Capítulo Único
se sentia desprezível, ia para a cama e se relacionava com as pessoas mas não conseguia tirar da cabeça, ele estava tentando ir em frente, estava mesmo, sabia que precisava fazer aquilo por ele, mas sempre acabava magoando outras pessoas e se magoando.
— Porque está me dizendo isso? — Jennie perguntou chocada com que tinha contado a ela.
— Eu sei que falar que eu sinto muito não resolve, mas eu não posso ser desonesto com você, passamos um tempo legal um com o outro e eu achei que dessa vez eu ia conseguir superar sabe, eu gosto muito de você, mas eu não consigo te amar, acho que não consigo amar ninguém, nunca consegui.
— Aparentemente você ama a , você deveria tentar superar ela ou sei lá, contar para ela que você ainda gosta dela, ou procurar ajuda profissional, não deve ser normal isso. — Aquilo era verdade, mas o tom da mulher era bem agressivo, e sabia que ele merecia aquilo, merecia muito mais, ela ainda estava dando conselhos para ela, a última não foi tão compreensiva assim e ele teve que praticamente redecorar o restaurante que foram jantar quando ele disse a mesma coisa para ela.
— Eu não tenho esse direito e eu nem sei como ela está, eu deixei que ela fosse embora. — sabia que não devia estar desabafando com alguém que ele tinha acabado de magoar, mas era inevitável, constantemente pensava naquilo, mas nunca colocava para fora.
Não sabia se o que sentia pela mulher era saudade, obsessão, se era só pelo apego emocional das lembranças ou o que, mas uma coisa ele sabia, sabia que não tinha mais direito de ir atrás dela. Ainda mais quando nem ele sabia o que ela sentia ou como estava se sentindo.
— Você matou os pais, ou um filho, ou o cachorro dela? Sabe você já deve ter assistido John Wick, se foi o cachorro, foge mesmo, ela deve estar atrás de você para te matar. — Jennie começou a rir, era divertido saber que alguém estava prestes a matar ele, alguém deveria fazer aquilo.
— Mulher, quem você pensa que eu sou? — Ele riu também, soube ali que Jennie sempre foi uma pessoa incrível, por isso gostava tanto dela, talvez devessem ser amigos e não algo mais, agora era tarde demais, ele sabia que depois daquele jantar não sobraria nada entre eles.
— Pelo jeito que contou que vem pensando em outra enquanto a gente transava, eu acho que é alguém que mata cachorrinhos sim. — Aquela frase tinha um tom de mágoa, embora ela estivesse rindo enquanto falava.
— Meu Deus! Eu sou uma pessoa insensível, me desculpa! Mas eu nunca mataria ninguém e nem um animal, eu tenho a Holy, você conheceu minha filha, como eu poderia matar o cachorro de alguém? — Ele estava meio indignado até, ele podia ser insensível, mas não era uma pessoa cruel aquele ponto.
— Então você pode ir atrás dela sim, você precisa saber se ela tá parada no tempo e vocês estão sofrendo igual duas marmotas ou se ela já te superou e tomara que seja a segunda opção para você sofrer para sempre sozinho. — Ele estava confuso, não sabia se ela estava mesmo dando conselhos a ele ou desejando seu pior, mas ele não ia questionar a mulher, a louça na mesa estava intacta e ele preferia que continuasse assim.
— Eu não sei, eu…
— Bom, eu quero que se dane também se você não for, a gente já não tem nada mesmo, eu vou embora, obrigada pelo jantar e pela breve humilhação, espero que você sofra muito ainda, até nunca mais.
Ela se levantou e saiu andando, plena, e madura como ele sabia que ela era. — Eu posso te ligar? — queria mesmo manter contato e ser amigo daquela mulher.
— Vai se foder . — Ela levantou o dedo do meio para ele e continuou andando.
Ele ficou pensativo com que a mulher disse, errada ela não estava, ele também sabia que tinha que resolver aquilo, ou então colocar um ponto final definitivo.
