Última atualização: 17/09/2020

Capítulo Único


Enfim a casa na praia, não tinha motivo algum para dizer que alí não era perfeito. A brisa do mar, o som das ondas, o sol. Tudo estava tão lindo e perfeito que não tinha como não se apaixonar mais ainda pelo o mar; estava se sentindo tão bem ali que a vontade foi de largar tudo para trás e dar aula de música e administrar algumas coisinhas apenas da sua casa de praia.
Gee tinha deixado tudo arrumadinho para a chegada dos dois, ele havia planejado isso a um bom tempo já, desde que ele terminou com a Carolina, sempre foi a favor dos dois juntos e quando ela descobriu por notícia que o casamento dos dois havia chegado ao fim, ela tentou ligar, mandou mensagens se duvidar até mandou mensagem para o Di avisar que ela estava quase arrancando os cabelos de preocupação por ele, mas claro não fez isso e Gee não respondeu. Tudo bem, ela deu o espaço que ele precisava, mas no fim não obteve nem um “Estou bem”, mesmo depois de muito tempo.
— O clima está ótimo.
— Ah sim, fazia tempo que eu não vinha a praia.
— Eu dei alguns jeitos. – Sorriu. – E como está seu namoro? Dig vem respeitando você e tal?
— Está sendo diferente, terminamos alguns dias atrás, ele me procurou ontem eu não quis voltar… É isto. – Um sorriso desanimador apareceu.
, porque você não falou nada? Eu teria voltado um pouco antes.
— Está tudo bem, foi tranquilo até, as coisas não estavam mais dando certo, eu e ele percebemos isso então chegamos a conclusão que terminar seria melhor. Vamos mudar de assunto, são quantos quartos?
— Dois, vamos levar as malas para os quartos, e depois.
— Enfim meu grande amor. – Falou com toda sinceridade. – Praia!
— Não consigo conhecer outra pessoa que seja tão apaixonada pelo o mar.
— Acho que não vai achar tão fácil. – Andou até o final do corredor. – Tem certeza que são dois quartos?
— Sim, estava no site. – Apareceu na porta. – Dois quartos, ambos com suíte.
— Então mentiram para você, é um quarto com uma entrada para sala de jogos, sem cama.
— Dorme aqui, eu fico na sala, e deixo minhas malas na sala de jogos.
— Claro que não, você deve está mais cansado que eu, você fica no quarto e eu fico na sala. – Caminhou até ele.
, fica aqui, não tem problema.
— Não mesmo, eu realmente não me incomodo em dormir no sofá, até que me acostumei.
— Como assim?
— Passei um bom tempo dormindo no sofá enquanto trabalhava.
— Eu achei que o motivo fosse outro.
— Não, não chegamos a esse nível.
— Então. – Ele respirou fundo e arrumou o próprio cabelo. – Podemos fazer como antes?
— A não. – Ela riu. – Acho uma péssima ideia.
— Não é, a cama é grande e não vejo problemas, realmente já fizemos isso.
— Mas naquela época éramos adolescentes.
— E agora não vejo problema algum, não vou tentar nada com você. – Pegou a mala dela. – Talvez derrubar você da cama. – Riram.
— Nem pense em fazer isso, eu jogo um balde de água em você. – Entrou no quarto. – Vamos dividir o guarda roupa, acho que dá, você trouxe muita coisa?
— Não tanto, cabe de ambos.
— Certo, o que mais tem aqui é biquíni, faz falta morar perto da praia como antigamente. – Sentou no chão de frente para o guarda-roupa.
— Posso alugar uma casa na praia, passamos longos dias aqui. – Estava sentado na cama.
— E a banda? – Parou de tirar as roupas da mala e olhou para ele. – Não vai falar que não tem mais NxZero.
— Tem , claro que tem, mas resolvemos parar por tempo indeterminado, é uma pausa.
— Por isso que o bonito está aqui.
— Sim. – Sorriu. – Não é semana de folga, é a pausa, e resolvi começar ela com você, quando terminei com a Ca você me ligou, tentou falar comigo mas eu ignorei, não devia ter feito isso com minha melhor amiga.
— Está tudo bem, são águas passadas, mas enfim vocês não brigaram né?
— Não, queremos focar nos nossos projetos e depois voltamos.
— Isso é um alívio, imaginar vocês brigados é estranho. – Voltou a arrumar as coisas.
— Fique tranquila, não é isso. Vou me trocar para ir na praia, você vai ficar?
— Vou junto, só vou terminar aqui e aí eu me troco.
— Ok.
Gee deixou a mala do lado da mesa de canto da cama e levou uma blusa e short para se trocar. Ele saiu do quarto e deixou a amiga terminar de arrumar tudo e também se trocar; colocou por debaixo do vestidinho solto um maiô marinho com pequenas âncoras brancas desenhadas no tecido, calçou sua rasteirinha e o encontrou sentado no sofá.
Andavam tranquilamente lado a lado falando da banda, como tinham algumas músicas quase prontas, outras que não sabiam como colocar em um pequeno CD, só que não tocou por nenhum momento no sem trabalho. Do Le – como ela o chamava – era mais interessante do que o dela, o que não era mentira.

