Capítulo 1
It's time to bring it together
Time for a brand new start
We gonna put it in mo-o-otion
Break down what keeps us apart
levantou suas pálpebras e seus cílios longos barraram a luz do Sol.
Esfregou o rosto com suas mãos frias e se esticou para alcançar o celular na mesa de cabeceira. Ignorou as diversas notificações de notícias alarmantes e conferiu que já se passava do meio-dia.
Se espreguiçou, estralou todo o corpo e revirou os olhos ao ouvir os acordes que o fizeram despertar. Entre todos os edifícios de Los Angeles, por que o universo o levou a morar justamente naquele em que vivia uma cantora?
- Bom dia, Sol. Bom dia, céu. Bom dia, seres místicos que habitam nosso planeta. - repetiu seu mantra matinal enquanto tomava um copo de água para despertar e abriu as persianas.
Observou a cidade das estrelas lá fora, mais vazia e silenciosa do que nunca, e respirou fundo.
- Hoje é um belo dia…Num mundo de merda.
Foi até uma das estantes da grande sala de estar e pegou uma máscara, um spray de álcool 70% e desceu para o hall de entrada do prédio. Provavelmente seu agente já havia passado na portaria mais cedo e deixado para ele um roteiro pelo qual estava esperando ansiosamente.
- Bom dia, Rudolph. - Ele cumprimentou de longe o porteiro.
- Boa tarde, senhor . Você é um dos únicos moradores que desce até aqui para pegar sua correspondência pessoalmente.
O homem colocou um pacote em cima do balcão da recepção e o limpou com álcool em gel antes de empurrá-lo na direção de e se afastar para manter o distanciamento.
- Obrigado! É bom sair do apartamento, mesmo que seja apenas por alguns minutos. Estico as pernas, respiro esse ar mais ou menos puro de L.A, e de quebra ainda tenho um momento de silêncio longe daquela cantoria.
- Ah, sua nova vizinha?! Ela canta bem?
- Como um passarinho! - riu - Um pássaro com um belo fôlego, pois canta o dia todo sem parar.
- Ela é um doce de menina. Ela é a única moradora, além de você, que vem aqui buscar a própria correspondência. Talvez qualquer dia vocês se encontrem aqui. - Rudolph disse.
- Eu ia adorar, meu querido! Assim eu poderia pedir para que ela usasse sua carteira de motorista recém-conquistada para ir cantar em outra vizinhança.
Rudolph riu do comentário do jovem ator.
- Não é possível que eu seja o único morador que reclame dela.
O porteiro olhou para os lados para confirmar que não havia mais ninguém na portaria, e falou com um tom de voz baixo:
- Bom, outros moradores também já comentaram sobre ela, mas o boato que corre por aqui é que ela assinou um contrato com uma gravadora grande da cidade. Então a gravadora alugou um apartamento para ela e pagou um bom dinheiro para a administradora do condomínio deixá-la cantar e tocar o dia todo.
riu incrédulo e se despediu, indo em direção ao elevador. Apertou o botão com o número de seu andar e aproveitou que estava sozinho para olhar seu pacote e falar consigo mesmo:
- Senhor Dylan, aí vou eu!
________________________________________
- God, it’s brutal out here! - recitou em voz alta um dos versos que acabara de escrever em seu caderno de músicas.
Colocou de lado seu antigo violão que ganhou de presente de seu avô na adolescência Os adesivos temáticos da Disney cheios de glitter que adornavam o instrumento a faziam lembrar da vida que ele deixou para trás.
Durante todos os anos do ensino médio, ela sonhava em se mudar para Los Angeles e fazer sua carreira, ser uma estrela, viver de sua arte e todos aqueles desejos clichês. Ela só não sabia como a saudade de casa e os novos desafios seriam obstáculos difíceis de serem ultrapassados.
Chegar em Los Angeles protagonizando uma série da Disney e com um contrato assinado para lançar seu primeiro disco era o início de um sonho; ela só não imaginava que daria tudo errado.
Ok, não deu tudo errado. Seu lado artístico a fazia romantizar seus sentimentos de maneira muito mais intensa do que o normal, então as dificuldades pareciam o verdadeiro fim do mundo. Mas o fato é que em menos de um mês na cidade nova, se viu sozinha olhando para as paredes do apartamento por conta da pandemia de Covid-19.
O estúdio pausou as gravações da série por tempo indeterminado, e seu CD ainda não estava pronto para começar a ser produzido.
Ela não podia sair para conhecer a cidade e socializar e, também, não era seguro viajar de volta para sua cidade natal.
Em resumo, teria que se virar sozinha enquanto seus sonhos ficavam congelados por motivos de força maior.
Naquele momento, ela poderia dizer que seu amigo mais próximo era Rudolph, o porteiro do prédio. Nos dias de maior solidão, quando já estava exausta das conversas via texto com os amigos e as chamadas de vídeo com os pais, e sentia necessidade de contato humano presencial, descia até o térreo e conversava com o homem - numa distância segura, é claro.
