Prólogo
Nunca é tarde demais
To be who you wanna be
Para ser quem você quer ser
Swimmin' in my safe
Nadando em meu dinheiro
To say what you wanna say
Para dizer o que você quer dizer
Tattoo on my face, swimmin' in my safe
Tatuado no rosto, nadando em meu dinheiro
O verão e as margaridas me trazem as recordações. Tudo tão intenso, tão profundo, tão... difícil. Quem poderia ser o verdadeiro culpado? Ele que estava profundamente encantado por aquela sereia, incapaz de raciocinar quando estavam num mesmo ambiente ou ela que o usou a seu bel-prazer? Aquele anjo caído era como uma moeda, possuía duas faces. Calor e frio, amor e desejo, verdades e mentiras. Por muito pouco não enlouqueceu, mas o trem da razão poderia ter fugido dos trilhos.
Nunca sentiu nada parecido com a confusão de sentimentos, sensações que lhe dominavam quando estava com ela.
Ela tinha o poder de penetrar em meus ossos, navegar pelas veias de meu corpo e me intoxicar com sua presença.
Ela realmente não era uma mulher normal.
1
Toda escolha gera uma consequência, um efeito dominó e hoje, eu queria poder voltar no tempo e recusar o convite do Kells.
- Boa, Kells! Essa música vai ser um sucesso! – Mike elogiou o rapper enquanto apertava alguns botões no enorme painel a sua frente.
Machine Gun Kelly saiu da sala de gravação e virou-se na direção de Mike, o produtor de seu disco. Apertaram as mãos e abraçaram-se com tapinhas nas costas por alguns segundos.
- Tomara, bro! – Kells ou Machine Gun Kelly, como era conhecido no mundo da música, confirmou num tom animado. – E o que achou, Zach?
Zachary estava sentado no sofá, o corpo inclinado para frente, os dedos com unhas pintadas de preto digitando freneticamente. Abriu um sorriso de canto e olhou o amigo com aprovação.
- Sucesso! – Reforçou dando de ombros e voltando a atenção para a tela do celular.
Kells revirou os olhos enquanto acendia seu cigarro e dava uma tragada. O celular vibrou no bolso da calça, pegou e leu a mensagem, respondendo rapidamente. Um sorrisinho malicioso se abriu nos lábios que descansavam o cigarro.
- Vai fazer o que hoje a noite? – Kells deu uma última tragada e apagou o cigarro num cinzeiro próximo. Passou uma das mãos por seu cabelo loiro arrepiado e cruzou os braços, destacando as diversas tatuagens que cobriam praticamente todo seu corpo.
- Iria apenas transar com a minha garota, mas você com esse sorriso já conseguiu minha noite. – Zombou Zach guardando o celular no bolso e sentando-se numa posição mais confortável no sofá. Os braços de pele clara com algumas poucas tatuagens estavam descansando no encosto do sofá bege.
Kells se jogou ao lado dele, estendeu o celular na direção do rosto do amigo.
- Você ganhou a minha noite! – Falou empolgado e riu.
- Vou permitir que tenha a honra de conhecer a Lana Del Rey.
Zach balançou a cabeça em falsa negação, achando graça do amigo.
- Ué, ela topou voltar a ficar com você? – Perguntou incrédulo.
No ano anterior, a mídia pipocava com as imagens do promissor rapper americano, Machine Gun Kelly e a queridinha indie, Lana Del Rey. Nos holofotes parecia ser um relacionamento sério, no escuro era apenas um caso sem qualquer compromisso ou chance de virar algo mais sério. Na época, Zach estava trabalhando com o Post Malone e ainda não tinha sido convidado por Kells para participar da sua equipe. O amigo não compartilhou muita coisa, mas o pouco que soube mostrava que ele havia se envolvido. O desfecho foi o chute no traseiro e na sequência, foi trocado pelo Will Young e mais mil outros caras.
A mulher era maravilhosa, sua voz tinha a capacidade de trazer perfeição até mesmo, se cantasse uma lista de compras. Foi uma pena não ter conhecido a mulher pessoalmente.
- E quem não resiste ao corpinho do Kells?
Zach riu e revirou os olhos.
- Boa, Kells! Essa música vai ser um sucesso! – Mike elogiou o rapper enquanto apertava alguns botões no enorme painel a sua frente.
Machine Gun Kelly saiu da sala de gravação e virou-se na direção de Mike, o produtor de seu disco. Apertaram as mãos e abraçaram-se com tapinhas nas costas por alguns segundos.
- Tomara, bro! – Kells ou Machine Gun Kelly, como era conhecido no mundo da música, confirmou num tom animado. – E o que achou, Zach?
Zachary estava sentado no sofá, o corpo inclinado para frente, os dedos com unhas pintadas de preto digitando freneticamente. Abriu um sorriso de canto e olhou o amigo com aprovação.
- Sucesso! – Reforçou dando de ombros e voltando a atenção para a tela do celular.
