Finalizada em: 14/05/2020

Capítulo Único

EXCLUSIVO: Fim do Casal Hollywood?

URGENTE! null null e null null terminam. Johnny James é apontado como pivô.

Johnny James pode ter sido o culpado por fim do relacionamento do casal mais querido de Hollywood. Saiba mais!

Apesar da estrutura da construção, os gritos podiam ser ouvidos do lado de fora do apartamento.
null e null começaram a discutir logo no início daquela noite, mas foram interrompidos por Alice, melhor amiga e parceira de apartamento de null. Alice havia conseguido acalmar os ânimos do casal, mas bastou que a garota saísse para que a discussão voltasse, e voltasse ainda pior.
— Eu não aguento mais isso, null! — null gritou. — É sempre a mesma coisa, cada dia uma notícia nova, uma surpresa desagradável. Mas que merda!
— Ei, para de gritar! — ela pediu, também alterando o tom de voz.
— Eu só estou respondendo à altura, afinal, quem começou a gritar foi você!
E então ambos pararam de gritar. E só perceberam o quão alto falavam um com o outro, quando as gargantas começaram a arder e a respiração ficou completamente pesada, rápida, difícil.
— Eu nunca quis causar nada disso.
null já não gritava mais. Em parte por estar cansada de brigas, em parte por querer colocar seriedade na voz, para que null acreditasse nela.
Mas ele não acreditava.
— Você sabia muito bem o que estava fazendo quando tomou essa decisão.
— Sim, eu sabia. — ela disse com firmeza. — Estava correndo atrás do meu sonho.
null morava na avenida Hollywood Boulevard, localizada no bairro de Hollywood, em Los Angeles, um dos bairros mais caros do estado da Califórnia. A mulher sabia que o valor que ela pagava no aluguel do seu apartamento faria com que seu pai infartasse várias vezes, se ele soubesse.
Ela sempre sonhou em ser atriz e viver na frente dos holofotes. Desde pequena, correu atrás dos seus sonhos, e mesmo depois de ter alcançado alguns deles, ela continuava correndo atrás de outros objetivos.
— Você só pode estar brincando. — null claramente estava tentando controlar o tom de voz, mas estava difícil. — Vem cá, null, por acaso eu sou uma piada para você?
null ficou tensa.
— Nunca. E você sabe muito bem disso.
— Sei mesmo?
null, você está me ofendendo…
null não era o tipo de cara que costumava ser irônico. Além disso, apesar de estarem juntos há anos, null mal conseguia se lembrar qual tinha sido a última vez que eles haviam brigado. Talvez eles nunca o tivessem, pelo menos não como agora.
— Eu quero saber o que você estava fazendo com Johnny. — ele disse rápido, firme.
— Estava trabalhando.
Aquilo era verdade. E null já estava cansada de responder àquela pergunta.
— Tarde da noite? — ele perguntou, novamente usando um tom irônico que nem mesmo null conhecia.
— Nós estávamos em uma reunião! Tinha mais gente junto, inclusive.
null estava perdendo a paciência. Seu controle estava por um fio, e ela sabia que logo mais os tons iriam se alterar novamente. A briga deles parecia um ciclo sem fim, com perguntas repetidas e respostas iguais. null não gostava das explicações de null, e ela, por outro lado, não podia fazer nada quanto a isto.
— Reunião de trabalho, null?
— Johnny me chamou para estrelar no novo filme que ele está produzindo! — ela disse alto, quase gritando.
— E você foi correndo, né? — null acompanhou perguntou gritando.
A mulher precisou respirar fundo. Puxou o ar lentamente e o soltou com força, tentando controlar os batimentos cardíacos e manter o tom de voz mais baixo. Eles não podiam continuar gritando assim, pelo amor de Deus. Eles nunca brigaram.
null, ele é um dos maiores produtores de Hollywood, atualmente. — ela tentou explicar.
— E você já não precisa fazer todo trabalho que te aparecer pela frente. — ele rebateu.
De fato, null havia alcançado um patamar na sua carreira, que ela podia escolher com o que trabalhar e quais propostas recusar. Ela não era mais uma garotinha batalhando por espaço, aberta a aceitar qualquer trabalho que lhe aparecesse na frente.
— Não, eu não preciso. E é por isso que eu escolhi dizer sim para Johnny, quando ele me convidou.
Foi a vez de null ficar em silêncio. As palavras lhe faltaram. null ficou tão surpreso com a fala dela, que, por um segundo, esqueceu-se do motivo daquela briga toda.
Quer dizer… Quer dizer então… Que null tinha escolhido trabalhar com ele. Trabalhar com Johnny. Com…
null… Você está me traindo?
A atriz começou a rir. Não um riso engraçado, como quem acaba de ouvir uma piada. Mas um riso incrédulo, nervoso. Porque ela não acreditava que tinha acabado de ouvir o que ela pensava ter escutado.
null, isso não é engraçado.
— Engraçado? — ela perguntou ainda rindo, agora ironicamente. — Isso é ridículo, null! Quer dizer… O que você está querendo dizer com isso?
— Exatamente o que eu disse.