A cereja do bolo solado que estava sendo sua experiência em L.A., era seu vizinho do andar superior que passava madrugada adentro caminhando de um lado para o outro e atrapalhava o sono de .
Ela criava teorias para suportar o barulho dos passos incessantes. Talvez ele fosse um homem idoso que tem Alzheimer e acha que ainda está em sua juventude de dançarino. Ou ainda, uma mulher que liga para o namorado que vive no Japão toda madrugada e anda de um lado para o outro pela casa enquanto conversa com ele pelo telefone.
De qualquer maneira, gostaria que os passos arrastados de zumbi parassem de fazer barulho em cima de seu teto quando ela tentava dormir.
Porém, seu grilo falante interior a dizia para suportar, pois tinha consciência de que seus ensaios musicais deveriam ser muito piores de aguentar.
Time for a brand new start
We gonna put it in mo-o-otion
Break down what keeps us apart
levantou suas pálpebras e seus cílios longos barraram a luz do Sol.
Esfregou o rosto com suas mãos frias e se esticou para alcançar o celular na mesa de cabeceira. Ignorou as diversas notificações de notícias alarmantes e conferiu que já se passava do meio-dia.
Se espreguiçou, estralou todo o corpo e revirou os olhos ao ouvir os acordes que o fizeram despertar. Entre todos os edifícios de Los Angeles, por que o universo o levou a morar justamente naquele em que vivia uma cantora?
- Bom dia, Sol. Bom dia, céu. Bom dia, seres místicos que habitam nosso planeta. - repetiu seu mantra matinal enquanto tomava um copo de água para despertar e abriu as persianas.
Observou a cidade das estrelas lá fora, mais vazia e silenciosa do que nunca, e respirou fundo.
- Hoje é um belo dia…Num mundo de merda.
Foi até uma das estantes da grande sala de estar e pegou uma máscara, um spray de álcool 70% e desceu para o hall de entrada do prédio. Provavelmente seu agente já havia passado na portaria mais cedo e deixado para ele um roteiro pelo qual estava esperando ansiosamente.
- Bom dia, Rudolph. - Ele cumprimentou de longe o porteiro.
- Boa tarde, senhor . Você é um dos únicos moradores que desce até aqui para pegar sua correspondência pessoalmente.
O homem colocou um pacote em cima do balcão da recepção e o limpou com álcool em gel antes de empurrá-lo na direção de e se afastar para manter o distanciamento.
- Obrigado! É bom sair do apartamento, mesmo que seja apenas por alguns minutos. Estico as pernas, respiro esse ar mais ou menos puro de L.A, e de quebra ainda tenho um momento de silêncio longe daquela cantoria.
- Ah, sua nova vizinha?! Ela canta bem?
- Como um passarinho! - riu - Um pássaro com um belo fôlego, pois canta o dia todo sem parar.
- Ela é um doce de menina. Ela é a única moradora, além de você, que vem aqui buscar a própria correspondência. Talvez qualquer dia vocês se encontrem aqui. - Rudolph disse.
- Eu ia adorar, meu querido! Assim eu poderia pedir para que ela usasse sua carteira de motorista recém-conquistada para ir cantar em outra vizinhança.
Rudolph riu do comentário do jovem ator.
- Não é possível que eu seja o único morador que reclame dela.
O porteiro olhou para os lados para confirmar que não havia mais ninguém na portaria, e falou com um tom de voz baixo:
- Bom, outros moradores também já comentaram sobre ela, mas o boato que corre por aqui é que ela assinou um contrato com uma gravadora grande da cidade. Então a gravadora alugou um apartamento para ela e pagou um bom dinheiro para a administradora do condomínio deixá-la cantar e tocar o dia todo.
riu incrédulo e se despediu, indo em direção ao elevador. Apertou o botão com o número de seu andar e aproveitou que estava sozinho para olhar seu pacote e falar consigo mesmo:
- Senhor Dylan, aí vou eu!
- God, it’s brutal out here! - recitou em voz alta um dos versos que acabara de escrever em seu caderno de músicas.
Colocou de lado seu antigo violão que ganhou de presente de seu avô na adolescência Os adesivos temáticos da Disney cheios de glitter que adornavam o instrumento a faziam lembrar da vida que ele deixou para trás.
Durante todos os anos do ensino médio, ela sonhava em se mudar para Los Angeles e fazer sua carreira, ser uma estrela, viver de sua arte e todos aqueles desejos clichês. Ela só não sabia como a saudade de casa e os novos desafios seriam obstáculos difíceis de serem ultrapassados.
Chegar em Los Angeles protagonizando uma série da Disney e com um contrato assinado para lançar seu primeiro disco era o início de um sonho; ela só não imaginava que daria tudo errado.