Kells revirou os olhos enquanto acendia seu cigarro e dava uma tragada. O celular vibrou no bolso da calça, pegou e leu a mensagem, respondendo rapidamente. Um sorrisinho malicioso se abriu nos lábios que descansavam o cigarro.
- Vai fazer o que hoje a noite? – Kells deu uma última tragada e apagou o cigarro num cinzeiro próximo. Passou uma das mãos por seu cabelo loiro arrepiado e cruzou os braços, destacando as diversas tatuagens que cobriam praticamente todo seu corpo.
- Iria apenas transar com a minha garota, mas você com esse sorriso já conseguiu minha noite. – Zombou Zach guardando o celular no bolso e sentando-se numa posição mais confortável no sofá. Os braços de pele clara com algumas poucas tatuagens estavam descansando no encosto do sofá bege.
Kells se jogou ao lado dele, estendeu o celular na direção do rosto do amigo.
- Você ganhou a minha noite! – Falou empolgado e riu.
- Vou permitir que tenha a honra de conhecer a Lana Del Rey.
Zach balançou a cabeça em falsa negação, achando graça do amigo.
- Ué, ela topou voltar a ficar com você? – Perguntou incrédulo.
No ano anterior, a mídia pipocava com as imagens do promissor rapper americano, Machine Gun Kelly e a queridinha indie, Lana Del Rey. Nos holofotes parecia ser um relacionamento sério, no escuro era apenas um caso sem qualquer compromisso ou chance de virar algo mais sério. Na época, Zach estava trabalhando com o Post Malone e ainda não tinha sido convidado por Kells para participar da sua equipe. O amigo não compartilhou muita coisa, mas o pouco que soube mostrava que ele havia se envolvido. O desfecho foi o chute no traseiro e na sequência, foi trocado pelo Will Young e mais mil outros caras.
A mulher era maravilhosa, sua voz tinha a capacidade de trazer perfeição até mesmo, se cantasse uma lista de compras. Foi uma pena não ter conhecido a mulher pessoalmente.
- E quem não resiste ao corpinho do Kells?
Zach riu e revirou os olhos.
2
Imaginei que aquela noite seria só mais uma noite de diversão, mas me enganei. Aquela noite, descobri que algo estava reservado para mim e que, em algum momento, teria que escolher entre me render ou não.
A mulher estava cantando os últimos versos da música Summertime Sadness. Quando abriu os olhos que estavam enfeitados com um delineado gatinho, avistou o seu alvo no camarote dos seus convidados. Disfarçou um sorriso malicioso enquanto abria os braços, agradecia ao público e recebia lamentos ao anunciar que cantaria sua última música.
Conheceu Kells no ano passado e tiveram um lance de alguns meses, um dos seus casos favoritos. O homem muito alto e que poderia facilmente se passar por um jogador de basquete, tinha pele clara e olhos azuis, além de um estilo punk com o seu cabelo loiro arrepiado e cada centímetro de seu corpo coberto de tatuagens.
Tudo rolou de forma muito intensa, deixando ambos mergulhados em divertimento e sensualidade. Foram tempos maravilhosos.
No início do mês, voltaram a ter contato. E o fato do último show da sua turnê ser na cidade do Kells, facilitou que pudessem relembrar os velhos tempos como uma comemoração.
Lançou um último olhar em direção ao homem e viu o seu agente entregar a mensagem. Kells ouviu atentamente e depois virou em direção ao palco, levantando sua longneck em uma saudação. Nem os muitos metros de distância entre eles foram capazes de camuflar o sorriso sacana estampando em seu rosto.
Aquela noite prometia e valeria cada segundo.
A mulher estava cantando os últimos versos da música Summertime Sadness. Quando abriu os olhos que estavam enfeitados com um delineado gatinho, avistou o seu alvo no camarote dos seus convidados. Disfarçou um sorriso malicioso enquanto abria os braços, agradecia ao público e recebia lamentos ao anunciar que cantaria sua última música.
Conheceu Kells no ano passado e tiveram um lance de alguns meses, um dos seus casos favoritos. O homem muito alto e que poderia facilmente se passar por um jogador de basquete, tinha pele clara e olhos azuis, além de um estilo punk com o seu cabelo loiro arrepiado e cada centímetro de seu corpo coberto de tatuagens.
Tudo rolou de forma muito intensa, deixando ambos mergulhados em divertimento e sensualidade. Foram tempos maravilhosos.
No início do mês, voltaram a ter contato. E o fato do último show da sua turnê ser na cidade do Kells, facilitou que pudessem relembrar os velhos tempos como uma comemoração.
Lançou um último olhar em direção ao homem e viu o seu agente entregar a mensagem. Kells ouviu atentamente e depois virou em direção ao palco, levantando sua longneck em uma saudação. Nem os muitos metros de distância entre eles foram capazes de camuflar o sorriso sacana estampando em seu rosto.
Aquela noite prometia e valeria cada segundo.
