Capítulo Único
Imagina estar apaixonado, não, apaixonado não. Imagina ter sua alma ligada a uma pessoa totalmente o oposto de você, mais que isso, de um povo que está em uma batalha há eras um contra o outro. E o destino não satisfeito com tudo isso, ainda faz com que vocês herdem seus "tronos" e sejam a voz e a proteção que os seus precisam. Ficar entre a obrigação com seu passado e o futuro de seus descendentes e o grande amor de suas vidas não é uma vida fácil e é exatamente o que aconteceu com eles. Embarque com ele em seu navio pirata ou mergulhe nas profundezas do mar, mas especialmente em Atlantis com ela, e venha conhecer a história de desamor desses dois.
A ilha de XOXO estava em festa! Tinham se passado muitos anos desde que o majestoso Black Pearl não navegava em alto mar. Com o ouro e jóias preciosas que o antigo capitão tinha conseguido com a tripulação, o pequeno vilarejo que moravam naquela ilha, conseguiu se manter por um bom tempo, acontece que o capitão Junho tinha partido e o pouco tesouro que ainda tinham, não duraria por muito tempo, então, o recém nomeado, não só por sua equipe naquela empreitada, mas por todos que viviam na ilha, filho mais velho do capitão Junho, , estava pronto, como tinha sido treinado sua vida toda para aquela, bom, digamos, aventura. Ele era muito inteligente, dedicado e seguia à risca os comandos, ensinamento, aprendizado que seu pai deixou, pensava que o único legado que interessava era aquilo: ser motivo de orgulho para os seus. Fazer com que continuassem a se sentir seguros e protegidos, alimentados e com a qualidade de vida que estavam acostumados. Claro que a cada viagem, ninguém tinha garantia de que voltariam, nem com vida, nem sem, mas era um risco que sabiam e não se importavam em correr. Mesmo que confiassem cegamente em toda a comunidade, sempre preservavam o local em que iram, para não criar um alarde e preocupação - dependendo da região - em seus familiares e as pessoas que gostavam deles, e também pela própria segurança, até dentro do navio às vezes as informações vazavam, imagina em terra firme. Depois da grande festa de despedida e que o navio já estava há quilômetros de distância, reuniu todos no convés para informar para onde estavam indo, para que se preparassem.
— Estimados companheiros, a última viagem que fiz, vocês se lembram? — Recebeu um sonoro sim e murmúrios positivos como resposta. — Pois bem, fiquei sabendo que os tesouros estão mais difíceis de serem encontrados, pela grande concorrência e navios piratas por aí, então vamos para o lugar que todos nós sabemos que o tesouro existe e que não teremos competição. — Todos olhavam para ele em silêncio, esperando pela resposta.
— Você não está falando de… — um dos tripulantes perguntou já imaginando do que ele estava falando.
— Vamos para o Estreito de Gibraltar. — Disse por fim, recebendo um grande som de surpresa de todos e os murmurinhos que rondavam todo o convés.
— Me desculpe capitão, mas você sabe que para chegar a esse lugar, vamos passar por… — O marujo que falava, foi interrompido pela grande comoção que os companheiros fizeram, alguns nem se lembravam daquilo.
— Eu sei, e sei também dos boatos, e do que os capitães mais velhos temem por aquela região, mas acontece que isso foi há muito tempo e eu tenho uma rota diferente, vamos demorar um pouco mais, mas garanto que valerá a pena. A coisa está feia gente, essa escassez pode acabar com o nosso povo. — Estava sendo 100% sincero com eles, precisavam tentar lá, se não era capaz de entrarem em conflitos maiores e mais sangrentos, para que os seus tivessem o que comer no futuro.
Todos ficaram atentos, mas se o Capitão Junho confiava em , eles também confiavam, afinal, ele também tinha interesse, não só por sua mãe e irmãos e familiares, mas sua posição, sua honra e seu nome estavam em risco, era a primeira vez dele no comando daquele gigante e ele queria impressionar a todos, fora que tinha algo forte dentro dele chamando para aquele lugar, ele achou que fosse seu sexto sentido em questão do tesouro.
