Capítulo Único
Cinco anos antes
“Ah, certo”
Foi a única coisa que ela conseguiu dizer além de mostrar seu constrangedor silêncio a outra parte, seus amigos riam e ele estava constrangido, odiava aquela situação.
Ela gostaria de dizer ao menos que esperava que ele realmente acabasse sozinho nessa vida, mas, nada saiu de sua boca.
“Parem de rir” ele dizia constantemente cutucando seus amigos.
Pelo menos ele tinha vergonha na cara de ver que aquela situação não era legal.
Ele não gostava dela, mas sentia pena, sabia que ela não era má pessoa e aprendeu mais com o tempo que passou a seu lado, sim, ele a beijou mas foi exatamente porque estava chateado com a garota que “amava” tê-lo traído na festa em que cumpririam um ano de namoro.
“Não leve muito a sério, foi apenas um trabalho, você quem — ele coçou a cabeça, nervoso e incomodado com a situação — acabou entendendo errado, eu acho”
“Certo” ela respondeu, ainda se sentindo estranha sobre aquela situação.
Não tinha um sentimento definido, apenas a vergonha por todos ao redor estarem vendo aquela cena.
Ela sabia que Jae não era má pessoa, havia visto isso nele há alguns meses, quando eles foram obrigados a fazerem um trabalho de biologia juntos. Mas ele também não era o que ela esperava.
Ela entendia que talvez não fosse tão bonita quanto a representante de sala que ele por sinal, poderia falar horas sobre, mas ela conseguia ser mais inteligente e fazer com que seus assuntos fluíssem com tranquilidade e por algum motivo, por milésimos de segundos ela pensou que aquilo poderia funcionar, que ela finalmente poderia ter alguém que a apreciasse e não apenas usasse de sua inteligência.
Pensou que se fosse aquelas festas como todos diziam, se bebesse como eles ou flertasse como as garotas que chamavam a atenção de caras como Jae, poderia ser mais interessante. Mas ela desistiu na primeira alternativa. Por isso naquela manhã tinha ido até Jae para perguntar sobre o trabalho que estariam finalizando na parte da tarde em sua casa.
A única coisa era que ele não queria que ninguém soubesse daquilo, por algum motivo ele sentia vergonha de ser visto com , isso o comia vivo por dentro, mas, ainda sim, ele não se importou e tratá-la como uma desconhecida na frente de todos. Ele simplesmente não queria que soubessem que estava sendo legal com alguém que normalmente tiravam sarro entre seus amigos, alguém que na realidade ele não “deveria” gostar de sair, mas, ele não fez questão de avisar a ela, óbvio.
E isso fez um marco em seus belos quinze anos, não que ela se importasse, afinal, meses depois acabou indo estudar fora para terminar seus últimos anos na Austrália onde conheceu pessoas incríveis como seu melhor amigo . Mas, ainda sim, era um pouco doloroso criar esperanças e tê-las destruídas em tão pouco tempo.
Durante esse mesmo pouco tempo que continuou naquela escola, ela passou por diversas brincadeiras de mal gosto que por algum motivo nem sequer a assustavam mais. Ela simplesmente havia colocado em sua cabeça que não estaria ali por muito tempo.
Atualmente,
chegada em Seoul
Quatro anos depois ela se encontrava voando em direção a seu antigo país, havia decidido que o melhor lugar para completar seus estudos na faculdade seria seu antigo país, sem contar que havia ficado muito tempo longe de sua família e já não suportava de saudades.
Por isso estava voltando.
E foi de imediato contemplada com um lindo e azul céu na cidade de Seoul, coisa que era difícil de se ver naquela época do ano.
— Espero que você me trate bem, Seoul! — ela disse assim que saiu pela porta do aeroporto.
Esperava uma vida tranquila assim que voltasse para aquele lugar, porém no momento que pisou os pés para fora do táxi que havia tomado até Gangnam, soube que seria caótica.
Não pelo motivo de seus primos, tios e principalmente pais terem um surto e decidirem avisar toda a vizinhança que ela havia chegado. Mas principalmente por ver um saindo todo sorridente de dentro da casa dela junto de Layla.
havia se mudado a pouco tempo para o mesmo país, parte daquela decisão dela foi porque ele havia ido embora da Austrália e realmente se sentiu sozinha. Não que a família dele não fosse como sua própria família, mas, ainda assim, não era a mesma coisa sem ele, que havia decidido voltar ao país de origem dos pais para seguir o sonho de se tornar uma estrela do futebol na faculdade ou algo parecido.
acreditava nele tanto quanto nela, então sempre apoiou sua decisão como melhor amiga.
Ela queria fazer uma surpresa a ele, por isso não havia contado de sua mudança.
— Quem foi o boca aberta? — ela perguntou assim que se aproximou de Layla, fazendo carinho nela, que se aconchegava nos braços da garota.
— Sua tia não consegue guardar segredo — ele respondeu em inglês, se abaixando na altura dela e de Layla.
— Claro que foi ela — ela respondeu, rindo e se virando para a tia que fingia não prestar atenção — Era para ser uma surpresa para ele.
