Capítulo Único
You were gonna come to me
And here you are
But you better choose carefully
'Cause I’m capable of anything
Of anything and everything
— E ela, quem é? — apontou uma garota disfarçadamente, ou pelo menos, pensou que sim.
Eram as férias de verão daquele ano, ia passar a maior parte delas na cidade do primo Tim, a quem tinha acabado de fazer a pergunta. As despesas da faculdade e a aquisição de seu carro haviam impedido que ele viajasse para a praia, com a qual estava sonhando, férias consideradas perdidas até ver a garota a quem se referia.
Talvez ela pudesse o ajudar a superar a monotonia que seriam aqueles dias naquela cidade pequena, uma vez que, pelo menos de longe, ela parecia realmente interessante.
— Ah cara, desiste. Ela é das difíceis. — seu primo disse simplesmente e começou a sugerir outras garotas que eram tão bonitas quanto aquela e que seriam conquistas mais fáceis.
não gostou do tom adotado por Tim, soou como se a garota fosse boa demais pra ele ou como se ele fosse incapaz de conquistá-la ou conquistar qualquer garota que exigisse certo esforço.
— Como assim? — ele cortou o primo, voltando o foco da conversa para a garota inicial.
— Ah cara. — começou a notar a constância dessa expressão nas falas de seu primo e se perguntou em qual momento isso ia começar a aborrecê-lo. — Aquela garota é meio doida. O nome dela é . E ela nunca nunca nunca fica com um cara casualmente. Eu só vi dois caras beijando ela até hoje. Os dois ex namorados. E como eu te conheço e sei que você não quer namorar, ainda mais alguém daqui, eu te digo: desista.
— Como assim não fica com ninguém casualmente?
— Não ficando, ué. Eu não sei se é porque ela é absurdamente romântica e fica se guardando para o príncipe de cavalo negro dela…
— Cavalo branco.
— É, tanto faz. — riu de sua própria confusão. — Mas continuando, não sei se ela está se guardando à espera do amor da vida dela ou se ser assim é tipo uma lei da seita que ela participa.
— Seita?
— É, cara, eu te disse que ela é doida. — ele fez uma pausa. — E agora acho que soei preconceituoso né? — limitou-se a dar de ombros e deixou o primo refletir sobre sua atitude sozinho.
Com a mente presa nas informações dadas por Timoty, ele voltou seus olhos para . Em um ato que deveria ter se repetido umas 50 vezes naquela noite.
Havia uma distância considerável entre eles naquele momento e foi essa a causa da grande surpresa que tomou no momento em que os olhos da garota, que supunha estar observando em completo anonimato, desviaram-se até os dele e ela sustentou seu olhar com certa curiosidade até virar-se sorrindo para responder alguém em seu círculo.
observou a garota por mais alguns instantes e se viu ainda mais interessado, enquanto em sua cabeça uma imagem de Barney Stinson dizendo “Challenge accepted” era bem nítida.
Patético, até ele concordava.
E naquele momento, teve a certeza de que conquistar aquela garota seria seu objetivo naquele verão, tanto pelo quão interessante ela parecia, tanto pela incredulidade de seu primo em suas habilidades de conquistas.
Ele nunca saberia dizer qual das razões era mais relevante naquele momento.
Sua única certeza era a de que ele teria aquela garota, não importava o que tivesse que fazer. Achou-se meio cafajeste com esse pensamento, mas lembrou-se que, na maioria das vezes, era isso que ele era mesmo e continuou firme em sua decisão. Afinal, no fim de tudo ele iria embora e assim, nada podia dar tão errado.
— Você vai né, ? — Timoty perguntou ao primo.
— Hã, onde?
— Na festa da Brittany, cara. Tô falando disso há meia hora.
— E estamos jogando há meia hora, eu tô concentrado aqui. — Tim riu do primo, de fato ele levava as partidas de Fifa que estavam disputando muito a sério.
— E então?
— Vou sim, não vai ter nada pra fazer mesmo.
— Pois é. — Tim suspirou meio desanimado com o quão pacata aquela cidade era.
— E todo mundo vai, não é mesmo?
— Sim.
— Mas todo mundo mesmo, né?
— É, acho que sim. — o primo mais velho respondeu achando estranho aquele interesse de .
Ah!, pensou Timoty.
— Você quer saber se a vai.
— Aham. — respondeu, mesmo que a constatação de seu primo não fosse interrogativa, enquanto sentia seus lábios se curvarem em um sorriso que ele julgaria malicioso se estivesse em frente a um espelho.
— Ah cara, você ainda tá nessa. — disse Timoty como se a fixação do primo na garota estivesse durando por meses e não por algumas horas. — Eu já te disse…
— Tim, cara, ainda tem daqueles sanduíches? — Phil, o melhor amigo de Tim, perguntou ao que entrava no cômodo do qual se ausentara pelos últimos dez minutos para atender uma chamada da namorada.