XXXXXXXXXX
— , chegou o momento! — Naia a "dama de companhia" que mais servia de braço direito da futura rainha de Atlantis a chamou, ela terminava de colocar os acessórios que combinariam com a coroa que vestiria na coroação.
era filha única do rei dos mares e havia herdado o reino quando seu pai morreu em uma batalha contra o capitão do grande Pérola Negra, não estavam em território do reinado, mas a função dos líderes marinhos eram também proteger seus arredores e pontos de fronteiras com outros reinos e foi aí que eles se encontraram. O rei não podia simplesmente deixar que cruzassem aquela ou qualquer outra fronteira próxima, os piratas em sua grande maioria eram desrespeitosos com a natureza e principalmente com os mares e queriam sempre explorar suas riquezas e principalmente suas mulheres. Era miserável a forma que eles passavam e deixavam seu rastro, era como um pesadelo interminável. Haviam boatos que os modos tinham melhorado e que eles só estavam em busca dos tesouros perdidos ou escondidos de outros piratas, mas eles não podiam arriscar saber se aquilo era verdade ou não. passou alguns anos aprimorando seu treinamento real, porque vinha sendo instruída para ser rainha desde muito nova, mesmo que não fosse ser filha única, seria a mais velha e aquilo já dava o direito dela assumir, se quisesse e é claro que ela queria, adorava ver como a gestão de seu pai deixava seu povo protegido e amparado e como todos gostam da família, de seu pai e de seu reinado, viviam em uma harmonia paradisíaca, e ela queria manter tudo daquela forma. Estava nervosa, não só porque dentro de poucos minutos seria responsável pelas muitas vidas marinhas que habitavam em seu reinado, mas também por algo que ela não sabia identificar era um sentimento novo e assustador. Parecia um presságio, ou algo do tipo, mas era algo ao qual ela não queria dar muita atenção, teria muito trabalho pela frente.
Pouco tempo depois da coroação uma movimentação estranha na fronteira leste começou a tirar a paz do exército, uma coisa que não acontecia há anos, um navio pirata se aproximava, todo exército não só do reino de mas dos reinos vizinhos também foram para a linha de frente e , como a boa guerreira que sempre foi, se juntou a todos, não ousaria deixar que nada de ruim acontecesse aos seus.
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— Terra à vista! — O Almirante gritou da gávea, para que todos soubessem, que, depois de longos meses em alto mar, finalmente estavam chegando ao destino. O alvoroço foi grande e a comoção também todos gritavam e comemoravam. — Capitão, Capitão… — Mais uma vez, só que dessa, gritando por o Almirante se pronunciou. — Aquilo são… sereias?
Quase todos os marujos foram para o lado que ele apontava no navio para verem aquilo de perto, subiu para o gávea e pegou a luneta da mão do Almirante, para ver com seus próprios olhos, que aquilo não era só lenda, nunca tinha visto uma criatura daquelas de verdade, quando estava no navio com seu pai eles não navegavam perto daqueles seres tão cruéis e sem humanidade, que passou a vida ouvindo sobre, mas sempre pensou que fosse uma metáfora para se referir ao mar.
Do outro lado o desespero era igual, os seres marinhos estavam cautelosos e prontos para a batalha quando viram o grande casco do navio e a bandeira flamejante preta com o desenho de caveira, característico do pérola negra, a última vez que o viram perto de suas terras, a grande tragédia aconteceu, e não estavam prontos para perderem mais um líder, quando essa, tinha acabado de assumir tal posição. Alguma coisa dentro de estava incomodando com aquela aproximação, estava sentindo uma vontade enorme de ir até o navio, parecia que precisava ter contato com alguém que estava a bordo, sua alma pedia por aquela aproximação, era como se sua carne não parasse de coçar, como se seu coração pudesse explodir a qualquer momento.
— Quero que fiquem aqui, de guarda, entenderam? Não quero ninguém, absolutamente ninguém atrás de mim, preciso fazer uma coisa sozinha. — disse firme e mesmo com cautela e preocupação, todos as sereias e tritões que compunham um dos exércitos mais fortes de toda aquela imensidão azul aceitaram as ordens e permaneceram no grande paredão de corpos e caudas.
seguiu até mais perto do navio, não sentia medo, sabia que era mais forte e mais inteligente que mais da metade daqueles homens, então estava segura da ideia que teve. Talvez se tivesse uma conversa franca com o capitão, eles poderiam entrar em um acordo e ninguém se machucaria, aquilo era bom para todos e sabia que não devia confiar em piratas, mas mesmo assim, conversaria.
Os piratas estavam prontos para atacar, entraram em pânico, nunca antes um ser marinho daqueles se aproximou por livre e espontânea vontade, e aquilo os assustava, desde pequenos ouviam histórias de que aqueles seres eram traiçoeiros, e impiedosos, cruéis e maliciosos. Então, a primeira coisa que pensavam era em atacar e não dar tempo para que atacassem primeiro. No minuto, antes do ataque, sentiu seu peito arder de uma maneira que ele nunca tinha sentido antes, era como se aquelas balas de canhão estivessem prestes a explodirem em seu corpo.
— Cessar fogo, não atirem! — Gritou em uma ordem contrária ao que todos esperavam.