— E quem disse que a surpresa não podia ser para você? — ela respondeu, mostrando a língua.
tinha suas diferenças com algumas pessoas da família e sua tia era uma delas. Sempre muito fofoqueira e causando intriga desnecessária, ela fazia questão de sempre que podia, manter por perto por pensar que ele, por ser um bom rapaz — e não saber falar não —, deveria estar sendo amigo de seus filhos e até mesmo namorando com sua filha mais velha. Ela sempre dizia que não entendia o motivo dele ser tão próximo a e ele explicava todas as vezes o quão incrível ela era para ele.
e conviveram muito tempo juntos para não serem considerados um da família do outro. Seus pais eram como os pais dela e os pais dela, bom eram como seus tios favoritos, depois que se mudou e seu irmão mais velho se formou, deixando espaço para o mais novo tomar o espaço dos dois, algo mudou na relação entre eles e por isso, não era tão próximo deles quando era de seus pais e irmão.
— Minha mãe pediu para que você ligasse quando chegasse — entregou o celular dele para ela já que sabia que o celular dela estaria morto — eu vou comprar coisas para comermos durante a nossa madrugada de filmes, eu preciso voltar a treinar em dois dias.
— Você não anda treinando demais não? — entrou na casa com o celular em mãos enquanto procurava o número que necessitava.
— Eu pedi folga justamente porque você estaria chegando — ele respondeu, desconversando.
— Certo, se você começar a emagrecer igual um louco por estar por aí se exercitando sem comer direito, saiba que eu prometi a sua mãe que enfiaria comida pela sua goela — ela disse, tirando os olhos do celular.
— Eu não duvido — ele estendeu as mãos e riu — não se preocupe, os seniors cuidam bem de nós.
Primeiro dia na universidade
Por algum motivo parecia que havia voltado ao ensino médio. Literalmente metade das pessoas que ela conhecia estudavam naquele lugar, ela não esperava que alguém se lembrasse dela, mas andar com pelo campus não era algo que passava despercebido.
— Droga, ! — ela disse baixinho — Você é popular até aqui? Já não bastava o que eu passava de sufoco no colégio na Austrália? Eram centenas de cartas no meu armário todos os dias.
— O que eu posso fazer — ele piscou para ela — eu não tenho culpa se você tem um melhor amigo bonito e simpático.
— Convencido também! — Os dois escutaram uma voz surgindo de trás deles.
— ! — exclamou, cumprimentando o amigo.
— Você ficou dois dias de folga, — O garoto questionou o mais novo, arqueando as sobrancelhas.
— A culpada está bem aqui, fingindo que esta conversa não a envolve — disse, puxando em um abraço lateral.
— Sua namorada? — perguntou, confuso.
— Ew! — e falaram juntos — Não!
— Ela é minha melhor amiga — ele respondeu — quase irmã, porém depende do dia.
— Depende da vontade dele de me usar como desculpa para as pessoas que se confessam para ele — ela disse, revirando os olhos e estendendo a mão a — Prazer, !
— Você é a famosa, ! — disse, cumprimentando de volta. — O motivo do sempre parecer um idiota falando no celular.
— Famosa, talvez — ela disse, rindo — agora “ o motivo do parecer um idiota no celular” — ela fez aspas — eu tenho quase certeza que é mais provável que seja a minha mãe ligando e colocando ele para conversar com a Layla.
— É bem possível — disse, rindo.
— Ei, você e Layla estão no mesmo patamar — tentou se defender, fazendo com que e rissem.
— O que eu perdi? — Outra voz se juntou a eles ofegante — eu achei que estava atrasado.
Os passos apressados do All Star de cor amarela se aproximavam chamando atenção da garota. Ela tinha mania de analisar as pessoas, então seu olhar subiu a suas calças de cor preta, sua blusa larga de cor branca junto do moletom de zíper cinza. Primeiro que seu rosto, ela notou sua touca, que era divertidamente da mesma cor que seus tênis e depois, seu rosto.
O garoto que trazia os olhos inchados por, provavelmente, ter acordado tarde, o que a fez achar fofo.
— Nos conhecemos? — ele perguntou lentamente, sem reconhecê-la.
— Prazer eu sou…— ela começou dizendo, mas foi interrompida por seu alarme que havia deixado ligado justamente por saber que a faria se atrasar — Droga, eu vou me atrasar e eu nem consegui chegar a secretária por sua causa — ela disse a e ele a olhou como se não fosse o culpado — foi um prazer te conhecer — ela disse olhando o garoto mais alto — até mais, foi um prazer te conhecer também — ela disse de forma um pouco lenta e confusa para , sem saber o que realmente falar já que não pôde se apresentar propriamente.
— Eu te vejo no almoço! — gritou antes que ela sumisse por completo no corredor. — Ela nunca responde.
— Quem era…— ia perguntar, observando a garota sumir pelo corredor, mas foi interrompido por uma voz um pouco irritante a seus ouvidos.
— ! — a voz, vinda da mesma pessoa que ele não queria ver naquela hora do dia falou, se aproximando.
e reviraram os olhos juntos com .