Sentados a beira mar, eles contemplavam aquela vista divina.
— As vezes queria ficar aqui, largar tudo para trás e não dar mais atenção pessoal para a produtora.
— E porque não faz isso?
— Eu… – Refletiu. – Não sei, não sei mesmo, acho que o medo de sair do conforto, ir para algo diferente fala tão alto.
com medo? Medo do novo?
— Tanta coisa mudou, tanta coisa já não é mais como é.
— O que você pretendia?
— Sobre o que?
— De largar tudo, .
— Ah, não sei, eu só queria voltar a morar perto do mar, ou sair daquela casa.
— Dos seus pais?
— Eu esqueci. – Ela riu. – Eu não moro mais na casinha dos fundos, eu comprei uma casa, alguns metros da casa dos meus pais, e passei a morar lá, eu morava com meu ex namorado mas agora eu vejo que não é bem o que eu quero.
— Faça um teste, passa o tempo aqui comigo.
— E o trabalho?
— Bom, a casa tem internet e você usa o meu computador até ter o seu.
— Le, não precisa, daqui a pouco você dá sua roupa para usar.
Ele sorriu tímido.
— É, se você quiser também.
— Claro que não. – Empurrou ele de leve. – Eu realmente quero nesse momento é entrar no mar, vai ficar aqui?
— Não, vou junto.

Mais tarde, Gee fez o almoço para eles, e depois assistiram um filme juntos. Gee mostrou algumas músicas escrita por ele, todas encantaram a garota, ela saiu de lá cantarolando uma das músicas que literalmente não saia de seus pensamentos.
Deitados na cama, cada um com sua coberta, ele ficaram assistindo um canal de filmes qualquer. pegou no sono primeiro que Gee.
••