3
Nunca é tarde demais
To leave if you wanna leave
Para ir embora se você quiser ir
Or to stay if you wanna stay (better not)
Ou para ficar se quiser ficar (melhor não)
But, baby (yeah)
Mas, querido (sim)
Zach Abels estava hipnotizado enquanto assistia ao show da mulher. A cantora parecia uma sereia enquanto se entregava a cada verso da música, um único holofote iluminando-a e fazendo com que parecesse ainda mais resplandecente. A voz quando penetrava em seus ouvidos, parecia enfeitiçá-lo e sentia vontade de flutuar - caso pudesse. Se arrependeu amargamente por não ter ido ao show dela meses atrás.
Entre a pausa do fim da penúltima música e o início da última, aproveitou para observar o lugar que estava lotado de fãs. Voltou sua atenção ao Kells quando viu um homem se aproximar e cochichar algo em seu ouvido. O amigo assentiu enquanto ouvia atentamente e quando o homem se afastou, ele abriu um sorriso malicioso - Zach tinha visto muitas vezes - estendendo sua longneck na direção do palco. Um simples gesto que poderia passar despercebido para qualquer outra pessoa, menos para ele que o conhecia perfeitamente bem.
Quando Lana sumiu do palco, Kells se aproximou e revelou o que estava prestes a acontecer: rolaria uma festa numa boate próxima.
Eu deveria ter ido para casa, mas o Kells sabia como convencer uma pessoa que estava em dúvida. Não. Eu prefiro admitir a verdade: estava ansioso para conhecer aquela mulher e finalmente, poderia dormir em paz.
4
A boate está lotada, mas estão ocupando um camarote envidraçado que permite enxergar toda a movimentação e curtir a noite. Tinham cumprimentado alguns conhecidos e sido apresentado pelo amigo para a equipe da turnê da cantora. Trocou ideias sobre equipamentos de som, as dificuldades de meses na estrada. Enquanto conversava animadamente com o técnico de som Joshua, bebeu alguns goles de sua cerveja. Repentinamente, sentiu os braços de Kells lhe envolverem pelos ombros, chamando sua atenção. Ambos encararam o rapper e esperavam que dissesse algo já que tinha uma expressão animada em seu rosto.
- Vamos as apresentações! - Anunciou animado e num tom alto por causa da música. - Zach Abels - apontou para o amigo - essa é a deusa do indie, Lana Del Rey. - Indicou com um gesto, a mulher que estava em pé próxima a eles.
Lana Del Rey tinha um sorriso sarcástico estampado em seus lábios carmim. O cabelos levemente ondulados descansavam em um dos seus ombros e uma coroa de margaridas enfeitava sua cabeça. Parecia uma verdadeira deusa grega enquanto usava um vestido esvoaçante preto. A mulher parecia recém-saída da mitologia grega, uma miragem de tão bela e teve que se esforçar muito para não encará-la por tanto tempo.
- Prazer. - Cumprimentou-o com um beijo em cada uma de suas bochechas. Lançou um sorriso sedutor, olhando-o diretamente nos olhos e fazendo o rapaz sorrir sem graça. A proximidade permitiu que sentisse um aroma floral que lembrava um dia de primavera.
Observou-a beber a bebida azul que segurava e voltar a atenção para Kells, conversando sobre qualquer coisa e tentou se concentrar na sua própria conversa com Joshua, mas sentia-se incomodado e distraído, sem conseguir ouvir o que o outro dizia.
Depois de beber mais um pouco e conversar com todos da equipe técnica, sentiu sua bexiga reclamar por alívio e pediu licença do grupo para se despedir de Kells. Quando virou para se afastar do grupo, encontrou a mulher olhando-o com um sorriso sedutor em seus lábios para em seguida, responder algo e sorrir para Kells. Paralisou no mesmo lugar, preso em um transe enquanto encarava a ambos que estavam poucos metros de distância. Kells era o único que parecia alheio aos olhares que a mulher lançava para Zach. Somente quando o celular vibrou em seu bolso que pareceu acordar daquele transe.
Lançou uma última olhada para a mulher que estava rindo de algo que Kells havia dito e seguiu para o banheiro.
Quando paro para pensar e tento analisar friamente o encontro que tivemos naquela noite, percebo que naquele momento tudo mudou. Inconscientemente, eu estava atraído por ela e seria capaz de tudo para tê-la.
Quando saiu do banheiro, voltando ao corredor pouco iluminado, pegou o celular no bolso e começou a responder outra mensagem da namorada. Deu alguns passos com a atenção presa ao aparelho, até que tomou um susto e segurou algo por reflexo. Sentiu o impacto frontal de seu corpo com outro, fazendo seu celular ir de encontro ao chão, espatifando a tela. Voltou a atenção ao rosto da pessoa que estava em seus braços e arregalou os olhos, surpreso ao identificar que tinha quase derrubado Lana no chão.
- Você se machucou? - Perguntou num tom preocupado enquanto segurava a mulher pelos ombros e olhava em seus belos olhos.
