Capítulo Único
— Espera, você está me dizendo que vai entrar nesse aplicativo?
Lara perguntou do outro lado do telefone. Eu assenti, mesmo que ela não pudesse ver e afirmei em palavras que sim.
— É isso mesmo o que você está ouvindo.
As pessoas pensam que famosos não usam aplicativos de namoro, mas o que elas não sabem é que existe um aplicativo especial para nós: o IDate. Lógico que não é qualquer um que entra nele, existe uma série de requisitos para participar dessa rede social: como, por exemplo, ser mundialmente conhecido.
As pessoas nunca imaginariam que eu, , entraria em uma rede dessas. Afinal, eu era, além de mundialmente famosa, também mundialmente gostosa. Todos me queriam, até eu me quereria se eu não fosse eu.
Bom, o caso é que eu estou sempre inovando nos boys. Infelizmente eu sou heterossexual, e se eu pudesse escolher, escolheria mulheres com certeza para gostar. Elas são maravilhosas da cabeça aos pés, mas eu gosto de um pirulito, sabe? Ai, ai.
Eu tenho casos, nunca me apaixono, então não vejo perigo de eu entrar no IDate e acabar com o coração partido. Aliás, eu e coração partido não eram coisas que combinavam.
Então sim, eu iria entrar no aplicativo e iria deixar um rastro de fodas boas por aí. Eu estava de férias, em um recesso desde o meu último álbum e queria novas experiências. Quem sabe inspirações para novas músicas não surgiriam?
— Tudo bem, mas você vai ter que me prometer que não vai deixar esses pobres famosos com o coração dilacerado, . – Ela disse e consegui a imaginar olhando para as unhas. Lara sabia que eu fazia isso, mesmo não querendo, não podia evitar. O problema não era eu, eram eles, sempre.
— Você sabe que isso eu não prometo, Lara – eu respondi também olhando para minhas unhas. Éramos duas megeras, mas quem ligava, certo? Rimos em seguida e nos despedimos.
Eu estava jogada no sofá da sala da minha mansão em Manchester. Eu não era britânica, eu nasci no México, mas meus pais se mudaram para os Estados Unidos da América, onde eu me tornei a grande cantora que sou. Tenho casas espalhadas pelo globo, e só estava passando um tempo na Inglaterra. Mundialmente famosa – e gostosa, como eu disse, mas essa última parte eu agradeço à genética.
Abri uma rede social qualquer com um fake meu e comecei a vasculhar memes. Depois de alguns minutos rindo, eu comecei a ficar entediada e resolvi abrir o IDate. Eu já tinha feito meu perfil, porém não tinha me aventurado ainda. Após colocar minha senha e o reconhecimento facial, o aplicativo abriu.
Ah, não, credo! Tinham alguns caras que eu já peguei e não foram exatamente boas experiências... Jonathan Larson, Kevin Jackson, Harry Fegurson... Fui jogando todos para a esquerda, até que encontrei um famoso que estava começando agora: . A primeira foto era dele de cabelo loiro, um cabelo raspado e outra de cabelo preto enorme. Ele usava vários estilos de cabelo, pelo visto, e devo dizer que todos ficavam extremamente bons.
Olha só, ele usava também lápis e esfumado preto nos olhos. Deve ser só pelo personagem... Oh, meu Deus, ele tinha um sorriso lindo! Ok, vou jogar para a direita só para ver se... Deu match!
— Irrá! – soltei e dei uma risadinha. Abri o chat e quando fui mandar mensagem, ele mandou uma antes:
“Olha só se não é no IDate...”
Eu sorri e mandei outra como resposta.
“E se não é ... ;)”
“Ah, então me conhece? Que honra”
“Como não conhecer o mais jovem ator de Hollywood, não é mesmo? Está em toda parte hahaha”
Fiquei aguardando a resposta por alguns segundos, até que ela veio.
“O que importa é se eu estou na sua, e posso dizer que sim, é uma verdade”
“Uau, essa foi muito ruim até mesmo para mim.”
Eu ri e balancei a cabeça negativamente. Voltei para o perfil dele para ver a sua idade: 24 anos. Certo, ele era uns três anos menor do que eu, mas e? Talvez um pouco inexperiente, mas isso podemos resolver.
“Realmente, porém você pode se redimir...”
“Ah, é? E como a senhorita gostaria que eu me redimisse?”
Fiz um bico, pensativa. Sorrindo, digitei e enviei:
“Jantar na sua casa, sexta, às sete, o que acha?”
A resposta veio em seguida.
“Mais que perfeito! Só uma coisa: você está em Manchester? Porque é onde eu estou nesses tempos”
“Ah, que engraçado, eu estou sim!”
“Ótimo, então vamos para meu hotel, o que me diz?”
Ah, eu estava adorando muito tudo isso.
***
Eu passei o batom roxo nos lábios, e dei uma ajeitada no cabelo com minhas mãos. Sorri, eu estava animadíssima para hoje. era um homem muito peculiar, ele se vestia de maneira meio alternativa, o que o deixava ainda mais sexy. Fiquei, sim, babando nas fotos dele pela internet até o dia do encontro, ele no filme “O meu nome é o seu nome” estava uma d-e-l-í-c-i-a!
Coloquei um boné na cabeça e uns óculos escuros, nunca deixava a vista meus encontros com os famosos, mesmo porque depois as pessoas colocavam pressão para assumirmos algo, e eu não estou no clima de ter dor de cabeça agora.
Pedi para meu motorista me levar ao hotel de . Chegamos e eu tinha combinado com ele que o hotel me receberia pelas portas dos fundos. Fiquei me perguntando se eu liberaria as minhas portas dos fundos hoje.
Entrei no elevador e apertei o botão para a cobertura. As portas se abriram e o corredor do hotel tinha apenas mais três portas além da que eu deveria entrar. Caminhei e assim que cheguei em frente a porta certa, ela se abriu antes de eu tocar a campainha e lá estava , vestido com uma calça azul noite, uma camisa de seda branca de manga comprida com um lenço também branco amarrado no pescoço, e por último um casaco de terno azul combinando com a calça. Eu não olhei para os pés, mas de canto de olho deu para perceber que eram sapatos pretos. Tenho certeza que eu estava babando, mas tudo bem, porque logo mais essas roupas estariam no chão.
— – ele disse sorrindo de lado, encostando-se no batente da porta.
— – respondi e ele olhou para baixo, rindo anasalado.
— Por favor – ele deu espaço para que eu entrasse. Passei por ele, sentindo seu perfume, e mantendo contato visual com aqueles olhos com esfumado azul. fechou a porta atrás de mim.
Observei a suíte enorme: uma cama de casal arrumada com tecidos e lençóis azuis, com uma cabeceira acolchoada – ótimo – e gaveteiros dos dois lados da cama. Notei que tinham luzes embutidas nas laterais da cama e no meio do quarto um lustre enorme estava saindo do teto.
Uma varanda gigantesca mais à frente com uma vista fascinante estava com uma mesa e o nosso jantar já posto nela a luz de velas. Romântico até demais, eu diria, mas estava tudo lindo.
— Isso é...? – comecei e ele estava já do meu lado.
— Mozart? Eu amo. Tudo bem para você ele ser a nossa trilha sonora de hoje? – perguntou e eu assenti, estranhando um pouco esse gosto tão diferente do meu, mas aceitando, é claro. – Você não quer tirar os óculos escuros e o boné?
— Ah! – eu disse e ri em seguida, retirando os acessórios de mim. ficou olhando para meus olhos com um sorriso incrível nos lábios. – Assim?
— Uau. – Ele disse e eu ri, não poderia ser mais clichê que isso. Mas eu estava gostando...? Estranho.
— Então... vamos jantar?
A noite estava sendo maravilhosa, mais do que eu acharia que seria. Mozart até que não estava sendo tão ruim, inclusive eu amei uma música que tocou, talvez o nome seja “A flauta mágica”, mas não tinha certeza. Eu só pensei em uma flauta aquela noite toda e esperava que ela fosse mágica – mas devo dizer que pelo andar da carruagem ela seria, sim.