Ok, não deu tudo errado. Seu lado artístico a fazia romantizar seus sentimentos de maneira muito mais intensa do que o normal, então as dificuldades pareciam o verdadeiro fim do mundo. Mas o fato é que em menos de um mês na cidade nova, se viu sozinha olhando para as paredes do apartamento por conta da pandemia de Covid-19.
O estúdio pausou as gravações da série por tempo indeterminado, e seu CD ainda não estava pronto para começar a ser produzido.
Ela não podia sair para conhecer a cidade e socializar e, também, não era seguro viajar de volta para sua cidade natal.
Em resumo, teria que se virar sozinha enquanto seus sonhos ficavam congelados por motivos de força maior.
Naquele momento, ela poderia dizer que seu amigo mais próximo era Rudolph, o porteiro do prédio. Nos dias de maior solidão, quando já estava exausta das conversas via texto com os amigos e as chamadas de vídeo com os pais, e sentia necessidade de contato humano presencial, descia até o térreo e conversava com o homem - numa distância segura, é claro.
A cereja do bolo solado que estava sendo sua experiência em L.A., era seu vizinho do andar superior que passava madrugada adentro caminhando de um lado para o outro e atrapalhava o sono de .
Ela criava teorias para suportar o barulho dos passos incessantes. Talvez ele fosse um homem idoso que tem Alzheimer e acha que ainda está em sua juventude de dançarino. Ou ainda, uma mulher que liga para o namorado que vive no Japão toda madrugada e anda de um lado para o outro pela casa enquanto conversa com ele pelo telefone.
De qualquer maneira, gostaria que os passos arrastados de zumbi parassem de fazer barulho em cima de seu teto quando ela tentava dormir.
Porém, seu grilo falante interior a dizia para suportar, pois tinha consciência de que seus ensaios musicais deveriam ser muito piores de aguentar.
Capítulo 2
No more, no division, we're down
No team, got the vision, unite
So we stand, now we living marching
In the light, one two, one two like
Numa manhã em que caminhava até a cozinha, algo colorido chamou sua atenção. Franziu as sobrancelhas e coçou os olhos inchados de sono.
Abaixou-se em frente a porta de entrada do apartamento e pegou um pedaço de papel laranja. Virou-o de um lado para o outro e viu que havia nele algumas palavras.
“Oi, como vai? Sou o seu vizinho do andar de cima. Estou enviando um bilhete para não termos contato direto. Odeio ser chato, mas gostaria de saber se você poderia cantar mais baixo? E se também poderia começar seus ensaios mais tarde? Sou ator e faço meus ensaios durante a madrugada, por isso durmo durante o dia.
É só isso, tenha um bom dia.
”
O queixo de Olívia caiu ao ler aquelas palavras.
Se qualquer outro vizinho o tivesse mandado aquela reclamação, ela não pensaria duas vezes em se desculpar e tentar resolver a situação. Mas seu vizinho de cima - que agora sabia que se chamava - teve a cara de pau de pedir que ela fizesse menos barulho, enquanto ele ficava até as três ou quatro horas da manhã andando incansavelmente sem um motivo realmente importante. Por que ele não poderia ensaiar suas cenas durante o dia e dormir à noite, como as pessoas normais vivem?
respirou fundo e ignorou sua revolta.
Pegou o mesmo bilhete que recebera mais cedo e com uma caneta rosa com glitter e cheiro de tutti-frutti, escreveu uma resposta no lado oposto do papel:
“Olá, . Como vai? Eu sou a , sua vizinha de baixo. Eu sei que minhas músicas ressoam alto no edifício e sinto muito por isso, mas não posso sair de casa para ensaiar por conta da quarentena. Além disso, seu andar e balbuciar incessantes durante a madrugada também atrapalham meu sono, por isso eu durmo pouco e acordo cedo. Se você fizer menos barulho, talvez eu consiga dormir mais e começar a cantar mais tarde :)”
A garota saiu de seu apartamento batendo o pé e se dirigiu até o andar de cima.
Respirou fundo ao chegar em frente à porta branca com o número 72. Conferiu o horário em seu celular, e se estivesse certa, ainda estaria dormindo.
se abaixou rapidamente e rapidamente enfiou o bilhete por baixo da porta do rapaz. Ela se levantou e saiu correndo, apertando o botão do elevador diversas vezes, com esperança de que isso o faria chegar mais rápido. Morria de vergonha só em imaginar que o vizinho poderia abrir a porta e pegá-la no flagra enviando bilhetinhos por debaixo da porta.
________________________________________
mal pôde acreditar ao ver o bilhete laranja de volta em seu apartamento. Ao notá-lo, o recolheu do chão e viu marcas de pegadas sujas no papel. Desatento como era, provavelmente ele pisou no bilhete antes de perceber sua presença.