— Olha só a hora — disse, olhando para o pulso fingindo ter algum relógio — eu tenho uma reunião no conselho estudantil.
— e eu tenho que — ele pensou — ser o guarda costas do , você sabe como é, muitas fãs atrás do representante da universidade — ele riu sem graça — te vemos mais tarde — disse, empurrando junto dele para outro lado.
— Quanto tempo! — ela comentou, se aproximando — Vocês já se vão? — perguntou a e que sorriram de forma falsa.
— Olá, — eles disseram juntos. — Tchau — disseram juntos mais uma vez com quase implorando para que eles o levassem junto.
— Há, tão ocupados — ela disse, olhando eles se distanciarem — , nós iremos almoçar juntos hoje, certo?
— Não posso — ele disse de primeira — eu tenho um compromisso e depois treino.
era alguém que não suportava, mas ela era o completo oposto dos pensamentos dele. A garota e ele viviam brigando antes e em um dia, do dia para a noite — em uma única vez que ele fez algo legal por ela por pura dó — ela nunca mais deixou o seu pé. A verdade era que era mimada e chamava a atenção em tudo que fazia, ela gostava da atenção e não.
— Compromisso? — ela perguntou, desconfiada.
— Sim! — ele disse confiante — Eu — ele passou, olhando ao redor procurando por alguma desculpa — preciso almoçar com ela.
disse parando ao lado de que o olhava, confusa, tirando seu foco do papel que trazia em mãos para ele.
— Quem é ela? — ela comentou, analisando de cima a baixo.
— Não interessa, ! — ele respondeu, revirando os olhos, irritado. — Agora, com licença, eu preciso levá-la para a aula, vamos?
assentiu, sem saber o que dizer apenas seguindo o rapaz enquanto segurava a risada.
— Me desculpa, mas eu não ia conseguir ir para a minha aula ou almoçar em paz se não tivesse feito isso — ele respondeu assim que eles viraram no corredor seguinte.
— Tudo bem! — ela respondeu, rindo — Ex?
— Deus, não! — ele disse, frustrado — Uuma suposta inimiga de infância que do dia para a noite resolveu me amar incondicionalmente.
— Isso daria um bom plot de fanfic — ela riu e ele a olhou, confuso — Esquece.
— História da arte, né? — ele perguntou, olhando o papel da grade curricular dela — Essa é sua sala.
— Oh! — ela checou o papel e os números na porta — Muito obrigada! Eu achei que ficaria horas procurando.
— Disponha — respondeu, sorrindo.
A garota ameaçou entrar na sala, mas segurou seu braço com leveza, olhando para dentro da sala e analisando se o professor já havia chegado, impedindo com que ela fosse.
— Eu ainda não sei o seu nome! — ele disse, sem graça — Nos conhecemos brevemente quando você estava com e mas eu não cheguei a ouvir seu nome.
— Ah, certo! — ela exclamou — Prazer, .
— ! — ele se apresentou, sorrindo.
Sem mais delongas, o professor entrou na sala e o seguiu no mesmo instante, se despedindo de de maneira rápida.
era do tipo que realmente prestava a atenção em uma aula, ela gostava do conhecimento desde mais nova e aquela seria uma de suas aulas favoritas mas, ainda sim, três aulas seguidas de história da arte eram demais para sua mente processar então, quando o professor anunciou o fim dela, seu suspiro de alívio foi quase audível.
— Oi! — disse da porta, sorrindo sem graça.
Ela o olhou, confusa.
— Eu estava por perto, achei que você poderia precisar da minha companhia para não se perder — disse, rindo — brincadeira, eu disse a que nos encontramos e ele pediu para vir buscá-la e acompanhá-la ao refeitório.
— Certo, porque é um grande preguiçoso — ela respondeu, rindo — dois minutos e eu já saio, preciso só guardar minhas coisas.
Ele assentiu, sorrindo.
A verdade era que ela e se tornaram grandes amigos, eles sempre tinham aulas próximas ou juntos, então, acabaram se aproximando mais depois de tê-los apresentados propriamente.
pensou que poderia ser algo difícil mas, talvez, Seoul não estava sendo tão cruel com ela. Ela gostava de passar tempo com , e principalmente .
— ! — disse, afoito.
— Meu Deus, porque você tá me gritando no meio do corredor — ela riu.
— Hoje é dia de são Valentim — ele disse, aterrorizado — você sabe o quão lindo eu sou e não posso andar sozinho por essa universidade.
— Juro que às vezes eu esqueço do seu narcisismo — ela respondeu, rindo.
— Narcisismo não — ele a repreendeu de brincadeira — amor próprio, !
— Certo! — ela respondeu, rindo — Enfim, do que você precisa?
— De você — ele comentou, aquelas palavras por alguma razão fizeram com que seu coração disparasse de forma esquisita — venha a um encontro comigo.
— Huh? — perguntou, confusa.
— É sério! — ele respondeu, rindo da cara dela. — Venha a um encontro comigo, eu pago o que você quiser, não precisa ser hoje, se você não quiser.
— Mas você diz um encontro, nós não…— ela foi interrompida.
