Prólogo
A tarde estava tranquila, se encontrava deitada no gramado de seu jardim, lendo um livro qualquer, mas sem prestar muita atenção. Estava mais preocupada com a mensagem repentina de que lhe dizia estar a caminho de sua casa para terem uma conversa que não podia ser adiada. Tentou imaginar mil motivos para ele querer aquilo tão de repente naquele domingo pacato da cidade, mas não se recordou de nada.
Não demorou muito para que ele aparecesse em seu portão com a famosa bicicleta verde, estava usando uma roupa qualquer e todo suado, devido ao sol daquele verão. lhe deu um beijo casto nos lábios e se sentou ao seu lado, deixou o livro de lado e passou a olhar para o namorado com cautela, tentando ler seus pensamentos. Percebeu que ele não saberia como começar aquela conversa, então resolveu o encorajar:
- Seja o que for eu aguento… - disse baixo.
a olhou e mordeu os lábios, respirou fundo e limpou o suor da testa com a costa da mão. Então, de uma vez só, disse:
- Eu recebi uma proposta do , para a próxima temporada.
soltou um gritinho histérico e se jogou nos braços do namorado, dando-lhe diversos beijos no rosto e nos lábios.
- Meu Deus! - ela disse ao se recompor. - E quando você deve ir pra lá?
- Eu não sei se vou, … - ele coçou a cabeça entortando os lábios.
- Como assim não sabe ? - a voz de se sobressaiu.
- Se eu for ficaremos longe um do outro. - respondeu rápido. - Não quero, não agora que estamos bem e felizes. Não posso te perder, amor.
Ela lhe deu um beijo demorado e levou uma mão em sua bochecha, ficou um tempo o olhando e antes de dizer algo mordeu os lábios. não suportaria ver o namorado perder a chance de sua vida de jogar em um grande time, como era em seus sonhos, por culpa dela.
- Você vai ir. - se endireitou e recolheu a mão. - No final do ano eu irei morar na capital com você, posso fazer minha faculdade lá. Não serão muitos meses longe, .
- Eu não posso te pedir isso, .
- , você não está pedindo nada. – depositou um beijo em seus lábios – Acha mesmo que eu conseguiria ficar longe de você?
e eram namorados desde sempre. Tudo começou com uma simples amizade quando tinham dez anos de idade, e aos quinze, acabou se tornando mais que isso. Na festa de quinze anos da garota, eles deram o seu primeiro beijo e bem, depois daquilo não tinha como negar de que e eram feitos um para o outro. Sempre apoiando um ao outro e deixando que a amizade fosse a relação mais sincera entre os dois.
- Eu não sei o que seria de mim sem você... – fixou seus olhos nos dela.
- Você ainda seria a pessoa maravilhosa que é! – ela o repreendeu carinhosamente. – A única diferença é que tanto eu quanto você estamos nessa relação para somar, logo, somando um mais um, dá dois... Esse é o diferencial de nós. A nossa somatória faz toda a diferença. – o deu um selinho demorado.
- Eu te amo! – os dois disseram juntos, por uns segundos se encarando caíram em gargalhada.
Não demorou muito para que ele aparecesse em seu portão com a famosa bicicleta verde, estava usando uma roupa qualquer e todo suado, devido ao sol daquele verão. lhe deu um beijo casto nos lábios e se sentou ao seu lado, deixou o livro de lado e passou a olhar para o namorado com cautela, tentando ler seus pensamentos. Percebeu que ele não saberia como começar aquela conversa, então resolveu o encorajar:
- Seja o que for eu aguento… - disse baixo.
a olhou e mordeu os lábios, respirou fundo e limpou o suor da testa com a costa da mão. Então, de uma vez só, disse:
- Eu recebi uma proposta do , para a próxima temporada.
soltou um gritinho histérico e se jogou nos braços do namorado, dando-lhe diversos beijos no rosto e nos lábios.
- Meu Deus! - ela disse ao se recompor. - E quando você deve ir pra lá?
- Eu não sei se vou, … - ele coçou a cabeça entortando os lábios.
- Como assim não sabe ? - a voz de se sobressaiu.
- Se eu for ficaremos longe um do outro. - respondeu rápido. - Não quero, não agora que estamos bem e felizes. Não posso te perder, amor.