Primeiro precisava encontrar a mulher, depois do término ele perdeu totalmente o contato, não sabia se tinha voltado para o seu país ou se ainda trabalhava de desenhista na mesma empresa de antes, o único norte que tinha era a melhor amiga dela namorada de seu companheiro de trabalho e também produtor , mas ele sabia que preferia ver o diabo na frente dela do que ele. Infelizmente ele teria de pagar pelo erros naquela vida mesmo e enfrentar para saber o mínimo que fosse de , já que mesmo tinha dito para que ele perguntasse a mulher ele mesmo, claro que o mais novo não iria querer se envolver, afinal, tinha alertado o amigo que terminar com a mulher daquela maneira seria um erro e que ele ia se arrepender amargamente, parece que o amargor já estava fazendo efeito.
O café que tomava enquanto esperava na cafeteria onde tinham marcado de se encontrar, ficou preso na garganta dele quando a mulher passou pelas grandes portas de vidro do estabelecimento com cara de poucos amigos.
— O que aconteceu de tão importante para você implorar que nos encontremos? — foi direto ao assunto quando se sentou na mesa em que ele estava. Ela ainda estava magoada com ele ou com raiva, ele não conseguia saber, ela era uma pessoa incrível, mas quando pegava raiva, não tinha cristão que a fizesse mudar de ideia e ela era outra que tinha o alertado inúmeras vezes sobre aquela decisão.
— Você vai querer me matar…
— Então eu vou embora, porque eu já quero, se você aguçar meu instinto assassina eu vou presa e eu não quero ser deportada, gosto da minha vida aqui. — fez menção em se levantar.
— , por favor! — Ele estava completamente desesperado, não deixaria a mulher ir embora sem ao menos escutar o que ele tinha para dizer.
— 5 minutos , eu vou embora em 5 minutos, anda, desembucha. — Se sentou novamente e ajeitou a postura esperando pelo que o homem falaria que a faria matar ele.
— Bom é sobre , eu preciso falar com ela e…— Não conseguiu terminar a frase, sabia que não tinha o menor direito de falar aquilo.
— Mas é um cuzão mesmo viu. — revirou os olhos. — A já tá bem, ela já tá seguindo a vida dela, trabalhando mais do que deveria? Sim, mas ela não fala mais de vocês e não chora mais a noite, o que você quer? Já iludiu ela uma vez, já fez promessas que nem ao menos se esforçou em tentar cumprir, terminou com ela por ser um covarde e ter medo do que as pessoas iam achar, quer saber , ninguém liga para com quem você vai passar o resto da sua vida, você não é tão especial assim. Quer se reaproximar dela para que? Vai fazer ela sofrer de novo? Eu não vou permitir! — Além de raiva naquele tom de voz tinha algo que conhecia bem, era aquele tom de leoa defendendo seu filhote que sempre tinha quando se tratava das pessoas que ela amava.
— Eu descobri que não posso viver sem ela, eu não consigo me relacionar com outras pessoas, eu não consigo pensar em outras pessoas eu…
— Deveria ter pensado nisso antes, não acha? Devia ter posto na balança os seus sentimentos e os dela e não dar ouvidos a pessoas que nem são importantes para você, como você sabe que a sua família, por mais conservadora que seja, não ia aceitar a relação de vocês e se não aceitassem, quem ia viver esse relacionamento para o resto da vida eram vocês e não eles. Sabe , você nunca foi capaz de lutar por esse amor. — era muito boa com as palavras, talvez por isso fosse a letrista preferida de muitos dos artistas que a gravadora deles e a pessoa preferida do amigo, o problema era ela estar certa e ele não poder rebater nenhum segundo daquilo.
— Eu tô lutando, você não está vendo? — De certa forma, estava disposto mesmo a convencer a mulher de que seus sentimentos eram reais, ele só precisava se encontrar com ela.
— Não, eu não estou vendo, eu estou vendo um cão arrependido por ter perdido a melhor coisa que já aconteceu na vida dele e triste por ter perdido o brinquedo preferido, eu não tô vendo você lutar por amor nenhum, você acha que vir falar comigo é lutar por ela? Você não acha que eu sou o menor dos problemas? Acorda , depois que ela acabar esse trabalho, vai voltar para o Brasil, vai te esquecer, mas vai ter que desistir dos sonhos dela para isso. — Os olhos cheios de lágrimas de mostravam que a mulher não somente estava irritada, mas extremamente triste pelo fato da amiga estar indo embora daquela maneira. Ele também sabia que era aquele tipo de pessoa, que se forçaria o máximo e até desistiria de algumas coisas para poder se livrar dos sentimentos.
