Finalizada em: 20/04/2024

Capítulo Único

❤️‍🩹 When you're down and troubled…



sentiu o vento gélido do rio Tâmisa acariciar seu rosto, secando brevemente as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos.
Por um momento, se permitiu ficar imersa na calma serenidade da água escura do outro lado, se deixando levar pelo som suave que batia contra as margens do lugar. Mas, como uma assombração, a realidade de sua vida lhe puxava de volta para o fato de que era insuportável carregar o peso de suas preocupações e decepções.
De todos os acontecimentos ruins que havia lhe acontecido até então.
Seu peito só doía. Doía, pesava, gritava.
Cada respiração era um esforço enorme, cada batida de seu coração ecoava como um grito de angústia em meio ao silêncio da noite que a assolava nas margens de Londres.
Fechou seus olhos. Queria tanto que tudo fosse mais fácil.
O relacionamento desfeito, as notas baixas na faculdade, o emprego perdido... Todas as feridas abertas sangrando dentro de si, alimentando o ciclo interminável de sua dor que só tinha feito postergar a cada dia que se passava.
Havia engolido tudo por muito tempo.
A frase que Oliver, seu ex namorado, havia lhe dito.
Você não acha que poderia ser mais fácil se cada um de nós seguíssemos sozinhos?
Suas palavras ecoaram na mente da mulher, reverberando e trazendo consigo uma onda de dor e autocrítica. Talvez o problema fosse ela, afinal de contas. Tentando a todo custo conciliar a faculdade com o emprego, que ao menos dava a devida atenção ao relacionamento.
E tudo isso havia resultado em apenas três coisas; o término, a nota baixa em algumas matérias e a demissão no trabalho.
Fungou um pouco mais alto.
Se perguntava se poderia ter feito algo diferente, se poderia ter sido mais forte, mais organizada, mais capaz de manter tudo junto.
— Talvez você esteja certo, Oliver — disse para si mesma, a voz embargada pelo choro. — Tudo seria mais fácil se eu estivesse sozinha mesmo.
Com a beirada do suéter, secou o rosto molhado e vermelho pelo frio.
Sua cabeça estava afundando em um turbilhão de pensamentos medonhos e lúgubres, que só ela entendia o real significado de cada palavra. Quase como se estivesse à beira de um abismo emocional, questionando suas escolhas, sua força e sua capacidade de lidar com as catástrofes da vida.
Se culpando o tempo inteiro. O eco das próprias palavras parecia pesar em seus ombros enquanto se debatia internamente. A solidão parecia uma alternativa muito mais fácil, uma maneira de poupar os outros de suas lamentações e fraquezas. Mas, ao mesmo tempo, havia um nó em sua garganta, uma dor intensa por saber que talvez não valesse tão à pena assim.
, naquele momento, se achava uma perda de tempo para qualquer que fosse a pessoa.
O vazio ao seu redor parecia ecoar seus próprios sentimentos de desespero. Em meio à escuridão do Tâmisa, se sentia como uma sombra de si mesma, uma presença insignificante no mundo.
A voz crítica em sua mente continuava a sussurrar que era uma carga que ninguém merecia carregar.
Seu peito apertou outra vez, desta mais intensa.
Uma sensação avassaladora de ansiedade começava a se manifestar. Sua respiração oscilava, as mãos tremiam incontrolavelmente. Uma vertigem a envolvia, fazendo com que o mundo ao seu redor parecesse girar em espirais caóticas.
lutou para se agarrar à sanidade enquanto a ansiedade começava a envolver, como uma névoa sufocante. Cada batida do coração parecia um tambor ressoando em seus ouvidos, ameaçando afogá-la em pânico.
Precisava respirar. Precisava urgentemente respirar.
Foi quando sua visão começou a escurecer e o corpo quase cedeu, que ela o viu.
Parecia mais um borrão abstrato, sem qualquer definição.
Fazia todo o esforço possível para focar sua visão e, quando o coração desacelerou levemente, notou que talvez conhecesse a pessoa que a segurava.
E não poderia ser qualquer outra que não fosse .
Por um segundo achou que estava delirando já que, o que conhecia, havia sumido há tanto tempo que a mulher quase perdeu as esperanças de vê-lo outra vez. Quase se esqueceu de seu rosto.
Do rosto da pessoa que lhe fez companhia a maior parte de sua infância e adolescência. A pessoa que intitulava como melhor amigo na maior parte do tempo.
?
A voz trêmula da mulher ecoou pelo ar.
O sorriso leve nos lábios dele, mesmo que marcado pela preocupação, era como uma luz no fim do túnel, a guiando para fora da escuridão que a havia envolvido. E, enquanto continuava a segurá-la, a mantendo firme em seus braços quase como se fosse um erro soltá-la outra vez, sentiu uma sensação de pertencimento.
Como se, finalmente, estivesse em casa.
— Oi, .





Fim.



Nota da autora: Oi, pessoal! Aqui estou com mais uma fic para vocês! Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar um pequeno feedback com o que acharam!
E para quem se interessar em outras histórias minhas, o link da minha página de autora vai estar logo aqui embaixo. Um beijão a todas, e volte sempre <3





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