Passaram uma semana juntos na casa de praia, Ge trabalhou nas músicas que iria lançar aos poucos e apenas aproveitou para voltar a tocar violão e pensar em projeto pessoas que estava engavetado a anos.
Em um desses momentos, Gee não conseguia encontrar a melodia perfeita para a letra que tinha criado naquela semana de frente ao mar. A garota que estava sentada na espreguiçadeira desenhando no papel cartão, deixou o desenho aleatório de lado e se aproximou do amigo.
— Difícil? – O vestido balançava com o vento.
— Achar a melodia sim, a letra está quase pronta.
— O que tem em mente? – Sentou ao lado dele. – Vai ser um pouco mais agitado, ou tranquilo?
— Diga você, quero sua opinião. – Entregou a folha. – Seja sincera.
— Serei. – Ela leu sem tentar nenhum ritmo o que foi um pouco difícil. Na segunda leitura uma melodia aleatória surgiu em seus devaneios. – Empresta o violão?
— Achei que tinha se esquecido.
— Parcialmente. – Sorriu. – Talvez eu lembro de algo, mas sem me zoar viu.
— Não prometo nada.
Ela dedilhou primeiro sobre as cordas e leu a letra que havia deixado entre eles. Com o som do mar e o cantar dos pássaros, passou a tocar uma melodia calma, e um pouco rapidinha, Leandro logo pegou as notas e e colocou lado a lado no papel que ali tinha, em questão de segundos havia dado uma das melodias mais simples e singela que ela já tinha feito ao lado dele.
— Desde quando a gente não toca juntos?
— Ah um bom tempo Le, acho que passou de dez anos já.
— Não faz tanto tempo assim.
— Claro que faz, mas e aí, gostou?
— Ficou muito bom, muito bom mesmo, eu vou colocar algumas notas e usar ela, vou por seu nome junto ao registrar.
— Que? – Desviou a atenção do celular. – Precisa não, sério, não precisa e não tenta insistir.
— Muito bem você que sabe.
estava sorrindo enquanto alternava o olhar entre Gee e o celular, quando simplesmente sentiu seu coração palpitar tão rápido que jurava que estava tendo uma arritmia, os lábios ficaram secos, seu rosto ficou pálido.
— Está tudo bem? – Ele se preocupou. – ?
— Eu to lendo certo isso? – Mostrou o celular.
Leandro subiu a conversa do chat, leu atentamente e também não acreditava no que estava ali junto das fotos.
— Qual era o nome dele mesmo?
.
— Podemos ver com alguma advogada.
— Não precisa, é real, as fotos, os prints, tudo!
— A criança tem um ano e meio ou quase dois, pelas minhas contas é claro.
— Sabe o que é mais absurdo. – Se levantou com todo ódio. – É que ele me traiu e, engravidou outra mulher e ainda chega em casa e fingia que nada acontecia, estava tudo lá o que eu gostava, até mesmo minhas flores favoritas. Como eu fui idiota de não perceber.
— Hey. – Ele segurou as mãos da garota com leveza. – Tenha calma, não fique com tanto ódio, é extremamente errado, da parte dele.
— Impossível Gee, você viu, ela simplesmente cobrou que eu pagasse a pensão, como seu eu tivesse feito o filho com ela.
— Ou ele passou seu numero para ela sem querer, a forma que ela fala, é nitidamente como se fosse com o .
— Eu vou responder.
— Não, eu respondo, você está muito nervosa para isso, vamos tomar um chá e com isso eu respondo.
— Ainda não acredito. – Entravam na casa.
— Vocês não se entendiam desde quando?
— Quase um ano, mas nunca percebi uma mudança nele.
— O melhor que você faz é jogar pro mundo não fique com nenhum sentimento ruim dentro de si.
— Prometo tentar, Gee.
E pela segunda vez ele estranhou ela o chamando de Gee, Marinha nunca o chamou por esse apelido, era raro as vezes e nessas vezes incluía quando ela não estava bem.
Gee respondeu a amante de e deu umas pequenas provas que aquele número não pertencia ao homem, claro que ele não se identificou como Gee muito menos como Leandro. Como ela já tinha tomado o chá que o amigo havia feito, deitou na cama depois de um banho e ali ficou até cair no sono.
A mulher ainda insistiu em manter uma diálogo com “” e de todas as formas, Leandro conseguiu manter a vida de mais tranquila. Aquele problema todo o fez sentir um pouco culpado de não estar tão presente na vida da amiga, antigamente ele já teria impedido de tanta coisa acontecer com ela. Não que fosse indefesa, mas os alertas que cada um como sempre faziam.
se virou na cama, ficando de frente para o Leandro.
Ele parou jogo colocou o controle de lado, e olhou para ela.
— Descansou um pouco? – Ele a questionou.
— Mais ou menos, eu já volto.
se levantou, lavou o rosto e escovou os dentes e voltou a deitar na cama, realmente estava muito desanimada, mas o amigo não precisava de uma conversa com alguém que acabou de acordar.
— Você ficou jogando desde que eu dormir?
— Sim, eu esqueci o fone, então foi no último volume praticamente.
— Só você mesmo. – Ela riu.
— Esse problema todo me fez ver o quão longe estamos um do outro, eu não devia ter me afastado tanto de você.
— Tudo bem, você não se afastou, lembrou até da minha pessoa e me chamou para virmos a praia. – Tirou um singelo sorriso dele.
— Porém, mesmo assim, eu tento recompensar de alguma forma. – Deitou ao lado dela.
— Não precisa…
Enquanto ela olhava as novas tatuagens no braço do músico, Gee a olhava, como sempre olhou a anos atrás, suprimir aqueles sentimentos o fez afastar dela, ele realmente amou a Ca, mas não na mesma intensidade que .
Os olhos dele já dizia quase todo seus sentimentos por ela, bastava olhar bem que seria fácil de se decifrar.
subiu o olhar e foi de encontro ao dele, era um misto de sentimentos que foi cultivado a tanto tempo dentro de si que acabou agindo por pura livre e espontânea vontade. Ela apoiou seu peso no braço direito e apoiou sua mão no tórax dele inclinou sua cabeça para um beijo. Gee entrelaçou seus dedos nos fios morenos da garota e intensificou mais o beijo, não passaria de um beijo entretanto tiraria todos os atrasos de poder sentir o gosto dos lábios dela.
— Me desculpe, eu não devia. – Se afastou dele.
— Não, tá tudo bem. – Olhava naqueles oceanos particulares.
— Está bem. – Se sentiu envergonhada. – Ela mandou mais mensagem? – Ainda apoiava seu peso no braço.
— Sim, mas convenci que não era número dele, agora só resta ver o que ele vai fazer.
— Nada, se ele não falou nada para mim não vai fazer nada.
— Deite-se aqui.
Se ajeitou para , deitar nele. Gee tirou do hdmi e colocou um filme para poder assistir com ela. Eles passaram o final do dia ali juntos, só saíram para pegar a comida que pediram e tomar um banho.
••