— Sim, estão na geladeira.
— Beleza. — disse o ruivo, colocando então seu celular no assento ao lado de e seguindo para a cozinha.
— Eu sei o que você disse. Que a é difícil demais. E meio doida, pelo visto. — retomou o assunto interrompido. — Mas eu acho que ela vale o esforço e tenho certeza que dou conta de conquistá-la.
— Ah cara, eu não sei não. — Tim riu. — E além do mais, eu não estou entendendo essa sua fixação, . Você nem conhece a garota, dela só sabe o que eu te contei, isso tudo tá me parecendo uma aposta. Mas você não apostou nada comigo.
— Eu não seria tão baixo, primo. Mas devo confessar que isso é tipo um desafio pessoal pra mim, sabe? Conquistar a garota difícil e interessante.
— Ah cara, acho que você vai se dar mal.
— O máximo que pode acontecer é eu levar um toco.
— Ou se apaixonar. Há! É isso, você vai se apaixonar por ela. — Tim sorriu como se estivesse cem por cento certo a respeito do que falava, o que, é claro não estava.
Foi a vez de rir, irônica e exageradamente.
— Tô começando a achar que o meio doido nessa cidade é você. — disse quando conseguiu se controlar. — Mas o que te faz pensar isso?
— O fato de que isso acontece com todo cara que se aproxima dela. Eu não sei se é macumba, poção do amor ou se a mãe dela passou mel nela. Mas tô te dizendo, já teve muito cara querendo brincar com ela e acabou apaixonado e o pior, sem ela.
olhou o primo com uma feição de quem duvidava do que estava ouvindo, e de fato ele duvidava.
— Eu tô falando sério, cara. Teve uma época, durante o ensino médio, que saiu um boato de que ela sabia fazer a poção do amor do Harry Potter, aquela que tem um cheiro diferente pra cada pessoa. Você tinha que ver a histeria das outras garotas, todas queriam a tal receita e ela era a única que sabia fazer a tal poção pra deixar qualquer homem enfeitiçado.
— Vocês estão falando da ? — Phil surgiu do nada, assustando e fazendo com que Tim encarasse o primo com uma feição de “Eu não te disse?”.
Make me your Aphrodite
Make me your one and only
But don’t make me your enemy,
your enemy, your enemy
— Pode me falar agora Tim?
— É claro, e saiba que essa é a minha última tentativa de por juízo na sua cabeça e fazer você desistir dessa ideia maluca de investir na .
revirou os olhos diante do comportamento do primo, que ele julgava exagerado. Apesar de ter descoberto que os boatos sobre realmente existiam e que seu primo não era o único a crer neles.
Ah se Tim soubesse que toda essas histórias estavam aumentando mais o interesse de em desvendar e conquistar e não o contrário.
— Pois diga.
— Eu te disse que só vi a beijar dois caras em todos esses anos que conheço ela, né? E você sabe que a gente até estudou na mesma escola, embora em classes diferentes.
— Aham, os dois ex namorados.
— Isso. Mas a questão aqui é que eu aposto que os dois se arrependem amargamente de terem se relacionado com ela.
— Por que você pensa assim?
— Ah cara, eu presenciei tudo e garanto que não sou o único dessa cidade que pensa assim. — diante de sua recente introdução à fama de naquela cidade, não contestaria a última afirmação de seu primo.
— Ah tá bom, agora me conta o que de tão mal aconteceu nesses relacionamentos.
— Dave Simons, o primeiro namorado de , eles namoraram por uns dois anos, acho que ela ainda estava no ensino médio, ele é um pouco mais velho. — riu da maneira que seu primo falou, como se estivesse apresentando as pistas ou os suspeitos de algum crime. — O fato é que já faz mais de três anos que eles terminaram e ele não superou ela até hoje.
— E como que você sabe disso?
— Cara, todo mundo sabe disso. O Dave nunca mais ficou com outra garota, muito menos namorou outra e dizem que já o ouviram falar algo sobre a ser a musa inspiradora dele. E o pior é que pelo visto, foi ele quem terminou com ela.
— E vocês acham que como vingança a enfeitiçou ele com uma poção do amor?
— É uma hipótese. — Tim deu de ombros e teve certeza que ele acreditava nisso.
— Hm, então tá. — concordou, embora ainda um pouco desconfiado. — E o outro namorado?
— Esse é pior.
— Pior do que ficar morrendo de amores por alguém que não te quer?
— Sim, porque esse, simplesmente, sumiu do mapa, ninguém nunca mais o viu.
— É o quê? — se assustou com até que ponto esses boatos poderiam chegar.
— Nicolas Johnson, segundo namorado da . Namoraram por menos de um ano e mais de um ano depois do primeiro término dela. O caso é que, o cara a traiu em um fim de semana. Foi visto entrando na casa dela na segunda e nunca foi visto saindo e daí, sumiu. Ela é o tipo de garota que eu nunca iria querer ter como inimiga. — Tim disse simples, enquanto arregalava os olhos e constatava que, pelo jeito, até de assassina a pobre garota tinha fama e decidia que de jeito nenhum acreditava naquilo.
