Última atualização: 15/07/2018

Prólogo

Eu nunca me dei bem em relacionamentos. A mídia sempre foi um empecilho na minha vida, desde que eu comecei minha carreira de atriz muito jovem. E, infelizmente isso inclui meus poucos relacionamentos. A questão invasiva me deixava apreensiva e assustada, e por mais que eu quisesse me entregar completamente, eu tinha medo de me machucar, e pior, me machucar em rede nacional. Mas com ele não foi assim. Foi meu erro acreditar que nunca poderia dar certo com alguém por puro capricho do meu orgulho. Estamos muito felizes. Ele me faz muito feliz.
- Entertainment Tonight - 13/11/2018


Capítulo Único

You don’t understand what it is...
As pessoas acham que andar em um tapete vermelho significa luxo, fama, glamour. Bem, meus amigos, vou-lhes contar algo, enquanto eu caminhava naquele longo, interminável, torturante caminho, eu só queria estar em casa, comendo pizza na companhia de Chauncy, minha cadela, assistindo alguma comédia romântica na Netflix. Mas ao invés disso, lá estava eu, no MTV Movie Awards, com um lindo Calvin Klein vermelho de decote reto e mais curto na frente que moldava meu corpo, um penteado que demorou exatas duas horas e um par de Louboutins pretos que estava me matando. Ainda sim, eu sorria para as câmeras e tentava responder o mais educadamente possível os repórteres que gritavam meu nome.
Miss ?!
!
? Posso lhe fazer algumas perguntas?

Ao chegar em casa, eu estava, como minha mãe dizia, a definição da miséria. Cansada, com fome, com sono e dor. Me joguei no sofá e assustei Chauncy, que estava dormindo. Não me leve a mal, eu amo o que eu faço. Amo acordar todos os dias e ir trabalhar no studio. Amo a minha série, Beverly Hills Confessions, onde eu era a atriz principal. Todos os meus melhores amigos haviam saído dos anos de trabalho lá. Mas, por mais piegas que isso soe: tudo vem com um preço. Com a fama vem à falta de privacidade, os inacabáveis paparazzi. Meu Deus, eles estão em todo lugar! No começo era bem incomodo, mas conforme passa o tempo, você aprende a lidar. O maior problema é com relacionamentos. O meu primeiro relacionamento foi com o cantor Jake Samos aos 15 anos, mas a mídia interferiu tanto que, ao nosso primeiro encontro, já tinham incontáveis fandoms nos "shippando", discussões no Twitter entre fãs que apoiavam e fãs que detestavam, era o caos. Imagine esse tipo de pressão em dois adolescentes de 15 anos. De qualquer forma, o relacionamento não durou muito mais que cinco meses. Desde então, eu não tenho conseguido manter um relacionamento estável, o que não é muito problema, de qualquer forma. Não consigo imaginar um cara nessa minha rotina caótica.

