembrar o quão especial aquele mesmo ano havia sido. havia entrado em sua vida junto com várias outras coisas como o estágio que ela tanto queria e outras coisas, foi um ano que fez com que todos em diante fossem especiais.
não disse nada, apenas a grudou em seu corpo e a conduziu em uma dança leve e tranquila.
“Oh it's you I know, you're the one I dream of
Look into my eyes, takes me to the clouds above
Oh I lose control, can't seem to get enough
When I wake from dream, tell me is it really love…
cantou a canção em quase um sussurro para a garota a sua frente, ele sabia o quanto ela gostava de ouvi-lo cantar então fez isso demonstrando o amor que tinha dentro de si. Nesses cinco anos tentou de todas as formas expressar tudo que sentia por ela desde aquela primeira vez em que se viram na festa, mas nunca achou algo que representasse tanto aquele amor quanto o que tinha planejado para aquele dia.
“How will I know if you really love me?
I say a prayer with every heartbeat
I fall in love whenever we meet
I'm asking you what you know about these things…
Ele, nem por um segundo duvidou de si. A certeza de que a amava o suficiente para não compreender o que era aquilo, era como aquele momento para ele. Um momento em que se lembraria para sempre, um sentimento que seria para sempre, independente das dificuldades, enfrentariam juntos.
“How will I know if you're thinking of me?
I try to phone but I'm too shy (can't speak)
Falling in love is so bittersweet
This love is strong why do I feel weak...
A garota sussurrou de volta o que o fez arrepiar por alguns segundos, a segurando mais forte contra si soltando um breve suspiro em seguida.
— Você suspira quando anda preocupado, está tudo bem? - ela perguntou olhando para ele preocupada.
— Na verdade não - ele respondeu e ela tensionou, não esperava aquela resposta - Eu preciso te dizer uma coisa.
— Você pode me falar o que quiser, amor - ela disse preocupada.
— Eu não consigo mais viver sem você - ele disse e ela soltou um suspiro aliviada.
— Eu achei que fosse algo grave - ela disse descansando a testa no ombro dele rindo fraco.
— Mas é grave, você não entende? - ele disse - eu não consigo mais viver sem você do meu lado, eu passei semanas com isso na cabeça. Pelo menos desde que você foi trabalhar no acampamento de artes no verão, foram as três semanas mas doloridas que eu já tive e olha que eu cresci com o e .
soltou uma risada e o abraçou mais forte que podia, respirando fundo, ela disse que o amava.
— Eu também te amo - ele disse se separando um pouco seus corpos - eu amo tanto que decidi tomar a decisão mais importante da minha vida mas esperei porque você tinha sua vida além de mim, você tem a sua família, você tem o seu emprego, você não é presa a mim e eu não espero que seja - ele deixou um beijo na testa da garota - mas espero que me queria ao seu lado para que possamos dividir tudo isso juntos.
então partiu seus corpos por completo e se ajoelhou sob uma de suas pernas tirando a caixinha de veludo que abby havia visto mais cedo escondida em suas coisas.
— Você não…- ela disse incrédula mesmo tendo visto a caixinha antes não havia se dado conta sobre o quando grande era aquilo para ela.
— , você aceita ser minha até que nem mesmo a morte possa nos separar? Você aceita se casar comigo? ! - ele perguntou sorrindo. A esse ponto todos já haviam notado o que estava acontecendo, seus amigos que já sabiam sobre a proposta sorriam ternos com a cena, uns cochichavam sobre o casal e outros estavam animados pela cena que presenciavam mas atentos pela espera de uma resposta.
— Eu nem sei o que falar, meu deus - ela disse sorrindo.
— Se esse não for o momento, não se preocupe você pode me dizer e eu... - ele tentou tranquilizar a garota que tremia a esse ponto.
— É óbvio que sim! - ela o levantou e o abraçou com força - eu aceito.
— Você será minha para sempre então? - ele perguntou feliz com a resposta.
— Eu sempre fui - ela sussurrou para ele que sorriu ainda mais largo.
— Eu amo você - segurou o rosto dela com carinho e a viu sorrir, seu sorriso fazia com que o coração do garoto ficasse descompassado.
— Eu amo você - ela repetiu a frase deixando um beijo terno e cheio de amor nós lábios dele.
— ! - a garota de cabelos loiros recém refeitos chamou a amiga - eu acho que vai chover, porque não levamos as capas de chuva?
— Eu definitivamente não vou usar esse negócio quente - disse rindo - sem contar que não parece - a garota disse olhando para o céu - É, não parece que vai chover.
— E você por acaso é meteorologista? - a amiga perguntou.
— E você é? - perguntou rindo.
— Anyway, vou levar a minha - a amiga disse se movendo pelo cômodo e colocando uma das capas na mochila.
— - chamou olhando assustada para o relógio - são oito e meia!
— uh! - a amiga disse fazendo o mesmo, checando o horário em seu celular - daqui até a piscina são quase vinte minutos andando, vamos nos atrasar se não sairmos agora.
balançou a cabeça e pegou suas coisas com pressa trazendo junto.
— Se corrermos - ela disse olhando o horário outra vez - chegamos cinco minutos antes, vamos!
As duas correram, atravessaram escondidas a maior parte do campus incluindo o campo já que a piscina desativada fica logo atrás das arquibancadas, onde haviam criado uma barreira especial para que o local fosse protegido, já que o reitor havia proibido reuniões ali desde a formatura de seus seniores do grupo de acappella que foi muito popular até um ano atrás.
— Senha? - a portinha para checar quem estava ali antes da entrada da pessoa foi aberta fazendo com que revirasse os olhos.
— Abre essa droga, ! - ela disse fazendo o garoto dar risada abrindo a porta.
— Muito nervosinha você, - continuou rindo - você precisa relaxar, sabe meu amigo chegou da Califórnia ontem, eu poderia…
— Cala boca, ! - disse - ainda bem que somos melhores amigos, ou eu estaria estragando essa carinha bonita por dizer que meu nervosismo é falta de homem.
— Cada vez que você abre a boca - começou dizendo - eu tenho medo de ter que ir em um funeral pela primeira vez na minha vida.
— No meu funeral talvez você não vá tão cedo, boneca - ele sorriu tentando, apenas tentando ser charmoso. Não que não fosse, mas, ele conseguia ser mais esquisito do que charmoso - mas para o meu quarto pode ser que aconteça, se você quiser, óbvio.
— Sonha, Suh! - disse rindo passando pela porta - não estamos atrasadas, certo?
As paredes da piscina não cobriam realmente toda a área e muito menos era algo fechado, os alunos do clube de dança juntamente com os de acapella e outros não menos importantes haviam feito um espaço que fosse possível observar quem se aproximava como por exemplo o guarda da área que sempre dormia pesadamente em sua cabine nesse horário. As portas eram simples e apenas serviam como uma fachada para que as festas e outros eventos acontecessem escondidos.
— veio hoje? - perguntou curiosa olhando para a amiga com um sorrisinho.