— É muita doidera pra uma cidade só! — disse por fim e viu seu primo dar de ombros. — Então quer dizer que se eu persistir nessa ou eu vou acabar apaixonado por ela pra sempre ou vou sumir do mapa?
— Basicamente, mas essas opções só valem se você de fato conseguir conquistá-la e disso eu ainda duvido.
Uma música alta ecoava das várias caixas de som espalhadas pelo ambiente em que a festa anual da Brittany acontecia.
Um DJ pulava animado no palco ali montado.
Um “abarrotado” de pessoas dançava, se pegava e bebia como se não houvesse amanhã.
gostou daquele ambiente e gostou mais ainda de que, no meio de tantos jovens, se prender, justamente, aos olhos daquela que não saía de sua cabeça.
, mais uma vez, sustentou o seu olhar e sorriu abertamente para ele, como se ele fosse tudo o que ela esperava e procurava naquela festa.
O mais novo sentiu um arrepio percorrer em seu corpo, sem saber ao certo se isso se dava pela presença da garota ou por tudo que ouvira dela até aquele momento.
Decidiu, por fim, que era pela garota em si, uma vez que ele não era, de modo algum, supersticioso e tão crente em boatos como seu primo.
Virou-se a procura de Tim para avisar—lhe que iria até e não o encontrando, voltou seus olhos ao local em que a garota estava e qual foi sua surpresa ao perceber que ela também tinha sumido.
Para , isso estava ficando cada vez mais interessante.
estava meio debruçada sobre o bar esperando sua bebida quando sentiu uma presença atrás de si.
Sorriu consigo mesma, sabendo exatamente quem era, a vantagem de ter a fama que tinha naquela cidade é que o assédio era quase inexistente.
Ela não tinha que lidar com caras chatos e insistentes como as outras garotas.
Virou-se, ainda sustentando o sorriso nos lábios pintados de vermelho e analisou o garoto parado a sua frente.
— . — disse simplesmente, notando o lampejo de surpresa que passou pelas feições dele, que logo assumiu outra postura, aproximando—se mais dela.
— .
— Eu sabia que você viria.
— Quer dizer, que estava me esperando?
Ela limitou-se a dar de ombros antes de virar—se para pegar sua bebida e sair dali.
— E agora está fugindo? — ouviu próximo a seu ouvido no momento em que enfim chegou ao local desejado.
Os dois agora se encontravam em um canto meio afastado da pista de dança.
— De modo algum, eu só não queria ficar lá atrapalhando quem quisesse pegar algo para beber.
— Então eu não estou te incomodando? — negou com um movimento de cabeça, encarando desconfiada.
Ela não sabia se ele estava querendo se portar como um cavaleiro para conseguir o que ele queria com ela, ou se ele realmente era um cara não invasivo, ao contrário de muitos outros que ela conhecia.
Torceu para que a segunda opção fosse a certa. No entanto, ela sabia, achar um cara que, além de bonito, fosse bacana era uma situação cada vez mais rara.
— Você tá afim de dançar?
— Essa música não, acho ela bem chatinha. Mas a próxima eu adoro. Se você quiser esperar.
estranhou que ela falasse da próxima música como se soubesse qual era, mas concordou mesmo assim. Ele tinha certeza que se continuasse agindo assim, ele iria se tornar um paranoico como Tim. Tentou afastar esses pensamentos e se concentrar naquele flerte.
— Essa é a única festa que vocês têm no verão?
— Claro que não. — ela riu. — Você deve estar pensando isso devido a quantidade de gente, né? — ele meneou a cabeça em concordância, era exatamente isso que ele tinha pensado. — Isso aqui é tipo o pontapé inicial da “temporada de festas de verão”, por isso ninguém falta. Mas você sabe, cidade pequena, qualquer evento que acontece é lucro e todo mundo se empolga.
concordou, o primo era a prova viva da empolgação dos jovens com aquelas festas.
— Você nunca passou o verão aqui? — perguntou, visivelmente curiosa, ela se perguntava se já tinha o visto. — Digo, o Tim é seu primo e, até onde eu sei, ele mora a vida toda aqui.
— Eu costumava vir mais em fins de semana esporádicos. No verão, o Tim é que ia pra minha casa.
— E por que isso mudou esse ano?
— Eu não queria passar as férias todas em casa e ele estava com preguiça de ir pra lá.
— Entendi. — abriu a boca para fazer-lhe uma pergunta quando sentiu a mão dela apertar-lhe o braço e ouvi-la dizer empolgada: — Eu disse que a próxima música era boa, vem! — e saiu arrastando o garoto até o meio da pista.
olhou ao redor, esperando encontrar pessoas encarando a garota difícil dançando com o garoto de fora. Mas isso não aconteceu, talvez as pessoas não fossem tão paranoicas com como seu primo fez parecer que eram, ou talvez elas só estivessem bêbadas demais para prestarem atenção.