Eu acordei no dia seguinte com uma tremenda ressaca. Acho que exagerei um pouco na after party do MTV MA ontem. Paciência, os outros que aguentassem meu mal humor. Coloquei uma camiseta cinza comprida na parte de trás com o logo do Rolling Stones no peito e uma calça jeans preta justa e levava no rosto um par de óculos Chanel lindíssimos para esconder minhas olheiras. Era o primeiro dia de gravação da 2º temporada de Beverly Hills Confessions e a nossa produtora Katya June afirmou novas participações na série, porém se recusou a nos dizer nomes. Eu estava morrendo de curiosidade desde que ela havia anunciado, mas infelizmente, por causa da enxaqueca, eu não estava no melhor humor para lidar com gente nova.
Entrei no set de gravação tentando não parecer uma vadia, mas a minha pose com certeza me denunciava. Alguns funcionários me cumprimentavam, e eu tentava parecer amigável, falhando miseravelmente. Cheguei na sala de reunião do grupo mais cedo, e me joguei em uma poltrona. Eu não estava em condições de fazer nada, de verdade, e só conseguia xingar os organizadores do Movie Awards por terem escolhido uma data tão inoportuna.
- Hum, olá? - uma voz masculina doce me tirou do meu devaneio. Ergui os olhos para a figura masculina que se postava em minha frente. Eu nunca o havia visto no set, eu certamente o lembraria, mesmo como um funcionário. O tal cara era alto e forte, mas não em excesso. Tinha o rosto bonito, e olhos castanhos penetrantes, hipnotizantes. Seu cabelo parecia recentemente lavado e tinha um cheiro viciante. Levantei-me devagar, o observando de cima a baixo, grata pelos meus óculos esconderem meus olhos de ressaca.
- Posso te ajudar em algo? - perguntei sorrindo amarelo. O garoto arqueou as sobrancelhas.
- Na verdade, não precisa. Acabei de ver uma estrela, eu devo estar no lugar certo - falou em um sotaque adorável que amenizava seu tom galante.
- Me desculpe, o que? - falei chacoalhando de leve a cabeça. O cara bonito sorriu e estendeu a mão.
- , eu vou ser o Erick na série, começando essa temporada.
- Oh, , mas você já deve saber. - ri nervosa. chegou mais perto, sem soltar nosso aperto de mãos.
- Senhorita , me desculpe, mas a nossa “adorável” diretora já viu que você se encontra de ressaca? - eu engoli em seco. Então dava para perceber. Diane, a tal “adorável” diretora, iria me matar. Levantei os óculos com a mão livre, ainda sem soltar o aperto.
- Você faria o favor de não contar, senhor ?
chegou mais perto.
- E o que eu ganharia com isso, ? - ok, aquilo era bem sensual, mas estava com um sorriso zombeteiro no rosto, o que me fez torcer o nariz e abrir a boca para responder-lhe algo grosseiro.
Bem nesse momento, Diane resolveu entrar, seguida pelo resto do elenco. Me afastei de rapidamente, abaixando os óculos. Me aproximei dela com um sorriso falso no rosto e cumprimentei-a com um beijo de bochecha.
- Diane, querida! Como foram as suas férias?
- Nada que te interesse, . Já vi que você conheceu . Ótimo, você vai ver bastante esse aí a partir de hoje.
Eu e trocamos um olhar irônico, que Diane não percebeu.
- Já que chegaram todos, podemos começar. - a mulher continuou. Sentamo-nos todos na enorme mesa em forma de U na sala de reuniões. Fiquei um pouco emburrada por não poder falar com Madeleine, minha melhor amiga no set, mas nos mandamos beijos dos lugares onde estávamos.
- Olá a todos, vamos começar essa temporada excepcionalmente, então vamos dar boas-vindas aos novos integrantes do nosso elenco, Bethany Kennedy e . Bethany será Carly Fergus e será Erick Rickle. - os demais atores aplaudiram e os dois agradeceram as boas vindas. levantou, estendendo a mão.
- Obrigado, obrigado a todos, mas sinceramente, cara Diane, pode me chamar de , é muito mais agradável. - eu revirei os olhos e Diane bufou, olhando para ele com os olhos pequenos.
- Bem, , aqui ninguém é amiguinho, então não ache que estamos de palhaçada, existem muitos outros que querem o lugar onde você está sentado.
engoliu em seco, acho que ele não estava acostumado a receber esse tipo de reação das mulheres em geral. Fiquei até com um pouco de dó dele. Ele teria de aprender como lidar com Diane “Diabo” Garis, uma mulher pequena e rechonchuda, mas que fazia até homens enormes tremerem como filhotinhos.

But you just lose out every time...
As semanas de gravação iam se arrastando. Eu estava feliz de rever meus antigos companheiros de equipe. Madeleine Tracker era minha melhor amiga, desde os primeiros dias de gravação nós ficamos inseparáveis, mesmo que nossas personagens fossem inimigas, e só Deus sabia como eu tinha sentido falta dela nesse tempo sem gravar. Dereck Bradley fazia meu “par romântico” (que o público odiava), e era muito divertido, sempre contando piadas e me fazendo rir. O resto do elenco era muito agradável, mas , pela primeira vez em 4 anos de gravações, conseguiu mexer comigo. Ele era completamente desnecessário, suas piadas eram ridículas (que muitas vezes eram sobre mim) e, pior ainda, todos o adoravam. Até mesmo Diane ria de algumas piadinhas infames. Para piorar a situação, seu personagem, Erick, era um par romântico comigo, que apareceu depois que Kyle (personagem de Dereck) traiu a minha personagem, Allie.
Nas primeiras semanas, as cenas que tivemos que contracenar foram apenas de diálogo, o que foi ótimo. Mas o fatídico dia chegou, e para piorar, a cena era na chuva. Depois de colocar o meu figurino e fazer a maquiagem, eu fui para o set especial para cenas de chuva. Eu, ao contrário de muitos atores, adoro cenas de chuva. Mas naquele dia específico eu não estava tão animada para gravar, e meu estômago concordava, dando voltas. Diane gritou meu nome para que me preparasse.
- AÇÃO!

