Capítulo Único
estava sentado no sofá do apartamento que dividia com Ali, sua namorada há quase três anos, continha os joelhos juntos ao seu tronco, o rosto encontrava apoiado na sua mão, ele estava sentado refletindo sobre os últimos acontecimentos dentro do seu relacionamento, a garota que amava se encontrava no andar de cima fazendo alguma coisa que ele não sabia o que era, já fazia um tempo que não sabia muitas coisas sobre ela, ela estava entrando no campo de desconhecido para ele.
Os barulhos dos passos que soavam no piso de madeira no andar de cima chamaram sua atenção, ter a presença dela ali o acalmava de certa forma, mesmo estando da maneira que estava ele gostava de tê-la ali, as vezes ele se perguntava se ele sumisse de repente, ela notaria ou sentiria falta dele, quanto tempo ela demoraria a perceber isso e coisas desse tipo, mas seus pensamentos foram interrompidos quando no lugar do som dos passos no andar de cima, ele começou a ouvir um “tec tec” na escada e logo o objeto cintilante dourado apareceu na escada, sendo seguido pela pernas descobertas e logo depois pelo corpo de dentro de um vestido do mesmo tom do salto.
— Amor?
A garota continuou andando até à porta da frente, fingindo que não tinha escutado a pequena pergunta do namorado.
— Amor.
Ele falou pausadamente dessa vez e em um tom mais baixo, ela parou a mão em cima da maçaneta, suspirou e se voltou namorado.
— Pode falar.
— Aonde você vai? – ele perguntou já em pé, com as mãos no bolso – Você sabe que estou perguntando de boa.
— É, eu sei. – outro suspiro – Estou indo para a festa, lembra, aniversário da Mary.
— Não lembrava, desculpa.
— Talvez eu não tenha te contado mesmo.
Ele olhou para baixo pela forma como ela falou.
— Posso ir com você?
já tinha aberto e colocado um dos pés para fora e parou novamente quando escutou a pergunta.
— Você quer ir?
— Se puder...
— Tanto faz.
— Está bem – ele se dirigiu em direção a escada para se trocar e acompanhar sua amada – Você sabe que....
— Só vai, logo por favor. – ela olhou em direção a ele e fez sinal com a mão para ele ir se trocar.
Não demorou muito ele já estava de volta a sala, ela se encontrava praticamente no mesmo lugar, parada encostada na parede ao lado do batente. Ela, assim que o viu, saiu finalmente do apartamento já indo em direção ao elevador, ele a seguiu, fechando a porta atrás de si, o elevador e eles entraram sem ainda terem trocado uma palavra, a observava
— Você está linda.
E ela realmente estava, sua namorada era uma das mulheres mais lindas que ele já tinha conhecido e se sentia sortudo por isso.
— Obrigada. – ela o olhou de canto – Você também está.
Assim que ela terminou sua fala, a porta do elevador se abriu indicando que eles haviam chegado ao subsolo, ela saiu indo em direção ao carro, ele sorriu, fazia tempo que não recebia um elogio vindo dela.
A festa estava animada, havia mais pessoas do que ele imaginou, mas achava que assim era melhor, evitava o constrangimento de ter que ficar tendo que lidar socialmente com um grupo menor, onde as pessoas repararam em tudo, geralmente por serem seus amigos mais próximos e mesmo que ele não quisesse admitir, principalmente em voz alta, não queria que reparassem muito no seu relacionamento ultimamente, não queria que aquele nuvem que pairava sobre eles, se estendesse fazendo outras pessoas notarem.
O jardim que era junto com a piscina da casa não se notava praticamente nenhum espaço vazio, eles haviam cumprimentado as pessoas mais próximas a eles quando chegaram, se encontrava agora um pouco afastada, conversando algo animadamente com suas amigas, ele observava de longe encostado em uma das mesas enquanto bebia o líquido de cor azul que não tinha conseguido identificar totalmente tudo que fazia parte daquela mistura, as músicas que tocava eram bem animadas, alguns amigos que passavam por ele trocavam algumas palavras e tentavam puxar algum assunto, mas ele só estava focado na garota a alguns metros distantes, olhá-la ali em um ambiente descontraído, fora do que era tenso entre os dois, o fez perguntar se ele fosse embora, saísse da vida dela, se ela iria perceber, já era a segunda vez naquela noite que pensava isso, não imaginou que iria ficar totalmente excluído na festa quando ela disse que ele poderia ir, isso, no fundo, por mais que ele negasse, doía, doía vê-la agir assim, doía ver quem ele amava trata-lo desse jeito.