— Então... o que achou do bolo? Acho que você notou pelo jantar que eu sou vegetariano, certo? O bolo é vegano e achei ele muito bom. – Ele começou a tagarelar e eu assenti, olhando para a paisagem atrás dele.
— Ah, sim, muito gostoso, até melhor do que um bolo feito com ingredientes de origem animal – respondi e ele riu. Acho que eu forcei muito essa.
— Ok, eu disse muito sobre mim hoje. Me conte um pouco mais de você, . – O homem disse e eu levei a taça de champanhe até minha boca, sorrindo contra o copo.
— O que você quer saber, ? – me projetei para frente, tornando a distância entre nós menor. Ele ainda sorrindo arqueou uma sobrancelha.
— Bom, acho que para começar o que você está fazendo em Manchester – ele disse e eu sorri.
— Estou dando um tempo da vida de famosa, relaxando um pouco, encontrando pessoas, saindo com você... – respondi em tom provocativo e ele riu.
— Está certo. Se eu tivesse um tempo para relaxar eu estaria com certeza fazendo o mesmo, só que em Paris. – Ele olhou para distante dali pensativo.
— E você? – notei que ele estava pensando demais. voltou seu olhar para os meus olhos.
— Estou gravando um novo filme de época – ele juntou as mãos por debaixo da mesa, escorando-se por cima dela. – Não posso dizer muito, mas ele está incrível!
— Que interessante... – Eu disse e ele sorriu. Fiquei olhando para o céu que estava estrelado e ele acompanhou meu olhar. Uma música calma estava tocando, ainda era Mozart, tenho certeza – e nem sei como.
— Piano Concerto Número 27 – revelou e eu o observei. – Essa é a música, caso esteja apreciando como eu.
Meneei a cabeça e ele se levantou, se ajoelhando ao meu lado em seguida. Meu coração parou de tanto medo do que ele estava prestes a falar.
— Aceita dançar comigo, ? – fez uma reverência e eu ri, aceitando o convite.
Ele se levantou e me puxou para perto dele, começamos a nos movimentar lentamente no ritmo da música. Era uma melodia muito agradável, eu estava surpreendida com o tanto que eu gostei de música clássica hoje.
me fez dar um giro e voltar para seus braços, me deitando no ar. Mantive o contato visual o tempo todo, é claro, e ele sustentou meu olhar.
— Preciso perguntar, mas espero que a resposta seja sim – ele disse repentinamente. Continuou, então: – Posso te beijar, ?
— Achei que não fosse perguntar nunca – eu devolvi e ele riu. Juntei nossos lábios e assim passamos a nos beijar. Sua língua quente me acompanhava e cada vez mais ele me apertava contra seu corpo. me deixou de pé novamente e eu fui direto com as minhas mãos para sua nuca, arranhando de leve ali.
Suas mãos dançavam livres por minhas costas, e eu já estava o empurrando com o meu próprio corpo em direção ao quarto. Ele e eu fomos andando até a cama, onde eu o sentei e passei cada perna pela lateral de seu corpo, ficando em cima de seu colo. Ele aproveitou e tirou seu casaco e o lenço branco do pescoço.
Observava aqueles olhos encantadores enquanto eu desabotoava sua camisa. Ele estava com os braços apoiados atrás de seu corpo, e assim que eu retirei sua camisa por completo, notei seu corpo magro passando minhas mãos por toda a extensão de seu tronco. Ele podia ser um pouco magricelo, porém, era gostoso, sim!
Fui até o cós da sua calça e brinquei com a barra dela. me observava o tempo todo, curioso. Num movimento rápido, ele me pegou e colocou na cama de lençóis azuis, ficando por cima de mim. voltou a me beijar e o ritmo de nossas línguas foi aumentando cada vez mais, enquanto ele subia meu vestido e passeava com as mãos por minhas coxas. De vez ou outra ele dava uma apertada de leve, me fazendo arfar, o que provocava sorrisos dele durante o beijo.
Me separei dele, o empurrando para o lado, e subi novamente em seu colo. Com um puxão, ele subiu de vez meu vestido, tirando-o do meu corpo e revelando minha lingerie incrivelmente azul como tudo naquele quarto.
— Caralho – ele disse me olhando e eu ri, voltando a beijá-lo, pegando seu rosto com as minhas mãos, delicadamente.
subiu suas mãos por minhas costas até o fecho do sutiã e o soltou. Senti a peça de roupa se afrouxar no meu corpo e me separei dele mais uma vez, para retirá-la. Nesse movimento, ele me colocou de volta na cama e foi parar em cima de mim, beijando meu pescoço e dando chupadas, passando a língua quente dele suavemente por minha pele.
Ele, enquanto se deliciava com meu colo, levou sua mão até um dos meus seios e passou a apertá-lo, passando o dedão pelo bico do peito, massageando-o. foi trilhando seus beijos até o outro seio, dando chupadas nele. Sua outra mão foi fazendo movimentos circulares até minha barriga e assim foi descendo até encontrar meus lábios grandes por debaixo do tecido da calcinha. Só dele passar a mão de baixo para cima, molhando toda a minha amiga, fez um arrepio percorrer meu corpo todo e ele me observou enquanto ainda chupava um de meus peitos. Eu estava com os olhos transbordando libido, só pode, porque ele deve ter se inspirado e, molhando os dedos com o meu próprio mel, passou a fazer aquele movimento circular em meu clitóris.
Porra, eu estava enlouquecendo! O homem em cima de mim parou de passar sua língua em meu seio e foi ao encontro de meu clitóris, retirando a minha última peça de roupa, e olhando sempre em meus olhos. Eu não sou louca de desviar o olhar, então mantive.
Dando chupões e circulando meu ponto de prazer, ele enfiou um dedo dentro de mim, fazendo com que eu soltasse um gemido longo e segurasse os seus cabelos, os puxando com força.
— ... – eu deixei sair entre gemidos e ele parou na hora, me fazendo olhar para aqueles olhos grandes. se aproximou lentamente até a minha boca e ficou a encarando, enquanto passava a mão na minha barriga e nas minhas costas levemente arqueadas.
— Vire-se – ele meio que ordenou...? Como eu estava vidrada no prazer, fiz o que ele disse e, com se afastando um pouco para que eu conseguisse realizar o gesto, me virei de costas para ele.
esperou alguns segundos, deixando a tensão no ar, quase me matando, para então percorrer com as pontas dos dedos pela pele das minhas costas, se aproximando com a boca no pé da minha orelha e mordendo de leve o lóbulo dela. Ele passava seus dedos delicadamente pela extensão da minha barriga agora, indo de baixo para cima, até meu pescoço, e descendo novamente, fazendo com que meus pelos se eriçassem todos.
— Gosta? – ele sussurrou e fechei os olhos quando ele foi com a sua mão até minha vagina, notando como eu pingava de tesão. pegou o líquido que saía de mim, esfregando a mão contra meus grandes lábios e indo até o clitóris, onde passou a circundá-lo com a ponta dos dedos.
Soltei um suspiro como resposta ao que ele perguntou, ouvindo em seguida sua risada baixa, e ele parou com o movimento com os dedos, me projetando para frente, deixando-me de quatro. Escutei retirar a calça e a cueca, e olhei para trás para vê-lo pegar a camisinha. Ele se vestiu e, segurando a minha barriga, depositou seu queixo na dobra do meu pescoço, me penetrando lentamente. Um gemido da minha boca e da dele saiu, os dois acompanhando um ao outro.
começou com movimentos de vai-e-vem leves, alternando com estocadas mais fortes. Toda vez que ele metia com força, fazia com que eu soltasse um gemido alto. Escutar esse homem gemer no meu ouvido estava deixando-me toda arrepiada.