Aproximou o papel de seu rosto para ler melhor as palavras escritas em cor de rosa. A caligrafia cursiva, simétrica e cuidadosa não se assemelhava ao tom das palavras que ele leu.
Ele riu da entonação debochada da vizinha e, pela primeira vez, percebeu que suas andanças dentro de casa durante a madrugada podiam incomodar. Ele sempre foi mais produtivo durante a noite e é hiperativo, não consegue ensaiar suas falas sentado no sofá; precisava sentir o espaço, se movimentar.
Pegou uma caneta que estava jogada numa mesinha de canto na sala e um novo pedaço de papel. Escreveu rapidamente com sua letra desleixada:
“Olá, , desculpe por atrapalhar seu sono. Prometo que vou tentar ensaiar de forma mais silenciosa. Espero que isso te ajude a dormir e a ganhar um Grammy futuramente!
”
Deixou o bilhete de lado, e decidiu levá-lo até o apartamento de a noite, quando ela estivesse dormindo - ou tentando dormir.
No team, got the vision, unite
So we stand, now we living marching
In the light, one two, one two like
Numa manhã em que caminhava até a cozinha, algo colorido chamou sua atenção. Franziu as sobrancelhas e coçou os olhos inchados de sono.
Abaixou-se em frente a porta de entrada do apartamento e pegou um pedaço de papel laranja. Virou-o de um lado para o outro e viu que havia nele algumas palavras.
“Oi, como vai? Sou o seu vizinho do andar de cima. Estou enviando um bilhete para não termos contato direto. Odeio ser chato, mas gostaria de saber se você poderia cantar mais baixo? E se também poderia começar seus ensaios mais tarde? Sou ator e faço meus ensaios durante a madrugada, por isso durmo durante o dia.
É só isso, tenha um bom dia.
”
O queixo de Olívia caiu ao ler aquelas palavras.
Se qualquer outro vizinho o tivesse mandado aquela reclamação, ela não pensaria duas vezes em se desculpar e tentar resolver a situação. Mas seu vizinho de cima - que agora sabia que se chamava - teve a cara de pau de pedir que ela fizesse menos barulho, enquanto ele ficava até as três ou quatro horas da manhã andando incansavelmente sem um motivo realmente importante. Por que ele não poderia ensaiar suas cenas durante o dia e dormir à noite, como as pessoas normais vivem?
respirou fundo e ignorou sua revolta.
Pegou o mesmo bilhete que recebera mais cedo e com uma caneta rosa com glitter e cheiro de tutti-frutti, escreveu uma resposta no lado oposto do papel:
“Olá, . Como vai? Eu sou a , sua vizinha de baixo. Eu sei que minhas músicas ressoam alto no edifício e sinto muito por isso, mas não posso sair de casa para ensaiar por conta da quarentena. Além disso, seu andar e balbuciar incessantes durante a madrugada também atrapalham meu sono, por isso eu durmo pouco e acordo cedo. Se você fizer menos barulho, talvez eu consiga dormir mais e começar a cantar mais tarde :)”
A garota saiu de seu apartamento batendo o pé e se dirigiu até o andar de cima.
Respirou fundo ao chegar em frente à porta branca com o número 72. Conferiu o horário em seu celular, e se estivesse certa, ainda estaria dormindo.
se abaixou rapidamente e rapidamente enfiou o bilhete por baixo da porta do rapaz. Ela se levantou e saiu correndo, apertando o botão do elevador diversas vezes, com esperança de que isso o faria chegar mais rápido. Morria de vergonha só em imaginar que o vizinho poderia abrir a porta e pegá-la no flagra enviando bilhetinhos por debaixo da porta.
mal pôde acreditar ao ver o bilhete laranja de volta em seu apartamento. Ao notá-lo, o recolheu do chão e viu marcas de pegadas sujas no papel. Desatento como era, provavelmente ele pisou no bilhete antes de perceber sua presença.
Aproximou o papel de seu rosto para ler melhor as palavras escritas em cor de rosa. A caligrafia cursiva, simétrica e cuidadosa não se assemelhava ao tom das palavras que ele leu.
Ele riu da entonação debochada da vizinha e, pela primeira vez, percebeu que suas andanças dentro de casa durante a madrugada podiam incomodar. Ele sempre foi mais produtivo durante a noite e é hiperativo, não consegue ensaiar suas falas sentado no sofá; precisava sentir o espaço, se movimentar.
Pegou uma caneta que estava jogada numa mesinha de canto na sala e um novo pedaço de papel. Escreveu rapidamente com sua letra desleixada:
“Olá, , desculpe por atrapalhar seu sono. Prometo que vou tentar ensaiar de forma mais silenciosa. Espero que isso te ajude a dormir e a ganhar um Grammy futuramente!
”
Deixou o bilhete de lado, e decidiu levá-lo até o apartamento de a noite, quando ela estivesse dormindo - ou tentando dormir.
