Finalizada.
             

 

 

                            

Capítulo Único

Um homem alto, com os ombros largos, cinturinha fina e uma bunda linda, vestindo uma camisa social branca que estava enfiada para dentro de suas calças, também social, marrom, num tom bem escuro. Alguns botões abertos e o cabelo impecável penteado para cima. Os fios estavam longos do jeito que sempre chamou a minha atenção em um homem. Ele rebolava ao som da música do bar, onde alguns casais de pessoas mais velhas também dançavam. Era como se ele fosse o próprio dono da pista de dança. Lindo, não só eu, como mais da metade do salão não conseguia tirar os olhos de cima dele. Um sorriso deslumbrante, que os suspiros eram ouvidos de longe. E o mais importante: ele era agora oficialmente meu marido. Não demorou muito para que ele me conquistasse, não que eu fosse uma pessoa fácil ou algo do tipo. Mas pela primeira vez depois de muitos encontros falidos oriundos daquele aplicativo famoso de namoro, ele apareceu. Na primeira vez que saímos tomamos um bom vinho e ficamos conversando sobre arte. O papo fluiu naturalmente, aquela informação não estava na bio de nenhum de nós dois. Foi algo genuíno. Percebemos que, mesmo se não usássemos aquele aplicativo, facilmente nos esbarrariamos em eventos de artes ou até mesmo em bares como aqueles. Sim, nós somos amantes de boa música, de ambientes mais pacatos. Talvez isso também tenha ajudado com o fato de existir essa conexão com ele.
Seu perfil era simples, talvez o fato dele ser fotógrafo tinha sido o que mais me chamou a atenção naquelas breves informações que continham seu amor pela fotografia, pelo jazz e por seus pets, tá, aquela informação sobre os seus cachorros foi algo que quase me fez não dar aquele bendito like. Vários caras apareciam com aquela informação para conseguir "conquistar" as mulheres e quando chegavam no date eram extremamente ao contrário, muitos nem pets tinham. Mas com era diferente, ele era mesmo um pai de pet. Seus doguinhos eram bem mais bem tratados que algumas pessoas que ele convivia e ele era perdidamente apaixonado por eles. Sempre que via algo que lembrava dos bichinhos, seu rosto iluminava e o sorriso fácil tomava conta de seus lábios. E aquilo me fazia pensar SEMPRE e sem exceção, em como ele seria um bom pai humano. Era realmente algo que eu gostava de compartilhar com ele. Seus amores eram nítidos e palpáveis, e seus sentimentos eram tão transparentes, que qualquer um conseguia perceber quando ele gostava verdadeiramente de alguma coisa e quando não gostava também.
Saímos algumas vezes antes de engatar o namoro. Fomos aos clichês, boliche - que ele era péssimo por sinal - só melhorou depois das minhas dicas infalíveis, mini golf - dessa vez quem era péssima, era eu - hoje eu ainda sou, mas ele mente pra mim que melhorei, e eu finjo que acredito, cinema - mesmo preferirmos os clássicos - os filmes de heróis sempre foram meus favoritos da atualidade e ele era empolgado também, embora não acompanhasse as HQs, como eu e jantares, alguns muitos jantares, - que ainda fazíamos com frequência, sempre gostamos de conhecer lugares novos, além de irmos pelo menos uma vez a cada quinze dias em nosso lugar favorito que servia um Japchae maravilhoso.
Quando começamos a namorar, continuamos fazendo essas mesmas coisas, mas agora incluímos as sessões de "cinema em casa" com nossos dvds dos clássicos - sim, nós ainda usamos o aparelho de dvd até hoje e se você não sabe o que é um aparelho de dvd, pergunte a seus pais, avós ou tios, eles vão conseguir te explicar - e também com aplicativos de séries e filmes online. Eu o viciei em séries de super heróis - embora eu não gostasse de algumas - combinamos de ver absolutamente todas as séries de super heróis já produzidas juntos e até hoje ainda temos coisas na lista para finalizar. Como nossas agendas sempre estavam cheias - graças ao universo - no namoro era difícil arrumarmos algum tempo de qualidade juntos. Ele tinha fechado contrato com uma mega agência, como fotógrafo oficial, das campanhas e dia artistas que a procuravam para aquele tipo de trabalho e eu estava cada dia mais envolvida na orquestra. Estávamos viajando pelo país e com planos de participar de festivais de música orquestral pelo mundo. Então todo treino e ou apresentação era de extrema importância na minha carreira, e o pouco tempo que passávamos juntos, fora essas atividades, ficamos só curtindo um a presença do outro e fazendo planos para o futuro.
E não, nossa vida não foi sempre esse mar de rosas que pode parecer aqui, tivemos nossos altos e baixos e brigas como todos os casais, mas sim, nossos momentos importantes, bons e felizes eram maiores que qualquer coisa ruim que acontecesse em nossas vidas.