Ela lhe deu um beijo demorado e levou uma mão em sua bochecha, ficou um tempo o olhando e antes de dizer algo mordeu os lábios. não suportaria ver o namorado perder a chance de sua vida de jogar em um grande time, como era em seus sonhos, por culpa dela.
- Você vai ir. - se endireitou e recolheu a mão. - No final do ano eu irei morar na capital com você, posso fazer minha faculdade lá. Não serão muitos meses longe, .
- Eu não posso te pedir isso, .
- , você não está pedindo nada. – depositou um beijo em seus lábios – Acha mesmo que eu conseguiria ficar longe de você?
e eram namorados desde sempre. Tudo começou com uma simples amizade quando tinham dez anos de idade, e aos quinze, acabou se tornando mais que isso. Na festa de quinze anos da garota, eles deram o seu primeiro beijo e bem, depois daquilo não tinha como negar de que e eram feitos um para o outro. Sempre apoiando um ao outro e deixando que a amizade fosse a relação mais sincera entre os dois.
- Eu não sei o que seria de mim sem você... – fixou seus olhos nos dela.
- Você ainda seria a pessoa maravilhosa que é! – ela o repreendeu carinhosamente. – A única diferença é que tanto eu quanto você estamos nessa relação para somar, logo, somando um mais um, dá dois... Esse é o diferencial de nós. A nossa somatória faz toda a diferença. – o deu um selinho demorado.
- Eu te amo! – os dois disseram juntos, por uns segundos se encarando caíram em gargalhada.
Capítulo Unico
acordou e sem coragem para levantar, apenas olhava para o teto e refletia sobre tudo que estava acontecendo. Aquilo não era um sonho, tudo aquilo que estava acontecendo, toda aquela dor que estava sendo era realidade
Ela nunca achou que viveria esse momento, nunca pensou que perderia perder a pessoa que mais amava nesse mundo, a pessoa que sempre a apoiou, que estava lá em todos os momentos.
E agora ela estava se preparando pra dizer o último adeus, estava indo despedir do homem de sua vida pela última vez.
O velório aconteceria no estádio da cidade, o estádio que o time jogava. Todas as lembranças começaram a passar pela cabeça de de uma só vez, incluindo a lembrança de quando chegou na cidade.
Alguns meses longe, fez com que sentisse uma saudade imensa de . Era completamente surreal a ansiedade que assolava seu peito quando se tratava dele. Não conseguia conter o sorriso ao pensar como sua ausência a deixava exposta, vulnerável e lhe provava o quão dependente dele ela se tornara. Ele a fazia se sentir completa, compreendida, amada...
Durante todo o trajeto de ônibus a capital, até Rio de Janeiro, ela trocou mensagens com o namorado. Estava se mudando para a cidade, havia conseguido uma vaga na Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursaria jornalismo e assim como planejado quando assinou o contrato para ir definitivamente jogar no e morar no Rio, moraria com ele no apartamento que o mesmo estava alugando – com o salário ganho no clube. Ambos estavam animados com a ideia.
Por mais que o relacionamento de e fosse algo certo e verdadeiro, não fora tão fácil convencer os pais dela que dividir a moraria com o namorado era uma boa ideia. Eles podiam confiar na responsabilidade deles, mas ainda era a única filha, seria anormal se a proteção paternal não existisse. E isso não impediu que seu pai e sua mãe a levassem até a rodoviária e a colocassem no ônibus, esperando até ela sair por definitivo.
Agora, por fim, ela descia os degraus da saída do veículo, vendo mais a sua frente um grupo de rapazes usando camisetas do e um deles segurava um cartaz com os dizeres “Seja bem vinda, meu amor”. Não precisou de muito para ela sair correndo em direção aos braços dele, sendo erguida do chão e sentindo as borboletas no estômago.
- Como eu senti tanto a sua falta! – foi o primeiro a dizer, recebendo um sorriso bem aberto de ce.
- Eu também, meu amor... eu também! – selou os lábios do namorado com tamanha necessidade.