— Ah, claro! - apontou para um dos cantos na parte de baixo da piscina - me lembre porque eu sempre perco para aquele nerd mesmo?
— Justamente pelo fato de você não ser ele, agora, com licença - a amiga sorriu falsamente para e saiu andando.
— Porque você deixa ela me tratar dessa forma? - ele reclamou manhoso - eu também sou seu melhor amigos sabe.
— Corrigindo - ela desviou o olhar da piscina para o garoto a sua frente - você era meu melhor amigo até decidir que seus amigos eram mais legais que eu e me deixar esperando no café por duas horas - ela fez o mesmo que sun, sorriu falsamente - agora se você me dá licença, eu tenho novatos para analisar.
— Mas você nem se interessa por garotos, normalmente - ele disse rindo - eu tentei te apresentar metade da escolha e a única coisa que eles escutavam eram “dude, eu não to interessada”
— Você tem razão - ela fingiu rir - mais um motivo para não querer ficar perto de você então.
— ! - ele choramingou seguindo a amiga - eu já pedi desculpa, não é como se você não soubesse que eu me atrasaria.
A garota parou de andar e olhou com cara feia para o amigo que deu uns passos atrás com medo.
— Tá bom! - ele diz - eu assumo minha culpa, deveria ter avisado que iria chegar mais tarde do que o normal - ela continuou olhando feio para ele - eu compro seu café favorito por um mês - a expressão havia melhorado mas não totalmente o que fez ele suspirar já que ele sabia o que a amiga queria - também compro seus lanches da madrugada.
— Melhorou! - ela disse sorrindo - mas isso não quer dizer que eu te perdoei.
— ! - ele seguiu a amiga pelo lugar.
— ! - chegou abraçando o amigo que sorriu.
— ! - a garota soltou, olhou ao redor e procurou por confusa, vendo revirar os olhos - não passou aqui ainda?
— Ela acabou de sair daqui - ele riu comprimentando, afinal, também eram amigos - acabou de levá-la para conhecer os novatos.
— veio? - riu assustada - eu achei que ela ficaria a noite estudando já que entrega um trabalho importantíssimo amanhã.
— Você sabe como ela é - ele riu - ela disse que assim que eu te visse era para te dizer - ele riu- dizer não, mandar você se juntar a elas.
— Ela tem essa mania de tentar me enturmar, né? - riu - se ela perguntar, você diz que não me viu!
— Você sabe que não tem como fugir dela! - o garoto disse rindo.
— Eu fugi do o ano passado inteirinho - a garota se escondeu atrás de - você acha que eu não consigo despistar ? Você acha que o serve para que?
— Eu deveria ficar ofendido - o garoto mais alto disse - mas surpreendentemente não estou.
— - disse chamando o garoto - nós deveríamos apresentar os dois, eles seriam incríveis juntos.
— Eles quem? - ela perguntou curiosa - você vai dar uma de também?
— Eu já tentei - interrompeu - mas ele foge, do mesmo jeito que ela faz.
— alô - ela acenou para os amigos - eu ainda estou aqui!
— Você realmente deveria conhecer o - disse sorrindo - não sei quem é pior em questão de se relacionar com as pessoas.
— Ele é bem popular para alguém que só realmente abre a boca para falar com os amigos - disse - e ela também.
— Isso é uma deixa para deixarmos de conversar? - perguntou debochada - porque se for eu topo.
— quem disse que você se livra de mim tão cedo? - disse rindo - se você tocar nesse assunto mais uma vez, eu grito para a .
— Chantagista! - a amiga fechou a cara.
— Mimada! - ele retrucou.
—...Então folks, vocês estão preparados? em cinco minutos começamos nossa disputa de hoje! - Bonny, representante das disputas desde o começo das principais eras entrou gritando, ninguém sabia até hoje como ele ainda não havia se formado.
— Bonny! - comprimentou ele com um toque de mãos - como foi as férias no Havaí com a Linda?
— Nós terminamos - ele deu de ombros e a garota fez uma cara indecifrável que o fez rir - Sim , de novo!
— Pelo amor de Deus - ela disse - vocês tiveram alguma semana sem terminar desde que começaram esse namoro?
— Sim - ele pensou - na verdade não, na nossa primeira semana também tivemos um desentendimento sobre quem comeria a última batatinha.
— E você não deixou ela comer...porque? - ela fez uma pausa confusa.
— Porque era a última? - ele respondeu óbvio.
— Eu ainda não sei porque existem mulheres que namoram caras como você - a garota bufou e saiu dali deixando e rindo da cara de confuso de Bonny.
— Vou te dar um conselho - disse - a preferência e a razão é sempre delas, meu amigo! - comentou colocando uma das mãos no ombro do mais velho confortando o mesmo.
— Você tem que aprender - foi a vez de falar - ou alguma hora um vem e rouba a atenção dela.
O mais velho semicerrou os olhos e encarou os dois de braços cruzados.
— Vocês estão jogando praga no meu relacionamento? - Bonny perguntou - e de quem vocês estão falando? ? O que cursa música? Ele tá dando em cima da minha garota? Eu to confuso.
— Foi apenas um exemplo cara, calma! - disse rindo - já tem com o que se ocupar, não se preocupa.
— Eu nem acharia tão ruim ser trocado por ele - Bonny disse analisando o garoto de cabelos castanhos em um dos grupinhos próximos a eles enquanto e o olhavam confusos - O que? Ele é um cara bonito, pessoas sinceras e de personalidade assumem isso tranquilamente.
— Como eu já disse - disse rindo - você não tem com que se preocupar.
— Porque? - Bonny perguntou curioso é se calou - Qual é , todo mundo sabe que você não consegue guardar um segredo por muito tempo.
— Corrigindo! - interrompeu - na realidade essa é a função do .
assentiu para Bonny e sorriu demonstrando que ficaria quieto sobre aquilo.
— Qual é? - Bonny reclamou - vocês vão me deixar na curiosidade?
— Sim! - os dois responderam rindo - você tem que começar a disputa de hoje, Boa sorte.
— Folks - Bonny gritou chamando a atenção de todos que gritaram animados já sabendo que aquele seria o começo da noite - bebidas de lado, aquecimento no ponto e a confiança afiada, vocês estão prontos para essa noite?
Todos ali presentes na piscina tanto na parte de dentro quando no andar de cima gritaram animados.
— Muito bem, então! - ele riu - espero a mesma intensidade que tivemos antes das férias - dizendo isso todos olharam e gritaram para o grupo de garotas, , e que eram as responsáveis por um dos momentos épicos da batalha antes das férias - já que todos sabemos que nossos veteranos (já graduados) escolheram suas preferidas unanimemente, cabe a elas o título de melhor grupo no último ano - ele disse se aproximando das garotas que riram - mas será que esse alguém finalmente consegue tirar esse título delas?
— Não! - gritaram quase unanimemente.
— Quem sabe - ele se moveu dali voltando ao centro da piscina - por alguns meses não teremos com a gente - todos gritaram com animação mais uma vez - como muitos já sabem ele sofreu um terrível acidente no último Riff Off que tivemos, claro, todos agradecemos a por isso.
eram um imbecil prepotente que literalmente se forçava para cima de todas as garotas ele visse, ele literalmente não prestava em nenhum quesito a não ser esbanjar seu dinheiro e a fonte dele, seu pai.