Ele passou a fazer movimentos mais rápidos e de repente estava com uma velocidade incrivelmente deliciosa. Quando ele parou, eu protestei. respirou fundo para voltar então a dar mais estocadas, apertando meus seios com uma das mãos, e me segurando contra ele.
soltou meus peitos e segurou minha cintura, fazendo meu corpo se chocar cada vez mais rápido contra o dele.
— Acho... que... eu vou... – comecei entre gemidos.
— Goza para mim, – ele disse e gemeu comigo. Senti as paredes da minha vagina se contraírem no pau dele, minhas pernas tremerem todinhas e soltei um longo e demorado gemido, seguido por uma respiração falha.
não demorou muito e gozou também. Ele saiu de dentro de mim e fez menção de me virar para ele. Eu virei em sua direção e o beijei, com ele caindo em cima de mim. Ficamos nos beijando por um tempo, sua mão fazendo carinho na pele do meu ombro, enquanto a outra mão estava apoiada ao lado da minha cabeça.
Eu o empurrei para que ele saísse de cima de mim e caiu do meu lado. Já estávamos com a respiração voltando ao normal, até que ele soltou um:
— Caralho.
Eu ri com esse comentário. Realmente: caralho. Estava – e estive – de quatro por aquela foda.
***
— Amiga, você está me ouvindo?
— O quê? – eu disse distraída, voltando meu olhar para Lara. Sim, eu estava pensando no gostoso do , mesmo duas semanas depois da nossa primeira foda. Depois dessa noite eu não contei para Lara, mas eu continuei o vendo secretamente em seu quarto de hotel.
Ele era um sonho até para mim.
— Você está pensando em alguma outra coisa, é isso? – Lara adivinhou e eu fiz a sonsa.
— O quê? Claro que não! – ri em seguida e ela arqueou a sobrancelha.
Estávamos sentadas em meu sofá de casa, tomando vinho e conversando. Tinha chamado ela para passar uma noite entre amigas, mas um outro motivo era para ver se eu conseguia me distrair e parar de pensar em . Pelo visto não estava ajudando.
Lara semicerrou os olhos e se aproximou levemente de mim.
— Você não me engana, . O que você estava pensando?
— Em nada, estava prestando atenção no que você estava dizendo, poxa! – respondi, mas minha voz saiu um pouco trêmula. Ela dobrou os braços na altura do busto.
— E o que eu estava falando?
Droga.
— É... – Tentei, mas ela me interrompeu na hora.
— Eu sabia! Você estava pensando em outra coisa! O que era, hein...? – ela disse e eu tentei responder, até que ela abriu um pouco mais os olhos e sussurrou: — Era em alguém?
Olhei para os lados, dando outro gole na bebida. Ela deu risada.
— Não vai me dizer que é no...?
— Amiga, lógico que não! Eu não estava pensando em ninguém.
— Eu não acredito, . é gay! — ela disse como se fosse óbvio e eu até me engasguei.
— Ah, ele não é gay, não! – disse e ela deu outra risada.
— Claro que é, ele usa maquiagem...
— Qualquer um pode usar maquiagem, ora essa!
—... Está sempre se importando com a aparência dele...
— Ah, qual é, Lara!
— Ok, então me fala, como ele transou com você, mesmo?
— Como assim? – olhei-a sem entender nada.
— De costas, igual homens transam! – ela disse e eu dei risada.
— Tá, agora você está dizendo como se nunca deu a ré...
— Amiga, vai me dizer que ele não escuta música clássica? — parei de falar quando ela disse isso. – Viu só!
O que ela não estava enxergando era que ele não era gay, mesmo gostando dessas coisas que ela citou. Qualquer um curte um Mozart, ora essa!
— Olha, eu só não quero que você acabe com o coração partido, meu amor – Lara disse colocando a mão sobre meu rosto. Eu sorri.
— Como se fosse possível isso de eu acabar com o coração partido! Parece que não me conhece, Lara – respondi, fazendo com que ela assentisse, mais aliviada.
Só que dias se passaram e eu fui ficando cada vez mais vidrada nesse homem. Não sei qual é o mel dele, mas que ele era viciante, ah, isso era.
Teve um dia em que eu estava em seu quarto, depois de uma transa, e quando eu acordei, ele estava lendo um livro sentado na poltrona. Me espreguicei toda e me sentei na cama, cobrindo-me com o lençol.
— Bom dia, bela adormecida – ele disse e bebericou de seu café. Eu sorri para , que sorriu de volta e voltou a ler. Eu queria conversar, tentei continuar a chamar sua atenção, mas ele não queria parar de fazer o que estava fazendo.
Eu particularmente não sei por que aquilo me incomodou, passamos a noite toda juntos, enfim.
Acabei descobrindo depois que eu estava certa naquela minha desconfiança.
foi ficando cada vez mais distante, e eu, cada vez mais cadelinha dele. Essa parte foi péssima, parecia que eu tinha desaprendido a lidar com as pessoas, eu queria tanto que ele me desse atenção, que eu fosse digna dela, que eu meio que me transformei totalmente?
Sim, eu estava beirando a maluquice.
Até que chegou aquele dia. Aquele fatídico dia em que ele ligou para a minha casa e disse que não poderia mais ir me ver. Eu estava com Lara e tentei segurar minha insegurança – que, admito, não aparecia fazia anos – enquanto ela me dizia que eu deveria parar de falar com ele.
— é um péssimo cara, . – Ela afirmou e foi para a cozinha preparar um drink para nós duas.
Eu fiquei mal naquele dia, sim. Lara disse para eu botar tudo no papel, que Anne Frank tinha a ensinado que o papel era mais paciente que os humanos e que com certeza eu extravasaria melhor.
E foi aí que surgiu meu próximo hit.
***
Bom, meses se passaram, eu voltei para a estrada e Lara não me acompanhou dessa vez. Eu desinstalei o aplicativo do meu celular e me tornei uma mulher livre novamente, sem nenhum embuste me ancorando.
Eu cantava nos meus shows lotados e quando vinha aquela música era inevitável lembrar dele e de meus momentos ao seu lado. Acho que de um jeito ou de outro valeu a pena eu ter me arriscado no IDate, pois me rendeu uma grande canção que fez sucesso para caralho, diga-se de passagem. Hashtag Diva!
Mas não, eu não estava satisfeita. Curada sim, daquela obsessão por , porém não estava me sentindo plenamente vingada.
Então eu fiz uma visitinha a um certo set de filmagens em Hollywood. Ai, ai, eu estava muito inspirada aquele dia.
Eu estava sentada no sofá daquele trailer fazia algumas dezenas de minutos, só aguardando pela minha presa silenciosamente. Ouvi a porta do trailer abrir e sorri ao vê-lo entrar lá, vestido de cowboy.
— Então quer dizer que estão precisando de um xerife na cidade? – Minhas palavras o pegaram de sobressalto. se virou rapidamente em minha direção, assustado. Quando notou que era eu, deu um sorriso encantador.
— Ora essa, se não é . – Ele disse se aproximando de mim e parando na minha frente. – A que devo a honra? Soube que tem feito muito sucesso com seu novo álbum por aí.
Eu soltei uma risadinha.
— Digo o mesmo para você, querido .
— Soube que eu tenho feito sucesso com o meu novo álbum? – ele perguntou confuso e eu fiz que não.
— Soube que você tem feito cada vez mais sucesso na terra do cinema. – Eu disse e ele sorriu de lado.
— Ah, sim. – Ele já estava distraído nos seus pensamentos, o que me irritou um pouco, confesso. Mas não me deixei levar por esse sentimento e me sentei melhor no sofá, me aproximando dele, e o puxando por seu lenço no pescoço.
voltou a sorrir e apoiou as mãos nas paredes do trailer.
— Será que ainda faz sucesso na cama? – eu questionei e ele riu.
— Eu acho que só há uma maneira de descobrir. – Ele disse e eu aproximei minha boca da sua, mordendo seu lado inferior, o trazendo para mim e depois só fiquei ali, sorrindo para o homem na minha frente, que estava já de olhos fechados.
os abriu e me olhou confuso.
