Capítulo Único
Sua língua dançava junto à minha, enquanto nossos corpos estavam conectados.
Eu estava posicionada em cima da pia, enquanto Dave e eu transávamos no banheiro da festa que estávamos.
Nossos gemidos eram abafados pelos beijos e a música alta que tocava em algum lugar lá embaixo.
— , eu não vou aguentar…
Dave deixou a frase morrer, já indicando que ele iria gozar logo.
— Você tem que fazer algo por mim antes. — Mordi os lábios.
Dave riu maliciosamente e logo entendeu o que eu queria dizer.
Rapidamente, ele saiu de dentro de mim e se ajoelhou entre as minhas pernas, passando a sua língua em meu ponto mais sensível, meu clitóris.
Um gemido escapou de minha boca, fazendo com que ele aumentasse ainda mais o poder das chupadas. Inevitavelmente, comecei a rebolar sobre a sua boca, para aumentar ainda mais o contato.
Dave era o Wide Receiver do time da universidade, então experiências com mulheres eram o que não faltavam para ele, ainda bem, porque ensinar sempre foi tedioso demais para mim.
Quando meus gemidos se intensificaram, Dave levou dois dedos para dentro da minha intimidade e fez movimentos de vai e vem, fazendo com que o ápice do prazer me atingisse logo.
— Você é deliciosa — Dave comentou, logo após dar um último beijo sobre meu ponto que ainda pulsava. — Agora te quero de quatro.
Com as pernas ainda bambas, saí de cima da pia e me debrucei sobre ela, ficando bem empinada e exposta para ele.
Dave se colocou atrás de mim e logo me penetrou de uma vez, fazendo com que todos os meus sentidos sumissem, o prazer havia voltado com tudo. Enquanto ele intercalava os movimentos, senti que mais um orgasmo se aproximava, mas eu queria mais, precisava de mais.
— Esse é o seu melhor? — provoquei, enquanto Dave ainda metia em mim.
Pelo espelho, pude ver um sorriso carregado de malícia surgir.
— Você vai se arrepender por dizer isso — Dave anunciou.
Logo ele levantou uma das mãos e bateu em uma das partes da minha bunda, fazendo com que um gemido alto escapasse da minha garganta, era disso que eu estava falando. Em seguida ele levou as duas mãos até a minha cintura e começou a meter em mim com muita força, eu sentia seu pau chegar praticamente na minha bexiga.
Enquanto Dave fazia isso, levei uma de minhas mãos até meu clitóris e comecei a massagear, sabendo que logo eu me derreteria sobre ele de novo.
Foram poucos minutos até sentir meu ventre começar a se contrair, então apertei o pau de Dave e me desfiz unicamente em prazer sobre ele, o que foi o suficiente para ele também, pois senti o seu pau começar a endurecer ainda mais e latejar dentro de mim.
Quando Dave saiu de dentro de mim, voltei a me sentar sobre a pia do banheiro para recuperar as energias.
— Porque você demorou tanto para aparecer — Dave falou, ao se aproximar de mim e olhar profundamente em meus olhos.
O que me fez revirá-los.
— Você sabe muito bem que foi só isso, Dave, uma transa no banheiro de uma festa — comecei, ainda levemente ofegante. — Eu só queria transar com alguém gostoso e consegui, que agora venha o próximo.
Dave, ainda assim, juntou nossos lábios e depois puxou meu lábio inferior para ele.
— A fodedora e fodona . Demorei a acreditar que isso era realmente verdade sobre você, mas agora vejo que é.
Dave então se afastou e subiu sua calça, que até então estava em seus pés.
Fiz o mesmo com meu top, que estava deixando meus dois seios à mostra.
— Sempre fui assim — constatei. — Mas antes me chamavam de Arizona, por causa do estado que vim…
— Eu prefiro . Você enlouquece a todos, igual a droga — Dave falou, ao acabar de afivelar seu cinto.
Ele então pegou a camiseta que estava em um dos suportes de toalhas e vestiu. Desci da pia, arrumei a minha saia e depois passei as mãos pelo cabelo, ajeitando tudo para que eu pudesse voltar a curtir a festa.
— Quer beber alguma coisa? — Dave perguntou, ao levar a mão até a maçaneta.
— Por favor, você me deixou com sede — falei maliciosamente.
Dave sorriu e então abriu a porta do banheiro.
Algumas pessoas estavam ali e nos encaravam com cara de poucos amigos, afinal, ficamos ali por pelo menos uma meia hora.
— O que foi? Vocês nunca foderam no banheiro, não? — perguntei, ao encarar uma loira que me olhava com nojo.
Dave riu e então levou o braço até a minha cintura, me trazendo para mais perto dele e abaixando para ficar próximo da minha orelha, já que ele tinha mais do que um e noventa de altura.
— Da próxima vez, podemos foder no sofá da festa, para todo mundo ver.
Aquilo imediatamente me causou um arrepio e senti minha intimidade voltar a pulsar, porém, infelizmente, eu tinha uma regra. Eu não transaria com Dave novamente, pelo menos não tão cedo.
— Não terá uma próxima vez, Dave. — Olhei em seus olhos. — Aqui é só sexo, não sentimento, e como já me diverti com você…
Não consegui acabar de falar a frase, porque assim que desci o último degrau da escada, meus olhos imediatamente foram levados para um figura familiar, para a única pessoa com quem transei várias vezes e que tive sentimento, .