Before vacation
— Agora se você me dá licença - disse tentando se livrar de bucky educadamente - eu tenho coisas mais importantes para fazer.
— O que seria mais importante do que eu gatinha? - ele sorriu presunçoso deslizando uma de suas mãos pelo braço da garota.
não era muito paciente com esse tipo de pessoa e com certeza a pessoa que se tornou desde que virou faixa preta em Taekwondo não era totalmente a mais controlada.
— O que você acabou de fazer? - ela olhou de lado para ele com uma raiva muito bem vista em seus olhos.
— Eu falei que nada do que você faça seja mais importante - ele tocou os cabelos da garota - ou mais interessante que a minha presença, boneca - por último deslizou os dedos pelo rosto da garota o que a fez simultaneamente tremer em raiva e agarrar a mão do garoto com raiva.
— Escuta aqui, seu riquinho de merda - ela disse entre dentes mas todos que estavam por perto puderam ouvir pelo gritinho que o garoto havia soltado já que agarrou com vontade e força - encosta em mim mais uma vez e provavelmente você sai daqui no mínimo com um braço quebrado e tremendo de dor por meses.
A garota se virou para sair do local mas era óbvio que ele não deixaria aquilo passar, ela passou por ele e o mesmo fez questão de segurar o braço dela com um tanto de força.
— E quem você pensa que é para estar falando comigo dessa forma? - ele perguntou um pouco bravo por ver as pessoas rirem ao seu redor.
— A única pessoa aqui - ela se aproximou do garoto - que pode acabar com o teu ego com propriedade em um simples chute, quer experimentar? - ele se calou e ela puxou o braço que ele segurava - eu acho que não.
Outra vez se engana quem pensa que a chatice insistente dele não o faria levar uma boa lição aquele dia, e isso aconteceu no momento em que ele decidiu segurar pela segunda vez o braço dela e tentar roubar um beijo da mesma.
— Você fica uma graça fingindo essa braveza toda - ele que segurou o braço da garota a puxou mais para perto tentando avançar para cima da mesma que se desviou deixando um chute em suas partes íntimas.
— Sabe - ela disse levantando ele do chão já que se jogou assim que recebeu o chute - eu tentei tanto me controlar, eu nem sequer sou uma pessoa violenta.
— Você foi expulsa do taekwondo - alguém gritou da quadra.
— Existe esse detalhe - ela riu irônica - mas como eu disse, eu não sou tão violenta assim - ela o arrastou pela quadra até o meio do local para que todos vissem - porém como da última vez, eu pensei em motivos do porque eu deveria me controlar a respeito de pessoas como você.
Ele continuou calado.
— Sabe - ela o atirou no chão e continuou falando - eu escutei uns boatos por todos os departamentos, preferi não julgar porque afinal sempre falei com você por mera educação e por fazer parte do grupo.
soltou uma risadinha.
— E o que eu ganho por ser educada? - ela pergunta e ele não responde - eu ganho um assediador que sai falando por aí que dormiu com cada garota que conversa seja educadamente ou não - ela riu ironicamente - e por pura ironia do destino eu escutei o meu nome nesse meio.
— E-Eu - ele iria pronunciar algo mas assim que a viu amarrar os cabelos ela pareceu mais assustadora do que em qualquer momento.
— Você não tem nada a dizer? - ela pergunta por uma última vez.
Encurtando a história, saiu com um braço quebrado e um corpo cheio de dor, talvez um pouco mais que isso. nunca foi culpada por nada por saber que o ego do garoto era bem maior, ele fez questão de dizer a todos que havia escorregado em um treinamento solo que fazia mas todos sabiam o que havia acontecido, o que o transformou em uma chacota já que não era a única a passar por rumores e assédios criados por ele.
— alguém suportava ele? - ela perguntou e todos gritaram um não bem alto - então não precisam agradecer, foi um favor a todos.
— Sem mais delongas, Folks - Bonny gritou - vamos começar essa noite com…- ele girou a roleta digital com temas - a playlist de hoje é...livre?
Bonny fez uma cara de desapontado que fez com que todos dessem risada.
O riff off de um ano para cá havia desenvolvido unidades, não só os acapellas participavam de competições entre si mas os de dança também, exatamente por isso que cada um tinha o seu dia, porém livres para estarem em todos se quiserem.
As segundas aconteciam as competições do grupo de artes, as terças acapellas, as quartas dança e assim outros grupos revezavam seus dias.
Bonny sendo anfitrião de todos, odiava todas as vezes em que uma das competições eram livres.
— Podemos rodar outra vez? - ele perguntou e todos gritaram um “não” coletivo - então é isso, que comece a noite, não se esqueçam, uma coisinha errada e você está…?
— FORA! - todos gritaram agitados.
— Música, por favor! - pediu - que vença o melhor.
Em uma competição entre grupos nunca eram apenas meninas e meninos, os grupos normalmente estavam acostumados a serem mistos até que alguns veteranos criaram a rivalidade entre o grupo das garotas que era mais reconhecido por sempre estarem em atividades no campus, assim como o dos garotos que não ficavam muito atrás na popularidade. Contudo, os nerds, aqueles que usavam algum tipo de erva dizendo ser medicinal, os sem noção e muitos outros grupos estavam nesse meio.
I ain't tryna
I ain't tryna…
Como sempre o aleatório ou o próprio DJ a favor do grupo das garotas que surgiram com uma coreografia no exato momento em a música começou.
Wobblin' around in your high-heeled shoes
I'm clumsy, made friends with the floor
Two for one, you know a bitch buy four
And two left feet, you know I always drop
First thing a girl did was a bop
I'm the whole damn cake and the cherry on top
Shook up the bottom, made a good girl pop…
era habilidosa com coreografias para uma aluna de artes visuais que não passava o tempo enfiada em uma sala montando uma coreografia ou ensaiando por horas. Ela só fazia aquilo porque gostava e sentia que aquela era a única forma de se expressar desde pequena.
A garota não havia terminado e alguém surgiu demonstrando o interesse de fazer aquela batalha um pouco mais quente, afinal quase todos temiam quando eram as garotas que iniciavam a “batalha”.
— Oh, Oh, Oh - Bonny exclamou agitado olhando para o meio da quadra - parece que hoje temos competidores à altura - todos gritaram em animação - mas não tão fácil - bonny riu - eu disse antes das férias que novas regras se aplicariam e essa é uma delas - ele sorriu e acenou com a cabeça para a pessoa que controlava a música - mudando a música para nosso competidor.
Todos gritaram em agitação e o garoto não perdeu o sorriso desafiador que trazia no rosto, confiança era o que mais tinha em si.