— Você e eu não íamos...? – ele perguntou e eu ri.
— Ainda acho que não estou no clima? – eu respondi o soltando e me levantando do sofá, caminhando por ele e indo até o outro lado do trailer. Os olhos de me observavam, vidrados. — Tem alguma coisa aqui para bebermos?
— Infelizmente não. Eu estava prestes a pedir um whisky, pensando nele quando chegasse aqui no trailer, mas você me pegou de jeito – Ele respondeu.
— Ah, que pena! – me sentei na pia e fiquei olhando para a paisagem lá fora pela janelinha que tinha em cima dela. Escutei os passos de , que ficou parado na minha frente novamente.
— E como você está, ? Não nos vemos há o quê? Alguns meses? – ele questionou e eu virei meu rosto em sua direção. Pendi a minha cabeça para um dos meus ombros e, depois de um longo silêncio, eu desci da bancada, ficando perigosamente próxima a ele.
— Vamos lá, . Como acha que eu estou?
Ele sorriu.
— Eu diria que muito bem.
E dessa vez eu sorri.
— Que tal descobrir? – eu aproximei meu rosto do dele que olhava freneticamente para meus lábios.
— Que jogo é esse?
— Só quero brincar um pouquinho, ... Não está no clima, querido? – eu disse fazendo bico e ele assentiu.
— É só você querer que eu faço o que você quiser, – ele respondeu e eu sorri. Me aproximei de seu ouvido e sussurrei:
— Me leve ao paraíso.
(Coloque para tocar: Buttons – The Pussycat Dolls feat. Snoopy Dogg)
Aquela foi a cartada final. E que funcionou incrivelmente bem! grudou nossos lábios e fui eu quem invadi sua boca com a minha língua. Minhas mãos foram rapidamente para seus cabelos, tirando o chapéu que ele usava e o colocando em mim, enquanto as mãos dele, para minhas costas, percorrendo livremente por elas.
Eu conseguia escutar seu coração acelerado e eu continuei a beijá-lo ferozmente, o empurrando em direção ao sofá.
Antes dele cair sentado, ele me virou e fui eu quem caí na mobília aconchegante. O vi despir-se das roupas com voracidade e logo ele estava de calça apenas, sem as botas e de meia. Eu puxei minha blusa para cima, retirando-a do meu corpo, e a joguei ao meu lado, colocando o chapéu na minha cabeça de novo. Eu estava sem roupa íntima alguma, o que o fez sorrir maliciosamente. Notei a ereção dele na calça e me aproximei dele.
— Agora estamos iguais – eu disse e ele riu. se aproximou para me beijar novamente e eu o puxei fazendo com que ele caísse no sofá. Logo fui para cima dele e disse no pé de sua orelha:
— Calma aí, cowboy, quem vai cavalgar hoje sou eu.
Eu estava querendo dizer isso desde que eu o tinha visto entrar naquele trailer!
Ele soltou um grunhido sexy e atacou minha boca com a dele, não nos beijávamos gentilmente há tempos. Rocei minha intimidade na dele, dando pequenas reboladas em cima de sua ereção. Ele apertou minha cintura e logo suas mãos estavam nos meus seios, os apertando e fazendo movimentos circulares com os seus dedões no bico. Ele manteve contato visual como sempre fazia, eu soltei um gemido rouco ao sentir meus bicos se enrijecerem. Ele sorriu de lado e eu voltei a beijá-lo.
As mãos de foram parar no cós da minha calça, e ele passou a se concentrar em abri-la. Eu me levantei e retirei a calça, estando completamente nua agora. Ele engoliu em seco e esticou a mão para mim. Eu a segurei e ele me puxou para seu colo novamente, depositando beijos molhados pela dobra do meu pescoço e meu ombro. Suspirei pesadamente e já estava completamente molhada.
Abri sua calça pelos botões e retirei de dentro de sua cueca seu pau enrijecido. Passei a masturbá-lo lentamente, provocando nele gemidos baixos. Aumentei a velocidade do movimento e, enquanto ele gemia, veio com sua mão mágica e meu deu para chupar os dois dedos médios. Assim que eu o fiz, ele foi com eles em direção ao meu clitóris, acertando-me em cheio onde ele estava e começou a fazer aquele movimento maravilhoso para cima e para baixo. Ficamos os dois gemendo e se olhando com as testas grudadas. Mas eu não queria chegar lá assim. Eu queria tê-lo dentro de mim, como ele sempre esteve.
— Camisinha? – eu disse entre suspiros e ele com a outra mão, sem parar os movimentos, buscou sua carteira no bolso da calça e retirou de lá o pacote.
Ele o abriu e me deu para colocá-lo nele. Eu fiz o que ele tanto queria e ele me segurou pela cintura, enquanto eu posicionava seu precioso na minha entrada.
Fui escorregando para frente lentamente, até que ele estava por completo dentro de mim. Soltamos os dois gemidos longos e eu mordi meu lábio inferior de tanto tesão que eu estava sentindo.
Fui para frente e para trás, em movimentos bem lentos. Senti suas mãos apertarem com ainda mais vontade minha cintura, tentando aumentar a velocidade, mas eu não deixei.
Quando eu disse que quem cavalgaria hoje era eu, eu não estava de brincadeira.
Apoiei minhas mãos em seus ombros e subi e desci em seu pau latejante, esfregando meu clitóris em sua pélvis sempre que eu conseguia. Então passei a aumentar – finalmente – a velocidade e eu estava subindo e descendo freneticamente nele. Gemidos e grunhidos preenchiam o vazio daquele lugar, meus e os dele se misturavam e davam cada vez mais estímulo para que eu continuasse com meus movimentos. Às vezes ele apertava meus peitos, mas logo se rendia e voltava para a minha cintura, tentando controlar o que eu estava fazendo. Acho que ele queria que fosse mais rápido ainda, mas eu não iria dar isso a ele, não.
Parei com o sobe-desce e passei a rebolar em seu pau, lenta e torturantemente. Eu estava com o coração aceleradíssimo, gotas de suor desciam pelo rosto de e pelo meu. Depois de longos minutos assim eu voltei a fazer os outros movimentos. Descia e subia com seu pau dentro de mim, e eu sabia que a qualquer momento ele poderia gozar. Mas eu queria fazer isso primeiro, então eu coloquei uma das mãos em meu clitóris enquanto eu me mexia em cima dele, assim o prazer foi multiplicado.
Eu já estava gritando, aquela parte do trailer estava balançando muito, então eu senti, eu estava quase lá.
— Eu sei o que você quer – eu disse e voltei a fazer movimentos lentos. – Então implore.
— ...
— Vamos, , implore. Implore para gozar. – Eu respondi e meu coração estava disparado. Ele, entre gemidos cada vez mais altos, disse finalmente:
— Me faz gozar, sua gostosa do caralho!
Então eu senti algo explodir dentro de mim e revirei os olhos de tanto prazer, sentindo meu corpo dar leves espasmos.
Mas ele não chegou lá comigo.
Ele estava quase em seu ápice, mas eu parei de fazer os movimentos e respirei fundo, saindo de cima dele. olhou para mim sem entender absolutamente nada. Peguei a minha blusa, tirei o chapéu e a coloquei de volta, em seguida colocando o chapéu na minha cabeça. Peguei a minha calça e a coloquei. me olhava indignado demais, mas eu tinha feito o que eu vim fazer ali: conseguir me aproveitar dele.
— Você não...? – ele tentou perguntar. Me aproximei dele, depositando um beijo em sua bochecha e segurei o riso ao vê-lo de pau para fora da calça, com a camisinha nele, ereto.
— Obrigada, querido , mas acho que minha estadia aqui já acabou – eu respondi e o cumprimentei com um meneio de cabeça, segurando o chapéu com uma das mãos. – Da próxima vez, não termina pelo telefone. Boa sorte com isso aí.
Eu apontei com a cabeça em direção ao seu pequeno problema e saí do trailer rindo.