— Mas capitão, a criatura está chegando, o senhor enlouqueceu? — Uma voz que ele não reconheceu gritou no meio de todos.
— Eu sei o que eu estou fazendo, então, nada se ataques até que eu ordene, fui bastante claro? — Gritou mais alto e todos respeitavam as ordens do capitão.
Devagar ele se aproximou mais da proa, na parte mais baixa do navio, quando seus olhos - mesmo de longe - se encontraram com os dela, se segurou para não chorar, dali de onde estava não conseguia se comunicar com ela e nem ela com ele, precisava chegar mais perto, precisava se conectar com ela de alguma forma, estava em um sentimento que não poderia explicar nem se quisesse, e esperou que com ela fosse igual, pela primeira vez desde que tinha assumido aquela posição de capitão, não estava pensando em seu povo ou na sua tripulação, só conseguia pensar naquela criatura, que mesmo que soubesse que não era totalmente humana, algo mais forte a puxava para ela, podia ser a "magia" que escutará vez ou outra nas lendas que elas tinham sobre os homens, mas a julgar pela rede grossa que seus tripulantes seguravam perto de onde ele estava, percebeu que só ele estava sendo afetado daquela maneira.
não estava diferente, parecia que um ímã estava puxando para aquele navio, que se não se comunicasse com aquele bendito homem que estava praticamente pendurado no casco da embarcação, poderia definhar e morrer ali mesmo. Era estranho, aquele contato podia colocar todos, incluindo outros reinos próximos em risco, mas não conseguia pensar racionalmente, só pensava nele, mesmo que mal tenha visto seu rosto naquela distância.
— Eu vou descer no mar, não quero que a ataquem, ou qualquer outro ser marinho que se aproxime, não estou brincando ou dando nenhum sinal subliminar, precisamos daquele tesouro e eu preciso nos manter seguros também, então, vou tentar conversar com aquela criatura. — ordenou mais uma vez e viu a expressão de Pânico em alguns rostos. — Não se preocupem, eu vou voltar, e estou levando algumas facas, vocês só estão autorizados a atacar se eu for morto, antes disso, eu vou tentar. — A segurança que ele carregava na voz era tão palpável que ninguém questionou.
Pulou no mar, e sabia que aquela altura, podia se machucar seriamente, mas mesmo assim o fez, só se deu conta do que tinha feito quando sentiu seu corpo caindo e a imensidão que mais parecia um bloco de água marmorizada. Antes de sentir o impacto do corpo na água, sentiu ele flutuar e quando abriu os olhos, viu que realmente vinha caindo devagar. Sentiu a água molhar, primeiro seus pés, depois suas pernas e aí seu tronco, então começou a nadar, para manter sua cabeça para fora do mar. A "Magia" dela tinha o tocado, antes de seus dedos, mas era como se eles tivessem se abraçado, ele sentiu o calor, e a intensidade daquela mulher, naquela magia.
— Eu não acredito nisso! — Ela riu sem graça!
— O que? — Ele não tinha entendido.
— Tantas pessoas no mundo e…
— Do que você está falando? — estava realmente confuso.
— Nada, deixa pra lá, acho que estou ficando louca, e acho que precisamos conversar rápido, seus homens estão loucos para jogar aquela rede em mim. — disse em um humor medido, olhando para cima e vendo muitos deles debruçados na borda do navio com as cordas das redes em suas mãos.
— Os seus também não estão muito hospitaleiros. — devolveu no mesmo tom, olhando ao longe o paredão de criaturas marinhas que ele sabia que um gesto diferente que a mulher fizesse, acabariam com a raça dele.
— Isso quer dizer que temos uma boa equipe! — O tom super simpático dela, fez mostrar como eles estavam em sintonia e ele gostou, achou próspero, sabia que entrariam em um acordo, ou que pelo menos, ele não morreria aquele dia. — Então, eu acho que sei o que vocês vieram fazer aqui, e mesmo sendo contra a exploração de nossas terras, prefiro que entremos em um acordo, não quero ver meu povo sofrendo, não quero ver morte ou sangue, a última vez que tivemos piratas por essa região, perdemos muitas pessoas que amamos e eu não quero que a cena se repita, sabe, eu não leio pensamentos, não se preocupe, mas não somos os monstros sanguinários e sem coração, que eu sei que pintam por aí. Nós amamos, nós sofremos e choramos como qualquer outro ser vivo racional, então sim, se selarmos um acordo de paz, vocês podem levar o ouro que quiserem, temos um monte de ouro humano espalhados por aí, mas sem exploração para encontrar pedras preciosas em nossas estruturas, nem onde quer que seja, sem abusar, mutilar, sacrificar, ou fazer qualquer tipo de mal para qualquer ser marinho que seja e que não voltem nunca mais aqui! O que você acha? — Aquelas últimas palavras doeram quando saíram de seus lábios, e agora, diante dele, ela sabia o porquê.