— Não por falta de vontade — ele disse, rindo — dane-se eu vou falar. , nós já nos conhecemos há um ano e desde o primeiro dia você não deixou minha mente nem por um segundo.
— O quê? — ela disse, sem saber mais o que falar.
— Eu gosto de você, — ele sorriu — tudo bem se você não gostar de mim ou não quiser me dar uma resposta agora — ele era tão alegre e brilhante, não conseguia não pensar nele da mesma forma, mas, seu medo de se envolver novamente com alguém e de repente quebrar a cara mais uma vez a impedia — eu vou continuar mantendo esse sentimento guardado para mim, nós podemos continuar sendo amigos, estar perto de você é o que me faz me sentir bem então, estar perto de você é o importante.
A confissão era repentina e ela não esperava por nada daquilo, ela simplesmente não esperava.
— Eu posso pensar no assunto? — ela pediu, com uma certa insegurança.
Ele balançou a cabeça positivamente, sorrindo para ela.
— Quanto tempo você precisar — ele respondeu — preciso ir, te vejo mais tarde — disse, dando um beijo na bochecha da garota em despedida, era comum entre eles, mas dessa vez com uma informação nova em sua mente.
tinha sentimentos por ela.
***
Uma semana havia passado e ela havia evitado pela mesma quantidade de dias, tentando não ter que dar uma resposta imediata, tinha muito medo e acabar quebrando mais uma vez sua cara com alguém que não valia a pena, o que não era o caso de .
Naquele dia, por tanto, não tinha saída. Ela se encontraria com ele de uma forma ou outra já que iriam jantar depois do jogo que teria naquela noite.
— ! — disse, abraçando-a assim que ela apareceu no campo antes do jogo começar para dar boa sorte ao amigo. — Você veio.
— Eu não perderia seu primeiro jogo do ano por nada, ! — ela deu um peteleco no amigo.
— Não sei — ele deu de ombros — você anda pulando seus almoços e tempos livres apenas para não ter que lidar com um certo alguém.
apontou com a cabeça bem levemente ao rapaz de cabelos escuros que ela podia ver de longe revirar os olhos para a garota que o perseguia para cima e para baixo, .
— Eu não estou fugindo dele — ela se entregou.
— Ninguém disse que estava — ele mandou uma piscada para a amiga — você só precisa parar de…
— ? — Ela ouviu uma voz chamá-la e ela gelou reconhecendo o rosto que era dono da voz, assim que olhou para trás — é você mesmo, quando tempo.
— Jae — ela disse, surpresa e sua fala morreu aí mesmo.
— Vocês se conhecem? — perguntou, vendo a palidez da garota no momento de ver o rapaz.
— Sim! — Jae respondeu de repente — estudávamos juntos, ela tinha um crush em mim.
— Ainda bem que aqueles anos acabaram, certo? — ela respondeu, se recompondo.
Ficou surpresa com a repentina aproximação do rapaz, mas não sentiu nada do que achou que sentiria se o visse algum dia, ou algum dos seus amigos ou qualquer pessoa que a tivesse feito ficar com aquele trauma ridículo.
— É! — ele disse sem graça.
— Vou procurar o — ela disse a que assentiu, entregando a ela a jaqueta pré jogo que ela sempre usava como símbolo de sorte durante a partida —, vai dar tudo certo, boa sorte!
Ela deu um beijo na bochecha de e se virou para Jae.
— Vocês namoram? — ela já esperava algum comentário vindo dele.
Ambos balançaram a cabeça negativamente, não achando necessário explicar o que eles eram um do outro.
— Foi bom te rever, Jae — ela disse, sorrindo tranquilamente ao rapaz.
— , sobre o que aconteceu na época da escola eu…— ele foi interrompido.
— Está tudo bem, aqueles anos já passaram — ela respondeu, sorrindo — você era imaturo.
Ela se virou e saiu do local, indo em direção a sendo seguida por um par de olhos — além dos de —, interessados no que estava acontecendo.
Assim que o jogo havia terminado, para comemorar a vitória de e seu time todos foram para o campo. Mais uma vez, seu amuleto de sorte havia funcionado, mesmo estando com a cabeça em outro lugar durante toda a partida.
— ? — ela gritou assim que o amigo a abraçou agradecendo pela vitória porque para ele, os créditos eram dela.
— Huh? — ele perguntou, olhando para ela.
— Você viu o ? — ela gritou outra vez.
— Perto da arquibancada com o ! — ele disse, sorrindo. — Vai lá.
sorriu para o amigo, deu um último beijo na bochecha dele o parabenizando antes dele ser engolido pela multidão mais uma vez.
— ! — ela o chamou, fazendo com que seu sorriso surgisse no mesmo momento. — Vamos tentar.
— Huh? — ele perguntou, confuso.
— Eu também gosto de você! — ela respondeu — eu tinha um medo específico que alguém me machucasse justamente porque alguém já havia feito isso, mas hoje eu percebi que ele não existe mais.
— E essa é a minha chance? — ele perguntou, esperançoso.
— E essa é a sua chance! — ela respondeu, sorrindo para ele.