Livre, leve e solta fui caminhando para fora daquele estúdio só pensando uma coisa:
Eu estava de volta, meu bem.
Lara perguntou do outro lado do telefone. Eu assenti, mesmo que ela não pudesse ver e afirmei em palavras que sim.
— É isso mesmo o que você está ouvindo.
As pessoas pensam que famosos não usam aplicativos de namoro, mas o que elas não sabem é que existe um aplicativo especial para nós: o IDate. Lógico que não é qualquer um que entra nele, existe uma série de requisitos para participar dessa rede social: como, por exemplo, ser mundialmente conhecido.
As pessoas nunca imaginariam que eu, , entraria em uma rede dessas. Afinal, eu era, além de mundialmente famosa, também mundialmente gostosa. Todos me queriam, até eu me quereria se eu não fosse eu.
Bom, o caso é que eu estou sempre inovando nos boys. Infelizmente eu sou heterossexual, e se eu pudesse escolher, escolheria mulheres com certeza para gostar. Elas são maravilhosas da cabeça aos pés, mas eu gosto de um pirulito, sabe? Ai, ai.
Eu tenho casos, nunca me apaixono, então não vejo perigo de eu entrar no IDate e acabar com o coração partido. Aliás, eu e coração partido não eram coisas que combinavam.
Então sim, eu iria entrar no aplicativo e iria deixar um rastro de fodas boas por aí. Eu estava de férias, em um recesso desde o meu último álbum e queria novas experiências. Quem sabe inspirações para novas músicas não surgiriam?
— Tudo bem, mas você vai ter que me prometer que não vai deixar esses pobres famosos com o coração dilacerado, . – Ela disse e consegui a imaginar olhando para as unhas. Lara sabia que eu fazia isso, mesmo não querendo, não podia evitar. O problema não era eu, eram eles, sempre.
— Você sabe que isso eu não prometo, Lara – eu respondi também olhando para minhas unhas. Éramos duas megeras, mas quem ligava, certo? Rimos em seguida e nos despedimos.
Eu estava jogada no sofá da sala da minha mansão em Manchester. Eu não era britânica, eu nasci no México, mas meus pais se mudaram para os Estados Unidos da América, onde eu me tornei a grande cantora que sou. Tenho casas espalhadas pelo globo, e só estava passando um tempo na Inglaterra. Mundialmente famosa – e gostosa, como eu disse, mas essa última parte eu agradeço à genética.
Abri uma rede social qualquer com um fake meu e comecei a vasculhar memes. Depois de alguns minutos rindo, eu comecei a ficar entediada e resolvi abrir o IDate. Eu já tinha feito meu perfil, porém não tinha me aventurado ainda. Após colocar minha senha e o reconhecimento facial, o aplicativo abriu.
Ah, não, credo! Tinham alguns caras que eu já peguei e não foram exatamente boas experiências... Jonathan Larson, Kevin Jackson, Harry Fegurson... Fui jogando todos para a esquerda, até que encontrei um famoso que estava começando agora: . A primeira foto era dele de cabelo loiro, um cabelo raspado e outra de cabelo preto enorme. Ele usava vários estilos de cabelo, pelo visto, e devo dizer que todos ficavam extremamente bons.
Olha só, ele usava também lápis e esfumado preto nos olhos. Deve ser só pelo personagem... Oh, meu Deus, ele tinha um sorriso lindo! Ok, vou jogar para a direita só para ver se... Deu match!
— Irrá! – soltei e dei uma risadinha. Abri o chat e quando fui mandar mensagem, ele mandou uma antes:
“Olha só se não é no IDate...”
Eu sorri e mandei outra como resposta.
“E se não é ... ;)”
“Ah, então me conhece? Que honra”
“Como não conhecer o mais jovem ator de Hollywood, não é mesmo? Está em toda parte hahaha”
Fiquei aguardando a resposta por alguns segundos, até que ela veio.
“O que importa é se eu estou na sua, e posso dizer que sim, é uma verdade”
“Uau, essa foi muito ruim até mesmo para mim.”
Eu ri e balancei a cabeça negativamente. Voltei para o perfil dele para ver a sua idade: 24 anos. Certo, ele era uns três anos menor do que eu, mas e? Talvez um pouco inexperiente, mas isso podemos resolver.
“Realmente, porém você pode se redimir...”
“Ah, é? E como a senhorita gostaria que eu me redimisse?”
Fiz um bico, pensativa. Sorrindo, digitei e enviei:
“Jantar na sua casa, sexta, às sete, o que acha?”
A resposta veio em seguida.
“Mais que perfeito! Só uma coisa: você está em Manchester? Porque é onde eu estou nesses tempos”
“Ah, que engraçado, eu estou sim!”
“Ótimo, então vamos para meu hotel, o que me diz?”
Ah, eu estava adorando muito tudo isso.
Coloquei um boné na cabeça e uns óculos escuros, nunca deixava a vista meus encontros com os famosos, mesmo porque depois as pessoas colocavam pressão para assumirmos algo, e eu não estou no clima de ter dor de cabeça agora.
Pedi para meu motorista me levar ao hotel de . Chegamos e eu tinha combinado com ele que o hotel me receberia pelas portas dos fundos. Fiquei me perguntando se eu liberaria as minhas portas dos fundos hoje.
Entrei no elevador e apertei o botão para a cobertura. As portas se abriram e o corredor do hotel tinha apenas mais três portas além da que eu deveria entrar. Caminhei e assim que cheguei em frente a porta certa, ela se abriu antes de eu tocar a campainha e lá estava , vestido com uma calça azul noite, uma camisa de seda branca de manga comprida com um lenço também branco amarrado no pescoço, e por último um casaco de terno azul combinando com a calça. Eu não olhei para os pés, mas de canto de olho deu para perceber que eram sapatos pretos. Tenho certeza que eu estava babando, mas tudo bem, porque logo mais essas roupas estariam no chão.
— – ele disse sorrindo de lado, encostando-se no batente da porta.
— – respondi e ele olhou para baixo, rindo anasalado.
— Por favor – ele deu espaço para que eu entrasse. Passei por ele, sentindo seu perfume, e mantendo contato visual com aqueles olhos com esfumado azul. fechou a porta atrás de mim.
Observei a suíte enorme: uma cama de casal arrumada com tecidos e lençóis azuis, com uma cabeceira acolchoada – ótimo – e gaveteiros dos dois lados da cama. Notei que tinham luzes embutidas nas laterais da cama e no meio do quarto um lustre enorme estava saindo do teto.
Uma varanda gigantesca mais à frente com uma vista fascinante estava com uma mesa e o nosso jantar já posto nela a luz de velas. Romântico até demais, eu diria, mas estava tudo lindo.
— Isso é...? – comecei e ele estava já do meu lado.
— Mozart? Eu amo. Tudo bem para você ele ser a nossa trilha sonora de hoje? – perguntou e eu assenti, estranhando um pouco esse gosto tão diferente do meu, mas aceitando, é claro. – Você não quer tirar os óculos escuros e o boné?
— Ah! – eu disse e ri em seguida, retirando os acessórios de mim. ficou olhando para meus olhos com um sorriso incrível nos lábios. – Assim?
— Uau. – Ele disse e eu ri, não poderia ser mais clichê que isso. Mas eu estava gostando...? Estranho.
— Então... vamos jantar?
A noite estava sendo maravilhosa, mais do que eu acharia que seria. Mozart até que não estava sendo tão ruim, inclusive eu amei uma música que tocou, talvez o nome seja “A flauta mágica”, mas não tinha certeza. Eu só pensei em uma flauta aquela noite toda e esperava que ela fosse mágica – mas devo dizer que pelo andar da carruagem ela seria, sim.
— Então... o que achou do bolo? Acho que você notou pelo jantar que eu sou vegetariano, certo? O bolo é vegano e achei ele muito bom. – Ele começou a tagarelar e eu assenti, olhando para a paisagem atrás dele.