— Tem certeza que não lê pensamentos? — disse rindo, estava se sentindo estranho, feliz por estar com ela, uma felicidade que não sentia há anos e uma tristeza, depois que ela disse que nunca mais se veriam. Ele ainda não tinha percebido, na verdade, ele não tinha muito conhecimento sobre essas coisas, seu povo não acreditava muito em coisas místicas e essas coisas.
O acordo tinha sido selado, eles passariam alguns dias pelas redondezas e não ultrapassaram qualquer limite ou quebrariam qualquer regra. ficaria responsável por supervisionar aqueles homens. Bem como eles também não seriam atacados gratuitamente nem nada do que eles temiam quando chegaram lá, a início nenhum dos dois povos gostou muito daquilo, ambos tinham o pé atrás, mas se seus líderes, que eram sabedores do melhor para os seus estavam confiando e confiantes, eles tinham de seguir as regras.
— Você acha que vão precisar de quantos dias mais? — perguntou para , quando fazia sua ronda matinal nas imediações em que os piratas estavam.
— Tem bastante ouro aqui, acho que pelo menos mais uns quatro. — Foi sincero, já estavam há pelo menos três dias por ali e não estavam dando conta de abastecer o navio com os itens preciosos.
— Entendi, meu povo está mais confortável com a presença de vocês, viram que não nos atacaram…
— E nem vamos, temos nossas famílias nos esperando vivos lá na ilha, não vale a pena entrar em conflito quando já temos um acordo. — Olhou para ela que sorria, ela parecia feliz que os seus estavam bem e que aqueles homens não tinham mudado de ideia.
— Isso é bom!
A conversa deles basicamente era aquilo, ela se certificando que eles não fariam mal ao seu povo e ele vice e versa, mas se sentiam bem com a presença um do outro, era um sentimento estranho.
— Eu preciso te falar uma coisa! — Quando estava quase indo embora para resolver outras coisas no palácio, tomou coragem e decidiu que falaria para ela o que vinha sentindo faz tempo.
— Sim! — Ela estava curiosa com o que ele tinha para dizer.
— É estranho, e você pode me achar estranho, mas eu não sei te explicar… — Demorou para perceber. — Ela riu e ele não entendeu nada.
— O que? — Estava confuso.
— Eu achei que estava ficando doida, sabe… — ela parou de frente para ele. — Mas esse sentimento nunca passou e você sabe o que isso significa, não sabe? — ainda olhava confuso para ela. — Você acredita em ligações de outras vidas? Almas gêmeas? Pessoas predestinadas? — estava bem didática, percebeu que ele não entendia muito dessas coisas quando fez uma cara de surpresa.
— Eu já ouvi falar, mas isso é conto de fadas. — O tom incrédulo dele fez com que ela soltasse uma gargalhada.
— Então o que você acha que é? — Estava curiosa em saber a resposta dele.
— Eu não sei, acho que me apaixonei por você à primeira vista e isso é uma loucura, não é? — Ele estava mesmo acreditando naquilo que dizia.
— Não acredita em almas gêmeas, mas acredita em amor à primeira vista? Muito previsível! Bom capitão, eu não sei o que é, mas eu me sinto da mesma forma e acho que é a maior loucura que aconteceu na minha vida e eu acho que vou continuar sentindo quando você for embora. — Dessa vez a luz que ela emanava - na visão dele - quase se apagou e ele sentiu a mesma coisa que ela.
— O que vamos fazer? — Perguntou não fazendo ideia do que fariam.
— Eu não sei do futuro, mas agora eu acho que quero te beijar, mas eu não sei se a gente deveria, porque isso pode fortalecer a nossa ligação. — Disse derrotada.
— Acho que a gente pode ver o que acontece e se formos almas gêmeas mesmo, o destino vai dar um jeito de nos unir, não acha? — Disse olhando nos olhos da mulher.
— Pra quem não acredita em almas gêmeas, você sabe bastante coisa! — Riu e se aproximou mais dele. Ele estava certo, precisavam fazer alguma coisa, porque aquela agonia estava dilacerando seu peito.
— Um pobre homem não pode mais se apegar a essas coisas? — Riu também, olhando ela se aproximar e indo com seu corpo até o dela também, para acelerar o processo.