— Eu preciso impedir isso, agora nem quero mais que ela me perdoe por ser um Zé Mané, ela não pode desistir assim do trabalho, agora ela está em uma empresa boa, fazendo trabalhos para autores que estão fazendo sucesso, ela não pode desistir de tudo por um otário igual a mim. — Ele estava desesperado, de verdade, não podia sequer pensar em deixar que ela desista de tudo naquele momento em que as coisas estavam indo tão bem na vida profissional dela.
— Bom, se a melhor amiga dela do mundo não conseguiu, duvido que você consiga, afinal, tá sentado com a bunda aqui na minha frente e não foi atrás dela ainda. — tinha pego a xícara com o café dele e dado um gole.
— Eu não sei como encontrar ela, por isso estou aqui. — Disse como se fosse óbvio.
— Ué, além de perder a coragem, perdeu a memória? Não se lembra onde nós moramos juntas ou onde é o serviço dela? — Era óbvio, ele estava tão desnorteado com seus próprios sentimentos que nem sequer cogitou procurar a mulher antes de ir atrás de , pesou várias possibilidades antes de tentar o mais fácil, os lugares que ele já conhecia.
— Eu não pensei nisso! — Foi sincero, não tinha pensando mesmo que ela ainda poderia estar no mesmo lugar em que ele a deixou.
— Claro que não. — seguiu bebendo o café dele enquanto ele se levantava e saia correndo pela mesma porta que ela tinha entrado tempos atrás.
Pensou em ir até o apartamento delas, mas era o meio da tarde, talvez ele não tivesse o que fazer, quer dizer, ele até tinha, mas não estava se importando em perder um cliente ou dois, tinha a segurança também de que daria um jeito, ele tinha avisado ao amigo que iria resolver de vez a sua vida. Então seguiu direto para a editora que ela trabalhava, atualmente era desenhista de quadrinhos e HQs, os jovens adoravam e embora ela dissesse que não tinha talento para inventar histórias, sempre dava vida a dos outros e fazia aquilo da melhor maneira possível.
Por sorte avistou a mulher saindo para almoçar quando estava na esquina de seu trabalho, foi bom por dois motivos, o primeiro era porque não perdeu viagem indo até o local e o outro era que talvez fizesse um burburinho desnecessário no local de trabalho da mulher indo até lá.
Estacionou de qualquer maneira depois do farol e saiu correndo atrás dela, lá perto tinha um dos restaurantes de Massa preferidos dela, então também não foi difícil achar.
— ! — chamou e viu a mulher olhar para trás momentos antes de se sentar.
— Por favor, vai embora! — Ela disse com os olhos cheios de lágrimas e as pessoas ao redor ficaram alarmadas.
— Eu preciso te dizer uma coisa, prometo que não vai demorar. — Ele foi se aproximando devagar, não queria que ela se sentisse mal, mas precisava fazer aquilo.
— A última vez que você me disse isso um relacionamento de mais de quatro anos foi desfeito, eu já entendi, nós não vamos poder nos casar nunca, então nosso relacionamento não vai para lugar nenhum, não vamos constituir a família que eu sempre quis, o que mais você quer de mim? — Ela continuava na defensiva enquanto falava aquilo e os olhos escorriam agora as lágrimas que estavam paradas neles antes.
— Eu quero seu perdão. — Ele se ajoelhou no chão do restaurante perto dela que arregalou os olhos em surpresa.
— Levanta desse chão , você tá doido? — tentou puxar ele do chão sem sucesso, ele parecia até mesmo uma pedra de tão grudado que estava.
— Não, eu preciso pedir perdão para você da maneira certa. Eu fui um idiota cabeça fechada que foi na onda de conservadores que eu nem se quer convivo direito. Eu não levei em consideração os meus e muito menos os seus sentimentos, eu fui um covarde e um idiota e perdi a melhor coisa que já tinha me acontecido, eu… — respirou fundo sentindo o peito ardes e os nariz também, estava com vontade de chorar também.