Ela negou com um gesto de cabeça e riu. Sentiu-se atordoado enquanto ouvia a risada melodiosa que fazia o rosto da mulher se iluminar, as mãos dela em seus braços.
- Por isso, eu abomino a tecnologia! - Brincou com um sorriso debochado em seus lábios. - Ficamos tão distraídos que estamos, literalmente, caminhando para a morte sem perceber!
I got a feeling in my bones
Eu sinto algo em meus ossos
Tattoo on my face, swimmin' in my safe Tatuado no rosto, nadando em meu dinheiro
Can't get you out of my veins (yeah, yeah) Não consigo tirá-lo de minhas veias (sim, sim)
You can't escape my affection (yah, yeah) Você não pode escapar do meu carinho (yah, sim)
Wrap you up in my daisy chains Te prendi em minhas correntes de margarida
Afastou-se dele, fazendo com que sua pele sentisse falta das mãos quentes da mulher e viu-a passar a mão pela cabeça, como se buscasse por algo.
O rapaz percebeu que faltava sua coroa de margaridas e olhou para o chão, vendo seu telefone com a tela rachada e a coroa de flores ao lado. Abaixou-se, pegou o acessório e devolveu a cabeça da mulher.
- Perfeita. - Soltou inocentemente enquanto se afastava um passo e abria um sorriso educado.
- Obrigada! - Agradeceu num sorriso doce.
- Não precisa agradecer já que foi minha culpa.
Ela riu novamente e ele observou encantando. Sorrisos e risadas costumavam ser reações tão rotineiras e que não costumavam chamar sua atenção, mas ali foi diferente. O sentimento de satisfação e deleite ao observar as expressões e reações da mulher prendiam sua atenção como se fosse o momento mais satisfatório do mundo. Concluiu que estava bêbado ao ter aquele tipo de pensamento, pois jamais tinha se sentido assim na sua vida.
- Vim te avisar que o Kells precisou ir embora. - Falou num sorriso inocente, mas seus olhos pareciam achar graça de algo.
Zach desviou o olhar da tela rachada do telefone e encarou-a com uma expressão de confusão. Ele não esperava que o amigo partisse sem a mulher.
- E não deu tempo de vir me avisar pessoalmente? - Perguntou num tom desconfiado enquanto olhava atentamente para a expressão da mulher.
- Parece que foi algo com a filha dele. E sabe como ele age sem pensar quando tem o envolvimento dela, né?
Ambos sorriram em concordância.
Somente uma única pessoa no mundo era capaz de tirar Kells dos braços de uma mulher, e essa era sua filha de sete anos.
- E você?
- Eu o quê? - Perguntou numa expressão claramente confusa enquanto cruzava os braços e observava a mulher.
Zach passou a língua no lábio inferior e abriu um sorriso que a fez achá-lo fofo. Ele guiou-a para o canto do pequeno corredor para que outras pessoas pudessem seguir o trajeto sem tê-los como empecilho.
- Tem filhos?
Ele soltou uma risada em seguida, passando uma das mãos por seu cabelo e encarando-a.
- Não! - Negou rapidamente, complementando: - Não que eu saiba! - E riu.
Ao observar a mulher e sua expressão sacana, ele abriu um sorriso igualmente malicioso e cruzou os braços, encostando seu ombro na parede do corredor.
- Muito bom saber. - Falou e riu em seguida, ao ouvir suas palavras e entender o flerte mais louco de sua vida.
A cantora não precisou dizer mais nada, aproximou-se lentamente, o olhar preso ao dele e uma expressão séria. Parou repentinamente, os lábios carmim poucos centímetros de encostarem aos seus, sentiu a respiração quente da mulher atingir seu rosto e fechou os olhos, o corpo tenso feito um arco esperando ansiosamente por atirar a próxima flecha. Sentiu as mãos delicadas segurarem seus bíceps e continuou de olhos fechados, borbulhando em expectativa, o rosto da mulher continuava na mesma posição, abriu seus olhos e percebeu que a mesma o encarava atentamente.
- Tem certeza? Depois que começo, detesto parar. - Perguntou ora olhando seus olhos, ora olhando seus lábios.
- E o Kells? - Perguntou inseguro, tentando ser leal ao amigo até mesmo, a um passo da tentação.
Ela sorriu de canto.
- Não tenho nada com ele. – Afirmou, voltando a encará-lo enquanto passava a língua pelo lábio inferior, tentando-o.
Zach tinha somente duas opções: embarcar naquela loucura ou ser fiel ao amigo. E pela primeira vez, doía profundamente ter que honrar a amizade.
- Mas ele é meu melhor amigo.
- Ele não vai se importar, pode ter certeza.
- Tem a Madie também.
- Ah, você tem um outro alguém. – Constatou, afastando-se alguns passos e soltando o ar dos pulmões, a expressão séria. - Não costumo agir sem saber sobre a vida da pessoa, mas deduzi errado. Um cara comprometido não estaria na balada com o amigo mais galinha do mundo sem a namorada, certo? - Perguntou de forma acusatória.