— Ah, sim, muito gostoso, até melhor do que um bolo feito com ingredientes de origem animal – respondi e ele riu. Acho que eu forcei muito essa.
— Ok, eu disse muito sobre mim hoje. Me conte um pouco mais de você, . – O homem disse e eu levei a taça de champanhe até minha boca, sorrindo contra o copo.
— O que você quer saber, ? – me projetei para frente, tornando a distância entre nós menor. Ele ainda sorrindo arqueou uma sobrancelha.
— Bom, acho que para começar o que você está fazendo em Manchester – ele disse e eu sorri.
— Estou dando um tempo da vida de famosa, relaxando um pouco, encontrando pessoas, saindo com você... – respondi em tom provocativo e ele riu.
— Está certo. Se eu tivesse um tempo para relaxar eu estaria com certeza fazendo o mesmo, só que em Paris. – Ele olhou para distante dali pensativo.
— E você? – notei que ele estava pensando demais. voltou seu olhar para os meus olhos.
— Estou gravando um novo filme de época – ele juntou as mãos por debaixo da mesa, escorando-se por cima dela. – Não posso dizer muito, mas ele está incrível!
— Que interessante... – Eu disse e ele sorriu. Fiquei olhando para o céu que estava estrelado e ele acompanhou meu olhar. Uma música calma estava tocando, ainda era Mozart, tenho certeza – e nem sei como.
— Piano Concerto Número 27 – revelou e eu o observei. – Essa é a música, caso esteja apreciando como eu.
Meneei a cabeça e ele se levantou, se ajoelhando ao meu lado em seguida. Meu coração parou de tanto medo do que ele estava prestes a falar.
— Aceita dançar comigo, ? – fez uma reverência e eu ri, aceitando o convite.
Ele se levantou e me puxou para perto dele, começamos a nos movimentar lentamente no ritmo da música. Era uma melodia muito agradável, eu estava surpreendida com o tanto que eu gostei de música clássica hoje.
me fez dar um giro e voltar para seus braços, me deitando no ar. Mantive o contato visual o tempo todo, é claro, e ele sustentou meu olhar.
— Preciso perguntar, mas espero que a resposta seja sim – ele disse repentinamente. Continuou, então: – Posso te beijar, ?
— Achei que não fosse perguntar nunca – eu devolvi e ele riu. Juntei nossos lábios e assim passamos a nos beijar. Sua língua quente me acompanhava e cada vez mais ele me apertava contra seu corpo. me deixou de pé novamente e eu fui direto com as minhas mãos para sua nuca, arranhando de leve ali.
Suas mãos dançavam livres por minhas costas, e eu já estava o empurrando com o meu próprio corpo em direção ao quarto. Ele e eu fomos andando até a cama, onde eu o sentei e passei cada perna pela lateral de seu corpo, ficando em cima de seu colo. Ele aproveitou e tirou seu casaco e o lenço branco do pescoço.
Observava aqueles olhos encantadores enquanto eu desabotoava sua camisa. Ele estava com os braços apoiados atrás de seu corpo, e assim que eu retirei sua camisa por completo, notei seu corpo magro passando minhas mãos por toda a extensão de seu tronco. Ele podia ser um pouco magricelo, porém, era gostoso, sim!
Fui até o cós da sua calça e brinquei com a barra dela. me observava o tempo todo, curioso. Num movimento rápido, ele me pegou e colocou na cama de lençóis azuis, ficando por cima de mim. voltou a me beijar e o ritmo de nossas línguas foi aumentando cada vez mais, enquanto ele subia meu vestido e passeava com as mãos por minhas coxas. De vez ou outra ele dava uma apertada de leve, me fazendo arfar, o que provocava sorrisos dele durante o beijo.
Me separei dele, o empurrando para o lado, e subi novamente em seu colo. Com um puxão, ele subiu de vez meu vestido, tirando-o do meu corpo e revelando minha lingerie incrivelmente azul como tudo naquele quarto.
— Caralho – ele disse me olhando e eu ri, voltando a beijá-lo, pegando seu rosto com as minhas mãos, delicadamente.
subiu suas mãos por minhas costas até o fecho do sutiã e o soltou. Senti a peça de roupa se afrouxar no meu corpo e me separei dele mais uma vez, para retirá-la. Nesse movimento, ele me colocou de volta na cama e foi parar em cima de mim, beijando meu pescoço e dando chupadas, passando a língua quente dele suavemente por minha pele.
Ele, enquanto se deliciava com meu colo, levou sua mão até um dos meus seios e passou a apertá-lo, passando o dedão pelo bico do peito, massageando-o. foi trilhando seus beijos até o outro seio, dando chupadas nele. Sua outra mão foi fazendo movimentos circulares até minha barriga e assim foi descendo até encontrar meus lábios grandes por debaixo do tecido da calcinha. Só dele passar a mão de baixo para cima, molhando toda a minha amiga, fez um arrepio percorrer meu corpo todo e ele me observou enquanto ainda chupava um de meus peitos. Eu estava com os olhos transbordando libido, só pode, porque ele deve ter se inspirado e, molhando os dedos com o meu próprio mel, passou a fazer aquele movimento circular em meu clitóris.
Porra, eu estava enlouquecendo! O homem em cima de mim parou de passar sua língua em meu seio e foi ao encontro de meu clitóris, retirando a minha última peça de roupa, e olhando sempre em meus olhos. Eu não sou louca de desviar o olhar, então mantive.
Dando chupões e circulando meu ponto de prazer, ele enfiou um dedo dentro de mim, fazendo com que eu soltasse um gemido longo e segurasse os seus cabelos, os puxando com força.
— ... – eu deixei sair entre gemidos e ele parou na hora, me fazendo olhar para aqueles olhos grandes. se aproximou lentamente até a minha boca e ficou a encarando, enquanto passava a mão na minha barriga e nas minhas costas levemente arqueadas.
— Vire-se – ele meio que ordenou...? Como eu estava vidrada no prazer, fiz o que ele disse e, com se afastando um pouco para que eu conseguisse realizar o gesto, me virei de costas para ele.
esperou alguns segundos, deixando a tensão no ar, quase me matando, para então percorrer com as pontas dos dedos pela pele das minhas costas, se aproximando com a boca no pé da minha orelha e mordendo de leve o lóbulo dela. Ele passava seus dedos delicadamente pela extensão da minha barriga agora, indo de baixo para cima, até meu pescoço, e descendo novamente, fazendo com que meus pelos se eriçassem todos.
— Gosta? – ele sussurrou e fechei os olhos quando ele foi com a sua mão até minha vagina, notando como eu pingava de tesão. pegou o líquido que saía de mim, esfregando a mão contra meus grandes lábios e indo até o clitóris, onde passou a circundá-lo com a ponta dos dedos.
Soltei um suspiro como resposta ao que ele perguntou, ouvindo em seguida sua risada baixa, e ele parou com o movimento com os dedos, me projetando para frente, deixando-me de quatro. Escutei retirar a calça e a cueca, e olhei para trás para vê-lo pegar a camisinha. Ele se vestiu e, segurando a minha barriga, depositou seu queixo na dobra do meu pescoço, me penetrando lentamente. Um gemido da minha boca e da dele saiu, os dois acompanhando um ao outro.
começou com movimentos de vai-e-vem leves, alternando com estocadas mais fortes. Toda vez que ele metia com força, fazia com que eu soltasse um gemido alto. Escutar esse homem gemer no meu ouvido estava deixando-me toda arrepiada.
Ele passou a fazer movimentos mais rápidos e de repente estava com uma velocidade incrivelmente deliciosa. Quando ele parou, eu protestei. respirou fundo para voltar então a dar mais estocadas, apertando meus seios com uma das mãos, e me segurando contra ele.
soltou meus peitos e segurou minha cintura, fazendo meu corpo se chocar cada vez mais rápido contra o dele.
— Acho... que... eu vou... – comecei entre gemidos.