Capítulo 3
I see you (you see me)
Imperfect (perfectly)
Face to face, we can see
Clearly our similarities
As trocas de mensagens sarcásticas continuaram pelos dias seguintes, enquanto e travavam uma guerra fria e barulhenta.
até havia tentado ensaiar durante o dia, mas simplesmente não conseguia se concentrar. Já , iniciava seus ensaios cantando em voz baixa, mas logo perdia a noção e fazia agudos cada vez mais altos.
- Eu não posso mesmo me mudar? Mesmo? MESMO? - choramingava ao telefone com sua empresária.
- Já conversamos sobre isso, . Umas cinco vezes, não é?! A gravadora assinou um contrato de aluguel de 12 meses para você morar aí, num condomínio bem caro. Você tem dinheiro para pagar a multa de quebra de contrato? - Kristen perguntou ironicamente.
- Não. - respondeu séria e fazendo bico do outro lado da chamada.
- Foi o que eu pensei. Se apenas um vizinho reclamou dos ensaios, então não há motivo para se preocupar, querida! Ele só deve estar entediado durante a quarentena e resolveu descontar em você. Escreva uma música sobre isso, que tal?
- Certo, vou tentar. - Ela deu de ombros e concordou, encerrando a ligação.
Ela vinha reclamando com Kristen nos últimos dias sobre como se sentia mal por incomodar , e provavelmente os outros vizinhos também. Ao lidar com o rapaz através dos bilhetes, ela era dura na queda e não dava o braço a torcer, sempre enviando mensagens que soavam debochadas, mas no fundo ela se sentia culpada pela situação.
Seu desejo era morar em uma casa, de preferência uma cabana ou chalé numa área em meio a natureza, assim poderia cantar e tocar suas canções sem se preocupar com o que há ao redor. Contudo, a gravadora preferiu alocá-la em Hollywood, onde as vidas dela e de se embaralharam.
Naquela madrugada, deixara de lado o roteiro de seu próximo filme e passou a estudar outro tópico que agora lhe interessava mais.
Conversando com Rudolph, ele descobriu o nome da garota que o enlouquecia com sua cantoria: .
Ele passou a noite pesquisando sobre ela. Stalkeou a cantora no Instagram, leu todas as entrevistas que ela deu, e chegou a assistir a primeira temporada de uma série da Disney que ela protagonizava. Até que ela atua bem, ele pensou.
Ele pesquisou tudo o que podia sobre a vida de com a intenção de ter algo contra ela e que o ajudasse a fazê-la parar de cantar, se mudar para outro prédio ou QUALQUER COISA. Desde que o som alto acabasse.
Por fim, ele não esperava que iria se sentir interessado pelo belo sorriso da garota e seu temperamento doce e calmo, bem diferente daquela menina que ela parecia ser nos bilhetes.
Imperfect (perfectly)
Face to face, we can see
Clearly our similarities
As trocas de mensagens sarcásticas continuaram pelos dias seguintes, enquanto e travavam uma guerra fria e barulhenta.
até havia tentado ensaiar durante o dia, mas simplesmente não conseguia se concentrar. Já , iniciava seus ensaios cantando em voz baixa, mas logo perdia a noção e fazia agudos cada vez mais altos.
- Eu não posso mesmo me mudar? Mesmo? MESMO? - choramingava ao telefone com sua empresária.
- Já conversamos sobre isso, . Umas cinco vezes, não é?! A gravadora assinou um contrato de aluguel de 12 meses para você morar aí, num condomínio bem caro. Você tem dinheiro para pagar a multa de quebra de contrato? - Kristen perguntou ironicamente.
- Não. - respondeu séria e fazendo bico do outro lado da chamada.
- Foi o que eu pensei. Se apenas um vizinho reclamou dos ensaios, então não há motivo para se preocupar, querida! Ele só deve estar entediado durante a quarentena e resolveu descontar em você. Escreva uma música sobre isso, que tal?
- Certo, vou tentar. - Ela deu de ombros e concordou, encerrando a ligação.
Ela vinha reclamando com Kristen nos últimos dias sobre como se sentia mal por incomodar , e provavelmente os outros vizinhos também. Ao lidar com o rapaz através dos bilhetes, ela era dura na queda e não dava o braço a torcer, sempre enviando mensagens que soavam debochadas, mas no fundo ela se sentia culpada pela situação.
Seu desejo era morar em uma casa, de preferência uma cabana ou chalé numa área em meio a natureza, assim poderia cantar e tocar suas canções sem se preocupar com o que há ao redor. Contudo, a gravadora preferiu alocá-la em Hollywood, onde as vidas dela e de se embaralharam.
Naquela madrugada, deixara de lado o roteiro de seu próximo filme e passou a estudar outro tópico que agora lhe interessava mais.
Conversando com Rudolph, ele descobriu o nome da garota que o enlouquecia com sua cantoria: .