Hundred deep when I roll like the army
Get more bottles, these bottles are lonely
It's a moment when I show up, got 'em sayin', "Wow" (wow, wow)
Hundred bands in my pocket, it's on me (on me)
Yeah, your grandmama probably know me (know me)
Get more bottles, these bottles are lonely
It's a moment when I show up, got 'em sayin', "Wow" (wow, wow)
sorriu assim que a música começou, normalmente ele não entrava nesse tipo de situação, por mais que gostasse de participar das competições ativamente nunca entrava em algo que envolvesse .
Os primeiros a notarem isso foram e no último verão, ambos o questionaram por exato um mês fazendo com que não aguentasse mais e contasse que de fato ele tinha um crush na garota desde que entraram na faculdade juntos e que simplesmente não conseguia se mover quando ela era o assunto.
First talk
— Oi! - escutou uma voz feminina surgir assim que alguém se encostou na parede ao seu lado - você também é novo? - ele deu um gole na bebida que trazia na mão, observando as pessoas dançando a sua frente.
— Mais ou menos? - ele disse e ela fez uma cara confusa - transferência de curso! Entrei ano passado em um curso completamente diferente e esse ano me transferi.
— Isso não conta - ela sorriu - você já deve conhecer praticamente todo mundo.
— e você? - ele perguntou curioso - que acabou de entrar eu já sei, mas porque não está curtindo a festa?
— Primeiro - ela se virou o lado a apontou para a mesa - eu vim pela comida - ele riu assentindo - e segundo, tem um cara me tirando a paciência desde que eu entrei pela porta, então eu estou apenas fugindo - ela riu - sabe, tentando não bater em ninguém no primeiro dia de socialização.
— Muito importante eu diria - ele disse bebendo um gole da bebida rindo fraco - você conhece ele?
A garota fez que não com a cabeça e rodou o olhar pela sala em busca do desconhecido que não largava o pé dela.
— É aquele ali - ela se aproximou de e apontou para o outro que dançava com uma garota mas sem colocar muita atenção.
— ? - ele perguntou e ela deu de ombros por não saber o nome dele.
— Não sei - ela disse - aquele com jaqueta do time de futebol americano que está dançando com uma das meninas da orientação - ela revirou os olhos e completou - de cabelo castanho com mechas exageradamente amarelas - ela riu e ele a acompanhou - me pergunto quem é o Cabeleireiro dele para passar longe.
— Tomara que seja coisa dele porque nem mesmo o pior dos profissionais faria um trabalho tão majestoso - ele disse rindo, o que a fez rir alto e confortável - mas sim, ele se chama - ambos riram - e eu não recomendaria nem mesmo um “boa dia” direcionado a ele, ou ele gruda em você e não solta mais.
— Meu Deus, sem bom dia então - eles riram e se virou para ele - mas, mudando de assunto por um momento, você não me disse seu nome.
— Você não perguntou - ele sorriu né engraçado e ela sentiu levemente algumas batidas do seu coração descompassarem, ele era muito mais bonito do que ela havia notado antes de se aproximar - mas eu me chamo…
foi interrompido por um grupo de gente gritando para , a maioria eram garotas que estiveram com ela na orientação pela manhã, elas não deixaram com que o garoto terminasse de falar e muito menos com que ela escutasse seu nome antes de a arrastarem para longe deixando sozinho no mesmo local. deu uma última olhada e se desculpou de longe dizendo adeus em seguida.
— Quando eu disse para você tentar interagir com ela - disse colocando a mão nos ombros do amigo - eu não disse para desafiá-lá onde ela mais tem confiança, ainda mais quando ambos são bons no que fazem e - ele olhou para a amiga que se preparava para sua vez - ela é totalmente competitiva, ela vai acabar com você meu amigo, boa sorte!
— eu concordo! - disse junto.
— Vocês disseram que eu tinha que chamar a atenção dela, certo? - disse aos amigos enquanto assistia a garota esperar com que a música mudasse. - então, foi isso que eu fiz, confiem em mim.
— Eu gostaria muito - disse rindo.
— Mas não conseguimos quando conhecemos ela melhor do que você - completou rindo junto a - boa sorte.
Ambos preparados para a segunda parte daquela disputa que todos já haviam percebido ser pessoal, o que fez com que as amigas deixassem aquilo com , a música começou a tocar, junto com a chuva que começou a cair de repente.
— Eu disse! - gritou para a amiga colocando sua capa.
A chuva não impediu abby de continuar, muitos menos impediu os outros de assistirem grudados uns aos outros embaixo de algo para se abrigar. olhou para o céu e sorriu, continuando o que fazia antes.
a admirou por cada instante e acabou desistindo de tentar enfrentá-la, ela para ele, sempre merecia ser o foco de tudo, a intenção nunca foi ganhar ou algo do tipo, mas sim chamar a atenção da mesma. Ela era incrível em todos os pontos possíveis, ali, naquele momento com a chuva que já havia aumentado a intensidade caindo sobre ela, ela dançava como se aquilo fosse a última coisa que fosse fazer em sua vida, ela amava aquilo e ele amava observar cada detalhe daquela cena, mais uma vez, ele se deu conta. Ela era incrível.
— Eu sabia! - uma voz veio da entrada principal do local - vocês acharam mesmo que iam se safar tão fácil? - gritou o diretor entrando com uma lanterna e seu guarda-chuva fazendo com que todos saíssem correndo - voltem aqui, não adianta correr eu sei cada um que esteve aqui essa noite.
— Vem! - jae agarrou a mão de abby que se assustou mas o seguiu tentando fugir do diretor, ele agarrou sua mochila antes de entrarem no meio das arquibancadas e se esconderem porque a esse ponto não alcançariam a entrada sem serem vistos.
— Você…- ela disse baixo e ele fez sinal de silêncio mostrando a proximidade do diretor perto deles. notando a proximidade do diretor segurou abby próxima de si assim que viu a luz da lanterna passar por onde eles estavam, ele percebeu que o corpo da garota tremia só não sabia se era por nervosismo ou frio então decidiu tentar aquecê-la com sua jaqueta seca que trazia na mochila mas assim que agarrou a jaqueta sentiu uma luz batendo contra suas coisas.
— Diretor! - a voz do guarda fez com que abby congelasse e fechasse os olhos em arrependimento, o guarda sorriu malicioso e continuou falando - encontrei dois pombinhos fugitivos.
— O que vocês estavam fazendo naquele lugar? Sem mentiras, por favor! - o homem disse escrevendo em um papel a sua frente.
abriu a boca para falar mas a interrompeu apertando leve suas mãos, ele sabia que a garota tinha uma boa reputação com o diretor mas que ela também estava sob aviso depois do que fez com e isso incluía ser vista em um desses eventos proibidos pelo diretor.
— Eu insisti para que ela fosse, queria que ela visse uma coisa e...- ele começou falando e ela o olhou torto, não gostava de pessoas tomando suas responsabilidades. - eu acabei planejando dessa forma, por favor a responsabilidade é toda minha.
— Meus melhores alunos enfiados nessa bagunça toda só aumenta minha dor de cabeça - ele massageou as têmporas e suspirou, se inclinou a ele e falou baixo - escutem, eu sei que vocês estiveram lá juntos e por pura diversão, eu não sou contra mas o conselho escolar me fez ser. Então resolvemos isso entre nós se vocês prometerem não serem mais pegos.