“Ah, certo”
Foi a única coisa que ela conseguiu dizer além de mostrar seu constrangedor silêncio a outra parte, seus amigos riam e ele estava constrangido, odiava aquela situação.
Ela gostaria de dizer ao menos que esperava que ele realmente acabasse sozinho nessa vida, mas, nada saiu de sua boca.
“Parem de rir” ele dizia constantemente cutucando seus amigos.
Pelo menos ele tinha vergonha na cara de ver que aquela situação não era legal.
Ele não gostava dela, mas sentia pena, sabia que ela não era má pessoa e aprendeu mais com o tempo que passou a seu lado, sim, ele a beijou mas foi exatamente porque estava chateado com a garota que “amava” tê-lo traído na festa em que cumpririam um ano de namoro.
“Não leve muito a sério, foi apenas um trabalho, você quem — ele coçou a cabeça, nervoso e incomodado com a situação — acabou entendendo errado, eu acho”
“Certo” ela respondeu, ainda se sentindo estranha sobre aquela situação.
Não tinha um sentimento definido, apenas a vergonha por todos ao redor estarem vendo aquela cena.
Ela sabia que Jae não era má pessoa, havia visto isso nele há alguns meses, quando eles foram obrigados a fazerem um trabalho de biologia juntos. Mas ele também não era o que ela esperava.
Ela entendia que talvez não fosse tão bonita quanto a representante de sala que ele por sinal, poderia falar horas sobre, mas ela conseguia ser mais inteligente e fazer com que seus assuntos fluíssem com tranquilidade e por algum motivo, por milésimos de segundos ela pensou que aquilo poderia funcionar, que ela finalmente poderia ter alguém que a apreciasse e não apenas usasse de sua inteligência.
Pensou que se fosse aquelas festas como todos diziam, se bebesse como eles ou flertasse como as garotas que chamavam a atenção de caras como Jae, poderia ser mais interessante. Mas ela desistiu na primeira alternativa. Por isso naquela manhã tinha ido até Jae para perguntar sobre o trabalho que estariam finalizando na parte da tarde em sua casa.
A única coisa era que ele não queria que ninguém soubesse daquilo, por algum motivo ele sentia vergonha de ser visto com , isso o comia vivo por dentro, mas, ainda sim, ele não se importou e tratá-la como uma desconhecida na frente de todos. Ele simplesmente não queria que soubessem que estava sendo legal com alguém que normalmente tiravam sarro entre seus amigos, alguém que na realidade ele não “deveria” gostar de sair, mas, ele não fez questão de avisar a ela, óbvio.
E isso fez um marco em seus belos quinze anos, não que ela se importasse, afinal, meses depois acabou indo estudar fora para terminar seus últimos anos na Austrália onde conheceu pessoas incríveis como seu melhor amigo . Mas, ainda sim, era um pouco doloroso criar esperanças e tê-las destruídas em tão pouco tempo.
Durante esse mesmo pouco tempo que continuou naquela escola, ela passou por diversas brincadeiras de mal gosto que por algum motivo nem sequer a assustavam mais. Ela simplesmente havia colocado em sua cabeça que não estaria ali por muito tempo.
chegada em Seoul
Quatro anos depois ela se encontrava voando em direção a seu antigo país, havia decidido que o melhor lugar para completar seus estudos na faculdade seria seu antigo país, sem contar que havia ficado muito tempo longe de sua família e já não suportava de saudades.
Por isso estava voltando.
E foi de imediato contemplada com um lindo e azul céu na cidade de Seoul, coisa que era difícil de se ver naquela época do ano.
— Espero que você me trate bem, Seoul! — ela disse assim que saiu pela porta do aeroporto.
Esperava uma vida tranquila assim que voltasse para aquele lugar, porém no momento que pisou os pés para fora do táxi que havia tomado até Gangnam, soube que seria caótica.
Não pelo motivo de seus primos, tios e principalmente pais terem um surto e decidirem avisar toda a vizinhança que ela havia chegado. Mas principalmente por ver um saindo todo sorridente de dentro da casa dela junto de Layla.
havia se mudado a pouco tempo para o mesmo país, parte daquela decisão dela foi porque ele havia ido embora da Austrália e realmente se sentiu sozinha. Não que a família dele não fosse como sua própria família, mas, ainda assim, não era a mesma coisa sem ele, que havia decidido voltar ao país de origem dos pais para seguir o sonho de se tornar uma estrela do futebol na faculdade ou algo parecido.
acreditava nele tanto quanto nela, então sempre apoiou sua decisão como melhor amiga.
Ela queria fazer uma surpresa a ele, por isso não havia contado de sua mudança.
— Quem foi o boca aberta? — ela perguntou assim que se aproximou de Layla, fazendo carinho nela, que se aconchegava nos braços da garota.
— Sua tia não consegue guardar segredo — ele respondeu em inglês, se abaixando na altura dela e de Layla.
— Claro que foi ela — ela respondeu, rindo e se virando para a tia que fingia não prestar atenção — Era para ser uma surpresa para ele.