Ele passou a noite pesquisando sobre ela. Stalkeou a cantora no Instagram, leu todas as entrevistas que ela deu, e chegou a assistir a primeira temporada de uma série da Disney que ela protagonizava. Até que ela atua bem, ele pensou.
Ele pesquisou tudo o que podia sobre a vida de com a intenção de ter algo contra ela e que o ajudasse a fazê-la parar de cantar, se mudar para outro prédio ou QUALQUER COISA. Desde que o som alto acabasse.
Por fim, ele não esperava que iria se sentir interessado pelo belo sorriso da garota e seu temperamento doce e calmo, bem diferente daquela menina que ela parecia ser nos bilhetes.
Capítulo 4
Like day and night,
Wrong or right
We come together for a good time
We're gonna break this down
Stronger together like this
tentava pela décima vez se concentrar em seu texto. Lia a biografia de Bob Dylan, que inspirou o filme que ele protagonizaria em breve. Ou tentava ler, já que ensaiava arduamente naquele dia, a mesma música, repetidas vezes.
Ele se levantou e passou a andar com passos firmes pela sala de estar, na esperança de fazer barulho no teto de .
: “Caminhou em direção ao centro do palco, perto de um banco alto de madeira. No assento do banco havia um amontoado de brilhantes gaitas.”
: Just like we always talked about, cause you were so excited for me...
: “Dylan estava falando com sua voz natural, ainda que, talvez, o sotaque do oeste estivesse um pouco exagerado.”
Ler em silêncio já não fazia efeito, e precisava ler em voz alta para tentar se concentrar.
: And I just can't imagine how you could be so okaaaaay…
: “Sua voz seguia a liderança do violão, alta e baixa. A canção tinha o alcance de mais de uma oitava, e um ritmo potente. ELE ESTAVA INTERPRETANDO UM PAPEL, O PAPEL DE UM VELHO MESTRE DO BLUES; E DE ALGUMA MANEIRA…” AAAAH! NÃO DÁ PARA CONTINUAR COM ESSA MÚSICA!
se cansou de tentar se concentrar e decidiu que nenhum bilhete engraçadinho poderia dar fim àquela perturbação causada por sua vizinha. Ele precisava dar um jeito nisso pessoalmente.
Saiu rapidamente de seu apartamento, deixando a porta aberta sem perceber. Com pressa, não quis esperar o elevador para descer apenas um andar, e preferiu descer pelas escadas de segurança.
Pulando de dois em dois degraus, chegou rapidamente no apartamento e tocou a campainha.
se assustou ao ouvir o som agudo ao terminar de cantar sua música. Levantou-se e foi até a porta e ficou na ponta dos pés para olhar pelo olho mágico.
Não acreditou quando viu do outro lado de sua porta , o ator em ascensão e galã das adolescentes. Piscou várias vezes, sem crer que era mesmo ator famoso ali. Morar em Hollywood finalmente estava sendo uma experiência interessante.
Contudo, sua mente trabalhou na velocidade da luz e ela logo percebeu que o do andar superior, dos ensaios da madrugada e bilhetinhos provocativos era aquele que fora indicado ao Oscar no ano anterior.
Tapou a boca com as mãos, num gesto de completa surpresa, mas não teve tempo para pensar muito em como desenrolaria a situação com seu vizinho, pois seus devaneios foram interrompidos pelo som insistente da campainha.
Respirou fundo e tentou se preparar para o diálogo que viria a seguir.
- Olá, como posso ajudar? - perguntou calmamente, fingindo indiferença frente aquela personalidade da mídia que ela acompanhava pelo Instagram.
- Olá, . Eu sou o , seu vizinho. - Ele apontou para o teto, indicando seu apartamento. - Eu só queria dizer que...
A fala do rapaz foi interrompida por uma agitada, que notou um detalhe importante naquela conversa.
- AI, MEU DEUS! A MÁSCARA! - Ela disse agitada e saiu correndo em direção à sua sala de estar, para pegar uma de suas máscaras de prevenção contra o coronavírus.
colocou a mão no rosto e percebeu que deixou a máscara em casa, tal a pressa que saiu do apartamento.
- Droga! Quer merda, eu esqueci, me desculpe… - Ele deu vários passos para trás, ficando longe da garota, e tentou tampar a boca com as mãos.
- Ok, certo. Você dizia? - perguntou ao terminar de colocar sua máscara.
- Bom, eu só queria dizer que você ganhou. - A voz de saía meio abafada por conta de suas mãos - Eu tentei conviver com você e sua música, mas não dá, simplesmente NÃO DÁ! É um som muito alto, eu nem sei como você mesma aguenta.
Por debaixo da máscara, abriu a boca e tentou balbuciar algo, mas não soube como reagir.
- Não, não, não precisa falar nada. Só me escute, por favor. - implorou - Eu tenho uma casa de veraneio em Palms Springs, não é muito longe daqui. Eu pensei em te oferecer a casa por um tempo, assim você poderia ficar lá e ensaiar em paz.