— Nós prometemos! - disseram juntos.
— Vocês terão que fazer no mínimo duas semanas de trabalho semanal como limpar a sala de música e outros trabalhos extras como organizar a biblioteca de discos da escola - ele arrumou seu óculos e anotou mais uma vez alguma coisa no papel - por enquanto eu deixarei apenas isso, pois observarei suas ações durante toda essas duas semanas e analisarei se precisam ou não de mais tempo nesse “castigo”.
Ambos se entre olharam pois sabiam o quão pesado seria mas de qualquer forma, era isso ou pontos negativos em suas notas, o que prejudicaria sua graduação no futuro e seu perfeito currículo.
— Olha - ele começou dizendo assim que saíram da sala - eu não quis tomar a frente, mas eu sabia da situação por causa do , você não podia mais se envolver em coisas assim - ele respirou fundo - me desculpa.
— Você teria feito de qualquer forma não é? - ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas e ele balançou a cabeça positivamente - tudo bem, eu agradeço mesmo assim.
— Posso te acompanhar até o seu dormitório? - ele perguntou temeroso e ela assentiu, ele havia acabado de tomar uma culpa por ela e além disso já o conhecia e sim, se lembrava dele.
— Você não é nenhum desconhecido - ela sorriu começando a caminhar, ele ficou confuso com a frase e a acompanhou.
— Não sou? - perguntou.
— Sempre te vejo com e - ela sorriu sem olhar para ele - se é amigo deles - ela o olhou - próximo, eu digo! porque não considero aquelas outras pessoas - a garota fez cara de nojo de lembrar - se você é amigo próximo deles, com toda certeza é uma boa pessoa, é bom em escolher amigos - ela riu -
A garota falava de si mesma óbvio, ele notou e riu do humor da mesma balançando a cabeça positivamente.
— não é muito bom nessas coisas não - ela completou fazendo com que ele risse mais - temos nessa história como uma prova viva.
— Como vocês se conheceram? - ele perguntou curioso - eles nunca me contaram essa história, nunca soube porque.
— Hm, história engraçada - ela disse coçando a nuca - tudo começou comigo dando um soco certeiro no nariz do .
Homecoming, 1’st month
— Porque você não olha por onde anda? - uma garota disse assim que ela trombou em Aabby que a olhou confusa.
— Mas foi você quem trombou em mim? - ela disse em tom de pergunta e garota olhou com raiva.
— você entrou na minha frente? - respondeu no mesmo tom - você deveria desviar.
— Ok, eu vou ignorar esse comentário - disse rindo e se virando para sair do local.
Mas ela não conseguiu dar mais do que dois passos pois seus cabelos foram puxados por mãos com unhas pontudas.
— Você tá louca? - abby gritou e a esse ponto todos já prestavam atenção na cena.
A garota loira segurando os cabelos soltos de abby, uma briga no começo do ano letivo entre uma caloura e uma senior era notícia para o resto do ano.
— Era você, não era? - ela gritou como uma louca - era você com o ontem no parque!
— Quem raios é , sua louca? - gritou segurando o pulso da garota e girando fortemente em seguida a fazendo gemer de dor soltando o cabelo - você não me conhece, puxa o meu cabelo e ainda me acusa de algo que eu não fiz depois de trombar em mim? Deus, o que eu fiz para merecer?
— Não mente para mim - a essa altura as amigas da garota estavam ao seu lado checando seu pulso e olhando para abby com ódio nos olhos - eu vi vocês.
— Eu não conheço nenhum - ela disse.
— E eu não conheço nenhuma…- se entremete - como você chama mesmo?
— - ela disse dando de ombros.
— Isso - ele assentiu e sorriu - e eu não conheço nenhuma , até agora.
revirou os olhos e olhou para a garota sorrindo debochada.
— Resolvido? - disse - não saia puxando o cabelo de quem você não conhece por alguém que provavelmente não vale a pena. Porque se ele estava com alguém, esse alguém não era a minha pessoa.
se virou para sair dali mais uma vez mas antes parou de frente para johnny que soltou um sorrisinho e acenou. Ela olhou para o garoto e o analisou.
Fofo, foi o que pensou.
— chega mais perto por favor - ela pediu com educação para o garoto e ele o fez com uma cara sem vergonha presente - Isso é pelo meu cabelo! - a garota socou o nariz do garoto que era bem mais alto que ela e sorriu da mesma forma que ele fez antes.
— Você simplesmente deu um soco nele? - soltou uma risada - como assim, ele te ajudou.
— Olha - ela disse olhando para ele - em minha defesa ele realmente saiu com outra garota naquela época, enquanto estava com a garota que puxou meus lindos cabelos. - ela riu - não que ela não merecesse - a garota deu de ombros - porém ele é o amor que é hoje, graças a mim e o meu poderoso soco.
— Mas vocês viraram amigos dessa forma? - ele perguntou ainda rindo.
— Sim, naquela mesma noite! - ela riu ao lembrar de aparecendo com uma bolsa de gelo para que ele colocasse no nariz - Eu fui tomar um ar e o estava sentado com a cabeça para cima com medo de que o nariz sangrasse. passou por mim sorrindo e dizendo “aquele soco foi ótimo, sou seu fã a partir de hoje” me fazendo rir - ela riu lembrando da cara do amigo.
— Quando se trata do quebrando a cara - ele riu - literalmente no caso, é o primeiro a comemorar.
— só não levou uma ainda porque me alimenta quando sabe que me fez passar raiva - a garota riu, subiu no rodapé da calçada se equilibrando nele - ele sempre aparece como quem não quer nada com frango ou outros tipos de comida, suborno o nome. Para a alegria dele, funciona.
— Vou guardar bem essa informação - ele a olhou sorrindo e ela fez o mesmo.
— Eles são bons amigos - ela sorriu - são realmente uma boa parte de mim, assim como minhas amigas.
— Eles são - o garoto concordou - eu conheço eles desde que me entendo por gente - ele riu - mesmo tendo suas fases, nunca deixaram de ser bons e únicos.
— Viu - ela disse - exatamente por isso que eu sei que você também deve ser uma boa pessoa.
A garota sorriu e continuou andar se equilibrando sobre o rodapé e ele a observou atentamente mais uma vez. Seu cabelo ainda um pouco molhado da chuva anterior, seu corpo coberto pela grande jaqueta azul e branca do time da faculdade que era dele, seu all star de cano alto também azul combinavam tão bem, era como uma harmonia.
Ela era completa.
— Chegamos - ela alertou tirando ele de seus pensamentos e principalmente do momento admiração que ele estava tendo - acho que é isso - ela olhou para o céu que denunciava mais uma chuva próxima - você precisa ir antes que comece a chover de novo.
— Tudo bem! - ele disse sorrindo - eu não me importo de pegar outra chuva no caminho.
— Mas eu me importo - ela disse - imagina se você pega uma gripe por minha culpa, Deus me livre.