Se não fosse por sua mãe, nunca teria tido disposição para levantar da cama e finalmente tomar seu banho, pois tudo que queria era ficar deitada em sua cama e chorar, mas nunca pensou que precisaria de até quando chorasse. Ela sabia que tinha que ser forte, tinha que ser forte pelos seus filhos que também sentiam a falta do pai e precisavam da mãe nesse momento. Os pequenos tinham apenas 4 anos de idade e eram muito apegados ao pai.
Já de banho tomado, se olhava no espelho, finalmente colocando a camisa do com o número e o nome de . Aquela era uma camisa muito importante para , estava vestindo aquela camisa quando o time ganhou o campeonato, foi a camisa que estava usando quando contou que estava grávida.
Ansiedade sempre fora uma constante presente na vida de , principalmente quando tinha jogos importantes. Ela andava de um lado para outro em qualquer que fosse o lugar, tremia e não conseguia comer ou comia demais; passava o mal que não passava dentro de campo e apertava freneticamente a pulseirinha com um pingente de bola, bem delicado, que ganhara do mesmo. Era um tipo de amuleto especial para dar sorte.
Não era o primeiro jogo, tão pouco o último, porém, estava pela primeira vez disputando um campeonato da primeira divisão. E, pasmem, em um time grande. Além de – pasmem novamente – ser a final de um campeonato nacional muito importante: Brasileirão. E naquele jogo, infelizmente ele entraria no banco de reserva. Por isso, na arquibancada, próximo ao banco dos times, estava para ter uma síncope, principalmente após entrar no lugar de Lucas faltando sete minutos para o final do segundo tempo regular já com cinco minutos de acréscimos, se posicionando no ataque, garantindo o desempate do jogo. O juiz então apitou, respirou aliviada e menos ansiosa.
O jogo havia sido ganho, era o primeiro grande campeonato de e ele tinha sido de extrema importância para o time. A forma como vinha conseguindo se mostrar o excelente atacante que era, fazia com que o orgulho de só aumentava. O apoio dela era de suma importância, com certeza. Por mais que ela tivesse provas, trabalhos, atividades e afins da faculdade, se desdobrava para estar nos jogos importantes o apoiando e nunca faltando com seu apoio.
Quando os jogadores começaram a se unir para seguirem até a parte do público que estavam suas esposas e famílias, não evitou o automático de colocar a mão na barriga. Em seu ventre a ansiedade tinha outro nome, ou melhor, dois. Aquele seria o dia perfeito para dizer à que os dois teriam mais duas companhias, um casal de gêmeos que chegariam em mais ou menos seis meses para completar a vida do casal.
Com a ajuda de ela pulou para dentro do campo, levando consigo a pequena caixa embrulhada que tinha sua forma de surpresa para .
- Parabéns meu amor! – disse abraçando-o. Mesmo ele estando suado ela não se importava, segurou no rosto do namorado e o beijou com a intenção de lhe trespassar a alegria que sentia.
- Você sabe que é um dos maiores motivos para o meu sucesso, não sabe? – a olhou nos olhos, deixando seus narizes colados e sentindo o perfume de ameixa vindo de sua pele.
- Eu faço o meu melhor por você. – ela sorriu e o afastou, estendendo a caixinha preta com um laço vermelho. – Pra você, espero que goste.
pegou a caixa com cuidado e abriu, sem dificuldades pela tampa ser apenas encaixada. O papel seda preto tampava o conteúdo, antes de prosseguir e descobrir o que era, olhou para e a mesma apenas acenou positivo com a cabeça, o incentivando a continuar. E ele o fez, sentindo seu coração acelerar mais a cada ponto que era ligado. No meio do papel seda havia dois pares de mini chuteiras na cor branca e no fundo estava escrito “Parabéns papai, você é o nosso campeão”.
Os olhos de não bloquearam qualquer enxurrada de lágrimas, e nem as emoções. Quando deu-se por si, estava gritando em plenos pulmões que seria pai de gêmeos. Aquilo era uma loucura, mas valeria a pena se fosse com .
Na gravidez, tomou a decisão de abandonar a faculdade para que pudesse se dedicar completamente aos seus filhos, que eram dois gêmeos, uma menina e um menino. A gravidez da garota foi muito tranquila e ela sempre era mimada pelo namorado e pelos companheiros de time do mesmo. Olhou para cômoda ao seu lado e viu a foto do dia mais feliz da vida dos dois: O dia do nascimento dos filhos e o dia em que foi finalmente pedida em casamento por erico).