A cada palavra que ele proferia, ficava mais confusa.
- Depois percebi que talvez você ficaria sem jeito em se hospedar sozinha na casa de alguém que você não conhece, então decidi que a melhor opção seria eu mesmo ir para lá e passar a quarentena longe daqui, fazendo meus ensaios no horário em que eu bem entender e aproveitando o silêncio.
- Essa sim seria uma ótima ideia! - provocou.
- PORÉM, - disse em voz alta - eu percebi que simplesmente um de nós nos mudar temporariamente não seria a melhor solução. Nós começamos com o pé direito, e o problema entre nós dois não é a música, os ensaios, nem nada disso.
- Então qual é? - perguntou, cruzando os braços na frente do peito.
- Bom, nós deixamos as paredes nos dividirem, literal e metaforicamente.
- Como assim? - começou a se perguntar se havia alguma possibilidade de estar bêbado ou algo do tipo, já que o que ele falava não fazia sentido nenhum.
- Eu queria saber… É só uma ideia, você não precisa aceitar… tipo, eu pensei que seria uma boa ideia nós irmos para minha casa em Palm Springs. Tipo, juntos.
- Juntos? - repetiu, incrédula.
- É, juntos! O que acha? Podemos ficar algum tempo em Palm Springs, em quarentena, e fazendo nossos trabalhos. Você até poderia me ajudar com o meu próximo papel! Fui escalado para representar o Bob Dylan no filme sobre a vida dele e, para isso, preciso aprender a tocar guitarra, e sua experiência seria uma boa.
Até então, ria da imagem de falando com ela tapando a boca e o nariz com as mãos, por ter esquecido sua máscara. Entretanto, agora ela estava séria e a olhava ansioso.
- Eu acho que… - ela começou a dizer gaguejando - está na hora de quebrarmos essas paredes mesmo. Nos aproximar por nossas similaridades, em vez de nos afastarmos por conta de nossas diferenças. Vamos nos unir pela arte, e pelo nosso bem-estar na quarentena, e recomeçar. Eu topo!
tirou as mãos da frente da boca e sorriu abertamente para sua ex-vizinha e nova roommate.
- Arrume suas malas. Vou chamar meu motorista e te encontra lá embaixo em 30 minutos. - Ele disse e saiu virando as costas para voltar ao seu apartamento.
- Não precisa chamar um motorista! Eu dirijo. Recebi minha carteira de motorista há pouco tempo. - sorriu e não pôde evitar rir.
- É, eu sei!
Wrong or right
We come together for a good time
We're gonna break this down
Stronger together like this
tentava pela décima vez se concentrar em seu texto. Lia a biografia de Bob Dylan, que inspirou o filme que ele protagonizaria em breve. Ou tentava ler, já que ensaiava arduamente naquele dia, a mesma música, repetidas vezes.
Ele se levantou e passou a andar com passos firmes pela sala de estar, na esperança de fazer barulho no teto de .
: “Caminhou em direção ao centro do palco, perto de um banco alto de madeira. No assento do banco havia um amontoado de brilhantes gaitas.”
: Just like we always talked about, cause you were so excited for me...
: “Dylan estava falando com sua voz natural, ainda que, talvez, o sotaque do oeste estivesse um pouco exagerado.”
Ler em silêncio já não fazia efeito, e precisava ler em voz alta para tentar se concentrar.
: And I just can't imagine how you could be so okaaaaay…
: “Sua voz seguia a liderança do violão, alta e baixa. A canção tinha o alcance de mais de uma oitava, e um ritmo potente. ELE ESTAVA INTERPRETANDO UM PAPEL, O PAPEL DE UM VELHO MESTRE DO BLUES; E DE ALGUMA MANEIRA…” AAAAH! NÃO DÁ PARA CONTINUAR COM ESSA MÚSICA!
se cansou de tentar se concentrar e decidiu que nenhum bilhete engraçadinho poderia dar fim àquela perturbação causada por sua vizinha. Ele precisava dar um jeito nisso pessoalmente.
Saiu rapidamente de seu apartamento, deixando a porta aberta sem perceber. Com pressa, não quis esperar o elevador para descer apenas um andar, e preferiu descer pelas escadas de segurança.
Pulando de dois em dois degraus, chegou rapidamente no apartamento e tocou a campainha.
se assustou ao ouvir o som agudo ao terminar de cantar sua música. Levantou-se e foi até a porta e ficou na ponta dos pés para olhar pelo olho mágico.
Não acreditou quando viu do outro lado de sua porta , o ator em ascensão e galã das adolescentes. Piscou várias vezes, sem crer que era mesmo ator famoso ali. Morar em Hollywood finalmente estava sendo uma experiência interessante.