A lágrima que se formou no canto do olho dele, foi limpada no mesmo instante que uma melodia mais tranquila começou a tocar no ambiente, ele não sabia dizer se foi a tristeza que ele se permitiu sentir ou a letra que acompanhava o som, mas logo em seguida ele estava parado na frente dela a convidando para dançar junto a ele, podia sentir a relutância por trás da boca entreaberta dela, mas logo ela pegou em sua mão que estava estendida e eles seguiram até a parte do local mais apropriada para.
Era muito bom senti-la perto assim, estar com suas mãos na cintura dele, a puxando, querendo fazer praticamente seus corpos se fundirem, ela colocou as mãos em volta do seu pescoço e ele não conseguia expressar a gratidão por ela ter se permitido a isso, eles se moviam juntos e acompanhando o ritmo, a respiração de ambos batia contra o pescoço do parceiro, causando arrepios, ele sabia que a amava, sempre soube e não queria quebrar aquele momento por nada, com medo que ele não voltasse a se repetir, mas precisa falar com ela e tinha medo também de outra oportunidade para isso não surgir.
— Podemos conversar? – ele sussurrou no ouvido dela para não criar uma distância entre seus corpos, sentiu ela soltar todo o ar que prendia antes de responder.
— Claro.
— Está tudo bem entre a gente? Tipo, eu sei que bem mesmo não estamos, mas você entende?
— Está sim, por que não estaria?
O assunto, aquele assunto que pairava o relacionamento, será que era o momento apropriado para ele falar sobre isso com ela? sentiu suas mãos suando.
— Amor, você anda distante, sabe a gente quase não se beija e, quando o faz, você fica de olhos abertos, sei que é besteira, mas nunca foi assim, e não é só isso, eu me sinto um estranho dentro do nosso apartamento e não sei o que fazer, porque tudo parece muito delicado agora, e tenho medo de perder você.
— Você não tem o que se preocupar.
Ele se afastou dela, segurou com uma mão em um dos braços da garota e a outro subiu até a sua bochecha, mantendo o olhar no dela agora.
— Mesmo? Porque ultimamente eu só tenho me preocupado, eu não sei o que você está sentindo.
— Não quero pensar sobre isso. – ela desviou o olhar, focando em algum ponto distante da festa.
— Eu sei que não tenho o direito de te pedir isso, , mas se a gente realmente for ficar junto você precisa pensar sobre, porque dessa forma não dá, eu te amo, quero que você saiba disso e, se você quiser seguir sem mim, vai doer demais, mas eu vou tentar entender.
Seus olhos se encheram de lágrimas, tirou uma das mãos dela para interromper o fluxo do choro que se iniciava, isso a fez olhá-lo novamente e, por instinto de vê-lo daquele jeito, selou seus lábios nos deles e, pela primeira vez em algum tempo, eles se beijaram com paixão, aproveitando todas as coisas que eles sentiam um pelo outro, o beijo durou alguns segundos, acabando somente por falta de ar, ambos sorriam, até escutarem alguém bater palmas atrás deles. Para ali, na frente do caso se encontrava Amber, a melhor ou ex-melhor amiga de . Ele engoliu em seco.
— Parabéns, parece que vocês estão indo bem. – Ela se aproximou mais.
— Vai se foder Amber!
— Nossa, desde quando você ficou tão grosseiro, ?
abraçava o próprio corpo, enquanto tentava se segurar para não olhar em direção a garota, já sentindo seus olhos encherem de lágrimas.
— E você, ? Não acredito que ainda está com ele, e a gente? Eu era menos valiosa para você?
— Essa não é a questão, você sabe que essa não foi a questão. – respondeu, as pessoas da festa já prestavam atenção para a situação que ocorria ali.
— Então qual foi?
— Eu não esperava isso de você, você era a minha amiga desde criança, vocês dois me decepcionaram, mas você acabou comigo, não pense que o fato que eu ainda estou com ela apaga a imagem de vocês dois pelados na cama do seu apartamento, porque não apaga, ela me assombra toda noite, então não finja que não fez algo grave, porque vocês fizeram.
Ela já estava chorando, desde que tinha aceitado voltar com ele, não tinha mais se permitido extravasar os sentimentos que a noite de três meses atrás haviam lhe proporcionado, mas agora seu peito doía, manteve o olhar nela durante toda sua fala e, além de sentir tudo aquilo, ali, naquela situação, completamente desconfortável, ele soube, que mesmo que a resposta dela para a pergunta que ele se fazia a todo mundo, “Você iria?” fosse sim, ele soube ali que tinha que deixa-la, que tinha que deixa-la ser feliz, que no final tinha que ir embora.