— E quem disse que a surpresa não podia ser para você? — ela respondeu, mostrando a língua.
tinha suas diferenças com algumas pessoas da família e sua tia era uma delas. Sempre muito fofoqueira e causando intriga desnecessária, ela fazia questão de sempre que podia, manter por perto por pensar que ele, por ser um bom rapaz — e não saber falar não —, deveria estar sendo amigo de seus filhos e até mesmo namorando com sua filha mais velha. Ela sempre dizia que não entendia o motivo dele ser tão próximo a e ele explicava todas as vezes o quão incrível ela era para ele.
e conviveram muito tempo juntos para não serem considerados um da família do outro. Seus pais eram como os pais dela e os pais dela, bom eram como seus tios favoritos, depois que se mudou e seu irmão mais velho se formou, deixando espaço para o mais novo tomar o espaço dos dois, algo mudou na relação entre eles e por isso, não era tão próximo deles quando era de seus pais e irmão.
— Minha mãe pediu para que você ligasse quando chegasse — entregou o celular dele para ela já que sabia que o celular dela estaria morto — eu vou comprar coisas para comermos durante a nossa madrugada de filmes, eu preciso voltar a treinar em dois dias.
— Você não anda treinando demais não? — entrou na casa com o celular em mãos enquanto procurava o número que necessitava.
— Eu pedi folga justamente porque você estaria chegando — ele respondeu, desconversando.
— Certo, se você começar a emagrecer igual um louco por estar por aí se exercitando sem comer direito, saiba que eu prometi a sua mãe que enfiaria comida pela sua goela — ela disse, tirando os olhos do celular.
— Eu não duvido — ele estendeu as mãos e riu — não se preocupe, os seniors cuidam bem de nós.
— Droga, ! — ela disse baixinho — Você é popular até aqui? Já não bastava o que eu passava de sufoco no colégio na Austrália? Eram centenas de cartas no meu armário todos os dias.
— O que eu posso fazer — ele piscou para ela — eu não tenho culpa se você tem um melhor amigo bonito e simpático.
— Convencido também! — Os dois escutaram uma voz surgindo de trás deles.
— ! — exclamou, cumprimentando o amigo.
— Você ficou dois dias de folga, — O garoto questionou o mais novo, arqueando as sobrancelhas.
— A culpada está bem aqui, fingindo que esta conversa não a envolve — disse, puxando em um abraço lateral.
— Sua namorada? — perguntou, confuso.
— Ew! — e falaram juntos — Não!
— Ela é minha melhor amiga — ele respondeu — quase irmã, porém depende do dia.
— Depende da vontade dele de me usar como desculpa para as pessoas que se confessam para ele — ela disse, revirando os olhos e estendendo a mão a — Prazer, !
— Você é a famosa, ! — disse, cumprimentando de volta. — O motivo do sempre parecer um idiota falando no celular.
— Famosa, talvez — ela disse, rindo — agora “ o motivo do parecer um idiota no celular” — ela fez aspas — eu tenho quase certeza que é mais provável que seja a minha mãe ligando e colocando ele para conversar com a Layla.
— É bem possível — disse, rindo.
— Ei, você e Layla estão no mesmo patamar — tentou se defender, fazendo com que e rissem.
— O que eu perdi? — Outra voz se juntou a eles ofegante — eu achei que estava atrasado.
Os passos apressados do All Star de cor amarela se aproximavam chamando atenção da garota. Ela tinha mania de analisar as pessoas, então seu olhar subiu a suas calças de cor preta, sua blusa larga de cor branca junto do moletom de zíper cinza. Primeiro que seu rosto, ela notou sua touca, que era divertidamente da mesma cor que seus tênis e depois, seu rosto.
O garoto que trazia os olhos inchados por, provavelmente, ter acordado tarde, o que a fez achar fofo.
— Nos conhecemos? — ele perguntou lentamente, sem reconhecê-la.
— Prazer eu sou…— ela começou dizendo, mas foi interrompida por seu alarme que havia deixado ligado justamente por saber que a faria se atrasar — Droga, eu vou me atrasar e eu nem consegui chegar a secretária por sua causa — ela disse a e ele a olhou como se não fosse o culpado — foi um prazer te conhecer — ela disse olhando o garoto mais alto — até mais, foi um prazer te conhecer também — ela disse de forma um pouco lenta e confusa para , sem saber o que realmente falar já que não pôde se apresentar propriamente.
— Eu te vejo no almoço! — gritou antes que ela sumisse por completo no corredor. — Ela nunca responde.
— Quem era…— ia perguntar, observando a garota sumir pelo corredor, mas foi interrompido por uma voz um pouco irritante a seus ouvidos.
— ! — a voz, vinda da mesma pessoa que ele não queria ver naquela hora do dia falou, se aproximando.
e reviraram os olhos juntos com .
— Olha só a hora — disse, olhando para o pulso fingindo ter algum relógio — eu tenho uma reunião no conselho estudantil.
— e eu tenho que — ele pensou — ser o guarda costas do , você sabe como é, muitas fãs atrás do representante da universidade — ele riu sem graça — te vemos mais tarde — disse, empurrando junto dele para outro lado.