— Goza para mim, – ele disse e gemeu comigo. Senti as paredes da minha vagina se contraírem no pau dele, minhas pernas tremerem todinhas e soltei um longo e demorado gemido, seguido por uma respiração falha.
não demorou muito e gozou também. Ele saiu de dentro de mim e fez menção de me virar para ele. Eu virei em sua direção e o beijei, com ele caindo em cima de mim. Ficamos nos beijando por um tempo, sua mão fazendo carinho na pele do meu ombro, enquanto a outra mão estava apoiada ao lado da minha cabeça.
Eu o empurrei para que ele saísse de cima de mim e caiu do meu lado. Já estávamos com a respiração voltando ao normal, até que ele soltou um:
— Caralho.
Eu ri com esse comentário. Realmente: caralho. Estava – e estive – de quatro por aquela foda.
— O quê? – eu disse distraída, voltando meu olhar para Lara. Sim, eu estava pensando no gostoso do , mesmo duas semanas depois da nossa primeira foda. Depois dessa noite eu não contei para Lara, mas eu continuei o vendo secretamente em seu quarto de hotel.
Ele era um sonho até para mim.
— Você está pensando em alguma outra coisa, é isso? – Lara adivinhou e eu fiz a sonsa.
— O quê? Claro que não! – ri em seguida e ela arqueou a sobrancelha.
Estávamos sentadas em meu sofá de casa, tomando vinho e conversando. Tinha chamado ela para passar uma noite entre amigas, mas um outro motivo era para ver se eu conseguia me distrair e parar de pensar em . Pelo visto não estava ajudando.
Lara semicerrou os olhos e se aproximou levemente de mim.
— Você não me engana, . O que você estava pensando?
— Em nada, estava prestando atenção no que você estava dizendo, poxa! – respondi, mas minha voz saiu um pouco trêmula. Ela dobrou os braços na altura do busto.
— E o que eu estava falando?
Droga.
— É... – Tentei, mas ela me interrompeu na hora.
— Eu sabia! Você estava pensando em outra coisa! O que era, hein...? – ela disse e eu tentei responder, até que ela abriu um pouco mais os olhos e sussurrou: — Era em alguém?
Olhei para os lados, dando outro gole na bebida. Ela deu risada.
— Não vai me dizer que é no...?
— Amiga, lógico que não! Eu não estava pensando em ninguém.
— Eu não acredito, . é gay! — ela disse como se fosse óbvio e eu até me engasguei.
— Ah, ele não é gay, não! – disse e ela deu outra risada.
— Claro que é, ele usa maquiagem...
— Qualquer um pode usar maquiagem, ora essa!
—... Está sempre se importando com a aparência dele...
— Ah, qual é, Lara!
— Ok, então me fala, como ele transou com você, mesmo?
— Como assim? – olhei-a sem entender nada.
— De costas, igual homens transam! – ela disse e eu dei risada.
— Tá, agora você está dizendo como se nunca deu a ré...
— Amiga, vai me dizer que ele não escuta música clássica? — parei de falar quando ela disse isso. – Viu só!
O que ela não estava enxergando era que ele não era gay, mesmo gostando dessas coisas que ela citou. Qualquer um curte um Mozart, ora essa!
— Olha, eu só não quero que você acabe com o coração partido, meu amor – Lara disse colocando a mão sobre meu rosto. Eu sorri.
— Como se fosse possível isso de eu acabar com o coração partido! Parece que não me conhece, Lara – respondi, fazendo com que ela assentisse, mais aliviada.
Só que dias se passaram e eu fui ficando cada vez mais vidrada nesse homem. Não sei qual é o mel dele, mas que ele era viciante, ah, isso era.
Teve um dia em que eu estava em seu quarto, depois de uma transa, e quando eu acordei, ele estava lendo um livro sentado na poltrona. Me espreguicei toda e me sentei na cama, cobrindo-me com o lençol.
— Bom dia, bela adormecida – ele disse e bebericou de seu café. Eu sorri para , que sorriu de volta e voltou a ler. Eu queria conversar, tentei continuar a chamar sua atenção, mas ele não queria parar de fazer o que estava fazendo.
Eu particularmente não sei por que aquilo me incomodou, passamos a noite toda juntos, enfim.
Acabei descobrindo depois que eu estava certa naquela minha desconfiança.
foi ficando cada vez mais distante, e eu, cada vez mais cadelinha dele. Essa parte foi péssima, parecia que eu tinha desaprendido a lidar com as pessoas, eu queria tanto que ele me desse atenção, que eu fosse digna dela, que eu meio que me transformei totalmente?
Sim, eu estava beirando a maluquice.
Até que chegou aquele dia. Aquele fatídico dia em que ele ligou para a minha casa e disse que não poderia mais ir me ver. Eu estava com Lara e tentei segurar minha insegurança – que, admito, não aparecia fazia anos – enquanto ela me dizia que eu deveria parar de falar com ele.
— é um péssimo cara, . – Ela afirmou e foi para a cozinha preparar um drink para nós duas.
Eu fiquei mal naquele dia, sim. Lara disse para eu botar tudo no papel, que Anne Frank tinha a ensinado que o papel era mais paciente que os humanos e que com certeza eu extravasaria melhor.
E foi aí que surgiu meu próximo hit.
Eu cantava nos meus shows lotados e quando vinha aquela música era inevitável lembrar dele e de meus momentos ao seu lado. Acho que de um jeito ou de outro valeu a pena eu ter me arriscado no IDate, pois me rendeu uma grande canção que fez sucesso para caralho, diga-se de passagem. Hashtag Diva!
Mas não, eu não estava satisfeita. Curada sim, daquela obsessão por , porém não estava me sentindo plenamente vingada.
Então eu fiz uma visitinha a um certo set de filmagens em Hollywood. Ai, ai, eu estava muito inspirada aquele dia.
Eu estava sentada no sofá daquele trailer fazia algumas dezenas de minutos, só aguardando pela minha presa silenciosamente. Ouvi a porta do trailer abrir e sorri ao vê-lo entrar lá, vestido de cowboy.
— Então quer dizer que estão precisando de um xerife na cidade? – Minhas palavras o pegaram de sobressalto. se virou rapidamente em minha direção, assustado. Quando notou que era eu, deu um sorriso encantador.
— Ora essa, se não é . – Ele disse se aproximando de mim e parando na minha frente. – A que devo a honra? Soube que tem feito muito sucesso com seu novo álbum por aí.
Eu soltei uma risadinha.
— Digo o mesmo para você, querido .
— Soube que eu tenho feito sucesso com o meu novo álbum? – ele perguntou confuso e eu fiz que não.
— Soube que você tem feito cada vez mais sucesso na terra do cinema. – Eu disse e ele sorriu de lado.
— Ah, sim. – Ele já estava distraído nos seus pensamentos, o que me irritou um pouco, confesso. Mas não me deixei levar por esse sentimento e me sentei melhor no sofá, me aproximando dele, e o puxando por seu lenço no pescoço.
voltou a sorrir e apoiou as mãos nas paredes do trailer.
— Será que ainda faz sucesso na cama? – eu questionei e ele riu.
— Eu acho que só há uma maneira de descobrir. – Ele disse e eu aproximei minha boca da sua, mordendo seu lado inferior, o trazendo para mim e depois só fiquei ali, sorrindo para o homem na minha frente, que estava já de olhos fechados.
os abriu e me olhou confuso.
— Você e eu não íamos...? – ele perguntou e eu ri.
— Ainda acho que não estou no clima? – eu respondi o soltando e me levantando do sofá, caminhando por ele e indo até o outro lado do trailer. Os olhos de me observavam, vidrados. — Tem alguma coisa aqui para bebermos?
— Infelizmente não. Eu estava prestes a pedir um whisky, pensando nele quando chegasse aqui no trailer, mas você me pegou de jeito – Ele respondeu.
— Ah, que pena! – me sentei na pia e fiquei olhando para a paisagem lá fora pela janelinha que tinha em cima dela. Escutei os passos de , que ficou parado na minha frente novamente.