Contudo, sua mente trabalhou na velocidade da luz e ela logo percebeu que o do andar superior, dos ensaios da madrugada e bilhetinhos provocativos era aquele que fora indicado ao Oscar no ano anterior.
Tapou a boca com as mãos, num gesto de completa surpresa, mas não teve tempo para pensar muito em como desenrolaria a situação com seu vizinho, pois seus devaneios foram interrompidos pelo som insistente da campainha.
Respirou fundo e tentou se preparar para o diálogo que viria a seguir.
- Olá, como posso ajudar? - perguntou calmamente, fingindo indiferença frente aquela personalidade da mídia que ela acompanhava pelo Instagram.
- Olá, . Eu sou o , seu vizinho. - Ele apontou para o teto, indicando seu apartamento. - Eu só queria dizer que...
A fala do rapaz foi interrompida por uma agitada, que notou um detalhe importante naquela conversa.
- AI, MEU DEUS! A MÁSCARA! - Ela disse agitada e saiu correndo em direção à sua sala de estar, para pegar uma de suas máscaras de prevenção contra o coronavírus.
colocou a mão no rosto e percebeu que deixou a máscara em casa, tal a pressa que saiu do apartamento.
- Droga! Quer merda, eu esqueci, me desculpe… - Ele deu vários passos para trás, ficando longe da garota, e tentou tampar a boca com as mãos.
- Ok, certo. Você dizia? - perguntou ao terminar de colocar sua máscara.
- Bom, eu só queria dizer que você ganhou. - A voz de saía meio abafada por conta de suas mãos - Eu tentei conviver com você e sua música, mas não dá, simplesmente NÃO DÁ! É um som muito alto, eu nem sei como você mesma aguenta.
Por debaixo da máscara, abriu a boca e tentou balbuciar algo, mas não soube como reagir.
- Não, não, não precisa falar nada. Só me escute, por favor. - implorou - Eu tenho uma casa de veraneio em Palms Springs, não é muito longe daqui. Eu pensei em te oferecer a casa por um tempo, assim você poderia ficar lá e ensaiar em paz.
A cada palavra que ele proferia, ficava mais confusa.
- Depois percebi que talvez você ficaria sem jeito em se hospedar sozinha na casa de alguém que você não conhece, então decidi que a melhor opção seria eu mesmo ir para lá e passar a quarentena longe daqui, fazendo meus ensaios no horário em que eu bem entender e aproveitando o silêncio.
- Essa sim seria uma ótima ideia! - provocou.
- PORÉM, - disse em voz alta - eu percebi que simplesmente um de nós nos mudar temporariamente não seria a melhor solução. Nós começamos com o pé direito, e o problema entre nós dois não é a música, os ensaios, nem nada disso.
- Então qual é? - perguntou, cruzando os braços na frente do peito.
- Bom, nós deixamos as paredes nos dividirem, literal e metaforicamente.
- Como assim? - começou a se perguntar se havia alguma possibilidade de estar bêbado ou algo do tipo, já que o que ele falava não fazia sentido nenhum.
- Eu queria saber… É só uma ideia, você não precisa aceitar… tipo, eu pensei que seria uma boa ideia nós irmos para minha casa em Palm Springs. Tipo, juntos.
- Juntos? - repetiu, incrédula.
- É, juntos! O que acha? Podemos ficar algum tempo em Palm Springs, em quarentena, e fazendo nossos trabalhos. Você até poderia me ajudar com o meu próximo papel! Fui escalado para representar o Bob Dylan no filme sobre a vida dele e, para isso, preciso aprender a tocar guitarra, e sua experiência seria uma boa.
Até então, ria da imagem de falando com ela tapando a boca e o nariz com as mãos, por ter esquecido sua máscara. Entretanto, agora ela estava séria e a olhava ansioso.
- Eu acho que… - ela começou a dizer gaguejando - está na hora de quebrarmos essas paredes mesmo. Nos aproximar por nossas similaridades, em vez de nos afastarmos por conta de nossas diferenças. Vamos nos unir pela arte, e pelo nosso bem-estar na quarentena, e recomeçar. Eu topo!
tirou as mãos da frente da boca e sorriu abertamente para sua ex-vizinha e nova roommate.
- Arrume suas malas. Vou chamar meu motorista e te encontra lá embaixo em 30 minutos. - Ele disse e saiu virando as costas para voltar ao seu apartamento.
- Não precisa chamar um motorista! Eu dirijo. Recebi minha carteira de motorista há pouco tempo. - sorriu e não pôde evitar rir.
- É, eu sei!
Fim.
Nota da autora: Olá, obrigada por ler até aqui! Espero que tenha gostado, conta para mim nos comentários o que achou. Se quiser conhecer mais sobre mim e minhas histórias, me segue no Instagram!
Eu penso em escrever uma continuação ou spin off para a história da Olivia e do Tim, porque amei os dois juntos e acho que eles têm muita química :)
Ei, leitoras, vem cá! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso para você deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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