Assim que se aproximaram seus corpos se encaixaram como ímãs, como se tivessem nascido um para o outro. Bem como seus corpos, seus lábios também se encaixaram perfeitamente, o beijo foi como mágica, algo que eles nunca tinham sentido antes, e podia até ser só fogo de palha, mas eles aproveitariam aqueles dias deles lá ao máximo e depois? Bom o futuro só pertencia ao destino mesmo, se fosse para ser, seria com certeza.
A ilha de XOXO estava em festa! Tinham se passado muitos anos desde que o majestoso Black Pearl não navegava em alto mar. Com o ouro e jóias preciosas que o antigo capitão tinha conseguido com a tripulação, o pequeno vilarejo que moravam naquela ilha, conseguiu se manter por um bom tempo, acontece que o capitão Junho tinha partido e o pouco tesouro que ainda tinham, não duraria por muito tempo, então, o recém nomeado, não só por sua equipe naquela empreitada, mas por todos que viviam na ilha, filho mais velho do capitão Junho, , estava pronto, como tinha sido treinado sua vida toda para aquela, bom, digamos, aventura. Ele era muito inteligente, dedicado e seguia à risca os comandos, ensinamento, aprendizado que seu pai deixou, pensava que o único legado que interessava era aquilo: ser motivo de orgulho para os seus. Fazer com que continuassem a se sentir seguros e protegidos, alimentados e com a qualidade de vida que estavam acostumados. Claro que a cada viagem, ninguém tinha garantia de que voltariam, nem com vida, nem sem, mas era um risco que sabiam e não se importavam em correr. Mesmo que confiassem cegamente em toda a comunidade, sempre preservavam o local em que iram, para não criar um alarde e preocupação - dependendo da região - em seus familiares e as pessoas que gostavam deles, e também pela própria segurança, até dentro do navio às vezes as informações vazavam, imagina em terra firme. Depois da grande festa de despedida e que o navio já estava há quilômetros de distância, reuniu todos no convés para informar para onde estavam indo, para que se preparassem.
— Estimados companheiros, a última viagem que fiz, vocês se lembram? — Recebeu um sonoro sim e murmúrios positivos como resposta. — Pois bem, fiquei sabendo que os tesouros estão mais difíceis de serem encontrados, pela grande concorrência e navios piratas por aí, então vamos para o lugar que todos nós sabemos que o tesouro existe e que não teremos competição. — Todos olhavam para ele em silêncio, esperando pela resposta.
— Você não está falando de… — um dos tripulantes perguntou já imaginando do que ele estava falando.
— Vamos para o Estreito de Gibraltar. — Disse por fim, recebendo um grande som de surpresa de todos e os murmurinhos que rondavam todo o convés.
— Me desculpe capitão, mas você sabe que para chegar a esse lugar, vamos passar por… — O marujo que falava, foi interrompido pela grande comoção que os companheiros fizeram, alguns nem se lembravam daquilo.
— Eu sei, e sei também dos boatos, e do que os capitães mais velhos temem por aquela região, mas acontece que isso foi há muito tempo e eu tenho uma rota diferente, vamos demorar um pouco mais, mas garanto que valerá a pena. A coisa está feia gente, essa escassez pode acabar com o nosso povo. — Estava sendo 100% sincero com eles, precisavam tentar lá, se não era capaz de entrarem em conflitos maiores e mais sangrentos, para que os seus tivessem o que comer no futuro.
Todos ficaram atentos, mas se o Capitão Junho confiava em , eles também confiavam, afinal, ele também tinha interesse, não só por sua mãe e irmãos e familiares, mas sua posição, sua honra e seu nome estavam em risco, era a primeira vez dele no comando daquele gigante e ele queria impressionar a todos, fora que tinha algo forte dentro dele chamando para aquele lugar, ele achou que fosse seu sexto sentido em questão do tesouro.
— , chegou o momento! — Naia a "dama de companhia" que mais servia de braço direito da futura rainha de Atlantis a chamou, ela terminava de colocar os acessórios que combinariam com a coroa que vestiria na coroação.
era filha única do rei dos mares e havia herdado o reino quando seu pai morreu em uma batalha contra o capitão do grande Pérola Negra, não estavam em território do reinado, mas a função dos líderes marinhos eram também proteger seus arredores e pontos de fronteiras com outros reinos e foi aí que eles se encontraram. O rei não podia simplesmente deixar que cruzassem aquela ou qualquer outra fronteira próxima, os piratas em sua grande maioria eram desrespeitosos com a natureza e principalmente com os mares e queriam sempre explorar suas riquezas e principalmente suas mulheres. Era miserável a forma que eles passavam e deixavam seu rastro, era como um pesadelo interminável. Haviam boatos que os modos tinham melhorado e que eles só estavam em busca dos tesouros perdidos ou escondidos de outros piratas, mas eles não podiam arriscar saber se aquilo era verdade ou não. passou alguns anos aprimorando seu treinamento real, porque vinha sendo instruída para ser rainha desde muito nova, mesmo que não fosse ser filha única, seria a mais velha e aquilo já dava o direito dela assumir, se quisesse e é claro que ela queria, adorava ver como a gestão de seu pai deixava seu povo protegido e amparado e como todos gostam da família, de seu pai e de seu reinado, viviam em uma harmonia paradisíaca, e ela queria manter tudo daquela forma. Estava nervosa, não só porque dentro de poucos minutos seria responsável pelas muitas vidas marinhas que habitavam em seu reinado, mas também por algo que ela não sabia identificar era um sentimento novo e assustador. Parecia um presságio, ou algo do tipo, mas era algo ao qual ela não queria dar muita atenção, teria muito trabalho pela frente.