— E como você está, ? Não nos vemos há o quê? Alguns meses? – ele questionou e eu virei meu rosto em sua direção. Pendi a minha cabeça para um dos meus ombros e, depois de um longo silêncio, eu desci da bancada, ficando perigosamente próxima a ele.
— Vamos lá, . Como acha que eu estou?
Ele sorriu.
— Eu diria que muito bem.
E dessa vez eu sorri.
— Que tal descobrir? – eu aproximei meu rosto do dele que olhava freneticamente para meus lábios.
— Que jogo é esse?
— Só quero brincar um pouquinho, ... Não está no clima, querido? – eu disse fazendo bico e ele assentiu.
— É só você querer que eu faço o que você quiser, – ele respondeu e eu sorri. Me aproximei de seu ouvido e sussurrei:
— Me leve ao paraíso.
Aquela foi a cartada final. E que funcionou incrivelmente bem! grudou nossos lábios e fui eu quem invadi sua boca com a minha língua. Minhas mãos foram rapidamente para seus cabelos, tirando o chapéu que ele usava e o colocando em mim, enquanto as mãos dele, para minhas costas, percorrendo livremente por elas.
Eu conseguia escutar seu coração acelerado e eu continuei a beijá-lo ferozmente, o empurrando em direção ao sofá.
Antes dele cair sentado, ele me virou e fui eu quem caí na mobília aconchegante. O vi despir-se das roupas com voracidade e logo ele estava de calça apenas, sem as botas e de meia. Eu puxei minha blusa para cima, retirando-a do meu corpo, e a joguei ao meu lado, colocando o chapéu na minha cabeça de novo. Eu estava sem roupa íntima alguma, o que o fez sorrir maliciosamente. Notei a ereção dele na calça e me aproximei dele.
— Agora estamos iguais – eu disse e ele riu. se aproximou para me beijar novamente e eu o puxei fazendo com que ele caísse no sofá. Logo fui para cima dele e disse no pé de sua orelha:
— Calma aí, cowboy, quem vai cavalgar hoje sou eu.
Eu estava querendo dizer isso desde que eu o tinha visto entrar naquele trailer!
Ele soltou um grunhido sexy e atacou minha boca com a dele, não nos beijávamos gentilmente há tempos. Rocei minha intimidade na dele, dando pequenas reboladas em cima de sua ereção. Ele apertou minha cintura e logo suas mãos estavam nos meus seios, os apertando e fazendo movimentos circulares com os seus dedões no bico. Ele manteve contato visual como sempre fazia, eu soltei um gemido rouco ao sentir meus bicos se enrijecerem. Ele sorriu de lado e eu voltei a beijá-lo.
As mãos de foram parar no cós da minha calça, e ele passou a se concentrar em abri-la. Eu me levantei e retirei a calça, estando completamente nua agora. Ele engoliu em seco e esticou a mão para mim. Eu a segurei e ele me puxou para seu colo novamente, depositando beijos molhados pela dobra do meu pescoço e meu ombro. Suspirei pesadamente e já estava completamente molhada.
Abri sua calça pelos botões e retirei de dentro de sua cueca seu pau enrijecido. Passei a masturbá-lo lentamente, provocando nele gemidos baixos. Aumentei a velocidade do movimento e, enquanto ele gemia, veio com sua mão mágica e meu deu para chupar os dois dedos médios. Assim que eu o fiz, ele foi com eles em direção ao meu clitóris, acertando-me em cheio onde ele estava e começou a fazer aquele movimento maravilhoso para cima e para baixo. Ficamos os dois gemendo e se olhando com as testas grudadas. Mas eu não queria chegar lá assim. Eu queria tê-lo dentro de mim, como ele sempre esteve.
— Camisinha? – eu disse entre suspiros e ele com a outra mão, sem parar os movimentos, buscou sua carteira no bolso da calça e retirou de lá o pacote.
Ele o abriu e me deu para colocá-lo nele. Eu fiz o que ele tanto queria e ele me segurou pela cintura, enquanto eu posicionava seu precioso na minha entrada.
Fui escorregando para frente lentamente, até que ele estava por completo dentro de mim. Soltamos os dois gemidos longos e eu mordi meu lábio inferior de tanto tesão que eu estava sentindo.
Fui para frente e para trás, em movimentos bem lentos. Senti suas mãos apertarem com ainda mais vontade minha cintura, tentando aumentar a velocidade, mas eu não deixei.
Quando eu disse que quem cavalgaria hoje era eu, eu não estava de brincadeira.
Apoiei minhas mãos em seus ombros e subi e desci em seu pau latejante, esfregando meu clitóris em sua pélvis sempre que eu conseguia. Então passei a aumentar – finalmente – a velocidade e eu estava subindo e descendo freneticamente nele. Gemidos e grunhidos preenchiam o vazio daquele lugar, meus e os dele se misturavam e davam cada vez mais estímulo para que eu continuasse com meus movimentos. Às vezes ele apertava meus peitos, mas logo se rendia e voltava para a minha cintura, tentando controlar o que eu estava fazendo. Acho que ele queria que fosse mais rápido ainda, mas eu não iria dar isso a ele, não.
Parei com o sobe-desce e passei a rebolar em seu pau, lenta e torturantemente. Eu estava com o coração aceleradíssimo, gotas de suor desciam pelo rosto de e pelo meu. Depois de longos minutos assim eu voltei a fazer os outros movimentos. Descia e subia com seu pau dentro de mim, e eu sabia que a qualquer momento ele poderia gozar. Mas eu queria fazer isso primeiro, então eu coloquei uma das mãos em meu clitóris enquanto eu me mexia em cima dele, assim o prazer foi multiplicado.
Eu já estava gritando, aquela parte do trailer estava balançando muito, então eu senti, eu estava quase lá.
— Eu sei o que você quer – eu disse e voltei a fazer movimentos lentos. – Então implore.
— ...
— Vamos, , implore. Implore para gozar. – Eu respondi e meu coração estava disparado. Ele, entre gemidos cada vez mais altos, disse finalmente:
— Me faz gozar, sua gostosa do caralho!
Então eu senti algo explodir dentro de mim e revirei os olhos de tanto prazer, sentindo meu corpo dar leves espasmos.
Mas ele não chegou lá comigo.
Ele estava quase em seu ápice, mas eu parei de fazer os movimentos e respirei fundo, saindo de cima dele. olhou para mim sem entender absolutamente nada. Peguei a minha blusa, tirei o chapéu e a coloquei de volta, em seguida colocando o chapéu na minha cabeça. Peguei a minha calça e a coloquei. me olhava indignado demais, mas eu tinha feito o que eu vim fazer ali: conseguir me aproveitar dele.
— Você não...? – ele tentou perguntar. Me aproximei dele, depositando um beijo em sua bochecha e segurei o riso ao vê-lo de pau para fora da calça, com a camisinha nele, ereto.
— Obrigada, querido , mas acho que minha estadia aqui já acabou – eu respondi e o cumprimentei com um meneio de cabeça, segurando o chapéu com uma das mãos. – Da próxima vez, não termina pelo telefone. Boa sorte com isso aí.
Eu apontei com a cabeça em direção ao seu pequeno problema e saí do trailer rindo.
Livre, leve e solta fui caminhando para fora daquele estúdio só pensando uma coisa:
Eu estava de volta, meu bem.
Fim.
Nota da autora: Olá meus benssss, como vão? Espero que bem! E espero também que tenham gostado também da fic! Hahaha
Tem mais lindezas de histórias nesse ficstape, que tal dar uma olhada? Eu me diverti muito escrevendo 06. Ur So Gay e espero que o mesmo tenha acontecido com vocês lendo! Acho que é isso! Obrigada por chegar até aqui! Beijos!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Tem mais lindezas de histórias nesse ficstape, que tal dar uma olhada? Eu me diverti muito escrevendo 06. Ur So Gay e espero que o mesmo tenha acontecido com vocês lendo! Acho que é isso! Obrigada por chegar até aqui! Beijos!