Mas afinal, o que ele estava fazendo aqui?
e eu nos conhecemos quando criança. Éramos da mesma rua, estudamos juntos e todo o resto, mas sempre fomos o completo oposto. Eu me tornei popular, comecei a sair e todas as outras coisas, já , sempre foi recluso, gamer, na dele.
Quando já estávamos no último ano do High School, foi quando tudo aconteceu. Transamos, desenvolvemos sentimentos, eu quebrei seu coração e, por fim, saí do Arizona e continuei a ser o que sempre fora.
— ? — Escutei alguém me chamar e só então percebi que estava completamente perdida em minha cabeça. — Me ouviu?
Era Cassie, uma das minhas grandes amigas.
— Me desculpe, mas não — respondi, ainda vidrada em .
Provavelmente ele sentiu o magnetismo do meu olhar, porque logo nossos olhos se conectaram e pude ver a surpresa neles, mas também mágoa. Uma mágoa completamente explicada.
— O que foi, marcando a próxima presa? — Cassie perguntou, voltando a chamar minha atenção. — Você não acabou de dar para o Dave no banheiro?
Dave riu ao meu lado e só então notei que ele ainda estava aqui e com a mão na minha cintura.
— O que você vai querer beber? — ele, por fim, perguntou.
Voltei meu olhar para , que conversava com alguma loira que eu não conhecia, mas, de vez em quando, via que ele voltava seu olhar para mim.
— Eu tenho uma coisa para fazer, vão indo na minha frente — falei para Dave e Cassie, enquanto comecei a me distanciar dele e andar em direção a .
Ao me aproximar, pude notar o quanto ele tinha mudado, mas ainda assim permanecia o mesmo. Seu corpo magro e esguio ainda era o mesmo, mas agora alguns músculos estavam mais presentes, principalmente em seus braços e ombros. Os cabelos, antes longos, agora eram curtos em um topete no alto da cabeça. Os óculos tinham sumido e agora uma barba adornava seu rosto, marcando ainda mais seu maxilar.
— ? — o chamei, ao chegar perto.
Ele apenas levantou o olhar e o prendeu completamente ao meu.
— Oi, — ele disse, por fim, a voz agora era mais grossa.
Assim que disse isso, ele voltou a sua atenção para a menina à sua frente, pareceu dizer algo em seu ouvido e então, com um sorriso cheio de segundas intenções, ela se afastou.
— O que você veio fazer aqui em New Jersey? — perguntei, sorrindo, uma das tantas dúvidas que tinha para fazer com ele.
Estava com saudades dele.
— Podemos ir para um lugar com menos barulho? — parecia entediado e não respondeu minha pergunta.
Apenas acenei um sim com a cabeça e o guiei até a entrada da fraternidade na qual estava acontecendo a festa.
Quando finalmente achamos um lugar para sentar, apenas parecia tenso. Na verdade, parecia não querer estar ali.
— O que você quer, ? Já não basta todo o inferno que você causou na minha vida em Arizona, vai querer causar aqui também? — só despejou tudo de uma vez.
Arrumei minha postura no banco e então depois abaixei o olhar para as minhas mãos.
Eu havia muito mais do que machucado , havia feito dos últimos dias no high school os piores de sua vida. Coisa que me arrependi no mesmo momento, mas era tarde demais.
— Eu nunca tive a real intenção — falei, por fim.
— Se teve ou não, eu não me importo mais. — A voz de estava carregada de ressentimento. — Eu te amava, . Amava para caralho e a única coisa para que eu servi foi ser uma marionete, algo que você brincou e depois jogou fora.
— Eu nunca deixei de te amar — falei firme, ao levantar o meu olhar. — Mas também sei que contar seu segredo e fazer você virar uma chacota pela escola não foi o certo.
— Que bom que você ao menos reconhece — constatou ainda cheio de mágoa. — Não vim aqui por você, eu nem ao menos sabia que você estudava aqui…
— Me desculpe — pedi, o cortando.
— Agora? Depois de dois anos? — riu incrédulo. — Você faz bem o papel de vadia fria, . Se você quer um refresco para sua cabeça e para as coisas que fez, coloca ela no congelador, é melhor.
Eu então me levantei. nunca foi assim, frio, babaca.
— O que aconteceu com você? — o questionei.
riu sarcástico ao se levantar e ficar cara a cara comigo.
— Você, . Você, exatamente como a droga que você consome, chegou devastando a minha vida e me deixou praticamente para morrer. Você fez isso.
Sorri ao ouvir aquilo, mas era um sorriso doloroso, não feliz.
— Agora eu só quero sair daqui e não te ver nunca mais. Quero dirigir pela cidade tomando meu refrigerante…
Apenas acenei um sim com a cabeça e vi se afastar. E ele tinha razão, eu realmente tinha lhe causado a pior das coisas, mesmo depois de todos os momentos incríveis que havíamos tido. E apesar de todos os arrependimentos que tenho na minha vida, ter estado com ele e ter o amado nunca foi um deles, mas ser a desapegada, que transa quando quer e com quer é bem melhor. Afinal, nasci para ser a fodedora e nada mudaria isso, homem algum.
FIM
Nota da autora: Olá olá, rainhas, mais uma história para vocês.
Dessa vez não é muito longa, mas espero que gostem.
Love, Kels.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Dessa vez não é muito longa, mas espero que gostem.
Love, Kels.
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