— Você também nasceu aqui? — perguntou para ter uma desculpa para se aproximar da garota, visto que com aquele barulho falar ao ouvido era necessário.
— Não. — foi a vez dela se aproximar, causando um arrepio no , que ela ignorou. — Eu vim pra cá quando tinha doze anos, o orfanato em que vivia na outra cidade fechou e eu fui transferida pra cá. — Ela disse e tentou disfarçar sua surpresa, ela era órfã e Tim não havia lhe contado isso, talvez esse detalhe tivesse sido ignorado pelo primo porque ela tivesse sido adotada em algum momento. Achou melhor não perguntar a ela, não queria parecer indelicado, falaria com o primo depois.
Nesse momento, ele notou que os dois haviam se afastado um pouco depois da fala dela e a puxou pela cintura para mais perto.
sorriu e cruzou os braços no pescoço dele, enquanto eles dançavam de um jeito que não acompanhava de fato o ritmo da música e não se importavam.
achou adorável o modo como ela fechou os olhos em algum momento e ficou sussurrando a letra da música, que ele percebeu que ela realmente adorava.
Meio relutante, ele aproximou seus lábios do pescoço dela e roçou-os ali, parando por um momento para ver se ela ofereceria alguma resistência. Ela não o fez e aproveitou para enroscar os dedos nos cabelos dele.
Diante desse incentivo, ele começou a distribuir beijos e até algumas mordidas pelo pescoço dela, que continuava a dançar.
, mal podia acreditar que aquilo de fato estava acontecendo, ou o primo havia se enganado ao falar de ou ele era realmente um conquistador nato irresistível.
Ao pensar nisso um sorriso que era um misto de convencimento e excitação formou-se em seu rosto e ele encarou a garota a sua frente que agora tinha os olhos abertos e observava atentamente sua expressão.
Curvou um pouco a cabeça para baixo e aproximou-se, lentamente, dos lábios tão convidativos dela. Já imaginava o gosto deles, ao que sentia a respiração dela tão perto, quando ela virou o rosto, fazendo com que um muchocho de descontentamento escapasse dele e seus lábios atingissem o maxilar dela.
sorriu, levantou o rosto dele e aproximou-se, mordendo-lhe, demoradamente, o lóbulo e soltando-o, afastou-se.
, ficou ali, um misto de desapontamento e confusão apossando—-se dele. Encarou as costas da garota em movimento e aí percebeu que ela dirigia-se para o ambiente externo.
Sorriu consigo mesmo e foi atrás dela.
Se ela queria que fosse escondido, o escondido é o que ela iria ter.
So you wanna play with magic
Boy, you should know whatcha falling for
Baby do you dare to do this
'Cause I’m coming atcha like a dark horse
Are you ready for, ready for
A perfect storm, a perfect storm
'Cause once you’re mine, once you’re mine
There’s no going back
havia parado perto da cerca baixa de um pequeno quiosque que havia nos fundos daquela casa e permaneceu de costas para a porta pela qual havia passado.
chegou ali minutos depois e passou a imaginar o quão ricos os donos daquela residência eram diante do tamanho e luxo daquela propriedade.
O garoto ainda estava a alguns passos de , quando esta se virou, ele, mais uma vez, assustou-se com a estranha sincronia que havia entre eles.
— E mais uma vez, eu sabia que você viria.
— Não era o que você pretendia me deixando lá plantado? Que eu te seguisse?
— Na verdade, não. Eu saí de lá para não te beijar.
— Você não queria? Era só ter falado.
— Esse é o problema, eu quero.
ficou um pouco confuso diante dessa informação, mas ao aproximar—se dela, exibiu um sorriso que julgava como o seu mais galanteador.
— Você não ia me beijar em público, é isso?
— Não vou te beijar aqui também, se é o que você está pensando.
murchou um pouco e ela riu disso.
— Mas você quer.
— Quero.
— E não vai.
— Não vou. — aquele diálogo e a insatisfação notável de , estavam divertindo-a bastante e não beijá-lo estava cada vez mais difícil.
— E você pode me dizer por quê?
— Claro, mas você já sabe. Seu primo te disse que eu sou uma garota difícil e meio doida, né? — não estava em frente a um espelho naquele momento mas sabia que o seu rosto expressava toda a confusão que ele estava sentindo naquele momento. — Mas pelo visto, você não desistiu de me conquistar porque acha que eu valho a pena e porque acha que dá conta.
não conseguiria disfarçar sua surpresa nem se quisesse, ela estava dizendo basicamente o que ele tinha falado a Tim em algum momento na casa dele.
Como ela podia saber daquilo?