— Não merece que eu te perdoe, porque eu fui a única que lutou pelo nosso amor, que pensou em dar um jeito e não fugir como você. Você não perdeu a melhor coisa que aconteceu na sua vida, você fugiu dela, talvez seja tarde demais. — Ela estava magoada e ele entendia, tinha toda a razão de estar assim.
— Tudo bem, não me perdoe eu não mereço mesmo que você volte para mim, eu vou pagar pelos meus atos e viver longe de você, mas, por favor, não vai embora, não desista dos seus sonhos, você está tão perto de conseguir e realizar tudo que sempre quis, por favor, eu imploro, eu prometo que você nunca mais vai ouvir falar de mim na sua vida se for isso que você quer, só, não vá embora. — O tom firme na voz dele fez ela perceber que estava falando mais sério do que tudo o que já falou na vida.
— Aquela bocuda da te contou? Não sinta pena de mim , eu vou embora porque não consigo viver no mesmo país do cara que foi o amor da minha vida toda e não estar mais com ele. Eu vou embora porque não posso ser dependente assim de alguém que não seja eu mesma, você entende o que eu tô falando? — Ela queria se levantar e ir embora daquele país naquele minuto.
— Por favor, não faça isso, você não é dependente de mim nem de ninguém, você é suficiente para ser incrível sozinha e agora eu vou estar ao seu lado se você quiser, vamos nos casar amanhã se você quiser, vamos fazer dois filhos, me dá mais uma chance de provar que eu te mereço e que seu lugar não é em nenhum outro lugar do mundo se não aqui. — Ele ainda estava de joelhos e aquelas palavras mexeram com os sentimentos dela, ela queria ouvir aquelas palavras mais que tudo no passado, mas ali, no presente não sabia como se sentir, como ele ia lidar com os problemas, se ela não ia ser feita de idiota como antes. Eram muitas coisas a se pensar e ela ainda amava aquele idiota comk a própria vida.
— Levanta do chão , por favor! — Ela não sabia como se sentir, mas queria que ele levantasse dali no minuto em que ele começou com aquela palhaçada.
— Só se me prometer que não vai embora. — Ele fez beicinho e ela só queria agarrar a cara daquele homem e encher de beijinhos, era um saco.
— Eu não vou te prometer nada agora, não quero ser uma quebra promessas como certo alguém, mas eu vou pensar, tá bom assim para você? — Ela revirou os olhos mas em um tom de humor e sabia que estava a amolecendo e ficou animado com aquilo.
— Tá bem! — Ele se levantou e se sentou em frente a ela. — Vai pensar também sobre nós? — Ele pegou a taça com a água que estava em frente a ele e tomou um gole.
— Não força a barra, ! — Ela pegou o cardápio que estava sobre a mesa e ele abriu um lindo sorriso.
— Eu vou te provar que mereço te fazer feliz, você vai ver. — Pegou o cardápio também.
— Que tal molho pesto? — Ignorou o que o homem disse e foi escolhendo seu macarrão, quando um garçom se aproximou para anotar os pedidos.
— Eu quero Nhoque quatro queijos. — Ele contatou depois de ler o cardápio.
— Esse é ótimo mesmo, já provei, mas fica melhor com molho sugo adicional, você devia experimentar. — Era mesmo o restaurante preferido dela, sabia tudo sobre e quais combinações eram as melhores.
— Então eu vou escolher o que a minha namorada surgiu mesmo — Disse para o homem à sua frente, na maior cara de pau, abrindo um sorrisinho.
— ? — o repreendeu.
— O que foi? — Se fez de sonso, como sempre fazia, aquele olho junto.
— Nada não, deixa, vamos terminar logo esse pedido, eu estou com fome.
Ele não sabia o que o futuro reservava, mas sabia que facilmente conseguiria passar o resto da vida com aquela mulher e faria o que fosse preciso para se redimir e fazer dela a pessoa mais feliz do mundo.
— Porque está me dizendo isso? — Jennie perguntou chocada com que tinha contado a ela.