A expressão do rapaz se tornou culpada.
- A Madie é de boa e eu costumo respeitá-la.
- Não foi o que pareceu segundos atrás, já que se preocupou mais com o bem-estar do Kells do que com o fato de ter uma namorada. - Acusou com um sorriso duro e se afastou alguns passos.
- Ela não é minha namorada!
Lana bufou por pura descrença e cruzou os braços.
- É sério! Não oficialmente, mas eu considero.
Ela gargalhou debochada e agitou a cabeça em negação. Soltou um suspiro e resolveu se afastar, numa tentativa de encerrar a conversa.
Admitia que estava extremamente interessada em Zach desde o segundo que o avistou ao lado de Kells e já tinha aberto o jogo sobre isso com o rapper. Ele deu carta branca e não falou nada sobre o rapaz ser comprometido. Poderia ter sido uma tentativa de vingança pelo passado deles? Ficou a noite toda dando atenção à todos e esperando o momento certo para abordá-lo. Até Kells impaciente resolveu ajudar, decidindo ir embora com outra e mandá-la inventar a desculpa de que havia ido embora para cuidar da sua filha.
Acreditou ser uma boa desculpa para criar coragem, mas algo no fundo da sua mente lhe dizia que não resultaria de algo bom. Zach Abels tinha um rostinho de bebê com seus cabelos lisos e pretos até a altura dos ombros, um piercing argola adornava um dos lados de seu fino nariz. Dando uma carinha de integrante de banda emo recém-saído da puberdade. Não costumava se interessar por rapazes com essa aparência, mas alguma coisa a atraiu com muita força e o tesão que sentiu ao estar prestes a beijá-lo foi surreal.
Como foi capaz de parar a tempo?
Jamais saberia!
Ele observou a mulher ignorar sua existência e sumir do corredor. Teria ficado em pé a noite inteira se remoendo pela culpa e confuso pelas sensações da presença da mulher, principalmente, do que quase fizeram. Esteve a um fio de perder a noção e fazer uma merda cabulosa.
O melhor seria manter distância de Lana e toda sua aura de sedução.
- Vamos as apresentações! - Anunciou animado e num tom alto por causa da música. - Zach Abels - apontou para o amigo - essa é a deusa do indie, Lana Del Rey. - Indicou com um gesto, a mulher que estava em pé próxima a eles.
Lana Del Rey tinha um sorriso sarcástico estampado em seus lábios carmim. O cabelos levemente ondulados descansavam em um dos seus ombros e uma coroa de margaridas enfeitava sua cabeça. Parecia uma verdadeira deusa grega enquanto usava um vestido esvoaçante preto. A mulher parecia recém-saída da mitologia grega, uma miragem de tão bela e teve que se esforçar muito para não encará-la por tanto tempo.
- Prazer. - Cumprimentou-o com um beijo em cada uma de suas bochechas. Lançou um sorriso sedutor, olhando-o diretamente nos olhos e fazendo o rapaz sorrir sem graça. A proximidade permitiu que sentisse um aroma floral que lembrava um dia de primavera.
Observou-a beber a bebida azul que segurava e voltar a atenção para Kells, conversando sobre qualquer coisa e tentou se concentrar na sua própria conversa com Joshua, mas sentia-se incomodado e distraído, sem conseguir ouvir o que o outro dizia.
Depois de beber mais um pouco e conversar com todos da equipe técnica, sentiu sua bexiga reclamar por alívio e pediu licença do grupo para se despedir de Kells. Quando virou para se afastar do grupo, encontrou a mulher olhando-o com um sorriso sedutor em seus lábios para em seguida, responder algo e sorrir para Kells. Paralisou no mesmo lugar, preso em um transe enquanto encarava a ambos que estavam poucos metros de distância. Kells era o único que parecia alheio aos olhares que a mulher lançava para Zach. Somente quando o celular vibrou em seu bolso que pareceu acordar daquele transe.
Lançou uma última olhada para a mulher que estava rindo de algo que Kells havia dito e seguiu para o banheiro.
Quando paro para pensar e tento analisar friamente o encontro que tivemos naquela noite, percebo que naquele momento tudo mudou. Inconscientemente, eu estava atraído por ela e seria capaz de tudo para tê-la.
Quando saiu do banheiro, voltando ao corredor pouco iluminado, pegou o celular no bolso e começou a responder outra mensagem da namorada. Deu alguns passos com a atenção presa ao aparelho, até que tomou um susto e segurou algo por reflexo. Sentiu o impacto frontal de seu corpo com outro, fazendo seu celular ir de encontro ao chão, espatifando a tela. Voltou a atenção ao rosto da pessoa que estava em seus braços e arregalou os olhos, surpreso ao identificar que tinha quase derrubado Lana no chão.
- Você se machucou? - Perguntou num tom preocupado enquanto segurava a mulher pelos ombros e olhava em seus belos olhos.
