Capítulo Único
Era o dia mais feliz da minha vida, depois de 3 anos de casados, eu e finalmente teríamos um filho e eu estava preparando uma surpresa para quando ele chegasse em casa. Deixei uma caixa em cima da cama escrita “me abra”, com um par de sapatinhos e uma camisa escrito “melhor pai do mundo”.
Estava esperando que ele chegasse do trabalho. Quando chegou, ele estava desconfiado que eu pudesse estar escondendo algo dele. O levei até o quarto e pedi para que abrisse a caixa, mas ele estava muito desconfiado e ficava me perguntando o que era. Só pedi que ele abrisse a caixa. Ele, muito desconfiado, abriu, e não conseguiu esconder a felicidade.
— Eu vou ser pai?! — Perguntou e eu assenti. — Eu vou ser pai e você vai ser mãe!
— Sim, vamos ser pais!!! — As lágrimas de felicidade escorriam pelos nossos rostos.
— , você me faz o homem mais feliz do mundo a cada dia que passa! — Ele me abraçou forte. — Vamos ser pais!!! — Rimos, enquanto as lágrimas escorriam pelo nosso rosto. Ele beijou minha barriga, e ficou abraçado com ela, que ainda era minúscula.
Os meses foram passando e aquela sensação era tão boa, eu tinha o homem da minha vida ao meu lado, o fruto do nosso amor sendo gerado dentro de mim. Eu realmente tinha tudo que sonhei, era tanto amor que era impossível de explicar. Eu não conseguia entender como todo aquele amor cabia no meu coração tão pequeno. Eu não via a hora de ter meu filho nos braços, de poder presenciar todos os momentos importantes, como os primeiros passos, primeiras palavras, e poder compartilhar isso com o pai dele.
Minha barriga ia crescendo e com o tempo algumas coisas estavam ficando limitadas, então ficava mais tempo em casa para me ajudar. Passávamos mais tempo juntos, e era tudo tão perfeito.
— Amor? — Estávamos deitados no sofá, ele estava com a cabeça no meu colo.
— Sim? — Respondi.
— Eu te amo, você é parte de mim. — Eu sorri escutando aqui.
— Você também, amo você. — Ele se levantou.
— É sério, eu te faço uma promessa aqui hoje…
— Que promessa?
— Que nosso amor vai ser eterno, nada vai mudar isso. — Ele levantou o mindinho.
— De dedinho?
— Sim, de dedinho. — Juntei meu dedo ao dele e sorri, ele me deu um beijo na testa.
No sexto mês de gravidez, eu me sentia mais enjoada do que nos outros e sentia desejos estranhos. A barriga já estava grande, e minhas posições para dormir estavam limitadas. comprou um travesseiro enorme e me deu para colocar nas costas, já que dali para frente minha barriga ia crescer mais e mais. Ele ficava abraçado comigo e acariciando minha barriga. Aquele era o nosso sonho, ter nossa família, viver esses momentos. Eu era tão sortuda, a minha família era maravilhosa e ela ainda nem estava completa.
No oitavo mês, estávamos voltando da casa da minha mãe quando senti umas dores. Coisas normais, tirou o cinto para pegar a minha bolsa no banco de trás, ele me entregou a bolsa e voltou para a estrada. Enquanto eu procurava o remédio que a médica havia passado para tomar quando sentisse essas dores, eu vi uma luz, que quase me cegou, tomar conta do nosso carro por dentro. Foi tudo muito rápido, me lembro de ter colocado as mãos no teto e ter fechado os olhos, rezando para que meu bebê ficasse bem. Eu não sei quantas vezes nosso carro virou, mas, quando parou, eu estava de cabeça para baixo e não estava ao meu lado. Eu tentei não me desesperar, estava presa no cinto, então tentei prender meu pé no chão, que agora era teto. Eu não conseguia controlar as lágrimas que insistiam em cair. Eu não sei por quanto tempo fiquei naquela posição, mas pareceu uma eternidade até que o socorro chegasse.