— Quanto tempo! — ela comentou, se aproximando — Vocês já se vão? — perguntou a e que sorriram de forma falsa.
— Olá, — eles disseram juntos. — Tchau — disseram juntos mais uma vez com quase implorando para que eles o levassem junto.
— Há, tão ocupados — ela disse, olhando eles se distanciarem — , nós iremos almoçar juntos hoje, certo?
— Não posso — ele disse de primeira — eu tenho um compromisso e depois treino.
era alguém que não suportava, mas ela era o completo oposto dos pensamentos dele. A garota e ele viviam brigando antes e em um dia, do dia para a noite — em uma única vez que ele fez algo legal por ela por pura dó — ela nunca mais deixou o seu pé. A verdade era que era mimada e chamava a atenção em tudo que fazia, ela gostava da atenção e não.
— Compromisso? — ela perguntou, desconfiada.
— Sim! — ele disse confiante — Eu — ele passou, olhando ao redor procurando por alguma desculpa — preciso almoçar com ela.
disse parando ao lado de que o olhava, confusa, tirando seu foco do papel que trazia em mãos para ele.
— Quem é ela? — ela comentou, analisando de cima a baixo.
— Não interessa, ! — ele respondeu, revirando os olhos, irritado. — Agora, com licença, eu preciso levá-la para a aula, vamos?
assentiu, sem saber o que dizer apenas seguindo o rapaz enquanto segurava a risada.
— Me desculpa, mas eu não ia conseguir ir para a minha aula ou almoçar em paz se não tivesse feito isso — ele respondeu assim que eles viraram no corredor seguinte.
— Tudo bem! — ela respondeu, rindo — Ex?
— Deus, não! — ele disse, frustrado — Uuma suposta inimiga de infância que do dia para a noite resolveu me amar incondicionalmente.
— Isso daria um bom plot de fanfic — ela riu e ele a olhou, confuso — Esquece.
— História da arte, né? — ele perguntou, olhando o papel da grade curricular dela — Essa é sua sala.
— Oh! — ela checou o papel e os números na porta — Muito obrigada! Eu achei que ficaria horas procurando.
— Disponha — respondeu, sorrindo.
A garota ameaçou entrar na sala, mas segurou seu braço com leveza, olhando para dentro da sala e analisando se o professor já havia chegado, impedindo com que ela fosse.
— Eu ainda não sei o seu nome! — ele disse, sem graça — Nos conhecemos brevemente quando você estava com e mas eu não cheguei a ouvir seu nome.
— Ah, certo! — ela exclamou — Prazer, .
— ! — ele se apresentou, sorrindo.
Sem mais delongas, o professor entrou na sala e o seguiu no mesmo instante, se despedindo de de maneira rápida.
era do tipo que realmente prestava a atenção em uma aula, ela gostava do conhecimento desde mais nova e aquela seria uma de suas aulas favoritas mas, ainda sim, três aulas seguidas de história da arte eram demais para sua mente processar então, quando o professor anunciou o fim dela, seu suspiro de alívio foi quase audível.
— Oi! — disse da porta, sorrindo sem graça.
Ela o olhou, confusa.
— Eu estava por perto, achei que você poderia precisar da minha companhia para não se perder — disse, rindo — brincadeira, eu disse a que nos encontramos e ele pediu para vir buscá-la e acompanhá-la ao refeitório.
— Certo, porque é um grande preguiçoso — ela respondeu, rindo — dois minutos e eu já saio, preciso só guardar minhas coisas.
Ele assentiu, sorrindo.
A verdade era que ela e se tornaram grandes amigos, eles sempre tinham aulas próximas ou juntos, então, acabaram se aproximando mais depois de tê-los apresentados propriamente.
pensou que poderia ser algo difícil mas, talvez, Seoul não estava sendo tão cruel com ela. Ela gostava de passar tempo com , e principalmente .
— ! — disse, afoito.
— Meu Deus, porque você tá me gritando no meio do corredor — ela riu.
— Hoje é dia de são Valentim — ele disse, aterrorizado — você sabe o quão lindo eu sou e não posso andar sozinho por essa universidade.
— Juro que às vezes eu esqueço do seu narcisismo — ela respondeu, rindo.
— Narcisismo não — ele a repreendeu de brincadeira — amor próprio, !
— Certo! — ela respondeu, rindo — Enfim, do que você precisa?
— De você — ele comentou, aquelas palavras por alguma razão fizeram com que seu coração disparasse de forma esquisita — venha a um encontro comigo.
— Huh? — perguntou, confusa.
— É sério! — ele respondeu, rindo da cara dela. — Venha a um encontro comigo, eu pago o que você quiser, não precisa ser hoje, se você não quiser.
— Mas você diz um encontro, nós não…— ela foi interrompida.
— Não por falta de vontade — ele disse, rindo — dane-se eu vou falar. , nós já nos conhecemos há um ano e desde o primeiro dia você não deixou minha mente nem por um segundo.
— O quê? — ela disse, sem saber mais o que falar.