Ela negou com um gesto de cabeça e riu. Sentiu-se atordoado enquanto ouvia a risada melodiosa que fazia o rosto da mulher se iluminar, as mãos dela em seus braços.
- Por isso, eu abomino a tecnologia! - Brincou com um sorriso debochado em seus lábios. - Ficamos tão distraídos que estamos, literalmente, caminhando para a morte sem perceber!
Tattoo on my face, swimmin' in my safe Tatuado no rosto, nadando em meu dinheiro
Can't get you out of my veins (yeah, yeah) Não consigo tirá-lo de minhas veias (sim, sim)
You can't escape my affection (yah, yeah) Você não pode escapar do meu carinho (yah, sim)
Wrap you up in my daisy chains Te prendi em minhas correntes de margarida
Afastou-se dele, fazendo com que sua pele sentisse falta das mãos quentes da mulher e viu-a passar a mão pela cabeça, como se buscasse por algo.
O rapaz percebeu que faltava sua coroa de margaridas e olhou para o chão, vendo seu telefone com a tela rachada e a coroa de flores ao lado. Abaixou-se, pegou o acessório e devolveu a cabeça da mulher.
- Perfeita. - Soltou inocentemente enquanto se afastava um passo e abria um sorriso educado.
- Obrigada! - Agradeceu num sorriso doce.
- Não precisa agradecer já que foi minha culpa.
Ela riu novamente e ele observou encantando. Sorrisos e risadas costumavam ser reações tão rotineiras e que não costumavam chamar sua atenção, mas ali foi diferente. O sentimento de satisfação e deleite ao observar as expressões e reações da mulher prendiam sua atenção como se fosse o momento mais satisfatório do mundo. Concluiu que estava bêbado ao ter aquele tipo de pensamento, pois jamais tinha se sentido assim na sua vida.
- Vim te avisar que o Kells precisou ir embora. - Falou num sorriso inocente, mas seus olhos pareciam achar graça de algo.
Zach desviou o olhar da tela rachada do telefone e encarou-a com uma expressão de confusão. Ele não esperava que o amigo partisse sem a mulher.
- E não deu tempo de vir me avisar pessoalmente? - Perguntou num tom desconfiado enquanto olhava atentamente para a expressão da mulher.
- Parece que foi algo com a filha dele. E sabe como ele age sem pensar quando tem o envolvimento dela, né?
Ambos sorriram em concordância.
Somente uma única pessoa no mundo era capaz de tirar Kells dos braços de uma mulher, e essa era sua filha de sete anos.
- E você?
- Eu o quê? - Perguntou numa expressão claramente confusa enquanto cruzava os braços e observava a mulher.
Zach passou a língua no lábio inferior e abriu um sorriso que a fez achá-lo fofo. Ele guiou-a para o canto do pequeno corredor para que outras pessoas pudessem seguir o trajeto sem tê-los como empecilho.
- Tem filhos?
Ele soltou uma risada em seguida, passando uma das mãos por seu cabelo e encarando-a.
- Não! - Negou rapidamente, complementando: - Não que eu saiba! - E riu.
Ao observar a mulher e sua expressão sacana, ele abriu um sorriso igualmente malicioso e cruzou os braços, encostando seu ombro na parede do corredor.
- Muito bom saber. - Falou e riu em seguida, ao ouvir suas palavras e entender o flerte mais louco de sua vida.
A cantora não precisou dizer mais nada, aproximou-se lentamente, o olhar preso ao dele e uma expressão séria. Parou repentinamente, os lábios carmim poucos centímetros de encostarem aos seus, sentiu a respiração quente da mulher atingir seu rosto e fechou os olhos, o corpo tenso feito um arco esperando ansiosamente por atirar a próxima flecha. Sentiu as mãos delicadas segurarem seus bíceps e continuou de olhos fechados, borbulhando em expectativa, o rosto da mulher continuava na mesma posição, abriu seus olhos e percebeu que a mesma o encarava atentamente.
- Tem certeza? Depois que começo, detesto parar. - Perguntou ora olhando seus olhos, ora olhando seus lábios.
- E o Kells? - Perguntou inseguro, tentando ser leal ao amigo até mesmo, a um passo da tentação.
Ela sorriu de canto.
- Não tenho nada com ele. – Afirmou, voltando a encará-lo enquanto passava a língua pelo lábio inferior, tentando-o.
Zach tinha somente duas opções: embarcar naquela loucura ou ser fiel ao amigo. E pela primeira vez, doía profundamente ter que honrar a amizade.
- Mas ele é meu melhor amigo.
- Ele não vai se importar, pode ter certeza.
- Tem a Madie também.
- Ah, você tem um outro alguém. – Constatou, afastando-se alguns passos e soltando o ar dos pulmões, a expressão séria. - Não costumo agir sem saber sobre a vida da pessoa, mas deduzi errado. Um cara comprometido não estaria na balada com o amigo mais galinha do mundo sem a namorada, certo? - Perguntou de forma acusatória.
A expressão do rapaz se tornou culpada.