Allie estava saindo da festa desesperada. Lágrimas rolavam pelas suas bochechas. Trovões soavam ao longe. A maquiagem, já arruinada pelas lágrimas, era lavada pela chuva.
- Allie! Espere, por favor!
A garota começou a andar mais depressa enquanto soluçava. Virou repentinamente, com alguém segurando seu pulso. Erick olhava com desespero eminente para seu rosto.
- Pare de correr de mim!
- Volte para a vadia Bailey! - a garota gritou de volta, sem olhá-lo nos olhos. - Aposto que você vai se divertir mais com ela!
Erick segurou os dois pulsos de Allie em um impulso.
- Você sabe por que eu estava falando com a vadia Bailey? - sua voz era uma mistura de raiva e ironia - Porque você estava caindo pelo Sr. Perfeito lá na festa, e eu não quero mais ficar esperando às suas custas!
A garota soluçou alto, tentando se soltar.
- Eu falei para Kyle ficar longe de mim. - sussurrou alto suficiente para o garoto ouvir - Eu disse para ele que não concordaria mais em namorá-lo por um contrato verbal dos nossos pais. Era isso que eu estava falando para ele.
Erick pareceu surpreso e afrouxou o aperto nas mãos da garota. Diminuindo um pouco a distância entre eles.
- E por que você disse isso? - ele sussurrou de volta, a olhando nos olhos. Allie não desviou o olhar.
- Porqur eu estou apaixonada por você.
Durante alguns segundos apenas chuva caia sobre suas cabeças, ambos não se moveram. Então Erick acabou com a pequena distância entre eles e seus lábios se tocaram de leve. Allie passou os braços por trás do pescoço do garoto e o puxou para si, aprofundando o beijo. Erick levantou-a e a garota enlaçou as pernas em sua cintura. Qualquer um conseguia ver a felicidade que emanava dos dois.


- CORTA! MUITO BOM!
Quando Diane gritou, parecia que a sua voz vinha de debaixo d’água. Eu não conseguia parar de encarar , que aparentemente estava tendo a mesma dificuldade comigo. Eu nunca havia tido tanta química em uma cena de beijo, o que era realmente surpreendente. Finalmente voltei a mim e soltei-me de . Minha cabeça parecia girar, mas eu não sabia se isso era bom ou não.
- Hey, Di, vamos precisar fazer de novo? - perguntei meio grogue. Meu Deus, o que estava acontecendo comigo?
- Não, não. Foi perfeito. - Diane estava tão feliz que nem ligou pela maneira informal de como eu a chamei.
- Ok. Vou para o meu trailer.
Eu estava andando meio torto. Entrei no meu trailer e peguei uma toalha, esfregando o cabelo. Logo em seguida alguém abriu a porta como um rojão, e a fechou com a mesma rapidez.
- O que foi isso?! - perguntou alterado. Fiz uma cara de revolta.
- Você invadindo minha privacidade?! Meu Deus, , eu poderia estar nua! - gritei com ele. se aproximou de mim rapidamente.
- Não me diga que você não sentiu aquilo. Eu vi nos seus olhos, , não adianta mentir.
Eu fiquei sem fala durante alguns instantes e sorriu. Merda.
- Quem cala consente. - sorriu vitorioso.
- Cala a boca! - respirei fundo e virei de costas para ele - Isso não está acontecendo.
Senti uma mão quente encostar na minha cintura gelada e molhada. Um calafrio percorreu meu corpo. Virei-me novamente, para encontrar com o corpo colado ao meu. A energia que dominava o ambiente era praticamente visível. colocou a outra mão na minha cintura, me segurando.
- Você está sentindo isso? - ele perguntou, muito perto. - Eu estou.
Então ele me beijou. Se o beijo de Erick e Allie teve química, o de e teve mais. Ele já começou com urgência, e sinceramente eu também estava sentindo essa urgência. Puxei-o para perto, passando as unhas em seu pescoço. soltou um suspiro e me puxou para cima. Enlacei as pernas em sua cintura, mas aquela imagem estava longe do que havíamos feito em cena. Agora, a energia que nos circundava era puramente sexual. Tirei sua camiseta e ele colocou a mão por baixo do vestidinho florido encharcado que eu tinha no corpo. Caímos no sofá.