O garoto riu e ela fez o mesmo. Então ela ameaçou tirar a jaqueta que trazia para devolvê-la mas ele não deixou.
— Eu me sentiria culpado de deixar você subir nesse frio sem uma jaqueta - ele disse arrumando a jaqueta nela mais uma vez - cuida dela para mim - sorriu charmoso para a garota que sentiu o coração descompassar naquele momento - depois você me devolve.
— Acho que Deus ouviu minhas preces - ela disse do nada em voz alta encarando, o fazendo ficar confuso - eu sempre quis uma dessas mas o treinador me proibiu. Aliás, a das garotas não chega a ser tão confortavel. - desconversou - preciso ir, já está tarde! Boa noite, te vejo amanhã.
deu um beijo na bochecha do garoto e subiu correndo por só prestar atenção na impulsividade vinda dela depois que já havia feito.
10 minutos foram pouco para o garoto ficar parado ali no mesmo lugar. Ele simplesmente não conseguia se mexer ou tirar o sorriso do rosto, finalmente havia dado um passo?
— Bom dia, Nerd! - a garota que tirava um Cochilo se assustou quando chegou dando um peteleco em nela, assim que entrou na sala em que ela estava, trazendo consigo e juntos.
— Se você fizer isso mais uma vez…- a garota ameaçou se levantar mas foi impedida por que entrou na frente sorrindo, com um pacote é um copo de café nas mãos.
— Da uma chance para ele de não ter a bunda chutada em plena manhã - disse rindo - nós te trouxemos café.
— Corrigindo - afastou para o lado - eu paguei e ele carregou apenas, então eu te trouxe café.
— você perdeu no pedra, papel ou tesoura - entregou - e ainda reclamou o caminho inteiro sobre isso.
— Em minha defesa - começou - eu queria pagar e também. Mas ele mesmo fez uma objeção e nós decidimos que seria na sorte.
— Nada mais do que justo! - abby disse mostrando a língua para - dinheiro bem gasto.
— Você já gasta todo meu dinheiro com seus lanches da madrugada, abby - ele disse - eu tenho o direito de objeção.
— Não tem não! - e disseram juntos dando um high five em seguida.
— Ela te salva sempre que você tá em apuros - riu.
— É isso, aceita! - abby disse pegando seu café da manhã das mãos de .
— Será que eu deveria ter aceito sua oferta de rompimento dessa amizade ontem? - fazendo uma cara pensativa.
— Você não duraria três horas - disse - me dá um pedaço disso? - disse se referindo ao pãozinho que abby comia e a mesma sacudiu a cabeça positivamente.
apenas ria da situação, cómo já havia citado antes, o garoto realmente era mais quieto do que aparentava algumas vezes.
— ? - uma voz feminina disse entrando na sala - hm, então é aqui que vocês se escondem.
— Bom dia, Diana! - disse educado - hm, que eu saiba não temos assessoria hoje - o garoto ajudava alguns alunos com as matéria que eles tinham mais debilidade a pedido do diretor a algum tempo e Diana era um desses alunos, porém um pouco mais insistente.
— Não temos mas eu pensei…- a garota foi falar mas acabou sendo interrompida.
— Ei - abby disse assustada olhando para o horário no celular - desculpa interromper mas - ela virou rapidamente para - temos exatos quinze minutos para arrumarmos tudo e pegarmos as coisas necessárias de cada aula.
então puxou pela mão e o levou pela porta passando por Diana que sequer falou algo, apenas observou.
— Devo agradecer essa majestosa Dama de qual forma por salvar a minha pele segundos atrás? - disse brincalhão - ela vem me convidando para sair já tem um tempo.
— E você nunca aceitou? - ela perguntou curiosa e ele balançou a cabeça negativamente.
— Na realidade tem essa garota - ele coçou a nunca um pouco nervoso - que eu sou interessado desde que troquei meu curso - ele disse tranquilo enquanto espalhava as apostilas pela sala de leitura onde aconteceria a aula de artes liberais.
— Você já contou para ela sobre esse seu interesse em outra pessoa? - perguntou abby curiosa.
— E-eu - ele gaguejou - hm, já contei que tenho sempre alguém em mente, mas não é como se ela realmente respeitasse isso.
— E para a garota? - abby realmente estava curiosa, não sabia porque mas também estava um pouco decepcionada pelo garoto já ter alguém em mente - a que você gosta.
— Nós não tínhamos tanto contato - ele disse - mas tínhamos amigos em comum, já era alguma coisa.
— Você disse “tínhamos” - ela repetiu o que o garoto disse - mudou esse status?
O garoto balançou a cabeça positivamente.
— Pelo menos eu acho - sorriu para a garota - nós tivemos uma certa aproximação nos últimos dias.
— Ah - ela exclamou - e você já a chamou para sair?
— Eu…- o garoto que ia dizer algo foi interrompido pela professora que os assustou assim que entrou.
— Vocês já terminaram certo? - ela disse jogando a bolsa sobre a mesa com a menor preocupação possível.
Os dois assentiram e se dirigiram à porta e ficaram de frente um para o outro.
— Então, eu queria saber se você quer…- ela o interrompeu.
— Meu Deus! - ela que antes prestava atenção passou os olhos de relance pelo relógio que trazia em seu pulso e exclamou assustada, agarrando o braço do garoto e olhando para o horário mais de perto - esse horário está certo? - ele balançou a cabeça positivamente - A transmissão começa em cinco minutos e preciso estar lá para supervisionar os calouros, nos vemos mais tarde.
A garota saiu correndo depois de deixar um beijo no rosto do garoto que mais uma vez havia perdido a chance de chamá-la para sair.
— Você ainda não conseguiu? - perguntou assim que viu entrar e se jogar frustrado na cadeira.
— Dessa vez o diretor interrompeu pedindo para que ela fosse a uma reunião urgente do Grêmio estudantil - passou as mãos sobre o rosto e respirou fundo - talvez eu deva apenas mandar uma mensagem, isso de tentar ser romântico e perguntar pessoalmente se ela quer sair comigo está me custando muito tempo.
— Faz assim, você tenta uma última vez amanhã - disse - eu sei que ela fica desocupada as sexta-feiras logo depois da sua aula de produção musical acabar, ela vai estar no estúdio ensaiando e matando tempo.
O amigo se levantou e pegou um cartãozinho em sua carteira entregando em seguida a .
— Aqui, a chave magnética do estúdio - pegou e não entendeu - normalmente ela espera por mim porque é nosso momento “expresse seu sentimento” da semana - riu e o olhou confuso - longa curta história, separamos esse dia e hora porque ambos estamos livres e falamos sobre tudo, sobre a nossa semana, sobre como as coisas estão saindo, só assim eu consigo saber se ela precisa da minha ajuda para alguma coisa - o amigo puxou a cadeira e se sentou de frente para - ela é muito fechada e já passou por muita coisa, essa foi a forma que nós encontramos dela conseguir se expressar. Normalmente trancamos o estúdio, colocamos uma música, nos sentamos de frente para a janela e conversamos.
— Ela não vai estranhar? - perguntou inseguro.