- A Madie é de boa e eu costumo respeitá-la.
- Não foi o que pareceu segundos atrás, já que se preocupou mais com o bem-estar do Kells do que com o fato de ter uma namorada. - Acusou com um sorriso duro e se afastou alguns passos.
- Ela não é minha namorada!
Lana bufou por pura descrença e cruzou os braços.
- É sério! Não oficialmente, mas eu considero.
Ela gargalhou debochada e agitou a cabeça em negação. Soltou um suspiro e resolveu se afastar, numa tentativa de encerrar a conversa.
Admitia que estava extremamente interessada em Zach desde o segundo que o avistou ao lado de Kells e já tinha aberto o jogo sobre isso com o rapper. Ele deu carta branca e não falou nada sobre o rapaz ser comprometido. Poderia ter sido uma tentativa de vingança pelo passado deles? Ficou a noite toda dando atenção à todos e esperando o momento certo para abordá-lo. Até Kells impaciente resolveu ajudar, decidindo ir embora com outra e mandá-la inventar a desculpa de que havia ido embora para cuidar da sua filha.
Acreditou ser uma boa desculpa para criar coragem, mas algo no fundo da sua mente lhe dizia que não resultaria de algo bom. Zach Abels tinha um rostinho de bebê com seus cabelos lisos e pretos até a altura dos ombros, um piercing argola adornava um dos lados de seu fino nariz. Dando uma carinha de integrante de banda emo recém-saído da puberdade. Não costumava se interessar por rapazes com essa aparência, mas alguma coisa a atraiu com muita força e o tesão que sentiu ao estar prestes a beijá-lo foi surreal.
Como foi capaz de parar a tempo?
Jamais saberia!
Ele observou a mulher ignorar sua existência e sumir do corredor. Teria ficado em pé a noite inteira se remoendo pela culpa e confuso pelas sensações da presença da mulher, principalmente, do que quase fizeram. Esteve a um fio de perder a noção e fazer uma merda cabulosa.
O melhor seria manter distância de Lana e toda sua aura de sedução.
5
Nem mesmo o álcool foi capaz de apagar o fogo que queimava dentro de mim, pelo contrário, atiçou ainda mais. Eu só me arrependo de ter magoado a Madie, mas não de me envolver com a Lana. Tudo foi diferente entre a gente, muita intensidade. Espero que um dia você possa me perdoar, Maddie.
Zach descansou a cabeça nas mãos e soltou um suspiro cansado. Sentia uma dor de cabeça infernal, a garganta estava seca e o corpo dolorido. A noite anterior havia sido uma verdadeira loucura.
A festa de aniversário do Kells estava lotada e com muita bebida. Não queria ir e dar de cara com a mulher que não saía de seus pensamentos, mas era o aniversário do seu amigo. Lembrava dos momentos sóbrios e de boa parte da bebedeira por ter dado de cara com a Lana. Só queria ficar bêbado o suficiente para manter distância e sobreviver àquela noite.
E só não imaginava que ficariam juntos e acordaria ao lado daquela mulher tão desejada. Ficou satisfeito em estar ao lado dela, admirando-a descansar feito um anjo nos lençóis brancos, mas tudo mudou quando foi acordado por uma ligação de Maddie.
Ele mentiu sobre tudo e se sentiu péssimo por isso, jurando que jamais faria algo assim novamente.
E, infelizmente, lá estava ele aguardando a chegada de Lana em seu apartamento.
Don't be a bummer, babe
Não seja uma decepção, querido
(What? What? Yeah?) (O quê? O quê? Sim?)
Be my undercover lover, babe, hmm Seja meu amante secreto, querido, hmm
Zach descansou a cabeça nas mãos e soltou um suspiro cansado. Sentia uma dor de cabeça infernal, a garganta estava seca e o corpo dolorido. A noite anterior havia sido uma verdadeira loucura.
A festa de aniversário do Kells estava lotada e com muita bebida. Não queria ir e dar de cara com a mulher que não saía de seus pensamentos, mas era o aniversário do seu amigo. Lembrava dos momentos sóbrios e de boa parte da bebedeira por ter dado de cara com a Lana. Só queria ficar bêbado o suficiente para manter distância e sobreviver àquela noite.
E só não imaginava que ficariam juntos e acordaria ao lado daquela mulher tão desejada. Ficou satisfeito em estar ao lado dela, admirando-a descansar feito um anjo nos lençóis brancos, mas tudo mudou quando foi acordado por uma ligação de Maddie.
Ele mentiu sobre tudo e se sentiu péssimo por isso, jurando que jamais faria algo assim novamente.
E, infelizmente, lá estava ele aguardando a chegada de Lana em seu apartamento.
(What? What? Yeah?) (O quê? O quê? Sim?)
Be my undercover lover, babe, hmm Seja meu amante secreto, querido, hmm
6
Os lábios carmim de Lana distribuíram beijos por cada centímetro de seu corpo. E, um por um, injetava sensações indescritíveis em pontos onde não acreditava poder sentir.