null deu um passo para frente, ficando cara a cara com a mulher com quem tinha partilhado seus últimos anos. Olhou no fundo dos olhos dela, e disse:
null, eu nunca menti para você. Nunca. E acredito que você nunca tenha mentido para mim também. Então, por favor, se tiver algo para me dizer, diga.
null estava mesmo desconfiando dela?
A mulher precisou passar os dedos entre os fios dos cabelos. A vontade de gritar era enorme. Ela precisava extravasar. Estava com raiva, estava confusa. Como as coisas haviam chegado àquele ponto?!
— Fala sério, null! É claro que eu não estou traindo você!
A necessidade dela ter que falar isso em voz alta, por si só, já era absurdo.
— Só porque voltei a trabalhar com Johnny, não significa que também voltei a me relacionar com ele!
E por mais que null nunca tivesse dado margem para que null desconfiasse da sua palavra, naquele momento, ele já não sabia no que acreditar.
null se lembrava muito bem de quando tinha conhecido null. Ela havia acabado de alcançar o auge da sua carreira, estava nas capas de todas as revistas e passou a ser convidada para compor o elenco da maior parte dos filmes de romance de Hollywood. O preço de null subiu rapidamente, chegando a ser eleita a atriz que mais faturou em um ano.
null e null se conheceram em uma campanha publicitária, e ficaram muito próximos, especialmente quando null enxergou em null uma pessoa confiável o bastante para desabafar sobre o término do seu relacionamento, o qual não chegou ao fim nos melhores termos.
Johnny e null viviam em pé de guerra quase diariamente, e quando o relacionamento ficou insustentável, null pediu para terminar. Johnny não aceitou o fim do namoro. E para se vingar, ele escolheu espalhar notícias falsas para os principais canais de comunicação, fazendo com que null perdesse a maioria dos seus contratos.
A carreira dela quase foi para o lixo, e a culpa foi inteira de Johnny.
Apesar de Johnny ter admitido a sua culpa em relação às armações que fizera contra null, e ter pedido perdão, várias vezes, e em vários veículos de comunicação, o estrago já estava feito.
A atriz precisou reconstruir a sua carreira quase do zero. E, desde então, eles nunca mais se falaram, nem mesmo chegaram perto de trabalharem juntos.
Naquela época, null viu em null uma pessoa na qual ela podia confiar. Encontrou nele a calmaria que ela nunca tivera com Johnny, o conforto e a segurança que ela sempre procurou em um relacionamento. null foi essencial para que null encontrasse forças para se reerguer, e ela sempre seria grata por isso.
E então, depois de anos, Johnny voltou a falar com ela. Sem intenções de voltarem a se relacionar, sem joguinhos ou gracinhas. Ela sabia que Johnny não estava procurando pela null mulher, mas pela null atriz. Mas null não parecia acreditar nisso.
null… Eu nunca menti para você. Nunca, até hoje. Mas você…
— Eu não estou mentindo!
— Você está fazendo pior! — ele disse exasperado. — Está dizendo que prefere trabalhar ao lado do Johnny, mesmo sabendo o quão mal ele te fez e como ele quase destruiu a sua carreira anos atrás! Caramba! — ele bateu as mãos nas pernas. — Será que preciso te lembrar de toda a merda que ele já fez?
null fechou a cara na hora.
— Não, não precisa. Eu me lembro muito bem, obrigada.
A verdade é que null ainda tinha pesadelos com as conversas que tivera com a sua empresária na época. O medo de perder tudo o que conquistou com tanto esforço… As entrevistas que precisou dar, entrevistas estas que foram precisamente arquitetadas, já que nenhuma palavra poderia ser dita de forma contrária ao ensaiado. Trabalhos que ela precisou aceitar, mesmo não querendo, apenas para que o seu nome continuasse em evidência… Sim, ela se lembrava muito bem de tudo aquilo.
Mas isso não mudava o seu posicionamento sobre trabalhar com Johnny agora.
Quer dizer, é claro que null não confiava em Johnny. Tampouco gostava dele. Mas Johnny era um homem influente, e era um dos maiores produtores da atualidade. Trabalhar com ele iria ajudá-la a alavancar ainda mais a sua carreira. Johnny era uma péssima pessoa, mas um excelente profissional. Seu nome tinha uma força enorme no cinema internacional, por sempre produzir projetos incríveis. E null queria participar desses projetos.
— E então?
— E então o quê, null?
— E então você, ainda assim, vai trabalhar com ele?
null se sentia colocada contra a parede, interrogada. E ela não gostava de se sentir assim.
— Sim, eu vou. — disse firme, dessa vez sem alterar o tom de voz. — Sou uma mulher independente e que conseguiu chegar, sozinha, onde estou. Sempre ouvi minha intuição e escolhi com cuidado e carinho cada um dos trabalhos em que participei. E é assim que eu vou continuar.
null fechou os lábios com força. Absorveu cada uma das palavras dela e as repetiu na cabeça. Apesar de não gostar do rumo que seus pensamentos estavam tomando, e nem na conclusão que ele estava chegando. Mas não tinha outro jeito. null havia escolhido um caminho para seguir, e ele teria que escolher o dele.