Por um momento, todos os boatos que cercavam aquela garota fizeram mais sentido e ele sentiu-se meio assustado e ainda mais envolvido naquilo tudo.
Ele, que sempre fora um crítico das personagens dos filmes de terror que sempre iam até onde viam as assombrações, ali estava indo de cara com o que parecia o perigo.
Irônico.
Ou talvez, a parte racional de seu cérebro ganhou voz, Tim tenha dado com a língua nos dentes ou até mesmo esteja querendo me pregar uma peça.
— O que você está querendo dizer?
— Que eu sei quais são suas intenções. Exatamente quais são elas.
intimidou-se com essa afirmação e esperou pelo toco que iria receber, e se ela fosse mesmo meio doida até um tapa aquela aventura lhe renderia.
— E sendo assim, você está me dispensando?
— Na verdade não, eu só não vou facilitar pra você. Eu até gosto de saber suas intenções, assim não dá para você me enganar ou me iludir.
— Mas você não facilita pra ninguém, não é mesmo?
— É. — ela respondeu sem expressar muita credibilidade e ficou curioso.
— E isso quer dizer que você não vai permitir que eu toque você? — ele perguntou, enquanto em um atitude, que até ele considerou petulante, apertou a cintura dela, diminuindo o espaço entre eles.
— Não, eu tô dizendo que só vou permitir isso quando eu não conseguir resistir mais.
— Ou seja, meu trabalho é fazer você desistir de resistir.
— Basicamente, mas até lá o caminho é longo. — adorou o quão confiante ela soou no momento. — Você tá brincando com o fogo garoto e vai acabar se queimando. — ela continuou e acrescentou o sorriso que ele lhe direcionou à sua lista de sorrisos favoritos.
Mais uma vez, ela se afastou e ficou ali, agora pensando, que se ele não estivesse enganado em sua interpretação, era a segunda pessoa que dizia que ele ia acabar se apaixonando por ela.
Deixando esses pensamentos de lado, ele novamente a seguiu, afinal, ele precisava do número dela.
— Tim, por acaso você disse a alguém alguma coisa sobre a conversa que tivemos aquele dia aqui sobre a ?
— Calma aí, cara, eu acabei de acordar. — ele disse esfregando os olhos. — Eu disse o que a quem?
riu ao que viu a cara do primo e percebeu que sua pergunta tinha saído bem confusa.
— Aquele dia, que estávamos falando sobre a aqui, lembra? — o primo confirmou com a cabeça. — Você disse algo daquilo a alguém?
— Não.
— Tem certeza?
— Tenho.
— E o Phil?
— O Phil nem ouviu nossa conversa cara e outra que ele viajou, nem deve estar lembrando de mais, também com uma namorada daquelas. — Tim fez uma cara safada e riu.
— Estranho, a basicamente repetiu o que falamos ontem, como se ela tivesse ouvido.
Tim arregalou os olhos e se perguntou se tinha sido uma boa ideia contar aquilo ao primo.
— Cara! Será que ela lê mentes também?
— Timoty.
— O quê?
— Eu te fiz uma pergunta.
— Outra?
— É.
— Pra quem se concentra ao máximo pra jogar Fifa, você tá bem disperso hoje, heim? — Tim pausou o jogo e virou-se para o primo. — E deixa eu adivinhar, sua pergunta é sobre a .
— Sim.
— Ah cara, acho que ela já te enfeitiçou. — disse rindo e levou um tapa de .
— Você é muito doido, cara. — fez uma careta ao que percebeu que a mania de seu primo estava passando pra ele. — Mas então, eu te perguntei porque você não me disse que a era órfã.
— É órfã, ela nunca foi adotada. Mas isso importa?
— Claro que não, é só que você me falou tanta coisa sobre ela e sobre isso, não disse nada.
— Sabe que isso alimentou ainda mais os boatos sobre ela? Tipo, ninguém sabe de onde ela veio.
— De outro orfanato, ué.
— Mas e antes de chegar lá? — Tim disse sério. — Você sabe né cara, até o Voldemort veio de um orfanato.
— Você tem que deixar de ser louco.
Timoty riu do primo e esse acabou rindo dele.
— Mas assume, cara, isso tudo faz muito sentido.
Mark my words
This love will make you levitate
Like a bird
Like a bird without a cage
But down to earth
If you choose to walk away, don’t walk away
se levantou assim que viu se aproximando.
Ele tinha convencido ela a sair com ele e aquela lanchonete/sorveteria tinha sido o local escolhido por ela.
Mas clichê impossível, pensava , mas ele não estava na posição de exigir muita coisa.
— Oi. — ele disse antes de cumprimentá-la com um beijo demorado no rosto.
— Oi. — ela respondeu e sorriu. — Você tem certeza? — ela disse divertida.
— De?
— De que quer insistir nisso que você tá querendo me provar ou se provar?
— Eu tô aqui, não tô?
Ela riu e por fim, sentou-se.