Pouco tempo depois da coroação uma movimentação estranha na fronteira leste começou a tirar a paz do exército, uma coisa que não acontecia há anos, um navio pirata se aproximava, todo exército não só do reino de mas dos reinos vizinhos também foram para a linha de frente e , como a boa guerreira que sempre foi, se juntou a todos, não ousaria deixar que nada de ruim acontecesse aos seus.
— Terra à vista! — O Almirante gritou da gávea, para que todos soubessem, que, depois de longos meses em alto mar, finalmente estavam chegando ao destino. O alvoroço foi grande e a comoção também todos gritavam e comemoravam. — Capitão, Capitão… — Mais uma vez, só que dessa, gritando por o Almirante se pronunciou. — Aquilo são… sereias?
Quase todos os marujos foram para o lado que ele apontava no navio para verem aquilo de perto, subiu para o gávea e pegou a luneta da mão do Almirante, para ver com seus próprios olhos, que aquilo não era só lenda, nunca tinha visto uma criatura daquelas de verdade, quando estava no navio com seu pai eles não navegavam perto daqueles seres tão cruéis e sem humanidade, que passou a vida ouvindo sobre, mas sempre pensou que fosse uma metáfora para se referir ao mar.
Do outro lado o desespero era igual, os seres marinhos estavam cautelosos e prontos para a batalha quando viram o grande casco do navio e a bandeira flamejante preta com o desenho de caveira, característico do pérola negra, a última vez que o viram perto de suas terras, a grande tragédia aconteceu, e não estavam prontos para perderem mais um líder, quando essa, tinha acabado de assumir tal posição. Alguma coisa dentro de estava incomodando com aquela aproximação, estava sentindo uma vontade enorme de ir até o navio, parecia que precisava ter contato com alguém que estava a bordo, sua alma pedia por aquela aproximação, era como se sua carne não parasse de coçar, como se seu coração pudesse explodir a qualquer momento.
— Quero que fiquem aqui, de guarda, entenderam? Não quero ninguém, absolutamente ninguém atrás de mim, preciso fazer uma coisa sozinha. — disse firme e mesmo com cautela e preocupação, todos as sereias e tritões que compunham um dos exércitos mais fortes de toda aquela imensidão azul aceitaram as ordens e permaneceram no grande paredão de corpos e caudas.
seguiu até mais perto do navio, não sentia medo, sabia que era mais forte e mais inteligente que mais da metade daqueles homens, então estava segura da ideia que teve. Talvez se tivesse uma conversa franca com o capitão, eles poderiam entrar em um acordo e ninguém se machucaria, aquilo era bom para todos e sabia que não devia confiar em piratas, mas mesmo assim, conversaria.
Os piratas estavam prontos para atacar, entraram em pânico, nunca antes um ser marinho daqueles se aproximou por livre e espontânea vontade, e aquilo os assustava, desde pequenos ouviam histórias de que aqueles seres eram traiçoeiros, e impiedosos, cruéis e maliciosos. Então, a primeira coisa que pensavam era em atacar e não dar tempo para que atacassem primeiro. No minuto, antes do ataque, sentiu seu peito arder de uma maneira que ele nunca tinha sentido antes, era como se aquelas balas de canhão estivessem prestes a explodirem em seu corpo.
— Cessar fogo, não atirem! — Gritou em uma ordem contrária ao que todos esperavam.
— Mas capitão, a criatura está chegando, o senhor enlouqueceu? — Uma voz que ele não reconheceu gritou no meio de todos.
— Eu sei o que eu estou fazendo, então, nada se ataques até que eu ordene, fui bastante claro? — Gritou mais alto e todos respeitavam as ordens do capitão.