Há quem diga que cólica menstrual é uma dor insuportável e há quem garanta uma controvérsia: que o parto normal é mil vezes pior. estava na segunda estatística, depois de muito reclamar pelas cólicas impiedosas, sentiu na pele o que era a dor de um parto normal. Estava naquela maca, respirando como um “cachorrinho” e ainda tinha o segundo filho para sair: Heitor. Louise já estava aos berros sendo pesada, enquanto deixava segurar sua mão de forma completamente apertada, para lhe dar segurança, pois ainda precisava de forças para fazer o segundo bebê sair.
- Vamos amor, respira...
- Porra ! Eu tô respirando. – se descontrolou, soltando um grito e fazendo força logo em seguida.
Ver naquela situação o deixou dividido entre nervoso, eufórico e extasiado. Nervoso por ver o sofrimento da amada para parir seus filhos, estando suada e cansada... talvez exausta para qualquer coisa. Eufórico pelo momento; por muita bondade do clube conseguira três dias de folga para ficar com a mulher e os filhos, estava em treino quando ela o ligou ordenando que a encontrasse no hospital e assim ele fora dispensado. Extasiado por ver a mulher que tanto ama dar luz à dois seres que passaram a ser a razão de seu viver; o amor envolvido entre aquelas vidas era muito forte e bonito. Por isso que quando ouviu o choro do segundo filho e foi acordado por uma toda chorosa e menos reclamona, decidiu deixar seu coração falar e apenas emitir em voz o que ele queria.
- Casa comigo? – a olhou fixamente nos olhos, ainda segurando sua mão.
Mas o sorriso do rosto de ao lembrar-se da noite em que seus filhos nasceram, desapareceu completamente ao se recordar de 4 dias atrás, em que recebeu a noticia que o avião que o time de havia caído. Era um dia feliz, o time estava indo disputar o mundial, estava tudo uma festa. tinha ido antes com seus filhos em um avião junto com a família dos outros jogadores.
finalmente colocou os gêmeos para dormir e quando ia para sua cama para que pudesse descansar também, ouviu alguém batendo na porta desesperadamente e logo abriu um sorriso, achando que havia chegado e queria fazer mais uma de suas brincadeiras. Mas o seu sorriso desapareceu completamente quando abriu a porta e deu de cara com Tina, a esposa de um colega de , com um olhar desesperado e os olhos cheios de lagrimas.
- Tina? – disse preocupada – O que aconteceu.
- ... – ela tentava falar, mas não conseguia, apenas chorava.
- Tina, você esta me assustando, o que aconteceu?
- O avião do time, .
- O que tem o avião, Tina? – As lagrimas já começaram a sair dos olhos de , pois ela sabia o que poderia ter acontecido.
- Ele caiu, foi encontrado caído nessa madrugada.
O mundo de desmoronou nesse momento, ela não sabia o que fazer, não sabia o que dizer. Ela apenas se jogou no chão e começou a chorar, sendo acompanhada por Tina, que também se juntou a ela para chorar.
Elas saíram do quarto para não acordar os gêmeos e foram até a recepção, onde estavam o resto da família dos jogadores, todos com lagrimas nos olhos e desesperados. se aproximou mais da televisão, que apesar de ser em outro país estava em um canal brasileiro, e viu o avião caído e em meio dele o resgate tentando tirar os jogadores de dentro dele.
- A notícia que chegou até a mim agora – disse o repórter -, foi que acharam apenas dois corpos: Um do goleiro do time e outro do atacante, ambos infelizmente sem vida.
O velório aconteceria no estádio da cidade, o estádio que o time jogava. Todas as lembranças começaram a passar pela cabeça de de uma só vez, incluindo a lembrança de quando chegou na cidade.
Alguns meses longe, fez com que sentisse uma saudade imensa de . Era completamente surreal a ansiedade que assolava seu peito quando se tratava dele. Não conseguia conter o sorriso ao pensar como sua ausência a deixava exposta, vulnerável e lhe provava o quão dependente dele ela se tornara. Ele a fazia se sentir completa, compreendida, amada...