— E então, , me fale mais sobre você.
Era a vez dela de achar tudo aquilo clichê.
— O que exatamente você quer saber?
— O que você gosta de fazer? Onde gosta de ir?
— Hm, muitas coisas.
— , você tem que colaborar comigo se quer que nossa próxima saída seja mais interessante.
— E quem te disse que vai ter próxima vez?
— Ué, a não ser que você queira desistir de ser difícil e ceder pra mim hoje, eu vou precisar de te ver mais vezes para te fazer “desistir de resistir”. — ele fez aspas com os dedos. — Não vou negar que prefiro a primeira opção. — ele sorriu safado e odiou a si mesma por ter adorado aquilo.
Aquele sorriso dificultava muito as coisas.
— E aí cara? Conseguiu? — Timoty perguntou debochado assim que passou pela porta.
— O que você acha?
— Pela cara que você fez agora, não. Mas pelo sorrisinho que você tinha quando chegou, eu diria que tinha sido substituída por uma garota que estaria caidinha por você e feito tudo o que você quisesse.
— Sorrisinho? Você é tão engraçado, Timoty.
— E você já está tão apaixonado, .
mostrou o dedo do meio para o primo e desistiu de discutir, aquilo não fazia o menor sentido.
— Gostou do filme? — perguntou, enquanto agradecia mentalmente pela sessão ter acabado.
Estavam no cinema local e tinham acabado de ver um filme que dissera estar louca para ver e que odiou porque não entendeu muita coisa.
Não que tivesse tentado entender também.
— Muito! E agora queria ter alguém com quem discuti—lo, já que minha companhia ficou o tempo todo tentando me distrair ao invés de prestar atenção.
— Eu não estava tentando te distrair, estava tentando me distrair. Aquilo estava um tédio.
— Quer desistir de mim agora? — ela perguntou com um sorrisinho sapeca.
— Não. — ele disse diminuindo o espaço entre eles, ela ficou imóvel esperando a próxima ação dele. — Ainda mais agora que eu estou tão perto de alcançar meu objetivo.
Ela enfim reagiu à aproximação dele e rindo, afastou-o.
— Vai sonhando garoto.
—E está entregue.
— Sim. — ela disse olhando para trás como se para confirmar que a porta em que estavam em frente era mesmo a de sua casa. — Obrigada.
— Pelo quê?
— Pelo cinema, devo confessar que odeio ver filmes sozinha.
— Estou à disposição. E não só pra ir ao cinema. — disse piscando um olho e fazendo rir.
Ah se ele soubesse que aquela risada era para disfarçar o nervosismo que aquela fala, aquela proximidade e aquela piscada causaram nela.
— E por ter me trazido em casa. — ela continuou como se não tivesse sido interrompida.
— Como já disse, estou à disposição e não … — foi impedido de concluir sua fala quando ela tapou sua boca com uma de suas mãos.
— Eu já entendi, seu oferecido. — disse risonha e sentiu ele lamber a mão dela. — Eca! Seu nojento! — liberou a boca do garoto e limpou a mão na camisa dele, na região que cobria um tanquinho que deveria ser delicioso.
Foco, !, ralhou consigo mesma.
segurou a mão dela que estava em sua barriga com uma das suas e com a outra puxou-a pela cintura, aproximando—os.
— Pois não parece que entendeu. — disse passando seu nariz pelo dela.
Por um momento, pensou que ele lhe roubaria um beijo e pela primeira vez, teve certeza que não resistiria.
— Não se preocupa, eu não vou beijar você, você é quem vai fazer isso. — disse quando percebeu o nervosismo dela, que até tinha prendido a respiração.
Esses momentos em que ele era tão metido a conquistador faziam querer jogar tudo para o ar, beijando-o, e bater nele ao mesmo tempo.
Esses momentos também faziam com que ela recuperasse um pouco da racionalidade que estava afetada e conseguisse se afastar.
— Boa noite, . — ela disse sorrindo e beijou o rosto do garoto que não a soltou de imediato. — E não adianta fazer essa cara, eu também não vou te beijar.
soltou-a por fim e a assistiu entrar em casa, como o bom cavalheiro que muito ocasionalmente ele era, depois virou—se e partiu rumo à casa do primo.
observou-o caminhando até que ele virasse a rua e pela pose que ele ostentava e pelo sorriso que ela sabia estar no rosto dele, mesmo que ele estivesse de costas, ela soube que acreditava estar muito perto de conseguir o que queria.
E talvez, ele estivesse certo.
— Quer dizer que a madame ficou com saudades de mim?
— Não, a madame só não tinha nada melhor para fazer e estava completamente entediada.
— Nossa. — disse, sendo dramático ao extremo, fazendo uma cara que derreteria até o coração da Rainha do Gelo, mas que ele não tinha certeza se derreteria o coração da garota postada à sua frente.
gargalhou e tentou, a todo custo, desfazer a careta que ele ostentava.