Devagar ele se aproximou mais da proa, na parte mais baixa do navio, quando seus olhos - mesmo de longe - se encontraram com os dela, se segurou para não chorar, dali de onde estava não conseguia se comunicar com ela e nem ela com ele, precisava chegar mais perto, precisava se conectar com ela de alguma forma, estava em um sentimento que não poderia explicar nem se quisesse, e esperou que com ela fosse igual, pela primeira vez desde que tinha assumido aquela posição de capitão, não estava pensando em seu povo ou na sua tripulação, só conseguia pensar naquela criatura, que mesmo que soubesse que não era totalmente humana, algo mais forte a puxava para ela, podia ser a "magia" que escutará vez ou outra nas lendas que elas tinham sobre os homens, mas a julgar pela rede grossa que seus tripulantes seguravam perto de onde ele estava, percebeu que só ele estava sendo afetado daquela maneira.
não estava diferente, parecia que um ímã estava puxando para aquele navio, que se não se comunicasse com aquele bendito homem que estava praticamente pendurado no casco da embarcação, poderia definhar e morrer ali mesmo. Era estranho, aquele contato podia colocar todos, incluindo outros reinos próximos em risco, mas não conseguia pensar racionalmente, só pensava nele, mesmo que mal tenha visto seu rosto naquela distância.
— Eu vou descer no mar, não quero que a ataquem, ou qualquer outro ser marinho que se aproxime, não estou brincando ou dando nenhum sinal subliminar, precisamos daquele tesouro e eu preciso nos manter seguros também, então, vou tentar conversar com aquela criatura. — ordenou mais uma vez e viu a expressão de Pânico em alguns rostos. — Não se preocupem, eu vou voltar, e estou levando algumas facas, vocês só estão autorizados a atacar se eu for morto, antes disso, eu vou tentar. — A segurança que ele carregava na voz era tão palpável que ninguém questionou.
Pulou no mar, e sabia que aquela altura, podia se machucar seriamente, mas mesmo assim o fez, só se deu conta do que tinha feito quando sentiu seu corpo caindo e a imensidão que mais parecia um bloco de água marmorizada. Antes de sentir o impacto do corpo na água, sentiu ele flutuar e quando abriu os olhos, viu que realmente vinha caindo devagar. Sentiu a água molhar, primeiro seus pés, depois suas pernas e aí seu tronco, então começou a nadar, para manter sua cabeça para fora do mar. A "Magia" dela tinha o tocado, antes de seus dedos, mas era como se eles tivessem se abraçado, ele sentiu o calor, e a intensidade daquela mulher, naquela magia.
— Eu não acredito nisso! — Ela riu sem graça!
— O que? — Ele não tinha entendido.
— Tantas pessoas no mundo e…
— Do que você está falando? — estava realmente confuso.
— Nada, deixa pra lá, acho que estou ficando louca, e acho que precisamos conversar rápido, seus homens estão loucos para jogar aquela rede em mim. — disse em um humor medido, olhando para cima e vendo muitos deles debruçados na borda do navio com as cordas das redes em suas mãos.
— Os seus também não estão muito hospitaleiros. — devolveu no mesmo tom, olhando ao longe o paredão de criaturas marinhas que ele sabia que um gesto diferente que a mulher fizesse, acabariam com a raça dele.
— Isso quer dizer que temos uma boa equipe! — O tom super simpático dela, fez mostrar como eles estavam em sintonia e ele gostou, achou próspero, sabia que entrariam em um acordo, ou que pelo menos, ele não morreria aquele dia. — Então, eu acho que sei o que vocês vieram fazer aqui, e mesmo sendo contra a exploração de nossas terras, prefiro que entremos em um acordo, não quero ver meu povo sofrendo, não quero ver morte ou sangue, a última vez que tivemos piratas por essa região, perdemos muitas pessoas que amamos e eu não quero que a cena se repita, sabe, eu não leio pensamentos, não se preocupe, mas não somos os monstros sanguinários e sem coração, que eu sei que pintam por aí. Nós amamos, nós sofremos e choramos como qualquer outro ser vivo racional, então sim, se selarmos um acordo de paz, vocês podem levar o ouro que quiserem, temos um monte de ouro humano espalhados por aí, mas sem exploração para encontrar pedras preciosas em nossas estruturas, nem onde quer que seja, sem abusar, mutilar, sacrificar, ou fazer qualquer tipo de mal para qualquer ser marinho que seja e que não voltem nunca mais aqui! O que você acha? — Aquelas últimas palavras doeram quando saíram de seus lábios, e agora, diante dele, ela sabia o porquê.
— Tem certeza que não lê pensamentos? — disse rindo, estava se sentindo estranho, feliz por estar com ela, uma felicidade que não sentia há anos e uma tristeza, depois que ela disse que nunca mais se veriam. Ele ainda não tinha percebido, na verdade, ele não tinha muito conhecimento sobre essas coisas, seu povo não acreditava muito em coisas místicas e essas coisas.