Os barulhos dos passos que soavam no piso de madeira no andar de cima chamaram sua atenção, ter a presença dela ali o acalmava de certa forma, mesmo estando da maneira que estava ele gostava de tê-la ali, as vezes ele se perguntava se ele sumisse de repente, ela notaria ou sentiria falta dele, quanto tempo ela demoraria a perceber isso e coisas desse tipo, mas seus pensamentos foram interrompidos quando no lugar do som dos passos no andar de cima, ele começou a ouvir um “tec tec” na escada e logo o objeto cintilante dourado apareceu na escada, sendo seguido pela pernas descobertas e logo depois pelo corpo de dentro de um vestido do mesmo tom do salto.
— Amor?
A garota continuou andando até à porta da frente, fingindo que não tinha escutado a pequena pergunta do namorado.
— Amor.
Ele falou pausadamente dessa vez e em um tom mais baixo, ela parou a mão em cima da maçaneta, suspirou e se voltou namorado.
— Pode falar.
— Aonde você vai? – ele perguntou já em pé, com as mãos no bolso – Você sabe que estou perguntando de boa.
— É, eu sei. – outro suspiro – Estou indo para a festa, lembra, aniversário da Mary.
— Não lembrava, desculpa.
— Talvez eu não tenha te contado mesmo.
Ele olhou para baixo pela forma como ela falou.
— Posso ir com você?
já tinha aberto e colocado um dos pés para fora e parou novamente quando escutou a pergunta.
— Você quer ir?
— Se puder...
— Tanto faz.
— Está bem – ele se dirigiu em direção a escada para se trocar e acompanhar sua amada – Você sabe que....
— Só vai, logo por favor. – ela olhou em direção a ele e fez sinal com a mão para ele ir se trocar.
Não demorou muito ele já estava de volta a sala, ela se encontrava praticamente no mesmo lugar, parada encostada na parede ao lado do batente. Ela, assim que o viu, saiu finalmente do apartamento já indo em direção ao elevador, ele a seguiu, fechando a porta atrás de si, o elevador e eles entraram sem ainda terem trocado uma palavra, a observava
— Você está linda.
E ela realmente estava, sua namorada era uma das mulheres mais lindas que ele já tinha conhecido e se sentia sortudo por isso.
— Obrigada. – ela o olhou de canto – Você também está.
Assim que ela terminou sua fala, a porta do elevador se abriu indicando que eles haviam chegado ao subsolo, ela saiu indo em direção ao carro, ele sorriu, fazia tempo que não recebia um elogio vindo dela.
A festa estava animada, havia mais pessoas do que ele imaginou, mas achava que assim era melhor, evitava o constrangimento de ter que ficar tendo que lidar socialmente com um grupo menor, onde as pessoas repararam em tudo, geralmente por serem seus amigos mais próximos e mesmo que ele não quisesse admitir, principalmente em voz alta, não queria que reparassem muito no seu relacionamento ultimamente, não queria que aquele nuvem que pairava sobre eles, se estendesse fazendo outras pessoas notarem.
O jardim que era junto com a piscina da casa não se notava praticamente nenhum espaço vazio, eles haviam cumprimentado as pessoas mais próximas a eles quando chegaram, se encontrava agora um pouco afastada, conversando algo animadamente com suas amigas, ele observava de longe encostado em uma das mesas enquanto bebia o líquido de cor azul que não tinha conseguido identificar totalmente tudo que fazia parte daquela mistura, as músicas que tocava eram bem animadas, alguns amigos que passavam por ele trocavam algumas palavras e tentavam puxar algum assunto, mas ele só estava focado na garota a alguns metros distantes, olhá-la ali em um ambiente descontraído, fora do que era tenso entre os dois, o fez perguntar se ele fosse embora, saísse da vida dela, se ela iria perceber, já era a segunda vez naquela noite que pensava isso, não imaginou que iria ficar totalmente excluído na festa quando ela disse que ele poderia ir, isso, no fundo, por mais que ele negasse, doía, doía vê-la agir assim, doía ver quem ele amava trata-lo desse jeito.
A lágrima que se formou no canto do olho dele, foi limpada no mesmo instante que uma melodia mais tranquila começou a tocar no ambiente, ele não sabia dizer se foi a tristeza que ele se permitiu sentir ou a letra que acompanhava o som, mas logo em seguida ele estava parado na frente dela a convidando para dançar junto a ele, podia sentir a relutância por trás da boca entreaberta dela, mas logo ela pegou em sua mão que estava estendida e eles seguiram até a parte do local mais apropriada para.