— Calma, bobinho. — ela disse quando desistiu. — Você sabe que eu adoro sair com você.
não sabia se fora o sorriso dela ou o que ela lhe dissera, mas alguma coisa causou nele uma sensação de formigamento muito estranha e ele desejou, mais do que tudo, poder beijá—la naquele momento.
— Você não sabe o quanto eu gostaria de te beijar agora.
— Achei que você não fosse me beijar.
— Acabei de mudar de ideia. — e sem dar tempo para que ela respondesse uniu os lábios dos dois.
Inicialmente, aquilo era só um selinho, enquanto ele esperava pela resistência dela que não veio.
E só aquele encostar de lábios já foi capaz de intensificar para aquelas sensações estranhas que só sentia quando estava perto dela.
Sorriu com esse pensamento e aprofundou o beijo que foi o primeiro dos muitos que eles ainda teriam.
— Você tem certeza disso? Eu já te disse … — disse meio esbaforida quando eles pararam para recobrar o ar.
— Que isso aqui não tem mais volta, eu sei, eu assumo os riscos. — ele rolou os olhos para aquele discurso dela, aquilo não o assustava mais.
A garota deu de ombros, convencida afinal, e deixou com que ele a guiasse mais para dentro de casa, enquanto ainda mantinham as bocas unidas.
E para , aquilo tudo não poderia ter sido mais perfeito.
Talvez ela tivesse mesmo o enfeitiçado.
It’s in the palm of your hand now baby
It’s a yes or no, no maybe
So just be sure before you give it up to me
Up to me, give it up to me
— , o que nós somos? — disse quando o filme que assistiam no quarto dela chegou ao fim, mais de três semanas haviam se passado desde o primeiro beijo deles.
Estavam deitados e entrelaçados no colchão que já cheirava um pouco a ele.
— Hm, não sei. — ele disse sincero. — Você não acha que assim está bom? — ele acrescentou ao que notou o silêncio dela.
— Acho, mas eu não gosto.
— Não entendi.
— Eu acho que assim está bom, mas não gosto de ficar nessa relação sem saber se estamos realmente em uma relação.
— É claro que estamos em uma relação. Ou você acha que eu deito na cama de uma garota para só ver um filme com frequência? — ele disse enquanto mexia—se na cama para ficar parcialmente por cima dela e beijou-lhe a ponta do nariz.
— Você entendeu o que eu quis dizer. — ela disse meio emburrada por ele não estar a levando a sério. — Você sabe que para mim, tudo é oito ou oitenta, é sim ou não. Ou a gente está de fato junto ou não tem nada.
Ele saiu de cima dela e passou a encarar o teto do quarto dela, enquanto sua cabeça começava a pensar em algo que ele sempre achou que não pensaria tão cedo.
Algo que era resumido por uma palavra de seis letras.
Namoro.
Depois de muito pensar, por fim tomara sua decisão e agora estava indo até a casa de para comunicá-la.
O medo dele era que não fosse bem recebido, uma semana sem dar notícias não deveria dar em boa coisa.
Coçou a cabeça nervosamente e atravessou a rua, parando em frente aquela porta.
— ! — estava visivelmente surpresa — Quanto tempo, cheguei até a pensar que tinha ido embora. — e irritada.
— Oi. — ele disse meio sem graça. — Eu posso entrar?
— Claro.
observou-a fechando a porta, tarefa na qual ela demorou mais tempo do que o necessário, enquanto aguardava sentado no sofá.
— E então? — ela permaneceu de pé, os braços cruzados, numa clara posição de quem queria que aquela conversa terminasse o mais rápido o possível.
— Primeiro, me desculpa pelo sumiço. Eu realmente tinha que pensar.
— E por que não me avisou ao menos? Me pediu espaço? Respondeu alguma das minhas mensagens? — estremeceu ao perceber que ela estava mais preparada para aquela discussão do que ele.
tivera muito tempo para pensar no que diria a ele quando ele aparecesse, porque ela tinha certeza que, em uma hora ou outra, ele iria aparecer.
— Por que eu sou um babaca?
Resposta certa, a garota quis dizê—lo, mas não daria esse gostinho a ele.
— Olha, , me desculpa sério. Eu sei que fui um idiota, mas eu tinha que pensar mesmo. Eu deveria ter te avisado, eu sei, mas não pensei nisso no momento. Você sabe como é a cabeça dos homens, a gente tem que pensar em uma coisa de cada vez. — ele riu fraco. — E eu realmente tinha que pensar na nossa relação, no que você tinha me proposto e no que eu queria.
— E chegou à uma conclusão?
— Sim.
Ela assistiu ele se ajoelhar diante dela e relutante deixou que ele pegasse uma das mãos dela.
— Quer namorar comigo?
confiava no seu taco, sabia que estava apaixonado por ela, mas nunca esperaria uma atitude dessa vinda dele.