— Eu sei que falar que eu sinto muito não resolve, mas eu não posso ser desonesto com você, passamos um tempo legal um com o outro e eu achei que dessa vez eu ia conseguir superar sabe, eu gosto muito de você, mas eu não consigo te amar, acho que não consigo amar ninguém, nunca consegui.
— Aparentemente você ama a , você deveria tentar superar ela ou sei lá, contar para ela que você ainda gosta dela, ou procurar ajuda profissional, não deve ser normal isso. — Aquilo era verdade, mas o tom da mulher era bem agressivo, e sabia que ele merecia aquilo, merecia muito mais, ela ainda estava dando conselhos para ela, a última não foi tão compreensiva assim e ele teve que praticamente redecorar o restaurante que foram jantar quando ele disse a mesma coisa para ela.
— Eu não tenho esse direito e eu nem sei como ela está, eu deixei que ela fosse embora. — sabia que não devia estar desabafando com alguém que ele tinha acabado de magoar, mas era inevitável, constantemente pensava naquilo, mas nunca colocava para fora.
Não sabia se o que sentia pela mulher era saudade, obsessão, se era só pelo apego emocional das lembranças ou o que, mas uma coisa ele sabia, sabia que não tinha mais direito de ir atrás dela. Ainda mais quando nem ele sabia o que ela sentia ou como estava se sentindo.
— Você matou os pais, ou um filho, ou o cachorro dela? Sabe você já deve ter assistido John Wick, se foi o cachorro, foge mesmo, ela deve estar atrás de você para te matar. — Jennie começou a rir, era divertido saber que alguém estava prestes a matar ele, alguém deveria fazer aquilo.
— Mulher, quem você pensa que eu sou? — Ele riu também, soube ali que Jennie sempre foi uma pessoa incrível, por isso gostava tanto dela, talvez devessem ser amigos e não algo mais, agora era tarde demais, ele sabia que depois daquele jantar não sobraria nada entre eles.
— Pelo jeito que contou que vem pensando em outra enquanto a gente transava, eu acho que é alguém que mata cachorrinhos sim. — Aquela frase tinha um tom de mágoa, embora ela estivesse rindo enquanto falava.
— Meu Deus! Eu sou uma pessoa insensível, me desculpa! Mas eu nunca mataria ninguém e nem um animal, eu tenho a Holy, você conheceu minha filha, como eu poderia matar o cachorro de alguém? — Ele estava meio indignado até, ele podia ser insensível, mas não era uma pessoa cruel aquele ponto.
— Então você pode ir atrás dela sim, você precisa saber se ela tá parada no tempo e vocês estão sofrendo igual duas marmotas ou se ela já te superou e tomara que seja a segunda opção para você sofrer para sempre sozinho. — Ele estava confuso, não sabia se ela estava mesmo dando conselhos a ele ou desejando seu pior, mas ele não ia questionar a mulher, a louça na mesa estava intacta e ele preferia que continuasse assim.
— Eu não sei, eu…
— Bom, eu quero que se dane também se você não for, a gente já não tem nada mesmo, eu vou embora, obrigada pelo jantar e pela breve humilhação, espero que você sofra muito ainda, até nunca mais.
Ela se levantou e saiu andando, plena, e madura como ele sabia que ela era. — Eu posso te ligar? — queria mesmo manter contato e ser amigo daquela mulher.
— Vai se foder . — Ela levantou o dedo do meio para ele e continuou andando.
Ele ficou pensativo com que a mulher disse, errada ela não estava, ele também sabia que tinha que resolver aquilo, ou então colocar um ponto final definitivo.
Primeiro precisava encontrar a mulher, depois do término ele perdeu totalmente o contato, não sabia se tinha voltado para o seu país ou se ainda trabalhava de desenhista na mesma empresa de antes, o único norte que tinha era a melhor amiga dela namorada de seu companheiro de trabalho e também produtor , mas ele sabia que preferia ver o diabo na frente dela do que ele. Infelizmente ele teria de pagar pelo erros naquela vida mesmo e enfrentar para saber o mínimo que fosse de , já que mesmo tinha dito para que ele perguntasse a mulher ele mesmo, claro que o mais novo não iria querer se envolver, afinal, tinha alertado o amigo que terminar com a mulher daquela maneira seria um erro e que ele ia se arrepender amargamente, parece que o amargor já estava fazendo efeito.