— Certo. Então… Então eu quero terminar.
null nada conseguiu fazer que não fosse engolir em seco. As barreiras que ela construiu foram todas destruídas. De tudo o que ela esperava ouvir de null, aquilo era o menos provável.
— Ah, null… Não comece com drama…
— Não, não, não. — ele a interrompeu. — Não é drama. Se você vai mesmo trabalhar com o cara que quase destruiu a sua carreira, eu não quero estar por perto para ver isso.
null estava decidido. Não tinha a voz alterada e nem duvidosa, e isso era o que mais incomodava null. Ele não poderia estar falando sério… Poderia?
A mulher deu dois passos, aproximando-se dele. Pegou nas mãos de null, e disse:
null… Não faça isso com a gente.
Mas ele já não queria aquela aproximação. E por esse motivo, ele soltou as suas mãos das dela, e deu dois passos para trás.
— Você é quem está fazendo, null, não eu.
— Mas por que isso agora?!
— É bem simples. — ele disse. — Porque assim que você voltar a trabalhar com ele, rumores vão surgir. A fama do Johnny é grande, e não estou falando sobre a fama dele como produtor. Eu não quero ter o meu nome envolvido nisso.
E então as coisas começaram a tomar outro sentido para null — e por esse motivo ela começou a ficar nervosa e com a voz alterada de novo.
— Ah, então você só está preocupado com o seu nome. — não foi uma pergunta.
— Não, eu estou preocupado com você, especialmente porque você não parece nenhum pouco preocupada com o seu nome. E eu não quero me envolver nesse drama.
null tentou abaixar o tom de voz de novo, apenas para manter a seriedade e mostrar ao homem o quão absurdo era o que ele estava falando.
null, isso é ridículo. Você está querendo controlar o que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida, e isso eu não vou permitir.
Ele passou a mão no rosto. Levou os dedos aos cabelos, olhou para cima, pensando em como deixar claro a posição, sem margem para dúvidas.
— Não, eu não quero te controlar. Eu apenas quero que você abra os olhos para a merda que está fazendo.
Palavras erradas. null não gostava quando alguém criticava suas escolhas.
— Que merda, null? Que merda? É a minha carreira, caramba!
— Tudo bem, então. Você escolhe que caminho seguir na sua carreira, e eu escolho que caminho seguir para a minha. — ele disse sério. — Não quero o meu nome associado ao de Johnny.
null, então, deu um passo à frente. Esticou o pescoço e franziu a testa. Um pensamento novo passou pela sua cabeça.
— Por acaso isso é ciúmes, null? — porque se fosse, aquela discussão toda seria duas vezes mais ridícula.
— Não vou negar que não gosto da ideia de ver a minha namorada trabalhando com o ex todos os dias. — ele disse sincero. — Mas o pior é que eu não quero ver a minha namorada sendo manipulada por um cara sem escrúpulos, que já deixou claro, mais de uma vez, que não vale nada. Também não quero ficar ao lado de uma pessoa que prefere se arriscar no incerto, ignorando completamente a minha opinião. Eu não preciso disso, null.
E num ato decisivo, antes que null dissesse algo que pudesse fazê-lo mudar de ideia, null pegou a sua jaqueta e foi até a porta.
— Você não pode estar falando sério!
Ele virou-se para ela, uma última vez. Seu peito doía e a voz quase ficou presa na garganta. Questionou-se sobre o que estava fazendo, se estava tomando a decisão correta, se não estava sendo precipitado. E por mais que não tivesse as respostas para essas perguntas, naquele momento, ir embora era a única coisa que null julgava ser certo.
— Eu nunca falei tão sério na minha vida. Nunca menti para você, até hoje. Estou sendo cem por cento honesto com você, null.
Aquela foi a primeira vez, na noite, que null sentiu os olhos lacrimejarem.
— Nunca pensei que a honestidade pudesse doer tanto.
— Eu também não. — ele deu um pequeno sorriso fraco, sem dentes, sem ânimo.
null abriu a porta e foi embora, sem olhar para trás, e sem ouvir o que mais null pudesse ter para dizer para ele.
Ao ouvir o som da porta batendo, null levou um baque. A ficha tinha acabado de cair. null tinha ido embora, não apenas da sua casa, mas da sua vida.
null nunca quis quebrar o coração dele, tampouco terminar o que eles tinham.
Será que estava errada? Que sua decisão devesse ter sido melhor pensada? Ao longo de sua carreira, null precisou tomar diversas decisões, sendo quase todas muitíssimo difíceis. E, aparentemente, aquela escolha seria mais uma das que ela só saberia os resultados com o tempo.
null estava disposta a dar a cara a tapa. Foi assim no início da sua carreira e continuava sendo dessa forma até os dias atuais. E se ela tivesse que seguir sozinha, que assim fosse. Afinal, null havia saído pela porta da sua vida, e talvez nunca mais voltasse.