Surpresa, a única coisa na qual ela conseguia pensar com clareza era que odiava o fato dele ter se ajoelhado.
Não sabia bem por que, só odiava.
— Levanta daí, seu idiota. — disse em um fio de voz.
— Custa me responder? Eu tô aqui ajoelhado, cara. Não estraga o momento.
— Não respondo enquanto você não se levantar. — ela soltou a mão que ele segurava e voltou a cruzar os braços, irredutível.
— Pois bem, então eu não me levanto enquanto você não sanar umas dúvidas que estão me torturando.
— Que dúvidas? — ela olhou-o desconfiada.
— Sobre os boatos que existem sobre você.
Ela suspirou cansada daquela ladainha toda, às vezes achava engraçada toda aquela história, outras vezes não.
— Pode falar.
— Você nunca beija ninguém casualmente.
— Mentira, eu beijo, só não deixo ninguém daqui saber, costumo beijar caras quando vou em outras cidades, aqui, realmente, foram só meus ex—namorados e você.
— Aí está, próximo tópico, seus ex.
— O que você quer saber?
— Um deles ainda é apaixonado por você.
— O Dave? — ela riu escandalosamente. — Ele é gay, ele terminou comigo por isso.
Então ele ainda não se assumiu. — concluiu pensativa.
— Sério? Agora entendi em que sentido você é a musa inspiradora dele. E o Nicolas?
— O que dizem sobre ele? Também é apaixonado por mim?
— Não. Dizem que você sumiu com ele.
— O QUÊ? — reagiu do jeito que esperava que ela reagisse.
— É, parece que ele te traiu, foi visto entrando na sua casa e depois desapareceu no mapa.
— Ele não me traiu, a gente tinha dado um tempo, mas ambos sabíamos que tinha acabado. Ele realmente veio aqui, mas ele saiu sim. Que povo doido. E sobre ele ter sumido, pelo que eu sei, naquela época ele descobriu que tinha engravidado uma garota de uma cidade vizinha, o pai dela descobriu e ele, realmente, desapareceu. Um cafajeste desse. E pensando bem, ele traiu mesmo, né? — sorriu como se achasse graça.
— E você ri?
— Johnson já deixou de importar pra mim há muito tempo. — ela deu de ombros. — Mais alguma coisa?
— Como você sabia o que o Tim tinha me dito sobre você? — hesitou um pouco em responder tentando se lembrar ao que ele se referia.
— O que eu te disse na festa da Brittany?
— Aham. — ela sorriu.
— Sabe o Phil? Ele namora com a melhor amiga da minha prima, ela contou pra minha prima que contou pra mim.
— Eu sabia que o Phil tinha ouvido tudo.
— Se ele ouviu, eu não sei. Mas a Kitty, a namorada dele disse alguma coisa sobre os dois estarem conversando no viva voz e que por algum motivo nenhum deles desligou. Quando ela foi tentar falar com ele de novo, ela ouviu você e seu primo conversarem.
fez a cara mais surpresa que conseguiu e riu, tinha sido tudo uma coincidência enorme.
— O Phil tinha deixado o celular dele do meu lado no sofá.
— Então está explicado.
— Na festa da Brittany, você parecia saber qual era a próxima música, a que você queria dançar.
— Ah, eu sabia mesmo, eu decorei praticamente toda a playlist daquele DJ e ele só toca ela. Mais alguma coisa?
— Você realmente sabe fazer poção do amor? — ele tentou, inutilmente, não rir e recebeu um pedala de .
— Você acha que se eu soubesse eu estaria com você? Eu já teria usado em um famoso há muito tempo. — ela disse sorrindo ao notar a cara de indignação forçada dele. — Agora pode levantar?
— Claro, até porque meus joelhos estão doendo.
— Ah coitadinho, vem cá. — ela disse envolvendo—o com os braços e beijando—o apaixonadamente.
— Espero que isso seja um sim.
— E você ainda tem dúvidas?
sorriu, negando com um aceno.
— E quem diria que eu, o cara que só queria se divertir ia terminar tão apaixonado?
— Eu disse.
— É, e o Tim também.
Fim.
Nota da autora: Primeiro, quero agradecer a cada um que leu até aqui. Vocês não sabem o quão imensamente feliz me deixam <3
Segundo, eu sei que enxergar a música nessa fanfic exige certo esforço e por isso já me adianto pedindo desculpas. Mas também né, um hino desses da minha cantora favorita no mundo, nunca conseguiria fazer uma história à altura.
No mais, espero que vocês comentem, eu vou adorar saber o que vocês acharam.
Beijinhos no core.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Segundo, eu sei que enxergar a música nessa fanfic exige certo esforço e por isso já me adianto pedindo desculpas. Mas também né, um hino desses da minha cantora favorita no mundo, nunca conseguiria fazer uma história à altura.
No mais, espero que vocês comentem, eu vou adorar saber o que vocês acharam.
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