Era a última semana deles na casa de praia, eles haviam passado mais tempo juntos, alguns beijos a mais, até mesmo noites em claro, entretanto nada que fosse comprometido. Gee queria oficializar, só não queria apressar tudo para .
— Passou protetor solar já? – apareceu na sala.
— Sim.
— Ótimo, poderia passar nas minhas costas?
— Sim. – Estendeu a mão e pegou o fraquinho.
tirou o cabelo das costas colocando no lado direito do pescoço e soltou o laço que prendia o biquini, apenas segurando com as mãos. Ela sentiu o toque das mãos quentes e do creme tocar em suas costas, ele passou tão cuidadosamente e devagar só para poder apreciar mais um pouco e ter as melhores imaginações pervertidas.
Ele amarrou o biquíni dela e levou a pequena bolsa onde tinha algumas garrafinhas d’águas e a toalha de praia.

— Nossa última semana aqui. – Encostou nele. – Foi a melhor decisão ter tomado.
— Eu que diga, descobri tantas coisas boas nesse dia, além de ter um pequeno oceano particular. – A deixou com vergonha.
— Pensei tanto em algumas coisas.
— Diga.
— Já teve algum medo de algumas coisas até mesmo de decisão mas sempre foi o que você queria?
— Acho que você não me conhece mais.
— É sério. – Se virou para ele. – Mesmo a gente se conhecendo desde o pré, tem que ter algo. Talvez depois que nos afastamos algo deve ter surgido.
— Você.
— Eu?
— Sim, você. – Pausou por um tempo. – Eu gostava e ainda gosto de você desde o fundamental, só não falei para você por medo.
— Então eu acho que tudo bem eu falar que hesitei muito quando você falou que ia pedir a Carol em namoro.
— Por isso você sumiu.
— Sim, e ai eu segui um rumo totalmente diferente do que eu havia planejado.
— Então acho que está na hora de deixar tudo isso e passar a seguir seus desejos.
— Sem medo e nada confidencial.
— Ai nem fale. – Deitou na toalha. – Será que isso pode comer pela a gente?
— Eu não quero forçar a nada. – Deitou ao lado dela. – Mas você sempre foi a dona do meu coração, tentei dar umas burladas mas não deu certo. – Ela riu.
— Acho que não posso perder mais tempo.
Deu um beijo nele entre sorrisos. e caminhou para o mar, Gee aproveitou e atualizou foto dela no lugar preferido, entre as ondas; Em seguida ele colocou a câmera de lado e foi de encontro dela e do mar.
precisou assumir o filho, principalmente depois que a amante dele o procurou com o endereço que passou.
Gee e assumiram o namoro pra suas famílias e também para os fãs, e agora eles voltariam aquela semana para a cidade, e com tudo ajeitadinho para se mudar para uma casa na praia junto de Gee, durante a pausa do NxZero.




FIM!



Nota da autora:
Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ❤
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.


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