O acordo tinha sido selado, eles passariam alguns dias pelas redondezas e não ultrapassaram qualquer limite ou quebrariam qualquer regra. ficaria responsável por supervisionar aqueles homens. Bem como eles também não seriam atacados gratuitamente nem nada do que eles temiam quando chegaram lá, a início nenhum dos dois povos gostou muito daquilo, ambos tinham o pé atrás, mas se seus líderes, que eram sabedores do melhor para os seus estavam confiando e confiantes, eles tinham de seguir as regras.
— Você acha que vão precisar de quantos dias mais? — perguntou para , quando fazia sua ronda matinal nas imediações em que os piratas estavam.
— Tem bastante ouro aqui, acho que pelo menos mais uns quatro. — Foi sincero, já estavam há pelo menos três dias por ali e não estavam dando conta de abastecer o navio com os itens preciosos.
— Entendi, meu povo está mais confortável com a presença de vocês, viram que não nos atacaram…
— E nem vamos, temos nossas famílias nos esperando vivos lá na ilha, não vale a pena entrar em conflito quando já temos um acordo. — Olhou para ela que sorria, ela parecia feliz que os seus estavam bem e que aqueles homens não tinham mudado de ideia.
— Isso é bom!
A conversa deles basicamente era aquilo, ela se certificando que eles não fariam mal ao seu povo e ele vice e versa, mas se sentiam bem com a presença um do outro, era um sentimento estranho.
— Eu preciso te falar uma coisa! — Quando estava quase indo embora para resolver outras coisas no palácio, tomou coragem e decidiu que falaria para ela o que vinha sentindo faz tempo.
— Sim! — Ela estava curiosa com o que ele tinha para dizer.
— É estranho, e você pode me achar estranho, mas eu não sei te explicar… — Demorou para perceber. — Ela riu e ele não entendeu nada.
— O que? — Estava confuso.
— Eu achei que estava ficando doida, sabe… — ela parou de frente para ele. — Mas esse sentimento nunca passou e você sabe o que isso significa, não sabe? — ainda olhava confuso para ela. — Você acredita em ligações de outras vidas? Almas gêmeas? Pessoas predestinadas? — estava bem didática, percebeu que ele não entendia muito dessas coisas quando fez uma cara de surpresa.
— Eu já ouvi falar, mas isso é conto de fadas. — O tom incrédulo dele fez com que ela soltasse uma gargalhada.
— Então o que você acha que é? — Estava curiosa em saber a resposta dele.
— Eu não sei, acho que me apaixonei por você à primeira vista e isso é uma loucura, não é? — Ele estava mesmo acreditando naquilo que dizia.
— Não acredita em almas gêmeas, mas acredita em amor à primeira vista? Muito previsível! Bom capitão, eu não sei o que é, mas eu me sinto da mesma forma e acho que é a maior loucura que aconteceu na minha vida e eu acho que vou continuar sentindo quando você for embora. — Dessa vez a luz que ela emanava - na visão dele - quase se apagou e ele sentiu a mesma coisa que ela.
— O que vamos fazer? — Perguntou não fazendo ideia do que fariam.
— Eu não sei do futuro, mas agora eu acho que quero te beijar, mas eu não sei se a gente deveria, porque isso pode fortalecer a nossa ligação. — Disse derrotada.
— Acho que a gente pode ver o que acontece e se formos almas gêmeas mesmo, o destino vai dar um jeito de nos unir, não acha? — Disse olhando nos olhos da mulher.
— Pra quem não acredita em almas gêmeas, você sabe bastante coisa! — Riu e se aproximou mais dele. Ele estava certo, precisavam fazer alguma coisa, porque aquela agonia estava dilacerando seu peito.
— Um pobre homem não pode mais se apegar a essas coisas? — Riu também, olhando ela se aproximar e indo com seu corpo até o dela também, para acelerar o processo.
Assim que se aproximaram seus corpos se encaixaram como ímãs, como se tivessem nascido um para o outro. Bem como seus corpos, seus lábios também se encaixaram perfeitamente, o beijo foi como mágica, algo que eles nunca tinham sentido antes, e podia até ser só fogo de palha, mas eles aproveitariam aqueles dias deles lá ao máximo e depois? Bom o futuro só pertencia ao destino mesmo, se fosse para ser, seria com certeza.
FIM.
Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Ai ai essa música, eu meio que realizei meu sonho de escrever algo com piratas e Sereias, tá, talvez não esteja tão profundo como eu gostaria, mas no final eu gostei e talvez rolê uma continuação, quem sabe hahahahahaha
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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