Eles me colocaram em uma maca, imobilizada, e eu entrei em desespero.
— O meu marido??? Onde está o meu marido???
— Calma, senhora! Temos que levar você para o hospital. — Eles me colocaram dentro de uma ambulância, e colocaram uma máscara de oxigênio, que me fez apagar. Quando acordei eu estava em uma cama no hospital, estava do meu lado, com a cabeça enfaixada.
— Você está bem? E o bebê??? Cadê o bebê? — Perguntei, preocupada.
— Shhh, ele está dormindo. — Ele levantou e trouxe nosso filho para meus braços. — Precisamos dar um nome a ele.
— Ele é lindo. — As lágrimas escorreram pelo meu rosto.
— Eu pensei em dar a ele o nome do seu pai, Henry. — Disse , sorrindo.
— Henry é lindo, amor! — Eu não parava de chorar, uma enfermeira entrou no quarto e pegou o Henry. — Que bom que estamos todos bem.
— Sim, foi um milagre. — Disse a enfermeira. ficou olhando para o nada por alguns segundos, e caiu no chão.
— AMOR??? AMOR!!! — Eu gritei, desesperada, a enfermeira apertou um botão e vários médicos vieram e o levaram dali. — Pelo amor de Deus, o que aconteceu com o meu marido??? — A enfermeira se aproximou e viu que meus monitores estavam apitando sem parar.
— Calma, ele vai ser levado para a sala de cirurgia! — Disse ela, enquanto injetava algo no meu soro.
— ... — Eu senti meus olhos ficarem pesados, e adormeci.
Quando acordei, meus pais estavam ao meu lado; Martha, mãe de , estava ao lado de fora, abraçada com John, irmão dele. Edward, pai dele, estava olhando Henry no meu quarto. Martha chorava, enquanto John tentava a consolar.
— Ei, querida… — Sussurrou minha mãe.
— Mãe, cadê o ? — Perguntei, preocupada. Edward fechou os olhos e Martha se afastou da porta, meus pais respiraram fundo.
— Querida, o foi levado para a sala de cirurgia, parece que ele teve um lapso de adrenalina, e mentiu para os médicos que estava bem, para ver você o Henry…
— Não, não…
— Eu sinto muito, querida, ele estava com um sangramento e não conseguiram salvá-lo. — Concluiu meu pai, eu não consegui segurar as lágrimas, aquela dor em meu peito era indescritível. Meus dias felizes foram roubados de mim.
— Hoje, estou aqui, já faz uns dias desde que saí do hospital. Me dói aceitar que nosso amor não seja eterno. E o silêncio me afoga em um mar de lembranças, que me faz querer gritar, mas eu não tenho fôlego. Aqui com o nosso filho, em minhas alegrias, o seu sorriso me faz tanta falta. , me desculpe, mas eu não tenho coragem de te dizer adeus, e te perder sem explicação. A vida nos separou, como um doce ladrão dos meus dias, quando eu era mais sua que minha. Me desculpe, não consigo encontrar um remédio para todo esse frio, mas eu sei que você quer que eu seja forte pelo Henry. O que me conforta é você pelo menos poder ter o segurado por um tempo, tê-lo visto. Obrigada, por tudo. Você fez os meus dias serem os melhores dias do mundo. Você me fez uma mãe, obrigada por ter me deixado ser a mãe do seu filho, obrigada por ter me deixado ser a sua esposa. Eu nunca, nunca vou esquecer tudo que você fez por mim. — Coloco o buquê sobre o túmulo, escrito “filho, marido e pai amado”. Ele realmente foi. Meu pai empurra minha cadeira de rodas para longe, eu deveria ter dito adeus, mas é impossível. No meu coração, ele sempre vai estar aqui.
Fim.
Nota da autora: oiii gente, eu espero que vcs gostemmm, eu chorei horrores escrevendo essa fic hahaha vou deixar meu insta de autora aqui para que vocês possam conferir minhas outras histórias <3
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.