Era muito bom senti-la perto assim, estar com suas mãos na cintura dele, a puxando, querendo fazer praticamente seus corpos se fundirem, ela colocou as mãos em volta do seu pescoço e ele não conseguia expressar a gratidão por ela ter se permitido a isso, eles se moviam juntos e acompanhando o ritmo, a respiração de ambos batia contra o pescoço do parceiro, causando arrepios, ele sabia que a amava, sempre soube e não queria quebrar aquele momento por nada, com medo que ele não voltasse a se repetir, mas precisa falar com ela e tinha medo também de outra oportunidade para isso não surgir.
— Podemos conversar? – ele sussurrou no ouvido dela para não criar uma distância entre seus corpos, sentiu ela soltar todo o ar que prendia antes de responder.
— Claro.
— Está tudo bem entre a gente? Tipo, eu sei que bem mesmo não estamos, mas você entende?
— Está sim, por que não estaria?
O assunto, aquele assunto que pairava o relacionamento, será que era o momento apropriado para ele falar sobre isso com ela? sentiu suas mãos suando.
— Amor, você anda distante, sabe a gente quase não se beija e, quando o faz, você fica de olhos abertos, sei que é besteira, mas nunca foi assim, e não é só isso, eu me sinto um estranho dentro do nosso apartamento e não sei o que fazer, porque tudo parece muito delicado agora, e tenho medo de perder você.
— Você não tem o que se preocupar.
Ele se afastou dela, segurou com uma mão em um dos braços da garota e a outro subiu até a sua bochecha, mantendo o olhar no dela agora.
— Mesmo? Porque ultimamente eu só tenho me preocupado, eu não sei o que você está sentindo.
— Não quero pensar sobre isso. – ela desviou o olhar, focando em algum ponto distante da festa.
— Eu sei que não tenho o direito de te pedir isso, , mas se a gente realmente for ficar junto você precisa pensar sobre, porque dessa forma não dá, eu te amo, quero que você saiba disso e, se você quiser seguir sem mim, vai doer demais, mas eu vou tentar entender.
Seus olhos se encheram de lágrimas, tirou uma das mãos dela para interromper o fluxo do choro que se iniciava, isso a fez olhá-lo novamente e, por instinto de vê-lo daquele jeito, selou seus lábios nos deles e, pela primeira vez em algum tempo, eles se beijaram com paixão, aproveitando todas as coisas que eles sentiam um pelo outro, o beijo durou alguns segundos, acabando somente por falta de ar, ambos sorriam, até escutarem alguém bater palmas atrás deles. Para ali, na frente do caso se encontrava Amber, a melhor ou ex-melhor amiga de . Ele engoliu em seco.
— Parabéns, parece que vocês estão indo bem. – Ela se aproximou mais.
— Vai se foder Amber!
— Nossa, desde quando você ficou tão grosseiro, ?
abraçava o próprio corpo, enquanto tentava se segurar para não olhar em direção a garota, já sentindo seus olhos encherem de lágrimas.
— E você, ? Não acredito que ainda está com ele, e a gente? Eu era menos valiosa para você?
— Essa não é a questão, você sabe que essa não foi a questão. – respondeu, as pessoas da festa já prestavam atenção para a situação que ocorria ali.
— Então qual foi?
— Eu não esperava isso de você, você era a minha amiga desde criança, vocês dois me decepcionaram, mas você acabou comigo, não pense que o fato que eu ainda estou com ela apaga a imagem de vocês dois pelados na cama do seu apartamento, porque não apaga, ela me assombra toda noite, então não finja que não fez algo grave, porque vocês fizeram.
Ela já estava chorando, desde que tinha aceitado voltar com ele, não tinha mais se permitido extravasar os sentimentos que a noite de três meses atrás haviam lhe proporcionado, mas agora seu peito doía, manteve o olhar nela durante toda sua fala e, além de sentir tudo aquilo, ali, naquela situação, completamente desconfortável, ele soube, que mesmo que a resposta dela para a pergunta que ele se fazia a todo mundo, “Você iria?” fosse sim, ele soube ali que tinha que deixa-la, que tinha que deixa-la ser feliz, que no final tinha que ir embora.
Fim.
Nota da autora: Oiiii, amores, tudo bem? Faz um tempo que não me aventuro em ficstape de banda assim, eu não conheci tão bem a música, mas acabei me apaixonando <3! Obrigada para quem leu até aqui, espero que tenham gostado! <3 <3
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