O café que tomava enquanto esperava na cafeteria onde tinham marcado de se encontrar, ficou preso na garganta dele quando a mulher passou pelas grandes portas de vidro do estabelecimento com cara de poucos amigos.
— O que aconteceu de tão importante para você implorar que nos encontremos? — foi direto ao assunto quando se sentou na mesa em que ele estava. Ela ainda estava magoada com ele ou com raiva, ele não conseguia saber, ela era uma pessoa incrível, mas quando pegava raiva, não tinha cristão que a fizesse mudar de ideia e ela era outra que tinha o alertado inúmeras vezes sobre aquela decisão.
— Você vai querer me matar…
— Então eu vou embora, porque eu já quero, se você aguçar meu instinto assassina eu vou presa e eu não quero ser deportada, gosto da minha vida aqui. — fez menção em se levantar.
— , por favor! — Ele estava completamente desesperado, não deixaria a mulher ir embora sem ao menos escutar o que ele tinha para dizer.
— 5 minutos , eu vou embora em 5 minutos, anda, desembucha. — Se sentou novamente e ajeitou a postura esperando pelo que o homem falaria que a faria matar ele.
— Bom é sobre , eu preciso falar com ela e…— Não conseguiu terminar a frase, sabia que não tinha o menor direito de falar aquilo.
— Mas é um cuzão mesmo viu. — revirou os olhos. — A já tá bem, ela já tá seguindo a vida dela, trabalhando mais do que deveria? Sim, mas ela não fala mais de vocês e não chora mais a noite, o que você quer? Já iludiu ela uma vez, já fez promessas que nem ao menos se esforçou em tentar cumprir, terminou com ela por ser um covarde e ter medo do que as pessoas iam achar, quer saber , ninguém liga para com quem você vai passar o resto da sua vida, você não é tão especial assim. Quer se reaproximar dela para que? Vai fazer ela sofrer de novo? Eu não vou permitir! — Além de raiva naquele tom de voz tinha algo que conhecia bem, era aquele tom de leoa defendendo seu filhote que sempre tinha quando se tratava das pessoas que ela amava.
— Eu descobri que não posso viver sem ela, eu não consigo me relacionar com outras pessoas, eu não consigo pensar em outras pessoas eu…
— Deveria ter pensado nisso antes, não acha? Devia ter posto na balança os seus sentimentos e os dela e não dar ouvidos a pessoas que nem são importantes para você, como você sabe que a sua família, por mais conservadora que seja, não ia aceitar a relação de vocês e se não aceitassem, quem ia viver esse relacionamento para o resto da vida eram vocês e não eles. Sabe , você nunca foi capaz de lutar por esse amor. — era muito boa com as palavras, talvez por isso fosse a letrista preferida de muitos dos artistas que a gravadora deles e a pessoa preferida do amigo, o problema era ela estar certa e ele não poder rebater nenhum segundo daquilo.
— Eu tô lutando, você não está vendo? — De certa forma, estava disposto mesmo a convencer a mulher de que seus sentimentos eram reais, ele só precisava se encontrar com ela.
— Não, eu não estou vendo, eu estou vendo um cão arrependido por ter perdido a melhor coisa que já aconteceu na vida dele e triste por ter perdido o brinquedo preferido, eu não tô vendo você lutar por amor nenhum, você acha que vir falar comigo é lutar por ela? Você não acha que eu sou o menor dos problemas? Acorda , depois que ela acabar esse trabalho, vai voltar para o Brasil, vai te esquecer, mas vai ter que desistir dos sonhos dela para isso. — Os olhos cheios de lágrimas de mostravam que a mulher não somente estava irritada, mas extremamente triste pelo fato da amiga estar indo embora daquela maneira. Ele também sabia que era aquele tipo de pessoa, que se forçaria o máximo e até desistiria de algumas coisas para poder se livrar dos sentimentos.