— Eu gosto de você, — ele sorriu — tudo bem se você não gostar de mim ou não quiser me dar uma resposta agora — ele era tão alegre e brilhante, não conseguia não pensar nele da mesma forma, mas, seu medo de se envolver novamente com alguém e de repente quebrar a cara mais uma vez a impedia — eu vou continuar mantendo esse sentimento guardado para mim, nós podemos continuar sendo amigos, estar perto de você é o que me faz me sentir bem então, estar perto de você é o importante.
A confissão era repentina e ela não esperava por nada daquilo, ela simplesmente não esperava.
— Eu posso pensar no assunto? — ela pediu, com uma certa insegurança.
Ele balançou a cabeça positivamente, sorrindo para ela.
— Quanto tempo você precisar — ele respondeu — preciso ir, te vejo mais tarde — disse, dando um beijo na bochecha da garota em despedida, era comum entre eles, mas dessa vez com uma informação nova em sua mente.
tinha sentimentos por ela.
Uma semana havia passado e ela havia evitado pela mesma quantidade de dias, tentando não ter que dar uma resposta imediata, tinha muito medo e acabar quebrando mais uma vez sua cara com alguém que não valia a pena, o que não era o caso de .
Naquele dia, por tanto, não tinha saída. Ela se encontraria com ele de uma forma ou outra já que iriam jantar depois do jogo que teria naquela noite.
— ! — disse, abraçando-a assim que ela apareceu no campo antes do jogo começar para dar boa sorte ao amigo. — Você veio.
— Eu não perderia seu primeiro jogo do ano por nada, ! — ela deu um peteleco no amigo.
— Não sei — ele deu de ombros — você anda pulando seus almoços e tempos livres apenas para não ter que lidar com um certo alguém.
apontou com a cabeça bem levemente ao rapaz de cabelos escuros que ela podia ver de longe revirar os olhos para a garota que o perseguia para cima e para baixo, .
— Eu não estou fugindo dele — ela se entregou.
— Ninguém disse que estava — ele mandou uma piscada para a amiga — você só precisa parar de…
— ? — Ela ouviu uma voz chamá-la e ela gelou reconhecendo o rosto que era dono da voz, assim que olhou para trás — é você mesmo, quando tempo.
— Jae — ela disse, surpresa e sua fala morreu aí mesmo.
— Vocês se conhecem? — perguntou, vendo a palidez da garota no momento de ver o rapaz.
— Sim! — Jae respondeu de repente — estudávamos juntos, ela tinha um crush em mim.
— Ainda bem que aqueles anos acabaram, certo? — ela respondeu, se recompondo.
Ficou surpresa com a repentina aproximação do rapaz, mas não sentiu nada do que achou que sentiria se o visse algum dia, ou algum dos seus amigos ou qualquer pessoa que a tivesse feito ficar com aquele trauma ridículo.
— É! — ele disse sem graça.
— Vou procurar o — ela disse a que assentiu, entregando a ela a jaqueta pré jogo que ela sempre usava como símbolo de sorte durante a partida —, vai dar tudo certo, boa sorte!
Ela deu um beijo na bochecha de e se virou para Jae.
— Vocês namoram? — ela já esperava algum comentário vindo dele.
Ambos balançaram a cabeça negativamente, não achando necessário explicar o que eles eram um do outro.
— Foi bom te rever, Jae — ela disse, sorrindo tranquilamente ao rapaz.
— , sobre o que aconteceu na época da escola eu…— ele foi interrompido.
— Está tudo bem, aqueles anos já passaram — ela respondeu, sorrindo — você era imaturo.
Ela se virou e saiu do local, indo em direção a sendo seguida por um par de olhos — além dos de —, interessados no que estava acontecendo.
Assim que o jogo havia terminado, para comemorar a vitória de e seu time todos foram para o campo. Mais uma vez, seu amuleto de sorte havia funcionado, mesmo estando com a cabeça em outro lugar durante toda a partida.
— ? — ela gritou assim que o amigo a abraçou agradecendo pela vitória porque para ele, os créditos eram dela.
— Huh? — ele perguntou, olhando para ela.
— Você viu o ? — ela gritou outra vez.
— Perto da arquibancada com o ! — ele disse, sorrindo. — Vai lá.
sorriu para o amigo, deu um último beijo na bochecha dele o parabenizando antes dele ser engolido pela multidão mais uma vez.
— ! — ela o chamou, fazendo com que seu sorriso surgisse no mesmo momento. — Vamos tentar.
— Huh? — ele perguntou, confuso.
— Eu também gosto de você! — ela respondeu — eu tinha um medo específico que alguém me machucasse justamente porque alguém já havia feito isso, mas hoje eu percebi que ele não existe mais.
— E essa é a minha chance? — ele perguntou, esperançoso.
— E essa é a sua chance! — ela respondeu, sorrindo para ele.
Fim!
Nota da autora: FOFOS DEMAIS! Eu amo esses dois de forma absurda, mesmo eles tendo me dado trabalho para saírem ahahaha espero que tenham gostado, não esqueça de deixar um comentário me dizendo o que achou.
Xoxo Caleonis <3
Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.
Xoxo Caleonis <3