Agora aqui estamos, com nossas vidas e carreiras consolidadas. Ele com seu próprio estúdio e uma clientela cativa e exclusiva, que sempre está trazendo mais pessoas até ele e eu, com a minha cadeira fixa, violoncelista oficial da orquestra e professora de música nas horas vagas, porque sim, fazer parte da orquestra sempre foi meu sonho, mas espalhar música por aí também. Em nossa lua de mel, em um bar de jazz, em LAS VEGAS. Porque temos a alma de antigos, mas ainda somos jovens e LV tem as melhores atrações acontecendo ao mesmo tempo - inclusive bares como aqueles, cheio de pessoas com mais idade, dançando e mostrando que a vida vale a pena ser vivida.
— Vem, meu amor, dança comigo? — Ele se direcionou até a mesma em que eu estava sentada, bebericando meu drink, enquanto observava ele na pista de dança.
— Definitivamente, não! — Disse rindo da forma fofa com que ele fez aquela oferta, mas recusei. Eu sempre fui péssima dançarina e ele sempre me pedia para dançar com ele, ele era mil vezes melhor naquilo.
— Por favor, esposa linda. — Olhou com os olhinhos brilhantes e abriu um sorrisinho sem mostrar os dentes, inflando um pouco as bochechas, era uma visão adorável.
— Só uma, entendeu? — Não consegui não aceitar aquele mesmo convite de antes, ele estava tão fofo, que eu só queria segurar sua cabeça e beijar aquela boca que eu tanto amo.
O fiz também, porque estava ouvindo um papo vindo da mesa de trás, de umas garotas no grupinho de despedida de solteiro de umas delas, querendo se engraçar para cima do meu marido e eu não queria fazer uma cena, mas elas precisavam saber que e aquele homem estava acompanhado e que a companhia dele era eu.
Ele pegou gentilmente minha mão, e como o cavalheiro que é, deu um breve selar sobre as costas dela. E eu só consegui suspirar de paixão, eu sou e sempre fui - desde o dia em que ele me cativou, é claro - apaixonada por aquele homem. sabia como ninguém como me conquistar, como te tomar ao seu lado para todo o sempre. E ali, com uma mão segurando forte a minha cintura e a outra sobre minha mão, com nossos corpos se balançando ao som de Nina Simone, eu só constatei o óbvio: queria sim passar o resto dos meus dias ao lado daquele homem. Apesar de algumas histórias estranhas que vivi antes dele e que poderiam facilmente me fechar para novos relacionamentos e da chuva no meio do caminho, pois, como eu disse anteriormente, nosso tempo de namoro foi dividido entre o estresse da nossa vida adulta e os breves momentos que tínhamos para passar juntos, eu sabia que todo meu destino era ao lado dele.
— Você está melhorando. — Ele sussurrou no meu ouvido, quando a música já estava passando da metade.
— E você continua mentindo muito mal. — Respondi no mesmo tom confortável que ele usou comigo.
— Mas não é mentira, você anda treinando, não anda? — Fez aquela pergunta e me girou, depois voltou nossos corpos para a posição inicial.
— Só nas vezes que você me faz te acompanhar nas danças, porque sabe que eu não resisto a essa carinha de tigrinho pidão. — Passei a ponta no meu nariz no dele e sorrimos juntos.
— Então está dando certo, não? — Ele gostava de me provocar com aquilo, porque eu jurava por Deus que não sabia dançar e ele estava sempre querendo me convencer do contrário.
— Sua sorte até hoje, foi porque eu te amo , nada mais que isso. — Respondi aproximando mais os rostos e os corpos consequentemente.
— Eu não posso negar que essa é mesmo uma boa sorte, não é? — O tom dele ficou mais rouco e eu sabia que o modo galanteador, que sempre fazia meu coração bater mais forte, estava ativado. Sua mão também apertou um pouco mais minha cintura e eu quase desmontei na frente de todas aquelas pessoas, ainda bem que estávamos em lua de mel e em breve voltaríamos para nosso hotel.
— Não mesmo!
Pouco antes da música acabar, nossos lábios grudaram e iniciamos um beijo lindo, porque todo o cenário o pintava daquela maneira. Nossa sintonia estava muito forte e nossos corpos clamavam por aquilo, fora todo o cenário lindo daquele bar e a música que começava suas primeiras notas e eu sabia que quando nossos lábios se separassem, ele confiaria me segurando para que a gente dançasse mais aquela e que eu queria que ele ficasse ao meu lado para sempre, talvez o nosso sempre. O tempo que nós fosse permitido viver um ao lado do outro.



FIM.



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Culpa toda do Taehyung que perturbou a minha mente com aquele vídeo dancando no baile da terceira idade em Las Vegas ahhahahahaha só isso que eu tenho a dizer.
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada clicando AQUI.
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.   



 

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