— Eu preciso impedir isso, agora nem quero mais que ela me perdoe por ser um Zé Mané, ela não pode desistir assim do trabalho, agora ela está em uma empresa boa, fazendo trabalhos para autores que estão fazendo sucesso, ela não pode desistir de tudo por um otário igual a mim. — Ele estava desesperado, de verdade, não podia sequer pensar em deixar que ela desista de tudo naquele momento em que as coisas estavam indo tão bem na vida profissional dela.
— Bom, se a melhor amiga dela do mundo não conseguiu, duvido que você consiga, afinal, tá sentado com a bunda aqui na minha frente e não foi atrás dela ainda. — tinha pego a xícara com o café dele e dado um gole.
— Eu não sei como encontrar ela, por isso estou aqui. — Disse como se fosse óbvio.
— Ué, além de perder a coragem, perdeu a memória? Não se lembra onde nós moramos juntas ou onde é o serviço dela? — Era óbvio, ele estava tão desnorteado com seus próprios sentimentos que nem sequer cogitou procurar a mulher antes de ir atrás de , pesou várias possibilidades antes de tentar o mais fácil, os lugares que ele já conhecia.
— Eu não pensei nisso! — Foi sincero, não tinha pensando mesmo que ela ainda poderia estar no mesmo lugar em que ele a deixou.
— Claro que não. — seguiu bebendo o café dele enquanto ele se levantava e saia correndo pela mesma porta que ela tinha entrado tempos atrás.
Pensou em ir até o apartamento delas, mas era o meio da tarde, talvez ele não tivesse o que fazer, quer dizer, ele até tinha, mas não estava se importando em perder um cliente ou dois, tinha a segurança também de que daria um jeito, ele tinha avisado ao amigo que iria resolver de vez a sua vida. Então seguiu direto para a editora que ela trabalhava, atualmente era desenhista de quadrinhos e HQs, os jovens adoravam e embora ela dissesse que não tinha talento para inventar histórias, sempre dava vida a dos outros e fazia aquilo da melhor maneira possível.
Por sorte avistou a mulher saindo para almoçar quando estava na esquina de seu trabalho, foi bom por dois motivos, o primeiro era porque não perdeu viagem indo até o local e o outro era que talvez fizesse um burburinho desnecessário no local de trabalho da mulher indo até lá.
Estacionou de qualquer maneira depois do farol e saiu correndo atrás dela, lá perto tinha um dos restaurantes de Massa preferidos dela, então também não foi difícil achar.
— ! — chamou e viu a mulher olhar para trás momentos antes de se sentar.
— Por favor, vai embora! — Ela disse com os olhos cheios de lágrimas e as pessoas ao redor ficaram alarmadas.
— Eu preciso te dizer uma coisa, prometo que não vai demorar. — Ele foi se aproximando devagar, não queria que ela se sentisse mal, mas precisava fazer aquilo.
— A última vez que você me disse isso um relacionamento de mais de quatro anos foi desfeito, eu já entendi, nós não vamos poder nos casar nunca, então nosso relacionamento não vai para lugar nenhum, não vamos constituir a família que eu sempre quis, o que mais você quer de mim? — Ela continuava na defensiva enquanto falava aquilo e os olhos escorriam agora as lágrimas que estavam paradas neles antes.
— Eu quero seu perdão. — Ele se ajoelhou no chão do restaurante perto dela que arregalou os olhos em surpresa.
— Levanta desse chão , você tá doido? — tentou puxar ele do chão sem sucesso, ele parecia até mesmo uma pedra de tão grudado que estava.
— Não, eu preciso pedir perdão para você da maneira certa. Eu fui um idiota cabeça fechada que foi na onda de conservadores que eu nem se quer convivo direito. Eu não levei em consideração os meus e muito menos os seus sentimentos, eu fui um covarde e um idiota e perdi a melhor coisa que já tinha me acontecido, eu… — respirou fundo sentindo o peito ardes e os nariz também, estava com vontade de chorar também.
— Não merece que eu te perdoe, porque eu fui a única que lutou pelo nosso amor, que pensou em dar um jeito e não fugir como você. Você não perdeu a melhor coisa que aconteceu na sua vida, você fugiu dela, talvez seja tarde demais. — Ela estava magoada e ele entendia, tinha toda a razão de estar assim.