If you only knew what I talked about...
Depois daquele dia no set, as coisas entre mim e ficaram... boas, diga-se de passagem. Tão, mas tão boas que não conseguíamos tirar as mãos (e outras coisas, se estou sendo clara) um do outro. Decidimos não contar a ninguém. Até onde sabíamos, aquilo seria estritamente físico, no strings attached. Não vou mentir, era bom. Muito bom. Eu havia tido vários casos, mas o sexo com ele era simplesmente incrível. Ele sabia onde, como e em que momentos eram melhor fazer. Poderia dizer que ele com certeza estava me ensinando coisas que eu nunca havia feito, e eu estava ficando viciada.
Nos encontrávamos entre as gravações, as vezes no meu camarim, as vezes no dele, dependendo do dia até mesmo nos trailers. A nossa única restrição era manter isso fora de casa, para afastar qualquer suspeita.
Mads já estava começando a suspeitar alguma coisa. Eu andava muito feliz, não reclamava de nada, realmente fora de mim. Além de parar de implicar com , porque, bem, podemos dizer que ele ficou bem tolerável. Mads apareceu atrás de mim de repente, e apoiou o rosto na curva do meu ombro.
- Quem te comeu? - engasguei na minha água com gás.
- Está louca, Madeleine? - eu queria parecer o mais revoltada o possível. Pela cara que Mads fez, eu não fui convincente.
- Pare de mentir para mim, ! Você acha que eu não sei quando você está mais feliz? - ela rolou os olhos - E essa felicidade toda vem de sexo, eu conheço.
- Ok, ok. Eu tenho mantido a minha vida sexual ativa ultimamente, tudo bem? - hesitei antes de continuar - Com o .
Fechei os olhos esperando a grande explosão de Mads. Nada aconteceu. Quando os abri de novo, ela estava calmamente tomando seu frapê. Abri a boca como se fosse perguntar, mas Mads se antecipou.
- Eu já sabia. - fiz cara de pânico. Ninguém deveria saber! Mads percebeu que eu estava alarmada e segurou meus ombros - Calma, meu amor. Eu sabia por que sou sua melhor amiga! Eu percebo quando você some e, olha que conveniente, o some também. Ninguém mais sabe, fica tranquila.
Mads conseguiu me acalmar, mas isso me fez pensar. Será que não estávamos sendo cuidadosos o suficiente?

Um tempo passou desde Madeleine “descobriu”. Eu sentia como se um peso tivesse sido tirado dos meus ombros. Eu detestava mentir para ela, e agora, além de não precisar mais, eu tinha alguém para conversar sobre.
e eu seguíamos com nosso caso, mas agora estávamos sendo mais cuidadosos. A minha vida estava em ordem. Em cena a nossa química estava ainda melhor, como se isso fosse possível. De repente, senti uma mão firme me puxando para o corredor lateral, me tirando dos meus felizes devaneios.
- Oi, docinho. - provavelmente era a única pessoa no mundo que conseguia fazer docinho soar sexy.
- Agora não dá, . Eu estou indo para o set. - falei firme, mas eu sabia que não queria de verdade.
- Não vai tomar muito do seu tempo. É coisa rápida. - ele falou, e percebi que não se tratava de sexo. Arqueei uma sobrancelha.
- Desembucha. Você tem 5 minutos.
respirou fundo.
- Eu quero sair com você.
Aquilo bateu como um tapa na minha cara. Perguntei-me até mesmo se tinha virado a cara.
- Desculpe, o quê? - eu não tinha ouvido direito.
colocou as mãos nos bolsos do jeans surrado que estava usando.
- Você ouviu. Eu, você, sorvete, essas coisas.
Eu respirei fundo. Eu deveria ter previsto isso.
- , você lembra o por que de nós termos um caso, não uma relação? Porque os abutres vão devorar nossas vidas e nossos tempos, invadir completamente nossa privacidade! É isso que você quer?
- Se for preciso, sim! Você é bem famosa, , você já deveria saber lidar com esse tipo de coisa!
- Bom, eu não sei, e não quero! - cruzei os braços como uma criança de três anos emburrada.
- Então, , não podemos continuar. Você tem que aprender a lidar com os importunos da sua fama, senão você vai se afogar sozinha nela.
saiu, me deixando só no corredor vazio. Me escorei na parede e sentei no chão. Então eu a senti. Ela era quente e pesada, escorria pelo meu rosto trazendo consigo todo o meu orgulho.