Durante todo o trajeto de ônibus a capital, até Rio de Janeiro, ela trocou mensagens com o namorado. Estava se mudando para a cidade, havia conseguido uma vaga na Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursaria jornalismo e assim como planejado quando assinou o contrato para ir definitivamente jogar no e morar no Rio, moraria com ele no apartamento que o mesmo estava alugando – com o salário ganho no clube. Ambos estavam animados com a ideia.
Por mais que o relacionamento de e fosse algo certo e verdadeiro, não fora tão fácil convencer os pais dela que dividir a moraria com o namorado era uma boa ideia. Eles podiam confiar na responsabilidade deles, mas ainda era a única filha, seria anormal se a proteção paternal não existisse. E isso não impediu que seu pai e sua mãe a levassem até a rodoviária e a colocassem no ônibus, esperando até ela sair por definitivo.
Agora, por fim, ela descia os degraus da saída do veículo, vendo mais a sua frente um grupo de rapazes usando camisetas do e um deles segurava um cartaz com os dizeres “Seja bem vinda, meu amor”. Não precisou de muito para ela sair correndo em direção aos braços dele, sendo erguida do chão e sentindo as borboletas no estômago.
- Como eu senti tanto a sua falta! – foi o primeiro a dizer, recebendo um sorriso bem aberto de ce.
- Eu também, meu amor... eu também! – selou os lábios do namorado com tamanha necessidade.
Se não fosse por sua mãe, nunca teria tido disposição para levantar da cama e finalmente tomar seu banho, pois tudo que queria era ficar deitada em sua cama e chorar, mas nunca pensou que precisaria de até quando chorasse. Ela sabia que tinha que ser forte, tinha que ser forte pelos seus filhos que também sentiam a falta do pai e precisavam da mãe nesse momento. Os pequenos tinham apenas 4 anos de idade e eram muito apegados ao pai.
Já de banho tomado, se olhava no espelho, finalmente colocando a camisa do com o número e o nome de . Aquela era uma camisa muito importante para , estava vestindo aquela camisa quando o time ganhou o campeonato, foi a camisa que estava usando quando contou que estava grávida.
Ansiedade sempre fora uma constante presente na vida de , principalmente quando tinha jogos importantes. Ela andava de um lado para outro em qualquer que fosse o lugar, tremia e não conseguia comer ou comia demais; passava o mal que não passava dentro de campo e apertava freneticamente a pulseirinha com um pingente de bola, bem delicado, que ganhara do mesmo. Era um tipo de amuleto especial para dar sorte.
Não era o primeiro jogo, tão pouco o último, porém, estava pela primeira vez disputando um campeonato da primeira divisão. E, pasmem, em um time grande. Além de – pasmem novamente – ser a final de um campeonato nacional muito importante: Brasileirão. E naquele jogo, infelizmente ele entraria no banco de reserva. Por isso, na arquibancada, próximo ao banco dos times, estava para ter uma síncope, principalmente após entrar no lugar de Lucas faltando sete minutos para o final do segundo tempo regular já com cinco minutos de acréscimos, se posicionando no ataque, garantindo o desempate do jogo. O juiz então apitou, respirou aliviada e menos ansiosa.
O jogo havia sido ganho, era o primeiro grande campeonato de e ele tinha sido de extrema importância para o time. A forma como vinha conseguindo se mostrar o excelente atacante que era, fazia com que o orgulho de só aumentava. O apoio dela era de suma importância, com certeza. Por mais que ela tivesse provas, trabalhos, atividades e afins da faculdade, se desdobrava para estar nos jogos importantes o apoiando e nunca faltando com seu apoio.
Quando os jogadores começaram a se unir para seguirem até a parte do público que estavam suas esposas e famílias, não evitou o automático de colocar a mão na barriga. Em seu ventre a ansiedade tinha outro nome, ou melhor, dois. Aquele seria o dia perfeito para dizer à que os dois teriam mais duas companhias, um casal de gêmeos que chegariam em mais ou menos seis meses para completar a vida do casal.
Com a ajuda de ela pulou para dentro do campo, levando consigo a pequena caixa embrulhada que tinha sua forma de surpresa para .
- Parabéns meu amor! – disse abraçando-o. Mesmo ele estando suado ela não se importava, segurou no rosto do namorado e o beijou com a intenção de lhe trespassar a alegria que sentia.