— Tudo bem, não me perdoe eu não mereço mesmo que você volte para mim, eu vou pagar pelos meus atos e viver longe de você, mas, por favor, não vai embora, não desista dos seus sonhos, você está tão perto de conseguir e realizar tudo que sempre quis, por favor, eu imploro, eu prometo que você nunca mais vai ouvir falar de mim na sua vida se for isso que você quer, só, não vá embora. — O tom firme na voz dele fez ela perceber que estava falando mais sério do que tudo o que já falou na vida.
— Aquela bocuda da te contou? Não sinta pena de mim , eu vou embora porque não consigo viver no mesmo país do cara que foi o amor da minha vida toda e não estar mais com ele. Eu vou embora porque não posso ser dependente assim de alguém que não seja eu mesma, você entende o que eu tô falando? — Ela queria se levantar e ir embora daquele país naquele minuto.
— Por favor, não faça isso, você não é dependente de mim nem de ninguém, você é suficiente para ser incrível sozinha e agora eu vou estar ao seu lado se você quiser, vamos nos casar amanhã se você quiser, vamos fazer dois filhos, me dá mais uma chance de provar que eu te mereço e que seu lugar não é em nenhum outro lugar do mundo se não aqui. — Ele ainda estava de joelhos e aquelas palavras mexeram com os sentimentos dela, ela queria ouvir aquelas palavras mais que tudo no passado, mas ali, no presente não sabia como se sentir, como ele ia lidar com os problemas, se ela não ia ser feita de idiota como antes. Eram muitas coisas a se pensar e ela ainda amava aquele idiota comk a própria vida.
— Levanta do chão , por favor! — Ela não sabia como se sentir, mas queria que ele levantasse dali no minuto em que ele começou com aquela palhaçada.
— Só se me prometer que não vai embora. — Ele fez beicinho e ela só queria agarrar a cara daquele homem e encher de beijinhos, era um saco.
— Eu não vou te prometer nada agora, não quero ser uma quebra promessas como certo alguém, mas eu vou pensar, tá bom assim para você? — Ela revirou os olhos mas em um tom de humor e sabia que estava a amolecendo e ficou animado com aquilo.
— Tá bem! — Ele se levantou e se sentou em frente a ela. — Vai pensar também sobre nós? — Ele pegou a taça com a água que estava em frente a ele e tomou um gole.
— Não força a barra, ! — Ela pegou o cardápio que estava sobre a mesa e ele abriu um lindo sorriso.
— Eu vou te provar que mereço te fazer feliz, você vai ver. — Pegou o cardápio também.
— Que tal molho pesto? — Ignorou o que o homem disse e foi escolhendo seu macarrão, quando um garçom se aproximou para anotar os pedidos.
— Eu quero Nhoque quatro queijos. — Ele contatou depois de ler o cardápio.
— Esse é ótimo mesmo, já provei, mas fica melhor com molho sugo adicional, você devia experimentar. — Era mesmo o restaurante preferido dela, sabia tudo sobre e quais combinações eram as melhores.
— Então eu vou escolher o que a minha namorada surgiu mesmo — Disse para o homem à sua frente, na maior cara de pau, abrindo um sorrisinho.
— ? — o repreendeu.
— O que foi? — Se fez de sonso, como sempre fazia, aquele olho junto.
— Nada não, deixa, vamos terminar logo esse pedido, eu estou com fome.
Ele não sabia o que o futuro reservava, mas sabia que facilmente conseguiria passar o resto da vida com aquela mulher e faria o que fosse preciso para se redimir e fazer dela a pessoa mais feliz do mundo.
FIM
Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Escrevi a discussão da Gabi com o Yoon de manha cedo indo travalhar e foi muito gratificante kkkkkkk sério! esse homem precisava de uma coça bem dada e fica ai a critério da Andressa perdoar ou não kkkkk o que vocês acham? acham que ela vai perdoar rapidinho ou vai cozinhar ele? Espero que gostem também! não esqueçam de comentar <3.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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