Passou-se umas semanas desde que eu e terminamos o nosso lance, e eu estava bem. “Bem” implicava vários potes de Ben & Jerry’s vazios e varias garrafas de Jack Daniels no meu apartamento. Não que ninguém precisasse saber, afinal, ninguém podia saber antes mesmo de terminar, quem dirá agora. Abri meu celular, na página do E! para ver se tinha alguma notícia sobre a série ou sobre algum ator interessante. Foi então que eu vi.

“Estrela de Beverly Hills Confessions é visto com atriz/cantora Ginger Madison na saída da festa da atriz.”

O artigo seguia com uma serie de fotos de qualidade ruim, mas era possível identificar com uma garota de cabelo loiro. Na primeira foto eles estavam abraçados. Na segunda, ele a segurava pelos ombros. E na terceira, bem, mesmo com a qualidade inferior via-se que a beijava com a voracidade de um bêbado.
Rapidamente sequei a lágrima que escorreu na minha bochecha. Era assim que ele queria jogar?
- Vamos jogar então. - sentindo a adrenalina me dominar.

That way when you play the game, baby, you could never lose...
10/07/2018
“Atriz estrela de BHC se joga de cabeça em uma vida de festas: a queridinha da mídia é vista com ator iniciante em frente a uma balada em Downtown, LA.”
13/07/2018
, nova estrela de BHC, é visto novamente nesta quinta-feira embriagado em frente ao apartamento do ator. Estava na companhia de duas mulheres não identificadas.”
14/07/2018
é vista saindo da balada Full Round nessa madrugada. Temos fotos da atriz que aparenta estar sozinha esta noite. A atriz, que parecia abalada, provavelmente sobre influência do álcool, chamou um taxi às 3:40 da manhã.”


Eu não me lembro o que estavam fazendo. Eu não me lembro como cheguei lá. Eu não me lembro de onde a coragem surgiu. Mas eu me lembro do por quê. Fechei minha mão em punho e soquei a porta. Acho que estava batendo forte, porque o cara que me atendeu parecia contrariado.
- O que foi, cara... ? - estava sem camisa e com o cabelo bagunçado. Ou ele estava dormindo ou ele estava dormindo com alguém. Se eu estivesse um pouco mais sóbria teria percebido que ele estava dormindo, pois estava com olheiras e não cheirava à mulher. Mas não era o caso.
- Cadê a vadia? - gritei entrando na casa dele sem convite, enquanto tropeçava nos saltos.
- Meu Deus, , você está bêbada? São 3:50 da manhã de uma sexta-feira!
- Eu sei que você estava com aquela piranha loira. Cadê ela, ? - parecia preocupado, mas logo que as palavras piranha loira saíram de minha boca, ele sorriu.
- De quem você está falando, ? Da Ginger? - um sorriso malicioso estava estampado em seu rosto. Se eu tivesse mais sóbria...
- Vagabunda! - gritei e riu. Na verdade, ele gargalhou.
- Você está me dizendo que veio aqui, no meu apartamento, que sabe-se Deus onde você conseguiu o endereço, para gritar comigo por que está com ciúme? - ele falava em um tom irônico.
- Não. - ok, eu estava bêbada, mas meu orgulho ainda não. Na verdade ele estava bem lúcido.
chegou mais perto. Os meus sentidos estavam alterados.
- Então o que você veio me dizer, docinho? - ele falou colocando uma das mãos em meu rosto.
- Que eu te quero. - coloquei minhas mãos em seu peito - Te quero o tempo todo, 24h por dia. - arqueou as sobrancelhas.
- É mesmo? - ele passou o polegar sobre a minha bochecha - E a mídia? Como fica?
- Fica no fundo do inferno. Se for preciso, eu passo por tudo, duas vezes até! - passei as duas mãos por trás de seu pescoço, e ele se arrepiou pela diferença de temperatura entre nossos corpos. - E sabe por que, senhor ? - pareceu um pouco confuso. - Porque eu, , estou completamente, loucamente e confusamente apa... apai...
- Eu também estou completamente apaixonado por você, .

Don’t you wish that you could be a...




Fim



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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