— Não! - respondeu - diz que eu tive que ajudar com algumas coisas e esqueci meu celular no quarto. Fala que eu não pude ir e te mandei para avisar ela.
— Tudo bem! - respondeu - vamos tentar.
— Você consegue! - sorriu para o amigo - boa sorte, vou torcer por vocês.
— Você é um ótimo amigo sabia? - disse - ela tem muito orgulho de você.
— Se você continuar eu choro - ele dramatizou.
— Você saiu mais cedo hoje? - abby perguntou sem olhar para a porta já que se aquecia e sabia que a única pessoa a entrar ali seria .
— Hm, ele me pediu para vim te avisar algo - a voz de surgiu a assustando - desculpa, eu não queria ser intrometido, eu só, não sei, tinha a chave porque me disse para vim avisar que ele não poderia vim hoje, eu pensei em bater mas ao mesmo tempo eu…- o garoto disparou a falar nervoso e abby apenas soltou uma risada engraçada por causa do desespero dele - falei demais não é?
A garota sacudiu a cabeça positivamente e sorriu indo em direção a ele, o puxou por completo para dentro já que estava ainda com metade do corpo para fora, trancou a porta de volta dizendo um “tudo bem” em seguida, o que o aliviou muito por dentro.
— Ele teve que ajudar com algumas coisas - não mentiu já que o amigo havia realmente marcado um encontro com naquele dia - e ...
— Saiu com , eu sei! - abby disse animada, estava feliz que os amigos finalmente estavam se acertando - você ainda tem alguma aula hoje?
— não! - balançou a cabeça negativamente - na realidade - ele coçou a cabeça demonstrando seu nervosismo - eu não sei, pensei que poderia passar um tempo aqui com você, se você quiser lógico.
— Por mim, tudo bem! - ela sorriu se sentando próximo à janela - eu ia te convidar para ficar mesmo.
— mesmo? - ele perguntou - tem certeza que não vou te atrapalhar?
Ela balançou a cabeça positivamente e fez sinal para que ele se sentasse ali perto dela na janela.
— A vista daqui é bonita em uma sexta-feira tarde - ela disse - é possível observar cada pessoa que passa pelo campus, normalmente nesse horário é o momento mais agitado, por isso eu e gostamos daqui.
— Isso me parece mais coisa de fofoqueiro - disse rindo fraco o que a fez rir também concordando.
— é um fofoqueiro nato! - ela disse rindo - isso é influência dele.
— não passa muito longe - o garoto completou.
— Esse é um come quieto nato! - a garota riu se levantando de onde estava pegando seu celular para emparelhar o bluetooth e colocar uma música - qual seu tipo de música favorito?
— Definitivamente - ele concordou e a olhou tentando pensar em um tipo de música que poderia agradar ambos - hm, eu tenho muitos, o que você colocar já está bom.
— Não se arrependa se eu colocar algo meloso - ela virou a cabeça de leve e sorriu sincera, prendeu o cabelo em um coque, soltou a música e relaxou o pescoço respirando fundo em seguida. - você quer, sei lá, dançar?
Como sempre a iniciativa vinha dela, ele pensou. Já fazia mais de uma semana que estavam em contato constante, se viam e andavam juntos pela faculdade sempre que podiam, almoçavam todos juntos e mesmo assim ele nunca teve a oportunidade de estar mais próximo dela do que os momentos que já tinha. Ele queria mais.
— Sim! - disse prontamente, se levantando e indo em direção a ela com a confiança que de aquele dia não passaria.
— Certo - ela riu tímida e se aproximou dele.
Ambos próximos suficiente entraram em acordo com seus passos, as mãos dele foram na cintura da garota de primeira instância, com a permissão da garota. Não era assim que ela havia planejado essa coisa toda deles dançarem juntos mas acabou sendo assim, ela com os braços sobre os ombros dele, e ele segurando sua cintura com leveza.
Ambos corações batiam descompassados naquele momento.
— Você gosta dessa música? - ela perguntou e ele pode sentir o quão próximos estavam pela respiração dela quase se misturar com a dele.
— Gosto - ele disse um pouco baixo - gosto muito mais a partir de hoje.
O coração de parecia que explodiria em nervosismo e o dele não estava muito diferente. A canção era leve e melódica, ambos se aproximaram um pouco mais do que o planejado fazendo assim com que a temperatura quente de cada corpo pudesse ser sentida.
— Porque? - ela disse quase em um sussurro.
— Porque a partir de hoje - ele aproximou os lábios em uma das orelhas da garota e disse baixo - ela sempre me lembrará você.
O espaço que ainda restava entre eles foi rompido por um beijo inesperado vindo de ambas partes, a sintonia era real naquele momento.
— Eu, hm…- ela, assim que quebraram o beijo tentou dizer algo mas as palavras corriam soltas pela sua cabeça.
— Eu posso te levar para jantar? - ele perguntou impulsivo - quer dizer, já tem um tempo - ele subiu as duas mãos segurando o rosto da garota com delicadeza - na realidade muito tempo em que eu pretendia tomar coragem de fazer isso, te chamar para sair. Eu tentei mas algo ou alguém sempre interrompia - ele riu baixo - você gostaria de sair comigo?
— Você paga - ela disse grudando os lábios no do garoto que riu assentindo.
— Você é perfeita! - ele sorriu incrédulo ainda admirando ela - eu sei que vai parecer estranho falar isso agora, mas eu sou louco por você desde a primeira vez que nós falamos a um ano atrás.
— Eu me lembro - ela disse - mas eu já tinha te visto antes disso, mesmo não sabendo seu nome até o dia em que fomos pegos pelo diretor.
— Já? - perguntou curioso.
— Uns meses antes - ela comentou o puxando para se sentar novamente próximo à janela - a irmã de , Olivia estudava arquitetura e era o último ano dela. Nós viemos trazer umas coisas que a mãe delas havia enviado porque se supõe que vínhamos fazer um tour pelo campus, mas na verdade estávamos fugindo de uma feira em que os pais dela queriam que fôssemos - ela disse olhando pela janela e apontando para uma parte do campus - você estava ali, com o e . Vocês cantavam enquanto tocava violão. - ela então cantarolou um pedaço da música que eles tocaram naquele dia - eu lembro de ter pensado o quão bonita era a sua voz.
A garota sorriu e ele fez o mesmo soltando um “obrigado” em um tom de voz terno e baixo.
3 weeks later
— Eu ja disse que não vou comprar isso para você, - disse irritada andando uns passos a frente o que fez com que abby soltasse uma risada nasal observando os dois um pouco distante. Ela então entrelaçou o braço nos de e apoiou a cabeça no ombro dele que sorriu adorável para a garota.
— Eles não são fofos? - a garota comentou.
— Eu prefiro e - ele disse fazendo com que ela voltasse a atenção ao outro casal ao seu lado mas torceu o nariz ao vê-los.
— Ew - reclamou vendo os amigos brincando enquanto um roubava doce do outro- muito melados?
— Eu prefiro nós então - ele a puxou para o mais perto que podia deixando beijos pelo seu rosto e ela o afastou rindo.