- Você sabe que é um dos maiores motivos para o meu sucesso, não sabe? – a olhou nos olhos, deixando seus narizes colados e sentindo o perfume de ameixa vindo de sua pele.
- Eu faço o meu melhor por você. – ela sorriu e o afastou, estendendo a caixinha preta com um laço vermelho. – Pra você, espero que goste.
pegou a caixa com cuidado e abriu, sem dificuldades pela tampa ser apenas encaixada. O papel seda preto tampava o conteúdo, antes de prosseguir e descobrir o que era, olhou para e a mesma apenas acenou positivo com a cabeça, o incentivando a continuar. E ele o fez, sentindo seu coração acelerar mais a cada ponto que era ligado. No meio do papel seda havia dois pares de mini chuteiras na cor branca e no fundo estava escrito “Parabéns papai, você é o nosso campeão”.
Os olhos de não bloquearam qualquer enxurrada de lágrimas, e nem as emoções. Quando deu-se por si, estava gritando em plenos pulmões que seria pai de gêmeos. Aquilo era uma loucura, mas valeria a pena se fosse com .
Na gravidez, tomou a decisão de abandonar a faculdade para que pudesse se dedicar completamente aos seus filhos, que eram dois gêmeos, uma menina e um menino. A gravidez da garota foi muito tranquila e ela sempre era mimada pelo namorado e pelos companheiros de time do mesmo. Olhou para cômoda ao seu lado e viu a foto do dia mais feliz da vida dos dois: O dia do nascimento dos filhos e o dia em que foi finalmente pedida em casamento por erico).
Há quem diga que cólica menstrual é uma dor insuportável e há quem garanta uma controvérsia: que o parto normal é mil vezes pior. estava na segunda estatística, depois de muito reclamar pelas cólicas impiedosas, sentiu na pele o que era a dor de um parto normal. Estava naquela maca, respirando como um “cachorrinho” e ainda tinha o segundo filho para sair: Heitor. Louise já estava aos berros sendo pesada, enquanto deixava segurar sua mão de forma completamente apertada, para lhe dar segurança, pois ainda precisava de forças para fazer o segundo bebê sair.
- Vamos amor, respira...
- Porra ! Eu tô respirando. – se descontrolou, soltando um grito e fazendo força logo em seguida.
Ver naquela situação o deixou dividido entre nervoso, eufórico e extasiado. Nervoso por ver o sofrimento da amada para parir seus filhos, estando suada e cansada... talvez exausta para qualquer coisa. Eufórico pelo momento; por muita bondade do clube conseguira três dias de folga para ficar com a mulher e os filhos, estava em treino quando ela o ligou ordenando que a encontrasse no hospital e assim ele fora dispensado. Extasiado por ver a mulher que tanto ama dar luz à dois seres que passaram a ser a razão de seu viver; o amor envolvido entre aquelas vidas era muito forte e bonito. Por isso que quando ouviu o choro do segundo filho e foi acordado por uma toda chorosa e menos reclamona, decidiu deixar seu coração falar e apenas emitir em voz o que ele queria.
- Casa comigo? – a olhou fixamente nos olhos, ainda segurando sua mão.
Mas o sorriso do rosto de ao lembrar-se da noite em que seus filhos nasceram, desapareceu completamente ao se recordar de 4 dias atrás, em que recebeu a noticia que o avião que o time de havia caído. Era um dia feliz, o time estava indo disputar o mundial, estava tudo uma festa. tinha ido antes com seus filhos em um avião junto com a família dos outros jogadores.
finalmente colocou os gêmeos para dormir e quando ia para sua cama para que pudesse descansar também, ouviu alguém batendo na porta desesperadamente e logo abriu um sorriso, achando que havia chegado e queria fazer mais uma de suas brincadeiras. Mas o seu sorriso desapareceu completamente quando abriu a porta e deu de cara com Tina, a esposa de um colega de , com um olhar desesperado e os olhos cheios de lagrimas.
- Tina? – disse preocupada – O que aconteceu.
- ... – ela tentava falar, mas não conseguia, apenas chorava.
- Tina, você esta me assustando, o que aconteceu?
- O avião do time, .