Assim que a mulher cruzou a porta de seu apartamento, Zach pegou-a no colo, sentiu as pernas macias apertarem-se ao redor de seu quadril e suas mãos prenderam-se na deliciosa curva da bunda feminina. Roçaram seus corpos, unidos como se buscassem fazer fogo por atrito e tomaram seu tempo explorando cada canto da boca um do outro. Pareciam ter todo tempo do mundo, algo que não era verdade. Um tempo que de fato não tinham, reduzido pela decepcionante, mas excitante realidade de suas vidas. Aquele quarto era como um reduto, um local seguro para demonstrarem o prazer do que poderia ser uma última vez, uma última noite. Não parecia errado, mas também não parecia certo. Estavam demasiado vivendo o momento para se atentarem ao que alguém poderia julgar.
Naquele quarto era só Zach levando-os para a cama. O encaixe prazeroso parecia ser desenhado pelo mais abstrato dos artistas. Lana arqueando-se e conduzindo cada estocada. Ambos delirando com o vai e vem, as mudanças súbitas e inesperadas de velocidade, o rebolar que o fazia atingir justamente onde ela precisava. O crescente das notas, o fá de Zach puxando seus cabelos amorosamente, o sol de Lana mordendo seu ombro com paixão e enfim o lá de ambos, trocando olhares desesperados em busca de liberação. Tudo sendo construído como em uma ópera, atingindo o tão irresistível clímax e o alívio mútuo.
Assim que a mulher cruzou a porta de seu apartamento, Zach pegou-a no colo, sentiu as pernas macias apertarem-se ao redor de seu quadril e suas mãos prenderam-se na deliciosa curva da bunda feminina. Roçaram seus corpos, unidos como se buscassem fazer fogo por atrito e tomaram seu tempo explorando cada canto da boca um do outro. Pareciam ter todo tempo do mundo, algo que não era verdade. Um tempo que de fato não tinham, reduzido pela decepcionante, mas excitante realidade de suas vidas. Aquele quarto era como um reduto, um local seguro para demonstrarem o prazer do que poderia ser uma última vez, uma última noite. Não parecia errado, mas também não parecia certo. Estavam demasiado vivendo o momento para se atentarem ao que alguém poderia julgar.
Naquele quarto era só Zach levando-os para a cama. O encaixe prazeroso parecia ser desenhado pelo mais abstrato dos artistas. Lana arqueando-se e conduzindo cada estocada. Ambos delirando com o vai e vem, as mudanças súbitas e inesperadas de velocidade, o rebolar que o fazia atingir justamente onde ela precisava. O crescente das notas, o fá de Zach puxando seus cabelos amorosamente, o sol de Lana mordendo seu ombro com paixão e enfim o lá de ambos, trocando olhares desesperados em busca de liberação. Tudo sendo construído como em uma ópera, atingindo o tão irresistível clímax e o alívio mútuo.
7
Mergulhei de cabeça e me entreguei. Achei que aqueles meses de verão iriam se transformar em anos, mas me enganei. Infelizmente, eu não era o senhor do tempo.
O aroma da margarida estava impregnado por seu corpo, mente e coração. Estava viciado e não tinha forças para lutar contra o seu vício. Curtiu intensamente todos os minutos, entregou-se.
Terminou com Maddie.
E estava disposto a ter algo sério com Lana.
Infelizmente, descobriu da pior maneira que a via era de mão única.
O aroma da margarida estava impregnado por seu corpo, mente e coração. Estava viciado e não tinha forças para lutar contra o seu vício. Curtiu intensamente todos os minutos, entregou-se.
Terminou com Maddie.
E estava disposto a ter algo sério com Lana.
Infelizmente, descobriu da pior maneira que a via era de mão única.
8
Não seja uma decepção, meu bem
(What? What? Yeah?)
Be my undercover lover, babe, hmm
Seja meu amante secreto, meu bem, hmm
Zach tomou mais um gole de sua bebida enquanto relia pela milésima vez a mensagem de Lana.
“Até o próximo verão.
beijos L.”
E meses depois, ele ainda estava sofrendo pela mulher. Ainda tentava se acostumar com as fotos dela ao lado de outros caras, mas encontrava conforto na música que escreveu sobre o que tiveram.
Bom, a letra só faltava gritar o seu nome e isso o satisfazia ao saber que havia a atingido de alguma forma.
Só não sabia como não se transformar em uma decepção para ela. Esperaria por ela, mesmo que fosse até o próximo verão.
Fim.
Nota da autora: Oi,oi,oi!!!! Tentei o máximo possível ser fiel a letra e trazer um plot maneiro. Agradeço MUITO a Gabi Heyes que me ajudou MUITO com a cena restrita! MUITO OBRIGADA, GABS ?? e quero agradecer a vcs por lerem a fic, fico feliz que tenha gostado!!!!
Se quiser conhecer as fics da Gabs, recomendo MUITO todas, principalmente, One more dream.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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