— Eu sei que você sempre foi melado - ela riu - mas não sabia que era tanto.
parou de andar e se afastou, a olhando incrédulo.
— - gritou de repente fazendo com que abby desse risada - eu acho que preciso encontrar outra namorada.
— Eu posso te ajudar com isso - o amigo entrou na brincadeira mas recebeu um tapa de em seguida reclamando - eu te passo meus antigos contatos mais tarde - ele falou baixo deixando uma piscada para o amigo.
— , - ela chamou - eu acho que preciso encontrar outro namorado!
— Só se for agora - as duas disseram juntas indo em direção a abby agarrando cada uma um braço
— você quer começar por quem? Andrew de Artes Liberais? Jonah de Arquitetura? Jin de artes cênicas? Você escolhe - disse passando seu contatos no celular, abby ria e a olhava de olhos arregalados.
— Jonah não é gay? - perguntou a amiga curiosa.
— Ele assumiu? - ela sorriu largo - finalmente, já não tinha como ficar escondendo, né?
— Agora eu não sei - olhou confusa.
— Eu acho que sim, ele vivia pedindo meu número no primeiro ano - se pronunciou - e porque você ainda tem todos esses números?
— São meus amigos amor! - sun sorriu amarelo para o namorado - mas e aí? Escolheu? Eu recomendo o Jin.
— Eu acho que…- a garota que ria não conseguiu terminar a frase pois recebeu um abraço totalmente aconchegante por de trás.
— A única pessoa que ela escolheria seria a minha pessoa - disse deixando um beijo nela - o que você quer comer? Eu compro tudo que você quiser, pode escolher.
— Você sempre compra ela com comida - reclamou.
— Aprendi com ! - ele disse rindo - obrigado irmão.
— Aprendeu bem! - disse dando um high five com .
Epílogo
Graduation
— Você me daria a honra dessa dança? - perguntou formalmente fazendo com que a namorada desse risada assentindo positivamente.
— Mas é claro que sim! - ele a tomou pela mão indo em direção ao centro e assim que tomaram posição uma música lenta e específica começou a tocar fazendo com que a garota ficasse surpresa - isso é coisa sua, não é?
A mesma música que tocou naquele dia em que dançaram juntos pela primeira vez soou aos ouvidos de abby como poesia, a fez relembrar o quão especial aquele mesmo ano havia sido. havia entrado em sua vida junto com várias outras coisas como o estágio que ela tanto queria e outras coisas, foi um ano que fez com que todos em diante fossem especiais.
não disse nada, apenas a grudou em seu corpo e a conduziu em uma dança leve e tranquila.
Look into my eyes, takes me to the clouds above
Oh I lose control, can't seem to get enough
When I wake from dream, tell me is it really love…
cantou a canção em quase um sussurro para a garota a sua frente, ele sabia o quanto ela gostava de ouvi-lo cantar então fez isso demonstrando o amor que tinha dentro de si. Nesses cinco anos tentou de todas as formas expressar tudo que sentia por ela desde aquela primeira vez em que se viram na festa, mas nunca achou algo que representasse tanto aquele amor quanto o que tinha planejado para aquele dia.
I say a prayer with every heartbeat
I fall in love whenever we meet
I'm asking you what you know about these things…
Ele, nem por um segundo duvidou de si. A certeza de que a amava o suficiente para não compreender o que era aquilo, era como aquele momento para ele. Um momento em que se lembraria para sempre, um sentimento que seria para sempre, independente das dificuldades, enfrentariam juntos.
I try to phone but I'm too shy (can't speak)
Falling in love is so bittersweet
This love is strong why do I feel weak...
A garota sussurrou de volta o que o fez arrepiar por alguns segundos, a segurando mais forte contra si soltando um breve suspiro em seguida.
— Você suspira quando anda preocupado, está tudo bem? - ela perguntou olhando para ele preocupada.
— Na verdade não - ele respondeu e ela tensionou, não esperava aquela resposta - Eu preciso te dizer uma coisa.
— Você pode me falar o que quiser, amor - ela disse preocupada.
— Eu não consigo mais viver sem você - ele disse e ela soltou um suspiro aliviada.
— Eu achei que fosse algo grave - ela disse descansando a testa no ombro dele rindo fraco.
— Mas é grave, você não entende? - ele disse - eu não consigo mais viver sem você do meu lado, eu passei semanas com isso na cabeça. Pelo menos desde que você foi trabalhar no acampamento de artes no verão, foram as três semanas mas doloridas que eu já tive e olha que eu cresci com o e .
soltou uma risada e o abraçou mais forte que podia, respirando fundo, ela disse que o amava.
— Eu também te amo - ele disse se separando um pouco seus corpos - eu amo tanto que decidi tomar a decisão mais importante da minha vida mas esperei porque você tinha sua vida além de mim, você tem a sua família, você tem o seu emprego, você não é presa a mim e eu não espero que seja - ele deixou um beijo na testa da garota - mas espero que me queria ao seu lado para que possamos dividir tudo isso juntos.
então partiu seus corpos por completo e se ajoelhou sob uma de suas pernas tirando a caixinha de veludo que abby havia visto mais cedo escondida em suas coisas.
— Você não…- ela disse incrédula mesmo tendo visto a caixinha antes não havia se dado conta sobre o quando grande era aquilo para ela.
— , você aceita ser minha até que nem mesmo a morte possa nos separar? Você aceita se casar comigo? ! - ele perguntou sorrindo. A esse ponto todos já haviam notado o que estava acontecendo, seus amigos que já sabiam sobre a proposta sorriam ternos com a cena, uns cochichavam sobre o casal e outros estavam animados pela cena que presenciavam mas atentos pela espera de uma resposta.
— Eu nem sei o que falar, meu deus - ela disse sorrindo.
— Se esse não for o momento, não se preocupe você pode me dizer e eu... - ele tentou tranquilizar a garota que tremia a esse ponto.
— É óbvio que sim! - ela o levantou e o abraçou com força - eu aceito.
— Você será minha para sempre então? - ele perguntou feliz com a resposta.
— Eu sempre fui - ela sussurrou para ele que sorriu ainda mais largo.
— Eu amo você - segurou o rosto dela com carinho e a viu sorrir, seu sorriso fazia com que o coração do garoto ficasse descompassado.
— Eu amo você - ela repetiu a frase deixando um beijo terno e cheio de amor nós lábios dele.
Fim
Nota da autora: Nota de autora: olha mais uma saindo do forno e de uma forma que eu não esperava. Os motivos para eu amar essa história são tantos mas os bffs deles claramente são meus personagens favoritos, são engraçados e cheios de personalidade, eu diria. Gosto muito de cada um na realidade porque não esperava eles assim, aconteceu. Espero que tenham pensado o mesmo, espero que tenham gostado tanto quanto eu.
Me diz o que você achou nos comentários, é sempre bom saber a opinião de vocês. Xoxo
Eu achei sua história uma graça e igualmente amei os personagens! Arrasou, Laysa! Parabéns!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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