- O que tem o avião, Tina? – As lagrimas já começaram a sair dos olhos de , pois ela sabia o que poderia ter acontecido.
- Ele caiu, foi encontrado caído nessa madrugada.
O mundo de desmoronou nesse momento, ela não sabia o que fazer, não sabia o que dizer. Ela apenas se jogou no chão e começou a chorar, sendo acompanhada por Tina, que também se juntou a ela para chorar.
Elas saíram do quarto para não acordar os gêmeos e foram até a recepção, onde estavam o resto da família dos jogadores, todos com lagrimas nos olhos e desesperados. se aproximou mais da televisão, que apesar de ser em outro país estava em um canal brasileiro, e viu o avião caído e em meio dele o resgate tentando tirar os jogadores de dentro dele.
- A notícia que chegou até a mim agora – disse o repórter -, foi que acharam apenas dois corpos: Um do goleiro do time e outro do atacante, ambos infelizmente sem vida.
Capítulo Unico
Todas as famílias dos jogadores estavam no estádio, não só familiares, mas também torcedores que estavam nas arquibancadas dando apoio. O mundo inteiro soube do acontecimento, aquele havia sido o maior acidente envolvendo jogadores de futebol. Foram muitas mortes, apenas 3 pessoas haviam sobrevivido ao acidente, sendo que os 3 estavam em estado grave no hospital.
não estava pronta pra dizer adeus, apenas encarava o caixão do marido com lagrimas nos olhos, ela não queria viver sem , não poderia viver sem ele, ela era parte de sua vida. Tudo o que ela queria era dar um ultimo abraço, dizer o quanto ela o amava, dizer o quanto os filhos o amava, queria dizer que ele era o homem mais amado desse mundo.
- Meu amor – disse olhando para o caixão fechado. -, eu não sei viver sem você, eu não sei se vou conseguir – limpou uma lagrima que caiu sobre seus olhos. – Eu preciso te sentir mais uma vez comigo, preciso te abraçar, preciso dizer que te amo. Preciso te olhar com nossos filhos mais uma vez e pensar o como você é um pai maravilhoso e como nossos filhos são sortudos por ter você como pai. Obrigada pelo nosso tempo juntos, você me deu o amor mais épico de toda a minha vida e me deu os melhores presentes que alguém um dia poderia me dar – olhou para os filhos que estavam em seu lado. – A gente se vê, meu amor. Eu vou te amar para sempre.
Deu a ultima olhada para o caixão e pegou a aliança dando um demorado beijo na mesma e colocou em cima do caixão.
- Tchau papai, nós te amamos – os gêmeos disseram juntos. A mãe para os filhos e pegou a mão dos dois, indo em direção a saída do estádio.
sabia de que algum jeito, estava os acompanhando.
não estava pronta pra dizer adeus, apenas encarava o caixão do marido com lagrimas nos olhos, ela não queria viver sem , não poderia viver sem ele, ela era parte de sua vida. Tudo o que ela queria era dar um ultimo abraço, dizer o quanto ela o amava, dizer o quanto os filhos o amava, queria dizer que ele era o homem mais amado desse mundo.
- Meu amor – disse olhando para o caixão fechado. -, eu não sei viver sem você, eu não sei se vou conseguir – limpou uma lagrima que caiu sobre seus olhos. – Eu preciso te sentir mais uma vez comigo, preciso te abraçar, preciso dizer que te amo. Preciso te olhar com nossos filhos mais uma vez e pensar o como você é um pai maravilhoso e como nossos filhos são sortudos por ter você como pai. Obrigada pelo nosso tempo juntos, você me deu o amor mais épico de toda a minha vida e me deu os melhores presentes que alguém um dia poderia me dar – olhou para os filhos que estavam em seu lado. – A gente se vê, meu amor. Eu vou te amar para sempre.
Deu a ultima olhada para o caixão e pegou a aliança dando um demorado beijo na mesma e colocou em cima do caixão.
- Tchau papai, nós te amamos – os gêmeos disseram juntos. A mãe para os filhos e pegou a mão dos dois, indo em direção a saída do estádio.
sabia de que algum jeito, estava os acompanhando.
Fim.
Nota daa autoras: Esperamos que gostem e que comentem <3