FIM!



Nota da autora: É a primeira vez que escrevo mais de uma música em um ficstape, e descobri o porquê de nunca ter feito antes: é muito difícil AAAAA. Mas está aqui, entregue.  Espero que tenham gostado dessa fanfic, e não deixem de ler a outra, que é a 06. Love Somebody (que tá um xuxuzinho, haha). 
Deixem um comentário cheio de amor, e recomendem a fanfic para todas as suas amigas que também são lindas e perfeitas ️
Beijos de luz
Angel




Outras Fanfics:
Finalizadas:
Ainda Lembro de Você

Em andamento:
It’s Always Been You

Shortfics:
21 MonthsAccidentally in Love IAccidentally in Love IIAinda Lembro de NósBabá TemporáriaBeautifuly DeliciousBecause of the WarCafé com ChocolateElementalGive Love a TryO Amor da Minha VidaO Conto da SereiaO Garoto do MetrôReencontro de NatalRefrigerante de CerejaRumorShe Was PrettySorry SorrySuddenly Love ISuddenly Love IIWelcome to a new wordWhen We Met

Ficstapes:
02. Cool 05. Paradise 06. Every Road 07. Face 10. What If I 11. Woke Up in Japan 12. Epilogue: Young Forever 15. Does Your Mother Know

MVs:
MV: Change MV: Run & Run MV: Hola Hola

Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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